Sumário 2. 4. Editorial Notícias 06 10 12 14 16 DIVULGAÇÃO Ecoenergy Tisem Tese Montael Sil 26 28 30 31 EVENTO Plano Estratégico para a Fileira da Construção Fórum Sanitop Congresso da UFEMAT Conferência do EUROCONSTRUCT Conferência Liiveplace Therm Etics Congresso Cinco’s Dimscale As mais Recentes Alterações ao Código do Trabalho - Seminário Conferência Passivhaus Semana da Reabilitação Urbana do Porto Convívio de Natal APCMC Casa Peixoto abriu portas em Braga 32 34 36 38 40 ENTREVISTAS Bigmat Ibéria Diera Henkel Tintas 2000 Uralita 42 OPINIÃO Rui Loza 47 DOSSIER NOVOS MATERIAIS E TECNOLOGIAS Entrevista, Produtos e Soluções 64 54 64 ARQUITETURA Edifício ANF - APEL Torre de Palma Wine Hotel - Arq. João Ribeiro Spaceroom 18 19 20 21 22 23 24 25 APEL - ARQUITETURA, PLANEAMENTO, ENGENHARIA PUBLICAÇÕES APCMC DISPONÍVEIS NA APLICAÇÃO MULTITEMA USERNAME > APCMC PASSWORD > APCMC 68 73 76 DOSSIER ECONÓMICO Análise de Conjuntura do Setor da Construção - 3º trimestre 2014 Inquérito de Conjuntura APCMC - 3º trimestre de 2014 Estatísticas - Confidencial Imobiliário FICHA TÉCNICA PROPRIEDADE, EDIÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL APCMC Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção Pç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 Porto Tel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218/9 E-mail: [email protected] Site: www.apcmc.pt NIPC: 500 969 221 2/ Diretor: Afonso Manuel Coutinho Caldeira Diretor Adjunto: José de Matos Colaboração: Vieira de Abreu Imagem: Bruno Costa Composição e Grafismo: Bruno Costa Comunicação, Marketing e Publicidade: Eduarda Machado Assinaturas: Susana Mendes Tel.: 225 074 210; E-mail: [email protected] PUBLICAÇÃO, PUBLICIDADE E DISTRIBUIÇÃO APC Associação do Comércio de Produtos e Equipamentos para a Construção Pç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 Porto Tel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218 EXECUÇÃO GRÁFICA MULTITEMA Rua do Cerco do Porto, 365/367 4300-119 Porto Tel.: 225 192 600; Fax: 225 192 698 Site: www.multitema.pt Registo no I.C.S. nº 111972 Depósito Legal nº 84434/94 Publicação Trimestral Tiragem: 5.000 Exemplares Preço: 3,75 Euros A Direção da Revista é responsável apenas pelos artigos publicados sem assinatura e também pela sua seleção. Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. Editorial É até expectável que o investimento público possa aumentar ligeiramente, aproveitando uma pequena folga conquistada à troika relativamente ao défice acordado, de forma a permitir aproveitar melhor os fundos do QREN que ainda estão disponíveis. Para além dos já referidos, há dois outros fatores positivos que poderão contribuir para a consolidação da retoma no nosso setor: o aumento do investimento induzido pelo novo pacote financeiro do “Portugal 2020” e os apoios específicos para a reabilitação urbana e para a melhoria da eficiência energética dos edifícios. Importa sublinhar que, finalmente, a regeneração e a reabilitação dos espaços urbanos foi integrada numa estratégia concreta, a “Estratégia para o Crescimento Verde”, o que permitirá, de acordo com o anunciado pelo Governo, combinar os apoios do “Portugal 2020” com outros instrumentos financeiros (fundos públicos e empréstimos do BEI) e medidas específicas de carácter regulamentar e fiscal, de forma a promover a reabilitação e a melhoria de desempenho energético dos edifícios públicos e privados. Mas estas boas perspetivas não nos devem fazer esquecer os obstáculos e as ameaças. AFONSO CALDEIRA (PRESIDENTE DA APCMC) BOM ANO? Em 2014 experimentámos, pela primeira vez após doze anos de quedas sucessivas, um ligeiro crescimento das vendas de materiais de construção. Aumentou a procura nos setores da agricultura e do turismo, as pequenas obras de manutenção e renovação multiplicaram-se e as vendas para o exterior cresceram significativamente. Só o investimento público não acompanhou… Os principais obstáculos são, como de costume, a demora, a burocracia e as incongruências dos instrumentos, para não citar aquelas obrigações absurdas e a destempo que a Secretaria dos Assuntos Fiscais “produz” todos os anos, pese embora o benefício sempre bem-vindo da luta contra a evasão fiscal. O anúncio de incentivos, quando os mesmos não têm uma concretização prática e rápida, provoca adiamentos e desconfiança que, pelo menos durante algum tempo, acabam por causar mais prejuízos do se nunca tivessem existido… Esperemos que não seja o caso. Também existem ameaças e não são pequenas. Uma, de que já falámos, é a da concorrência, cada vez mais forte e extensa das grandes organizações internacionais retalhistas no nosso mercado interno. Se não soubermos dar uma resposta adequada em termos de aproximação ao cliente e de qualidade percebida do serviço e se não conseguirmos alcançar uma posição significativa e forte no mercado, poderemos ficar a ver passar os negócios… O ano de 2015 tem tudo para ser ainda melhor. A economia, que começou a crescer a partir do final de 2013, apesar do abrandamento temporário causado pela contração do crédito em Agosto por efeito da resolução do BES, deverá retomar e até intensificar essa tendência, ultrapassados que foram os principais constrangimentos financeiros e, sobretudo, os receios sobre o sucesso do processo de ajustamento e a sustentabilidade da dívida pública. Além disso, este é ano de eleições e o Governo, garantido que está o cumprimento das metas, fez uma pausa na “austeridade”, devolvendo parte dos “cortes” efetuados aos funcionários públicos e aos pensionistas. Outra, que começa a ganhar forma, diz respeito às dificuldades cambiais de alguns países de destino das nossas exportações, originadas pela queda dos preços das matérias-primas, nomeadamente do petróleo. O peso acrescido ganho nos últimos três anos pela parcela de exportações no volume de negócios das empresas do nosso setor torna-as mais vulneráveis a um fenómeno que pode vir a intensificar-se, sabendo-se que a diversificação para outros mercados é um processo que leva o seu tempo e que pressupõe algum investimento adicional. Nesta área, porventura, mais vale prevenir… A vida empresarial nunca é fácil e fazer de 2015 um Bom Ano dependerá sobretudo de nós próprios. /3 Notícias Novidades Nova Tinta para Fachadas ACRYL RSX | Barbot A nova tinta Acryl RSX da Barbot responde eficazmente a este desafio, estando especialmente vocacionada para recuperações de edifícios antigos ou históricos e, de modo geral, projetos em que se pretende obter um acabamento com aspeto tradicional e com elevada durabilidade. Esta nova tinta é impermeável, impedindo a penetração de água e simultaneamente permeável ao vapor de água, evitando os efeitos negativos da humidade. Com acabamento mate, apresenta uma excecional resistência à intempérie e à alcalinidade. Além disso, é fácil de aplicar e tem bom poder de cobertura. Acryl RSX é a nova tinta aquosa especial para fachadas da Barbot. Baseada em resinas acrílicas e de polisiloxano, esta tinta distingue-se pela elevada retenção de cor e excelente resistência às agressões do exterior. A fachada de um edifício é um dos principais desafios de um projeto de nova construção ou reabilitação, uma vez que a pintura está permanentemente exposta a agressões do exterior, como a exposição solar, chuva, erosão, entre outros. Segundo João Braga, responsável pelo departamento de investigação da Barbot, a nova tinta “resulta da aposta da Barbot na inovação e desenvolvimento de novos produtos para responder às necessidades de mercado. A reabilitação de fachadas é uma tendência crescente, mas traz vários desafios a nível da resistência e longevidade da pintura. As resinas acrílicas e de polisiloxano desta nova tinta permitem uma camada protetora muito eficaz, preservando a pintura por muito mais tempo”. Acryl RSX está indicada para qualquer tipo de fachadas, sendo afinável no catálogo Barbot Fachadas, através do sistema Barbotmix. Divulgação Mindful™ Platform Plataforma de Monitorização de Consumos Energéticos A TJF ECOENERGY SOLUTIONS É UMA EMPRESA ESPECIALIZADA EM SOLUÇÕES DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E AMBIENTE PARA EDIFÍCIOS E INDÚSTRIA. CARATERIZA-SE POR UM GRAU INTENSIVO TECNOLÓGICO E NASCE NO SENTIDO DE DAR RESPOSTA ÀS NECES- SIDADES ATUAIS DO MERCADO, NO ÂMBITO DOS SETORES DA ENERGIA, AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE. O CONCEITO MINDFUL™, PRETENDE DINAMIZAR O MERCADO DE CONTROLO ENERGÉTICO, OFERE- CENDO UM VASTO LEQUE DE SERVIÇOS COMPLEMENTARES ENTRE SI. A eficiência energética é uma questão importante para o futuro da humanidade, pois é insustentável manter os atuais níveis de desperdício de energia. A má utilização da energia proporciona um desperdício das fontes primárias, implicando um consumo desnecessário de combustíveis fósseis, o que pode implicar a criação de danos irreversíveis no meio ambiente, tais como, as alterações climáticas. A eficiência energética é de facto o caminho para as empresas e habitações reduzirem custos operacionais, tornando-as assim mais competitivas e sustentáveis. A TJF Ecoenergy Solutions distingue-se no mercado pelos seus serviços e dedicação em encontrar soluções diferentes e inovadoras, possui como missão fornecer produtos e soluções de elevada qualidade, tecnologicamente avançados e adequados às necessidades dos seus clientes. Ajudam os clientes a gerir o uso dos seus recursos energéticos de uma forma eficaz e eficiente, contribuindo para a redução das emissões de carbono das suas instalações, promovendo uma redução dos custos globais e aumento da sustentabilidade. 6/ O conceito Mindful™ oferece soluções integradas para os mercados Habitacional, Edifícios de Comércio e Serviços e Industrial, auxiliando na definição da estratégia de poupança energética com um desempenho crescente ao longo do tempo. Caraterizado como o mercado mais vasto, mas ao mesmo tempo mais pessoal, o mercado habitacional assume grande importância para o conceito Mindful™. Este visa disponibilizar diversas soluções, económicas e viáveis, para todo um controlo e gestão de energia a nível habitacional, de modo a facilitar o quotidiano do cliente, contribuindo para uma maior consciência energética por parte de todos os utilizadores e uma melhoria dos hábitos de consumo. No caso dos edifícios de comércio e serviços, estes são os edifícios com mais utilização e notoriedade pública e são portanto os que devem primar pelo exemplo. Numa sociedade cada vez mais necessitada de consciência e noção ambiental, o controlo energético dos edifícios de serviços constitui uma pedra basilar na evolução da sua mentalidade. A adoção de comportamentos sustentáveis é cada vez mais premente por forma a reduzir o consumo dos recursos energéticos e assim reduzir os custos operacionais e aumentar a competitividade. Uma utilização mais eficiente da energia permite ao mesmo tempo diminuir o impacto ambiental e as emissões de carbono para a atmosfera, com todos os benefícios que isso pode trazer em termos ambientais e para a própria comunicação externa do seu negócio. Fornecendo informações de consumos de recursos e indicadores de conforto térmico e ambiental (temperatura, humidade, CO2, luminosidade, entre outros) numa periodicidade diária, semanal, mensal e anual, enviando notificações sempre que o consumo ou os indicadores excedam o limite definido por si. A Mindful™ Platform pretende simplificar as soluções de monitorização de energia existentes no mercado, dando resposta aos principais requisitos dos responsáveis de exploração e de gestão energética de instalações que se centram no: - Conhecimento centralizado e em tempo real do perfil de consumos da instalação de uma forma global e desagregada; O setor industrial apresenta também benefícios na aplicação do conceito Mindful™. Com a evolução tecnológica constante, surge a necessidade de uma evolução ambiental paralela, através da melhoria da eficiência energética e aproveitamento dos recursos naturais, incrementando a competitividade das empresas. Neste contexto, é fundamental dispor de informação como os recursos energéticos estão a ser utilizados para saber como e onde poupar. Para começar a reduzir custos da fatura energética é necessário saber de que forma são utilizados os recursos energéticos para que possa definir a estratégia de racionalização dos consumos e estabelecer as metas. - Armazenamento e consulta de histórico de consumos energéticos e parâmetros de conforto térmico e ambiental; - Calculo e previsão de gastos futuros, tendo em conta os gastos correntes; - Definição de planos de poupança; - Sugestões para melhoria de performance; - Monitorização das medidas de melhorias implementadas; - Notificações de incumprimento de metas em tempo real; De forma a ultrapassar as limitações de soluções chave-na-mão de hardware e software existentes no mercado, a TJF Ecoenergy Solutions desenvolveu uma solução de monitorização de consumos, a Mindful™ Platform, que permite a integração de um conjunto alargado de sensores e atuadores em rede, bem como de contadores de energia multi-marca, adaptando-se aos equipamentos de monitorização existentes na instalação e facilitando a comunicação com novos equipamentos (contadores e sensores/ atuadores). - Controlo remoto de circuitos, equipamentos, áreas de consumo, regimes de funcionamento, cargas, parâmetros ambientais e de conforto térmico; - Emissão de relatórios regulares dos seus consumos; - Otimização do melhor tarifário de fornecimento de energia; - Benchmarking energético. A plataforma de gestão de recursos Mindful™ Platform com funcionamento em ambiente cloud e assente em tecnologias móveis, permite utilizar os recursos (energia elétrica, água, gás/combustíveis) de uma forma mais eficiente, reduzindo os seus consumos e custos mensais e traçar o seu perfil de consumo, estabelecendo planos de ação e metas de desempenho da sua pegada ecológica. De forma a evitar valores de licenças onerosas, a Mindful™ Platform funciona numa lógica de SAAS, isto é, o utilizador apenas paga aquilo que consome, apresentando assim uma grande flexibilidade na aquisição desta ferramenta de apoio à implementação de medidas de racionalização de consumos energéticos e melhoria de conforto térmico e ambiental. /7 Divulgação A Mindful™ Platform e o apoio especializado da equipa de consultores de energia e eficiência energética na elaboração de um plano de ação, permitirá alcançar um potencial de poupanças até 30%, assim como contribuir para uma melhoria do conforto térmico através da monitorização e controlo de parâmetros térmicos e ambientais. Dispomos de uma equipa especializada que poderá analisar os consumos e reduzir a fatura energética, poupando tempo e dinheiro. 8/ Divulgação Inovação em Construção em Madeira Nova Geração de Edifícios - Tisem 10 / OS PAINÉIS DE MADEIRA LAMELADA-COLADA CRUZADA (CROSS-LAMINATED TIMBER), VULGARMENTE DESIGNADOS POR PAINÉIS CLT OU PAINÉIS X-LAM, SÃO PLACAS ESTRATIFICADAS DE GRANDES DIMENSÕES COM DESEMPENHO ESTRUTURAL, AQUI APRESENTADAS PELA TISEM. O sistema construtivo “seco” permite a antecipação do período de execução das restantes especialidades (instalações técnicas e aplicação de revestimentos). Todas estas condições proporcionam uma grande economia de tempo e custos, desde que devidamente planeadas. Os estratos são dispostos ortogonalmente, sendo normalmente constituídos por lamelas de madeira maciça de espécies resinosas com espessuras entre os 20 e os 40 mm. Esta disposição ortogonal dos estratos proporciona estabilidade dimensional ao painel, com variações dimensionais desprezáveis no seu plano. A dimensão máxima dos painéis está geralmente limitada aos meios de transporte, com um comprimento máximo de 13,5 m e uma largura máxima de 2,95 m. A espessura depende da especificação de projeto (estabilidade, resistência ao fogo, isolamento térmico e acústico), iniciando-se nos 57 mm (3 estratos) e alcançando geralmente os 250 mm (8 estratos). Estes painéis de grande dimensão executam paredes, pisos e coberturas acumulando funções estruturais, compartimentação e revestimento, sendo entregues em obra nas dimensões finais de projeto e prontos para a respetiva montagem, num processo de total pré-fabricação. As realizações mais significativas dizem respeito a edifícios de vários pisos, tendo um dos mais relevantes sido executado em Londres com 8 pisos, totalmente em estrutura de madeira com painéis CLT e executado por uma equipa de 4 carpinteiros, com um rendimento de 3 dias/piso. Todas as aberturas para portas, janelas e outros vãos são executadas em fábrica com tecnologia de corte CNC, deixando para a obra somente as pequenas furações e roços para redes de infraestruturas técnicas. Em Portugal foram já executadas algumas obras, encontrando-se as de maior dimensão na piscina municipal da Caparica, em Almada e no pavilhão para laboratório do ISQ, em Castelo Branco. Para os mesmos requisitos de engenharia (estabilidade, segurança contra-incêndios, conforto térmico e acústico) a solução em CLT é mais esbelta, comparada com as soluções tradicionais. Para o mesmo desenho de arquitetura, o ganho em termos de área útil é evidente. A ausência de pilares (as paredes desempenham o papel de elemento vertical portante) e paredes com espessuras muito inferiores são os principais fatores que contribuem para esse ganho. Estudos realizados em edifícios de madeira mostram que estes desempenham um papel importante na prevenção de doenças cardio-vasculares e doenças nervosas. A monitorização do comportamento dos utilizadores mostra uma redução significativa do ritmo cardíaco bem como um aumento da atividade do sistema nervoso parassimpático (que é ativado em situações de calma) e que tem efeito protetor cardio-vascular. Além destas, destacam-se as questões relacionadas com o desempenho energético derivado da baixa condutibilidade térmica dos painéis e ausência ou redução muito significativa de pontes térmicas. O desempenho face à ação sísmica é outra das características de eleição deste sistema, conseguindo superar sismos de grande intensidade sem dano na estrutura (conseguido através da dissipação de energia nas ligações, efeito de diafragma rígido nos painéis e uma massa muito baixa). / 11 Divulgação Projeto Português Ilumina Vila Guineense TESE O fluxo constante de água na cisterna garante o arrefecimento do ar que vai para o interior do edifício. Este processo permite assegurar o máximo rendimento energético. SERVIÇO COMUNITÁRIO DE ENERGIA DE BAMBADINCA EM FASE DE TESTES ENERGIA CHEGA A BAMBADINCA TESE É UMA ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO (ONGD) QUE TRABALHA PROJETOS, CONSULTORIA E INVESTIGAÇÃO, TANTO EM PORTUGAL, COMO INTERNACIONALMENTE, ATRAVÉS DAS UNIDADES OPERACIONAIS TESE PORTUGAL E TESE SEM FRONTEIRAS. Com um custo total de cerca de dois milhões e cem mil euros e financiamento da União Europeia e do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, o projeto “Bambadinca Sta Claro - Programa Comunitário para Acesso a Energias Renováveis” é promovido pela TESE Sem Fronteiras em parceria com a Associação Comunitária de Desenvolvimento de Bambadinca (ACDB), a ONG guineense DIVUTEC, a Universidade de Lisboa e a Direcção Geral de Energia da GuinéBissau. Estabelecida em vários países em desenvolvimento - Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe -, a TESE Sem Fronteiras dedica-se à promoção do acesso sustentável de comunidades rurais e periurbanas do continente africano a serviços e infraestruturas nos setores da Água, Saneamento, Promoção de Higiene (WaSH) e Energia, particularmente de fonte renovável. A solução técnica implementada pelo projeto - uma central fotovoltaica híbrida de 312 kW de potência instalada composta por 1.248 painéis fotovoltaicos, 216 baterias e três geradores diesel - é a primeira do género e conta com 150 clientes-piloto que, nesta fase, estão a testar o Serviço Comunitário de Energia de Bambadinca (SCEB). Desenvolve a sua atividade numa lógica de Cooperação para o Desenvolvimento, em colaboração estreita com entidades públicas, privadas e organizações da sociedade civil, através do reforço de conhecimentos e competências, com vista à universalidade do acesso aos serviços. O SCEB resume uma solução técnica e de gestão inovadora, em que uma associação de base comunitária (a ACDB) é autorizada pelo Estado para a produção, transporte e venda de energia elétrica à população, num modelo de parceria público-comunitária. LANÇADA EM 2002 PARA CRIAR E IMPLEMENTAR SOLUÇÕES SO- CIALMENTE INOVADORAS QUE RESPONDAM A NECESSIDADES TRADICIONAIS E EMERGENTES, A 12 / A elevação a Sul é salvaguardada pelo radiação solar graças à proteção em madeira e pelas filas de árvores. LIGAR EQUIPAMENTOS, TESTAR O SERVIÇO O serviço de energia previsto pelo projeto “Bambadinca Sta Claro” irá, até finais de 2015, fazer chegar energia elétrica aos cerca de 650 agregados familiares da vila de Bambadinca, o correspondente a cerca de 6.500 habitantes. Os testes ao seu funcionamento estão a decorrer em regime intensivo até final do ano e incluem o arranque da central fotovoltaica híbrida, a ligação à rede de elétrica de média e baixa tensão, e a assistência técnica à ACDB para a implementação dos procedimentos de gestão, operação e manutenção desenvolvidos durante os últimos meses. A colaborar nesta fase de testes estão os clientes-piloto que já aderiram ao serviço e a quem é pedida a utilização dos seus equipamentos elétricos, de acordo com quatro perfis de consumo definidos, que aliam a dimensão das famílias ao número de equipamentos utilizados. / 13 Divulgação Montael Celebra 40 Anos de Existência FUNDADA EM 1974, PELAS MÃOS DOS IRMÃOS JOSÉ E FERNANDO FERNANDES, A MONTAEL DEDICOU-SE INICIALMENTE AO SERVIÇO DE MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE ÁGUA E ELETRICIDADE. Apenas mais tarde, no ano de 1982, após a admissão de dois novos sócios, Arlindo Brás e Luciano Dias, a diversificação da atividade tornou-se cada vez mais uma aposta, com principal destaque para a comercialização de materiais de construção e mais recentemente a bricolage. Hoje, a Montael continua uma empresa familiar, com elementos da segunda geração na sua equipa de gestão, garantindo a continuidade de uma empresa que procura diariamente destacar-se pela qualidade de serviço e acompanhamento no pós venda. A Montael procura ser reconhecida e diferenciada no seu ramo de atividade, pela excelência no atendimento, rápida resposta às solicitações dos seus clientes e pelo leal e dedicado acompanhamento no pós venda. Trabalha de forma a atingir plena satisfação de todos os clientes, colaboradores, fornecedores e acionistas, com o intuito de fortalecer e valorizar as relações profissionais que desenvolve e trabalha. Oferece um variado leque de soluções com o objetivo de superar as expetativas dos clientes e procura constantemente a valorização profissional dos colaboradores, criando oportunidades que potenciem o seu crescimento profissional e social. 