Edição especial São 25 anos de consagração. Mas a semente foi plantada há 31 anos... Páginas 3 a 8 É tempo de alegria Pág. 2 2 A Palavra do Pároco Pe. Marcos Rogério, SPadV C Jubileu de prata JORNAL DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO Ano III, Nº 11, dezembro de 2011 Alegria, alegria 25 anos de história elebrar é um ato profundamente humano e que está intrínseco naquele que vê o coração pulsar quando a alegria se faz concreta na vida. No terceiro domingo do Advento o nosso coração parece querer explodir e a única coisa que podemos fazer hoje é agradecer. Nossa comunidade está em festa e a alegria é visível no rosto de cada católico do conjunto Itatiaia e região. Depois de um período de reformas e ampliações teremos a alegria de poder abrir as portas da nossa Igreja para que o povo possa adentrar aos santos dos santos e contemplar a presença de Deus em sua casa. Hoje podemos repetir como Maria: “A minha alma se alegra no meu Deus” (Lc 1). Neste ano em que a paróquia celebra os seus 25 anos de existência o sentimento é de júbilo e de reconhecimento a todos os fieis, benfeitores que fazem esta paróquia ser a expressão viva de um Deus que é festa, é alegria. Celebrar 25 anos é poder olhar a história e dar graças a Deus por todos aqueles que fizeram parte da mesma. Cada pessoa, cada sacerdote que por aqui passou deixou marcado de forma especial o sentido de ser cristão. O jubileu que hoje celebramos retrata que a Igreja é sinal visível de unidade, de comunhão e participação em todo o conjunto. Hoje o nosso Arcebispo, ao abençoar a Igreja e dedicar o novo altar da Matriz, deixa claro que esse lugar é morada do Altíssimo e que esse edifício faz vislumbrar no meio do nosso bairro o mistério da Igreja que Cristo santificou com o seu sangue. A unção do altar retrata que o mesmo é agora símbolo de Cristo que é chamado por excelência de Ungido. O horário de abertura da Igreja e da dedicação do altar não poderiam ser mais propício, seis da tarde, momento em que o anjo anunciou a Maria. Hoje ressoa em nosso bairro a grande noticia: Povo santo, a casa de Deus pode ser adentrada, porque o Senhor armou sua tenda entre nós e fez sua morada. JORNAL Ano III – nº 11 dezembro 2011 Veículo de comunicação da Paróquia Nossa Senhora da Assunção Coordenação editorial: Pe. Marcos Rogério, SPadV; Coordenação da Equipe de Comunicação: Alessa Campos; Jornalista responsável: Manoel Juraci Mota; Coleta de material: Equipe Jubilar e Marlene Mota; Diagramação: Cleomar Gomes Nogueira e Fotos: divulgação. Endereço: Rua R-44, Qd. 43, Lt. 36/38, s/n - Itatiaia - CEP 74690-690; Telefones: (62) 3205-1989 - 3954-0889 - 3954-3889; Internet: www.nossasenhoradaassuncao.com.br E-mail: [email protected]; Impressão: LL Gráfica e Editora Ltda - (62) 3202-2866; Tiragem: 3 mil unidades Depoimentos mexem com a memória e as emoções A todos que foram fundamentais para a realização desse trabalho, feito com muita dedicação, o nosso respeito, carinho e admiração por terem confiado a esta equipe seus depoimentos, muitas vezes carregados de emoção e saudade. Fotografias que são de extrema importância para vocês, foram tiradas de seus guardados, nos permitindo reuni-las para agora fazerem parte da vida de outras pessoas, congregando as lembranças registradas em cada coração, para se tornarem uma mesma história. Nossos agradecimentos. Abadia Heleusa de Araújo Pereira (Nossa Senhora da Assunção); Alexsandro Jorge Lima (São Pedro); Ana Madalena (São Judas Tadeu); Ana Paula da Silva (Nossa Senhora da Piedade); Ângelo Luiz Pereira (Nossa Senhora da Assunção); Antônio da Cruz (São Domingos Sávio); Antônio Rodrigues da Silva (Santa Teresinha); Denise Rosa Faria (São Pedro); Dorvalino Mamédio de Bastos (Nossa Senhora da Assunção); Ediwaldo de Paula (Nossa Senhora Aparecida – Bairro São Judas); Escola Municipal Professora Cleonice Monteiro Wolney, na pessoa de Vânia Lúcia Lopes Meireles (São Domingos Sávio); Eunice Pereira Marinho (Santa Teresinha); Francelina Silva da Cruz (São Domingos Sávio); Geni