VIROLOGIA
Felipe Seixas
Leandro Parussolo
1892 – Iwanowski – vírus do mosaico do tabaco (TMV)
1898 – Beijerinick – confirmou o resultado de Iwanowski e
referiu-se aos vírus como contagium vivum fluidum.
- Freidrich, Loeffler e Frosch – agente filtravel
causador da Foot-and-mouth disease.
1915 – Frederick Twort – vírus que infectam bactérias.
1917 – Felix d’Herelle – bacteriófagos
1949 – Enders, Weller & Robbins – crescimento do
poliovírus em cultivo de células de origem humana.
1970 – Howard Temin & David Baltimore descoberta da
enzima transcriptase reversa.
1982 – Stanley Prusiner – prion (scrapie).
1983 - Luc Montaigner and Robert Gallo – descoberta
do HIV.
Vírus – Latim “veneno”

Constituem um grupo grande e heterogêneo
de agentes infecciosos;

São os menores agentes infecciosos que se
conhece.
Vírus
Vírus
Características gerais dos vírus

São parasitas intracelulares obrigatórios;

Podem parasitar animais, vegetais, insetos,
bactérias, fungos e algas;

Possuem um único tipo de ácido nucléico,
DNA ou RNA;

São partículas composta de proteína
(capsídeo) que circunda o ácido nucléico
(DNA ou RNA).

Vírus
são
parasitas
intracelulares
obrigatórios que por definição contém
material genético próprio, protegido por
uma cobertura protéica. Alguns vírus
ainda contém um envelope lipídico.

Os vírus não são considerados organismos
vivos porque são inertes fora das células
hospedeiras;

Porém são considerados vivos quando
proliferam dentro da célula hospedeira
infectada;

Clinicamente podem ser considerados vivos
pois causam infecção e doença;

Não possuem capacidade de movimentação.
 Para a sua reprodução os vírus dependem
de uma célula eucariótica ou procariótica,
que
fornece
a
maquinaria
total
ou
parcialmente para a síntese do material
genético e proteínas virais.
Núcleo
Vírus
Célula Eucariótica
TAXONOMIA VIRAL – nomeclatura
Ordem – sufixo virales
FAMÍLIAS – sufixo viridae
SUBFAMÍLIAS – sufixo virinae
GÊNERO – sufixo vírus
ESPÉCIE – variável, sem um sufixo definido
Herpesviridae
Família
Subfamílias
Alphaherpesvirinae
Betaherpesvirinae
Gammaherpesvirinae
Varicellovirus
Cytomegalovirus
Gammaherpesvirus
Herpesvírus humano
tipo III
Citomegalovirus
humano
Herpesvírus bovino
tipo III
Gênero
Espécie
ESTRUTURA VIRAL
Virion

É a partícula viral completa, composta
por um ácido nucléico envolto por uma
cobertura proteica que o protege do
meio ambiente, e serve como veículo
na transmissão de um hospedeiro para
outro.
ESTRUTURA VIRAL
 Componentes do virion:
 Ácido nucleico (DNA ou RNA);
 Capsídeo (subunidades protéicas chamadas
capsômeros);
 Envelope (lipídeos, proteínas e carboidratos).
Ácido nucléico

Os vírus possuem somente DNA ou RNA,
nunca ambos;

O ácido nucléico viral pode ser de fita
simples ou de fita dupla;

Portador
das
infecciosidade.
informações
genéticas
e
Capsídeo

Capsídeo protege o ácido nucléico
viral, e é formado por subunidades
protéicas chamadas de capsômeros
Capsídeo

Formado por capsômeros e estes por
unidades
estruturais
responsável
pela
(proteínas),
antigenicidade
é
e
especificidade;

Pode
apresentar
simetria
icosahédrica
(cúbica), helicoidal ou combinada.
Capsídeo
envelope
capsômeros
Nucleocapsídeo
(capsídeo + genoma)
Simetria viral

