SISTEMA MICROCONTROLADO PARA CONTROLE E SUPERVISÃO DE EQUIPAMENTOS ELETROELETRÔNICOS UTILIZANDO LABWINDOWS RENAN C. BASONI, JOÃO M. SALOMÃO. Coordenadoria de Engenharia Elétrica, Campus Vitória, Ifes Av. Vitória, 1729, 29040-780 Vitória, ES, BRASIL E-mails: [email protected], [email protected] Abstract This paper presents an integrated system for supervision and control of electronic equipment using a wireless communication network with microcontrollers using a graphical interface implemented in LabWindows development environment. It uses master-slave Communication in a standard network star topology. It enables the user to monitor and control electronic equipment installed, for example, in homes, hotels, motels, public buildings, schools and universities. It monitors the equipment "on-line" including the amount of time that was used and possible flaws in them, saves the information in the database and allows the preparation of sheets and reports with various information of environments and equipment. When applied to a hotel or motel, in case of any defective equipment or a burnt lamp, the supervisory indicates that the suite will not be leased. The system was tested in an environment consisting of models of "suites" containing all the equipment that could be found in a hotel or motel and the results have proven effective thus contributing to the reduction of electric energy waste and assistance in the predictive maintenance of equipments. Keywords Embedded System, Radiofrequency, Intelligent Automation and Supervision Systems. Resumo Este artigo apresenta um sistema integrado para supervisão e controle de equipamentos eletroeletrônicos utilizando uma rede de comunicação sem fio de microcontroladores com uso de uma interface gráfica implementada no ambiente de desenvolvimento LabWindows. A comunicação ocorre no padrão mestre-escravo através de uma rede em topologia estrela, possibilitando ao usuário monitorar e controlar equipamentos eletroeletrônicos instalados em casas, hotéis, motéis, prédios públicos, escolas, universidades dentre outros. Esta rede também monitora os equipamentos de forma “online” incluindo o tempo de uso e possíveis falhas nos mesmos, salva as informações em banco de dados e permite a elaboração de planilhas e relatórios com diversas informações dos ambientes e equipamentos. Quando aplicado a um hotel ou motel, caso haja algum equipamento com defeito ou uma lâmpada queimada, o supervisório indica que a suíte não deverá ser locada. O sistema foi testado em um ambiente constituído por maquetes de “suítes” contendo todos os equipamentos encontrados em um hotel ou motel e os resultados comprovaram sua eficácia contribuindo, desta forma, para a diminuição do desperdício de energia elétrica e o auxílio na manutenção preditiva dos equipamentos. Palavras-chave Sistema Embarcado, Radiofrequência, Automação Inteligente e Supervisão de Sistemas. 1 Introdução De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população brasileira atual é de aproximadamente 204 milhões de pessoas. Devido a isso, o sistema elétrico brasileiro é um dos maiores do mundo. Ele é regulado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) que, através da Resolução Nº 271, de 10 de julho de 2000, estabeleceu os critérios de aplicação de recursos em ações de combate ao desperdício de energia elétrica e desenvolvimento tecnológico do setor elétrico. Uma das ações, nesta resolução, é a estimulação de atividades de pesquisa para auxiliar no combate ao desperdício, o que implica na redução de usinas geradoras e gastos oriundos da produção desta energia e, ainda, minimiza os problemas gerados pela escassez de água enfrentada atualmente. O controle total do uso dos equipamentos e dispositivos eletroeletrônicos não é uma tarefa simples. Associando-se a isso, infelizmente no Brasil, é habitual que as pessoas esqueçam os equipamentos ligados ao sair dos ambientes e tal atitude está diretamente ligada ao desperdício. Atualmente, o modo mais comum de se acionar uma lâmpada, ou qualquer eletrodoméstico, é através do uso de interruptores, controle remoto ou algum tipo de botão liga-desliga. Este procedimento exige a presença da pessoa que necessita locomover-se até o ambiente. Neste trabalho, é apresentado um sistema integrado para monitoramento, supervisão e controle de equipamentos eletroeletrônicos utilizando uma rede de comunicação sem fio de microcontroladores. Ele apresenta uma integração homem-máquina através de uma interface gráfica implementada no ambiente de desenvolvimento LabWindows e destina-se a aplicações em residências, hotéis, motéis, prédios públicos, escolas, universidades dentre outros. 