Batista Teles (Nossa Senhora da Assunção); Geraldo Anastácio de Oliveira (Nossa Senhora Aparecida - São Judas Tadeu); Ivanilde Maximiano dos Santos (Nossa Senhora da Assunção); Jordelina Luis da Silva (Nossa Senhora da Assunção); José de Souza (Nossa Senhora da Assunção); José de Souza Lima (Nossa Senhora da Piedade); José Moura (São Domingos Sávio); Léia Maximiano Moura (São Domingos Sávio); Leonir Rodrigues Nascimento (Nossa Senhora da Piedade); Lucimar Jorge Lima (Nossa Senhora da Piedade); Maria Bernadino Trindade (Nossa Senho- ra da Piedade); Maria da Silva Carvalho (Nossa Senhora Aparecida – Chácaras Califórnia); Maria das Graças Guimarães (Nossa Senhora da Assunção); Maria do Carmo Araújo (Nossa Senhora da Assunção); Maria do Socorro Silva Dias (Santa Luzia); Maria Rosa de Magalhães (Nossa Senhora da Assunção); Marlene Lopes Dourado Mamédio (Nossa Senhora da Assunção); Marlene Mota (Nossa Senhora da Assunção); Maximiana dos Santos Rodrigues (Nossa Senhora Aparecida – São Judas Tadeu); Maurício Maximiano Moura (São Domingos Sávio); Necília Viana marinho (Santa Teresinha); Raimunda (Nossa Senhora da Assunção); Renata Viana Marinho (Santa Teresinha); Rosaura de Oliveira Vargas das Virgens (Nossa Senhora da Piedade); Sônia Braga Faria (Nossa Senhora da Assunção); Vânia Braga Faria (Nossa Senhora da Piedade); Zeferino Dias de Araújo (Nossa Senhora da Assunção). A todos vocês, nossa gratidão e o nosso muito obrigado. Equipe Jubilar: Alessa Campos, Ana Paula Resende, Augustinho de Castro, Ediwaldo de Paula. Elder Dias, Flávio Marques, Guilherme Brito, Leonardo Ferreira, Nivea Karina, Pe. Marcos Rogério, Renata Garcia, Rosaura Vargas e Vânia Braga. jubileu de prata JORNAL DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO Ano III, Nº 11, dezembro de 2011 3 A Itália inspirou nossa igreja A s vinte pastorais da Matriz e as oito comunidades que integram a Paróquia Nossa Senhora da Assunção, neste ano de seu Jubileu de Prata, retratam com eloquência os frutos da pródiga semente plantada pelo padre italiano Sérgio Foglia, no início da década de 1980, quando a igreja nascia com o trabalho e a fé de uma pequenina comunidade. As celebrações aconteciam em casas dos fiéis ou no Centro Social Urbano; e as aulas de catequese eram realizadas no Colégio Estadual Waldemar Mundim. Essa escola e nossa igreja fazem parte da história do Conjunto Itatiaia, que data de 1978. A paróquia teve um começo humilde, mas (pode-se assim dizer) com um DNA de alta linhagem, pois foi na Itália, berço de Roma, que padre Sérgio Foglia buscou a inspiração para o projeto da nossa matriz. Ele mesmo elaborou a planta, a partir de uma obra similar já existente na Itália. Neste 11 de dezembro de 2011, quando nossa igreja reabre após a reforma, com a dedicação do altar pelo arcebispo Dom Washington Cruz, seus espaços já são pequenos para acolher todas as comunidades e os visitantes, que já são muitos. Mas na década de 1980 representava um projeto ambicioso para o tamanho da comunidade. Para construir a igreja era necessário muito mais do que podiam dar os fiéis através das coletas e do dízimo. Padre Sérgio, mais uma vez, recorreu à sua pródiga terra natal, levantando ali com seus amigos e empresários italianos os recursos para a sagrada obra. Mesmo assim o dinheiro era pouco para o tamanho da construção. Foi preciso recorrer ao trabalho voluntário dos fiéis pioneiros que se reuniam em mutirões coordenados pelos mais ativos da época: Geraldo Dias, Generino, Hélio Bolívar, João Elias, entre outros. Mas nenhum se doou tanto como Percílio Batista Teles, que sozinho ergueu várias paredes. O diácono Vicente Gomes era então o braço-direito de Foglia. Tudo começou com o padre italiano Sérgio Foglia e continua com padre Marcos Rogério Em 1985 a igreja foi inaugurada. E há 25 anos, no dia 8 de dezembro de 1986, foi oficialmente criada a nossa Paróquia, conforme registros na Arquidiocese de Goiânia. Em 15 de agosto de 1988 foi feita a consagração a Nossa Senhora da Assunção, com a bênção Percílio