Estruturas simétricas do capsídeo

icosahédrica

helicoidal
Simetria icosahédrica
Modelo do adenovírus
VÍRUS poliédricos
Espículas
Envelope
lipoproteico
Acido nucléico
(no cerne)
Capsídeo (capa proteica
formada por capsômeros)
Capsídeo - Herpesvírus
VÍRUS helicoidais
Acido nucléico (no cerne)
Obs. O vírus
helicoidais
podem ser
rígidos ou
flexíveis
a
c
i
e
t
o
r
)
p
s
a
o
p
r
a
e
c
(
m
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a
s
c
p
r
a
o
C
p
a
d
a
form
Simetria helicoidal
Vírus do mosaico do tabaco
Envelope viral

Alguns vírus possuem o capsídeo coberto por um envelope,
que normalmente consiste de uma combinação de lipídeos,
proteínas e carboidratos;

Alguns vírus humanos saem do hospedeiro por um processo de
extrusão, no qual a partícula é envolvida por uma camada de
membrana plasmática celular que constitui o envelope viral;

Em alguns casos o envelope possui proteínas que se projetam
no envelope, chamadas espículas, estas proteínas são
codificadas pelo genoma viral.
Envelope Viral
Necessário
para infectividade;
Co-responsável
pela antigenicidade;
Adquirido
na fase final da replicação viral;
Derivado
diretamente de membranas celulares;
Membrana
celular + Proteínas virais.
Proteínas Virais
Qual a função das proteínas virais?
Protegem
o ácido nucléico
Penetração
Ligação
na membrana celular
a receptores celulares
Além da importância para a estrutura e
manutenção do vírus da natureza, qual
outra função das proteínas virais?
Grupos,
Tipo
-A
tipos (sorotipos), isolados
Tipo -A antígeno
específico
Tipo - B
Antígeno grupo específico
Tipo - C
Grupos
(Ex.. Vírus da gripe)
isolado
Tipo - C antígeno
específico
Sorotipos e anticorpos neutralizantes
Den-1
Den-2
Den-3
Den-4
Sorotipos do vírus da Dengue
receptor
Proteína de
ligação ao
receptor
celular
Anticorpos anti proteína de
ligação do sorotipo Den-1 vão
neutralizar vírus do sorotipo
Den-1, mas não do sorotipo
Den-2.
SISTEMA VÍRUS-CÉLULA
Replicação Viral
Infecção
Definição:
Os vírus são entidades infecciosas não
celulares cujo genoma pode ser DNA e/ou RNA.
Replicam-se somente em células vivas, utilizando
toda a maquinaria de biossíntese e de produção de
energia da célula para a síntese e transferência de
copias de seu próprio genoma para outras células.
SISTEMA VÍRUS-CÉLULA
Replicação Viral Infecção
A reprodução do vírus
Os
vírus dependem da energia e do mecanismo
de síntese das células parasitadas;
Os
vírus patogênicos aos humanos penetram na
célula e o processo de divisão se dá em seu
interior.

Devido ao grande número de tipos de vírus humanos
na natureza, os processos de reprodução são
variados, podem ocorrer no núcleo ou citoplasma da
célula infectada;

Porém há algumas fases que são comum em todas
as infecções virais:






Adsorção (fixação)
Penetração
Desnudamento
Replicação
Reunião das partículas (maturação)
Liberação
Adsorção (fixação)

É uma ligação do vírus com a superfície da
célula. Ocorre com a participação de receptores
específicos entre a superfície da célula
hospedeira e do virion;

Os vírus envelopados possuem proteínas e
fixam-se através destas. Os não envelopados
possuem regiões que se ligam aos receptores
das células.
Adsorção (fixação)

A especificidade destas interações é
alta, como em um modelo chavefechadura, e determina o tropismo viral
para infectar determinadas células e
tecidos específicos.
Penetração

Pode ser por uma invaginação da membrana celular
em
volta
da
partícula
viral,
englobando-a
(endocitose);