14 / Alcançar a notoriedade de fornecedor de referência no setor da construção civil e obras públicas, nomeadamente através da internacionalização para 3 continentes no espaço temporal de 3 anos. Em 2006 a Montael, juntamente com outras 5 empresas do ramo (Macovex, Olisei, Armazéns Reis, José Oliveira Nogueira & Filhos e Sisal), fundou o WBG - ACE. Um grupo de compras cujo objetivo comum passa por ter uma plataforma de compras uniformizada de forma a reduzir custos dos produtos e logísticos assim como a ser mais competitivo na revenda de produtos multimarcas. Outro objetivo passou também pela criação da marca própria do grupo WBG. Neste sentido o grupo tem vindo a introduzir no mercado novos produtos com a sua marca, comercializados por todos os associados, a preços/qualidade algo diferenciados dos atualmente existentes. Já com uma importante relevância, as vendas para o exterior tem sido, ano para ano, uma aposta ganha sendo que a Montael pretende, já neste ano de 2015, reforçar esta estratégia contudo agora a outro nível. Internacionalização das vendas assim como da marca MONTAEL passa pelo principal objetivo de curto prazo. De forma a combater, a mais que provável, quebra a curto prazo da procura no mercado interno (essencialmente nas obras públicas) a Montael propõe-se este ano, juntamente com um parceiro estrangeiro, a lançar internacionalmente a sua marca. A concretização deste objetivo passará pela abertura de um novo espaço físico no continente africano já no decorrer do 2º semestre de 2015. Divulgação Campus Neurológico Sénior Recebe Prémio SIL do Imobiliário 2014 PROJETO DESENVOLVIDO PELO GABINETE DE ARQUITETURA JOSÉ FREIRE & LUÍSA CUNHA, EM CONJUNTO COM O PROMOTOR ENGITORRES - SOCIEDADES DE CONSTRUÇÕES, SA Com uma área aproximada de 11.000 m2, conjugando no mesmo espaço físico uma clínica médica dedicada ao tratamento e investigação de doenças neurológicas, e uma valência residencial, com 78 camas, este projeto de arquitetura desenvolvido pelo Gabinete José Freire & Luísa Cunha - Arquitetos, Lda, em conjunto com o promotor Engitorres - Sociedade de Construções, SA, presidida por Joaquim Manuel Ferreira, é assim distinguido na edição de 2014 dos Prémios SIL do Imobiliário. “É com muito orgulho que vemos o CNS conquistar esta distinção. O nosso objetivo é que se torne numa referência no âmbito do tratamento e investigação das doenças neurológicas, não só em Portugal, como a nível internacional. Ver este projeto reconhecido também ao nível de projeto de arquitetura, deixa-nos sem dúvida motivados para continuarmos a fazer do CNS uma referência na sua área de intervenção”, refere Joaquim Manuel Ferreira. O Campus Neurológico Sénior (CNS), centro português dedicado a doenças neurológicas, em Torres Vedras, foi recentemente distinguido com o Prémio SIL do Imobiliário 2014, na categoria de “Melhor Empreendimento Imobiliário de Comércio, Serviços e Logística”. A cerimónia de entrega decorreu na FIL (Feira Internacional de Lisboa), no âmbito do Salão Imobiliário de Portugal 2014. 16 / Os Prémios SIL do Imobiliário são os mais prestigiados a nível nacional no setor imobiliário e destinam-se a premiar a qualidade e a inovação da atividade nos domínios da promoção imobiliária, do desenvolvimento urbano, das autarquias, das obras públicas, da habitação, do arrendamento, da construção sustentável, da reabilitação urbana, da eficiência energética e dos fundos de investimentos imobiliários em Portugal. > Manual Prático de Exportação para a Fileira da Construção Manual Prático de Exportação para a Fileira da Construção, uma ferramenta de trabalho que lhe permite resolver dúvidas sobre a exportação designadamente: • Como preparar a Estratégia para Exportar; • Quais os requisitos essenciais para Exportar; • Como obter informação sobre mercados e clientes; • Como obter apoios ao investimento na Internacionalização; • Como avaliar as capacidades da empresa para exportar; • Como preparar o Plano de Exportação; • Como fazer a promoção nos mercados externos; • Quais as declarações e os certificados obrigatórios; • Quais os meios de pagamento na Exportação; • Para que servem os termos do comércio internacional (Incoterms). Eventos Plano Estratégico para a Fileira da Construção 2014-2020 - Apresentação A APCMC REALIZOU NO PASSADO DIA 14 DE OUTUBRO, NA FUNDAÇÃO ANTÓNIO CUPERTINO DE MIRANDA, UMA APRESENTAÇÃO PÚBLICA DO “PLANO ESTRATÉGICO PARA A FILEIRA DA CONSTRUÇÃO”. O Presidente da Direção da APCMC, Afonso Caldeira, deu as boas vindas aos presentes e sublinhou que, o objetivo deste Plano Estratégico para a Fileira da Construção foi recolher informação tão completa quanto possível para perceber os principais constrangimentos, identificar pontos de convergência e fundamentar objetivos e estratégias, em prol do aumento da rendibilidade das vendas e da melhoria do posicionamento estratégico. Após o breve discurso passou a palavra a José António Cortez, diretor executivo da Confederação do Comercio e Serviços de Portugal, que abordou o tema “Desafios para a Economia Portuguesa”. José António Cortez destacou os problemas estruturais da economia portuguesa, que passam pela dimensão dos níveis de organização e de autonomia financeira de grande parte do nosso tecido empresarial muito baixos. Salientou também que há uma enorme dependência do setor empresarial do crédito bancário com elevado endividamento e rácios de capitais próprios e insuficientes. Há uma concentração do setor dos chamados “bens transacionáveis” em atividades e produtos sujeitos a uma forte concorrência externa e muito baseado em mão-de-obra intensiva e em fatores de competitividade-custo. Já no final do seu discurso, frisou que Portugal tem de ser uma plataforma de economia global, centrada nos seus recursos humanos e no seu território, que deve apostar na internacionalização e investir no aumento do valor acrescentado daquilo que se produz e de que se vende. Para José Cortez há que impulsionar uma “nova vaga exportadora”, menos dependente de consumos intermédios importados, orientando mais por critérios de valor do que de volume (com o objetivo de subir na cadeia de valor). Seguidamente Eduardo Pereira, da Pamésa Consultores, passou à apresentação dos resultados obtidos do “Plano Estratégico para a Fileira da Construção”. Eduardo Pereira explicou que este estudo, partiu do reconhecimento da profunda alteração do contexto económico marcado pela recessão interna e que teve reflexos na gestão da maioria das Pequenas e Médias Empresas (PME), principalmente da fileira da construção, em que a quebra acentuada nas vendas levou à diminuição da atividade, implicando restrições no acesso ao crédito e decisões de investimento dificultadas pela incerteza que domina o mercado, levando à diminuição da rendibilidade e aumento das insolvências, dificuldades de internacionalização, aumento das exigências fiscais e laborais. Procedeu-se também a uma análise da situação da Fileira da Construção, com base em informação obtida por recurso a auscultação a empresas, técnicos, universitários, estatísticas oficiais e publicações do setor. Por fim, Pedro Mêda, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e Alexandra Luís, da Universidade Lusíada, fizeram uma breve apresentação da Plataforma Eletrónica “MaterialOn” e explicaram que esta plataforma tem como objetivo dotar o setor de um instrumento ágil e uniforme de pesquisa, de divulgação e repositório de informação dos materiais de construção, estando disponível a todos os agentes (projetistas, construtores, fiscalizações, comerciantes, fabricantes, entre outros), sejam eles nacionais ou internacionais. Por isso, importa destacar a sua disponibilização em língua portuguesa e inglesa. Mencionaram alguns exemplos de empresas já representadas na Plataforma Digital. A sessão terminou com a distribuição do livro “Plano Estratégico Para a Fileira da Construção”. 18 / Fórum Sanitop 2014 O CENTRO CULTURAL DE VIANA DO CASTELO, EDIFÍCIO MULTIUSOS DESENHADO PELO ARQUITETO SOUTO MOURA, RECEBEU NOS DIAS 10 E 11 DE OUTUBRO A 5 ª EDIÇÃO DO FÓRUM SANITOP. UM EVENTO BIENAL QUE A EMPRESA ORGANIZA DESDE 2006 E QUE TEM TRAZIDO SEMPRE A VIANA DO CASTELO MILHARES DE PESSOAS DE TODO O PAÍS. O tema desta edição, “Os desafios da regeneração urbana”, incidiu sobre os exemplos da cidade anfitriã, e incluiu uma visita guiada, com base numa intervenção sobre o caso estudo de Viana do Castelo do arquiteto Alexandre Alves Costa. As atividades do primeiro dia foram dedicadas aos profissionais de arquitetura, engenharia, projeto e promotores imobiliários. O segundo dia foi direcionado aos profissionais de instalação de sistemas sanitários e de climatização. Marcaram presença no encontro meia centena de fabricantes de cerca de dez países da Europa - cerca de um terço portugueses - com uma mostra de produtos e equipamentos. A partilha de experiências entre os fabricantes e os profissionais tem sido, desde sempre, uma das principais razões do sucesso destes encontros. A organização do Fórum Sanitop decidiu, este ano, descentralizar o evento. Para esse efeito organizou, nas semanas que o precederam, em Lisboa, no Porto e em Viana do Castelo, debates sobre o tema escolhido, em parceria com a Câmara Municipal de Viana do Castelo, e com apoio da Ordem dos Arquitectos e da Ordem dos Engenheiros. “A reabilitação”, “a arquitetura e o ambiente,” “o futuro para a construção em Portugal” e “a construção sustentável ao encontro da energia zero”, foram os temas dos fóruns anteriores. Este ano, o debate centrado na regeneração urbana proporcionou uma parceria com a autarquia vianense, que participou ativamente e acolheu no Centro Cultural de Viana do Castelo o evento. O Fórum Sanitop 2014 teve além dos momentos mais profissionais, outros também de convívio e confraternização. Contribuíram para torná-los especiais, a animação dos grupos Saltarellus e Engenhocas e a colaboração da Escola Profissional de Música de Viana, bem como um pequeno, mas extraordinário concerto do Maestro António Victorino d'Almeida, que encerrou o primeiro dia de atividades. / 19 Eventos Congresso da UFEMAT Valência, 17 de Outubro de 2014 Edifícios de Balanço Energético quase zero em 2020. Estamos preparados? NO PASSADO DIA 17 DE OUTUBRO REALIZOU-SE, EM ESPANHA, NA VALÊNCIA O 56º CONGRESSO DA UFEMAT - UNIÃO DAS FEDERAÇÕES EUROPEIAS DOS DISTRIBUIDORES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E FABRICANTES, CUJO OBJETIVO PRINCIPAL FOI REFLETIR SOBRE AS MUDANÇAS DE PARADIGMA, EM PARTICULAR NO DOMÍNIO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS PARA OS DISTRIBUIDORES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. CONGRESSO EM QUE ESTEVE PRESENTE A APCMC, ATRAVÉS DO SEU SECRETÁRIO GERAL, JOSÉ DE MATOS. CIDADE DE Este último, apresentou, inclusive, uma iniciativa de marketing setorial que tem vindo a ser trabalhada em Espanha, visando provocar uma relação mais próxima entre a distribuição independente e os clientes, assente num compromisso de confiança e no apelo aos aspetos da natureza mais emocional. António Ballester realçou, igualmente, a necessidade de providenciar aos comerciantes e aos seus colaboradores uma formação específica adequada, defendendo que este poderia ser um projeto europeu para o setor. Destacaram-se neste Congresso diversas comunicações a cargo de especialistas de empresas da construção e da Universidade que procuraram responder às questões principais que as alterações estratégicas colocam aos comerciantes em termos de mercado: como posso contribuir para a mudança e que oportunidades a essa mudança me pode proporcionar. No final ficou a ideia que os comerciantes europeus enfrentarão desafios muito importantes nos próximos anos e que estes também devem merecer uma atuação conjunta, não só ao nível nacional, mas também ao nível europeu e em parceria com os fabricantes. Este Congresso ficou ainda assinalado pela transferência de poderes para o novo Presidente da UFEMAT, António Ballester, que sucedeu a Guiseppe Freri a quem os delegados prestaram a homenagem do grande trabalho desenvolvido. Para o ano, o encontro será em Dubrovnik, a convite da Federação da Croácia. Assim, para além de uma análise da evolução e perspetivas da economia mundial e europeia e, também, da economia do país anfitrião, a Espanha, foram apresentadas diversas comunicações a cargo de especialistas convidados e de algumas empresas líderes nas respostas aos desafios das novas exigências na área da eficiência energética (Xella e Velux), cujas soluções se posicionam já no campo do balanço energético positivo. A crescente concorrência dos grandes grupos internacionais de distribuição em regime de livre serviço e a chegada de novos “players” no comércio através da internet, com dimensão ainda superior, foi objeto das intervenções, quer do Presidente da UFEMAT, Guiseppe Freri, quer do Diretor Geral, Marnix Van Hoe, quer sobretudo do Presidente da Federação Espanhola, ANDIMAC, António Ballester López. 20 / 78ª Conferência do EUROCONSTRUCT Milão, 19 de Novembro de 2014 REALIZOU-SE NO PASSADO DIA 19 DE NOVEMBRO, EM MILÃO, A 78ª CONFERÊNCIA DO EUROCONSTRUCT, NA QUAL FOI APRESENTADO O OUTLOOK DA CONSTRUÇÃO EUROPEIA PARA O PERÍODO 2014-2017, TENDO SIDO IGUALMENTE ABORDADAS AS ALTERAÇÕES QUE ESTÃO EM CURSO E SE PERSPETIVAM PARA O SETOR NA EUROPA E NO MUNDO. O setor da construção na Europa, entrou num novo ciclo de crescimento a partir de 2014 e o ritmo deverá aumentar até 2017. Há, naturalmente, diferenças assinaláveis entre os diferentes países, destacando-se pela positiva, na Europa Ocidental, os países nórdicos, o Reino Unido e a Irlanda. Os países do Sul da Europa apresentam as piores perspetivas, mas Portugal e agora também a Espanha deverão recuperar a partir de 2015. O principal motor do crescimento da atividade da construção na Europa serão os países do Leste. A conferência abordou, também, as principais tendências nos diversos segmentos de mercado (residencial, não residencial e engenharia civil) para além da influência dos fatores macroeconómicos e demográficos ao nível europeu, os quais foram classificados de forma negativa. Todavia, perante um cenário de estagnação económica, a construção continua a ser atrativa para os investidores, atendendo às “yelds” positivas e interessantes obtidas neste setor, face a uma remuneração do capital financeiro que, nos últimos anos, anda próximo do zero. A conferência teve como anfitriã a CRESME, que é a correspondente italiana do organismo europeu formado pelas entidades que produzem estatísticas da construção, o EUROCONSTRUCT. No domínio das previsões, salientou-se a confirmação da inversão da tendência recessiva aí assinalada no 1º semestre de 2014. As mudanças de paradigmas na sociedade e no setor da construção foram objeto de várias comunicações de especialistas convidados, no quadro do tema escolhido para este evento: A (R) Evolução da Construção - Políticas, Inovações e Estratégias; Cadeias de Abastecimento Abertas (open supply chains). Temas como o BIM, a eficiência energética, a impressão 3D, a reabilitação & renovação, as novas estratégias industriais de países como o Reino Unido e a Finlândia, a cooperação entre a engenharia e a arquitetura, foram abordadas neste painel, com destaque para uma comunicação do Arquiteto Lorenzo Bellicini (CRESME) sobre a caracterização de três segmentos de mercado para a construção no futuro: o mercado de Tradição, o da Evolução e o da Revolução. Do ponto de vista da gestão, assinalou-se que o setor da construção, como o setor da atividade maduro, terá que caminhar no sentido da redução de custos, do aumento da produtividade e do fortalecimento da capacidade financeira. No final, a CRESME apresentou um novo serviço de analise e acompanhamento dos mercados da construção ao nível mundial, com informação discriminada sobre oportunidades nos vários segmentos e disponibilizando um “rating” para a maioria do países, em todos os continentes. A APCMC fez-se representar na conferência pelo Dr. José de Matos. / 21 Eventos TENDO Conferência Liveplace Therm Etics EM CONTA AS EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS ATUAIS, QUE ESTÃO INTIMAMENTE ASSOCIADAS ÀS PREOCUPAÇÕES COM O CONSUMO DE ENERGIA E PROTEÇÃO AMBIENTAL, TORNOU-SE IMPERATIVO ISOLAR TERMICAMENTE A ENVOLVENTE DOS EDIFÍ- CIOS. FOI COM ESTA PREMISSA QUE A LIVEPLACE ORGANIZOU, COM ENORME SUCESSO, NOS DIAS PORTO, VISEU E BRAGA, LIVEPLACE THERM ETICS . 17, 18 E 19 NOVEMBRO, NO CONFERÊNCIA RESPETIVAMENTE, A OPENSYSTEM • Mais transpirável • 23% mais de capacidade isolante • Beleza e limpeza sem manutenção • Acabamento auto limpável Sistema de Isolamento Térmico de qualidade Superior. Proporciona 23% mais de isolamento térmico do que os sistemas ETICS tradicionais, dando lugar a um melhor clima interior em construção nova e reabilitação. TUDO SE CONSEGUE COM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS: • Maior aderência e difusão de vapor de água da massa de colagem, com cimento branco Baumit openContact. • Maior isolamento e difusão de vapor de água, do painel isolante Baumit openreflect. • Ausência de pontes térmicas produzidos pelas fixações tradicionais, graças à fixação adesiva Baumit StarTrack. • Acabamento mais duradouro da fachada proporcionado pelo acabamento auto limpável desenvolvido com a nanotecnologia Baumit NanoporTop. • Agora, a inovadora tecnologia photokat da Baumit oferece, oferece uma maior proteção contra a sujidade. STARSYSTEM • Isolamento térmico e desenho de fachadas • Alta qualidade desde há 30 anos • Máximo conforto interior Sistema de Isolamento térmico com mais de 30 anos de experiência que comporta uma maior segurança, válido para qualquer tipo de superfície base, tanto obra nova como reabilitação, vivendas uni familiares e edifícios, assim como para construção industrial. Oferece uma elevada qualidade e segurança, acima dos níveis exigidos no guia ETAG 004. Tudo se consegue através das seguintes características: • Maior aderência da argamassa de colagem Baumit StarContact. • Maior isolamento do painel isolante Baumit StarTherm. • Acabamento mais hidrófugo e resistente à sujidade graças à incorporação de resina de silicone Baumit SilikonTop. PROSYSTEM A Liveplace apresentou a marca Baumit, marca austríaca especializada em Sistema Etics, fundada em 1988. Uma das mais relevantes marcas a nível europeu, estando representada atualmente em 30 países, orientada para a investigação e desenvolvimento de produtos, nanotecnologia e sistemas fotocataliticos Baumit. Exemplos de produtos e sistemas abordados nas conferências, na componente teórica e prática, com aplicação e manuseamento dos mesmos por parte dos participantes: 22 / • Isolamento térmico profissional • Qualidade que cumpre as normas europeias • Económico Sistema de Isolamento térmico polivalente, que cumpre com o requisito exigidos no guia ETAG 004, que tem uma relação qualidade preço óptima. Ideal para projetos grandes em obra nova onde seja necessário cumprir os requisitos de qualidade mínimos incluídos no documento DITE, que se consegue graças a todos os elementos do sistema. Cinco’s 2014 - Congresso de Inovação na Construção Sustentável NOS DIAS 13 E 14 DE NOVEMBRO REALIZOU-SE, NO PORTO (NA FUNDAÇÃO DR. ANTÓNIO CUPERTINO DE MIRANDA), A 4ª EDIÇÃO DO CONGRESSO DE INOVAÇÃO NA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL (CINCOS’14). UM EVENTO INTERNACIONAL QUE PRETENDEU CONGREGAR EMPRESAS, AUTARQUIAS, CENTROS DE I&D, ASSOCIA- ÇÕES EMPRESARIAIS E OUTROS AGENTES DE DESENVOL- SUSTENTABILIDADE DO AMBIENTE CONSTRUÍDO ENQUANTO MOTE PARA A INOVAÇÃO E REFORÇO DA COMPETITIVIDADE. VIMENTO COM INTERESSE NA Tratou-se de um evento para o Cluster Habitat Sustentável, onde se pretendeu promover sinergias e parcerias geradoras de inovação, realçar o trabalho efetuado pelas entidades do Cluster e fomentar a sua diferenciação e internacionalização. Na edição deste ano do Congresso CINCOS’14 pretendeu-se inovar nas temáticas das mesas redondas, que se sintonizaram com os desafios europeus e nacionais do programa comunitário Horizonte 2020. Neste sentido, para além das comunicações apresentadas por diferentes entidades, abordou-se um leque alargado de temas em mesas redondas como as Comunidades Inteligentes e Sustentáveis; Oportunidades e Desafios 2014-2020, Reabilitação e Sustentabilidade, Uso Eficiente de Energias e Recursos, Materiais e Soluções Construtivas Sustentáveis e, ainda, a Internacionalização no Cluster Habitat. Foi disponibilizada a edição das Atas do Congresso em livro, reunindo as comunicações do evento. / 23 Conceito Architecture Cost Management Eventos Dimscale - Apresentação oficial A DIMSCALE, GABINETE DE CONSULTORIA EM GESTÃO DE CUSTOS DE PROJETOS IMOBILIÁRIOS, APRESENTOU OFICIALMEN- 4 DE DEZEMBRO, O CONCEITO DE ARCHITECTURE COST MANAGEMENT (ARCH COST MGMT), NO SALÃO MACAU DA FUNDAÇÃO ORIENTE, EM LISBOA. TE NO PASSADO DIA Desta forma, o evento teve como principal objetivo reunir atuais e futuros parceiros da DIMSCALE, estando também aberto a profissionais das áreas do imobiliário e da arquitetura. A apresentação oficial do conceito ficou a cargo de Artur Sousa, CEO da DIMSCALE, que deu a conhecer o Arch Cost Mgmt e as suas mais-valias para promotores imobiliários e gabinetes de arquitetura, seguindo-se um momento alargado de Cocktail & Networking. Como referiu Artur Sousa, CEO da Dimscale: “Nesta fase de recuperação económica nacional em que muitos projetos começam a reunir as condições necessárias para a sua concretização, torna-se importante comunicar aos profissionais do imobiliário e da arquitetura a importância da gestão de custos para a sustentabilidade dos seus projetos”. Por outro lado, a DIMSACLE apresentou ainda a nova imagem, e em paralelo, o novo website da empresa, assim como o vídeo em Motion Graphics do Arch Cost Mgmt. Este inovador conceito concretiza-se através de um conjunto de serviços especializados na área da gestão de custos de projetos imobiliários, tendo como principais destinatários os promotores, investidores imobiliários e os gabinetes de arquitetura. Trata-se de um conceito de gestão que tem vindo a ser desenvolvido pela DIMSCALE desde 2012 como forma de potenciar o know-how da sua equipa nas áreas da consultoria técnica, arquitetura e gestão financeira e ainda de colmatar diversas lacunas no mercado, nomeadamente ao nível da falta de equipas especializadas na gestão de custos de projetos. A adoção deste conceito tem motivado o crescimento da empresa DIMSCALE e a sua presença como gestor de custos em diversos projetos internacionais. 