Batista Teles: um construtor pioneiro de dom Antônio Ribeiro de Oliveira, arcebispo de Goiânia. Muitos são os fatos marcantes de nossa história. Um deles é que a Igreja Católica do Itatiaia tinha uma catequese forte e um movimento jovem efervescente que favoreceu vocações, como a de Waldemar Passini, hoje padre, reitor do Seminário Interdiocesano e bispo auxiliar de Goiânia. No fim de 1991, Sérgio Foglia deixou a paróquia, sendo sucedido pelo padre Luiz Alberto Vieira Rodrigues. Este promoveu, como principais mudanças, a criação das equipes do Dízimo e da Liturgia. Um dos destaques foi o Madrigal, coral da paróquia, que muitas vezes foi chamado para liderar celebrações coletivas da Arquidiocese de Goiânia. Em abril de 1994, padre Luiz Alberto foi substituído pelo padre Pedro Martinez, que veio de Minaçu para assumir essa nova missão. Naquela época a paróquia já possuía diversas equipes e movimentos distintos que atuavam com autonomia. Então padre Pedro, da Congregação São Pedro Ad Vincu- la, promoveu diversas ampliações na área física da igreja durante os mais de 14 anos em que permaneceu à frente da comunidade. A fase atual, marcada pelo entusiasmo e crescimento do número de fiéis, teve início em agosto de 2008, quando a direção da paróquia passou para o jovem padre Marcos Rogério, da mesma congregação de seu antecessor. Com ênfase na parte litúrgica e de acolhida, além da restauração do conselho paroquial, o novo vigário vem promovendo a renovação da comunidade, com muita dedicação às atividades do calendário de toda a paróquia. O resultado tem sido um envolvimento cada vez maior e o retorno de muitos irmãos que tinham se afastado. Padre Marcos Rogério conta também com a importante ajuda dos padres José Fernandez (vigário e superior da congregação São Pedro Ad Víncula) e Cidimar Rodrigues que, juntos, realizam um marcante trabalho nas oito comunidades que integram e dão vida à Paróquia. 4 JORNAL DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO Ano III, Nº 11, dezembro de 2011 Jubileu de prata Lutas e conquistas marcam o Oito comunidades integram, atualmente, a Paróquia Nossa Senhora da Assunção: Matriz Paroquial Vila Itatiaia. Comunidade Nossa Senhora Aparecida - Bairro São Judas Tadeu. Capela Nossa Senhora da Piedade - Residencial Morada do Bosque. Comunidade Nossa Senhora Aparecida Primeira fachada da Igreja Nossa Senhora Aparecida (Bairro São Judas Tadeu). N os idos de 1968, no jovem Bairro São Judas Tadeu (1955), surgiam as primeiras manifestações católicas que se tem notícia na região. Juntamente com elas, surge também, por volta de 1972, a primeira Capela da região que ficava na Avenida São Jorge esquina com Carlos Gomes, e que receberia o nome de Capela São Judas Tadeu, por vontade do doador do terreno, o professor Aristoclides Teixeira, médico e professor da universidade Federal de Goiás, que atendia os moradores da região gratuitamente, visitava as famílias menos favorecidas e fazia doação de cestas básicas a essas famílias e que era também um dos sócios da imobiliária Cruzeiro. Conforme relatos de uma das primeiras moradoras do setor, a Capela tinha aproximadamente quatro metros de cumprimento por cinco metros de largura; e uma cruz de madeira ao lado. O primeiro pároco a celebrar missas na pequena Capela foi padre Jayme de Oliveira Rocha, que vinha da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, na Vila Nova; as celebrações aconteciam sempre aos sábados à tarde. Assim foi por dez anos. No mês de junho as festas de São João do bairro aconteciam com muita animação e a participação sempre fervorosa dos moradores da região. Eles lembram também que, em frente ao atu- al Supermercado Garoto, havia um cruzeiro onde em tempos de seca eram realizadas procissões com muita reza e cantoria pedindo chuva e, como era o costume, molhavam o ‘pé’ do cruzeiro. A população crescia e a Capela, muito pequena, não conseguia mais comportar seus fiéis. Em 1977 começou a construção da nova igreja do bairro na mesma Avenida São Jorge, quadra 