Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras
Escola Satélite
Curso de Especialização
em Engenharia de Segurança do
Trabalho
CURSO DE ENGENHARIA DE
SEGURANÇA DO TRABALHO
MAIO 2013
Disciplina
PREVENÇÃO E CONTROLE DE
RISCOS EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS II
AULA 15
SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E
SERVIÇOS DE ELETRICIDADE
NR 10 – Segurança em Eletricidade
Engenheiro Eletricista e Segurança
do Trabalho
Gustavo Antônio da Silva
CONCEITOS
Níveis de Tensão
V
R
I
Fase-Fase
Fase-Neutro
ou terra
220
380
440
13800
127
220
254
7960
I=V
R
R = Resistência () ohm
V = Tensão (V) volts
I = Intensidade de corrente (A) ampéres
Histórico
• NR 10 – 1978
• NR 10 – 1983
• NR 10 - 2004
Glossário da NR 10
Classificação NR10
NR 10
Corrente
Alternada
Corrente Contínua
Alta Tensão (AT) V > 1000V
V > 1500V
Baixa Tensão
(BT)
50 V< V≤ 1000V
120 V< V≤ 1500V
Extra-Baixa
Tensão (EBT) Tensão de
Segurança
V≤ 50V
V≤ 120V
NOMENCLATURA DE NÍVEIS DE TENSÃO ALTERNADA
ABNT (NBR’s)
ATÉ 1kV
>1kV A 36,2kV
>36,2kV
BAIXA TENSÃO
MÉDIA TENSÃO
ALTA TENSÃO
BT
MT
AT
10
MTE (NR-10)
V≤ 50V
50 V< V≤ 1000V
>1kV
EXTRA BAIXA TENSÃO
BAIXA TENSÃO
ALTA TENSÃO
EBT
BT
AT
• Observação
• NR 18
• Alta-Tensão - é a distribuição primária, em
que a tensão é igual ou superior a 2.300 volts.
ANEEL
ATÉ 1kV
>1kV <69kV
> 69kV
BAIXA TENSÃO
MÉDIA TENSÃO
ALTA TENSÃO
BT
MT
AT
Área Classificada: local com potencialidade de
ocorrência de atmosfera explosiva.
Filme 1
• Pessoa Advertida: pessoa informada ou
com conhecimento suficiente para evitar os
perigos da eletricidade.
Procedimento: seqüência de operações a serem
desenvolvidas
para
realização
de
um
determinado trabalho, com a inclusão dos meios
materiais e humanos, medidas de segurança e
circunstâncias que impossibilitem sua realização.
Riscos Adicionais: todos os demais grupos
ou fatores de risco, além dos elétricos,
específicos de cada ambiente ou
processos de Trabalho que, direta ou
indiretamente, possam afetar a segurança
e a saúde no trabalho.
Sistema Elétrico: circuito ou circuitos elétricos interrelacionados destinados a atingir um determinado
objetivo.
Sistema Elétrico de Potência (SEP): conjunto das
instalações e equipamentos destinados à geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica até a
medição, inclusive.
Travamento: ação destinada a manter, por meios
mecânicos, um dispositivo de manobra fixo numa
determinada posição, de forma a impedir uma
operação não autorizada.
Filme 2
ZONA DE RISCO
• Zona de Risco: entorno de parte condutora
energizada, não segregada, acessível inclusive
acidentalmente, de dimensões estabelecidas
de acordo com o nível de tensão, cuja
aproximação só é permitida a profissionais
autorizados e com a adoção de técnicas e
instrumentos apropriados de trabalho.
ZONA CONTROLADA
• Zona Controlada: entorno de parte condutora
energizada, não segregada, acessível, de
dimensões estabelecidas de acordo com o
nível de tensão, cuja aproximação só é
permitida a profissionais autorizados.
Faixa de Tensão
Nominal da
Instalação
Elétrica em KV
<1
1e3
 3e 6
 6 e 10
 10 e <15
 15 e 20
Rr raio da
Delimitação entre
Zona de risco e
Controlada em
metros
0,20
0,22
0,25
0,35
0,38
0,40
Rc Raio de
Delimitação entre
Zona Controlada e
livre em metros
0,70
1,22
1,25
1,35
1,38
1,40
Trabalho em Proximidade: trabalho durante
o qual o trabalhador pode entrar na zona
controlada, ainda que seja com uma parte
do seu corpo ou com extensões
condutoras,
representadas
por
materiais,
ferramentas
ou
equipamentos que manipule.