Os vírus que possuem envelope sofrem fusão do
envoltório
lipoprotéico
viral
com
a
membrana
citoplasmática da célula, liberando o núcleo capsídio no interior dela.
Desnudamento
(Decapsidação)

Nesta fase o envoltório proteico (capsídeo) da
partícula viral é removido pela ação de enzimas
celulares existentes nos lisossomos com liberação
do ác. nucléico viral;

“Nesse momento alguns vírus podem ser destruídos
pela ação destas enzimas logo no início do
processo, perdendo a capacidade de infecção.”
Replicação

Após o desnudamento, o ác. nucléico é liberado no
interior da célula e inicia-se a Transcrição;

Transcrição: mudança nas bases nitrogenadas do ác.
nucléico;

A fase de replicação é diferente para RNA e DNA
vírus.
Replicação Viral
Penetração – por endocitose ou fusão.
Transcrição
e tradução precoces – proteínas relacionadas a
regulação da replicação.
Replicação do material genômico – produção de cópias do
material genético viral.
Transcrição e tradução tardios – proteínas estruturais.

Maturação viral – as proteínas estruturais unem-se com as cópias do
ác. Nucléicos, formando um novo vírus que pode ou não receber um
envelope formado a partir da membrana celular (RNA) ou nuclear (DNA
vírus).
 Liberação – arranjo final das proteínas estruturais e
saída da
célula por brotamento, exocitose ou lise.
Etapas :
a) Adsorção ou aderência
b) Penetração
c) Decapsidação
c) Biossíntesse viral
c) Maturação e liberação
Penetração do vírion na célula hospedeira pela
fusão do envelope viral e membrana celular
Vírion
Envelope viral
funde-se com a
membrana celular
Envelope viral
integrado à
membrana celular
Nucleocapsídeo
Envelope viral
Membrana
celular
Citoplasma da célula hospedeira
Penetração de um vírion em célula hospedeira por ingestão
vacuolar com um vírus envelopado
Membrana celular
Vacúolo
Citoplasma célula hospedeira
Lisossomo
Liberação do nucleocapsídeo
Vesícula
Ex: Vírus
do herpes
1. Adsorção
2. Penetração e
desnudamento
3. Replicação do
mat. genético e
síntese de
proteínas virais
4. Maturação
5. Liberação
RNA vírus
Liberação por Brotamento – vírus envelopado
Liberação por exocitose – vírus envelopado ou nu
DNA vírus
Espículas (carboidratoproteína) presentes ou não
O envelope
nem sempre
está presente
EL=Envelope lipoprotéico
(lipídios, proteínas,
carboidratos)
CP=Capsídeo (formado
por proteínas chamadas
capsômeros)
AC= Ácido
nucleico
ÁCIDOS NUCLEICOS (DNA e/ou RNA)
Os vírus muitas vezes são divididos em
dois grupos, de acordo com o tipo de
ácido nucleico (DNA ou RNA) que exibem
como material genético; todos os vírus
contém um ou outro. No entanto, há
ainda um terceiro grupo de vírus que
emprega ambos (DNA e RNA) como
material genético, ocorrendo em
diferentes estágios de seu ciclo
reprodutivo. Ex: Retrovírus
(Madigan et al., 2008)
CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS QUANTO
AO TIPO DE ÁCIDO NUCLÉICO
Vírus com DNA.
DNA RNA  Proteína
Ex.: Bacteriófago
Poxvírus (Varíola)
Herpesvírus
Hepadnavírus (HepatiteB)
Papovavírus (HPV)
Vírus com RNA.
RNA  Proteínas
Ex.: Influenza (Gripe)
Rabdovírus(Raiva)
Filovírus(Ebola)
Reovírus(Encefalite)
Flavivírus(Hepatite C)
Paramixovírus(Sarampo,caxumba)
Vírus com RNA e Transcriptase
Reversa
RNA DNA RNA PROTEÍNAS.
Ex.: HIV
HTLV-1
HTLV -2
RNA vírus

