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Instituto Mamirauá realiza expedição no sul do Amazonas para estudar espécie de primata | Amazônia | Acritica.com ­ Manaus ­ Amazonas
Instituto Mamirauá realiza
expedição no sul do Amazonas
para estudar espécie de primata
Nesta sexta expedição, o intuito foi buscar informações sobre parâmetros
populacionais da espécie conhecida como Mico marcai
Manaus (AM), 18 de Fevereiro de 2015
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O grupo deu continuidade a uma pesquisa que vem sendo realizada desde 2012
(Divulgação)
Um grupo de pesquisadores do Instituto Mamirauá acabou de
voltar de campo. Eles foram até o sul do estado do Amazonas
para dar continuidade a uma pesquisa que vem sendo
realizada desde 2012. "O objetivo geral deste trabalho é
verificar a ocorrência e a distribuição de uma espécie
conhecida como Mico marcai", conta Felipe Ennes Silva,
pesquisador do Instituto Mamirauá.
Nesta sexta expedição, que ocorreu de 15 de janeiro a 09 de
fevereiro de 2015, o intuito foi buscar informações sobre
parâmetros populacionais da espécie, como densidade ou
abundância.
Felipe iniciou este trabalho na região "porque essa espécie de
primata foi coletada em 1914, durante a 'Expedição Científica
Rondon­Roosevelt'. Três peles de indivíduos de Mico marcai
foram levadas para o Museu Nacional do Rio de Janeiro na
ocasião. Em 1993, um biólogo chamado Ronaldo Alperin,
descreveu a espécie com base nas três peles do museu. É com
base nesse histórico que fomos para a região em 2012".
O primeiro passo foi verificar a presença de fato do primata na
área. Depois, outras expedições delimitaram a área de
distribuição do Mico marcai. A área engloba os municípios de
Manicoré e Novo Aripuanã, ambos no estado do Amazonas.
Estes dados foram levantados em campo, entre os anos de
2013 e 2014.
Na expedição deste ano, foram levantados dados de
abundância da espécie. Os pesquisadores percorrem as trilhas
na floresta, enumerando os animais avistados. Um grupo de
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cinco pessoas percorreu uma área mais ao norte, na região do
Manicoré, onde se discute a criação de uma unidade de
conservação. Um segundo grupo percorreu a região de
confluência dos rios Roosevelt e Aripuanã, onde existe uma
proposta de construção de hidroelétrica.
Além dos dados coletados para os micos, também foram
levantadas informações de primatas em geral. Seguindo a
mesma metodologia, "conseguimos bons dados sobre os zogue­
zogue, um primata do gênero Callicebus, e de parauacus, do
gênero Pithecia", aponta o pesquisador. A pesquisa também
está realizando uma revisão taxonômica do gênero Mico,
apontando para novas classificações de algumas espécies.
Coletar informações sobre estes animais é um trabalho
fundamental para se pensar em estratégias eficientes de
conservação. "Junto com as informações sobre as principais
ameaças para as espécies, vamos analisar todos esses dados
coletados nas expedições para buscarmos parâmetros dos
desafios de conservação de primatas naquela região. Um
problema principal que estamos atacando aqui é a falta de
conhecimento sobre a diversidade da área, em relação à
população de primatas. A falta de conhecimento é um
problema tão grande quanto a perda de hábitat decorrente da
pressão antrópica", afirma Felipe.
Hoje o projeto é conduzido pelo Instituto Mamirauá, em
parceria com Conservation Leadership Programme,
Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Museu Emílio
Goeldi, Universidade Federal de Brasília (UnB) e Universidade
de Salford, na Inglaterra. www.acritica.com.br
Acrítica 2010
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