2 Materiais e Métodos 2.1 Sistemas Embarcados Os sistemas embarcados são dispositivos dotados de recursos computacionais sendo dedicados ao desenvolvimento de uma única atividade ou um grupo limitado de atividades. Estes dispositivos são usados para executar tarefas de monitoramento e controle de equipamentos, tais como sensores, motores e chaves, onde o programa de controle está gravado junto do circuito que o executa (Axelson, 2003). 2.1.1 Microcontroladores O desenvolvimento atual da tecnologia nas áreas de automação e robótica deve-se principalmente ao desenvolvimento dos microcontroladores. Eles têm memórias e estruturas que lembram os microcomputadores, executando um software escrito para uma determinada finalidade, sendo extremamente robustos, baratos e confiáveis (Silva, 2006). Neste projeto foi utilizado o microcontrolador Atmega328P fabricado pela Atmel. Ele foi escolhido por ser dotado de mecanismos de interrupções sensíveis à mudança de níveis em todas as suas portas. Assim, ao ocorrer uma intervenção humana, o programa principal é imediatamente interrompido e desviado para a execução da rotina que trata a interrupção. Para a programação do Atmega328P foi utilizado o ambiente de desenvolvimento e compilador Atmel Studio 6.2 da Atmel. 2.1.2 Dispositivos de Entrada e Saída Os dispositivos de entrada são usados para possibilitarem a interação das pessoas com o sistema embarcado, permitindo o controle sobre as variáveis ou algum dispositivo específico. Os dispositivos de saída estão associados à interação das pessoas com o funcionamento do sistema embarcado, que demonstram de forma compreensível soluções criadas pelo programa segundo os estímulos dos dispositivos de entrada. Como dispositivos de entrada e saída temos os teclados, potenciômetros, LCDS, displays, LEDS, motores e lâmpadas. 2.2 Comunicação entre os dispositivos O sistema de supervisão e o microcontrolador mestre se comunicam via interface serial usando o protocolo RS232. Os microcontroladores escravos enviam frames de dados informando ao sistema de supervisão a situação dos equipamentos elétricos ligados a eles. Isso possibilita o monitoramento dos equipamentos e a criação de um banco de dados contendo o tempo de uso e o estado dos equipamentos. Os módulos de radiofrequência, que estabelecem a comunicação entre os nós da rede, são baseados no transceptor NRF24L01, fabricado pela NORDIC, conforme apresenta a figura 1. O NRF24L01 possui baixíssimo consumo de energia, taxa de dados de até 2 Mbps e opera na banda livre de 2,4 GHz. Suporta uma interface SPI de alta velocidade e, em campo aberto, seu alcance é de até 1100 metros. Além disso, ele permite a comunicação entre 6 chips consecutivamente e possui 126 canais configuráveis, possibilitando a diminuição de interferências. Na implementação da rede sem fio, considerando como cenário um hotel, todos os microcontroladores foram devidamente endereçados, cada escravo recebeu o valor referente à sua própria suíte. Como o NRF24L01 limita-se a comunicar-se com seis outros, criou-se os “mestres subalternos”. Estes recebem todos os dados que são enviados e, se eles não se destinam ao seu ambiente, ele os replica permitindo a continuação de envio dos dados. Considerando um hotel, se o número de suítes for maior que sete, a quantidade de mestres subalternos pode ser calculada através da equação: Nms 0,2Ns 0,4 Sendo: Nms: Número de mestres subalternos; Ns: Número de suítes. A figura 2 exibe como os mestres subalternos são interligados. Figura 2. Apresentação dos mestres subalternos 3 Experimentos 3.1 Funcionamento do sistema Supondo como cenário um hotel ou motel, ao se executar o sistema de supervisão, será solicitada uma senha, conforme mostra a figura 3. Figura 3. Janela de solicitação de senha Figura 1. Transceptor NRF24L01 (1) Ao inserir-se a senha corretamente a janela será encerrada e, em seguida, outra janela será apresentada. Esta, por sua vez, iniciará mostrando a suíte 1, conforme apresenta a figura 4. Considerando que toda rede de microcontroladores já esteja conectada, antes de exibir a suíte 1, o sistema de supervisão requisitará ao escravo, através do mestre, o status de todos os equipamentos localizados no interior daquele ambiente. Assim, a suíte será exibida na tela com seus respectivos