O vírus que possui o RNA, após penetrar na célula
do
hospedeiro,
irá
perder
seu
capsídeo
(desnudamento), e o seu ácido nucléico (RNA) irá
se duplicar no citoplasma da célula infectada, após
o RNA viral fará a transcrição em RNAm, que irá
aos ribossomos e codificará (tradução) as proteínas
estruturais e não estruturais (ác. nucléico) que
formarão o capsídio viral.
Doenças Virais em Humanos
RNA Vírus
Dengue e Febre amarela
gênero: Flavivírus
Transmissor: fêmea Aedes aegypti
(RNA envelopado)
Hematofaga!!
Dengue

A Dengue é uma virose, ou seja, uma
doença causada por vírus. O vírus (família
flaviridae) é transmitido para uma pessoa
através da picada da fêmea contaminada do
mosquito Aedes aegypti.
DENGUE
Vírus: sorotipos Den-1, Den-2, Den-3 e Den-4
{(Den-5)}
- Tipo 4 voltou a circular no Brasil após 30 anos.
Característica: endêmica no Brasil desde a
década de 80
Sintomas
dores de cabeça e
muscular;
• febre alta
• vermelhidão no corpo;
• aumento das glândulas
linfáticas;
• comprometimento das
vias aéreas superiores.
•
DENGUE
Sintomas (hemorrágica):
(geralmente segunda infecção)
 Hemorragias
gastrointestinal, cutânea, gengival e
nasal;
 Tontura;
 Queda de pressão;
Pode levar à morte.
Prevenção (profilaxia)
FEBRE AMARELA
Sintomas :



Uma fase de 3 dias: febre calafrios, dor de cabeça, náuseas,
vômitos e dores musculares;
Melhora: 1 a 2 dias;
Fase com sintomas graves: insuficiência renal e hepática,
hemorragias e redução da frequência dos batimentos
cardíacos;
Pode levar à morte.
FEBRE AMARELA
Transmissão (2 formas):


Urbana: fêmea Aedes aegypti
Silvestre: espécies do gênero Haemagogus
- Norte (macacos são hospedeiros principais, o homem
e hospedeiro acidental)
Prevenção
Mesmas medidas usadas na dengue e também através da vacinação.
A vacinação deve ser aplicada de 10 a 20 dias antes da viagem/
reaplicada a cada 10 anos
RUBÉOLA
Vírus: Rubivirus (RNA envelopado)
Transmissão:
- Saliva
- Contato direto com pessoas contaminadas
RUBÉOLA
Características: febre baixa, aumento dos linfonodos do
pescoço e pequenas manchas vermelhas no corpo.
Pode ser grave se ocorrer em gestantes (surdez e catarata)
Profilaxia:
Vacinação (tríplice - Sarampo + caxumba)
evitar contato com doentes;
A cepa utilizada no Brasil é a RA27/3,
via subcutânea.
GRIPE
Vírus: Influenzavirus (RNA envelopado)
Influenza A (diferentes animais),
B e C (humanos).
Três tipos de Influenzavírus:
Tipo A ou Flu A: mais importante,
grandes pandemias