MARGEM DE
SEGURNÇA
para o caso
de movimento
involuntário
Zona de
Risco
Zona controlada
Ponto
Energizado
FORMAÇÃO Profissional
CURSO ELÉTRICA - SISTEMA OFICIAL ENSINO
EMPRESA
QUALIFICADO
CAPACITAÇÃO ESPECÍFICA SOB
RESPONSABILIDADE DE PROFISSIONAL
HABILITADO E AUTORIZADO
PROFISSÃO
OCUPAÇÃO(Código
Brasileiro Ocupação-CBO)
TRABALHAR SOB SUPERVISÃO DE
PROFISSIONAL HABILITADO E
AUTORIZADO
REGISTRO NO
CONSELHO DE CLASSE
CAPACITADO
HABILITADO
CURSO BÁSICO 40 H / COMPLEMENTAR 40 h
AUTORIZADO
Habilitação Qualificação Capacitação
Autorização
• Qualificação => Sistema Oficial de Ensino
• Habilitação=> Qualificado+ CREA
• Capacitado=> Capacitação por Habilitado
+Responsabilidade(Habilitado) – Váido somente na
empresa
• Autorizado=> Anuência da Empresa
Equipotencialização
Caixa de Equipotencialização
Objetivo da NR 10
• Gestão de Pessoas Envolvidas
• Gestão de Instalações Elétricas
• Gestão de Equipamentos
Gestão de Pessoas
Gestão de Instalações Elétricas
Gestão de Equipamentos
Fim das Gambiarras
NR 10
• 10.1.2 Esta NR se aplica às fases de geração,
transmissão,
distribuição
e
consumo,
incluindo as etapas de projeto, construção,
montagem, operação, manutenção das
instalações elétricas e quaisquer trabalhos
realizados
nas
suas
proximidades,
observando-se as normas técnicas oficiais
estabelecidas pelos órgãos competentes e, na
ausência ou omissão destas, as normas
internacionais cabíveis
Normas Nacionais
• NBR 5410 Instalações elétricas de baixa tensão
• NBR 5419 Proteção de estruturas contra descargas
atmosféricas
• NBR 14039 Instalações elétricas de média tensão de
1,0 kV a 36,2 kV
• NBR-IEC-60079-14-Atmosferas explosivas - Parte 14:
Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas
Normas Internacionais
• NFPA 70E: Standard for Electrical Safety in the
Workplace®
• IEEE 1584 IEEE Guide for Performing Arc Flash Hazard
Calculations
Risco de Morte ou Risco de Vida?
Riscos Em Eletricidade
• Choque Elétrico
• Arco Elétrico
• Campos Eletromágneticos
Choque Elétrico
Filme 3
Fatores que determinam os efeitos do choque
1 ) Níveis da Tensão
A corrente está diretamente ligada à tensão :
quanto maior a tensão - maior a corrente
Rit  500 
 100 
Ri2  200 
( valores médios ) :
INTERNA + EXTERNA
pele úmida =
500 
Varia em
0
função de :
pele seca 
altura, peso, de 1000 a
sexo, ingestão 2000 
de bebidas
Varia em
alcoólicas etc.. função de :
umidade,
espessura,
calosidade
 200 
Resistência do corpo
3 ) Resistência de contato
( área de contato )
• Resistência de contato 1 :
Ponto de Entrada
•
I
Corrente
Resistência Total :
Soma : R1 + R2 + RH
Resistência de contato 2 :
Ponto de Saída
Tensão
Percurso da Corrente :
Se não tiver entrada e
saída não há choque :
Percurso da corrente no corpo
humano :Sempre tem um ponto de
entrada e outro de saída = DDP
?
CORRENTE
REAÇÕES FISIOLÓGICAS
0,1 a 0,5mA
leve percepção superficial
0,5 a 10mA
ligeira paralisia nos músculos, início
de tetanização
Nenhum efeito perigoso se houver
interrupção do contato em no
máximo 5 segundos
Tetanização, sensação de falta de ar,
possibilidade de fibrilação
10 a 30mA
30 a 500mA
Acima de 500mA Traumas cardíacos persistentes
6 ) Tempo de Duração :
Causa paralisia do coração e do pulmão :
Falta Oxigênio e sangue para os
membros e cérebro -
7 ) Intensidade da Freqüência ( Hz )
Níveis de frequência
Frequência ( hz )
Ordem de grandeza do limiar
de sensação ( ma )
50/60
1
500
1,5
1000
2
5000
7
10000
14
100000
150
Logo, quanto maior a freqüência menor o
efeito para o homem .