equipamentos ligados ou desligados. Este procedimento é o mesmo se o operador trocar para outra suíte na tela. de energia elétrica, todas as informações são gravadas em banco de dados. Dessa forma, quando o sistema for reiniciado, o usuário pode recarregá-lo com as informações perdidas. Na fase de pesquisa, foi visitado um motel com 120 suítes. Neste caso, constatou-se o desperdício de energia elétrica durante o intervalo entre a devolução das chaves e o fechamento da conta. Isso ocorre porque o cliente deixa o ambiente com os equipamentos ligados até a chegada de um funcionário. Este tempo, segundo relatos dos próprios funcionários, dura em média de 5 a 10 minutos. O sistema também funciona como ferramenta administrativa e possibilita a inserção do tempo de locação desejado que, após configurado, aciona um cronômetro na tela, conforme apresenta a figura 5. Ao mudar de suíte na tela do sistema supervisório, o operador poderá se deparar com quatro condições: vazia, ocupada, limpando e em manutenção. O locador das suítes conta com várias equipes com rádios comunicadores, tais como equipe de limpeza e equipe de manutenção, obtendo assim as informações operacionais. Entretanto, para garantir que não seja locada uma suíte ocupada, o projeto tem sensores de presença, possibilitando ao operador saber quando a suíte estará vazia. 3.2 Acionamento dos equipamentos pelo sistema Figura 5. Inserção do tempo Assim, se o tempo de locação esgotar, o sistema de supervisão acende um LED na cor vermelha, conforme mostra a figura 4 para a suíte 10. Caso o sistema seja fechado indevidamente por falha humana, ou devido a uma queda no sistema Para efeitos de validação do sistema, foi construída uma maquete de uma suíte, e nela foram consideradas três lâmpadas, um ar condicionado e uma televisão. A maioria dos equipamentos tem um botão de acionamento, entretanto, o ar condicionado e a televisão são munidos de dois botões. Assim, no sistema supervisório, o botão azul é responsável por ligá-los ou desligá-los da tomada e o botão branco, para ligar ou desligar através do circuito infravermelho. Caso o botão azul seja pressionado com o equipamento ligado, o microcontrolador entenderá que primeiro deverá efetuar o desligamento através do circuito infravermelho, após isso, ele efetuará o desligamento pelo interruptor. Este mecanismo contribui para prolongar a vida do equipamento. Antes de locar uma suíte o operador do supervisório poderá utilizar o botão testar suíte. Ao fazer isso, dois frames de dados são enviados ao escravo através do mestre, o primeiro faz com que os equipamentos na suíte sejam desligados, o outro faz com que todos sejam ligados. Se todos os equipamentos estiverem funcionando corretamente, esta informação será exibida na tela, em caso contrário, aquele que apresentar falha será exibido como desligado, concluindo que aquele equipamento está danificado. Por outro lado, através do botão desligar todos é possível desligar todos os aparelhos, podendo também optar por um desligamento individual. 3.3 Acionamento dos equipamentos na suíte Os interruptores são ligados ao microcontrolador escravo localizado no interior da suíte, deste modo ao pressionar o interruptor, ocorre uma interrupção por mudança de estado da porta. Assim, o microcontrolador irá ligar ou desligar o equipamento, em seguida, enviará um frame de dados ao sistema de supervisão para atualização da tela. A figura 6 mostra os circuitos utilizados para a detecção do estado lógico dos equipamentos. Figura 6. Circuitos de acionamento e detecção do estado lógico A figura 7 exibe os interruptores e a forma de conexão dos circuitos ao microcontrolador através dos pinos PD1, PD2, PC4 e PC5. 3.4 Detecção do estado lógico dos equipamentos Os circuitos utilizados para a detecção do estado lógico dos equipamentos estão ilustrados na figura 6. Sendo o circuito A usado para a iluminação, e o circuito B usado para os equipamentos que possuem o modo stand by, como a televisão e ar condicionador. A detecção do estado lógico pode ocorrer por solicitação do usuário na interface do sistema, ou pelo cliente dentro da suíte. No primeiro caso, para ligar algum equipamento, o supervisório envia um frame de dados para o escravo, em seguida, os circuitos da figura 6 enviam ao microcontrolador a devida mudança de estado. A partir dessa informação, o escravo devolve o frame de dados, atualizando assim a tela do supervisório. No segundo caso, a detecção ocorre de forma