SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Amanda Fraga Felix¹; Luana Bello Estrela²; Suelen Cristina de Alcantara Pereira³; Suely Lopez de Azevedo⁴; Carlos Magno Carvalho⁵ INTRODUÇÃO: A Atenção Primária a Saúde vem demonstrando ser um elemento-chave na constituição dos sistemas nacionais de saúde, com capacidade de influir nos indicadores de saúde e com grande potencial regulador da utilização dos recursos de alta densidade tecnológica, garantindo o acesso universal aos serviços que tragam reais benefícios a saúde da população¹. A incidência e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) estão entre as principais causas de mortalidade e de incapacidade prematura na maioria dos países. Dentre os fatores desencadeantes, podemos citar a modernidade da sociedade que leva a hábitos de riscos como: consumo de alimentos industrializados, estresse, tabagismo, sedentarismo, etilismo, carga horária elevada no trabalho, dentre outros². A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) constitui um caminho a ser utilizado por enfermeiros para a realização da consulta de enfermagem que possibilita a identificação das respostas dos pacientes aos problemas de saúde e aos processos vitais que exigem intervenções. Esta é pautada no processo de enfermagem, que consiste em cinco etapas inter-relacionadas: histórico ou investigação, diagnóstico, planejamento ou prescrição, implementação e avaliação ou evolução de "uma forma sistemática e dinâmica de prestar os cuidados de enfermagem³. Prestar assistência por meio sistemático ao cliente crônico tem sido uma crescente preocupação dos enfermeiros, que vêm buscando implementar protocolos voltados para a padronização da assistência nos programas de educação em saúde e aprender e discorrer mais sobre a temática em equipe. Neste sentido, sistematizar viabiliza ações mais resolutivas e 1 Acadêmica do sétimo período do curso de graduação de Enfermagem da UFF. Bolsista de ExtensãoPROEX/UFF Email: [email protected] 2 Acadêmica do sétimo período do curso de graduação de Enfermagem da UFF. Bolsista de Extensão PROEXUFF ³ Acadêmica do nono período do curso de graduação de Enfermagem da UFF. Bolsista de Extensão PROEXUFF 4 Professor do Departamento MFE da Escola de Enfermagem UFF. 5 Enfermeiro. Professor Substituto do Departamento MFEP da Escola de Enfermagem UFF 453 incentiva atividades de caráter preventivo, multidisciplinar, voltadas para a conscientização da população, pois ressalta os potenciais positivos destas frente a melhora de quadro clínico dos usuários do SUS. OBJETIVOS: Evidenciar a importância da implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem na Policlínica Dr. Renato Silva, abrangendo todas as etapas do processo de enfermagem. Para isto tornase necessário conhecer o perfil dos pacientes do Programa Hiperdia, através do mapeamento dos problemas de enfermagem identificados, introduzindo as classificações das práticas de enfermagem através da linguagem padronizada: Nanda, Nic e Noc, além de determinar a associação entre os diagnósticos, elaborando as melhores intervenções e avaliando seus resultados de enfermagem nos pacientes com Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. METODOLOGIA: Este trabalho é um relato de experiência de projeto de extensão universitária em andamento, elaborado na Policlínica Dr. Renato da Silva, bairro Engenhoca, Niterói. Para sua elaboração, foi utilizada a observação e prática de ações nas consultas de enfermagem, além de pesquisa na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) para embasar o referencial teórico. RESULTADOS: O instrumento que foi implementado e implantando até o dado momento no Hiperdia, corresponde somente a fase I do Processo de Enfermagem. O que corresponde a fase II foi implementado, mas ainda não validado. Na consulta, os pacientes são informados sobre a doença, seu controle e tratamento. É orientado a buscar o cuidar de si, através da conscientização da importância de mudanças de hábitos, tais como: manutenção do peso adequado, prática regular de exercício, baixo consumo de bebidas alcoólicas e evitar o tabagismo, objetivando manter a glicemia e a pressão arterial com valores o mais próximo do normal. Além disso, são realizados mensalmente, grupos educativos, a fim de se estabelecer uma percepção a cerca do que se foi consolidado nas consultas e do que ainda precisa ser entendido/aprimorado, entendendo os usuários como integrantes de uma comunidade ao entorno e respeitando suas características particulares. Entretanto, 1 Acadêmica do sétimo período do curso de graduação de Enfermagem da UFF. Bolsista de ExtensãoPROEX/UFF Email: [email protected] 2 Acadêmica do sétimo período do curso de graduação de Enfermagem da UFF. Bolsista de Extensão PROEXUFF ³ Acadêmica do nono período do curso de graduação de Enfermagem da UFF. Bolsista de Extensão PROEXUFF 4 Professor do Departamento MFE da Escola de Enfermagem UFF. 5 Enfermeiro. Professor Substituto do Departamento MFEP da Escola de Enfermagem UFF 454 não foi possível ainda avaliar toda a potencialidade das ações, porque tais não estão seguindo as fases como um todo. CONCLUSÃO: As características crônicas inerentes a HAS e do DM, bem como suas peculiaridades, evidenciam a importância de se ofertar uma assistência completa, integrada com equipe multiprofissional e sistematizada pela Enfermagem. Sistematizar é o meio que viabiliza a efetividade das ações, saindo da superficialidade e adentrando ao conhecimento do cliente e suas necessidades nos pontos mais importantes. Desenvolver ações específicas no planejamento desta assistência são necessidades identificadas pelo enfermeiro para realmente ocasionar mudança de pensamentos e ações, mudanças estas que, ao longo do processo de enfermagem, podem ser identificadas, na melhora/estabilidade de quadro clínico. DESCRITORES: ENFERMAGEM; PROCESSO DE ENFERMAGEM; ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE. Área Temática: Processo de Cuidar em Saúde Pública/Coletiva. REFERÊNCIAS ¹ Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Atenção Primária e Promoção da Saúde / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. –Brasília : CONASS, 2011. 197 p. (Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011, 3) ² Alves FG, Nakashima LMA, Klein GFS. Fatores de risco para hipertenção arterialsistêmica em docentes do curso de enfermagem de uma universidade privada da cidade de São Paulo.Rev Saúde Gaúcha, 2010, 07 (42): 179-162 1 Acadêmica do sétimo período do curso de graduação de Enfermagem da UFF. Bolsista de ExtensãoPROEX/UFF Email: [email protected] 2 Acadêmica do sétimo período do curso de graduação de Enfermagem da UFF. Bolsista de Extensão PROEXUFF ³ Acadêmica do nono período do curso de graduação de Enfermagem da UFF. Bolsista de Extensão PROEXUFF 4 Professor do Departamento MFE da Escola de Enfermagem UFF. 5 Enfermeiro. Professor Substituto do Departamento MFEP da Escola de Enfermagem UFF 455 ³ Alfaro-Léfevre R. Aplicação do processo de enfermagem: um guia passo a passo. Porto Alegre (RS): Artes Médicas; 2002 1 Acadêmica do sétimo período do curso de graduação de Enfermagem da UFF. Bolsista de ExtensãoPROEX/UFF Email: [email protected] 2 Acadêmica do sétimo período do curso de graduação de Enfermagem da UFF. Bolsista de Extensão PROEXUFF ³ Acadêmica do nono período do curso de graduação de Enfermagem da UFF. Bolsista de Extensão PROEXUFF 4 Professor do Departamento MFE da Escola de Enfermagem UFF. 5 Enfermeiro. Professor Substituto do Departamento MFEP da Escola de Enfermagem UFF 456