LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS
Profª Ma. Maria Angélica Gomes Maia
Coordenação do Curso
Profª Dr. Milton Beltrame Junior
Direção da FEA
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP
2013
SUMÁRIO
1.
CONTEXTUALIZAÇÃO DA IES - 1. PERFIL INSTITUCIONAL
1.1 Breve histórico da IES
1.2 Inserção Regional
1.3 Missão
1.4 Finalidade
1.5 Objetivos
1.6 Metas
1.7 Áreas de atuação acadêmica
01
01
03
03
03
03
05
17
2.
A FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES – FEA
2.1 Congregação da Faculdade de Educação e Artes - FEA
2.2 Organização do Colegiado da FEA
2.3 Organização do Colegiado dos cursos
2.4 Organização do Núcleo de Desenvolvimento Estruturante- NDE
08
09
09
09
09
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ARTES VISUAIS
3.1 Aspectos Legais do Curso
3.2 Justificativa do Curso
3.2.1 Historicidade da Formação e Atuação do Professor de Arte no
Brasil
3.3 Escolha da modalidade
3.4 Objetivos
3.5 Mercado de Trabalho
3.6 Perfil do Profissional a ser formado em Artes Visuais
3.7 Competências e Habilidades
3.8 Perfil do Egresso
3.9 Proposta Curricular
3.10 Estrutura Curricular
3.11 Organização das Disciplinas
3.12 Organização das Disciplinas em semestres
10
10
11
12
3
4
4.AVALIAÇÃO
4.1Avaliação em Arte
4.1.1 Processos de Avaliação (PDI) Diretrizes Gerais
4.1.2 Regimento Geral da Univap
4.2Concepção de Avaliação
4.3 Sistemáticae Critérios de Avaliação do Curso
14
15
15
16
16
17
18
22
30
33
32
32
33
33
36
36
51
37
5.
ESTÁGIO
6.
ATELIER / PROJETO ARTISTA VISITANTE
39
7.
REFERÊNCIAS
39
1 - CONTEXTUALIZAÇÃO DA IES
1.1. Breve Histórico da IES
A Universidade do Vale do Paraíba – Univap, sediada no Município de São José dos Campos
– SP, teve seu início oficial em 1º de Abril de 1992, através da Portaria Ministerial nº 510,
publicada no Diário Oficial da União em 06 de Abril de 1992, por recomendação do Conselho
Federal de Educação através do Parecer nº 216/92.
Em 1991, antes da criação da Univap, a Instituição possuía nove cursos de graduação.
Atualmente, a Univap oferece 64 cursos de graduação, sendo 41 em São José dos Campos,
12 em Jacareí e 11 em Campos do Jordão. A Univap tornou-se responsável por cursos de
Educação infantil, fundamental e médio, permitindo, assim, que o aluno se inicie no
aprendizado infantil e ingresse no mercado de trabalho, depois de conquistar seu diploma
de graduação ou até mesmo de pós-graduação.
Com a criação da Univap nasceu o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento - IP&D, um
ponto alto na implantação da tríplice função da universidade. Foram credenciados e
avaliados pelo MEC/CAPES programas de pós-graduação stricto sensu, sendo 2 Doutorados e
6 Mestrados, além de diversos cursos de pós-graduação lato sensu – especialização,
incluindo um curso a distância (EAD) em Jornalismo Científico, credenciado pela Portaria nº
125 de 23 de Janeiro de 2008.
Em 2005 a Univap foi novamente inovadora na região do Vale do Paraíba. Em abril daquele
ano foi inaugurado o Parque Tecnológico da Univap, em um edifício sede de 19.000 m², com
toda a estrutura de apoio às empresas de inovação tecnológicas. Atualmente o Parque
Tecnológico da Univap abriga 37 empresas inovadoras de base tecnológica. Recentemente
foi selecionado pela FINEP como um dos 17 centros de P&D do Brasil para incentivar
empresas inovadoras no Projeto PRIME – Primeira Empresa Inovadora.
A Univap já recebeu 2 Comissões de Avaliação Externa do Ministério da Educação, tendo
obtido Conceito Máximo 5 de excelência acadêmica na tríplice função. Atualmente a Univap
situa-se entre as 12 primeiras Universidades privadas do Estado de São Paulo e entre as 35
Universidades privadas brasileiras.
O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Sistema Univap de Educação centra-se:
I- numa função política capaz de colocar a educação como fator de inovação e
mudanças na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte – o DGE – 31 e no País;
II- numa função ética de forma que, ao desenvolver a sua missão, a Univap observe e
dissemine os valores positivos que dignificam o homem e a sua vida em sociedade;
III- numa proposta de transformação social voltada para a região do Vale do Paraíba
e Litoral Norte, e para o País;
IV- no comprometimento da comunidade acadêmica com o desenvolvimento do País
e, em especial, da região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, sua principal área de
atuação; e
V- num modelo de gestão que tem como metas: a relevância da educação, a busca
constante da qualidade da educação ofertada e a construção de uma sociedade
justa e solidária.
1
O Sistema Univap de Educação Superior utiliza-se da autonomia universitária para, de
maneira permanente, buscar a excelência acadêmica no exercício da tríplice-função:
pesquisa, ensino e extensão.
São princípios norteadores da Univap:
Ifundamentar-se no pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;
IIgerar, transmitir e disseminar o conhecimento, com padrões elevados de
qualidade;
III- promover a integração entre os diferentes níveis e graus de ensino;
IV- promover a interação permanente com a sociedade e com o mundo do trabalho;
V- contribuir, por meio do processo educacional, para a formação de uma
consciência ética fundada no aperfeiçoamento intelectual, humanístico e
espiritual do cidadão e no desenvolvimento de uma capacidade crítica frente à
sociedade e ao Estado;
VI- contribuir para o desenvolvimento científico-tecnológico, econômico, social,
artístico, cultural e espiritual, calcados na dignidade da pessoa humana, nos
valores sociais do trabalho, na livre iniciativa, no pluralismo político e na
solidariedade humana na construção da sociedade;
VII- possibilitar a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento,
a arte, a cultura e o saber;
VIII- educar para a conservação e a preservação da natureza, inclusive por meio de
projetos de desenvolvimento sustentável;
IX- desenvolver ações permanentes de modo que um segmento cada vez maior da
comunidade possa usufruir, em todos os campos e níveis do saber, dos benefícios
das atividades desenvolvidas pela Univap;
Xmanter a indissociabilidade da tríplice-função: pesquisa, ensino e extensão, sem
perder de vista sua função social;
XI- promover e facilitar a cooperação nacional e internacional;
XII- adotar a flexibilidade como característica de métodos, critérios e currículos,
tendo em vista o atendimento das peculiaridades regionais e da necessidade de
integração dos conhecimentos multidisciplinares;
XIII- manter a unidade de patrimônio e administração, a fim de alcançar níveis
superiores de eficácia e eficiência e o desenvolvimento harmônico da
Universidade em seu conjunto;
XIV- buscar a racionalidade no uso da infra-estrutura física e dos recursos humanos e
materiais disponíveis, vedada a duplicação de recursos para fins idênticos ou
equivalentes;
XV- formar profissionais empreendedores, nas diferentes áreas do conhecimento,
que estejam aptos ao exercício profissional competente e à participação no
desenvolvimento da sociedade em que interagem;
XVI- propiciar condições para a transformação da realidade da região e do País,
visando à justiça social, com desenvolvimento sustentável;
XVII- funcionar como agente de inovação, com a implantação e apoio a centros de
serviços e a incubadoras e parques tecnológicos;
XVIII- incentivar projetos sociais, na área da educação.
2
1.2 Inserção Regional
São José dos Campos é um município localizado no Vale do Paraíba que ocupa uma área
total de 1.099,77 km², dos quais 298,99 km² (27,19%) correspondem à área urbana e com
uma população estimada de 629.921 habitantes (IBGE/2010).
São José dos Campos é uma das regiões mais economicamente desenvolvidas do Estado
de São Paulo e caracterizada por ter uma grande concentração de diferentes atividades
industriais, comerciais e de serviços. Os municípios de São José dos Campos, Jacareí e
Caçapava se apresentam como um pólo industrial e tecnológico nacional, com ênfase em
cinco setores: automotivo, aeroespacial, telecomunicações, alimentício e químico. Estão
instaladas na cidade importantes empresas como Panasonic, Johnson & Johnson, General
Motors (GM), Petrobrás, Ericsson, Monsanto, Mectron, Embraer, entre outras. Possui
importantes centros de ensino e pesquisas como: o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), o
Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), o Instituto de Estudos Avançados (IEAv), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Univap, a Unifesp, a Unesp entre outras.
Como pólo tecnológico, o município atrai grande contingente de visitantes com interesse
voltado para a tecnologia de ponta que aqui se desenvolve. Há, por isso, uma grande
demanda por educação formal, principalmente por atuar como pólo aglutinador regional.
Com o objetivo de formar profissionais capacitados para o mercado de trabalho e para
exercerem atividades de pesquisa e desenvolvimento de inovações tecnológicas é que a
Univap foi criada. Nos últimos anos a Univap expandiu-se para os municípios vizinhos,
incluindo Jacareí (211.214 habitantes) e Campos do Jordão (47.789 habitantes), sendo todos
eles credenciados.
1.3 Missão
A Univap visando contribuir para o desenvolvimento nacional, terá como nova Missão atuar:
I- no âmbito da educação, em todas as áreas do conhecimento e em todos os níveis
de escolaridade;
II- nas áreas de pesquisa, ciência e tecnologia, desenvolvimento e inovação
científica–tecnológica, inclusive no ambiente produtivo e social, buscando
transformar conhecimento em riqueza nacional;
III- na área da extensão, interagindo com a sociedade, a iniciativa privada e pública
para atender às demandas sociais e para levar o conhecimento à sociedade como
um todo.
1.4 Finalidade
A finalidade da Univap é a busca permanente do desenvolvimento do País, contribuindo com
as diretrizes, metas e estratégias do:
 Plano Nacional de Educação – PNE 2011/2020;
 Plano Nacional de Ciência e Tecnologia;
 Assistência Social na Área da Educação;
 Plano Nacional de Saúde - 2008-2011;
 Plano Nacional de Pós-graduação - 2011-2020.
1.5 Objetivos
1.3.1 Educar e formar pessoas qualificadas: Cidadãos e cidadãs responsáveis, capazes
de atender às necessidades de todos os aspectos da atividade humana,
oferecendo-lhes qualificação relevante, incluindo capacitações profissionais nas
quais sejam combinados conhecimentos teóricos e práticos de alto nível,
3
mediante cursos e programas de nível superior e de educação básica, que se
adaptem às necessidades presentes e futuras da sociedade;
1.5.2 Prover um espaço aberto para uma aprendizagem permanente (por toda a vida)
oferecendo uma ampla gama de opções e possibilidades, com pontos flexíveis de
ingresso, permanência e conclusão dentro do Sistema Univap de Educação, assim
como oportunidades de realização individual e social de modo a educar os
estudantes para a cidadania e participação plena na sociedade moderna;
1.5.3 Igualdade de acesso:
 De acordo com o artigo 26, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a
admissão à Educação no Sistema Univap de Educação está baseada no mérito,
mostrado por aqueles que buscam o acesso à educação, na perspectiva de uma
educação continuada no decorrer da vida, em qualquer idade.
 O acesso ao Sistema Univap de Educação não permite qualquer discriminação
com base na etnia, sexo, religião, idioma ou em considerações econômicas,
culturais e sociais, nem tampouco em incapacidades físicas;
 O Sistema Univap de Educação desenvolverá a igualdade de acesso e
permanência para diferentes grupos sociais, cada vez mais diversificados, com
base na relevância da educação, isto é, em termos do ajuste entre o que a
sociedade espera da Univap e o que ela pode realizar.
1.5.4 Função ética, autonomia, responsabilidade e função preventiva.
A Univap, como instituição de educação, deve:

Preservar e desenvolver suas funções fundamentais, submetendo
todas as suas atividades às exigências da ética e do rigor científico e intelectual.
 Poder opinar sobre problemas éticos, culturais e sociais de forma independente
e com consciência plena de suas responsabilidades, por exercer um tipo de
autoridade intelectual que a sociedade necessita, para assim ajudá-la a refletir,
compreender e agir.
 Ampliar suas funções críticas e prospectivas mediante uma análise permanente
das novas tendências sociais, econômicas, culturais e políticas, atuando, assim,
como uma referência.
 Utilizar sua capacidade intelectual para defender e difundir ativamente os
valores aceitos universalmente, particularmente a paz, a justiça, a liberdade, a
igualdade e a solidariedade, tal como consagrados na Constituição da UNESCO.
 Desfrutar de liberdade acadêmica e autonomia plenas, vistas como um
conjunto de direitos e obrigações sendo, simultaneamente, responsável para
com a sociedade e prestando contas à mesma.
 Desempenhar seu papel na identificação e tratamento dos problemas que
afetam o bem-estar das comunidades, nações e da sociedade global.
1.5.5 Reforçar a cooperação com o mundo do trabalho, analisar e prevenir as
necessidades da sociedade.
Tendo em vista que as economias estão sofrendo mudanças e novos paradigmas
estão surgindo com base no conhecimento e suas aplicações, a Univap procurará
4
reforçar o vínculo da sua educação com o mundo do trabalho e com outros
setores da sociedade, proporcionando:
 estágio em empresas de inovação tecnológica para estudantes e docentes;
 intercâmbio de pessoal da Universidade com o mundo do trabalho;
 revisões curriculares, que visem uma aproximação maior com as práticas do
trabalho;
 treinamentos, atualizações e reciclagem profissional de professores,
funcionários e alunos fora do ambiente acadêmico;
 o desenvolvimento de habilidades empresariais e o senso de
empreendedorismo nos estudantes, a fim de facilitar a empregabilidade dos
formandos.
1.5.6 Aperfeiçoamento de pessoal de educação como agentes principais.
A Univap, desde o seu reconhecimento em 1992, vem desenvolvendo uma política
de aperfeiçoamento de pessoal DOCENTE e TÉCNICO ADMINISTRATIVO.
 Docentes:
A Univap reconhece que a constituição de um corpo docente não é uma
simples questão de números. É primeiro, e acima de tudo, uma questão de
qualidade manter em seu quadro docente um número significativo de
docentes capacitados para exercer a tríplice função: ensino, pesquisa e
extensão, e que esta é uma tarefa que demanda investimentos significativos,
esforços e comprometimentos com a qualidade do processo de ensinoaprendizagem.
 Corpo Técnico-Administrativo:
A Univap tem proporcionado a seus funcionários do corpo técnicoadministrativo, o acesso gratuito ao ensino de graduação, por meio de bolsas
de estudo integrais. A Univap reconhece que, somente com um corpo técnicoadministrativo qualificado, será possível ofertar uma prestação de serviços
com qualidade.
1.5.7 Atividades artístico-culturais.
Possibilitar por meio de atividades artístico-culturais e comunicação acadêmica, a
integração da comunidade Univap com a comunidade de São José dos Campos e
região do Vale do Paraíba.
1.5.8 A demanda social do Sistema Univap de Educação.
Os estudantes representam as principais entradas e saídas do sistema Univap de
Educação. O aumento da demanda social está diretamente ligado ao aumento das
oportunidades por meio dos cursos ofertados nas diferentes áreas de
conhecimento.
Na Univap, a demanda social está também fortemente ligada à oferta de bolsas de
estudos a estudantes carentes de recursos financeiros por meio da participação no
ProUni, pelo fato de ser uma instituição sem fins lucrativos e filantrópica e buscar
uma maior participação dos diferentes grupos sociais.
A Univap buscará, ainda, criar novas oportunidades para aqueles que
abandonaram seus estudos e que desejam reingressar na educação superior, no
momento que lhes pareça conveniente e oportuno.
1.6 Metas
1.6.1 Em consonância com o art. 52 – II e III da LDB – Lei nº 9394/96, a Univap
manterá um corpo docente qualificado, constituído de doutores, mestres e
especialistas num percentual de 100% (cem por cento) acima da exigência desta
5
lei, dos quais, entre 36% a 42%, serão contratados em regime de tempo integral,
à tríplice função da universidade;
1.6.2 em consonância com o art 52 – I da LDB – Lei nº 9394/96, a Univap
proporcionará aos docentes doutores e mestres, em tempo integral, dois
ambientes para o desenvolvimento das pesquisas básicas e tecnológicas: o IP&DInstituto de Pesquisa e Desenvolvimento e o Parque Tecnológico, para o
aumento da produção intelectual institucionalizada;
1.6.3 a Univap buscará, permanentemente, a melhoria dos atuais conceitos CAPES
para seus programas de doutorado e mestrado, a saber:
Programa
Doutorado em Engenharia Biomédica
Doutorado em Física e Astronomia
Mestrado em Engenharia Biomédica
Mestrado em Física e Astronomia
Mestrado em Planej. Urbano e Regional
Mestrado em Bioengenharia
Mestrado em Ciências Biológicas – Novo Julho/2010
Mestrado em Processamento de Materiais e Catálise – Novo
Dezembro/2010
Conceito
CAPES
4
4
4
4
3
3
3
3
1.6.4 a Univap, proporcionará bolsas integrais de pós-graduação stricto sensu para
estudantes de alto desempenho em seus programas de doutorado e mestrado,
credenciados pelo MEC – CAPES, em consonância com o art. 214 – V da
Constituição Federal que define o Plano Nacional de Educação, com o art. 218 do
Capítulo da Ciência e Tecnologia e, com o Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação do Ministério de Ciência e Tecnologia;
1.6.5 dos recursos oriundos das contribuições das empresas do Parque Tecnológico,
que constituem o fundo de pesquisa, desenvolvimento e inovação, serão
destinados, no mínimo, 30% para apoio de projetos científico–tecnológicos de
interesse nacional e regional;
1.6.6 para a melhoria de qualidade dos serviços educacionais, a Univap dedicará
atenção especial para que o seu o corpo técnico-administrativo seja constituído
de 60% a 80% de pessoal graduado em cursos superiores da Univap,
proporcionando-lhes bolsas integrais para frequentarem os cursos de graduação;
1.6.7 na busca da qualidade do desempenho de estudantes de graduação nas
avaliações de cursos pelo MEC-SESu, a Univap proporcionará bolsas integrais
PROUNI, bolsas integrais Univap e estágios remunerados para alunos de alto
desempenho no Sistema Univap de Educação;
1.6.8 a demanda social do Sistema Univap de Educação - corpo discente - buscará um
crescimento na graduação entre 10% e 20% em relação ao alunado (2010) e o
número de formandos entre 8% e 12%;
1.6.9 ampliar o ingresso na educação superior dos melhores talentos do ensino médio
público e privado, utilizando, como um dos critérios de acesso, o Exame Nacional
do Ensino Médio-ENEM;
1.6.10 ampliar a participação de alunos da graduação em programas e projetos de
extensão universitária;
6
1.6.11 ampliar e atualizar o acervo das Bibliotecas da Univap;
1.6.12 desenvolver, permanentemente, a cidadania e a percepção humanista por meio
de diversas manifestações artístico-culturais;
1.6.13 incrementar o número de publicações em periódicos internacionais e nacionais,
de qualidade comprovada, significativos para as áreas de concentração dos
programas de pós-graduação stricto sensu;
1.6.14 apoiar a participação de docentes em eventos científicos, tecnológicos e outros,
principalmente aqueles que possuírem artigos científicos completos nesses
eventos, com recursos do fundo de pesquisa, desenvolvimento e inovação;
1.6.15 elevar o número de projetos aprovados em agências de fomento por professores
doutores;
1.6.16 elevar o número de bolsistas de produtividade do CNPq, vinculados à Instituição;
1.6.17 fortalecer a política Institucional de bolsas de iniciação científica;
1.6.18 incentivar uma política de fidelidade para os alunos formados na Univap se
sentirem motivados a fazer especialização, mestrado e/ou doutorado na
Instituição;
1.6.19 fortalecer a política de capacitação de docentes;
1.6.20 intensificar o intercâmbio interinstitucional, em áreas de atuação de interesse
estratégico para a Univap e para o País.
1.7 Áreas de atuação acadêmica
A Educação na Univap se desenvolve em três vertentes, a saber:
1.7.1 Educação Superior:
 Áreas na Graduação:
- Ciências da Saúde
- Ciências Sociais Aplicadas e Comunicação
- Engenharias, Arquitetura e Urbanismo
- Educação e Artes
- Ciências Jurídicas