Tipo B ou Flu B: menor frequência de
epidemias, infecta somente humanos

Tipo C ou Flu C: doenças respiratórias
leves, infecta somente humanos

• Influenzavírus - Características
Segmentado
◦ A e B: 8 segmentos de RNA
◦ C: 7 segmentos de RNA
2 proteínas importantes no envelope: H e N:
– H (hemaglutinina): responsável pela ligação do
vírus às células do hospedeiro, 500 moléculas em
cada vírus;
– N (neuraminidase): cliva o ácido neuramínico
(presente no muco), 100 a 250 moléculas em cada
vírus.
Gripe humana (H1, H3, h3, H5, H9 e N1 e N2)
PANDEMIAS DE INFLUENZA NO
SÉCULO XX - XXI
1918:“Gripe
Espanhola”
A (H1N1)
1957: “Gripe
Asiática”
A (H2N2)
1968: “Gripe
Hong-Kong”
A (H3N2)
2003: “Gripe
Aviária”
A (H5N1)
2009: “Gripe
SUÍNA”
A (H1N1)
50-100
Milhões de
mortes
1- 4 Milhões
de mortes
1- 4 Milhões
de mortes
(?) de mortes
(?) de mortes
Riscos de complicações
Idosos
> 60 anos
Crianças
< 2 anos
Gestantes
portadores
de doenças crônicas
Complicações: pneumonias (internação hospitalar)
MEDIDAS SIMPLES QUE A POPULAÇÃO DEVE
TOMAR PARA PROTEGER CONTRA A GRIPE
Lavar as mãos frequentemente com água e sabão,
especialmente depois de tossir ou espirrar.
MEDIDAS PREVENTIVAS
Ao tossir ou espirrar cobrir o nariz e a boca
com um lenço, preferencialmente
descartável.
RESFRIADO
Vírus: Rhinovirus (RNA não-envelopado)
(+ de 200 tipos)
Transmissão:
via respiratória.
RESFRIADO
Características: afeta as vias aéreas superiores.
Profilaxia:
Evitar contato direto com doentes;
Evitar frio, bebidas geladas e ambientes fechados;
RESFRIADO/INFLUENZA
Diferenças
POLIOMIELITE
Vírus: poliovírus (RNA não-envelopado)
Transmissão:
saliva
ingestão de água ou alimentos contaminados por
excretas de pessoas contaminadas
POLIOMIELITE
Características: entra pela boca, no intestino passa para o
sangue. Afeta o sistema nervoso e a musculatura
Profilaxia:
vacinação
Hepatite
•
Agente: Vírus (tipos A,B,C,D,E).
•
Transmissão: contagio direto, água, alimentos e utensílios
contaminados, sangue contaminado e contato sexual (DST).
•
Sintomas: mal-estar, fraqueza, falta de apetite, náuseas,
dores abdominais, icterícia, cirrose hepática.
•
Prevenção:
vacinas,
medidas
de
higiene,
preservativos, controle dos bancos de sangue.
uso
de
CAXUMBA
Vírus: Paramixovirus (RNA envelopado)
Transmissão:
via respiratória
uso comum de utensílios domésticos
a devida higienização
sem
Características: inflamação das glândulas
salivares
(parotidas). Pode infectar testículos (esterilidade em
casos raros), ovários, pâncreas e cérebro.
CAXUMBA
Profilaxia:
vacinação (tríplice viral)
evitar contato com o doente ou
com objetos contaminados.
SARAMPO
Vírus: Paramixovirus (RNA envelopado)
Transmissão:
via respiratória
saliva
SARAMPO
Características: Febre, manchas vermelhas na pele,
tosse, coriza e manchas brancas na face interna
das bochechas
Profilaxia:
vacinação (tríplice)
evitar contato
direto com doentes
Raiva
(Hidrofobia)
Transmissão: mordida de
- Cachorro
- Gato
Causador: Rabdovirus
RNA vírus
- Furão
(ferrets)
- Raposas
- Coiotes
- Guaxinins
- Gambás
- Morcegos
Raiva humana

Hospedeiro acidental

Incubação - 20 e 60 dias

Sintomas :
- Confusão
- Desorientação
- Agressividade
- Alucinações
- Dificuldade de deglutir
- Paralisia motora
- Espasmos
- Salivação excessiva
100% de morte após os sintomas
DNA vírus

O DNA vírus, irá penetrar a célula do hospedeiro, e sofrerá o
desnudamento, no citoplasma;

Após seu ácido nucléico (DNA) penetra o núcleo da célula
infectada, onde a enzima Transcriptase celular irá transcrever
em RNAm, que irá deixar o núcleo em direção ao citoplasma,
codificando (tradução) no ribossomos as proteínas estruturais e
não estruturais (Replicase – cópias do ác. nucléico viral), que
serão introduzidas no núcleo e formarão o capsídeo e o DNA
viral que foi copiado.

