DIDATIKA Vestibulares Nome: ______________________________________________ Sala: _________ Nota: _________ Um esquimó, de massa m, parte do repouso, do alto do seu iglu que tem formato semiesférico (raio R), numa região do planeta na qual a aceleração gravitacional é g. Ao escorregar, em direção ao solo, sobre a superfície lisa do iglu, o esquimó perde contato após descer um desnível h, medido verticalmente, em relação ao ponto de partida. Entre esse ponto e a posição inicial, o esquimó descreve um ângulo θ, cujo centro está sobre a linha vertical, perpendicular ao solo, que passa pela posição inicial, conforme ilustra a figura. m h R θ a) Determine, em função de R, o valor de h. (1 ponto) b) Calcule a velocidade, em função de g e R, do esquimó no ponto em que ele perde o contato com a superfície. (1 ponto) c) Obtenha o valor do cos θ. (1 ponto) d) Qual a aceleração tangencial, em função de g, do esquimó no ponto em que ele perde o contato com a superfície do iglu? (1 ponto) e) O esquimó perde contato com a superfície do iglu antes ou depois de atingir metade da velocidade máxima? Explique sua resposta. (1 ponto) RESOLUÇÃO ESPERADA Para respondermos às questões feitas, precisamos, inicialmente, considerar alguns aspectos sobre o problema: I. Durante a descida é válida a conservação da energia mecânica. Assim, entre a posição inicial e a que o esquimó perde contato com o iglu, temos: mv 2 = mgh ⇒ v 2 = 2gh (equação 1) 2 II. Na posição em que o esquimó perde contato com o iglu, a componente normal da força de contato é nula. Assim, a força gravitacional (peso) se decompõe na direção tangencial (Psenθ) e perpendicular à superfície (Pcosθ): P sen θ = maT ⇒ aT = g sen θ (equação 2) P cos θ = ma c ⇒ a c = v2 = g cos θ ⇒ v 2 = Rg cos θ R (equação 3) COMENTÁRIO: ___________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________ DIDATIKA III. No triângulo retângulo, o ângulo θ tem hipotenusa R e cateto adjacente R – h: cos θ = a) R−h R (equação 4) Substituindo (equação 4) em (equação 3) e fazendo (equação 3) = (equação 1), temos: v 2 = 2gh = Rg cos θ = Rg ⋅ b) 1 R⇒v= 3 2gR 3 Substituindo o resultado do item a em (equação 4): R−h cos θ = = R d) 1 R −h ⇒h= R 3 R Substituindo o resultado do item a em (equação 1), temos: v 2 = 2gh = 2g ⋅ c) Vestibulares 1 R 3 =2 R 3 R− A partir da relação fundamental da trigonometria, é possível determinar o sen θ e substituí-lo em (equação 2): senθ = 1 − cos 2 θ = 1 − a T = gsenθ = 4 5 = 9 3 5 g 3 e) A metade da velocidade máxima é obtida pela conservação da energia mecânica da posição inicial até o esquimó chegar ao solo: 2 mv MÁX = mgR ⇒ VMÁX = 2gR 2 1 1 V = VMÁX = 2gR 2 2 Essa velocidade acontece a uma altura h’ do solo. Aplicando a conservação da energia mecânica entre a posição inicial e essa posição, temos: 2 2 1 1 m V m 2gR 2 2 + mgh’ = mgR ⇒ h’ = 3 R + mgh’ = mgR ⇒ 2 2 4 Como o esquimó perde contato a uma altura, em relação ao chão, de 2/3 do raio R e a metade da velocidade máxima é atingida quando o esquimó está a uma altura, em relação ao chão, de 3/4 do raio R, o esquimó perde contato com o iglu após atingir a metade da velocidade máxima.