similar com a diferença que isso ocorre pelo acionamento feito através dos interruptores ou por um controle remoto, conforme figura 7. Caso alguém altere o nível lógico de um equipamento, se a suíte apresentada na tela for diferente daquela, não será enviado o frame de dados. Isso ocorre, pois, ao escolher a suíte, o supervisório envia um frame anteriormente informando que não precisará mais enviar dados e, em seguida, envia um frame para uma nova suíte solicitando-a que envie dados referente aos acionamentos dos equipamentos. Este fato se dá devido à exibição de uma única suíte por vez na tela. A detecção processada pelo microcontrolador acontece de três formas: leitura do pino de acionamento do microcontrolador, leitura da saída do TIL111 e leitura da conversão analógica/digital para os equipamentos que possuem modo stand by. Sendo assim, no circuito A da figura 6, através da leitura do pino de acionamento PD2, é obtido o estado lógico da lâmpada, cujo acionamento é feito através do optoacoplador MOC3021. Se a lâmpada estiver danificada, usando apenas este artifício não é suficiente para garantir o pleno funcionamento e, por isso, usa-se o optoacoplador TIL111. Assim, quando a lâmpada estiver ligada, a saída do TIL111, junto com a combinação do capacitor de 2.2 uF e o resistor de 47 kΩ, estabilizam a saída em aproximadamente 4,5 V, direcionada ao microcontrolador através do pino PC4. Sabendo-se que o TIL111 pode ser danificado, como redundância, para ser confirmada a situação lógica da lâmpada via software, foi criada uma lógica E conforme a tabela 1. Tabela 1. Lógica booleana & para analise condicional da lâmpada. Figura 7. Ligação dos interruptores Nível lógico pino PD2 Nível lógico pino PC4 Resultado 0 0 1 1 0 1 0 1 0 0 0 1 Na tabela 1, verifica-se que a lâmpada só aparecerá funcionando para o usuário, na tela do supervisório, se os pinos PD2 e PC4 estiverem em nível lógico alto, diminuindo assim a probabilidade de erro na detecção. Analisando os circuitos A e B da figura 6, observa-se a garantia do nível lógico. O circuito B exigiu o uso do sensor de corrente ACS712-30A. Este funciona por efeito hall, tem resolução de 66 mV/A e retorna em Vout de 0 a 5 V. Nesta etapa, todos os eletroeletrônicos foram previamente testados, armazenados seus valores de tensão desligados, ligados e em stand by, ficando fácil detectar, através do microcontrolador, a situação de uso de cada um deles. 3.3 Frame de dados O frame de dados é montado pelo sistema supervisório e, em seguida, enviado para o mestre da rede contendo uma palavra de 7 bytes como apresentado na figura 8. Figura 9. Frame de dados montado pelo escravo Byte 0: Status da lâmpada do banheiro; Byte 1: Status da lâmpada do quarto; Byte 2: Status da lâmpada da garagem; Byte 3: Status do ar condicionado; Byte 4: Status da televisão; Byte 5: Sensor de presença, acionado ou não; Byte 6: Tipo de dado; Byte 7: Checksum; Byte 8: Byte que representa o fim da mensagem. Os valores inseridos nos bytes 0 a 2 estão de acordo com a lógica da tabela 2: Tabela 2. Valores para os bytes 0 a 2. Status Valores para os bytes 0 a 2 Desligada Ligada Defeito 0 1 2 Os valores inseridos dos bytes 3 e 4 seguem a lógica da tabela 3: Tabela 3. Valores para os bytes 3 e 4 Figura 8. Frame de dados montado pelo supervisório O NRF24L01 possui um protocolo de comunicação que implementa o CRC (Cyclic Redundancy Checking), como método de detecção de erros na comunicação, tal fato exclui a necessidade da utilização do byte 5 da figura 8, reduzindo, desse jeito, o frame de dados enviado do mestre para o escravo. O frame de dados montado pelo microcontrolador escravo é diferente do frame de dados que é montado pelo supervisório, mas o método de detecção de erros é o mesmo, isto é, o checksum. A necessidade de informar, em um único frame de dados, o status de todos os equipamentos eletroeletrônicos lotados de uma suíte é que difere de um frame para o outro. No caso do supervisório, ao enviar um frame de dados, ele o faz para um único equipamento. Isto o torna menos complexo e menor. Ao receber o frame de dados do microcontrolador escravo de uma suíte, o mestre acrescentará os bytes 7 e 8 antes de enviá-los ao sistema supervisório, conforme a descrição de cada byte da figura 9. Status Valores para os bytes 3 e 4 Desligada Stand by Ligada Defeito 0 1 2 3 O byte 5, se o sensor de presença estiver acionado receberá 1, caso contrário, receberá 0. Já o byte 6, que representa o tipo de dado, no caso