24 / Seminário - As mais Recentes Alterações ao Código do Trabalho NO PASSADO DIA 19 APCMC, LEVOU A DE NOVEMBRO, NO HOTEL AC PORTO, A EFEITO UM SEMINÁRIO SOBRE AS MAIS RECENTES ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO. COM ESTA Foram ainda abordados o despedimento por extinção do posto de trabalho e por inadaptação, o cálculo da compensação por extinção do contrato de trabalho e o âmbito pessoal e temporal das convenções coletivas de trabalho. INICIATIVA PRETENDEU DIVULGAR E AJUDAR A ESCLARECER AS PRINCIPAIS E MAIS RECENTES NOVIDADES LEGISLATIVAS EM MATÉRIA LABORAL E AS SUAS IMPLICAÇÕES PRÁTICAS NA VIDA DAS EMPRESAS E DOS TRABALHADORES. Foi oradora a Sra. Dra. Susana Seabra Leitão, Licenciada em Direito e Pós-Graduada em Direito do Trabalho, instrutora no Serviço de Contraordenações Laborais da ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho, Centro Local do Grande Porto. O seminário registou uma procura muito expressiva, tendo tido os participantes a oportunidade de verem esclarecidas as suas dúvidas sobre os mais diversos temas em destaque, desde a Lei 63/2013, de 27 de agosto, e a instituição de mecanismos de combate à utilização indevida de contrato de prestação de serviços em relações de trabalho subordinado, aos regimes de majoração do período de férias, trabalho suplementar e descanso compensatório previstos no CCT outorgado pela APCMC e em outros IRCT. / 25 Eventos 2ª Conferência Passivhaus Portugal 2014 DECORREU NO DIA 29 DE NOVEMBRO DE 2014, NO CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE AVEIRO, A 2ª CONFERÊNCIA PASSIVHAUS PORTUGAL 2014 COM A ORGANIZAÇÃO CONJUNTA DA ASSOCIAÇÃO PASSIVHAUS PORTUGAL E DA HOMEGRID. ESTA SEGUNDA EDIÇÃO DO EVENTO CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DE 190 PESSOAS. A CONFERÊNCIA TEVE QUATRO BLOCOS DE APRESENTAÇÕES E UMA EXPOSIÇÃO QUE DECORREU NO FOYER DO AUDITÓRIO, ONDE PARTICIPARAM CATORZE EMPRESAS QUE EXPUSERAM OS SEUS PRODUTOS E SOLUÇÕES ADEQUADAS À HOUSE. PASSIVE O bloco 1, conduzido por João Marcelino, prosseguiu com as intervenções: do Eng.º Ribau Esteves, Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, manifestando a disponibilidade e o interesse em alargar a rede de municípios Passive House ao município de Aveiro e aos restantes da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro; da Dr.ª Alexandra Rodrigues, Diretora de Serviços de Desenvolvimento Regional da CCDRC, que enquadrou as medidas de eficiência energética na estratégia para o desenvolvimento regional; e do Eng.º João Branco, Vice-presidente da Direção Nacional da Quercus, que apontou os caminhos alternativos para as políticas energéticas e ambientais de Portugal. Participantes no Bloco 1 O auditório A finalizar o bloco de abertura foram apresentados alguns exemplos da aplicação da norma Passive House em Portugal por João Gavião, da Homegrid, que deu a conhecer o excelente desempenho das Primeiras Passive Houses ao nível do conforto, qualidade do ar interior e consumos energéticos e dos novos edifícios Passive House em desenvolvimento na região de Aveiro, e por Miguel Guedes, do atelier Miguel Guedes Arquitectos, que apresentou o projeto de uma Passive House no Douro, no concelho de Baião. O bloco 2 foi moderado pelo Arq.º João Paulo Cardielos, professor do Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra, e procurou mostrar caminhos para o desenvolvimento da Passive House em comunidades, municípios e regiões. A primeira apresentação foi de João Marcelino, da Associação Passivhaus Portugal, que apresentou o caminho proposto para os municípios Passive House e anunciou a Câmara Municipal de Águeda como o primeiro município Passive House. A exposição Os trabalhos tiveram início com a abertura da conferência, em que foram dadas as boas vindas a todos os presentes no evento e apresentado o trabalho efetuado até à data pela Associação Passivhaus Portugal pela voz do presidente da direção, João Marcelino. Foi apresentada a estratégia para a implementação da Passive House em Portugal assente na Rede Passive House e também alguns dos projetos Passive House em desenvolvimento em Portugal. 26 / Participantes no Bloco 2 De seguida, o Dr. Victor Ferreira apresentou a estratégia do Cluster Habitat Sustentável e a sustentabilidade como mote para a inovação e competitividade e o Dr. Manuel Duarte Pinheiro, professor do Instituto Superior Técnico, revelou a perspetiva do sistema de certificação LiderA em relação à Passive House e às comunidades sustentáveis. Para finalizar este bloco, a Dr.ª Célia Laranjeira, da Divisão de Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Municipal de Águeda, em representação do seu presidente Gil Nadais, apresentou o trabalho feito no caminho para a sustentabilidade, que passa também por ser um município Passive House. O bloco 3 incidiu sobre exemplos e práticas fora de Portugal, com destaque para a representação do Passivhaus Institut (PHI) e de dois dos parceiros da Associação Passivhaus Portugal na iniciativa PHMED - Passive House Mediterranean, a Plataforma de Edificación Passivhaus (PEP) de Espanha e o ZEPHIR Passivhaus Itália. A primeira apresentação foi de Susanne Theumer, do Passivhaus Institut que focou as vantagens da aplicação da norma Passive House no setor hoteleiro e da reabilitação passo a passo como modo de melhorar o desempenho dos edifícios existentes. Participantes no Bloco 4 de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção, o seu historial e o seu papel e atividade nas áreas da Construção, Energia e Ambiente. Seguiu-se a apresentação conjunta do grupo Saint-Gobain, através das apresentações do Eng.º Carlos Reis e do Eng.º Artur Brandão que abordaram a importância da envolvente opaca e da envolvente transparente numa Passive House e da sua contribuição para a optimização do desempenho. O tema da envolvente transparente foi continuado pelo Eng.º Artur Mexia, da Sapa Building System através da apresentação do sistema e caixilharia Avantis 95 da Sapa que obteve a certificação Passive House garantindo o óptimo desempenho. O Eng.º Ávila e Sousa, da Preceram apresentou o produto de excelência da empresa, o tijolo térmico e acústico, fundamentando as vantagens da sua utilização. E para finalizar o bloco, a apresentação do Eng.º Emanuel Lopes, da Tisem, com a solução Cross Laminated Timber na Passive House e o seu contributo para o cumprimento dos requisitos Passive House. Participantes no Bloco 3 Na apresentação de Anne Vogt, do PEP foram destacadas as atividades da organização espanhola, nomeadamente no âmbito do projecto europeu EuroPHit, e os exemplos da aplicação da Passive House em edifícios novos e existentes. De seguida, Franscesco Nesi, do ZEPHIR, apresentou a evolução da Passive House em Itália, em número de profissionais formados e de edifícios construídos, e os recentes protocolos estabelecidos com municípios italianos para a implementação da Passive House. A apresentação final deste bloco coube a Jürgen Kleinwächter, responsável da SunOrbit e colaborador na comunidade Tamera, com a divulgação de soluções tendo em vista a independência energética de uma habitação a partir da energia fornecida pelo sol. O bloco 4 teve como moderador o Dr. José de Matos, Secretário-Geral da Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção e teve como objetivo a apresentação de soluções e produtos adequados à Passive House. A primeira apresentação foi do Eng.º Nuno Simões, docente da FCTUC e investigador do ITeCons, que apresentou o Instituto No encerramento da 2ª Conferência Passivhaus Portugal 2014, João Marcelino divulgou o plano de formação Passive House para o ano de 2015. O Encerramento da Conferência / 27 Eventos II Semana da Reabilitação Urbana do Porto TERMINOU A 30 DE NOVEMBRO A II SEMANA DA REABILITAÇÃO URBANA DO PORTO, COM A ORGANIZAÇÃO A FAZER UM BALANÇO “BASTANTE POSITIVO”. O EVENTO COM INÍCIO A 24 DE NOVEMBRO, RECEBEU MAIS DE 2.000 PARTICIPANTES NOS EVENTOS AGENDADOS. Da parte das empresas, o balanço também é positivo: “A qualidade das conferências, tertúlias e workshops da Semana confirmam o sucesso deste evento que entendemos constituir-se, por si só, como promotor da Reabilitação Urbana no nosso país”, afirmou Miguel Franco, Administrador da Schmitt+Sohn Elevadores, empresa que apoia o evento desde a sua primeira edição e que esteve também presente com os seus produtos e soluções na área do transporte vertical. MAIS DE 2.000 PARTICIPANTES NAS CONFERÊNCIAS, TERTÚLIAS E WORKSHOPS De acordo com Arturo Malingre, Diretor da Semana da Reabilitação Urbana, “um dos objetivos primeiros” do evento é “reunir todos os protagonistas da Reabilitação Urbana num evento inclusivo, o que uma vez mais se confirmou”. De acordo com a organização, esta II Semana da Reabilitação Urbana do Porto recebeu mais de 2.000 participantes nas conferências, tertúlias e workshops agendados, que entre os dias 24 e 30 de novembro animaram o Ateneu Comercial do Porto. O responsável agradeceu o apoio “desde o primeiro momento” da Câmara Municipal do Porto e da Porto Vivo, frisando ainda que “é entusiasmante ver a colaboração de todas as forças vivas da reabilitação, desde as universidades, às associações e ordens profissionais de referência, ou os institutos públicos com a tutela do setor, bem como as empresas que trabalham nesta área”. No total, mais de 90 oradores de âmbito político, técnico e empresarial integraram estes eventos, que captaram “um público diversificado que reúne todos os intervenientes da reabilitação urbana, desde financiadores, a engenheiros, arquitetos, promotores, construtores e prescritores”, nota a organização. “Além disso, é gratificante ver também a Semana cumprir a sua função de sensibilização da população em geral para o tema da reabilitação urbana”, propósito que foi “uma vez mais cumprido”, realça Arturo Malingre. 28 / Os mais novos também marcaram presença, com o workshop de arquitetura para os mais pequenos “ArquiBrinca” a receber mais de 160 crianças na manhã de sábado, 29 de novembro. Dinamizado pela pela Arkiplay com base no sistema de construção LUPO, esta sessão contou com o apoio da APRUPP na organização e com o patrocínio da Schmitt+Sohn Elevadores. Uma iniciativa inovadora no âmbito da Semana da Reabilitação Urbana e que se revelou um verdadeiro sucesso em termos de adesão, foi a “Reunião de Obra Aberta” promovida pela Floret Arquitectura e que convidou todas os interessados, profissionais ou apenas curiosos a participar numa visita aos estaleiros de duas obras de reabilitação atualmente em curso no Porto. As Reuniões de Obra Aberta decorreram em duas frentes de obra, nomeadamente na “Alexandre Herculano”, situada no nº 223 da rua Alexandre Herculano; e do “Pinheiro Manso”, no nº 206 da Rua do Pinheiro Manso. Outro destaque da Semana da Reabilitação Urbana foi o concurso de fotografia “ReTratar a Invicta”, que foi lançado no âmbito do evento e que superou uma centena de trabalhos a concurso. UMA MOSTRA DO QUE MELHOR SE FAZ EM REABILITAÇÃO EM PORTUGAL Além dos eventos em agenda, o espaço do Ateneu Comercial acolheu ainda cerca de duas dezenas de empresas que, durante os dias da Semana, apresentaram soluções e produtos direcionados para a reabilitação, entre as quais a Schmitt+Sohn Elevadores, a Secil, a CGD, a Lucios, a Weber, a Sonae Indústria, a Predibisa, a Sonae Indústria, a Umbelino Monteiro, a CARI (Grupo DST) ou a Sanitana. A Semana foi ainda palco para a apresentação da 3ª edição do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, cujo período de candidaturas já está a decorrer, terminando a 16 de fevereiro. Enquanto entidade que apoia a Reabilitação Urbana, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa associa-se, uma vez mais, a esta iniciativa, a qual é organizada pela Vida Imobiliária e pela Promevi, parceria que organiza também a Semana da Reabilitação Urbana. Nesta 2ª edição no Porto, a Semana contou com os apoios da Porto Vivo, SRU e da Câmara Municipal do Porto, além dos patrocínios institucionais da CCDR-N, INCI, IHRU e AICCOPN e das empresas Caixa Geral de Depósitos, Schmitt+Sohn, Lucios, Secil, Sonae Indústria, Weber, e Luz e Som. / 29 Eventos DECORREU Jantar Convívio de Natal na OLI 11 DE DEZEMBRO, O HABITUAL APCMC, QUE JUNTOU MAIS UMA VEZ VÁRIOS ASSOCIADOS, GEOGRAFICAMENTE DISPERSOS. CONVÍVIO GENTILMENTE PATROCINADO PELA OLI - OLIVEIRA & IRMÃO, SA, QUE COMPLETOU ESTE ANO, TAL COMO A APCMC, 60 ANOS DE EXISTÊNCIA. NO PASSADO DIA CONVÍVIO DE NATAL DA Os convidados tiveram oportunidade de visitar as instalações fabris da OLI, tendo uma profunda explicação do processo produtivo. Seguiu-se o jantar, que decorreu nas instalações da empresa, no final do qual os Presidentes do C.A. da OLI, Engenheiro António Oliveira, e da Direção da APCMC, Engenheiro Afonso Caldeira, tomaram a palavra para agradecer e desejar aos presentes Boas Festas e um Ano Novo de 2015 muito esperançoso e cheio de novas oportunidades, tendo ainda registado o momento com uma troca de lembranças. 30 / Casa Peixoto abriu portas em Braga NO CASA PEIXOTO ABRIU A SEQUEIRA, BRAGA (EN. 103). COM MAIS DE 5000 METROS QUADRADOS, ESTA CASA OFERECE, TAL COMO JÁ TEM VINDO A HABITUAR OS SEUS CLIENTES, SOLUÇÕES INTEGRADAS E UMA VASTA GAMA DE PRODUTOS E SERVIÇOS DA ÁREA DE CONSTRUÇÃO, COM SELO DE QUALIDADE. PASSADO DIA 29 DE DEZEMBRO, A SUA MAIS RECENTE LOJA EM A loja de Braga está devidamente segmentada em áreas específicas, sendo possível encontrar todos os materiais necessários para construção, desde produtos grossos (como areia, cimento e materiais de isolamento), até eletrodomésticos e acessórios de decoração e climatização. Este novo espaço conta também com uma zona de bar/cafetaria, onde os clientes e os colaboradores podem usufruir de momentos de pausa e lazer. A loja está sempre aberta, das 8h às 20h, de segunda a sábado. A Casa Peixoto conta já com 40 anos de história e sucesso no setor da construção e tem-se afirmado no mercado pela sua ousadia, pelo atendimento personalizado e especializado que presta aos clientes e pela sua oferta diversificada em qualidade e preço. Com mais este investimento da Casa Peixoto, é o setor que está de parabéns, revelando que, apesar das dificuldades do País, as empresas de materiais de construção acreditam no futuro e apostam na prestação de um serviço de qualidade e excelência. / 31 Entrevista Pinto & Filhos adere à BigMat BigMat NESTA ENTREVISTA, FERNANDO PINTO, ADMINISTRADOR DA PINTO & FILHOS, SA, REVELA-NOS A RAZÃO DA ADESÃO AO GRUPO BIGMAT E COMO ESTÁ A DECORRER A SUA EXPERIÊNCIA. UM EMPRESÁRIO CUJA OPINIÃO É DAS MAIS CONSIDERADAS NO SETOR DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ALICERÇADA NO SUCESSO DE UMA HISTÓRIA CENTENÁRIA. EMPRESA QUE REFERÊNCIAS TINHA EM RELAÇÃO AO GRUPO BIGMAT? Na verdade não tínhamos muita informação e a que tínhamos era confusa, contraditória e dispersa. Estávamos mal informados. Muitos dados soltos, pouco precisos, que afinal não coincidiam com o que pude comprovar (que é a melhor forma de ver as coisas). O QUE PRETENDE DIZER EXATAMENTE? O que quero dizer é que, quando me explicaram tudo, ponto por ponto e de uma forma clara, a minha perceção do que é a BigMat mudou. Aliás, tenho que reconhecer que inicialmente tinha algumas reservas quanto à BigMat. POR EXEMPLO? Uma das questões que mais nos surpreendeu e que pesou consideravelmente no momento de tomar a decisão foi a da autonomia na administração do próprio negócio. Para nós era fundamental manter a administração do negócio. Esta empresa é centenária. Já andamos nisto há muito tempo para que alguém venha agora dizer como temos que fazer as coisas. Para nossa grande surpresa, a BigMat é precisamente o contrário. Na BigMat sabem que ninguém melhor que nós conhece o nosso negócio, a nossa área de influência, as necessidades dos nossos clientes, etc. Para a BigMat é muito mais produtivo aproveitar todo o potencial que somente o sócio pode proporcionar ao conjunto do grupo. Para eles, também é muito importante que o sócio mantenha o vínculo emocional que tem com a sua empresa. O negócio é nosso e querem que continue a ser, para que a nossa participação continue a ser a mesma. A desvinculação somente levaria a uma falta de motivação. Quando sentimos que algo é nosso, mesmo que agora sejamos parte de uma organização maior, defendemo-lo. QUANDO SE TRATA DE TOMAR RIDADE, QUAL PREVALECE? DECISÕES, DE EXERCÍCIO DA AUTO- Ninguém nos diz o que temos que fazer. No entanto, aconselham-nos para que o nosso negócio seja mais produtivo, mais visível, etc. Às vezes, na vida, temos que ser humildes e deixar-nos assessorar pelos que mais sabem. Em determinadas questões, como a imagem, o marketing, o merchandising, a BigMat é especialmente competente. Para nós, estes eram aspetos que devíamos considerar mas aos quais, porventura, não dávamos a importância devida. 