Data: 03/03/2015 Fonte: Vida Imobiliária Preços das casas subiram 1,2% no ano passado Este novo índice acompanha a evolução do mercado a partir de valores efetivos de venda, e vem substituir o índice anterior, que se baseava no tratamento dos valores de oferta. Esta subida acumulada de 1,2% acontece depois de 7 anos em queda, durante os quais se atingiu uma desvalorização acumulada de 21,8%. Ricardo Guimarães, diretor da Ci, comenta que «esta tendência de queda iniciou-se em Outubro de 2007, logo após os primeiros sinais da crise financeira que se iniciava nos Estados Unidos e ainda antes da queda do banco Lehman Brothers». Este novo índice mostra também que o mercado desvalorizou mais em 2011 e 2012, considerando estes 7 anos, com os preços a cair 7,8% no 1º ano e 6,1% no 2º. Só neste período a descida nominal acumulada foi de 13,4%. Posteriormente, 2013 foi o primeiro ano no qual começaram a surgir sinais de estabilização apresar de, nesse ano, os preços médios terem ficado 3,4% abaixo da média do ano anterior. Em dezembro, a taxa de variação homóloga foi positiva, de 0,9%. Em 2014 os preços mantiveram uma variação homóloga sempre positiva, com uma valorização média anual de 1,2%. Assim, Ricardo Guimarães considera «ter-se passado já um ciclo de mais de 12 meses em terreno positivo, apesar de poder ser extemporânea a afirmação de que o mercado está em plena recuperação». Acredita que «pode afirmar-se claramente que encontrou e consolidou uma trajetória de estabilização». Esta tendência é comprovada também pelos resultados do Portuguese Housing Market Survey, um inquérito realizado pela Ci a um painel de empresas de mediação e promoção imobiliária, segundo o qual desde maio de 2014 que os mediadores inquiridos têm expetativas sobre os preços cada vez menos negativas. De salientar que o novo Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário trata informação de vendas efetivas reportadas pelas empresas que integram o SIR – Sistema de Informação Residencial, uma base de dados que congrega a informação da atividade comercial de quase todas as principais redes de mediação imobiliária, de promotores e investidores, num conjunto de cerca de 400 empresas/lojas. A amostra anual analisada é de mais de 14.000 transações de fogos, que representam perto de ¼ do mercado das áreas metropolitanas de Lisboa, Porto e Algarve.