 Áreas na Pós-graduação stricto sensu
- Engenharia Biomédica
- Física e Astronomia
- Planejamento Urbano e Regional
- Ciências Biológicas
- Bioengenharia
- Processamento de Materiais e Catálise
Pós-graduação lato sensu - Especialização
(presencial e a distância)
1.7.2 Educação Básica:
- Ensino fundamental, Ensino médio e Ensino técnico.
1.7.3 Parcerias público-privadas.
7
2. FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES – FEA
A FEA é constituída por cursos de graduação voltados para a licenciatura e bacharelado.
Os cursos das licenciaturas estão concentrados em três campi: Urbanova, Aquárius e Villa
Branca. São eles Artes Visuais, Ciências Biológicas, Educação Física, Geografia, História,
Letras, Matemática, Física, Pedagogia e Química e, ainda, bacharelados nas áreas de Ciências
Biológicas, Educação Física, Geografia e Química. Os cursos da FEA tiveram em 2008
alterações em seus currículos visando atender horas aulas em sua grade curricular.
São objetivos dos cursos de licenciatura, de modo geral, à formação de professores para
atuarem no Ensino Fundamental e Médio com sólidos conhecimentos na área de atuação,
visão multidisciplinar e conscientes de seu papel social de educador. Os cursos de
Bacharelado apresentam programas flexíveis de forma a permitir diferentes formações, quer
visando o profissional que deseja seguir uma carreira acadêmica, como aquele que se
encaminhará para o mercado de trabalho não acadêmico e que necessita além de uma sólida
base de conteúdos, de uma formação mais flexível contemplando áreas de aplicação. Há
preocupação da Faculdade, por meio dos projetos de cada curso, o desenvolvimento da
capacidade lógica de pensar do aluno, de uma postura crítica e da capacidade na resolução de
problemas.
O aluno da FEA tem a possibilidade de participar de projetos. Muitos estão nos
programas de Bolsas de estudo (UNIVAP, PROUNI, Escola da Família), outros, alunos de
Pedagogia e Letras do Projeto Bolsa Alfabetização e ainda participando nas escolas de
Educação Infantil, em parceria com a rede municipal de Ensino -coordenadas pela Univap e
ainda o PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, parceria entre a
CAPES, rede estadual de Ensino e Faculdade de Educação e Artes da Univap.
Os cursos da FEA têm como norteadores de seus projetos pedagógicos as diretrizes
curriculares, legislação vigente, teorias sobre áreas do conhecimento e pesquisas atualizadas.
Dessa maneira, a grade curricular visa assegurar o desenvolvimento do conhecimento
profissional, culminando com a realização de estágio supervisionado em docência ou no caso
do bacharelado em indústrias, laboratórios, e outros.
As últimas avaliações dos cursos de Graduação da FEA realizadas pelo ENADE têm
demonstrado um trabalho sério e contínuo e nenhum curso abaixo da média. Como avaliação,
considera-se, ainda, os concursos públicos em que a maioria dos alunos sempre foi muito bem
classificada. Os cursos são:
Artes Visuais
História
8
Ciências Biológicas *
Letras
Educação Física *
Matemática
Geografia *
Pedagogia
Química *
Física
* Cursos estruturados em Licenciatura e Bacharelado
2.1 Congregação da Faculdade de Educação e Artes - FEA
A Congregação, órgão máximo da Faculdade de Educação e Artes, é composta pela
Direção Acadêmica da Faculdade de Educação, os Coordenadores dos cursos da FEA, um
representante Docente de cada curso eleito por seus pares em escrutínio secreto, um
representante Discente de cada Campus, também indicado pelos seus pares. Na congregação
são discutidas, aprovadas ou reprovadas as solicitações do Colegiado, do Núcleo de Docente
Estruturante dos cursos bem como o seu encaminhamento às instâncias superiores.
2.2 Organização do Colegiado da FEA
O Colegiado da FEA é constituído pelos coordenadores dos cursos e direção da FEA.
Espaço em que são discutidas questões pertinentes aos cursos como: atribuição das aulas
semestrais, documentos do ingresso do aluno até o seu egresso. São discutidos os
posicionamentos do curso frente ao alunado, como também o inverso, ou seja, o atendimento
às expectativas do aluno, o calendário do ano letivo, tendo como base o calendário da
Universidade e quaisquer outros assuntos relacionados a objetivos e metas dos cursos da
Faculdade de Educação e Artes. Mensalmente são realizadas reuniões com o colegiado da
FEA - coordenadores e direção, momento em que são discutidas as realizações dos cursos ao
que se refere aos Estágios, TCC, eventos, Atribuições de aulas, calendários, avaliações etc.
2.3 Organização do Colegiado dos cursos
No início e ao longo de cada semestre, são feitas reuniões entre o Coordenador de curso
e os professores das disciplinas correntes e, ainda, com os representantes discentes do curso.
Nessas reuniões, momento em que são apresentados aos alunos os Planos de Ensino e toda
organização didática, são discutidas, também, com o grupo de professores, as formas de
avaliação, além do processo de aprendizagem. Nas reuniões, os docentes e discentes expõem
suas dificuldades/ facilidades, bem como estratégias de ensino, exercendo, assim, o caráter
interdisciplinar dos cursos.
2.4. Organização do Núcleo de Desenvolvimento Estruturante
Em cada um dos cursos da FEA está estruturado o NDE. Este núcleo se organiza,
normalmente, pela maioria dos professores que compõem o colegiado dos cursos. Tem o
objetivo, basicamente, de atualização e acompanhamento do projeto pedagógico do curso, da
grade curricular, da introdução de legislação e levantamento didático das ações.
9
3. PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ARTES VISUAIS
3.1 Aspectos Legais do Curso
O Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade do
Vale do Paraíba (Univap), iniciado no ano de 2007, foi reformulado com a finalidade de
atender às necessidades e abordagens conceituais da área de Artes Visuais; adequar à carga
horária horas-relógio a partir de 2008 e atender as Diretrizes Curriculares Nacionais,
documento aprovado em fevereiro de 2009 direcionado para a turma 2010.
Assim, criado em 2007, com o nome Artes Visuais, sustentado pelo Parecer 22/2005
que retificou o termo “Educação Artística” pela designação: “Arte com base na formação
específica plena em uma das linguagens: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro”. A criação
do curso na Univap visou ao atendimento da demanda de professores dessa área na região
sendo o único curso no Vale do Paraíba. Assim, foi planejada, inicialmente, para a
integralização mínima de 03 anos, carga horária de 2800 horas-aula, de acordo com as
Diretrizes Curriculares da Formação de Professores para a Educação Básica.
Para os alunos ingressantes a partir de 2008, houve adequação da grade curricular para
o atendimento de hora relógio. Assim, a Resolução CNE/CES nº 3/2007, fundamentada no
Parecer CNE/CES nº 261/2006 que definem as cargas horárias totais dos cursos mensuradas
em horas (60 minutos) de efetivo trabalho discente e de atividades acadêmicas desenvolvidas,
respeitado o mínimo de 200 (duzentos) dias letivos. O tempo de integralização, por sua vez,
remete-se à Resolução nº 2/2007.
No momento prévio à solicitação de reconhecimento, outra alteração se tornou
necessária frente a Resolução nº. 1, de 16 de janeiro de 2009 que aprovou as Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Artes Visuais. Desta forma, o presente
projeto para a graduação em Artes Visuais se estrutura em nova reformulação para o
atendimento às Diretrizes Curriculares Nacionais.
Analisado pelo NDE foi encaminhada e aprovada alteração em 29/10/2009 pela
Congregação da FEA - Faculdade de Educação e Artes a integralização do currículo em 7
10
(sete) semestres. A carga Horária Mínima do Currículo, de acordo com a Licenciatura, é de
2800 (duas mil e oitocentas horas) sendo que o curso apresenta caráter semestral.
3. 2. Justificativa do Curso
Pensar a formação do professor, na atualidade, conduz, necessariamente, por um viés
reflexivo em que se recuperam as formas pelas quais passou a história da formação neste país.
A historicidade nos mostra uma formação descontextualizada, fragmentada, na qual os
saberes eram construídos por meio de um currículo que pouco favoreceu a compreensão mais
ampla do conhecimento.
Com relação à formação do professor de arte no Brasil, não foi muito diferente, pois a
fragmentação, descontextualização e o predomínio de técnicas foi algo que sempre marcou o
fazer pedagógico, formando profissional que, por sua vez, traduziu em aulas os reflexos e
saberes da sua formação, consequentemente uma prática tecnicista e fragmentada. Esse
ensino vem passando por mudanças quanto à sua finalidade, à formação e atuação do
professor. Por um lado, os próprios parâmetros curriculares nacionais apontam que
A questão central do ensino de Arte no Brasil diz respeito a um enorme
descompasso entre a produção teórica, que tem um trajeto de constantes perguntas e
formulações, e o acesso dos professores a essa produção, que é dificultado pela
fragilidade de sua formação, pela pequena quantidade de livros editados sobre o
assunto, sem falar das inúmeras visões pré-concebidas que reduzem a atividade
artística na escola a um verniz de superfície, que visa às comemorações de datas
cívicas e enfeitar o cotidiano escolar. (PCN,2001,p.26).
Por outro lado e, também, concordando com a afirmação anteriormente citada, Ferraz e
Fusari relatam que:
Para compreendermos e assumirmos melhor as nossas responsabilidades como
professores de arte, é importante saber como a arte vem sendo ensinada, suas
relações com a educação escolar e com o processo histórico-social. A partir dessas
noções poderemos nos reconhecer na construção histórica, esclarecendo como
estamos atuando e como queremos construir história. (1993, p. 24-5).
Fundamentar e justificar um curso de formação de profissionais para atuar na pesquisa e
ensino de arte da educação básica até o ensino médio na contemporaneidade, faz-se
necessário percorrer, ainda que brevemente, a história que tivemos do ensino de arte no
Brasil.
A história nos mostra que o ensino que vigorou no país, é um ensino de cunho
tecnicista, que prezou pela repetição, mecanicismo e memorização, no qual os exercícios
11
formais de desenho geométrico, do natural, ornatos, barras decorativas, gregas e faixas se
fizeram presentes e até hoje, ainda, se fazem por meio de currículos e práticas equivocadas
quanto à natureza e a possibilidade da arte.
Hoje, em que se discute sobre profissionais criativos, o mercado requer, cada vez mais,
profissionais versáteis, inventivos, criadores, habilitados a resolver problemas e com visão
interdisciplinar do conhecimento, uma educação nos moldes que foi e que ainda, em muito,
vigora, não dá conta de formar esse perfil tão requisitado pelo mundo contemporâneo. De
acordo com Fazenda (2002, p.38).
O Projeto interdisciplinar não se ensina, nem se aprende: vive-se, exerce-se e viver
é desvelar-se e revelar-se por meio dos atos e das obras, (...) Ser interdisciplinar é
superar a visão fragmentada não só das disciplinas, mas de nós mesmos e da
realidade que nos cerca, visão esta que foi condicionada pelo racionalismo técnico.
Dessa forma, há de se buscar, fomentar e praticar outras formas de se pensar o ensino de
arte; tanto na formação inicial do professor, pois é este que irá atuar desde a educação infantil,
até o ensino médio, no qual o seu propósito maior deve e deveria ser de educar numa
dimensão criadora, no qual a repetição não se fizesse presente, mas sim uma educação onde a
possibilidade de desenvolver suas múltiplas inteligências e potencialidades estivessem
presentes.
Assim, o projeto pedagógico deve contemplar um currículo interdisciplinar para que os
egressos do curso incentivem um trabalho com crianças e jovens que cresçam
contemporâneas de si mesmas, dinâmicas, ágeis, inventivas, criadoramente interdisciplinares,
capazes de atuar e transitar com mais clareza, discernimento, contextualizada e segurança
neste mundo tão incerto, instável e provisório.
3.2.1 Historicidade da Formação e Atuação do Professor de Arte no Brasil
Revendo a história, a pedagogia tecnicista surge nas décadas de 60 e 70, com o intuito
de preparar o aluno para o trabalho, principalmente na indústria, naquele momento a
dimensão da criação não se fazia presente, pois a indústria necessitava de mão de obra que
atendesse à fase de progresso, nesse sentido pode-se afirmar que prevalecia a ação repetidora.
12
Nesse contexto, foi criada a LDB nº 5692/71 que incita à profissionalização e torna
obrigatório o ensino de arte nas escolas de ensino fundamental e médio. Nasce a denominada
“Educação Artística”, porém esta é considerada como atividade, e não como área de
conhecimento. Decorrendo, novamente, uma compreensão superficial da Arte como objeto a
ser estudado, associada com lazer, relaxamento, enfim a inúmeros equívocos conceituais e
práticos.