8 ) Tipo CC ou CA
Corrente Alternada - Atinge valores máximos em
relação á freqüência . Por sua vez o efeito da
freqüência é mais prejudicial ao compasso do
coração :
-
+ VCA
VCC
Corrente Contínua - Valores máximos
não variam no tempo .
Efeitos do choque elétrico no organismo
.
Cérebro
•
Tetanização
Coração
Parada
Cardíaca ou
Fibrilação
Pulmão
Parada
Respiratória
Efeitos Indiretos :
( devido a reação
involuntária, espasmos
causados pela circulação de
corrente no corpo ) :
Quedas ;
Queimaduras ;
Impactos de membros;
Cortes etc..
Interruptor Diferencial Residual - IDR
Funcionamento do IDR
Montagem DR
Arco Elétrico
Filme 4
ELETRIZAÇÃO POR INDUÇÃO
•
Pode ocorrer a indução de um outro corpo
condutor localizado próximo a um condutor
energizado . Ex : cercas, tubulações, torres etc...
SPDA- Sistema de Proteção contra Descargas
Atmosféricas
Raios
Tensão de Toque e de Passo
Eletrogeométrico
Gaiola de Faraday
Franklin
Campos Elétrico e Magnético
Limites máximos de exposição conforme ICNIRP
(International Commission on Non-Ionizing
Radiation Protection)
Medidas Controle
•
•
•
•
Análise de Risco
Diagrama Unifilar
Prontuário Instalações Elétricas
P> 75KW
Prontuário Instalações Elétricas
•
•
•
•
•
•
•
Procedimentos
Documentação SPDA e aterramentos
EPI e EPC
Qualificação , Habilitação , Capacitação e Autorização
Testes de Isolação Elétrica
Áreas Classificadas
Plano de Ação
Prontuário Instalações Elétricas
• SEP
– procedimentos para emergências; e
– certificações dos equipamentos de proteção
coletiva e individual;
Prontuário Instalações Elétricas
Proximidade SEP
•
•
•
•
•
•
Procedimentos
EPI e EPC
Qualificação , Habilitação , Capacitação e Autorização
Testes de Isolação Elétrica
procedimentos para emergências; e
certificações dos equipamentos de proteção coletiva
e individual
Instrumentos
ATÉ AS PONTAS DE PROVA DEVEM POSSUIR
ISOLAMENTO ESPECIAL
ETAPAS DA DESENERGIZAÇÃO
DESLIGAR
Trata-se da
abertura efetiva do
circuito
(preferencialmente
o de força )
ETAPAS DA DESENERGIZAÇÃO
BLOQUEAR
Trata-se da
introdução
de um
dispositivo
físico/
trava que
mantenha o
circuito
aberto
ETAPAS DA DESENERGIZAÇÃO
TESTAR
Trata-se da
confirmação da
AUSÊNCIA de
tensão através
de instrumento
e dispositivos e
apropriados
ETAPAS DA DESENERGIZAÇÃO
ATERRAR
Trata-se da
EQUIPOTENCIALIZA
ÇÃO das partes
condutoras que
porventura possam
vir a ficar
energizadas
ETAPAS DA DESENERGIZAÇÃO
PROTEGER
Trata-se da leitura
do ambiente, e se
for o caso, a
introdução
de
barreiras isolantes
entre as partes
que continuarem
energizadas
no
local
da
intervenção .
ETAPAS DA DESENERGIZAÇÃO
SINALIZAR
Trata-se
da
colocação
de
etiquetas
sinalizadoras,
informando
responsável,
data, hora e
motivo.