32 / Quando a visitamos, percebemos que na atual conjuntura estaremos perdidos se não tivermos o apoio de um grande grupo, com esta infraestrutura. Por exemplo, o desconto que um fornecedor concede à BigMat pelas suas compras, dado o seu volume, não pode ser o mesmo que poderá conceder a alguém de forma independente. MENCIONOU ALGUNS DOS BENEFÍCIOS DE QUE USUFRUI QUEM É SÓCIO BIGMAT, COMO A ASSESSORIA EM DETERMINADOS ASPETOS DO NEGÓCIO E AS VANTAGENS OBTIDAS NA RELAÇÃO COM OS FORNECEDORES. QUE OUTROS DESTACARIA? Já disse que nós valorizávamos muito a independência, mas o objetivo final são os resultados económicos. Aqui todos nós pretendemos o benefício máximo. Fizemos os cálculos e as contas ajustam-se perfeitamente. Se não fosse assim, com certeza não estaríamos a fazer esta entrevista. CONCLUINDO, COMO É A RELAÇÃO COM OS FORNECEDORES A PARTIR DO PARECE QUE ESTÁ REALMENTE SATISFEITO, MAS NESTA COISAS NÃO HÁ SEMPRE UM SENÃO? BIGMAT? QUAL SERIA O SEU EM RELAÇÃO À INCORPORAÇÃO NO GRUPO MOMENTO EM QUE UMA EMPRESA SE TORNA SÓCIA DA BIGMAT? É como nós quisermos, é à nossa velocidade; no entanto, não fará qualquer sentido pertencer a um clube por causa das suas vantagens e depois não as utilizar. O mais rentável, confortável e produtivo é fazer uso da plataforma BigLog. Sim, é verdade. Este o mesmo é da nossa exclusiva responsabilidade. Principalmente por termos demorado mais do que devíamos a executar a decisão, que estava praticamente tomada desde o início, no sentido positivo. Reconheço que perdemos muito tempo e dinheiro. O meu conselho para aqueles que estiverem com dúvidas é que quando receberem toda a informação sigam em frente, sem perder tempo. Eu sabia, quase intuitivamente, que estávamos a fazer o correto. Agora estamos satisfeitos e motivados. Entrevista José Manuel Santos Administrador da Diera José Manuel Santos, administrador da Diera QUAIS EM 1967, A DIERA INICIOU A SUA ATIVIDADE COM A PRODUÇÃO DE TINTAS E VERNIZES, ASSUMINDO DESDE A SUA FUNDAÇÃO UMA FILOSOFIA DE CRIAÇÃO DE PRODUTOS COM ALTAS EXIGÊNCIAS DE QUALIDADE. ANO 1978, NO A RECEÇÃO FAVORÁVEL POR PARTE DO MERCADO POSSIBILITOU A EXPANSÃO DA SUA ATIVIDADE PARA A PRODUÇÃO DE CIMENTO-COLA. QUAL O PERCURSO QUE A DIERA TEM TIDO DESDE A SUA CRIA- ÇÃO, TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS? Fundada em 1967, a DIERA é uma empresa de matriz 100% portuguesa, que iniciou a atividade com uma unidade de produção limitada a um produto e duas referências. Hoje, com uma equipa de 60 pessoas e 3 unidades distintas de produção, produz e comercializa mais de 200 produtos, quer no domínio das argamassas (argamassa cola, argamassa de juntas, argamassas técnicas e argamassas de construção e reabilitação), quer no segmento dos revestimentos decorativos (tintas, vernizes e revestimentos plásticos espessos). Presente em todo o território nacional, a Diera exporta ainda diretamente para sete mercados internacionais, com especial incidência nos PALOP. 34 / OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA RENTES? DIERA FACE AOS CONCOR- A Diera pode considerar-se um caso único no panorama das empresas de materiais de construção em Portugal, na medida em que, por força da sua vocação inicial na produção de vernizes e tintas, e posterior ampliação para a produção de argamassas cola, encontra-se atualmente dotada dos meios para desenvolver e produzir uma série de produtos que abarcam todos os estágios do ciclo de vida da obra desde o levantamento das paredes aos revestimentos e acabamentos finais. Como é natural, este binómio de desenvolvimento e produção para estes dois mercados complementares mas distintos permite-nos lançar soluções extremamente vantajosas para o consumidor, como é o caso, por exemplo, do sistema de isolamento térmico compósito DIERATHERM, constituído por produtos para colagem, revestimento e acabamento das placas de EPS/XPS, totalmente desenvolvidos internamente. Paralelamente, a aposta constante na investigação e desenvolvimento para formatar novas soluções e técnicas de aplicação, que potenciem a eficiência energética e a preservação ambiental, bem como o acesso a nichos de mercado, como a reabilitação, cada vez mais competitivos e exigentes, são vetores estruturantes da sua atividade. QUAL A PRINCIPAL ESTRATÉGIA DA EMPRESA PARA O ANO 2015? Depois de estar no mercado internacional há quase 15 anos, com destaque para os PALOP, a Diera equaciona a formação de parcerias em mercados selecionados, com vista à futura instalação de unidades de produção. Esse plano pode começar a ser posto em prática no decorrer do ano presente, na região do Magreb. Estender a abordagem comercial a outros mercados também é um objetivo sempre presente, como forma de divulgar e ampliar a visibilidade da marca portuguesa Diera pelo mundo. DE UM MODO GERAL, QUAIS SÃO OS ASPETOS MAIS IMPORTANTES A TER EM CONSIDERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO? QUAIS AS EXIGÊNCIAS DOS CLIENTES? Longe vai o tempo em que o cliente se preocupava apenas com a eficiência e o custo do produto. Hoje, muitas outras variáveis concorrem para o sucesso de uma empresa e de uma marca no segmento dos materiais de construção. Avançamos com investigação, desenvolvimento e inovação se detetamos a existência de uma falha no mercado ou se entendemos ter capacidade para oferecer um produto melhor. Mas para além de bom e ter um preço competitivo, temos de assegurar o cumprimento de normas internacionais no domínio ambiental e energético, para além de uma série de outras certificações de conformidade. QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? Estamos a sair de uma crise que afetou seriamente o financiamento dos projetos de construção, mas que também teve o mérito de acabar com muitas más práticas que se haviam instalado, fruto do facilitismo e expansão não sustentada do mercado da construção. Começa a sentir-se atualmente um clima de retoma, sobretudo no domínio da reabilitação, que as autarquias e o Estado deviam incentivar de uma forma mais séria. Há projetos e novas formas de apoiar a economia e as empresas. O Reabilitação da Universidade Católica do Porto SETOR DE REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOSTAS NA ÁREA DA CONSTRUÇÃO, TENDO EXISTIDO UM ESFORÇO PARA CONCEBER PRODUTOS ESPECÍFICOS PARA ESTE SEGMENTO DE MERCADO. COMERCIALIZAM ESPECÍFICAS PARA ESTE TIPO DE MERCADO? SOLUÇÕES Quer no domínio das argamassas (argamassas cola, argamassa de juntas, argamassas técnicas), quer no segmento dos revestimentos decorativos (tintas, vernizes e revestimentos plásticos espessos), a Diera produz e comercializa produtos adequados tanto para o mercado da construção nova como da reabilitação. Colagem das placas de EPS QUAL No domínio dos produtos de base cimentícia, por exemplo, a aposta em soluções tradicionais e de mais-valia técnica e ecológica, com apoio técnico em obra, é uma das mais valias da empresa, que teve a preocupação de efetuar um forte investimento em meios técnicos e humanos que permitam não só desenvolver soluções adaptadas à realidade do mercado da reabilitação, mas também proporcionar um acompanhamento técnico constante para assegurar a correta aplicação dos produtos, e a resolução eficaz dos desafios que este mercado apresenta. O PRODUTO QUE TEVE MAIOR DESTAQUE EM 2014 E PORQUÊ? A solução DIERATHERM. Este sistema compósito de isolamento térmico pelo exterior foi homologado este ano pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (DH 923). Este ETIC (External Thermal Insulation Composite System) visa o isolamento térmico das zonas opacas das fachadas e é o resultado da aposta na investigação e desenvolvimento de novas soluções e técnicas de aplicação que potenciem a eficiência energética e a preservação ambiental. Visando o melhor desempenho energético, bem como um conforto térmico e higrotérmico, o sistema DIERATHERM pode ser aplicado quer em construção nova, quer em obras de reabilitação. / 35 Entrevista Joan Bonmatí i Tomàs Henkel Ibérica QUAL O PERCURSO QUA A HENKEL TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS? A Henkel foi criada em 1876 por Fritz Henkel, na Alemanha. O seu primeiro produto foi um detergente universal em pó, que se destacava por ser vendido em embalagens práticas e não avulso, como era costume na altura. Joan Bonmatí i Tomàs Diretor de Marketing e Trade Marketing Adhesive Technologies O HENKEL INSTALOU-SE EM ESPANHA NO 1960, DEPOIS DE COMPRAR A EMPRESA ESPANHOLA GOTA DE ÁMBAR, SA. EM 1989 DECIDIU ENFRENTAR UM NOVO DESAFIO E ENTRAR NO MERCADO PORTUGUÊS. ATUALMENTE, A HENKEL IBÉRICA CONTA COM UM QUADRO DE CERCA DE 1.100 EMPREGADOS. GRUPO ALEMÃO Atualmente, a Henkel opera, a nível mundial, em três grandes áreas de negócios: Beauty Care, Laundry & Home Care e Adhesive Technologies. Esta última grande área divide-se numa parte dedicada à indústria e noutra ligada ao consumo. A Henkel Ibérica teve o seu início em Espanha em 1960 e em Portugal em 1970. A empresa cresceu por compra e integração de empresas locais, como são exemplos, na área dos adesivos de consumo, a Nural e a Solyplast (produtos atualmente sob a marca Pattex). ANO DE O GRUPO TEM UM CENTRO DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO PENÍNSULA IBÉRICA: MONTORNÈS DEL VALLÈS ALÉM DESTES, TEM AINDA UM CENTRO ADICIONAL DE DISTRIBUIÇÃO EM AZUQUECA DE HENARES. TODOS OS CENTROS ESTÃO OFICIALMENTE CERTIFICADOS COM AS NORMAS ISO DE QUALIDADE E MEIO AMBIENTE. NA 36 / Atualmente, em Portugal, estão presentes as três áreas de negócio, sendo que as marcas trabalhadas ao nível dos adesivos de consumo são: Loctite SuperCola3, Pattex, Pritt, Tangit, Metylan, Rubson e Thomsit. QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA AOS CONCORRENTES? HENKEL FACE Ao nível do que são os adesivos de consumo, na Henkel oferecemos produtos e gamas adequados a hipers e supermercados, a centros de bricolage e também a públicos mais profissionais, na área da construção, saneamento ou impermeabilização. A garantia de qualidade, aposta em inovação e assistência técnica são transversais a todas as gamas e produtos Henkel e diferenciadores dentro de cada categoria onde atuamos, desde as colas instantâneas às massas de regularização. QUAL A 2015? PRINCIPAL ESTRATÉGIA DA EMPRESA PARA O ANO A estratégia da Henkel está muito bem definida, a um nível corporativo e global, para os próximos anos. Tendo por base a nossa visão de sermos líderes globais em marcas e tecnologias, as prioridades estratégicas são claras: Outperform (optimizando e tirando o máximo partido das nossas marcas); Globalize (foco em regiões com elevado potencial); Simplify (excelência operacional); Inspire (fortalecimento da equipa). A Henkel Ibérica partilha, inteiramente, esta estratégia. Durante o ano 2015, é nossa ambição aumentar o foco naquilo que é o nosso negócio core, tirar partido das nossas vantagens competitivas, apostar na inovação e na competência técnica, simplificar processos e aumentar a nossa agilidade, tudo isto alavancado pela performance de uma equipa altamente motivada. DE UM MODO GERAL, QUAIS SÃO OS ASPETOS MAIS IMPORTAN- TES A TER EM CONSIDERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO? QUAIS AS EXIGÊNCIAS DOS CLIENTES? Na área de adesivos, as exigências do cliente e do consumidor e inclusivamente alguns fatores a considerar no desenvolvimento dos produtos dependem bastante se falamos de um consumidor mais doméstico, mais bricolageiro - que valorizará bastante a imagem, a facilidade de utilização, o reconhecimento e confiança na marca -, ou se falamos de um consumidor mais profissional, que tenderá a valorizar ainda mais as elevadas performances dos produtos e que terá uma maior sensibilidade ao tema preço. Deste modo, diria que o primeiro passo para um correto desenvolvimento de produto/categoria é uma definição muito clara do público-alvo onde queremos chegar e uma análise do equilíbrio entre aquilo que necessita e aquilo que temos para oferecer. sobre bases menores, mas caímos menos, e isto será um bom prenúncio. A confiança dos empresários do setor, inclusive, está a evoluir de forma já positiva. Creio que nos próximos anos o setor recuperará e, embora não atingindo os picos pré-crise, conseguiremos um equilíbrio entre o que são construções públicas e privadas, entre nova construção e reabilitação, que fará o mercado mexer. O SETOR DE REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOSTAS NA ÁREA DA CONSTRUÇÃO, TENDO EXISTIDO UM ESFORÇO PARA CONCEBER PRODUTOS ESPECÍFICOS PARA ESTE SEGMENTO DE MERCADO. ESPECÍFICAS PARA ESTE TIPO DE MERCADO? Sim, comercializamos. Se abordamos o mercado da reabilitação, as soluções que a Henkel disponibiliza vão desde as colas universais aos silicones, pregos líquidos, e produtos para limpeza e impermeabilização de superfícies. QUAL O Transversal a qualquer produto e a qualquer cliente, porém, são temas como a capacidade de inovação, de ser melhor e diferente, a performance dos nossos produtos, a capacidade de cumprir as promessas que fazem, e também a nossa competência e assistência técnica ao consumidor. QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? Em Portugal, o mercado da construção passou por um período tremendo de contração nos últimos anos. De momento, aquilo que nos chega através das últimas estatísticas é que os níveis de decrescimento do setor estão a diminuir, isto é, continuamos a cair, e caímos COMERCIALIZAM SOLUÇÕES PRODUTO QUE TEVE MAIOR DESTAQUE EM 2014 E PORQUÊ? Destacamos, em 2014, a performance da nossa marca Rubson e em especial do Silicone Líquido, um produto com uma tecnologia altamente inovadora e exclusiva Henkel que hoje em dia é já bem conhecido e bem referenciado pelos profissionais do setor. Sob a marca Rubson, temos apostado na criação de todo um sistema de impermeabilização de superfícies, contra a humidade. 2014, foi um ano de inovações na marca Rubson, com a introdução do Aditivo P3, que tornou o produto transitável (certificação P4), bem como, por outro lado, com a introdução de uma nova gama de desumidificadores. 2015 será mais um ano especial para a marca, com muitas novidades e inovações na gama. / 37 Entrevista Ana Ambrósio Administradora das Tintas 2000 A FÁBRICA DE TINTAS 2000, SA FOI FUNDADA EM AGOSTO DE 1980, COMEÇANDO APENAS COM 1.200 M2 DE ÁREA, 20 FUNCIONÁRIOS E UMA PRODUÇÃO DE 500 TONELADAS/ANO. TINHA COMO PRINCIPAL OBJETIVO SER UMA EMPRESA CAPAZ DE DAR AO MERCADO VÁRIAS SOLUÇÕES. Durante os anos 80, a Tintas 2000 cresceu, mostrando uma maior capacidade de resposta ao mercado de ano para ano, desenvolvendo as diferentes áreas de produção, tintas plásticas, esmaltes e vernizes. 38 / Ao nível da distribuição a empresa, possui delegações nas várias regiões do país, Trás-os-Montes, Minho, Douro Litoral, Vale do Sousa, Beira Alta, Estremadura, Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. QUAL O PERCURSO QUA AS TINTAS 2000 TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS? O nosso percurso tem sido sempre a crescer, nos últimos 10 anos o volume de negócios cresceu mais de 85%. A Tintas 2000 iniciou a sua atividade numa área coberta de 1.200 m2, com 30 pessoas e uma gama de produtos para a construção civil. Neste momento ocupamos mais de 12.000 m2, temos uma equipa de 180 pessoas, produzimos uma gama alargada de produtos para construção civil, para indústria de mobiliário e metalomecânica, e temos uma rede de distribuição de 26 lojas próprias. Em 1986 a empresa decidiu investir em vernizes e tapaporos poliuretanos para a indústria do mobiliário de madeira, na qual se veio a tornar um dos fatores de diferenciação e posicionamento da empresa. Num curto espaço de tempo a Tintas 2000 conseguiu uma liderança de mercado na indústria do mobiliário, que ainda hoje, é um “cartão de visita”. QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DAS TINTAS 2000 FACE AOS CONCORRENTES? Neste momento a Fábrica de Tintas 2000, tem uma equipa de 130 colaboradores e uma capacidade produtiva de 15.000 toneladas/ano. Não posso revelar, não quero tornar pública a nossa estratégia para 2015, posso dizer que como em todos os anos anteriores pretendemos continuar a crescer, tanto em volume de vendas, como em resultados. A empresa situa-se entre as 6 maiores fábricas de tintas e vernizes do país, num universo de 169 produtoras do ramo. CONSIDERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO? Uma múltipla diversidade de produtos e soluções de pintura, dinâmica e versatilidade. QUAL A PRINCIPAL ESTRATÉGIA DA EMPRESA PARA O ANO 2015? DE UM MODO GERAL, QUAIS SÃO OS ASPETOS MAIS IMPORTANTES A TER EM DOS CLIENTES? QUAIS AS EXIGÊNCIAS A utilização deste sistema vai continuar a ser cada vez mais frequente na procura da redução do consumo de energia, do aumento do conforto, da durabilidade e da sustentabilidade. O custo da energia e o facto de ser um bem escasso impõem que se construam edifícios energeticamente eficientes o que se consegue com o sistema de isolamento térmico pelo exterior, usando o THERMINNOV e o THERMINNOV CORK. O SETOR DE REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOSTAS NA ÁREA DA CONSTRUÇÃO, TENDO EXISTIDO UM ESFORÇO PARA CONCEBER PRODUTOS ESPECÍFICOS PARA ESTE SEGMENTO DE MER- CADO. COMERCIALIZAM DE MERCADO? SOLUÇÕES ESPECÍFICAS PARA ESTE TIPO O setor da reabilitação tem sido um desafio, a atividade da Tintas 2000 sempre foi mais dedicada à reabilitação do que a construção nova e nos últimos anos temos desenvolvido e certificado diversos produtos para a reabilitação de edifícios. Destaco particularmente o THERMINNOV e o THERMINNOV CORK, os sistemas de isolamento térmico pelo exterior, homologados pelo LNEC segundo a ETAG 004 com o n.º DH 923 e DH 924, desde dezembro de 2012. Fomos a 4ª empresa a nível nacional com sistema de isolamento térmico homologados pelo LNEC - THERMINOV e a 2ª empresa a homologar um sistema térmico com ICB como isolante térmico, acústico e antivibrático - SISTEMA THERMINNOV CORK. As exigências dos clientes prendem-se essencialmente com a qualidade do produto. Eu considero que um dos principais aspetos a ter em consideração no desenvolvimento do produto é uma correta e pormenorizada identificação das características e funcionalidades pretendidas para o produto, para se fazer uma adequada pesquisa de matérias-primas a utilizar e para o consequente desenvolvimento de formulação. QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? Prevejo a manutenção do crescimento do setor de reabilitação de edifícios e estagnação de construção de obras novas. Neste momento em Portugal não há necessidade de construir novas habitações, prevejo que nos próximos anos continuaremos a ter excesso de casas no mercado. Sendo que a médio-longo prazo temos ainda dificuldade do decréscimo e envelhecimento da população. Ainda no tema das fachadas, disponibilizamos ao mercado um sistema de pintura com acabamento 100% acrílico, PRIMÁRIO PLIOMIL AQUOSO + TINTA ACRÍLICA PURA 9G, também com o selo do LNEC, desta vez na forma de Documento de Aplicação, com o n.º DA 43. Temos ainda diversos outros produtos destinados à reabilitação com particular destaque para o Isolante Betonilha e Impermeabilizante Terraços, respetivamente uma membrana cimentícia bi-componente e uma pintura acrílica foto-reticulável para impermeabilização de terraços. QUAL QUÊ? O PRODUTO QUE TEVE MAIOR DESTAQUE EM 2014 E POR- O Crepimil, que é um revestimento acrílico para o sistema de isolamento térmico pelo exterior. Este produto foi o que teve maior destaque em 2014, cresceu 40% no volume de vendas e também a Tinta 9G 100% Acrílica que cresceu 57%. Já em termos de reabilitação tudo indica que o mercado continuará a crescer. As exigências, os requisitos legais, a imposição da emissão de certificados energéticos para todos os edifícios prevista no regulamento das características de comportamento térmico de edifícios (RCCTE) vão continuar a impulsionar a procura dos sistemas de isolamento térmico pelo exterior. Registamos um aumento na procura do THERMINNOV, que é o nosso sistema de isolamento térmico e acústico pelo exterior de fachadas de edifícios, a reabilitação continua a crescer pelo que a procura deste revestimento acrílico tem sido muito elevada. Este sistema constitui uma das soluções mais eficazes para se obter um elevado nível de conforto térmico no interior dos edifícios, com menor consumo energético associadas às necessidades de aquecimento e arrefecimento. O Crepimil está disponível em 8 grãos, de diferentes granometrias e é afinável em sistema de afinação automático. Em 2014 lançamos o Crepimil Extra com 5 raiados diferentes, que foi também um sucesso. / 39 Entrevista Leonor Vasconcelos Gerente de Marketing da Telhas Cobert A LUSOCERAM, EMPRESA QUE TELHAS COBERT, FOI FUNDADA ESTÁ NA ORIGEM DA EM 1973, TENDO INI- CIADO A SUA ATIVIDADE COM A CONSTRUÇÃO DE UMA OUTEIRO DA CABEÇA, CONCETORRES VEDRAS, A QUAL INICIOU A PRODUÇÃO EM MEADOS DE 1975. PASSADOS DOIS ANOS, DEU-SE INÍCIO AO PROJETO DE CONSTRUÇÃO, NO MESMO LOCAL, DE UMA FÁBRICA DE TELHAS CERÂMICAS, QUE ENTROU EM PRODUÇÃO EM 1979. EM 1988, A LUSOCERAM FOI ADQUIRIDA PELO GRUPO URALITA, TENDO DADO ORIGEM À TELHAS COBERT, MARCA QUE A EMPRESA MANTÉM NOS DIAS DE HOJE. FÁBRICA DE TIJOLO NO LHO DE QUAL O PERCURSO QUA A COBERT TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS? Temos tido uma evolução caracterizada pela constante melhoria dos produtos e serviços, e pelo desenvolvimento de novas soluções, sempre com o objetivo de apresentar ao mercado o produto mais adequado e competitivo. 