de ser enviado de modo automático pelo supervisório, para requerer status das suítes, ele será 0; caso o frame de dados enviado seja pelo comando de algum botão no supervisório, o byte 6 receberá 1. Após recebido o frame de dados do mestre, com base na figura 4, carrega-se os status de todos os equipamentos na tela do sistema supervisório 3.3 Construção das maquetes para validação do projeto Com o objetivo de testar, aprimorar, aperfeiçoar e facilitar o uso de todos os recursos oferecidos e, também, para verificar a funcionalidade do projeto, construiu-se um conjunto de três maquetes. Cada uma delas simula um nó da rede e contém os equipamentos eletroeletrônicos mais usuais em hotéis e motéis, a figura 10 abaixo demonstra uma dessas maquetes. Figura 10. Maquete de uma suíte A figura 11 abaixo demonstra os LEDS que representam a televisão e o ar condicionado em stand by. te, possibilitando atitudes como, por exemplo, a troca dos filtros do ar condicionado. O microcontrolador mais indicado, para projetos que demandam mais equipamentos, seria o Atmega2560 do mesmo fabricante, porém com 100 pinos, proporcionando assim o uso de mais sensores, como por exemplo, sensor de temperatura, sensor de umidade e sensor de pressão. Nesse trabalho, preocupou-se principalmente com a economia de energia proporcionada pela diminuição do desperdício. Para tanto, foi desenvolvido e testado um sistema de supervisão e controle que monitora as cargas constituídas de equipamentos eletroeletrônicos em pontos remotos. Para tanto, ele comunica, através de uma rede sem fio, com dispositivos embarcados situados nas suítes de um hotel ou motel. Os resultados avaliados em um protótipo, formado por três maquetes de suíte para avaliação próxima de um sistema real, foram bastante promissores. Neste caso, foram avaliados os níveis de interferências nos transceptores, a interpretação correta dos comandos remotos liga-desliga e os testes dos equipamentos. Isto contribuiu muito para a validação da proposta proporcionando resultados que comprovaram a viabilidade de implementação em um ambiente real. Figura 11. LEDS que representam a condição de stand by Agradecimentos Conforme apresentado em seções anteriores, para o monitoramento e controle de equipamentos que possuem o modo stand by, é exigido a utilização de um sensor de corrente para detecção do status. Neste projeto se fez o uso do sensor de corrente ACS712. Este retorna uma tensão de 0 a 5 V no conversor A/D. Como é impossível inserir uma televisão e um ar condicionado nas maquetes, foi preciso construir um circuito contendo dois transistores e um relé, cuja função é fazer com que o microcontrolador perceba os três níveis de tensões necessários para a tomada de decisão, assim, o conversor A/D funciona como na condição real utilizando as maquetes. Aos meus professores: Dr. Hans Rolf Kulitz, Dr. Luís Eduardo de Lima, Dr. Rodrigo Varejão Andreão e Dr. Shirley Peroni Neves Cani, os quais transmitiram-me uma excelente gama de conhecimento na área abordada neste projeto. 4 Conclusão Através do circuito B da figura 6, considerando equipamentos que utilizam o modo stand by, é importante ressaltar que o método empregado evita que se interrompa a energia bruscamente dos aparelhos, como no caso dos circuitos de relés que são acionados através de leitores de cartões localizados na porta de entrada de hotéis, motéis e escolas, podendo diminuir a vida útil dos aparelhos eletroeletrônicos. Ao desligar o aparelho é razoável primeiro usar o controle remoto e, em seguida, interromper a energia do mesmo. A estratégia de detecção do estado lógico dos equipamentos possibilita uma ferramenta a mais para auxiliar nos planos de manutenção preditiva, pois é gerado um relatório através de arquivo informando o tempo de uso de todos os equipamentos de cada suí- Referências Bibliográficas Axelson, J. (2003). Embedded Ethernet and Internet Complete – Designing and Programming, Elsevier. Boylestad, R, L.; Nashelsky, R. (2004). Dispositivos Eletrônicos – e a Teoria dos Circuitos, Pearson. Damas, L. (2007). Linguagem C, LTC. Jamsa, k.; Klander, L. (1999). Programando em C e C++ - A Bíblia, Makron Books. Noergaard, T. (2005). Embedded Systems Architecture – A Comprehensive Guide for Engineers and Programmers, Elsevier. Silva, R. A. (2006). Programando Microcontroladores PIC – Linguagem C, Ensino Profissional. Silva, B.L.S.; Andreão, R.V.; Lima; L.E.M., (2013). 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