38, lotes 16/19. Sua construção levou um ano e o lote onde se encontrava a Capela acabou sendo vendido e seu dinheiro revertido para a construção da nova Igreja. O dinheiro da venda do lote onde se encontrava a Capela foi insuficiente e a verba para a conclusão da obra veio da Alemanha. Um ano e meio depois, 1979, nova igreja era inaugurada e passou a se chamar Nossa Senhora Aparecida, por sugestão da senhora Atena, esposa do professor Aristoclides e devota da santa. As celebrações eram feitas pelo padre Sérgio Fóglia, que como padre Jayme, saia de sua paróquia (Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Setor Norte Ferroviário) para celebrar com a comunidade; ele passou a contar, também, com o operoso apoio do diácono Vicente Gomes que foi seu braço direito. Substituindo Padre Sérgio, que ficou até 1991, chegou à comunidade o Padre Luis Alberto; este ficou por pouco tempo (até 1994) e introduziu o Dízimo e a Liturgia. Depois dele veio o padre Pedro Martinez, da congregação São Pedro Ad Vincula, ficando de 1994 a 2008. Em agosto de 2008 a paróquia passa a ser dirigida por padre Marcos Rogério, da mesma congregação. Para falar da Capela Nossa Senhora da Piedade deve-se, com justiça, falar primeiro de seu maior idealizador, José de Souza Lima (Seu Zequinha, como é conhecido), de 72 anos de idade e vicentino há mais de quarenta anos, com sua esposa Dona Lucimar Jorge Lima (62 anos). Tudo começou em meados de 1991, quando Seu Zequinha e Dona Lucimar mudaram-se para Goiânia, especificamente para o Residencial Morada do Bosque (que estava começando); o casal foi um dos primeiros moradores do bairro e ali vive até hoje. Missa inaugural da Capela (Residencial Morada do Bosque) No final do ano de 1991 foi realizada uma missa campal embaixo de uma árvore, começando então a luta por uma área para a construção de uma capela; a igreja mais próxima era a de Nossa Senhora da Assunção, no Conjunto Itatiaia. Enquanto isso, várias celebrações se sucederam na própria casa de Seu Zequinha que, em 1994, foi eleito presidente da Associação de Moradores do Residencial Morada do Senhor José de Souza Bosque, cargo que Lima (Seu Zequinha) ocupa até hoje dado o seu dinamismo. Nesse mesmo ano, com o apoio de padre Pedro Martinez, organizou em frente a sua casa a primeira festa junina, com o intuito de angariar recursos para a construção da capela. Com esse fim, aconteceram diversas reuniões festivas na comunidade, todas registradas em ata, comprovando e firmando o compromisso jubileu de prata JORNAL DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO Ano III, Nº 11, dezembro de 2011 5 dia a dia das 8 comunidades - Chácaras Califórnia. Comunidade São Pedro - Alice Barbosa. Comunidade Santa Terezinha do Menino Jesus - Km 8 da rodovia GO-060. Comunidade São Domingos Sávio - Mansões do Campus. Comunidade Santa Luzia - Colégio Aristoclides, Jardim Pompéia. Pe. Marcos abençoando a Capela do Santíssimo (Residencial Morada do Bosque) e a vontade da comunidade em ver realizado seu sonho. Em 1997, Seu Zequinha foi nomeado, por padre Pedro, coordenador de uma comissão em prol da construção da capela. Foram realizadas várias reuniões com os 16 integrantes da equipe e políticos da época, reivindicando uma área. Com recursos da própria comunidade, os esforços foram coroados em 19 de abril de 1998, às onze e trinta da manhã, quando o então Arcebispo de Goiânia, Dom Antônio Ribeiro de Oliveira, celebrou a Santa Missa inaugural da Capela Nossa Senhora da Piedade. O nome foi sugerido pelo padre Pedro Martinez, o qual foi aceito e celebrado pela comunidade do Morada do Bosque. Em 2009, no dia 17 de maio, após a celebração da Santa Missa, foi inaugurada a Capela do Santíssimo e instituídos os primeiros acólitos da Capela Nossa Senhora da Piedade. No final de 2010 foi dada uma boa adiantada na reforma do salão da Capela, onde acontecem as festas e eventos; e o ano de 2011 começou bem movimentado, pois com as dependências da Paróquia Nossa Senhora da Assunção em reforma, o projeto