40 / Em termos de empresa, a Cobert foi recentemente adquirida, na sua totalidade, pelo Grupo Braas Monier, o maior fabricante de telhas do mundo. Estamos em crer que é uma mudança muito positiva e da qual retiraremos certamente vantagens. QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA COBERT FACE AOS CONCORRENTES? Hoje em dia, com a globalização da tecnologia, a diferenciação nota-se mais ao nível do serviço pós-venda, do conhecimento e proximidade com o cliente. Neste sentido, temos apostado em ações de marketing e de comunicação com os diferentes públicos-alvo, bem como numa melhoria significativa do apoio ao cliente e parte logística. Estamos presentes de norte a sul do país, através de entrepostos logísticos, e portanto mais próximos dos Distribuidores. QUAL A PRINCIPAL ESTRATÉGIA DA EMPRESA PARA O ANO 2015? Continuar a dinamizar a área da exportação, sem descurar o mercado nacional. Neste momento, exportamos para mais de 50 países nos cinco continentes e é nosso objetivo incrementar os volumes transacionados. DE UM MODO GERAL, QUAIS SÃO OS ASPETOS MAIS IMPORTANTES A TER EM CONSIDERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO? DOS CLIENTES? QUAIS AS EXIGÊNCIAS Gostaria de destacar a criação das bibliotecas de ficheiros BIM, um projeto ambicioso que decidimos iniciar há cerca de um ano e que lançámos em Maio, na Tektónica. Estas bibliotecas agregam representações digitais do portfólio da empresa - telhas cerâmicas e acessórios para telhados -, preparadas para ArchiCAD e Revit. Depende do tipo de público-alvo. Por exemplo, se estamos a falar para construtores, é importante oferecer um produto de qualidade e de fácil aplicação no telhado. Quando falamos com arquitetos, para além da qualidade, a estética é sem dúvida o ponto mais crítico. Interessa-nos, por isso, oferecer um portfólio de produtos variado, que vá ao encontro das necessidades e requisitos de cada público, que alie qualidade, fácil montagem, variedade de cores e acabamentos, bem como uma garantia eficiente. QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? O mercado da construção em Portugal tem apresentado taxas de crescimento anémicas, derivadas da grave crise que o país atravessa. A construção nova estagnou e o que ainda vai apresentando sinais de alguma, pouca, recuperação, é o setor da reabilitação que se caracteriza por edifícios com telha cerâmica. Para os próximos anos, não prevemos nenhum crescimento, antes pelo contrário; consideramos que o mercado nacional se manterá, infelizmente, com os valores atuais. TÊM ALGUM TACAR? PRODUTO OU SERVIÇO RECENTE, QUE GOSTASSE DE DES- Os ficheiros estão disponíveis para download, no website da empresa (www.telhas-cobert.com), permitindo o acesso rápido e fácil a toda a informação técnica e comercial dos produtos, e por isso enriquecendo o processo de gestão da construção/reabilitação de um edifício. São, por isso, uma ferramenta indispensável quando se pretende eficiência aliada a produtividade. Por outro lado, sendo ficheiros digitais, têm uma grande apetência para serem difundidos pelos mais diversos meios eletrónicos, facilitando os processos de trabalho. A informação que contêm, associada à geometria, fazem com que substituam simultaneamente os “blocos CAD” e os catálogos promocionais. QUE PRODUTO DESTACARIA COMO SENDO MAIS INOVADOR? A gama Lógica é a nossa gama premium, produzida em sistema de cassete-H, através do qual a telha é prensada, seca, engobada e cozida (a temperaturas mais elevadas) num suporte individual. Este sistema confere às telhas características únicas, como estabilidade dimensional, elevada resistência mecânica e reduzida absorção de água. Para além disso, o uso do gesso nos moldes, aquando da prensagem, faz com que apresentem as nervuras com uma definição perfeita e portanto garantam uma instalação mais rápida e simples. / 41 Opinião Oportunidades e Dinâmica do Mercado da Reabilitação Urbana A iniciativa concentrava-se nos programas sociais promovidos pelo município, através do CRUARB - Comissariado para a Renovação Urbana da Área de Ribeira/Barredo e da FDZHP - Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto e por alguns senhorios particulares incentivados pelo RECRIA - Regime Especial de Comparticipação na Recuperação de Imóveis Arrendados, por terem tido as rendas congeladas durante muitos anos. Acresce que, apesar da imagem de abandono que os edifícios apresentavam, o seu grau de ocupação era ainda impeditivo da sua disponibilização para obras. Mesmo edifícios muito arruinados, com aspeto de serem impraticáveis, ainda albergavam, frequentemente, um ou mais fogos habitacionais e, por vezes armazéns, lojas ou escritórios de atividade real, residual... ou até... virtual. Acontece que um edifício, mesmo degradado, se estivesse completamente devoluto, comparado com outro ainda parcialmente ocupado, custaria no mercado dez vezes mais! ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA “RECENTE” DO CENTRO HISTÓRICO DO PORTO, PELO ARQUITETO RUI LOZA HÁ DEZ ANOS... Há dez anos a iniciativa de reabilitação de edifícios degradados no Centro Histórico do Porto e na Baixa era exclusiva de programas públicos ou de alguns poucos promotores privados, esses também, muitas vezes apoiados por programas públicos. Não havia mercado imobiliário para os prédios degradados nem para as frações recuperadas. 42 / É fácil de entender. O custo, o tempo e a conflitualidade de realojar inquilinos, sobretudo habitacionais, eram absolutamente demolidores de qualquer vontade de investir em reabilitação. Paralelamente o valor pedido pelos prédios devolutos era tal que, desencorajava, igualmente, qualquer equação financeira de investimento. Compreende-se, porque, não raramente, o valor das indemnizações a suportar era superior ao valor da compra do imóvel, e, sobretudo porque era um valor...imprevisível! Havia casos de atividades não residenciais, cujo principal negocio, porventura o único negócio, era esperar pela indemnização do senhorio, aguardando o dia em que o desespero o obrigasse a tomar alguma iniciativa de vender ou recuperar. A consequência foi a degradação profunda do edificado, colocando em causa o valor patrimonial do tecido histórico e o valor urbanístico de todo o Porto medieval. Neste contexto não podia haver qualquer iniciativa privada que desencadeasse um processo significativo de recuperação dos imóveis. Assim estava criado o “nó cego” que constituía o circulo vicioso da degradação galopante que, pouco a pouco, ia empurrando os edifícios históricos para a ruína, cada vez mais acabada. Esta situação de paralisia, era, além do mais, persistente e instalada desde há muitos anos, mesmo desde há muitas décadas. Diversos fenómenos estruturais podem estar na origem desse longo processo de desvitalização, mas vale a pena referir somente os mais graves e com mais direta incidência. Primeiro, a travessia do Douro à cota alta, seja ferroviária, seja rodoviária, veio alterar a centralidade e a funcionalidade da Ribeira, colocando o novo centro da cidade “na Baixa”. Isto, passa-se na viragem do século XIX para o século XX. Além disso, a construção do Porto de Leixões, já no início do século XX, veio desativar, progressivamente, o porto do Douro que acaba por fechar nos anos sessenta. Nos anos noventa desativa-se a Alfandega “Nova”, quer pela adesão à Comunidade Europeia, quer pela transferência da sua residual atividade para as proximidades do porto de Leixões, do aeroporto e do terminal TIR. Associada a estas transformações funcionais temos ainda a enorme mudança de escala da cidade, agora metrópole, com a atração gerada para novas zonas, entre outros fatores, pela auto estrada/Ponte da Arrábida, que veio a transformar completamente o contínuo urbano de Gaia/Porto/Matosinhos. Nestes processos o Centro Histórico foi perdendo valor e a Baixa foi-se terciarizando. A grande diferença é que enquanto a baixa perdeu drasticamente população nas décadas de 60 a 80, com atração de novas áreas de expansão urbana, e a pressão do terciário, o Centro Histórico ainda reteve um elevado índice de ocupação em virtude dos seus habitantes serem, na larga generalidade, economicamente incapazes de se mudarem para novas casas, sendo, no geral, os programas de realojamento de iniciativa pública dirigidos para a demolição das ilhas, primeiro, e bairros de barracas, depois. Em 1974, quando se inicia a operação do CRUARB haveria ainda no CHP cerca de vinte mil habitantes, o que representa uma sobrelotação enorme. As leis do congelamento das rendas serão das principais explicações para o imobilismo e para a concentração nas casas antigas, ou seja nas casas com rendas antigas, de um sistema de ocupação enquistado. Ribeira/Barredo, Sé, Vitória e Miragaia, constituíam um núcleo muito persistente de bairros habitacionais com severos problemas de infra estruturas a que acresciam a obsolescência do edificado e a decadência social. A par deste processo endémico de degradação do Centro Histórico assistimos, sobretudo nas três primeiras décadas pós 25 de Abril a uma explosiva expansão das novas áreas urbanas à escala metropolitana e a uma enorme e crescente oferta de nova habitação, tanto social como de mercado, que veio a marcar profundamente o nosso território e a nossa economia até à crise de 2008. É bem visível, hoje, a nova paisagem urbana criada em Matosinhos, Maia, Gaia, Valongo e Gondomar, para referir apenas a primeira coroa do cerco suburbano à cidade histórica do Porto. Instalou-se, em todos os níveis da nossa sociedade, em todos os níveis da nossa administração e em todos os níveis da nossa economia o culto da construção nova, negando qualquer espaço à reabilitação de edifícios antigos. O governo, os municípios, a banca, os imobiliários, os promotores, os consumidores, os vendedores de automóveis, os construtores de estradas, o “grande comércio” e os fabricantes de opinião cercaram de tal modo a reabilitação urbana de mitos e de condenações, que levaram os nossos centros históricos até perto da ruína. Nas últimas décadas as alterações dos hábitos culturais, comerciais e residenciais, girando em torno do transporte individual e da sua nova infra-estrutura, induziram uma urbanidade radicalmente contrastante com a das décadas anteriores. Podemos contrapor aqui o confronto entre o atavismo e a modernização da cidade, mas a solução poderia, e deveria, ter sido equacionada com os prós e os contras do património e da modernidade, sem o exclusivismo que, durante décadas, fez pender todas as decisões para o investimento, público e privado, nas periferias. Se, de facto, existem nos centros históricos, reais problemas de acessibilidade, de condicionantes patrimoniais ou de elevados custos de intervenção, não deixa de ser verdade que em muitos exemplos de outras cidades, esses problemas encontravam soluções mais ou menos criativas e viáveis. No nosso caso, no entanto, os incentivos à reabilitação dos bairros antigos e dos centros históricos foram sempre muito limitados. Chegaram a existir programas de interessante formulação que, simplesmente não saíram do papel, pelo menos com dimensão visível por falta de dotações financeiras, isto em anos ou décadas em que não faltou dinheiro para tudo o resto, incluindo para... o desperdício! Programas importantes como o RECRIA, tiveram um alcance quantitativo muito limitado pelos apertados critérios de acesso e pelos limites da sua dotação financeira. / 43 Opinião De facto é por esse início de século XXI que começa a dar-se a viragem, sendo de destacar no caso exemplar do Porto que, na sequência das três décadas anteriores de CRUARB, a Porto Vivo, SRU consegue abrir a Baixa e o Centro Histórico à iniciativa privada. HOJE... Alguns “fenómenos” determinantes importa registar como a renovação do espaço público da Baixa levada a cabo no âmbito da Capital Europeia da Cultura, a construção do metropolitano, a recuperação da marginal do Douro, desde a Ribeira até à Foz e depois da frente marítima através de Matosinhos. Neste contexto assistimos, de forma prolongada a uma inexistência de mercado. Os proprietários não reabilitavam os edifícios por estarem descapitalizados pelas rendas antigas congeladas e pelos fogos vagos, que, não rendendo nada, eram uma mais valia do edifício! Se os quisessem vender os senhorios também não tinham quem os quisesse comprar, porque a equação financeira da aquisição, mais realojamentos, mais projetos, mais obras, mais incógnitas sobre custos e “timings” não permitia praticar valores de venda das frações resultantes compensadoras face à competição desenfreada da construção nova em periferias de solo barato. Chegou a constatar-se que o dia mais feliz de um proprietário era quando um município decidia, “por milagre” expropriar-lhe o prédio! A acrescentar a estes fenómenos gerou-se ainda uma cultura de reconstrução ou renovação de edifícios assente na tradição de obras caras, por terem geralmente, como ponto de partida edifícios estruturalmente arruinados. Esta tradição de obras caras na recuperação de edifícios antigos, se, em parte, se justifica pelo elevado grau de degradação, tem por outro lado, também raiz na “máquina” de construção que desde as universidades às empresas estava totalmente montada para a construção nova. Tudo isto agudizou a imagem denegrida das zonas antigas, que foram ganhando a sua densa má fama, com conotações sobre a segurança, a limpeza, a escuridão, o desconforto, a marginalidade. Neste cenário confrangedor, remando contra a corrente, a reabilitação urbana só existiu pela tenacidade e persistência de alguns municípios que, apesar de tudo, foram “dando uma no cravo outra na ferradura”. É na continuidade desses esforços que em 2004, pela primeira vez, o nosso edifício jurídico acaba por comportar um diploma que podia abrir portas a novos processos e novas dinâmicas dirigidas à reabilitação urbana. 44 / A vibração urbana trazida à vida noturna na Cândido dos Reis e depois a uma vasta área da Baixa Ocidental, desde “o Piolho” até Filipa de Lencastre e a animação de Miguel Bombarda, com a vida artística das galerias, foram também impulsionadoras de uma diferente abertura da cidade a populações, visitantes ou residentes, capazes de absorver uma nova cultura do urbano. A dotação de uma larga oferta de estacionamento enterrado, em pontos centrais foi igualmente determinante para um significativo impulso de atração, desde o Infante a D. João I, do Palácio aos Poveiros e todo o conjunto em torno dos Leões/Carmo/Praça de Lisboa. Podemos agora constatar que, em termos de obra em espaço público, e em termos de infra-estrutura, a década de noventa é determinante para o sucesso da dinâmica atual e futura. Hoje temos de integrar o fenómeno urbano do Porto com o turismo. A par de um clima internacional favorável, o Porto veio a centralizar um conjunto significativo de argumentos para a atração de visitantes e turistas. A classificação do Centro Histórico pela UNESCO, em 1996 a Capital Europeia da Cultura em 2001, a chegada e intensificação dos voos “low cost”, num aeroporto renovado em 2004, com metro a ligá-lo ao centro da cidade, a exploração dos percursos fluviais a Classificação do Vale do Douro pela UNESCO em 2001 constituem fatores decisivos da mudança ocorrida nesta última década. Neste contexto a ação da Porto Vivo, SRU, encontrou um conjunto de circunstancias propícias para a promoção de uma nova “moda da Baixa”. A par de uma “movida” noturna que não tinha precedentes e de uma animação viva e cosmopolita, começa a dominar, na comunicação social, na imagem pública e, depois, na blogosfera uma visão do Porto como sítio de grande atração. Surge o produto do “city break”, com curtas férias ou fins de semana aproveitando a ligação aérea direta a mais de sessenta cidades, que promove uma primeira vaga de oferta de alojamento barato instalado em imóveis da Baixa e do Centro Histórico. Começa a haver interessados em transações de imóveis, rompendo o bloqueio da anterior falta de oferta e de procura. Opinião Segue-se uma fase em que a hotelaria de mais estrelas começa a apostar na Baixa e Centro Histórico, virando-se mais para o turismo do que para os negócios e vemos antigos hotéis a melhorar instalações e serviços e novos hotéis a sair das ruínas de alguns edifícios emblemáticos com décadas de ruína. Sem qualquer escala comparável com a construção civil dos períodos anteriores e sem a participação da obra pública, hoje, se não fosse esta fileira da reabilitação, as empreitadas de construção estariam perto do zero. O FUTURO... Os vinhos, a cidade, o seu património, a sua animação e as suas instituições começam a constituir uma concentração de valores com escala que dá sustentabilidade a fluxos regulares e cada vez menos sazonais ao turismo externo. Em período de depressão generalizada da economia, da sociedade e até das pessoas, no auge da crise financeira e soberana do país, o Porto soube acolher o ímpeto de crescimento da procura turística e com isso se foi vivificando a dinâmica da reabilitação de grandes edifícios e conjuntos da Baixa e do Centro Histórico. Tendo consciência dos limites dessa dinâmica, não podemos, no entanto, desvalorizar o seu caráter indutor de outros investimentos e de uma nova imagem do Porto tradicional, agora poliglota, interessante para a juventude, procurado por visitantes e turistas mas também já por novos residentes. Com todos estes sinais de procura continuou o investimento público na qualificação de importantes ruas e largos do Centro Histórico que tinham ficado fora do mapa da Porto 2001. Neste contexto local e meramente urbanístico vieram inserir-se importantes alterações legislativas, já em 2012, com destaque para a nova Lei do arrendamento urbano que, apesar das suas limitações rompe com o imobilismo de um século nesta matéria! O novo Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, na sua versão de 2012, sem trazer melhorias ao importante 104/2004, vem repor alguma operacionalidade à disposição dos municípios e permite projectar uma nova cultura arquitetónica. Mais potente do que as alterações legislativas, no sentido das transformações foi, e tem sido, a crise bancária e do imobiliário que “secou”, para o bem e para o mal, toda a floresta dos “cogumelos” urbanos que preencheram, durante décadas os solos urbanizáveis (e até não urbanizáveis) da nossa periferia metropolitana, como em muitas outras cidades. É neste contexto que agora se pode constatar, na Baixa e Centro Histórico do Porto, uma diferente equação de oferta e procura do imobiliário degradado. Há territórios como a Ribeira, a marginal, ou os Aliados onde estão esgotados os “stocks” de primeiras vendas dos proprietários tradicionais, podendo dizer-se que a procura começa a ultrapassar a oferta, com os seus efeitos directos sobre os valores que começam a ser pedidos pelos novos donos. Há ruas onde, não havendo saturação, começa a predominar a recuperação sobre a degradação, sendo de salientar o exemplo da Mouzinho da Silveira. O mais notável é que deixou de haver um mapa limitado de concentração da procura e hoje vêm-se obras de recuperação de edifícios por toda a cidade histórica, no sentido mais lato do termo. 46 / O futuro, próximo ou distante, esse passará necessariamente pela reabilitação do edificado existente, a não ser que mais uma vez um “ataque de loucura coletiva” se abata novamente sobre o país, esquecendo, ou obscurecendo, as lições da crise actual! Importante será aproveitar bem para a Reabilitação Urbana o potencial de incentivo que poderá constituir o próximo quadro comunitário 14/20. Tarde já não pode deixar de ser, e, para muitos edifícios pode ser mesmo a última oportunidade antes da perda definitiva. Importa agora que os poderes comunitário, nacional e local, demonstrem através de programas e orçamentos concretos e reais que o “discurso” da Reabilitação Urbana vai sair do discurso para os quarteirões degradados, pelo menos para os centros históricos degradados das nossas cidades. O país não pode “dar-se ao luxo” de desleixar este património que faz a diferença das cidades e lhes confere uma competitividade indispensável à sua afirmação presente e futura. Não queremos, com isto, afirmar que só os centros históricos são importantes para o turismo e o desenvolvimento económico e social do pais. Mas, seguramente, os centros históricos, podem constituir um importante ponto de partida para um futuro mais sólido e mais diversificado do ponto de vista das cidades e da sociedade, entendida numa visão de século XXI e numa visão em que o património em vez de ser olhado como algo cristalizado a impedir a evolução, seja olhado como uma importante mais valia a incorporar na criação do futuro das cidades e do pais. A dinâmica que hoje existe no Porto é animadora do acreditar que esse será o caminho. NOVOS MATERIAIS E TECNOLOGIAS entrevista produtos / 47 Entrevista António Emílio Teixeira Lopes Arquiteto NUMA CONVERSA DESCONTRAÍDA O SECRETÁRIO-GERAL DA APCMC, JOSÉ DE MATOS, ENTREVISTOU O ARQ. ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES, PARA A REVISTA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO SOBRE O SEU MAIS RECENTE PROJETO - A WISHBOX. O QUE É A WISHBOX? Em síntese a WISHBOX [WB] tem como raiz o meccano de origem anglo-saxónica - “jogo” / construção criativa, tendo como base simples a harmonização de barras perfuradas, parafusos, porcas, chave de bocas, Conjunto este que permite a crianças e adultos as mais diversas Construções, sempre renovadas e anexando a geometria de Euclides séc. IV – III a.c. e também o cálculo estrutural, assumidamente aparente, aliado ao custo analítico, proporcionou um rectângulo multiplicador. QUE RECTÂNGULO? Figura geométrica [superfície] que quando os lados se cruzam recebem [nos vértices] uma geratriz. Lados e geratriz que formam [constituem] o volume multiplicador – múltiplo – que se pode expandir no sentido dos pontos cardiais, gerando diversos multiplicandos. MAS QUE MULTIPLICANDOS? Multiplicandos, que no Projecto WISHBOX dão origem a diferentes vertentes [relevantes aspectos] ao serviço do Homem, da Sociedade, a saber: Habitação, Saúde, Educação, Turismo, Comércio, Indústria e Religião, da simples, singela unidade, ao complexo Conjunto. 