ESPAÇO PARA LOGOMARCA OU BRASÃO DA INSTITUIÇÃO ATENDIMENTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE GESTANTES VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Silva AF¹; Lopes EITC¹; Silva DFCD¹; Araújo EA¹; Sousa BDM¹ ¹ Universidade Federal do Rio Grande do Norte INTRODUÇÃO A violência domés8ca, :sica ou psicológica, contra gestantes consiste em um grave problema é8co de saúde pública, devido ao seu drás8co efeito sobre a saúde materna e do nascituro. Há relatos na literatura de queixas obstétricas como sangramento vaginal, maior risco do parto precoce, lactentes com baixo peso ao nascer, depressão e outros transtornos psiquiátricos. OBJETIVOS Este estudo tem como propósito revisar a literatura existente acerca dos fatores de risco e dos efeitos associados à violência domés8ca contra as mulheres grávidas gestantes assis8das pela rede de atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS). METODOLOGIA Realizou-­‐se revisão bibliográfica integra8va, por meio das bases de dados PubMed e LILACS. Os descritores u8lizados foram pregnant ou pregnancy juntamente com primary health care, violence e Brazil. Houve retorno de 25 ar8gos na PubMed e 55 na LILACS. Após descarte de duplicados e análise do \tulo e resumo dos trabalhos, foram selecionados 10 ar8gos da PubMed e 8 da LILACS aptos para compor a revisão. 80 ar8gos RESULTADOS Os dados ob8dos revelam que os principais fatores associados à violência domés8ca contra gestantes são: baixa escolaridade e renda; parceiro ín8mo desempregado e usuário de drogas; e gravidez não planejada. Encontrou-­‐se, também, relação entre a frequência do relato de violência psicológica e o desenvolvimento de depressão pós-­‐parto. Constatou-­‐se, nos agressores, alta prevalência de transtornos mentais. Foi apontada, ainda, a importância da abordagem do tema e acompanhamento por equipe mul8profissional, sendo necessária a devida capacitação desta. No entanto, evidenciou-­‐se que os profissionais da atenção primária à saúde não recebem qualificação específica para lidar com esse problema tão prevalente – de caráter é8co, social, :sico, mental e psicológico. 18 selecionados CONCLUSÕES Conclui-­‐se que a violência domés8ca contra gestantes ainda é bastante comum, em especial em grupos familiares desestabilizados socialmente. Ao mesmo tempo, essa violência domés8ca é pouco abordada e discu8da devido à subno8ficação, à carência de preparo dos profissionais da atenção básica frente ao tema e à negligência com que essa problemá8ca é tratada pelas autoridades competentes. REFERÊNCIAS 1) AUDI, Celene Aparecida Ferrari et al. Adverse health events associated with domes8c violence during pregnancy among Brazilian women. Midwifery, [s.l.], v. 28, n. 4, p.416-­‐421, ago. 2012. Elsevier BV. DOI: 10.1016/j.midw.2011.05.010. 2) AUDI, Celene Aparecida Ferrari et al . Violência domés8ca na gravidez: prevalência e fatores associados. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 42, n. 5, p. 877-­‐885, out. 2008 3) BONFIM, Elisiane Gomes; LOPES, Marta Julia Maques; PERETTO, Marcele. Os registros profissionais no atendimento pré-­‐natal e a (in)visibilidade da violência domés8ca contra a mulher. Esc Anna Nery Rev Enferm, [s.i.], v. 14, n. 1, p.97-­‐104, mar. 2010. 4) GRAVENA, Ana Carolina; WILLIAMS, Lúcia Cavelcan8 de Albuquerque. Intervenção com Gestantes adolescentes de baixo poder aquisi8vo: prevenção de maus tratos e neglicência. Temas Desenvolv, [s.i.], v. 75, n. 13, p.14-­‐20, jun. 2004. 5) LUDERMIR, Ana Bernarda et al. Violence against women by their in8mate partner during pregnancy and postnatal depression: a prospec8ve cohort study. The Lancet, [s.l.], v. 376, n. 9744, p.903-­‐910, set. 2010. Elsevier BV. 6) LUDERMIR, Ana Bernarda; VALONGUEIRO, Sandra; ARAðJO, Thália Velho Barreto de. Common mental disorders and in8mate partner violence in pregnancy. Revista de Saúde Pública, [s.l.], v. 48, n. 1, p.29-­‐35, 2014. FapUNIFESP (SciELO). DOI: 10.1590/
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