Arte-Educaçã”, mantido pela Organização Jaime Câmara, passou a utilizar o espaço dessa comunidade. A Capela Nossa Senhora Aparecida localizada nas Chácaras Califórnia é a mais antiga da região. Segundo Bárbara Maruk, moradora de uma das chácaras, por volta dos anos 50 o proprietário da fazenda, Jason Santana, loteou a área em chácaras e doou o terreno para construção da capela. Os moradores organizaram-se para angariar fundos para a obra, por meio de festas, rifas, leilões e doações. A edificação foi feita em regime de mutirão, tendo também a grande ajuda do senhor Benedito, morador antigo da região. Segundo informações desses moradores mais antigos, a inauguração foi dia 12 de outubro de 1956, em homenagem à padroeira. Maria da Silva Carvalho, residente há mais de vinte e dois anos no local e atual zeladora da Capela, conta que uma das moradoras doou uma imagem de N. Sra. Aparecida à Capela, no dia da primeira missa celebrada no local. Como a capela ainda não tinha uma padroeira, decidiu-se pela consagração da mesma a Nossa Capela do Santíssimo (Chácaras Califórnia) padre Jaime, que vinha da Vila Nova. Em seguida chegou à comunidade o padre Sérgio Foglia, que percebendo a necessidade de ampliação na capela decidiu por uma nova construção no lugar da anterior e para isso contou com recursos trazidos de sua terra natal, a Itália. Nessa época a comunidade já fazia parte da Paróquia Nossa Senhora da Assunção, na Vila Itatiaia. Como padre Sérgio tinha várias comunidades sob sua responsabilidade, sentiu necessidade de buscar a ajuda de pessoas na comunidade, para algumas celebrações. Um jovem que o auxiliava bastante nessa caminhada era o coordenador do grupo de oração da comunidade do Itatiaia, que à época tinha seus 18, 19 anos; chamava-se Waldemar Passini Dalbello, que no ano de 1994 ordenou-se padre na Arquidiocese de Brasília e, no dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, pelo Papa Bento XVI. Depois do padre Sérgio Fóglia veio o padre Luis Alberto, que ficou pouco tempo. Seguiu-se o padre Pedro Matinez, ficanCapela Nossa Senhora Aparecida (Chácaras Califórnia) do até 2008, quando assumiu o jovem padre Marcos Rogério que renovou as forças dos fiéis. Padre Marcos tem Senhora Aparecida. Essa imagem encontra-se grandes sonhos para a comunidade e um deles na capela até hoje. já se tornou realidade: a construção de uma peMoradores antigos lembram que o priquena Capela para o Santíssimo que acaba de meiro padre a celebrar missas na primeira caser construída. pela chamava-se João. O segundo celebrante foi 6 JORNAL DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO Ano III, Nº 11, dezembro de 2011 A Comunidade São Pedro é ainda jovem e está localizada no Residencial Alice Barbosa, um setor também novo, composto de mais de mil lotes e que já conta uma grande quantidade de residências e comércios construídos. Esta comunidade nasceu de um sonho que tinha padre Pedro Martinez, pároco da época, como conta Alexsandro Jorge Lima, um dos primeiros moradores do Alice Barbosa e grande apoiador de padre Pedro. A idéia era construir uma igreja no Residencial Xangrilá ou no Residencial Alice Barbosa. Como neste setor já havia muito mais construções edificadas, decidiu-se pelo Alice Barbosa e aí começou a procura do local para as celebrações. Muitas vezes, no ano de 2005, padre Pedro e Alex caminharam pelo setor procurando um local adequado para as celebrações que fosse de fácil acesso também aos moradores dos bairros vizinhos. E foi em frente a uma área pública que descobriram uma casa que estava à venda, exatamente como deseja o padre. O imóvel foi adquirido em 2006. Foi construído então um galpão no local e uma parte da casa já existente acabou servindo para o altar da igreja. Com a construção do Galpão as missas começaram a acontecer todos os domingos, pela manhã. Alex conta que para atrair os moradores da região para as missas foi contratado um carro Comunidade reunida para a reza do terço É nessa escola que as celebrações acontecem (Jardim Pompéia) Jubileu