Tradução
– é a passagem do RNAm pelos
ribossomos
(aminoácidos),
estimulando-os
a
sintetizar as proteínas estruturais que irão formar o
capsídeo, e as proteínas não estruturais que
atuarão como enzimas envolvidas no metabolismo
do DNA, como a Replicase que vão atuar na síntese
viral, sendo responsável pelas cópias do ác.
nucléico viral.
Doenças Virais em Humanos
DNA Vírus
VARÍOLA
Vírus: Poxvirus (DNA envelopado)
Transmissão:
Saliva;
Contato direto com as lesões;
Uso de utensílios contaminados.
VARÍOLA
Características: feridas grandes e numerosas na pele que deixam cicatrizes.
Profilaxia:
vacinação
* doença já erradicada
CATAPORA (ou VARICELA)
Vírus: Herpesvirus (DNA envelopado)
Imunidade:
Quem já teve a doença dificilmente a
desenvolverá novamente
Transmissão:
- saliva
- contato direto ou indireto com as lesões da pele
CATAPORA (ou VARICELA)
Características: erupções cutâneas que causam
coceira intensa; geralmente não deixa cicatriz.
Profilaxia:
Vacinação (particular);
Evitar o contato direto com doentes.
CATAPORA  Herpes Zoster
O vírus tem a habilidade de ficar latente no corpo.
Migra ate os gânglios nervosos que ficam perto da coluna;
Apos um longo período (baixa imunidade) Herpes Zoster.
Migra pelos nervos periféricos
ate os nervos sensoriais da
pele, onde se manifestam
provocando feridas que se
dispõem ao longo do trajeto do
nervo e que causa muita dor.
Herpes Labial
Causador: HSV 1
(vírus do herpes simples tipo 1)
Fica latente no gânglio nervoso
do nervo trigêmeo
Sintomas
Transmissão
Via oral ou respiratória, ou
pelo contato com as feridas
na fase de manifestação da
doença
Herpes genital
Causador: HSV 2
Fica latente no gânglio nervoso
do nervo sacral
Sintomas
Transmissão:
Contato sexual na fase de
manifestação da doença.
RETROVÍRUS
O que é um retrovírus?
É qualquer vírus que possui o RNA como material
genético e que, após a infecção da célula hospedeira
precisa transformá-lo em DNA para conseguir se
reproduzir. Estes micro-organismos só conseguem
fazer isso porque possuem uma enzima especial, a
transcriptase reversa.

RNA(viral) --------------→ DNA(viral)
Como o vírus HIV se reproduz no
organismo humano?

O vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana)
é um retrovírus específico, ou seja, ele ataca
apenas um tipo de célula humana, o linfócito T.
Este linfócito é uma célula de defesa muito
importante.
Replicação Vírica de um Retrovírus
(RNAvírus)

O retrovírus diferencia-se dos outros RNA vírus por possuir a
enzima Transcriptase Reversa (TR), que é uma DNA
polimerase RNA dependente;

O genoma viral é RNA;

Após o desnudamento, o ác. nucléico (RNA), fica livre no
citoplasma da célula infectada, e sofre a ação da Transcriptase
Reversa, que vai copiar em DNA, esse DNA será então
duplicado por ação de outra enzima, e o RNA original será
destruído por enzimas celulares. O DNA viral duplicado irá para
o núcleo da célula e se incorpora ao DNA da célula, com as
informações do RNA original. A célula vai se duplicar,
duplicando esse DNA junto sem perceber o invasor;

Nesta fase algumas células são eliminadas pelos
macrófagos, mas outras ficam no organismo por
tempo indeterminado sendo o indivíduo portador
aparentemente normal. Quando a célula duplica,
também sintetiza proteínas e nessa situação vão
sintetizar proteínas erradas que não formam
capsídeos virais e nem partes da própria célula, é
estranha, então há produção de anticorpos para a
proteína sem importância para o organismo e sim
para o diagnóstico.