Foi inserida nessa postura que se criou os cursos de licenciatura em educação artística
no início da década de 70. O curso tinha a denominação de Educação Artística, era, em grande
maioria, integralizado em três anos, com dois anos para a licenciatura curta e mais um ano
para a licenciatura plena.
Esse modelo se propôs a formar o professor que ficou conhecidamente como
polivalente (trabalhava as várias linguagens da arte). Num prazo de três anos, além de
trabalhar as disciplinas de núcleo comum à formação do professor, o currículo propunha as
disciplinas de história da arte, estética, folclore, cultura popular, fundamentos da educação
artística, além de todas as disciplinas voltadas às especificidades das Artes Plásticas, Artes
Cênicas, Música e Desenho. É sabido que esse modelo não surtiu resultados de qualidade,
pois como formar um profissional polivalente em curto período para dominar tantas
linguagens artísticas?
Essa formação colocou no mercado um profissional que deixara de contribuir para a
criação com uma identidade própria da área que, muitas vezes, ensinava desenho geométrico;
outras, desenho livre ou mimeografado; outras, ainda, exercícios para relaxamento ou mesmo
encenação.
Assim, é com essa caminhada que o curso de formação e a prática do professor de arte
chegam aos anos 90, com um enorme descompasso entre teoria, prática e a natureza maior da
arte; e é, também, esse contexto que instigou as reivindicações, proposições, debates,
reflexões para a mudança no processo de formação do professor de arte para atuar na
educação básica e ensino médio.
Após a promulgação da Constituição (1988), começaram as discussões para a nova Lei
de Diretrizes e Bases. A busca por um ensino crítico, visando à autonomia do indivíduo e à
13
construção de uma sociedade democrática é instigada pela Pedagogia Libertadora, proclamada
por Paulo Freire, e as teorias pedagógicas progressista histórico-crítica que têm em comum,
segundo Arruda (2006),
... o fato de se fundamentarem em uma concepção de ser humano que não é a do indivíduo solitário, mas a daquele que só se reconhece no seu vínculo com a cultura e a
história de sua sociedade, bem como na inter-relacão com os outros. Ou seja, a
construção do sujeito e a sua educação dependem da realidade histórico-social em
que se acha inserido.
A nova Lei, sancionada em 1996 (nº. 9394/96), revoga as disposições anteriores e Arte
é considerada obrigatória na educação básica: o ensino da arte constituirá componente
curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos alunos (artigo 26, parágrafo 2º).
Após a nova LDBEN (nº 9394/96) são organizados, pela primeira vez, em âmbito
Federal, documentos que sinalizam os conteúdos mínimos para cada área de conhecimento
(os Parâmetros Curriculares Nacionais/1997). Os PCNs de Arte postulam um ensino por
linguagem, não mais um professor que dará conta de todas as linguagens artísticas, mas sim
um profissional que atuará em uma das seguintes áreas: Artes Visuais, Música, Dança e ou
Teatro. É essa mesma orientação que passa a conduzir os cursos de formação para professores
em nível de graduação, cessam-se os cursos de Educação Artística (nas modalidades
licenciatura curta e plena).
3.3 Escolha da modalidade
Considerando-se a carência de cursos na cidade e região; a demanda existente, causada
pela obrigatoriedade e presença curricular da disciplina Arte desde a educação básica até o
ensino médio, a falta de professores da área para o mercado de trabalho; a existência de
profissionais da Instituição UNIVAP os quais poderiam atuar nessa graduação; os cursos
correlatos existentes nas Faculdades de Educação e de Comunicação da IES. Cursos esses que
conjugariam o caráter interdisciplinar tão requisitado pelo mercado escolar, de educação nãoformal e empresarial. Considerando-se ainda que muitos profissionais da Instituição
pudessem contribuir para a criação de um curso diferenciado, somado com a demanda
existente neste momento, sendo o curso mais apropriado seria de Artes Visuais – licenciatura.
14
Segundo a Legislação, o curso de Artes visuais da Univap observará as Diretrizes
Curriculares Nacionais contidas na Resolução nº. 1, de 16 de janeiro de 2009 e no Parecer
CNE/CES nº. 280/2.
3.4. Objetivos
Apresenta-se como objetivo geral, na modalidade licenciatura em Artes Visuais, a
formação do profissional para atuar em contextos diversificados. Assim, em função da
organização curricular, as atividades voltadas ao Estágio Supervisionado se constituem na
realização de visitas, com o intuito de conhecer o funcionamento de escolas, museus, ruas da
cidade, ateliers particulares e ou ligados às fundações culturais. Nessa formação, os alunos
serão incentivados a elaborar projetos de atuação nas áreas do ensino formal e não-formal,
ampliando, assim, seu conhecimento e as possibilidades de atuação no mercado de trabalho.
Apresentam-se, como objetivos específicos, a formação do profissional para atuar na
Educação Básica e em contextos não escolares.
3.5 Mercado de Trabalho
A área de Arte cresce cada vez mais, pois, como já explicitado, o mundo atual busca por
pessoas mais criativas, inventivas, capazes de resolver problemas, contexto em que a arte
torna-se a ferramenta pela qual a educação poderá trabalhar com o desenvolvimento dessas
habilidades, e, assim, formar pessoas e profissionais com esse perfil. Sendo assim, o curso de
Artes Visuais, conforme as Diretrizes, “deve ensejar como perfil do formando, capacitação
para a produção, a pesquisa, a crítica e o ensino das Artes Visuais”. Assim, o aluno, além de
estar habilitado para atuar na Educação formal, exercendo o ensino em escolas públicas e
particulares nos níveis infantil, fundamental e médio, poderá atuar, também, em espaços de
educação não formal. Nesses locais, poderá exercer diversas atividades, tais como,
monitorias, produção cultural, oficinas e ateliês, programação visual, mercado editorial,
montagem e curadoria de exposições e mediação cultural.
O que diferenciará o profissional egresso, formado na Instituição UNIVAP consiste na
capacidade dessa Instituição na construção de um currículo que potencialize e agregue as
várias áreas do saber já instituídas em sua oferta de formação. Dessa forma, além de
aperfeiçoar o que já possui, propicia uma formação para o professor de arte em uma dimensão
interdisciplinar, formação esta reivindicada pelo mundo contemporâneo.
15
3.6 Perfil do Profissional a ser formado em Artes Visuais
Pela organização de um currículo que contemple os saberes e conhecimentos
concebidos de uma forma mais inteira, sem fragmentar os saberes que foram tão praticados
em um modelo de formação anterior, pretende-se que o profissional formado neste curso
tenha uma compreensão e atuação interdisciplinar, que apresente condições de atuar no amplo
campo que as artes visuais possibilita. De acordo com o Art. 3º da Resolução nº. 1, de 16 de
janeiro de 2009 que estabelece as Diretrizes Curriculares para os cursos de Artes Visuais:
O curso de graduação em Artes Visuais deve ensejar como perfil do formando,
capacitação para a produção, a pesquisa, a crítica e o ensino das Artes Visuais,
visando ao desenvolvimento da percepção, da reflexão e do potencial criativo,
dentro da especificidade do pensamento visual, de modo a privilegiar a apropriação
do pensamento reflexivo, da sensibilidade artística, da utilização de técnicas e
procedimentos tradicionais e experimentais e da sensibilidade estética através do
conhecimento de estilos, tendências, obras e outras criações visuais, revelando
habilidades e aptidões indispensáveis à atuação profissional na sociedade, nas
dimensões artísticas, culturais, sociais, científicas e tecnológicas, inerentes à área
das Artes Visuais.
3.7 Competências e Habilidades
Para tal perfil, devem-se considerar as competências e habilidades na formação de um
profissional engajado em Artes Visuais, considerando que curso de graduação propicie,
segundo as Diretrizes:
I - interagir com as manifestações culturais da sociedade na qual se situa, demonstrando
sensibilidade e excelência na criação, transmissão e recepção do fenômeno visual;
II - desenvolver pesquisa científica e tecnológica em Artes Visuais, objetivando a criação,
a compreensão, a difusão e o desenvolvimento da cultura visual;
III - atuar, de forma significativa, nas manifestações da cultura visual, instituídas ou
emergentes;
IV - atuar nos diferentes espaços culturais, especialmente em articulação com instituições
de ensino específico de Artes Visuais;
V - estimular criações visuais e sua divulgação como manifestação do potencial artístico,
objetivando o aprimoramento da sensibilidade estética dos diversos atores sociais.
Parágrafo único. Para a Licenciatura, devem ser acrescidas as competências e habilidades
definidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais referentes à Formação de Professores para
a Educação Básica.
Somente a ação inteligente e empática do professor pode tornar a Arte ingrediente
privilegiado e essencial que contribuirá na promoção e crescimento individual, promovendo o
16
crescimento de cidadãos como fruidor de cultura e conhecedor da construção de sua própria
nação, uma vez que, só um saber consciente e informado torna possível a aprendizagem da
Arte.
Nesse sentido, a partir dos estudos de Barbosa (1997), podemos compreender que um
currículo de Arte que contemple, de fato, uma formação de excelência produz resultados
fundamentais na formação do cidadão. A produção de arte auxilie o sujeito aprendiz a pensar
inteligentemente sobre a criação de imagens visuais. Ela pode criar imagens que tenham força
expressiva, coerência, discernimento e inventividade.
A crítica de arte desenvolve sua habilidade para ver, em vez de simplesmente olhar, a
qualidade que constitui o mundo visual, um mundo que inclui e excede trabalhos formais de
arte.
A Historia da Arte dá possibilidade ao aluno de entender alguma coisa de tempo e lugar,
pelos quais todos os trabalhos artísticos se situam, uma vez que nenhuma forma de arte existe
em um vazio descontextualizado.
A Estética compõe as bases teóricas que permitem o julgamento de qualidade daquilo
que se vê. Argumentos a partir de nossos julgamentos de valor, e gostamos de fazê-lo.
Dessa forma, a Arte agrega conhecimentos de ordem reflexiva, permitindo ao aluno, em
seu processo de escolarização, uma maior compreensão do mundo que o cerca e os caminhos
que esse discente pretende seguir. Ela é uma forma privilegiada de diálogo humano.
3.8 Perfil do Egresso
O desenvolvimento da prática de ensino em espaços de formação deve ter como foco a
qualidade na formação do professor, no que diz respeito à aproximação e à contextualização
do conhecimento artístico, histórico e cultural, e é sem dúvida, fundamental, ao ensino e à
aprendizagem em Arte significativa.
Nesse sentido, o aluno egresso necessita de um ensino de Arte com aprendizagem
sequencial, a fim de sair preparado para engajar-se no mundo artístico e estético com certo
17
grau de autonomia, de julgamento experiente e experiência, em níveis compatíveis com seu
aprendizado, enfim, professores e cidadãos críticos, inventivos e participativos.
Dessa forma, a proposta curricular do Curso enfatiza que o perfil do egresso do curso de
Artes Visuais destina-se a formar profissionais para a produção, pesquisa, crítica e ensino de
Artes Visuais.
Assim, o profissional da área de Artes Visuais utiliza-se de conhecimentos que irão
ampliar a percepção, a reflexão e o potencial criativo dentro da especificidade da linguagem
visual, como aponta a Resolução n°.1, de 16 de janeiro de 2009, que aprovou as Diretrizes
Curriculares Nacionais do curso de Artes Visuais:
Art. 5º O curso de graduação em Artes Visuais deve desenvolver o perfil do planejado
para o egresso a partir dos seguintes tópicos de estudos ou de conteúdos interligados:
I - nível básico: estudos de fundamentação teórico-práticos relativos à especificidade
da percepção, criação e reflexão sobre o fenômeno visual;
II - nível de desenvolvimento: estudos e processos de interação com outras áreas do
conhecimento, tais como filosofia, estética, sociologia, comunicação e teorias do
conhecimento, com o objetivo de fazer emergir e amadurecer a linguagem pessoal do
formando através da elaboração e execução de seus projetos;
III - nível de aprofundamento: desenvolvimento do trabalho do formando sob
orientação de um professor, buscando vínculos de qualificação técnica e conceitual
compatíveis com a realidade mais ampla no contexto da arte.
Parágrafo único. Os conteúdos curriculares devem considerar o fenômeno visual a
partir de seus processos de instauração, transmissão e recepção, aliando a práxis à
reflexão crítico-conceitual e admitindo-se diferentes aspectos: históricos,
educacionais, sociológicos, psicológicos, filosóficos e tecnológicos.
3.9 Proposta Curricular
A rotina do curso de Artes Visuais não se faz somente de aulas. Visitas às exposições,