Proteção Coletiva
• Prioridade Desernergização
• Na impossibilidade
– Isolação das Partes Vivas
– Obstáculos
– Barreiras
– Sinalização
– Seccionamento Automático
– Bloqueio de Religamento Automático
Proteção Individual
• Individual=> Coletiva tecnicamente inviável ou
insuficiente
• Vestimenta
• Proibido uso de adornos
Luva isolante de borracha
TIPO
Classe 00
Classe 0
Classe I
Classe II
Classe III
Classe IV
CONTATO
500V
1000V
7,5 kV
17 kV
26,5 kV
36 kV
TARJA
Bege
Vermelha
Branca
Amarela
Verde
Laranja
Luva isolante de borracha
Vestimenta
RECOMENDAÇÃO
Até 15 KV utilizar método IEEE 1584, acima desta
tensão, e nas condições não aceitas pelo método
IEEE, utilizar NFPA 70 E – Ralph Lee
Segurança em Projetos
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Sistemas de bloqueio
Espaço Seguro
Aterramento
Proteção contra choques elétricos
Indicação dispositivos manobra: verde D desligado/
vermelho L Ligado
Identificação dos Circuitos
Acesso restrito
Proteção Influencias Externas
Princípios Funcionais
Compatibilidade
Tabela IP – Índice de Proteção
• I
GRAU DE PROTEÇÃO
PROTEÇÃO CONTRA PENETRAÇÃO
DE CORPOS SÓLIDOS NO INVÓLUCRO
PROTEÇÃO CONTRA PENETRAÇÃO
DE LÍQUIDOS NO INVÓLUCRO
LETRA ADICIONAL
LETRA SUPLEMENTAR
P
-
DPS – Dispositivo de Proteção contra Surto
SOBRETENSÕES
CONDUZIDAS
SOBRETENSÕES
INDUZIDAS
DPS – Dispositivo de Proteção contra Surto
DPS
•
•
•
•
•
Segurança na Construção – Montagem –
Operação - Manutenção
Controle dos Riscos adicionais
Uso de equipamentos compatíveis
Ferramentas Isoladas
Não pode armazenar produtos nas instalações
elétricas
Trabalho somente para trabalhadores
autorizados
Segurança em Instalações Elétricas
Desenergizadas
• Desenergização
– Seccionamento
– Impedimento de Reenergização
– Ausência de Tensão
– Aterramento temporário
– Proteção dos Elementos energizados
– Sinalização de impedimento de reenergização
• Desligado = Energizado
Instalações Energizadas
• Ligar e Desligar => pessoa não advertida
• Direito de Recusa
• Zona Risco - Controlada
Direito de Recusa
Trabalhos em Alta Tensão
•
•
•
•
•
•
•
Curso NR 10 Complementar
Trabalho acompanhado
Ordem de Serviço
Avaliação Prévia
Zona Risco=> Bloqueio do religamento Automático
Ferramentas Isoladas e Testadas
Comunicação Permanente
• Métodos de Trabalho em Linha Viva
Método ao potencial
Método à distância
Ao Contato
Filme 5
Trabalhadores
• Sistema de Identificação – Autorização
• Autorização => Registro Empregado
• Autorizados=> Curso Básico
Retreinamento
• Bienal ou
– Troca de função ou mudança de empresa
– Afastamento maior que 3 meses
– Modificação nas instalações
• Não tem carga horária obrigatória
Áreas Classificadas
•
•
•
•
Treinamento especifico
Equipamentos Certificados
Controle da Energia Estática
Permissão para Trabalho
Trabalhadores em Zona Livre
• Trabalhador não relacionado com elétrica => ser
instruído formalmente dos riscos
Proteção contra Incêndio
• NR 23(MTE) e IT ( CBM)
Sinalização
• NR 26
a) identificação de circuitos elétricos;
b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas
de manobra e comandos;
c) restrições e impedimentos de acesso;
d) delimitações de áreas;
e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas,
de veículos e de movimentação de cargas;
f) sinalização de impedimento de energização; e
g) identificação de equipamento ou circuito impedido
Procedimentos de Trabalho
• Procedimentos específicos
• Ordem de Serviço
– Tipo
– Data
– Local
– Referência ao Procedimento
Procedimentos de Trabalho
• Procedimentos , Treinamento e Autorização =>
SESMT
• Equipe => Líder
• Avaliação Prévia no início
Situação de emergência
•
•
•
•
Plano de Emergência
Primeiros Socorros
Resgate Padronizado
Combate a Princípio de Incêndio
Responsabilidade
• Contratantes e Contratados são solidários
• Contratantes informar o risco para o trabalhador
Responsabilidade Trabalhador
a) Zelar pela segurança
b) Cumprir os procedimentos
c) Comunicar os problemas
Considerações Finais
• NR 3 Embargo e Interdição
• Documentação – Trabalhadores e Autoridades
• Esta NR não é aplicável a instalações elétricas
alimentadas por extra-baixa tensão.
Download

Tensão - Escola Satélite