Fatores que levam à reversão (voltar a ser RNA):
- Estresse
- Subst. Imunossupressoras
- Drogas (Cocaína)
Quando volta a ser RNA vai para o citoplasma,
funciona como o RNA vírus e causa a doença, pois
haverá a multiplicação normal, com proteínas
estruturais e não estruturais.
Ciclo reprodutivo do
vírus HIV:
Ciclo reprodutivo do vírus HIV:
HIV
O AGENTE
ETIOLÓGICO DA
SÍNDROME DA
IMUNODEFICIÊNCIA
ADIQUIRIDA, EM
SERES HUMANOS.
AIDS
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
(sigla do inglês: Acquired Immune Deficiency Syndrome)
Familia: Retroviridae (retrovírus envelopado)
SÍNDROME DA
IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
1.
ESTE VÍRUS
PROPORCIONA A
DIMINUIÇÃO DO TEOR
DE LINFÓCITOS T4 NO
ORGANISMO;
2.
O ORGANISMO FICA
VULNERÁVEL A
DIVERSAS
PATOLOGIAS.
REPRODUÇÃO DO HIV
AIDS
Sintomas:
 Inicialmente
assintomático;
 febre, fadiga, inchaço nos linfonodos, diminuição do número de
linfócitos;
 São acometidos por outros vírus, ex.: herpes;
 infecções oportunistas.
Transmissão:
 relações
sexuais;
 uso de seringas ou material cirúrgico;
 mãe-filho (gestação ou lactação).
AIDS
Tratamento:

Vacinação ineficaz  alta capacidade de mutação viral
Drogas inibidoras de enzimas que atuam no ciclo viral  ex:
AZT, 3TC, DDI e DDC (inibem a transcriptase reversa)
Ex: outros inibem a protease

Coquetel de drogas!!!!
(evitar o aparecimento de formas resistentes)
HTLV - 1

Vírus linfotrópico da célula humana.
•
Família: Retroviridae;
Causa Linfoma de Células T;
Responsável também pela Paraparesia Espástica
Tropical/Mielopatia (quadro neurológico degenerativo
crônico);
Mundo: 10 a 20 milhões de infectados mas somente 2 a
3% desenvolvem o Linfoma de células T.
•
•
•
HTLV - 1

Transmissão:
•
Contato sexual;
Amamentação;
Transfusão sanguínea;
Agulhas e instrumentos contaminados com
sangue.
•
•
•
Interferon

É um inibidor viral, produzido pelas células
parasitadas por um vírus. É uma proteína
ácido estável, conserva-se ativo, inclusive
em um valor de pH 2 a 3, sensível a tripsina.

Células produtoras: fibroblastos no tecido
conjuntivo, linfócitos, leucócitos, células
hepáticas, renais...

Interação:
O Interferon não impede a penetração do vírus,
somente inibe a tradução, não havendo a síntese de
vírus infecciosos. O Interferon não tem influência
sobre o vírus fora da célula.
A proteína antiviral vai incapacitar a tradução do ác.
nucléico do vírus, não há formação de proteína
estrutural e não estrutural.

Engenharia Génetica: interferon produzido
industrialmente para uso em tratamento de
infecções virais.

Interferon protege apenas as espécies de
células que os produz, e não demonstra
especificidade em relação ao vírus que inibe.
PRIONS

São proteínas infectantes, mas não são considerados
vírus, por não ser visualizado o ác. nucléico ( RNA ou
DNA).

Prion = partículas proteináceas infectantes.
- Multiplicam-se rapidamente e são capazes de converter
moléculas de proteína em substância perigosa,
simplesmente alterando sua estrutura espacial. São
responsáveis por doenças transmissíveis e hereditárias.