em companhia dos professores e com a realização de sociointerações com os artistas, já que
esses encontros darão subsídios a discussões temáticas sobre a Arte e suas linguagens, e a
estudos de temáticas e desafios pertinentes ao aluno em seu processo de formação.
Esta proposta prevê viagens ao Sítio Arqueológico da cidade vizinha, Jacareí, visitas
monitoradas às Bienais, participação em eventos culturais da região e, também, em nível
nacional (seminários, encontros, congressos, entre outros).
A participação dos alunos em projetos de extensão ocorre por intermédio de projetos em
parceria com escolas e fundações da cidade e parcerias com instituições do município:
18
Serviço Social do Comércio- SESC; Oficina Cultural Altino Boldesan- ASSAOC e Fundação
Cultural Cassiano Ricardo
O estágio supervisionado será concebido como uma das principais ferramentas de açãoreflexão-ação desenvolvida dentro do currículo. Ele representará um momento significativo
para a elaboração criativa e crítica da ação pedagógica, proporcionando ao aluno um diálogo
constante com a realidade circundante, atuando de forma contextualizada.
Objetiva também, dar possibilidade ao aluno o contato com a realidade da educação
escolar, a fim de que esse discente possa aplicar os conteúdos teóricos, despertando, assim,
sua aptidão para o ensino e à pesquisa, problematizando e elucidando, dessa forma, as ações
educativas em Arte nas escolas públicas e privadas, museus, centros culturais e pedagógicos.
Promover a discussão sobre as propostas curriculares, refletir sobre as especificidades
do currículo, exercitar o julgamento, comparar, analisar, interpretar e questionar são
ações imprescindíveis no desenvolvimento do curso, objetivando compreender que os
currículos são invenções sociais, conforme a teoria crítica de currículo. (BARBOSA,
2002, p.166)
Para Giroux (1997), a cultura e o currículo são elementos inseparáveis. Se a cultura é
campo de lutas e conflitos por imposição de significados e se currículo está envolvido numa
política cultural, então é terreno privilegiado de lutas, conflitos, contestações, na busca de
significados e sentidos.
Dessa forma, entende-se o currículo como um instrumento, um espaço, um campo de
reprodução e criação de significados, no qual se fazem presentes os interesses das camadas
sociais. Assim, na perspectiva de contemplar ações pedagógicas que possibilitem a inserção
do aluno em espaços culturais, visa-se a sistematizar e aplicar conhecimentos teóricos
adquiridos no decorrer do curso.
O curso apresenta concepção interdisciplinar na medida em que propicia o exercício
investigativo, reflexivo e dialógico do ato pedagógico no exercício da docência, de acordo
com Fazenda (2002, p. 150)
A característica fundamental de um estudioso da interdisciplinaridade é ser
destemido suficiente para agir e suficientemente humilde para rever aspectos de sua
ação. (...) Os projetos interdisciplinares exigem uma intenção comprometida com o
fazer consciente e responsável, por isso ético.
19
Será incentivada, também, a prática de organização de seminários de pesquisas, a serem
desenvolvidos pelos alunos do curso e por professores. Para a consecução dos objetivos
previstos adequando-se à missão do curso contemplado no Projeto Pedagógico. A pesquisa
constitui um dos eixos norteadores com disciplinas que têm como meta, além da preparação
do aluno para o desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso, a autonomia na
construção do conhecimento, por meio da articulação entre teoria e prática, visando a reforçar
o papel profissional das artes como pesquisador e professor.
O Curso de Artes Visuais, em consonância com a IES, baseia-se, também, em quatro
aprendizagens fundamentais que serão, de algum modo, para cada educando, os quatro pilares
do conhecimento:
Aprender a conhecer garante o aprender a aprender e constitui o passaporte para uma
educação permanente, à medida que fornece as bases para continuar aprendendo ao longo da
vida. Tal aprendizagem, para o graduando em Artes, significa conceber as várias linguagens
como um processo dinâmico de construção recíproca entre sociedade e cultura. Aprender a
aprender, dessa perspectiva, implica repensar continuamente essa relação, tendo a educação
como parte indissociável desse quadro de valores.
Em aprender a fazer, o desenvolvimento de habilidades e o estímulo ao surgimento de
novas aptidões tornam-se processos essenciais, à medida que criam as condições necessárias
para enfrentar as novas situações que se colocam, “demonstrando sensibilidade e excelência
na criação, transmissão e recepção do fenômeno visual.
A arte, mais do que expressar ou comunicar, realiza ações e estabelece compromissos, e
é nessa perspectiva perlocutiva que se compreende que a formação do graduado em Artes
Visuais revela-se dupla: de um lado, atuar nos diferentes espaços culturais, especialmente em
articulação com instituições de ensino específico de Artes Visuais; de outro, ser um líder,
mediador de experiências, estimulando “criações visuais e sua divulgação como manifestação
do potencial artístico, objetivando o aprimoramento da sensibilidade estética dos diversos
atores sociais.”
20
Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros trata-se de aprender a viver
desenvolvendo o conhecimento com e do outro e a percepção das interdependências, de modo
a permitir a realização de projetos comuns ou a gestão inteligente dos conflitos inevitáveis.
Já que não se concebe a arte sem sua intrínseca característica de alteridade, torna-se
fundamental não só desenvolver um conhecimento externo dessa alteridade, mas transformar
a passagem do graduando em uma oportunidade de vivenciar, conjuntamente com os colegas
e os professores, a percepção e a superação de limites das interações com o outro. Tal atitude
torna-se crucial não só para a realização de qualquer atividade de linguagem, mas,
igualmente, para a aprendizagem da construção incessante de uma vivência em uma sociedade
que se pretenda democrática.
Finalizando os quatro pilares com o aprender a ser, o qual encaminha à formação do
graduando de tal forma que se comprometa com o desenvolvimento total da pessoa. Aprender
a ser supõe a preparação do educando para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para
formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir por si mesmo, frente a
diferentes circunstâncias da vida.
Supõe, ainda, exercitar a liberdade de pensamento, discernimento, sentimento e
imaginação, para seu amplo desenvolvimento e para que possa se tornar sujeito de sua
história. Como tal, participará de uma construção coletiva do conhecimento, da linguagem e
da arte de seu grupo, de sua nação e de seu tempo. Aprender a viver juntos e aprender a ser,
decorrem, assim, das duas aprendizagens anteriores – aprender a conhecer e aprender a fazer
– e devem constituir ações permanentes que visem à formação do educando como pessoa e
como cidadão.
Ainda em consonância com a IES, cabe ressaltar os princípios metodológicos constantes
no PDI da Univap, de acordo com a organização didático-pedagógica:
Coerente com a organização curricular, os princípios metodológicos promovem a
integração dos objetivos propostos e o processo dialético de ensino-aprendizagem
em uma articulação do ensino com a pesquisa e a extensão. Dessa forma, os
currículos atendem processos dinâmicos, flexíveis e transformadores. Assim, os
princípios que norteiam o ensino-aprendizagem resultam em democratização e
expansão do conhecimento acadêmico. Esses princípios são, a seguir, elencados:
 adotar metodologia de ensino que seja centrada no aluno, permitindo que o
professor atue mais como facilitador do processo de ensino-apredizagem;
 valorizar as interações sociais em sala de aula, tornando-a mais participativa e
com maior comprometimento de alunos e professores no alcance dos resultados
pretendidos;
21
 conduzir os alunos a utilizarem os conteúdos das diferentes disciplinas, de forma
integrada, para a solução de problemas trabalhados nas aulas;
 incentivar o aluno a aprender a aprender;
 possibilitar ao aluno maior autonomia no processo de gerenciamento do seu
aprendizado;
 proporcionar ao aluno a apropriação da realidade através de situações
desafiadoras, capazes de levá-lo a refletir e planejar ações de forma
sistematizada;
 possibilitar ao aluno construir seu conhecimento, integrando os conteúdos das
diferentes disciplinas, em torno de situações-problema, que tangenciam a sua
futura prática profissional;
 possibilitar ao aluno o desenvolvimento de habilidades para a liderança e
trabalho em equipe;
 possibilitar ao aluno o desenvolvimento de competências comunicativas
necessárias para o exercício profissional;
 estimular nos alunos a construção e a utilização do pensamento divergente e
criativo, na solução de problemas apresentados nas diferentes disciplinas;
 privilegiar o trabalho em equipe e o aprender pela prática; e
 incentivar a iniciação cultural e científica.
3.10 Estrutura Curricular
De acordo com a Resolução CNE/CP 2, de 19 de Fevereiro de 2002 que institui a
duração e carga horária dos cursos de Licenciatura, de graduação plena, e formação de
professores da Educação Básica em nível superior atende a determinação da integralização de,
no mínimo de
2 800 horas e três anos letivos. Atende ainda, de acordo com a supra
Resolução as seguintes dimensões dos componentes comuns:
I. 400 horas de prática como componente curricular, vivenciadas ao longo do curso;
Disciplinas teórico-práticas de formação:
H/a
Orientação e Planejamento de Estágio I, II, III e IV
Pesquisa, Projetos e Produção Interdisciplinar em Arte Educação I, II, III e IV
Planejamento e Ensino de Artes
Pesquisa e Produção de Material Didático I e II
Total
80
II.
H/rel
240
60
68
200
50
120
100
500
418
400 horas de Estágio Curricular Supervisionado a partir do início da segunda
metade do curso
O Estágio curricular do Curso de Artes Visuais, além do atendimento da carga horária de
400h tem o acompanhamento em sala de aula por meio de disciplinas nomeadas Orientação e
Planejamento de Estágio ( I, II III e IV) totalizadas em 80 horas/aula ministradas a partir da segunda
metade do curso.
O Estágio Supervisionado tem início no segundo ano do curso (4º período) é acompanhado pela
coordenação docente e pelo professor da disciplina Orientação e Planejamento de Estágio I, II, III e
22
IV. Disciplinas que tem como objetivo mapear a realidade dos contextos de educação formal e não
formal, lócus dos estágios.
Horas
Estágio Supervisionado – Artes Visuais
400
400
Total
III. 1800 horas de aulas para os conteúdos curriculares de natureza científico-cultural;
Atendendo a resolução de 1800 (mil e oitocentas) horas de aulas para os conteúdos
curriculares de natureza científico cultural, esta dimensão contém as disciplinas:
MATRIZ CURRICULAR - 2013
CURSO: ARTES VISUAIS
Resolução:
1.
HABILITAÇÃO: LICENCIATURA E BACHARELADO
Carga Horária Mínima do Curso:2800h
Currículo 2013
Conteúdo
Especifico
1.1
1.2
1.3
1.4
1.5
1.6
1.7
1.8
1.9
1.10
1.11
1.12
1.13
1.14
1.16
1.17
1.17
1.19
Fundamentos do Processo de Criação
Ateliê de Criação I
Fundamentos da Arte Educação
Expressão Cultural Internacional I
Sociologia e Estética da Arte
Ateliê de Criação II
Expressão Cultural Internacional II
Pesquisa, Projeto e Produção Interdisciplinar I
Memorial do Projeto Interdisciplinar I
Ateliê de Criação III
Comunicação e Semiótica
Expressão Cultural Latino Americana
Pesquisa, Projeto e Produção Interdisciplinar II
Memorial do Projeto Interdisciplinar II
Desenho
Estudos Visuais da Forma
Expressão Cultural Nacional
Planejamento e Ensino de Artes na Educação Básica
horas/aula
horas
72
72
72
72
36
72
72
36
0
72
36
36
36
0
54
36
72
72
60
60
60
60
30
60
60
30
40
60
30
30
30
40
45
30
60
60
23
1.20
1.21
1.22
1.23
1.24
1.25
1.26
1.27
1.28
1.29
1.30
1.31
1.32
1.33
Orientação e Planejamento de Estágio I
18
15
Relações Intertextuais: Laboratório Integrado das
Linguagens Artísticas
Didática do Ensino da Arte
O Ensino de Arte e as Novas Tecnologias
Orientação e Planejamento de Estágio II
Processos de Criação Gráficos
Processos de Criação Pictórico
Orientação e Planejamento de Estágio III
Ateliê de Fotografia
Computação Gráfica
Processo de Criação Tridimensional
Orientação e Planejamento de Estágio IV
Pesquisa e Produção de Material Didático I
Pesquisa e Produção de Material Didático II
72
72
72
18
72
72
18
72
72
72
18
72
72
60
60
60
15
60
60
15
60
60
60
15
60
60
1710
1505
horas/aula
horas
72
72
72
72
36
72
36
60
60
60
60
30
60
30
432
360
horas/aula
horas
36
54
36
72
36
36
36
30
45
30
60
30
30
30
306
255
0
0
0
250
50
100
0
400
0
0
100
100
Sub-total
2.
Conteúdo Pedagógico
2.1
2.2
2.3
2.4
2.5
2.7
2.8
Didática
Psicologia da Aprendizagem
Teorias do Currículo na Educação Básica
Filosofia
Educação Especial
Psicologia do Desenvolvimento
Sociologia
Sub-total
3.