de prata de som e feitas visitas de casa, além de faixas informativas e até mesmo foguetes soltados na porta da Capela, pouco antes das celebrações. A igreja já estava com seu local definido, mas faltava o nome. Sem que padre Pedro soubesse, a comunidade se reuniu e, através de votação, resolve homenageá-lo escolhendo o nome de ‘Capela de São Pedro’, já que ele estava completando cinqüenta anos de ordenação sacerdotal e, principalmente, por sua enorme dedicação à igreja e à comunidade a que pertencia. O homenageado a princípio não queria, mas acabou por aceitar a merecida homenagem. E já no mês de junho desse mesmo ano acontece a primeira festa de São Pedro, com a participação do homenageado e padre Pedrinho que também teve participação importante na concretização desse sonho. Alex acredita que boa parte dos recursos usados para a compra do imóvel e a construção do galpão tenha saído do próprio bolso de padre Pedro, pois ele havia recebido uma herança de família e a paróquia não contava com esse volume de dinheiro em caixa. Graças ao idealismo e força de vontade de padres como Pedro Martinez, Pedrinho e pessoas comprometidas como Alexandro, a Capela de São Pedro está solidificada, com suas celebrações semanais e seus ministérios sendo estruturados. Comunidade São Pedro (Residencial Alice Barbosa) O movimento religioso da comunidade Santa Luzia teve inicio em 1990, idealizado por Ana, ministra da eucaristia da capela Nossa Senhora Aparecida, período em que padre Sérgio Foglia era o responsável pela Comunidade. Algumas famílias que residiam no Jardim Pompéia, abaixo da rodovia que segue para Nerópolis, tinham uma grande devoção a Santa Luiza. Essas famílias sempre se reuniam para rezar terços nas residências. Dona Lazinha era a pessoa que animava esses terços, e no Natal todas as novenas eram feitas em sua residência, que contava com grande participação da vizinhança. Foi nessa época que padre Sérgio Foglia e dona Ana “começaram a fazer as celebrações eucarísticas nas instalações da Escola Municipal Aristoclides Teixeira, com a permissão da então diretora, dona Laura”, conta Maria do Socorro, moradora antiga do bairro. “As celebrações aconteciam todas as quintas-feiras às 19h30. Nessa época foi nomeada dona Deuzelene como coordenadora da comunidade e responsável pela organização da sala onde as celebrações aconteciam”, lembra Maria do Socorro. Algumas comemorações, como os ter- ços e a festa de Santa Luzia, eram feitas nas residências. “Com chegada de padre Luis, ele percebeu a necessidade da catequese para muitas crianças, mas atravessar a rodovia era um risco, já que a catequese era na comunidade Nossa Senhora Aparecida, no São Judas (do lado de cima da rodovia). Foi implantada então a catequese com as aulas ministradas também nas dependências da escola” – continua Maria do Socorro. Em 1994 fundou-se o grupo de oração da Renovação Carismática Católica; os encontros aconteciam nas residências, sob a orientação de padre Pedro Martinez, e transferidos depois para a escola. As instalações do prédio eram muito pequenas. Através de reivindicações dos moradores, foi construído um novo prédio para a escola, bem maior que o anterior e com instalações bem mais adequadas, pois o número de alunos da região também havia aumentado consideravelmente. E ali as atividades religiosas continuaram sendo realizadas. A luta agora é por um espaço definitivo, área própria para a construção de uma capela, pois a comunidade vem mostrando perseverança na luta em prol do crescimento humanitário e religioso do bairro. jubileu de prata JORNAL DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO Ano III, Nº 11, dezembro de 2011 A história da Capela Santa Teresinha começa com a saga do casal Joana Marinho de Araújo e Patrocínio Viana de Araújo, que no final de década de 50 saíram de sua terra natal, uma pequena cidade com o nome de Porta Alegre, encravada no sertão do Rio Grande do Norte, com seus 14 filhos, poucos pertences e um quadro com a imagem de Santa Teresinha na