48 / DIGA-ME ALGUMAS CARACTERÍSTICAS - ATRIBUTOS - QUE SEJAM SIGNIFICATIVOS, QUE AJUDEM A PERCEBER MELHOR O CONCEITO WISHBOX. O Projecto Global WISHBOX adota o Conceito Europeu A, quanto à defesa intransigente da qualidade de vida, amigo do meio ambiente e universalista. E, ainda, possuindo as características seguintes mais relevantes: - Construção ALTEC - alta tecnologia; - QIA - quociente arquitectónico inteligente; - Condição de Permeabilidade - as construções WISHBOX ficam a uma elevação mínima do solo de 0,60m. - Biodiversidade; - Sustentabilidade Energética, aproveitamento dos recursos locais, através da sustentabilidade eólica, solar e hídrica; - Ergonomia – conjugação das proporções do meio físico, com as do meio humano; - Condição Domótica – rentabilização e controlo à distância dos sistemas eléctricos, AVAC, gás, segurança e outros; - Longevidade - através das mais radicais normas de boa construção, com a aplicação comprovada [certificada] dos diversos produtos a aplicar nas construções WISHBOX; / 49 Entrevista - Mobilidade - todas as construções WISHBOX garantem aos utentes com mobilidade condicionada acesso por intermédio de rampas a 6%, todas elas equipadas com higiene compatível à deficiência motora; - Desconstrução / Reconstrução - problemática de futuro; - decorridos 20 anos; - atendendo a que será uma iniludível realidade devido aos incontestáveis avanços tecnológicos, mão de obra de crescente qualidade [novos critérios urbanísticos e arquitectónicos, outros] à qual as Construções WISHBOX, pelas suas particularidades inovadoras e inventivas, respondem, pois que, sendo o total estruturado desarmável [desconstruído] permitem com um mínimo de mão de obra e de perturbação, sem estragos intrínsecos, serem beneficiadas e reconstruídas, mantendo-se a estrutura de sempre [de base]. Isto é, a WISHBOX contempla a introdução das tecnologias consequenciais, RESTAURO, prolongando o seu longo ciclo de vida habitável, com dignidade, exigência crescente. WISHBOX como binário exequível da Desconstrução / Reabilitação. QUAL SERÁ O MERCADO PARA AS CONSTRUÇÕES WISHBOX? Pergunta interessante. Desde logo referir que as construções WISHBOX se destinam à exportação, a implantar no Mundo, não desprezando o País, tanto mais que, a sua rapidez de execução e montagem [estrutura global metálica aparente aparafusada] e a sua característica de obra seca, com ausência de entulhos garante uma redução considerável de custos/tempo, de menos 2/3, em relação a uma obra de construção tradicional. DO QUE ME TEM DITO, PERGUNTO-LHE SE A NOVO TIPO DE CONSTRUÇÃO? WISHBOX É UM Sem dúvida, a sua observação vai-me permitir acentuar um dos atributos relevantes da WISHBOX que é um conceito [já concretizado] inovador e inventivo, como já referi, competitivo, que se reflecte na anuência crítica de quem o tem estudado e que poderá ser constatado no Protótipo WISHBOX - Habitação T2, que brevemente estará disponível ao Público e às Instituições que o queiram visitar. UMA ÚLTIMA PERGUNTA: VÊ ALGUMA POSSIBILIDADE DE OS NOSASSOCIADOS, DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, PODEREM INTERVIR COM OS SEUS DIVERSOS PRODUTOS / MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO? SOS A sua pergunta antecipou-se a uma última consideração [fecho desta entrevista] que mais não é do que afirmar que os Associados da APCMC poderão vir a ser potenciais Fornecedores de qualquer componente construtiva, com excepção da Estrutura Metálica e desde que aprovados pelo Corpo Técnico da WISHBOX, que não se afastem do conceito que materializa o PROJECTO WISHBOX. 50 / Novos Materiais e Tecnologias Produtos Sistema modular de jardineiras para plantação vegetal vertical I Horto Mondego Com o sistema modular de jardinagem, o Horto Mondego cria Jardins ou Hortas sem necessidade de Solo, aumentando assim a Cobertura Vegetal das nossas cidades e contribuí para a melhoria da Qualidade do Ar do nosso ambiente. Este sistema pode-se encostar nas paredes das casas dando-lhes um toque de cor e aroma, melhorando o Isolamento Acústico e Térmico. Também se pode instalar como elemento separador entre parcelas, terraços ou ambientes sem necessidade de muro, erguendo um ecrã acústico natural. Existe ainda o Jardim ou Horta ecológicos de ambos os lados. Neste sistema, a rega é realizada por gotejamento para otimizar o consumo de água e facilitar a sua manutenção. Permite plantar ou semear em ambas as faces, fazendo com que haja um muro vegetal de ambos os lados. O sistema pode ser instalado tanto em chão firme, onde se aparafusa a sua base telescópica, como em terra; neste caso, acrescenta-se à montagem o compartimento de sapatas com os respetivos ganchos de fixação. Os postes têm no seu interior uns distribuidores de rega alojados, tanto de derivação como de continuidade da mesma. Os diversos postes divisórios permitem desenhar sebes direitas, em ângulos e em cruz, escolhendo os postes consoante o desenho da separação a criar. Uma vez instalados os postes ou guias do sistema podem-se escolher diversos elementos para pendurar no mesmo. SISTEMA GUIMUR O sistema Guimur utiliza guias sobre paredes aprumadas aparafusadas diretamente ao muro. SISTEMA POSTMUR O sistema Postmur utiliza postes sobre paredes irregulares com má fixação, ou quando estas não fazem parte da propriedade. Os Postes aparafusam-se diretamente ao chão. As bases são telescópicas para corrigir possíveis desnivelamentos do pavimento. SISTEMA POSTDIV O sistema Postdiv utiliza postes divisórios para criar separações em zonas comuns ou privadas. 52 / O sistema dispõe de cestos destinados à plantação ou decoração, estruturas para sebes em madeira e suportes para plantas trepadeiras. O desenho do Jardim Vertical só está limitado pela imaginação. Podem-se combinar as diversas opções entre si e conseguir o Ambiente desejado. REGA Sistema de rega incorporado, especialmente desenhado para estas estruturas. A tubagem exclusiva de 16 mm fabricada pela NETAFIN e o seu sistema de gotejamento patenteado DRIPNET.PC de 15 em 15 cm, consegue-se um gotejamento autocompensante de baixo caudal de 1 litro/hora. Assim consegue-se uma rega homogénea em todo o sistema. KIT MONTAGEM Para a instalação de todas estas estruturas, foi desenvolvido um sistema de forma que a montagem seja feita com facilidade e sem possibilidades de erro, o Kitmont. Os modelos de armações garantem a boa instalação do sistema escolhido. O Kit Sapata é utilizado em chão não firme e agiliza a montagem.O Nivelador-base corrige os defeitos do chão e prepara um bom assentamento. Endurece em minutos para se poder aparafusar as bases dos postes ao chão. ILUMINAÇÃO LED Quando a luz do dia desaparece também se pode usufruir da beleza do Jardim Vertical. O sistema de Iluminação LED prolongará os bons momentos ao pé do seu Jardim ou Horta. O Sistema de iluminação inclui Lâmpadas Led, iluminação de baixo custo energético, sem poluição luminosa, concebidas para não danificar a cobertura vegetal. / 53 Novos Materiais e Tecnologias Avantis 95 I Sapa Building System A Sapa Building System acaba de lançar a Avantis 95, o mais avançado sistema de batente para portas e janelas existente no mercado e o primeiro em Portugal a receber a Certificação do “Instituto Casa Passiva”, entidade responsável pela promoção e manutenção do programa de construção “Passivhaus”, o mais elevado padrão de eficiência energética a nível mundial. Com a Avantis 95, os benefícios do alumínio são combinados com um isolamento térmico máximo de construção, mesmo em ambientes atmosféricos adversos, possibilitando assim uma poupança energética melhorada que contribui para um ambiente e arquitetura sustentáveis. Com um design atraente, a Avantis 95 apresenta o equilíbrio ideal entre estabilidade e diferentes vistas de perfis, que podem ser personalizadas consoante as necessidades estéticas do edifício, oferecendo uma gama variada de cores que incluem lacados brilhantes ou mate, texturados ou metalizados, anodizados ou polidos. Vedantes especiais e enchimento da vasta câmara com elementos isolantes do interior dos perfis garantem um desempenho acústico melhorado e maior resistência aos fatores externos. Também a combinação de vidro de segurança e hardware especial, como fechos multiponto, garante uma alta resistência contra arrombamento. Este inovador sistema, disponível para portas e janelas Avantis 95 é tão fácil de fabricar como qualquer sistema standard de alumínio, sem necessidade de acessórios, ferramentas ou técnicas especiais. A Sapa Building System é, desde junho de 2014, membro associado da Associação Passivhaus Portugal - PHPT. 54 / Novos Materiais e Tecnologias I Extruplás A Extruplás iniciou a sua atividade em 2000 e é uma empresa que surge impulsionada pela necessidade de responder aos problemas causados pela recolha de embalagens plásticas, no âmbito da gestão de resíduos de embalagens e da crescente eficiência dos sistemas de recolha seletiva de resíduos em geral. VANTAGENS COMPETITIVAS DO PRODUTO PLASCER BY EXTRUPLÁS: O projeto Extruplás é, antes do mais, uma solução inovadora que coloca Portugal na linha da frente na área da reciclagem dos plásticos mistos. A Extruplás, conta com o apoio da Sociedade Ponto Verde, para produzir materiais reciclados a partir de plásticos mistos, para contribuir para um aumento efetivo da reciclagem do plástico nacional. A Extruplás recicla plásticos mistos, transformando-os em perfis de plástico 100% reciclado, de alta resistência e durabilidade, passível de utilizar como pavimento ou mobiliário de exterior. O processo de fabrico utiliza um mix de materiais plásticos, tendo como base os materiais mais vulgares e conhecidos como o LDPE e o HDPE, e no qual é possível a integração de outros materiais plásticos como o ABS, PS, PVC, PC, o NYLON e outros menos vulgares. • Custo de ciclo de vida inferior à madeira tradicional; • Maior versatilidade e facilidade em ser trabalhada; • Resistência à água, produtos químicos e ao vandalismo; • Elevada durabilidade; • Ausência de manutenção; • Bom isolador térmico e elétrico; • Robustez; • Resistência ao choque, à rotura e à abrasão. A aplicabilidade destes produtos estende-se a um número muito grande de aplicações como a decoração urbana, jardins, praia, serra, lazer, etc. São vários os exemplos destas aplicações em espaços públicos e privados, nomeadamente pavimentos, revestimentos, estruturas elevadas, mobiliário urbano, entre muitos outros. Novos Materiais e Tecnologias OmniLED by Omniflow® I Omniflow ® Em todo o mundo, a iluminação de espaços públicos evolui para um novo patamar de qualidade da luz, aumento da durabilidade dos sistemas e poupança de energia resultante da substituição das lâmpadas incandescentes e de vapores a alta-pressão por LED (Light Emitting Diodes). Ainda que custando mais que as tecnologias precedentes, a maior vida útil dos LEDs e consumos substancialmente mais reduzidos para a iluminação equivalente, entre outras características justificam a urgência desta renovação. Usando a tecnologia inovadora de produção de eletricidade a partir da energia do vento e do sol, a tecnológica portuguesa Omniflow® lançou a OmniLED, um novo e revolucionário equipamento de iluminação pública usando LEDs, uma solução flexível e autónoma da rede elétrica e a que podem ser associadas múltiplas funcionalidades, incluindo comunicação de dados, gestão e vigilância dos espaços - smart lighting. As luminárias OmniLED combinam um gerador eólico omnidirecional (turbina de eixo vertical baseado em tecnologia Omniflow®), silencioso e de reduzido impacto visual do movimento e da sombra para os transeuntes, com células fotovoltaicas de alto rendimento, fazendo a carga de baterias para assegurar o funcionamento automático da iluminação LED durante vários dias/noites. O conjunto é montado num poste apropriado que, em modo de funcionamento autónomo da rede elétrica, pode ser instalado em qualquer local. O equipamento pode alternativamente funcionar com ligação à rede elétrica injetando o excesso de energia na rede em horas em que a produção é excedente. Neste caso, a título de exemplo, uma instalação de 100 OmniLED’s contribuirá em média com 15 MWh anuais de energia para a rede de uma cidade, tornando um equipamento que habitualmente é responsável por um elevado consumo energético numa pequena matriz de microprodução (energy array). O modelo OmniLED presentemente em comercialização, produz um fluxo luminoso de 3600 e 5000 lumen (potência instalada LED de 30W e 45W) com uma temperatura de luz de 6000K, com variação de fluxo luminoso por deteção de proximidade de transeuntes. São opções deste equipamento o carregamento de dispositivos móveis, as câmaras de vigilância com acesso remoto, pontos de acesso público à internet e small cells entre outras funcionalidades associadas à comunicação e gestão de redes. 56 / Sistema weber.therm mechanic I Saint-Gobain Weber O elevado desempenho térmico de weber.therm mechanic é conseguido através da incorporação da argamassa mineral termo isolante weber.therm aislone, baseado em ligante de cal e agregados leves de poliestireno expandido, que apresenta propriedades de isolamento térmico muito aproximadas às de uma placa isolante em poliestireno expandido moldado (EPS): condutibilidade térmica de 0,042 W/(m2.K). O sistema apresenta-se especialmente pensado para a execução de uma solução de isolamento térmico pelo exterior das paredes de fachada, adaptada à aplicação sobre suportes irregulares ou com formas arquitetónicas acentuadas, permitindo obter um resultado de quase eliminação de perdas associadas a pontes térmicas (nas vigas, pilares, lajes, etc.) e redução das patologias provocadas pelas condensações nestas zonas, e de proteção da parede em relação às variações higrotérmicas ambientais, aumentando assim fortemente a longevidade dos materiais e reduzindo as necessidades de intervenções de manutenção. A aplicação mecanizada da argamassa weber.therm aislone, através da utilização de máquina de projeção de argamassas, permite uma execução rápida dos trabalhos, resultando numa solução de isolamento térmico contínuo resistente, sem juntas e com elevada durabilidade. A variedade de acabamentos previstos oferece uma versatilidade de opções, desde soluções coloridas de base acrílica até revestimentos minerais coloridos ou para pintar, permitindo superfícies texturadas, areadas ou alisadas. A proposta da Saint-Gobain Weber para obras novas combina a utilização de alvenarias leves com desempenho térmico em Blocos Leca® (Bloco Térmico® ou Bloco Conforto®) com o sistema weber.therm mechanic, permitindo obter excelentes desempenhos térmicos utilizando menores espessuras de material termo isolante. ISOLAMENTO TÉRMICO MINERAL PARA FACHADAS NOVAS E ANTIGAS O isolamento térmico das fachadas é um poderoso meio para obter um melhor desempenho dos edifícios relativamente à utilização com conforto térmico e eficiência energética. Trata-se de soluções do tipo passivo, ou seja, estão instaladas em permanência e sempre disponíveis para cumprir o seu papel de proteção e regulação dos fluxos térmicos através da envolvente vertical dos edifícios, sem necessitar de consumos energéticos para poderem funcionar. A reabilitação de paredes antigas pode incorporar a vertente de benefício na proteção térmica através da aplicação do sistema weber.therm mechanic com revestimentos específicos à base de cal. Esta solução, aplicada pelo exterior ou interior em função da relevância arquitetónica das fachadas, apresenta-se especialmente adaptada à natureza deste tipo de paredes, já que se ajusta muito bem à elevada irregularidade das superfícies, apresenta propriedades técnicas compatíveis com o comportamento do suporte (resistências limitadas, elevada transpirabilidade, leveza, etc.) e oferece acabamentos minerais coloridos como revestimento final. O sistema weber.therm mechanic, da Saint-Gobain Weber, que consiste no revestimento integral das paredes da fachada com um material isolante térmico de base mineral aplicado por projeção mecânica e revestido por argamassas reforçadas com rede de fibra de vidro, permite obter um excelente nível de isolamento térmico contínuo em toda a zona não envidraçada, especialmente em paredes novas de alvenaria ou na reabilitação de paredes antigas. / 57 Novos Materiais e Tecnologias Soluções Técnicas em Porcelanato Extrudido I Aleluia Cerâmicas - Keratec A Aleluia Cerâmicas, SA, fabrica variadas tipologias de cerâmicos, tais como: pavimentos e revestimentos cerâmicos em pasta branca, porcelanato prensado e extrudido, decorado e dispondo ainda de ateliê de pintura manual que lhe permite elaborar projetos de autor. Comercializa quatro marcas (Dreamcer, Ceramic, Keratec e Viúva Lamego) cada uma delas apresenta uma diversificada gama de soluções que respondem a diferentes expetativas e necessidades do mercado. Os produtos da marca Keratec são fabricados numa moderna e inovadora unidade de pavimentos e revestimentos em porcelanato extrudido, cuja diversidade de formatos, cores e acabamentos permitem a concretização de projetos exigentes e ambiciosos. Os produtos Keratec são obtidos a partir de excecionais matérias-primas, disponíveis no país, que são submetidas a um processo de moagem de reduzida granulometria e conformadas por extrusão de elevada pressão, por último cozidas a elevadas temperaturas, concedendo ao produto características físico-químicas de elevada qualidade, designadamente: - Elevada resistência mecânica; - Total resistência aos agentes químicos; - Total resistência às manchas, nomeadamente Anti-Graffiti (tornando-se um produto de fácil limpeza e manutenção); - Total resistência ao gelo e choque térmico; - Garantia total de aplicação em zonas exteriores; Com um vasto conjunto de formatos, com espessuras até 16 mm, complementados com peças de acabamento (acessórios) e com a oferta de superfícies lisas, polidas, anti-derrapantes e drenantes, os produtos Keratec apresentam-se como uma solução especializada em projetos técnicos exigentes. A solução Kerabraille é um sistema prático de orientação para cegos e amblíopes, composto por pavimentos de formato 20x20x1,2 cm, com diferentes relevos e cientificamente estudados. Este sistema fornece sinais de alerta e outras informações em espaços públicos, tanto interiores como exteriores, assinalando assim quer o percurso seguro quer a existência de outras situações a destacar. Reforçando o seu carácter técnico, a Keratec lançou também produtos com a espessura de 0,45cm nos formatos 29,4x88,8cm ret., 29,4x59,1 cm ret., 29,4x29,4cm ret., para os mercados da renovação e das ETICS (External Thermal Insulation Composite Systems). APLICAÇÕES: - 58 / Moradias Unifamiliares / Edifícios Hipermercados Caves Vinícolas Centros Comerciais Colégios Estações / Zonas Metropolitanas Estádios Hospitais Hotéis Indústrias Stands Automóveis Universidades Urbanização Turísticas e Residenciais Base para Revestimentos Cerâmicos Ditra-Drain I Schlüter ® Este produto adequada-se para o exterior, em especial para escadas e para superfícies de varandas e terraços de maior dimensão, em que existam percursos de drenagem mais compridos. É necessário especial atenção para que estes percursos de drenagem escoem de forma independente e não através das escadas. Em escadas maiores é necessário respeitar requisitos especiais, razão pela qual se deve consultar a empresa. A zona de ventilação e drenagem inferior, permite uma secagem rápida do cimento cola e uma drenagem que não exerce qualquer pressão da água acumulada nessa zona, ao mesmo tempo que previne que a água seja transportada novamente para a camada do revestimento. ® A Schlüter -DITRA-DRAIN 8 é uma base especial para revestimentos cerâmicos que serve de camada de desacoplamento e drenagem conjunta segura, que elimina de forma duradoura a humidade capilar. A colocação no exterior, efetua-se através de cimento cola sobre uma impermeabilização conjunta, como Schlüter®-KERDI, aplicada numa betonilha com pendente. A Schlüter®-DITRA-DRAIN 8 é composta por uma película de polietileno indeformável, com uma estrutura especial de cones truncados de um lado. Está equipada com um forro geotêxtil de filtro em polipropileno, de ambos os lados. O geotêxtil de filtro, serve para a aderência ao cimento cola, aplicado em camada fina com uma talocha dentada (recomendação: 3 x 3 mm ou 4 x 4 mm). A Schlüter®-DITRA-DRAIN 8 desacopla o pavimento do suporte e, desse modo, neutraliza tensões entre a betonilha e o pavimento de tijoleira, resultantes das diferentes deformações dos materiais. As fendas de tensão do solo também são absorvidas e não são transmitidas para o pavimento de tijoleira. Se a superfície, sobre a qual será efetuada a instalação, não necessitar de uma impermeabilização, por exemplo numa betonilha drenada ou numa construção em contacto com a terra, Schlüter®-DITRA-DRAIN 8, com as suas funções de drenagem/ventilação inferior e desacoplamento, também pode ser colada directamente com argamassa fina na betonilha. A resistência à carga de pressão de Schlüter®-DITRA-DRAIN 8 é de até 15 t/m2. Novos Materiais e Tecnologias Sistema de Carregamento Sem Fios I Bosch O PRINCÍPIO DE AÇÃO DO "SISTEMA DE CARREGAMENTO SEM FIOS" DA BOSCH A base da tecnologia que é usada em outras áreas, como por exemplo, em carregadores para escovas de dentes elétricas e recentemente também em telemóveis, é uma transferência de energia sem conexão: num emissor é gerado um campo magnético de corrente alternada com a ajuda de uma bobina. O recetor contém igualmente uma bobina. O campo magnético de corrente alternada penetra neste recetor. Desta forma, é induzida tensão e gerado um fluxo de corrente. No caso do "Sistema de carregamento sem fios" da Bosch, isto significa que o carregador emite um campo magnético que é recebido pela bateria e convertido em corrente de carga. A potência transferida é cerca de 50 vezes superior à das vulgares escovas de dentes elétricas (1 watt), para alcançar os mesmos tempos de carga que os carregadores convencionais para ferramentas elétricas. A Bosch está a revolucionar o carregamento das ferramentas sem fio UMA NOVA DIMENSÃO NO CARREGAMENTO DE FERRAMENTAS SEM FIO: A PARTIR DE AGORA, FERRAMENTAS SEM FIO SEMPRE PRONTAS A FUNCIONAR • Produtividade e conforto elevados: as ferramentas estão sempre prontas a funcionar • Tecnologia que permite poupar, já que deixa de ser necessária uma segunda bateria • Unidades de carregamento sem pontos de contacto protegidas contra água e pó • Compatibilidade total com todo o sistema de 18 V para profissionais da Bosch A Bosch é o primeiro fornecedor a nível mundial a aplicar as vantagens da transferência indutiva de energia na área das ferramentas sem fio. Com a introdução do "Sistema de carregamento sem fios", a Bosch inaugura uma nova dimensão na tecnologia de carga de baterias e novos caminhos para um trabalho com ferramentas sem fio eficiente e mais económico em termos de custos e tempo. "Estamos convencidos de que esta inovação poderá ser tão bemsucedida como a integração pela primeira vez dos elementos de lítio numa aparafusadora sem fio – uma tecnologia que, antes de 2003, só era aplicada em telemóveis mas que entretanto passou a fazer parte do equipamento de 83% da totalidade das ferramentas elétricas portáteis sem fio na Europa", esclarece Henk Becker, membro do Conselho de Administração da divisão de Ferramentas Elétricas da Robert Bosch GmbH, a impulsionadora desta inovação. 