Disciplinas em Cursos afins
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
3.6
3.8
Leitura e Produção de Textos
LIBRAS- Língua Brasileira de Sinais
Metodologia da Pesquisa
Memória, História e Patrimônio Histórico
Metodologia do Trabalho Científico
Fundamentos Legais da Educação Básica
Educação, inclusão e diversidade
Sub-total
4.
Estágio Curricular
4.1
4.2
4.3
Estágio Supervisionado I - Artes Visuais
Estágio Supervisionado II - Artes Visuais
Estágio Supervisionado III - Artes Visuais
Carga Horária Total dos Estágios
5.
Atividades Complementares
5.1
5.2
Atividades Acadêmico-Científico-Culturais I
Atividades Acadêmico-Científico-Culturais II
24
200
Sub-Total
6.
TCC
6.1
6.1
Trabalho de Graduação
Trabalho de Graduação I
Trabalho de Graduação II
0
50
0
50
Sub-Total
Carga Horária Total do Curso
100
2448
2.820
25
MATRIZ CURRICULAR SERIADA - 2013
Série: 1 - 1º Período
Horas/Aula
Horas
Z140529 – Ateliê de Criação I
36
30
Z140617 – Expressão Cultural Internacional I
72
60
Z140297 – Fundamentos da Arte Educação
72
60
Z140645 – Fundamentos do Processo de Criação
72
60
Z140674 – História da Educação
36
30
Z140847 – Leitura e Produção de Textos
36
30
Z140764 – Metodologia da Pesquisa
36
30
Total
Série: 2 - 2º Período
300
Horas/Aula
Horas
Z140530 - Ateliê de Criação II
72
60
Z140582 – Educação, Cultura e Currículo
36
30
Z140618 – Expressão Cultural Internacional II
72
60
Z140622 – Filosofia da Educação
36
30
0
40
Z140794 – Pesquisa, Projeto e Produção Interdisciplinar I
36
30
Z140835 – Psicologia do Desenvolvimento
36
30
Z140854 – Sociologia da Educação
36
30
Z140855 – Sociologia e Estética da Arte
36
30
Z140329 – Memorial do Projeto Interdisciplinar I
Total
Série: 3 - 3º Período
340
Horas/Aula
Horas
Z140619 – Arte Brasileira I
36
30
Z140531 – Ateliê de Criação III
72
60
Z140580 - Educação Especial
36
30
Z140583 – Educação, Inclusão e Diversidade
36
30
Z140715 – Laboratório Integrado das Linguagens Artísticas
72
60
Z140330 - Memorial do Projeto Interdisciplinar II
0
40
26
Z140795 - Pesquisa, Projeto e Produção Interdisciplinar II
36
30
Z140003 – Psicologia e Aprendizagem
72
60
Total
340
Série: 4 - 4º Período
Horas/Aula
Horas
Z140620 – Arte Brasileira II
72
60
Z140563 - Desenho
54
45
Z140615 - Estudos Visuais da Forma
36
30
Z140648 – Fundamentos Legais da Educação Básica
36
30
Z140023 – Orientação e Planejamento de Estágio I
18
15
Z140796 – Planejamento e Ensino de Artes na Educação Básica
72
60
Z140867 – Teorias de Currículo e Educação Básica
72
60
Total
Série: 5 - 5º Período
300
Horas/Aula
Horas
0
100
Z140564 - Didática
72
60
Z140567 – Didática do Ensino da Arte
72
60
Z140606 – Estágio Supervisionado I – Artes Visuais
0
250
Z140643 – Fundamentos de Formação em Espaços não Formais de Artes
54
45
Z140024 - Orientação e Planejamento de Estágio II
18
15
Z140029 – Pesquisa e Produção de Material Didático I
72
60
Z140012 – Processos de Criação Gráficos
72
60
Z140534 – Atividades Acadêmico-Científico-Culturais I
Total
Série: 6 - 6º Período
650
Horas/Aula
Horas
Z140609 – Estágio Supervisionado II – Artes Visuais
0
50
Z140746 – Memória, História e Patrimônio Histórico
72
60
Z140765 – Metodologia do Trabalho Científico
36
30
Z140022 – O Ensino de Artes e as Novas Tecnologias
72
60
Z140025 - Orientação e Planejamento de Estágio III
18
15
Z140030 - Pesquisa e Produção de Material Didático II
72
60
Z140808 – Processos de Criação Pictóricos
72
60
Z140878 – Trabalho de Graduação I
0
100
Total
435
27
Série: 7 - 7º Período
Horas/Aula
Horas
72
60
0
100
Z140558 – Computação Gráfica
72
60
Z140559 – Comunicação e Semiótica
36
30
0
100
Z140718 – LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais
36
30
Z140026 - Orientação e Planejamento de Estágio IV
18
15
Z140014 – Processos de Criação Tridimensional
72
60
0
100
Z140532 – Ateliê de Fotografia
Z140535 - Atividades Acadêmico-Científico-Culturais II
Z140611 - Estágio Supervisionado III – Artes Visuais
Z140879 – Trabalho de Graduação II
Total
Total do Currículo
555
2920
28
IV. 200 (duzentas) horas-outras formas de atividades acadêmico-científico-culturais.
Segundo o Art. 8º do Parecer CNE/CES Nº: 280/2007, aprovado em 06/12/2007 e Art
9º da Resolução nº 1 de 16 de janeiro de 2009 que aprova as Diretrizes Curriculares Nacionais
do Curso de Graduação em Artes Visuais, bacharelado e licenciatura,
Atividades Complementares são componentes curriculares que devem possibilitar o
reconhecimento, por avaliação de habilidades, conhecimentos e competências do
aluno, inclusive as adquiridas fora do ambiente acadêmico, incluindo ações de
extensão, bem como a prática de estudos e atividades independentes, opcionais, de
interdisciplinaridade. (Art. 8º do Parecer CNE/CES Nº: 280/2007)
Acrescentado pela Resolução no Art 9º:
...especialmente nas relações com o mundo do trabalho, com as diferentes
manifestações e expressões culturais e artísticas e com as inovações tecnológicas.
Parágrafo único. As atividades Complementares constituem componentes
curriculares enriquecedores e implementadores do próprio perfil do formando, que
não se confundem com o Estágio Supervisionado ou com o Trabalho de Curso.
Atendendo a Resolução, o curso de Artes Visuais apresenta campo para
Desenvolvimento de projetos, participação em eventos, visitas voltadas ao ensino formal e
não formal nas disciplinas:
Horas
Componentes
Memorial dos Projetos Interdisciplinares II, III e IV
Atividades Acadêmico-científico-culturais
Total
120
100
220
De acordo com a Resolução CNE/CP 2, que institui a duração e carga horária dos
cursos de Licenciatura, de graduação plena, atendendo cada uma das dimensões, o curso se
estrutura com a seguinte carga horária:
Dimensões
Dimensão I - Prática
Dimensão II- Estágio Curricular Supervisionado
Dimensão III- Conteúdos curriculares
Dimensão IV - Atividades Acadêmico-científico-culturais
Total
418 h
400 h
1823 h
220 h
2920
29
Estrutura Curricular - Horas
8%
15%
14%
63%
Dimensão I - Prática
Dimensão II- Estágio Curricular Supervisionado
Dimensão III- Conteúdos curriculares
Dimensão IV - Atividades Acadêmico-científico-culturais
3.11 Organização das Disciplinas - Núcleos Disciplinares
A concepção de currículo no curso de Artes Visuais atende tanto ao Parecer CNE/CES
nº 02/2002 para a normatização dos cursos de Licenciatura na modalidade presencial, quanto
às Diretrizes Curriculares de Artes Visuais aprovadas pela Resolução nº 1, de 16 de janeiro de
2009 , cabendo ao curso de Artes Visuais manter uma intenção pré-determinada pelo processo
de criação, entendido com a elaboração, a prática e a reflexão de uma linguagem pessoal
desenvolvida em cada uma das disciplinas do currículo.
O curso de Artes Visuais está organizado em sete semestres com carga horária de 2821
horas, (duas mil, oitocentas e vinte e uma horas). Apresenta grade curricular distribuída em
três (03) horas-aula diária. São oferecidas 40 vagas por turno matutino e noturno.
De acordo com o tópico Organização Acadêmica do PDI da Univap em Seleção de
Conteúdos,
A elaboração dos Projetos Pedagógicos dos cursos da Univap se materializa por meio de políticas
norteadas pelas DCNs, aprovadas pelo CNE, e são continuadamente reformulados atendendo às
novas resoluções. Atendem, ainda, aos princípios, às concepções, aos pressupostos filosóficos e
metodológicos que norteiam e organizam esse processo, tendo na concepção de conhecimento o
ponto de partida. A elaboração e definição dos conteúdos sustentam-se nos seguintes tópicos:
 flexibilidade nos conteúdos, respeitando e observando transformações ocorridas;
 organização dos conteúdos curriculares atendendo à complexidade crescente do conhecimento;
 incorporação de atividades complementares em relação ao eixo fundamental do currículo;
 interdisciplinaridade entre as várias áreas e contínua articulação entre teoria e prática;
30
 produção de atividades de extensão e,
 adequação à dinâmica do mundo do trabalho regional e nacional.
Desta forma, a seleção dos conteúdos, em suas diferentes dimensões, conceitual, procedimental e
atitudinal, bem como o tratamento metodológico dado a eles, constituem instrumentos de
construção e desenvolvimento de competências.
As disciplinas que compõem o quadro curricular do curso estão distribuídas ao longo
dos semestres, para que o aluno possa, gradualmente, compreender o universo da educação e
da arte. Nesse espaço, acrescenta-se as questões trazidas pelo contexto e as necessidades
sociais e educacionais efetivas, da realidade próxima a mais distante e conteúdos, estudos e
reflexões interdisciplinares entre as várias áreas.
Nesse contexto, contempla-se, também, a educação não-formal que, cada vez mais,
torna-se crescente no cenário social. Dessa forma, serão desenvolvidos projetos
interdisciplinares, envolvendo as diversas áreas e linguagens em práticas de exposição,
produções de textos, desenvolvimento de sites, monitorias em espaços culturais e
museológicos e, também, projetos durante os estágios supervisionados.
A organização curricular, expressa em núcleos disciplinares, busca a promoção da
interação entre as disciplinas do curso. Essas disciplinas estão concentradas em básicas, as
quais são comuns aos outros cursos de licenciatura da FEA, e as disciplinas específicas
direcionadas às linguagens artísticas e complementares.
O contato do aluno com o universo da arte da educação escolar e não-escolar dar-se-á,
além das atividades acadêmicas, por meio das Atividades Acadêmico-Científico-Culturais
(Anexo 4) ou, ainda, por intermédio de Estágio Supervisionado (Anexo 5), espaço em que o
aluno tem a possibilidade de vivenciar a problemática educacional estudada nas disciplinas
teóricas de formação, repensando as práticas pedagógicas presentes e, ainda, vivenciando, por
meio das visitas, excursões, e de outras ações que permitam emergir e amadurecer a
linguagem pessoal por meio da elaboração e execução de projetos.
A inserção do aluno dá-se em forma de ações interdisciplinares, nas quais o
conhecimento adquirido nas disciplinas Fotografia, Processos de Criação Tridimensional,
Desenho, Atelier de Criação, Pesquisa e Produção de Material Didático consolidarão esses
conhecimentos.
31
De acordo com a Resolução n°.1, de 16 de janeiro de 2009, que aprovou as Diretrizes
Curriculares Nacionais do curso de Artes Visuais em seu artigo 5º, os conteúdos de estudos
ou de conteúdos interligados, devem ser desenvolvidos em três níveis, a saber: básico, de
desenvolvimento e de aprofundamento.
4 – AVALIAÇÃO
4.1 Avaliação em Arte
O sistema de avaliação do ensino será normatizado pela instrução do Regimento Geral
64/2002. O curso de Artes Visuais por meio da direção, coordenação e do corpo docente
desenvolverá um sistema de avaliação buscando sempre a coerência entre sua função e
concepção inserida no processo de ensino e aprendizagem e em consonância com o PDI –
2011-2015.
Pontos considerados fundamentais para a discussão e implementação de avaliações são
as reuniões pedagógicas para que os docentes possam sempre estar refletindo as ações para a
efetivação de práticas avaliativas em um contexto que contemple uma avaliação processual.
O tipo de avaliação que norteia os procedimentos nas disciplinas é o processual.
Valorizando-se o processo formativo como um todo, valorizando, assim, as diversas
competências dos alunos.
O processo de avaliação depende da natureza das disciplinas e é operacionalizado por
meio de trabalhos individuais, em grupo, provas dissertativas, observação sistemática de
relatórios, produção de textos, elaboração de seminários, participação em debates,
coordenação e montagem de exposição, oficinas e portfólios.
Considerando, ainda, sobre a avaliação esta é compreendida como um processo válido
para o próprio aluno, não para o professor. Por isso representa apenas uma das etapas de
aprendizagem, não o seu centro. Despojada do terror que a mistifica, não afere apenas os
aspectos intelectuais, mas também as atitudes e a aquisição de habilidades. O sistema de
prêmios é condenado e a competição substituída pela cooperação e pela solidariedade.
Assim, de acordo com Arruda (2006):
32
Uma sociedade em mutação precisa educar para o improvável, para o novo, daí ser
necessário preparar para a autonomia. O afrouxamento das normas rígidas tem por
objetivo educar a responsabilidade e a capacidade de crítica a fim de alcançar a
disciplina voluntária. Por isso são estimuladas discussões que permitam ao aluno
a compreensão do significado e da necessidade das normas coletivas.
4.1.1 - Processo de avaliação (PDI) Diretrizes Gerais
Em relação ao processo de avaliação há adequação às normas estabelecidas pela IES
quanto:
A avaliação é parte integrante do processo de formação que proporciona elementos
de reflexão sobre o ensino-aprendizagem. Nesse sentido, a concepção de avaliação
está voltada para o favorecimento da aprendizagem pelo aluno, segundo abordagem
mediadora, implicando a existência de um programa que contemple:

avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais;

que o processo avaliativo seja orientado para a realimentação do esforço do
aluno, na medida em que os resultados das atividades de avaliação sejam discutidos,
a fim de servirem para orientar o seu esforço de aprendizagem, indicando erros e
limitações, sugerindo rumos e advertindo sobre riscos e não apenas sendo
comunicado aos alunos;

apresentação de situações que permitam que os alunos possam aplicar os
conteúdos ministrados e percebam que realmente podem utilizar os conhecimentos,
valores e habilidades que estão desenvolvendo ou que desenvolveram. Nesse
contexto, a avaliação permeia as atividades desenvolvidas no processo ensinoaprendizagem e não necessariamente decorre na atribuição de um valor numérico ao
aluno;

os critérios de avaliação deverão ser discutidos com os acadêmicos no início
do semestre, quando da apresentação do Plano de Ensino de cada disciplina, bem
como a cada avaliação formal realizada no decorrer do semestre letivo; e

os instrumentos e critérios de avaliação deverão ser coerentes com o Projeto
Pedagógico do Curso.
Assim considerando, a avaliação da aprendizagem deve observar os seguintes critérios
como elementos essenciais do ensino de qualidade:

avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo de todo o período;

que o processo avaliativo seja orientado para a realimentação do esforço do aluno na
medida em que os resultados das atividades de avaliação sejam discutidos, a fim de
servirem para orientar o esforço de aprendizagem, indicando erros e limitações, sugerindo
rumos e advertindo sobre riscos e não apenas comunicado aos alunos.
4. 1.2
Regimento Geral da Univap:
33
O aproveitamento escolar é avaliado por meio de verificações parciais e exames,
mostrando o resultado de cada avaliação em notas de zero a dez, com aproximação de casa
decimal.
A apuração do rendimento escolar é feita por disciplina, conforme as atividades
curriculares, abrangendo os aspectos de frequência e aproveitamento.
Cabe ao docente a atribuição de notas de avaliação e a responsabilidade do controle de
frequência dos alunos, devendo o Coordenador do Curso ou o Diretor, fiscalizarem o
cumprimento desta obrigação, intervindo em caso de omissão.
É atribuída nota zero ao aluno que usar meios ilícitos ou não autorizados pelo
professor, por ocasião da execução de trabalhos, das provas parciais, dos exames ou qualquer
outra atividade que resulte na avaliação do conhecimento por atribuição de nota, sem prejuízo
da aplicação de sanções por este ato de improbidade.
O aluno pode requerer revisão da
prova parcial ou do exame escrito, definidos no calendário, dentro dos prazos estipulados pela
Direção da Faculdade.
Os critérios de promoção, envolvendo freqüência e aproveitamento escolar, são os
seguintes:

se a freqüência do aluno, numa disciplina, for inferior a 75% (setenta e cinco por
cento) do total
das
aulas previstas,
ele
estará reprovado nessa disciplina,
independentemente da sua média de aproveitamento;

em cada ano letivo, em épocas definidas pelo Calendário Escolar, são atribuídas duas
notas bimestrais, cuja média aritmética “MA” é a média de aproveitamento;

se a “MA” for maior ou igual a 5,0 (cinco), o aluno será considerado aprovado, com
média final “MF” igual a “MA”;

se a “MA” for menor que 5,0 (cinco), o aluno será submetido a um exame final e a
média final “MF” será igual à média aritmética entre “MA” e a nota do exame final;

se a “MF” for maior ou igual a 5,0 (cinco), o aluno será considerado aprovado, com
média final igual à “MF”;

se a “MF” for menor que 5,0 (cinco), o aluno será considerado reprovado na
disciplina, com média final igual à “MF”.
Observação: Conforme Aprovação da Congregação da FEA a nota do Trabalho de
Conclusão de Curso é 7.0 (sete).
Cada professor deve, tomando por base o exposto acima e as normas contidas nos
regulamentos da Universidade, elaborar o seu critério de avaliação, considerando as
34
particularidades da sua disciplina, e submetê-lo a aprovação do Coordenador do Curso; deve
também, no início de cada período letivo informar e esclarecer aos alunos os critérios de
avaliação. De acordo com as regras da Universidade não há provas em segunda chamada.