bagagem (dona Joana era devota extremada dessa linda santa), para tentarem no Centro-oeste do país uma vida melhor para todos. A viagem até aqui foi feita em um pau-de-arara, condução que foi possível na época, pois os recursos eram pequenos e a família muito grande. Chegando em terras goianas, a família adquiriu um pedacinho de terra no quilômetro oito da rodovia Goiânia-Nerópolis, onde se estabeleceu, dando o nome a essa pequena chácara de Bom Retiro. Conta Necilia Viana Marinho, uma das filhas do casal Capela Santa Terezinha do Menino Jesus e grande apoiadora dos sonhos de dona Joana: “Mamãe era uma pessoa pessoa jovem de natureza, mulherzinha baixa, corajosa; maDona Necilia, como não é mulher de demãe não era uma pessoa rançosa, apesar de sistir tão facilmente, resolve abraçar de vez seus 86 anos; ela era uma pessoa muito aleo sonho da mãe e começa então uma grangre”. Os pais tinham muita preocupação com de luta para tentar torná-lo realidade. Ela e a educação dos filhos, sobrinhos e netos, e as irmãs, bem comunicativas, sensibilizaram doaram um pedacinho de terra da Chácara outros familiares, amigos e viziBom Retiro para que nhos. Todos ajudaram e conseguia Prefeitura construram então comprar um terreno ao ísse ali uma escola, lado da escola, para a construção que receberia depois da capela. o nome de ‘Escola A filha de dona Joana enMunicipal Santa Tetão começou a fazer rifas e outros resinha’. Hoje a eseventos. Fez diversas campanhas cola atende não apeonde conseguiu ganhar telhas, tinas aos familiares jolos e madeiras. Até uma antiga de dona Joana, mas amiga que morava no Rio Grande toda a comunidade do Norte ajudou na construção. adjacente. “Tudo foi construído com donatiDona Joana vos”, diz dona Necilia. tinha outro sonho, No ano de 2002 a Capela de disse Necilia: a consSanta Teresinha foi inaugurada e trução de uma capela dona Joana pode então ver seu sopara a santa de sua nho transformado em realidade e devoção. A princípio vivenciá-lo por seis anos. “Para mieu disse a ela que era nha mãe não existia nada melhor “impossível, porque o que estar dentro de sua capela”, lugar é muito pequerelembra Necilia. no, uma comunidade No início as missas acontemuito pequena, sem ciam uma vez por mês, pois a parecursos, nós não róquia contava apenas com o Padre podemos fazer essa Pedro Martinez e as comunidades igreja. Ela abaixou já eram muitas. Com a chegada de a cabeça e quis chomais dois padres para a Paróquia Menina Jéssica vestida de rar”. Mas o pedido da Nossa Senhora da Assunção (à qual Santa Teresinha (festa da mãe ficou encravado a capela é jurisdicionada), a Capela padroeira de 2010) no coração da filha, de Santa Teresinha teve a grande que tentou a ajuda dos irmãos; estes acharam felicidade de passar a ter suas missas semaa idéia absurda: “Tira isso da cabeça da minais, sempre aos sábados. Com isso a comuninha mãe, não existe a mínima possibilidade”, dade não precisa mais se deslocar para outros diziam eles. lugares para participarem da Santa Missa. Rua R-13 Qd.53 Lt.05 – Conjunto Itatiaia 7 No dia 30 de setembro de 2008 dona Joana faleceu, sendo sepultada no dia dedicado a Santa Teresinha. “O maior presente que Deus podia ter dado a minha mãe”, diz dona Necilia, emocionada. “Tenho certeza que foi Santa Teresinha que levou minha mãe nos braços”, completa. Há dois anos, com o grande incentivo de padre Marcos Rogério (também fervoroso devoto da Santa), acontece na (Km 8 - GO 060) capela a novena e a Festa das Rosas, com o encerramento no dia de Santa Teresinha, 1º de outubro. Neste ano de 2011, a comunidade se empenhou na melhoria física da Capela para que os eventos aconteçam de forma mais tranqüila e acolhedora. A comunidade conta atualmente com um grupo da Renovação Carismática Católica que se reúne sempre às terças-feiras às 19h30. Quem desejar ajudar a comunidade é só entrar em contato com Necília Viana Marinho (3565-5023) e Eunice Pereira Marinho (3565-5117) e receber as bençãos de Santa Teresinha. Joana Marinho de Araújo E-mail: [email