Teorias:

Particularidades:
- Resistentes ao formaldeído;
- Resistentes as proteases nucleares;
- Resistentes à pasteurização e cozimento
normal;
- Resistem 24 h. ao calor seco a 160o C;
- São inativados na autoclavagem (120o C
em 30 min);
Encefalopatia Espongiforme Bovina
“EEB” (vaca louca):

Degenerações fatais no cérebro, ocorrendo tanto no homem
como em animais.

As degenerações são caracterizadas pela presença de vacúolos
microscópicos e deposição de proteínas amielóides na
substância cinzenta no cérebro.

Período de incubação: 4 a 5 anos.

Evolução da doença para morte: 1 a 14 semanas ou até 1 ano.

Sintomas: pânico, nervosismo, medo, agressividade, salivação,
tremores.

Transmissão: não há evidências que possa ser por contato direto
entre bovinos ou entre bovinos e outras espécies. Porém há uma
baixa evidência que possa haver transmissão maternal.
Corpúsculo de Inclusão (C.I.)

Ocorre no núcleo ou citoplasma da célula infectada,
parecem estruturas esféricas que se coram
tipicamente e pode ser visualizados ao microscópio
= 2 a 10 nm.

São agregados de vírus incompletos e que se
formam sempre no local da multiplicação viral
(citoplasma ou núcleo da célula infectada).
- Corpúsculo de inclusão citoplasmático : ex. : raiva
- Corpúsculo de inclusão nuclear: ex. : hepatite
- Corpúsculo de inclusão citop. e nuclear: ex. : sarampo
Diagnóstico
- Microscopia eletrônica – necessita de muitas
partículas (~1011/mL)
Diagnóstico

Pode-se utilizar para a identificação do
vírus infectante:
- Provas histológicas
- Provas sorológicas

Prova histológica: ex. Raiva

O Corpúsculo de Inclusão de Negri (raiva) - a importância de
saber sua presença é o diagnóstico.

O da raiva localiza-se no citoplasma (são restos da replicação,
misturados com substâncias da célula).

Utiliza-se os Cornos de Amon, localizado no Hipocampo. Fazse um esfregaço por impressão, cora-se e observa o
Corpúsculo de Inclusão num microscópio óptico.

Caso não tenha o C. I., não significa que não tem a doença.
Sorologia
Propriedades sorológicas de determinados vírus
Auxiliar aos outros métodos
Técnicas moleculares
PCR
RT-PCR
CULTIVO CELULAR
Cultivo Primário/Secundário:
Células de Linhagem
PB-Pulmão Bovino
MDBK(Madin- Darby Bovine Kidney)Rim Bovino
PFB-Pulmão de Feto Bovino
BT(Bovine Turbinate)-Corneto Bovino
RB-Rim Bovino
VERO-Rim de Macaco
MSC-Membrana Sinovial Caprina
CRFK(Crandell-Rees Feline Kidney)Rim Felino
TT-Testículo de Terneiro
MDCK(Madin-Darby Canine Kidney)Rim Canino
PCO-Plexo Coróide Ovino
BHK-21(Baby Hamster Kidney)-Rim de
Hamster
Cultivos Celulares
MSO50
TMSOpSV1
CONTAMINAÇÕES
Micro-organismos

manipulação

ambiente

material
CULTIVO PRIMÁRIO
Fibroblasto camundongo
CULTIVO PRIMÁRIO
Fibroblasto camundongo
útero prenhe
CULTIVO PRIMÁRIO
Fibroblasto camundongo
fetos
CULTIVO PRIMÁRIO
Fibroblasto camundongo
Fetos macerados
CULTIVO PRIMÁRIO
Rim
Retirada da cavidade
CULTIVO PRIMÁRIO
Rim
Retirada da pélve e cálice
CULTIVO PRIMÁRIO
Rim
Preparo para digestão enzimática
CULTIVO PRIMÁRIO
Fibroblasto de embrião de galinha
CULTIVO PRIMÁRIO
Fibroblasto de embrião de galinha
CULTIVO PRIMÁRIO
Fibroblasto de embrião de galinha
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Felipe Seixas Leandro Parussolo - Docente