60 / Os profissionais que usam ferramentas sem fio estão permanentemente em movimento mas têm de planear sempre o tempo necessário e pensar que também têm de carregar a fonte de energia. Um campo de aplicação importante das ferramentas sem fio é a produção semi-industrial, como por exemplo, no setor do mobiliário, na indústria elétrica ou na construção automóvel. A transferência de energia sem contacto vale particularmente a pena nessas aplicações estacionárias: é significativamente mais barata do que os sistemas de carregamento convencionais, pois não é necessário nem uma segunda bateria nem dispendiosos carregadores industriais. Para além disso, o "Sistema de carregamento sem fios" da Bosch proporciona aos seus utilizadores as seguintes vantagens: • Maior facilidade de utilização e produtividade, uma vez que as baterias permanecem na ferramenta e podem ser pousadas no carregador e, assim, carregadas durante qualquer pausa no trabalho. O processo de carregamento é integrado no fluxo de trabalho muito naturalmente. Resultado: ferramentas sempre prontas a funcionar. • Flexibilidade total, já que as baterias indutivas de uma classe de voltagem são compatíveis com todas as ferramentas dessa classe. • Carregadores bastante robustos, que já não têm pontos de conexão e, por isso, são imunes a água, pó e sujidade. / 61 Novos Materiais e Tecnologias Tinta Inspira Zero COV I CIN Inspira Zero COV é a tinta com menos impacto no ambiente de sempre e uma aposta ganha da CIN. Esta que é a primeira tinta Zero COV do mercado nacional, vem comprovar a capacidade de inovação da marca, ao cumprir exemplarmente o propósito de proteção do meio ambiente, graças ao seu muito baixo (menos de 1 g/l) conteúdo de COVs - Compostos Orgânicos Voláteis -, sem nunca comprometer a facilidade de aplicação e resistência. Os COVs, são substâncias que afectam a qualidade do ar interior e têm efeitos adversos no ambiente. Nas tintas, encontram-se normalmente nos solventes, que ajudam a melhorar a facilidade de aplicação da tinta e o seu tempo de secagem. Inspira Zero COV consegue assegurar o melhor desempenho com muito menos COV que as tintas habituais. Esta tinta mate é ideal para a pintura e decoração de espaços interiores, habitados ou em utilização, uma vez que o seu baixo cheiro não incomoda, nem quem está a pintar, nem quem pretende utilizar o local durante o processo de pintura. Com uma excelente opacidade e fácil de aplicar, está disponível em centenas de cores, incorporando toda a qualidade que a CIN pode oferecer, graças à aposta na investigação dos laboratórios de Investigação & Desenvolvimento da marca. Resistente ao desenvolvimento de fungos e algas, esta tinta obteve ainda a classificação máxima A+ no que se refere à Qualidade do Ar Interior. 62 / À base de água e com menos solventes do que as tintas habituais, esta tinta contribui para a redução da pegada ecológica, sendo a melhor escolha para o planeta. Assim, este produto resulta da preocupação da CIN em contribuir para a conservação e proteção do ambiente, apostando no desenvolvimento e reformulação dos seus produtos, para que estes sejam cada vez mais eco-friendly. Desta aposta, têm resultado produtos regularmente distinguidos por prestigiadas entidades independentes, nacionais e internacionais, que atestam a eficácia destes no que se refere ao bom desempenho ambiental. Arquitetura Edifício ANF - Centro Empresarial do Porto Créditos Fotográficos: João Morgado - Fotografia de Arquitetura APEL - Arquitetura, Planeamento, Engenharia Sede do Grupo ANF (Associação Nacional de Farmácias) DA AUTORIA DA APEL, DE GINESTAL MACHADO, O EDIFÍCIO QUE SE APRESENTA FOI O PRIMEIRO EMPREENDIMENTO A SER CONCRETIZADO NA “ÁREA EMPRESARIAL DO PORTO”, REQUALIFICANDO PARTE SIGNIFICATIVA DE UM QUARTEIRÃO DESTE PÓLO DA CIDADE. ANTERIORMENTE CONHECIDA POR “ZONA INDUSTRIAL DO PORTO”, ESTA ÁREA FOI DOTADA, ATRAVÉS DE UM NOVO P.D.M., DOS MECANISMOS QUE PERMITISSEM A SUA REQUALIFICAÇÃO URBANA, PARA TORNÁ-LO NUM ATRATIVO PÓLO EMPRESARIAL E TECNOLÓGICO. A sua localização estratégica e rápidas ligações ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, Porto de Leixões, Metro do Porto e principais eixos rodoviários (Lisboa, Braga, Vila Real, Galiza, etc), reforçam a sua centralidade e poder de atração. 64 / Desenvolvendo-se em dez pisos, quatro abaixo do solo e seis acima do solo, o edifício concentra num único espaço as atividades de logística, distribuição, formação e de museologia, bem como centros de desenvolvimento e investigação de diversas empresas do grupo Associação Nacional de Farmácias, funções que se coadunam com o espírito contemplado no Plano Diretor Municipal, permitindo a empresas destas áreas, criar e desenvolver a sua atividade. Nos pisos acima do solo, entre outros, encontramos o Museu da Farmácia (r/c), um Auditório de 284 lugares com salas de apoio (1º andar), uma Escola de Pós-graduação em Saúde e várias empresas com forte ligação às tecnologias de ponta. É de notar a complexidade construtiva do auditório, cujo corpo balançado sobre a entrada marca a imagem arquitetónica da fachada principal do edifício, não interferindo com o espaço público. O edifício distingue-se também pelo elevado grau de eficiência energética, garantindo aos seus utilizadores um excelente nível de conforto e equipamento. As preocupações com o consumo energético do edifício refletiram-se não só no estudo da composição das paredes exteriores e coberturas (isolamento térmico sem pontes térmicas, caixilharia com rutura térmica, vidro com fator solar), como na escolha dos equipamentos a instalar. ANO DE CONCLUSÃO: 2010 LOCAL: Rua Eng.º Ferreira Dias - Porto PROMOTOR: INTERFUNDOS - Gestor de Fundos de Investimento, SA Quadro de Áreas Dentro destes princípios, foi implementado um complexo sistema de gestão técnica centralizada, que permite gerir e monitorizar os diversos equipamentos de climatização, iluminação natural e artificial, informática e segurança. As lâminas sombreadoras, que se encontram nas fachadas principal e laterais, são disso exemplo. O sistema de gestão controla a abertura das lâminas, conforme o ângulo de incidência solar, em cada dia do ano, permitindo o controlo energético e luminoso no interior do edifício. ÁREA DO TERRENO: 13.659 m2 ÁREA BRUTA DE CONSTRUÇÃO: 48.600 m2 ÁREA DE CONSTRUÇÃO ABAIXO DO SOLO: 36.200 m2 (4 pisos) ÁREA DE CONSTRUÇÃO ACIMA DO SOLO: 12.400 m2 (6 pisos) / 65 Arquitetura Torre de Palma Wine Hotel Créditos Fotográficos: ©do mal o menos Arquiteto João Mendes Ribeiro INTEGRADA NA PAISAGEM DE GRANDES PLANÍCIES DO ALTO ALENTEJO, A HERDADE DE TORRE DE PALMA, EM VAIAMONTE, INCLUI UMA EXTENSÃO DE TERRENO AGRÍCOLA E UM NÚCLEO EDIFICADO DE ESCALA CONSIDERÁVEL CIRCUNSCRITO NO LADO SUDESTE DA PRO- PRIEDADE. O PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA INSTALAÇÃO DE UM WINE HOTEL NA HERDADE PROCUROU, RESPEITANDO AS CARATERÍSTICAS ARQUITETÓNICAS DO CONJUNTO E DA PAISAGEM ENVOLVENTE, DAR RESPOSTA AO NOVO PROGRAMA FUNCIONAL. A intervenção incluiu tanto a recuperação e remodelação do conjunto de edifícios preexistentes como a construção de raiz de um conjunto de novos edifícios, baseada em gestos claros, precisos e sensíveis às características do lugar. Nos casos de recuperação de estruturas preexistentes, a configuração geral de cada edifício foi mantida, procedendo-se apenas a alterações ao nível da organização espacial interior, à construção de elementos pontuais ou à abertura de novos vãos. Sempre que necessário, procedeu-se ainda à substituição de coberturas, peças estruturais ou revestimentos. 66 / Os principais materiais de revestimento no exterior são a cal e a telha de canudo; no interior, a madeira maciça, a tijoleira artesanal, o mosaico hidráulico artesanal e industrial, o azulejo artesanal, a pedra branca de Estremoz, o estuque e alguns elementos pontuais em betão aparente. No terreiro central, a casa-mãe é ocupada pelos espaços de receção, acolhimento e serviços administrativos, no piso térreo, sendo o piso superior reservado à habitação do proprietário. A Torre, adjacente à casa-mãe, foi pensada para funcionar como biblioteca e como observatório astronómico, no terraço do último piso. Ao lado, o edifício do antigo celeiro acomoda o SPA e uma zona de quartos distribuída por dois pisos. As antigas cavalariças correspondem atualmente à área social e de lazer, enquanto os edifícios das antigas oficinas e casas de operários foram adaptados para receber a zona de quartos e apartamentos. A capela existente na propriedade manteve as características arquitetónicas originais e foi complementada com a construção de um novo adro no exterior. No interior do núcleo edificado, o terreiro foi regularizado - unificando o conjunto - com pavimento em saibro na área central, delimitado por um perímetro de calçada de mármore branco de Estremoz e uma zona de caleira contínua, com seixo rolado, em torno dos edifícios. No exterior do núcleo edificado principal, foram criadas cinco áreas distintas: uma zona de vinha ao longo da levada, uma zona de olival junto à piscina, uma horta biológica cultivada em canteiros e um pomar junto aos armazéns agrícolas e ainda uma zona de prado, a oeste, associada à cavalariça e ao picadeiro. Os edifícios construídos de raiz têm duas naturezas distintas: edifícios que substituem antigas construções degradadas e sem interesse patrimonial ou arquitetónico - e edifícios que se implantam segundo novas regras, fora do núcleo original. No primeiro grupo incluem-se os edifícios da adega, do restaurante e da casa do caseiro, construídos na localização exata das construções anteriores, com uma lógica material comum a todos eles: estrutura em betão, paredes de alvenaria e cobertura em lajetas de betão, revestimentos interiores em microcimento e estuque. No segundo grupo, fora do núcleo original, o conjunto da piscina estende-se para noroeste, no alinhamento da casa-mãe, e inclui uma plataforma de madeira com piscina, balneários e área técnica semienterrada sob a plataforma. A nascente do núcleo original, foram implantadas arrecadações agrícolas, zonas técnicas e uma área de estacionamento coberto e, a poente, o edifício das novas cavalariças associado à zona do picadeiro. Na generalidade, o terreno manteve a sua morfologia e características originais, com variações pontuais consoante a especificidade de cada área da Herdade. / 67 Economia Análise de Conjuntura 3º trimestre 2014 APRECIAÇÃO GLOBAL No 3º trimestre de 2014 o setor da construção regressou a um comportamento negativo que, todavia, não prejudicou ainda a tendência que se tem vindo a desenhar no sentido da estabilização e que faz crer numa futura retoma da atividade. Recordamos que apesar da continuada queda da construção nova para habitação, o setor tem vindo a ser impulsionado pela maior dinâmica do mercado imobiliário e pelo crescimento dos trabalhos de manutenção e renovação dos edifícios particulares. O índice de produção da construção e obras públicas que aumentara 0,72% no segundo trimestre de 2014, face ao trimestre anterior, diminuiu, neste terceiro trimestre, 0,53%. Quer a redução registada no segmento de construção de edifícios (0,52%), quer a relativa ao segmento de obras de engenharia (0,55%), foram quase negligenciáveis. A evolução do licenciamento de obras foi, também, ligeiramente negativa neste trimestre, ao contrário do que vinha a observar-se nos dois trimestres anteriores, fundamentalmente devido à queda do número de licenças para reabilitação, devido a razões para as quais não possuímos ainda qualquer explicação convincente, salvo tratar-se do período de férias. Na verdade, os dados provisórios revelam que a evolução trimestral das obras licenciadas foi negativa em 5,7%. Por sua vez a variação homóloga trimestral terá registado uma diminuição de 7,2% (contra 4,9% no trimestre anterior). Não obstante, a variação média anual no número de edifícios licenciados situou-se, no terceiro trimestre de 2014, em -8,8%, contra -12,3% no período anterior, confirmando a tendência já observada para a atenuação das quebras deste indicador. Apesar da evolução global do licenciamento ser negativa, o segmento das construções novas para habitação teve um comportamento bem mais simpático (-2,1%). 68 / Particularmente, a variação trimestral do número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar foi ainda mais positiva que no trimestre anterior, cifrando-se em 7,7% (contra 3,4% no segundo trimestre). Todavia a variação homóloga manteve-se negativa, (-13,1%) assim como a variação média anual (-19,8%). O número total de fogos licenciados em construções novas para habitação no ano terminado em setembro de 2014 caiu, assim, para 6 544, contra 6 808 licenciados no ano terminado em junho de 2014. Já o número de licenças de obras de reabilitação, como acima sublinhámos, registou, pelo terceiro trimestre consecutivo, uma descida, neste caso de 6,9% (4,1% no trimestre anterior). A relativa discrepância entre os números do licenciamento e o movimento que parece observar-se no mercado da reabilitação estará porventura relacionado com o facto de muitas das intervenções não estarem sujeitas à exigência de licenciamento camarário. Por seu lado, a evolução trimestral das vendas de cimento para o mercado interno confirmou a tendência de estabilização que já tínhamos identificado na última metade de 2013, tendo, inclusive, recuperado face à primeira metade do ano. Assim, verificou-se que a diminuição homóloga das vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno se quedou pelos 8,9% (que compara com os 9,9% do segundo trimestre e os 11% do primeiro). Apesar dos dados do terceiro trimestre não colocarem em causa a expetativa de inversão de tendência que os resultados do trimestre anterior e os dados macroeconómicos permitiam acalentar, a verdade é que os acontecimentos do final de julho no que respeita ao BES e a drástica redução do stock de crédito contabilizada em agosto, poderão ter já originado consequências negativas para o setor, que se deverão agravar nos próximos meses, atenta a exposição direta e indireta de muitas e importantes empresas do setor imobiliário e da construção a este banco. Resta-nos esperar que outros fatores de carater positivo sejam suficientes para minorar ou contrabalançar os efeitos que se adivinham ao nível da paragem de investimentos e projetos e da falta de liquidez e empobrecimento de muitas empresas. OBRAS LICENCIADAS No 3º trimestre de 2014 o número de edifícios licenciados diminuiu 7,2% face ao 3º trimestre de 2013. Comparativamente com o 2º trimestre, o número de edifícios licenciados no 3º trimestre de 2014 diminuiu 5,7%. Edifícios Licenciados (Valores Trimestrais nº) A redução média anual no número de edifícios licenciados situou-se, no terceiro trimestre de 2014, em 8,8%, contra 12,3% no período anterior, continuando a confirmar a tendência para inversão do comportamento deste indicador. Edifícios Licenciados (Variação Média Anual) Por sua vez, a variação trimestral do número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar registou uma variação positiva de 7,7%. A variação homóloga trimestral, todavia, manteve-se negativa, cifrando-se em -13,1% e a variação média anual nos -19,8%. / 69 Economia Licenciamento de Obras (Valores Trimestrais nº) No que diz respeito ao número de licenças de obras de reabilitação, verificou-se, uma diminuição de 6,9% em termos trimestrais. Licenças para Obras de Reabilitação (Valores Trimestrais nº) 70 / PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS O índice de produção no setor da construção e obras públicas diminuiu 0,53% no terceiro trimestre de 2014 quando comparado com o trimestre anterior. A descida no segmento de construção de edifícios foi de 0,52% e no segmento de obras de engenharia foi de 0,55%. Em termos homólogos, verificou-se uma diminuição de 6,89% no índice total da produção na construção e obras públicas, o que correspondeu a uma diminuição de 5,35% na construção de edifícios e uma diminuição de 9,05% nas obras de engenharia. Índice de Produção na Construção e Obras Públicas Índice Corrigido de Sazonalidade VENDAS DE CIMENTO No terceiro trimestre de 2014 as vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno diminuíram, em termos homólogos, 8,9%, o que confirma a tendência de estabilização observada ao longo do ano. De acordo com os Inquéritos de Opinião da Comissão Europeia, o índice de confiança no setor da construção degradou-se ligeiramente, fixando-se nos -45 pontos. Vendas de Cimento e Indicador de Confiança na Construção (Indicador no Trimestre em Referência) / 71 Economia EMPREGO No terceiro trimestre do ano de 2014, o emprego na construção e obras públicas registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -4,1% e uma taxa de variação trimestral -0,5%. A variação média nos últimos 12 meses terminados em setembro de 2014 foi de -8,2%. REMUNERAÇÕES No terceiro trimestre de 2014, o índice de remunerações registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -3,4% e uma variação trimestral de1,0% (inclui subsídios de férias). A variação média nos últimos 12 meses terminados em setembro foi de -7,8%. TAXAS DE JURO A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em setembro com o valor de 1,471%, tendo reduzido 0,020 pontos percentuais face ao registado no mês de junho. Nos contratos para “Aquisição de Habitação”, a taxa de juro observada em setembro foi de 1,484%, tendo também reduzido em 0,021 p.p. em relação à taxa observada no mês de junho. Taxa de Juro do Regime Geral FONTES: BANCO DE PORTUGAL, INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA 72 / Inquérito de Conjuntura 3º Trimestre de 2014 - Vendas voltam a aumentar para a maioria das empresas, face ao trimestre anterior e face ao período homólogo - Balanço do nível de atividade foi positivo para armazenistas e retalhistas - As previsões para o 4º trimestre de 2014 apontam para continuação da melhoria dos negócios APRECIAÇÃO GLOBAL Os dados relativos ao terceiro trimestre confirmam e reforçam a evolução positiva das vendas registada no período anterior (pela primeira vez em doze anos!), quer ao nível do indicador relativo à evolução das vendas trimestrais, quer no que respeita ao indicador das vendas homólogas. Em especial, o saldo das respostas extremas (SRE) no indicador “vendas” cifrou-se em +14,8% e a percentagem das empresas que afirmou o respetivo aumento face ao período anterior subiu de 23,9% para 32,3%.Também a apreciação relativa ao “nível de atividade” apresentou um SRE positivo (17,4%), melhorando significativamente face ao segundo trimestre. De fato, a maioria das empresas (82,6%, contra 75% no trimestre anterior) consideraram a atividade como Satisfatória ou Boa, enquanto a percentagem dos inquiridos que a classificaram como Deficiente baixou de 25%% para 17,4%. Uma vez mais, foi o subsetor armazenista que apresentou o melhor desempenho global, mas as empresas do segmento retalhista, que já haviam registado no trimestre anterior uma franca recuperação, também atingiram “o verde”. No caso do indicador “nível de atividade” o subsector retalhista recuperou de um SRE de -33,4% para +5,0%, enquanto o subsector armazenista passou de +8,4% para +26,9%.Também no caso das “vendas”, ambos os setores melhoraram significativamente o respetivo comportamento, sobretudo as empresas do subsetor retalhista que passaram de um SER de -4,0% para +15,3%. VENDAS E STOCKS - 3º TRIMESTRE 2014 (SRE - saldo das respostas extremas) Como dissemos, apesar de algumas diferenças, o comportamento dos dois subsetores, armazenistas e retalhistas, apresentou, de uma forma geral, um comportamento semelhante na maioria dos indicadores. 3º TRIMESTRE DE 2014 Indicadores Saldo das respostas extremas (%) Setor Vendas + 14,8 Existências Preços Armazenistas Retalhistas + 13,9 + 15,3 - 1,3 + 2,5 - 3,4 + 2,2 + 6,3 0 Atividade + 17,4 + 26,9 + 5,0 Vendas homólogas + 19,6 + 38,4 -5,0 De fato, neste 3º trimestre, principalmente no que respeita à evolução das “vendas” trimestrais e do “nível de atividade”, e de certa forma nos “preços”, houve um claro paralelismo entre os dois subsetores. Relativamente aos preços de venda, a evolução foi positiva, confirmando-se a tendência para a sua estabilização o que, como já sublinhámos no estudo anterior, é algo digno de nota no contexto de deflação em que o país vive. Em todo o caso verificou-se uma maioria mais significativa de respostas no sentido da descida relativamente aos grupos de produtos: “tintas, vernizes e colas”, “móveis e equipamentos para cozinha”, “ferragens, ferramentas e metais” e “materiais básicos (cimento, cal, gesso, areia e brita”. As indicações de subidas mais significativas incidiram nos seguintes grupos de produtos: “pavimentos de madeira e cortiça”, “portas metálicas, automáticas e automatismos para portas”, “telas para isolamentos de terraços, vedantes, mástiques, chapas onduladas, etc.)”, “pavimentos (alcatifas, vinílicos, borrachas, etc.)”, “perfis, caixilharias e acessórios” e “aquecimento e refrigeração de água ou ambiente”. 3º TRIMESTRE DE 2014 (variação dos valores do SRE - saldo das respostas extremas - face ao trimestre anterior) Variação do saldo das respostas Indicadores A melhoria dos negócios durante este período terá contribuído para uma melhor adequação do nível de stocks à respetiva atividade, prosseguindo o processo de ajustamento efetivo já observado no trimestre anterior, não obstante o SRE ter ficado aquém das previsões (-1,3%, contra os -14,4% previstos). O próprio aumento do nível de atividade terá justificado uma redução menos intensa das existências de forma a garantir capacidade de resposta às solicitações do mercado. extremas em pontos percentuais Setor Armazenistas Retalhistas Vendas + 10,6 - 22,9 + 19,3 Existências + 11,0 + 15,7 +8,6 Preços 0 + 11,6 - 4,0 Atividade + 29,9 + 18,5 + 38,4 Vendas homólogas + 7,1 + 30,0 - 21,7 (sinal “-” indica pioria ou diminuição; sinal “+” indica melhoria ou aumento) / 73 Economia Como já referimos de início, a evolução trimestral do setor apresentou, genericamente, um comportamento mais favorável em quase todos os indicadores. A variação positiva (desfavorável) do SRE relativo às “existências” não prejudica, atendendo ao aumento significativo do SRE relativo às “vendas”, a redução relativa do esforço financeiro das empresas com o investimento em mercadorias. EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE (SRE - saldo das respostas extremas) VARIAÇÃO DOS VALORES DOS SALDOS DAS RESPOSTAS EXTREMAS FACE AO TRIMESTRE ANTERIOR A evolução do indicador “vendas homólogas” foi globalmente muito favorável, e atingiu, uma vez mais, um nível claramente positivo. No conjunto do setor a maioria das respostas, 74% (contra 66,6% no período anterior), referiu a manutenção (28,3%) ou, principalmente, o aumento (45,7%) das vendas face ao 3º trimestre de 2013, situação que foi comum aos dois subsetores considerados. Todavia, entre as empresas retalhistas a percentagem de respostas que referiu o aumento foi inferior à dos que reportaram a diminuição (35% contra 40%), enquanto entre as empresas armazenistas 53,8% dos inquiridos, mais que no trimestre anterior (41,7%) afirmaram ter aumentado as vendas face ao trimestre homólogo. O dado mais significativo deste período foi, na verdade, a melhoria muito substancial do indicador de variação das “vendas”, quer trimestrais, quer homólogas, que embora no trimestre anterior já tivessem atingido, níveis positivos para o conjunto do setor pela primeira vez desde 2012, tornaram-se agora positivos tanto para o subsetor armazenista como para o retalhista! VOLUME DE VENDAS COMPARADO COM O MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR (SRE - saldo das respostas extremas) Não obstante, as empresas cuja atividade foi “deficiente” assinalaram os fatores que consideraram mais prejudiciais. Neste trimestre, destacaram-se a “falta de encomendas” com 87,5% das respostas (contra 83,3% no trimestre anterior), seguidas pelas “dificuldades de tesouraria” (37,5%) e pela “falta de pessoal” e “encargos de distribuição”, ambos referidos por 12,5% dos inquiridos. O recurso ao crédito bancário para financiamento da atividade corrente diminuiu face ao trimestre anterior (19,6%, contra 29,2% das respostas), verificando-se, ao contrário do observado no trimestre anterior, a prevalência das empresas retalhistas (30% das respostas), enquanto no segmento armazenista a utilização do crédito bancário foi referida por apenas 11,5%. A percentagem das empresas que utilizou o crédito bancário para investimento foi de 4,3%. As previsões para o 4º Trimestre de 2014 apontam, para um cenário que, combinando um maior entusiasmo das empresas armazenistas e alguma prudência das retalhistas, se pode considerar favorável. 4º TRIMESTRE DE 2014 Perspetivas Todas empresas que recorreram ao crédito (19,6%) consideraram “fácil” a sua obtenção. A evolução da apreciação pelas empresas do respetivo “nível de atividade” melhorou ainda mais significativamente em relação ao trimestre anterior, ultrapassando em intensidade o comportamento das “vendas”. Depois dos últimos acréscimos registados nas vendas, parece que, finalmente, foi ultrapassado o limiar aceitável de volume de negócios que permite classificar positivamente o nível de atividade. 74 / Indicadores Cart. Encomendas Saldo das respostas extremas (%) Setor Armazenistas Retalhistas + 6,5 + 24,0 - 2,6 Vendas + 4,9 + 20,2 - 3,4 Enc. Fornecedores + 9,2 + 26,6 0 Existências - 11,8 - 3,8 - 16,0 Conforme se pode inferir do quadro acima, as expetativas das empresas do subsetor armazenista são claramente mais otimistas e sugerem que a maioria continua a acreditar no aumento das vendas, enquanto as previsões das empresas do subsetor retalhista são bastante mais mitigadas, mas ainda assim longe do pessimismo que transparecia habitualmente nos estudos realizados até ao início deste ano. Na verdade, todos os sinais apontam para uma evolução mais favorável do setor da, assente, para além do incremento sentido nos trabalhos de renovação, na recuperação da atividade no segmento dos edifícios não residenciais e na engenharia civil. Também, a melhoria do quadro macroeconómico e as perspetivas de crescimento do consumo e dos setores do turismo e das exportações, estão a ter repercussões sobretudo no segmento dos edifícios industriais e agrícolas. Mais recentemente, a contratualização de diversas obras públicas, rodoviárias e ferroviárias, destinadas a acelerar a execução do QREN anterior para não desperdiçar os apoios europeus) deverá traduzir-se num acréscimo do investimento público em obras de engenharia civil no próximo ano e meio. De fato, o montante de obras públicas contratadas até ao final de setembro de 2014 registou uma evolução homóloga positiva (+34,1%). VENDAS PREVISTAS E VENDAS REALIZADAS (saldo das respostas extremas) Mesmo assim, a variação trimestral do número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar subiu quase 8%. É principalmente no plano financeiro que subsistem as maiores dificuldades, em particular no domínio do crédito às empresas de construção. Recordamos que no final de março de 2014, a quebra, em termos homólogos, no stock de crédito bancário concedido às empresas de construção era de 13,3%, correspondendo a 2,6 mil milhões de euros (16,9 mil milhões de euros contra19,5 mil milhões de euros um ano antes). Mas, entretanto, as sequelas da resolução do BES, tiveram um forte impacto na disponibilidade de crédito à economia (quebra de mais de 1,5 mil milhões de euros em agosto), afetando, em particular, o setor imobiliário e da construção. Desta forma, em final de setembro, o stock de crédito bancário concedido às empresas de construção era já inferior a 16 mil milhões de euros, tendo caído quase mil milhões de euros face a março. É difícil prever as consequências deste “caso”, as quais se devem arrastar até depois do final do 1º trimestre de 2015. Em todo o caso, espera-se que a melhoria do clima económico e o aumento do rendimento das famílias que se prevê, sobretudo para o próximo ano, em conjunto com o financiamento externo mais facilitado e a recuperação dos níveis de confiança, se venham a traduzir num crescimento sustentado da atividade do setor. Os indicadores relativos ao licenciamento de obras também têm tido uma evolução recente animadora, não obstante os dados deste trimestre indiciarem uma ligeira retração, exatamente no segmento que menos se esperaria, o da reabilitação de edifícios. Economia Estatísticas Confidencial Imobiliário Os concelhos de Portimão, Loulé e Albufeira, com quotas entre 20% e 23% do total das transações reportadas pela pool SIR-Algarve entre o 3º trimestre de 2013 e o 2º trimestre de 2014, apresentaram-se como os principais mercados da região no período. NOVOS CRESCEM EM No que respeita ao preço médio de venda, para os fogos novos verificou-se uma tendência crescente em Loulé e Portimão. No primeiro concelho o indicador passou de 1.457 €/m2, no 3º trimestre de 2013, para 1.615 €/m2 no 2º trimestre de 2014. No segundo concelho, aumentou de 1.143 €/m2 para 1.231 €/m2 entre os dois trimestres referidos. Já em Albufeira, os preços dos fogos novos começaram a decrescer a partir do 4º trimestre de 2013, fixando-se em 1.478 €/m2 no 2º trimestre de 2014. No caso dos fogos usados, entre o 3º trimestre de 2013 e o 2º trimestre de 2014, o preço médio de venda cresceu nos concelhos de Albufeira e Loulé, alcançando, neste último período, 1.124 €/m2 e 1.393 €/m2, respetivamente. Por seu lado, Portimão apresentou uma redução nos preços das habitações usadas, tendo este passado de 1.177 €/m2, no 3º trimestre de 2013, para 1.155 €/m2 no 2º trimestre de 2014. No período acumulado entre o 3º trimestre de 2013 e o 2º trimestre de 2014, as empresas de promoção e mediação imobiliária pertencentes ao SIR - Sistema de Informação Residencial, reportaram a transação de 1.175 fogos residenciais no Algarve. No 2º trimestre de 2014, analisando os três concelhos em destaque, observou-se que os descontos aplicados se apresentaram mais acentuados para as habitações usadas do que para as novas. Assim, no segmento de usados a taxa de desconto alcançou, no 2º trimestre de 2014, -11% em Loulé, -8% em Portimão e -7% em Albufeira. Já para as casas novas esta taxa atingiu, no trimestre referido, -4% em Loulé e Portimão, e -3% em Albufeira. PREÇOS DOS FOGOS LOULÉ E PORTIMÃO ÍNDICE DE RENDAS CI GRANDE PORTO RECUPERA 1,2% NO De acordo com o novo Índice de Rendas Residenciais da Ci, apurado com base no SIR - Sistema de Informação Residencial, as rendas contratadas estabilizaram no 2º trimestre de 2014 em Portugal Continental, registando-se uma variação homóloga de 0,5%. No Grande Porto, este índice registou uma variação homóloga de 1,2% no 2º trimestre de 2014, recuperação que resultou do desagravamento das quebras trimestrais verificadas na região a partir do 2º trimestre de 2013. A amostra de empresas de promoção e mediação imobiliária pertencentes ao SIR-Arrendamento indicou a realização de 2.267 contratos de arrendamento na Área Metropolitana do Porto (AM Porto) no período acumulado anual entre o 2º trimestre de 2013 e o 1º trimestre de 2014. Os concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos continuaram a figurar como os principais mercados em termos de absorção neste período. 76 / No Porto e em Matosinhos, a maioria dos contratos celebrados pela pool SIR no período de tempo considerado era relativo a habitações de tipologia T1 ou inferior. Já em Vila Nova de Gaia a procura direcionou-se mais para os fogos de tipo T2. No que respeita à renda média contratada, alcançou valores mais elevados nos concelhos do Porto e Matosinhos. No Porto, a renda média contratada para as habitações T1 ou inferior cifrou-se, no período em estudo, em 345 €, alcançando 364 € em Matosinhos. No caso dos alojamentos T2, a renda média contratada situou-se em 445 € no Porto e em 420 € em Matosinhos. Já em Vila Nova de Gaia, o valor das rendas médias contratadas para os fogos T1 ou inferior e T2 fixou-se em valores mais reduzidos, 307 € e 374 €, respetivamente. Economia PORTO: INVESTIMENTO ALDOAR E NEVOGILDE EM CONSTRUÇÃO NOVA CENTROU-SE EM Segundo os dados relativos a licenças de construção fornecidos pela Câmara Municipal do Porto, o licenciamento de obra nova na cidade abrangeu, no 1º semestre de 2014, 23 fogos. Isto é, o equivalente a 24% do total dos novos fogos certificados no concelho no período. No que respeita à obra em edificado, a emissão de licenças apresentou-se bem mais expressiva, tendo sido licenciadas no Porto 78 unidades residenciais no 1º semestre de 2014. Comparando com o 2º semestre de 2013, no 1º semestre de 2014 o volume de novos fogos alvo de licença camarária decresceu 38%. Pelo contrário, a emissão de licenças para reabilitação cresceu no 1º semestre de 2014 face ao semestre anterior, sendo que neste último período haviam sido licenciados apenas 31 fogos deste tipo. Tal decorreu do facto de no 1º semestre de 2014 ter sido emitida licença para um grande empreendimento no Porto, mais concretamente na freguesia do Bonfim, que albergava 29 fogos. Tanto no caso da construção nova como da reabilitação, a maioria das obras licenciadas no Porto na primeira metade de 2014 era relativa a moradias. Quanto aos edifícios de apartamentos, os de menor dimensão (possuindo entre 3 a 10 fogos) foram os mais abrangidos pelo licenciamento no semestre em estudo. Tal verificou-se quer para a obra nova quer para a obra em edificado. As obras de construção nova para as quais foram emitidas licenças no 1º semestre de 2014 no Porto, concentraram-se nas freguesias de Aldoar e Nevogilde. Já no que se refere à reabilitação foram as freguesias do Bonfim, Vitória, Massarelos e Santo Ildefonso que protagonizaram o licenciamento de obras na cidade. NÍVEIS DE CONFIANÇA COMPLETAM 12 MESES EM TERRENO POSITIVO Os resultados do PHMS - Portuguese Housing Market Survay de Novembro de 2014 apontam para uma recuperação contínua da atividade no mercado de compra e venda ao nível nacional, embora se observem diferentes performances nas várias regiões abrangidas pelo inquérito. No mercado de arrendamento, o ligeiro acréscimo da procura por parte dos arrendatários, acompanhado de uma queda da oferta por parte dos proprietários, tem ajudado a estabilizar as expetativas relativas a rendas. No mercado de compra e venda, as novas instruções de compra aumentaram pelo décimo sexto mês consecutivo, embora a taxa de crescimento tenha abrandado desde o pico de série observado em Setembro. A Confidencial Imobiliária (Ci) é uma revista especializada na produção de estatísticas e bases de dados sobre imobiliário. Entre outros conteúdos, monitoriza o investimento imobiliário, tratando os dados do licenciamento municipal de obras emitido mensalmente pelas principais autarquias metropolitanas. Mais informação sobre a Ci disponível em www.confidencialimobiliario.com. 78 / Entretanto, as transações continuaram a aumentar, marcando o décimo mês consecutivo no qual foi reportado algum grau de melhoria. Além do mais, a melhoria das expetativas referentes a vendas ao longo de Novembro, sugere que um crescimento mais sustentado pode estar para vir. Apesar do aumento da atividade, observou-se uma ligeira quebra dos preços ao nível nacional, embora tal não reflita a tendência observada em todas as regiões. De facto, os preços das casas mantiveram-se inalterados em Lisboa, mas continuaram a cair no Porto e, em menor medida, no Algarve. Não obstante, espera-se que os preços estabilizem nos próximos três meses. Moradas AGÊNCIAS Young NetWork Group Rua Fernando Vaz, 12 A 1750-108 Lisboa Tel.: 217 506 050; Fax: 217 506 051 E-mail: [email protected] Site: www.youngnetworkgroup.com ARQUITETURA APEL - Arquitetura, Planeamento, Engenharia Av. Bessa, 344,1º 4100-012 Ramalde Tel.: 225 106 391 Fax: 225 106 390 E-mail: [email protected] Site: www.apel-arquitectura.pt João Mendes Ribeiro Arquitecto, Lda Rua de Tomar, 1 Esq. 3000-401 Coimbra Tel.: 239 833 763 E-mail: [email protected] DIVULGAÇÃO Montael - Materiais Construção e Representações, SA Casa Meada 3040 - 584 Antanhol Tel: 239 802 520 E-mail: [email protected] Site: www.montael.com TJF Ecoenergy Solutions Rua Alfredo Allen, nº 455/461 sala 2.08 4200-135 Porto Tel.: 914 580 905 E-mail: ger[email protected] Site: www.tjfecoenergy.com Tese - Associação para o Desenvolvimento Rua S. Filipe Nery, 25 B 1250-225 Lisboa Tel.: 918 786 450; Fax: 213 868 405 E-mail: [email protected] Site: www.trtcode.com Horto Mondego Planeamento e Execução de Espaços Verdes, Lda Av. Dr. Elísio de Moura 3030-183 Coimbra Tel.: 239 701 283 E-mail: [email protected] Site: www.hortomondego.pt Tisem - Centro de Actvidades Rua Arnaldo Sobral, 49 - Sala 207 3080-048 Figueira da Foz Tel.: 233 426 929 Fax: 233 426 929 E-mail: [email protected] Site: www.tisem.pt Omniflow Rua de Salazares, 842 4149-002 Porto Tel.: 225 322 000 Fax: 226 177 662 E-mail: [email protected] Site: www.omniflow.pt DOSSIER NOVOS MATERIAIS E TECNOLOGIAS Saint-Gobain Weber Portugal Zona Industrial da Taboeira 3800-055 Aveiro Tel.: 234 101 010 Fax: 234 301 148 E-mail: [email protected] Site: www.weber.com.pt Aleluia Cerâmicas, SA Quinta do Simão, Esgueira Apartado 3024 3801-101 Aveiro Tel.: 234 305 600; Fax: 234 305 699 E-mail: [email protected] Site: www.aleluia.pt CIN - Corporação Industrial Norte, SA Av. Dom Mendo, 831 Apartado 1008, 4471-909 Maia Tel.: 229 405 000 Fax: 229 485 661 E-mail: [email protected] Site: www.cin.pt Extruplás - Reciclagem, Recuperação e Fabrico de Produtos Plásticos, Lda Rua dos Serralheiros Estrada do Marco do Grilo. 6 Aldeia de Paio Pires 2840 Seixal Tel.: 212 104 348 Fax: 212 101 632 E-mail: [email protected] Site: www.extruplas.com SAPA Extrusion Avintes, SA Tv. Nova das Alheiras, 216 4415-272 Pedroso Tel.: 227 865 904 Fax: 227 865 947 E-mail: [email protected] Site: www.sapagroup.com.pt Schluter - Systems Rua do Passadouro, 31 3750-458 Fermentelos Tel.: 234 720 020 Fax: 234 240 937 E-mail: [email protected] Site: www.schluter.pt ECONOMIA Banco de Portugal Rua do Comércio, 148 1100-150 Lisboa E-mail: [email protected] Site: www.bportugal.com Instituto Nacional de Estatística Av. António José de Almeida 100-043 Lisboa Tel:. 218 426 100; Fax: 218 454 083 E-mail: [email protected] Site: www.ine.pt Confidencial Imobiliário Rua Gonçalo Cristóvão, 185 - 6º 4049-012 Porto Tel: 222 085 009; Fax: 222 085 010 E-mail: [email protected] Site: www.confidencialimobiliario.com ENTREVISTA BigMat Iberia, SA Av. de los Pirineos, 71ª Planta 28703 San Sebastian de Los Reyes Espanha Tel.: 0034 916 237 160 E-mail: [email protected] Site: www.bigmat.es BigMat Pinto & Filhos, SA Zona Industrial Horta das Figueiras 7005-212, Évora Tel.: 266 702 211; Fax: 266 701 605 E-mail:[email protected] Site: www.pintoefilhos.pt CT - Cobert Telhas, SA EN 361 - 1, Outeiro da Cabeça 2565-594 Torres Vedras Tel.: 261 920 000; Fax: 261 920 001 E-mail: www.telhas-cobert.com Site: www.telhas-cobert.com Diera - Fabrica de Revestimentos, Colas e Tintas, Lda Rua D. Marcos da Cruz 1223, Ap 3037 4450-730 Leça da Palmeira Tel: 229 983 350 Fax: 229 983 368 E-mail: [email protected] Site: www.diera.pt / 79 Moradas Tintas 2000, SA Zona Industrial Maia I Sector VIII - Ap. 1053 Tel.: 229 436 800; Fax: 229 436 819 E-mail: [email protected] Site: www.tintas2000.pt Sanitop - Material Sanitário, Lda Zona Industrial 2ª Fase, Ap. 538 4935-232 Neiva - Viana do Castelo Tel.: 258 105 400, Fax: 258 350 011 E-mail: [email protected] Site: www.sanitop.pt Wishbox Rua Nova do Seixo, 297/F 4460-383 Senhora da Hora Tel.: 229 519 025 E-mail: [email protected] EVENTOS Associação Passivhaus Portugal - PHPT Av. 25 de Abril, 27 3º, AC/X 3830-044 Ílhavo Tel.: 234 096 309 E-mail: [email protected] Site: www.passivhaus.pt Casa Peixoto Zona Industrial de Neiva, 1ª Fase 4935-231 Viana do Castelo Tel.: 258 359 800; Fax: 258 359 805 E-mail: [email protected] Site: www.casapeixoto.pt/ PRÓXIMA EDIÇÃO ECOINOVAÇÃO Cinco’s-CentroHabitat Curia Tecnoparque 3780-544 Tamengos Tel.: 234 401 576; Fax: 234 370 094 E-mail: [email protected] Site: www.centrohabitat.net.pt DIMSCALE Rua Abel Salazar, 2 2600-023 Vila Franca de Xira Tel.: 263 274 202 E-mail: [email protected] Site: www.dimscale.com Imoedições - Publicações Periódicas e Multimédias, Lda Rua Gonçalo Cristovão, 185, 6º 4049-012 Porto Tel: 222 085 009; Fax: 222 085 010 E-mail: [email protected] Site: www.vidaimobiliaria.com Live Place by Palegessos Zona Industrial 6320 Sabugal Tel.: 271 750 060; Fax: 271 753 533 E-mail: [email protected] Site: www.live-place.com RESERVE 80 / JÁ!