protected] Site: www.saborsupremorest.com.br 8 Jubileu de prata JORNAL DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO Ano III, Nº 11, dezembro de 2011 Celebração no salão da marcenaria (Mansões do Campus) Escola Municipal Professora Cleonice M. Wolney, no ano de sua inauguração (Mansões do Campus) A comunidade católica do Residencial escola resolve mudar sua estrutura, tirando os Mansões do Campus existe há mais de 35 anos. guardas que faziam a segurança do local para Conforme alguns depoimentos colhidos, esta colocação de alarmes. Por não ter quem abrisparece ser a segunda mais antiga da região. se os portões da escola para as celebrações, a Os moradores sempre se reuniam para a comunidade ficou novamente sem ter um local celebração de missas e reuniões, nas fazendas adequado para suas reuniões. e chácaras que existiam ao redor. Mesmo com o Foi quando um antigo morador oferesurgimento do clube Itanhangá e o loteamento ceu sua chácara para que as missas não pada Fazenda São Domingos, as celebrações nas rassem de acontecer. Por algum tempo elas casas dos antigos moradores continuavam. se realizaram na residência do senhor José Padres e religiosas se deslocavam de suas Moura. Ele e seus familiares sempre se reucomunidades (Balneário e Itatiaia) para atende- niam também para rezarem terços com os rem aos moradores, mas sem muita regularida- moradores do lugar. de devido à distância de suas paróquias e as Foi então que dona Francelina e Antonio dificuldades da época. Os primeiros padres a Cruz, proprietários de uma chácara no local celebrarem na antiga fazenda São Domingos fo- desde 1988, resolveram construir um galpão ram Sérgio Foglia, Izidrio e Luis Alberto, sempre para abrigar as instalações de uma marcenaria. com a ajuda das religiosas que também davam Dona Francelina conta que desde o começo se um grande apoio, relembra alguns moradores do lugar. As primeiras missas celebradas por Padre Sérgio na região aconteciam uma vez por mês, à sombra de uma antiga árvore. As celebrações no começo tinham muitos participantes. Como as missas sob uma árvore tinham vários inconvenientes, os fiéis aos poucos iam deixando o setor para assistir as celebrações em outros locais, como Balneário e Campinas. Com a construção de uma escola na região, que era também uma luta dos moradores, as celebrações passaram a ser realizadas lá, motivando o retorno dos fiéis. As reuniões aconteceram nessa escola por um longo período. Mais um contratempo para a comunidade: no ano de 2004, a Salão paroquial da comunidade, em construção (Mansões do preocupou com a situação da religiosidade do local; o casal resolve então ceder o espaço da marcenaria para que as celebrações tivessem continuidade. As celebrações foram ali realizadas com muita participação da comunidade e contando sempre com os padres Pedro Martinez, Pedro Felisberto (padre Pedrinho), José Fernandes, Renildo Maia e Marcos Rogério. Até então a comunidade não tinha o seu santo padroeiro e, reunida com padre Pedrinho, surgem vários nomes: São Sebastião, Nossa Senhora das Graças, Santa Edwirges... Então um morador chama a atenção para o nome da fazenda – São Domingos –, motivando uma eleição que resultou na escolha do nome São Domingos. Mas qual São Domingos? Como alguns moradores da comunidade eram devotos de São Domingos Sávio, ficou decidido então que este seria o santo padroeiro da comunidade. As missas, celebrações e festas da comunidade foram realizadas no salão da marcenaria até 2011. Em maio deste ano, com a benção de padre Marcos Rogério, as celebrações passaram a ser realizadas em área definitiva. Com a luta da comunidade e o apoio do pároco, a comunidade conseguiu junto à Prefeitura de Goiânia uma área para a construção de um salão paroquial e uma igreja. A construção do salão está em ritmo acelerado. A festa junina de 2011 já aconteceu em suas dependências, ainda inacabadas. A comunidade São Domingos Sávio está em festa com suas realizações, esperando para breve o começo da construção de sua capela. Campus)