Ó Maria, Rainha dos Apóstolos, criai em mim um coração de Apóstolo. “Modelo perfeito de vida espiritual e apostólica - diz o Concílio – é a bem-aventurada Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos. Levou na terra vida igual à todos, cheia de cuidados familiares; estava sempre intimamente em união com o Filho, cooperando, de modo absolutamente singular, na obra do Salvador”. Na sua intensa vida de oração e de união com Jesus, hauriu Maria a inspiração e a força de seu apostolado. Tendo experimentado no contato íntimo com Deus a inefável realidade do divino amor pelos homens. Tornou-se uma só coisa com a vontade salvífica de Deus, de modo que colaborou da maneira mais sublime e eficaz na obra redentora de Cristo. Colaboração íntima e profunda já que Nossa Senhora, com seu sangue, deu ao Filho de Deus aquela carne e aquela vida humana que lhe possibilitava - a Ele, Verbo Eterno – fazer-se semelhante a nós, sofrer e morrer na Cruz. Colaboração de máximo valor, se considerarmos que Maria não inconsciente se tornou a Mãe do Salvador. De fato, “o Pai das misericórdias quis que a sua aceitação precedesse a Encarnação para que, assim como a mulher contribuiu para a morte, mulher também contribuísse para a vida”. (LG 56) Dar ao mundo o Redentor, aceitar ver morrer entre tormentos o Filho amado foi o sublime apostolado de Maria, brotado de seu imenso amor a Deus. Quanto maior é o amor para com Deus, tanto maior e mais eficaz é o apostolado que dele deriva. Por outro lado, toda obra de apostolado que não derivasse da caridade “nada seria”. 09/02/2008 112