Há compensação de ausências nas situações previstas e conforme determinado no
Decreto Lei 1044 de 21.10.69 e 6.202/75 de 17.04.75; (Exercícios Domiciliares)

Há justificação de faltas nos casos previstos e conforme Decreto Lei 715/69 e o
Decreto 85.587/80;

Não há abono de faltas por motivos de religião, casamento, morte, viagem, trabalho ou
doença.
4. 2. Concepção de Avaliação
A concepção de avaliação que norteia o projeto pedagógico, de comum acordo com as
Diretrizes e Regimento da Univap e PDI, é a da avaliação como um componente cuja função
principal deve ser a de fornecer elementos para decisões voltadas para uma reorientação. Esta
tanto das atividades ligadas às aprendizagens dos alunos quanto às de concepção e estrutura
do projeto pedagógico do Curso.
Com o objetivo de informar aos docentes e discentes sobre o desenvolvimento das
atividades didáticas do curso, com vistas à melhoria do processo de ensino-aprendizagem. A
avaliação, portanto, deve servir para indicar o grau de aproximação ou afastamento do eixo
curricular, norteador do Projeto Pedagógico que se materializa nas aprendizagens dos alunos.
Para tanto, considera todos os sujeitos envolvidos no processo educativo: docentes, discentes,
funcionários e comunidade onde o processo está inserido.
Nesta perspectiva considera-se as seguintes funções da Avaliação:
 Função formativa, no sentido de reorientar o discente no desenvolvimento da sua
aprendizagem e o professor no planejamento das suas ações pedagógicas, caracterizandose por uma função de regulação das aprendizagens.
 Função mediadora, de discussão e reflexão dos componentes que norteiam o processo
ensino-aprendizagem.
 Função somativa, a ser cumprida em momentos determinados da trajetória do aluno no
curso e que não será classificatória, mas voltada para verificação dos objetivos e critérios
estabelecidos para a aprendizagem.
35
4. 3. Sistema e Critérios de Avaliação do Curso
A avaliação do curso objetiva a dinâmica de construção e reconstrução curricular com
possibilidades de incorporar mudanças necessárias ao incremento da sua qualidade a partir de
mudanças na sociedade, na área de conhecimento e de solicitações do contexto em que se
insere. A finalidade é instalar um processo contínuo de conhecimento dos rumos que o curso
está tomando e de repensar e redirecionar as ações a partir das informações geradas no
processo de avaliação.
Principais componentes internos
 A avaliação formal e sistemática de nível institucional é realizada pela Pró-Reitoria de
Avaliação e Comissão Própria de Avaliação – CPA - Univap, envolvendo a avaliação
da atuação dos professores, coordenação, administração e indicadores do curso.
 Contribuição de professores e alunos. Neste segmento, a avaliação é realizada
continuamente durante todo o processo de desenvolvimento do projeto pedagógico e
construção curricular e está centrada na detecção de dificuldades e de monitoramento de
resultados do projeto pedagógico, bem como sugestões de superação das mesmas. A
discussão é realizada em reuniões pedagógicas do Curso ou reuniões ordinárias, fóruns de
discussão, workshops, auto-avaliações, entre outros.
 Com o objetivo de melhor acompanhamento e visão imediata e histórica do
desenvolvimento do processo foi criado um Banco de Dados no Curso.
Principais componentes externos

Resultados das comissões de avaliação de Análise das Condições de Oferta

Depoimentos de ex-alunos.

Focos Principais da Avaliação do Curso

O monitoramento do Projeto Pedagógico para verificar se a implementação do mesmo
está sendo feita como programado, através da coleta de dados sobre indicadores
relevantes como o cumprimento das atividades previstas, desempenho dos alunos,
evasão, reprovações, etc.

Avaliação dos Alunos.

Avaliação do desempenho nas metas de cada elemento da matriz curricular, projetos
de trabalho, atividades de estágio e complementares.

Avaliação para detecção dos problemas de aprendizagem.

Auto avaliação, que possibilite ao aluno uma visão crítica em relação ao seu próprio
processo de desenvolvimento.
36
4. 4.
Sistema de Auto Avaliação do Curso
A Pró-Reitoria de Avaliação da Univap iniciou, em 2001, e agora periodicamente
instituiu uma comissão mista formada por profissionais de diferentes áreas, que são
incumbidos de realizar avaliações dos Cursos de Graduação, nos moldes estabelecidos pelo
MEC. Estas ações são uma forma de constantemente avaliar a qualidade dos Cursos oferecidos
na Univap.
4. 5.
Sistema de Avaliação dos docentes
A avaliação dos docentes é realizada em duas instâncias, através de Questionários
formulados pela Pró-Reitoria de Avaliação:

Auto-avaliação do professor.

Avaliação do professor pelo aluno.
Para avaliação dos docentes, são utilizados os seguintes critérios:

Informações diagnósticas que descrevam os pontos positivos e negativos.

Evidências documentais (vídeos, fotos, textos escritos, textos e materiais
divulgados pela imprensa, resumos em encontros de iniciação científica e congressos,
participação em palestras e outras atividades, e outros).
4. 6.
Critérios para avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem
Os professores do Curso de Graduação participam de reuniões pedagógicas mensais
com a Coordenação do Curso, onde se discute integração dos conteúdos curriculares, análise
dos resultados do desempenho dos alunos e as formas de avaliação da aprendizagem nas
diferentes disciplinas, respeitando-se as especificidades das áreas.
Procura-se realizar palestra com profissionais da área de Pedagogia, principalmente da área da
Didática, da Faculdade de Educação, como forma de formação continuada para os docentes
dos Cursos de Graduação da Univap.
5. ESTÁGIO
A concepção de estágio do curso alicerçada nas orientações contidas nas Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Artes Visuais/2007, estabelece em seu
Artigo 7° que:
37
O Estágio Supervisionado é um componente curricular direcionado à consolidação
dos desempenhos profissionais desejados, inerentes ao perfil do formando, devendo
cada Instituição, através de seu órgão colegiado superior acadêmico, aprovar o
correspondente regulamento de estágio, com suas diferentes modalidades de ação.
(...) O Estágio de que trata este artigo poderá ser feito na própria Instituição de
Ensino Superior, em laboratórios e outros ambientes que congreguem as diversas
atividades inerentes à área de Artes Visuais e campos correlatos, em suas múltiplas
manifestações.
O aluno é incentivado a realizar estágio dentro da própria universidade, por meio das
atividades paralelas programadas, tais como organização de exposição, artistas visitantes,
também nas escolas da rede municipal, pública e particular de ensino, espaços culturais como
o SESC, na qual a universidade mantém parceria.
Neste contexto o Estágio Supervisionado do curso tem uma carga de 400 horas
(quatrocentas horas) e será desenvolvido a partir do 4° período do curso, estendendo-se ao 7°
período, e nas disciplinas de Orientação e Planejamento de Estágio I, II, III e IV, num total de
80 horas (oitenta horas) sendo registrado, no histórico escolar do aluno, no último semestre.
38
6. ATELIER / PROJETO ARTISTA VISITANTE
Procurando ampliar as reais possibilidades de contato dos alunos com a arte e artistas,
o desenvolvimento de projetos conjuntos, a experimentação técnica, de linguagem e o
aprendizado é que será oferecido ao longo do curso o Projeto “Artista Visitante”.
O projeto oferecido em forma de atelier gerido por artistas com o propósito de
compartilhar espaço de trabalho, informação, idéias, projetos artísticos e educativos,
ampliação de referências, criação de desenvolvimento de projetos de curta ou longa duração.
O projeto possibilitará também que artistas desenvolvam, com autonomia, projetos
temporários, utilizando as facilidades que o atelier e o espaço da Instituição dispõem para a
prática e desenvolvimento de atividades de xilogravura, pintura, desenho.
Condições
O artista poderá participar do projeto mediante apresentação de um projeto de trabalho
contendo a temática, duração semestral, dias, horários, em que pretende desenvolver as
atividades com os alunos, ficha de inscrição, relação de matérias a serem utilizados.
Participação do Aluno
Este projeto se aplicará somente aos alunos regularmente matriculados no curso de
Artes Visuais.
O aluno deverá elaborar relatório semestral, contendo sucinto relato da sua
participação e dos conhecimentos nele construído.
39
7. REFERÊNCIAS
ARRUDA, M. Metodologia da Artes. In MARTINS, Mirian Celeste. Didática do Ensino de
Artes: A língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD,1998.
BARBOSA, Ana Mãe. Arte- A Imagem no Ensino da Arte. São Paulo: Perspectiva, 1991.
BRASIL, LDB. Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Disponível em < www.planalto.gov.br .
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. PARECER CNE/CES 280/207. Diretrizes
Curricularers Nacionais do Curso de Graduação em Artes Visuais, Bacharelado e
Licenciatura. Aprovado em 06/12/2007.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 1/2009. Diretrizes
Curricularers Nacionais do Curso de Graduação em Artes Visuais, Bacharelado e
Licenciatura. Aprovado em 1 DE 16 de janeiro de 2009.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria da Educação básica. Parâmetros
curriculares Nacionais. Brasília/São José dos Campos: Univap, 2000.
FAZENDA, Ivani (org). Dicionário em Construção: Interdisciplinaridade 2.ed.-São Paulo:
Cortez,2002.
FERRAZ, M.H. C., FUSARI M.F.R. Metodologia da Arte. São Paulo: Cortez, 1993.
GIROUX , Henry. Os professores como intelectuais- rumo a uma Pedagogia crítica da
Aprendizagem. Porto Alegre:Artmed, 1997.
UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA – PDI Plano de Desenvolvimento institucional
- 2011 a 2015.
40
Download

LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS