FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Equação da Energia e presença de uma máquina: v12 v22 p1 g h1 p2 g h2 2 2 2 p1 v1 p2 v22 h h 2 g 1 2 g 2 p v2 p v2 H1 1 1 h1 2 2 h2 H 2 2 g 2 g PeixoB Vazões: Definimos como: Vazão em Peso: T m t Vazão em Volume: Q Equação da continuidade: 1v1 A1 2v2 A2 Para fluidos incompressíveis: v1 A1 v2 A2 {2} p1 gy1 v12 2 p2 gy2 v22 2 {3} H1 H 2 2 1 v p1 v22 p2 z1 z2 2g 2g Substituindo {2} em {3}, a velocidade é dada por: V t v2 cq 2p H O 2 Com: como: cq Em t E E P Pt m m eso t Peso t E H m Peso P Como: Pt H eso t m g Pt H t V g Pt H t V Q t g Pt H Q 1 Equação de Bernoulli: Potência de uma máquina A potência de uma máquina é definida Pt PT PfT m1 m2 1V1 2 V2 Vazão em Massa: Qm Q HB B PT T PfT PT T Q HT Peso t Qg B PeixoB Se a máquina for uma turbina: Se colocarmos uma máquina entre os pontos (1) e (2), escreveremos a relação como: H1 H M H 2 Se H M H 2 H1 0 Motor; Se H M H 2 H1 0 Turbina. PB A12 d14 A12 A22 d14 d 24 A vazão será: Q A1 v1 A2v2 Equação da energia para fluido real Nesse item será retirada a hipótese de fluido ideal; logo, serão considerados os atritos internos no escoamento do fluido. São mantidas as hipóteses de regime permanente, fluido incompressível, propriedades uniformes na seção e sem trocas de calor induzidas. Esta última significa que não existe uma troca de calor provocada propositalmente; no entanto, ao se considerar os atritos no escoamento do fluido, deve-se imaginar que haverá uma perda de calor do fluido para o ambiente causada pêlos próprios atritos. Como será visto a seguir, a construção da equação da energia pode ser realizada sem se falar, explicitamente, dessa perda de calor. Rendimento de uma máquina: Da equação de Bernoulli sabe-se que, se O Rendimento de uma máquina é definido o fluido fosse perfeito. H1 = H2 (Figura 4.8). quanto a sua natureza. Se a máquina for um motor: B PB PeixoB FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Qm 30 103 Q Av v vm 10 ms m m m Se, no entanto, houver atritos no transporte do A 30 104 fluido, entre as seções (l) e (2) haverá uma dissipação vm 10 ms da energia, de forma que H1 > H2. Querendo restabelecer a igualdade, será necessário somar no segundo membro a energia dissi2. No tubo da figura, transporta-se ar. pada no transporte. Na área da maior seção do tubo a área vale 25 cm2, a densidade 1,2 kg/m3 e a velocidade 10 H1 H 2 H p12 m/s; no ponto de menor seção a área vale 5 H p12 : energia perdida entre (l) e (2) por cm2, a densidade 0,8 kg/m3. Determine na menor seção a velocidade e as vazões em unidade de peso do fluido. massa, volume e em peso. Como H p12 H1 H 2 chamados cargas totais, H p12 e como H1 E H2 são 2 v é denominado 'perda de carga'. Se for considerada também a presença de uma máquina entre (l) e (2), a equação da energia ficará: (1) Qm1 Qm2 1 A1v1 2 A2v2 v2 H1 H M H 2 H p12 v2 v12 p1 v2 p z1 H M 2 2 z2 H p12 2g 2g Da Equação deve-se notar que, no escoamento de um fluido real entre duas seções onde não existe máquina, a energia é sempre decrescente no sentido do escoamento, isto é, a carga total a montante é sempre maior que a de jusante, desde que não haja máquina entre as duas. A potência dissipada pêlos atritos é facilmente calculável raciocinando da mesma maneira que para o cálculo da potência do fluido. A potência dissipada ou perdida por atrito poderá ser calculada por: Ndiss QH p12 Exemplos: 1. Um tubo admite água ( = 1000 kg/m3) num reservatório cuja vazão é de 20 L/s. No mesmo reservatório é trazido óleo ( = 800 kg/m3) por outro tubo com vazão de 10L/s. A mistura homogênea formada é descarregada por um tubo cuja seção tem uma área de 30 cm2. Determinar a massa específica da mistura no tubo de descarga e a velocidade da mesma. Q1 20 Ls 20 103 ms ; 3 Q2 10 Ls 10 103 ms 3 Qm Q Q1 Q2 Q3 Q3 20 10 30 Ls 30 103 ms 3 Qm1 Qm2 Qm3 aQ1 oQ2 mQ3 1000 0,02 800 0,01 m 0,03 m 933,33 mkg3 m 933,33 mkg 3 (2) 1 A1v1 2 A2 1, 2 25 10 v2 75 ms 0,8 5 Q2 A2v2 Q2 5 104 75 Q2 0.0375 ms 3 Qm2 2Q2 Qm2 0.8 0.0375 Qm2 0.03 kgs Qg 2 gQm2 Qg 2 9.81 0.03 Qg 2 0.29 Ns Equação da energia para fluido real Nesse item será retirada a hipótese de fluido ideal; logo, serão considerados os atritos internos no escoamento do fluido. São mantidas as hipóteses de regime permanente, fluido incompressível, propriedades uniformes na seção e sem trocas de calor induzidas. Esta última significa que não existe uma troca de calor provocada propositalmente; no entanto, ao se considerar os atritos no escoamento do fluido, deve-se imaginar que haverá uma perda de calor do fluido para o ambiente causada pêlos próprios atritos. Como será visto a seguir, a construção da equação da energia pode ser realizada sem se falar, explicitamente, dessa perda de calor. Da equação de Bernoulli sabe-se que, se o fluido fosse perfeito. H1 = H2 . Se, no entanto, houver atritos no transporte do fluido, entre as seções (l) e (2) haverá uma dissipação da energia, de forma que H1 > H2. Querendo restabelecer a igualdade, será necessário somar no segundo membro a energia dissipada no transporte. H1 H 2 H p12 H p12 : energia perdida entre (l) e (2) por unidade de peso do fluido. FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Como H p12 H1 H 2 e como H1 E H2 são chamados cargas totais, H p12 é denominado 'perda de carga'. Se for considerada também a presença de uma máquina entre (l) e (2), a equação da energia ficará: 3 H1 H M H 2 H p12 v12 p1 v2 p z1 H M 2 2 z2 H p12 2g 2g Da Equação deve-se notar que, no escoamento de um fluido real entre duas seções onde não existe máquina, a energia é sempre decrescente no sentido do escoamento, isto é, a carga total a montante é sempre maior que a de jusante, desde que não haja máquina entre as duas. A potência dissipada pêlos atritos é facilmente calculável raciocinando da mesma maneira que para o cálculo da potência do fluido. A potência dissipada ou perdida por atrito poderá ser calculada por: Ndiss Q H p12 Equação de Bernoulli: v2 v2 p1 gh1 1 p2 gh2 2 2 2 v2 p v2 h1 1 2 h2 2 H1 H 2 2g 2g p1 h h2 (2) H2( p2, v2 ,h2) M H1( p1, v1 ,h1) h1 (1) H1 H M H 2 H p12 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br H4 0 H p 2 Exemplos: 14 l. Na instalação da figura, verificar se a H B H1 H 4 H p14 24 0 2 26 máquina é uma bomba ou uma turbina e determinar a sua potência, sabendo que seu rendimento é 75%. QH B 104 10 103 26 Sabe-se que a pressão indicada por um manômetro PotB 3470W 3, 47kW instalado na seção (2) é 0,16 MPa, a vazão é l0 L/s, a B 0,75 área da seção dos tubos é l0 cm2 e a perda de carga entre as seções (l) e (4) é 2 m. 2. No escoamento lamelar de um fluido Não é dado o sentido do escoamento, em condutos circulares, o diagrama de velocidades é representado pela equação: H2O 104 N m3 ; g = 10 m/s2. r 2 v r vmax 1 R Solução Deve ser notado, inicialmente, que a seção (4) onde vmax é a velocidade no eixo do é o nível do reservatório inferior sem incluir a parte conduto, R é o raio do conduto e r é um raio interna do tubo, já que nesta não se conhece a genérico para o qual a velocidade v é genérica. pressão. Sendo vm a velocidade média: R Sabe-se que o escoamento acontecerá no 1 vm v r dA dA 2 r dr sentido das cargas decrescentes, num trecho onde não A0 existe máquina. Para verificar o sentido, serão A figura mostra a variação de v(r) com calculadas as cargas nas seções (l) e (2). r. v (a) Encontre a velocidade média: v r dA A dA A (b) Mostre que: v2 p H1 1 1 z1 0 0 24 24m 2g vm 1 vmax 2 3. No escoamento turbulento de um fluido em condutos circulares, o diagrama de velocidades é dado pela equação: v2 p H 2 2 2 z2 2g 17 r v r vmax 1 R Mostre que: Q 10 103 v2 10 m s A 10 104 v22 p2 H2 z2 2g vm 49 vmax 60 4. Na instalação da figura, a máquina é uma bomba e o fluido é água. A bomba tem uma potência de 5 kW e seu rendimento é 80 Como H2> H1, conclui-se que o escoamento %. A água é descarregada à atmosfera com terá o sentido de (2) para (1) ou de baixo para coma, uma velocidade de 5 m/s pelo tubo cuja área sendo a máquina, portanto, uma bomba. de seção é 10 cm2 Determinar a perda de carga Aplicando-se a equação da energia entre as do fluido entre (1) e (1) e a potência dissipada seções (4) e (1), que compreendem a bomba. ao longo da tubulação. Dados: H2O=104N/m3; Lembrar que a equação deve ser escrita g = 10m/s2. no sentido do escoamento. (1) H H H H H2 4 H4 102 0,16 106 4 25m 2 10 104 B 2 4 1 v p 4 z4 2g H1 24m p14 5m (2) B 4 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Se HM > 0 Bomba Solução: H1 H B H 2 H p12 H1 Pot v12 p1 z1 0 0 5 H1 5m 2g H2 PotB v22 p2 52 z2 00 2g 2 10 H 2 1.25m Potência da Bomba e rendimento: Pot QH B B Q HB PB B Se HM < 0 turbina P P HB B B Q v A HB B B Q v A HB PotT H B 80m H p12 H1 H 2 H B H p12 5 1.25 80 H p12 83.75m Pdiss Q H p1,2 5 Pot 0.8 5 103 104 5 10 104 H1 H B H 2 H p12 Pot PotB Potência da Turbina e rendimento: Pot QH B T PotT Pot Considere que não há perda de carga (Hp12=0) na figura abaixo: (1) (2) Pdiss 104 5 10 83.75 Pdiss 4190W Pdiss 4.19kW 24 m 5m M 5. A equação de Bernoulli, quando há uma Considere o reservatório grande máquina entre os pontos (1) e (2) e o deslocamento do fluido se dá de (1) para (2) pode ser reescrita da fornecendo água para o tanque a 10L/s. forma, considerando que há uma perda de carga Hp12 Verifique se a máquina instalada é bomba ou turbina e determine sua potência, se o seu (Energia perdida por unidade de peso) de 3m : rendimento é de 75%. Supor fluido ideal. Dados: Atubos = 10 cm2; g = 10m/s2; h a=104N/m3. h2 (2) 6. Na instalação da figura, verificar se a H2( p2, v2 ,h2) máquina é uma bomba ou uma turbina e determinar a sua potência, sabendo que seu rendimento é 70%. Sabe-se que a pressão M indicada por um manômetro instalado na seção (2) é 0,17 MPa, a vazão é l2 L/s, a área da seção dos tubos é l0 cm2 e a perda de carga H1( p1, v1 ,h1) entre as seções (l) e (4) é 2 m. Não é dado o sentido do escoamento: 2 h1 (1) H O 104 N m3 ; g = 10 m/s . 2 H1 H M H 2 H p12 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br H1 v2 Solução: 2 1 v p 1 z1 0 0 24 24m 2g Q 12 103 12 m s A 10 104 H2 H2 v22 p2 z2 2g 122 0,17 106 4 27.2m 2 10 104 Como H2> H1, conclui-se que o escoamento terá o sentido de (2) para (1) ou de baixo para coma, sendo a máquina, portanto, uma bomba. Aplicando-se a equação da energia entre as seções (4) e (1), que compreendem a bomba. Lembrar que a equação deve ser escrita no sentido do escoamento. H 4 H B H1 H p14 H4 v42 p4 z4 2g H1 24m H4 0 H p 2 14 H B H1 H 4 H p14 24 0 2 26 PotB QH B 104 12 103 26 4457.14W 4.457kW B 0, 70 Turbinas Hidráulicas - Tipos Basicamente existem dois tipos de turbinas hidráulicas: as de ação e as de reação. No primeiro caso, de ação, a energia hidráulica disponível é transformada em energia cinética para, depois de incidir nas pás do rotor, transformar-se em mecânica: tudo isto ocorre a pressão atmosférica Na turbina de reação, o rotor é completamente submergido na água, com o escoamento da água ocorre uma diminuição de pressão e de velocidade entre a entrada e a saída do rotor. Tradicionalmente o uso de turbinas hidráulicas tem-se concentrado no tipo Pelton, com um ou mais jatos, no caso das máquinas de ação; na Francis, Hélice e Kaplan, no caso do tipo de reação. A escolha do tipo adequado baseia-se nas condições de vazão, queda líquida, na altitude do local, na conformação da rotação da turbina com a do gerador e na altura de sucção, no caso de máquinas de reação. Conhecidos a altura (H) e a vazão (O) disponíveis no local, levando-se em conta: a rotação (n) imposta em valores discretos em função do número de pares de pólos (z), do gerador elétrico, e altura de sucção,(hs), no caso da turbina hidráulica ser de reação, determina-se uma rotação específica nq = 3 n Q05 / H~1’75 , que definirá o tipo de rotor da turbina hidráulica, adequado ao aproveitamento em questão. Definido o tipo de máquina, a preocupação passa ser o tipo de carga a ser atendida. Devese procurar adequar a curva de carga com a de comportamento da turbina. No caso de grandes variações na carga, divide-se a instalação em duas ou mais máquinas, de maneira que através de manobras, a instalação atenderá a demanda sempre com as máquinas trabalhando a cargas adequadas. Neste caso, faz-se necessário a mudança do tipo do rotor, já que a rotação específica mudou, devido a divisão da vazão. Em grandes centrais hidroelétricas as turbinas somente serão construídas após a definição de todos os parâmetros topográficas, hidrológicos e operacionais. Com isto, existe uma perfeita caracterização da rotação específica. Neste caso é feito um projeto exclusivo para as condições impostas. A preocupação do fabricante é obter um ganho do rendimento que é resultante de extensos estudos hidrodinâmicos na máquina. O alto custo desta exclusividade é diluído, face às grandes potências geradas e ao considerável aumento de receita representado por cada percentual acrescido da turbina. Já, em instalações de pequeno porte, mini e microcentrais hidroelétricas, a preocupação maior é obter energia elétrica a baixo custo. Neste caso, o estudo da escolha do tipo e do número de turbina, feita de maneira análoga às das grandes instalações, tem como fatores limitantes a rotação mínima admissível para o gerador, na ordem de 600 rpm (rotações por minuto), a necessidade de utilizar-se de modelos padronizados oferecidos pelo fabricante. Este as oferece dentro de um campo de aplicação pré-limitado, dividido em várias faixas, sendo cada uma atendida por um modelo padrão da turbina em questão. Conseqüentemente uma turbina assim especificada dificilmente irá operar no seu ponto ótimo de funcionamento. Além do que, cada máquina deverá atender a uma variação de carga preestabelecida. Impreterivelmente, quedas de rendimento da instalação deverão ocorrer. No Brasil, os fabricantes nacionais mais conhecidos se contentam em oferecer modelos 6 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br padronizados dos tipos: Pelton, Francis e Hélice. Recentemente é que, baseados em projetos desenvolvidos no exterior, se encorajaram e passaram a oferecer a Kaplan e suas derivações como: Bulbo, ―S" e Tubular. Objetivando diminuir os custos e aumentar o seu campo de aplicação as Francis, além de caixa espiral, são oferecidas em caixas cilíndricas e abertas. Já as Pelton são oferecidas com um ou dois injetores. Normalmente, em se tratando de PCHs, estas máquinas são instaladas com eixo horizontal. Algumas empresas atuantes em outros segmentos do mercado, outras criadas especialmente para a fabricação de equipamentos hidromecânicos e até mesmo grandes empresas tradicionais no setor hidroelétrico voltaram seus interesses ao mercado das PCHs, procurando desenvolver modelos de turbinas hidráulicas possíveis de serem fabricadas em série. Poucas empresas, não tradicionais no mercado, trabalham exclusivamente com a muito divulgada, mas quase desconhecida, Michell-Banki, a maioria concentra suas atividades nas clássicas: Pelton, Francis e Hélice, deixando os caros rotores Kaplan para uma fase posterior, quando o mercado assim o permitir. Em caso das instalações exigirem este último tipo, os projetos geralmente são importados das sedes de origem do fornecedor. Alguns tipos de turbinas que, embora bastante utilizadas, são consideradas não convencionais. Dos tipos descritos a seguir, somente a Michell-Banki encontra-se devidamente divulgada no país, é construída em pequena escala. Todas elas apresentam como vantagens comuns: simplicidade construtiva, adequação à padronização, baixo custo, simplicidade de operação e manutenção, robustez dos componentes, bom comportamento em sistemas isolados. Como desvantagem, conseqüentes das simplificações impostas, elas apresentam rendimentos ligeiramente inferiores às turbinas tradicionais. Turbinas Convencionais Turbina Pelton As Turbinas Pelton são máquinas de ação, escoamento tangencial. Operam altas quedas e baixas vazões. Podem ser de um (01) jato, dois (02) jatos, quatro (04) jatos e seis (06) jatos. C controle da vazão é realizado na agulha e injetor. A figura 4 mostra uma turbina Pelton de dois (02) jatos, com suas partes principais. Turbina Francis As Turbinas Francis são máquinas de reação, escoamento radial (lenta e normal) e escoamento misto (rápida). Operam médias vazões e médias quedas. O controle da vazão é realizado no distribuidor ou sistema de pás móveis. Turbina Axial: Hélice e Kaplan As Turbinas axiais são máquinas de reação, de escoamento axial. Operam grandes vazões e baixas quedas. O controle de vazão é realizado: turbina Hélice — pás do distribuidor (simples regulagem) e turbina Kaplan - pás do distribuidor e pás do rotor. Turbinas Não Convencionais Turbina Michell Banki Inicialmente patenteada na Inglaterra, em 1903, por A G. Michell, engenheiro australiano, mais tarde, entre os anos de 1917 e 1919, pesquisada e divulgada pelo professor húngaro Banki, esta turbina foi extensivamente comercializada pela empresa alemã Ossberger Turbinen Fabrik que associou-se a Michell por volta de 1923. Nestes últimos 65 anos esta empresa responsável pela entrega de mais de 7.000 unidades em todo o mundo, especialmente para em desenvolvimento. Atualmente, o número de fabricante deste tipo de turbina supera uma centena. No Brasil, o objeto de pesquisa do LHPCH-UNIFEI desde 1983, a turbina Michell-Banki, ou fluxo-cruzado, como também é conhecido, já foi fabricada pela empresa Mescli, de Piracicaba-SP, na década de 60. Nesta mesma época a Fundição Brasil também a oferecia com o nome de Duplex. Atualmente, o país conta por volta de quatro fabricantes deste tipo de turbina. Devido às suas características específicas, estas turbinas cobrem o campo das turbinas tipo Pelton dois jatos até a Francis normal. Sendo classificada como uma máquina de ação ela apresenta características de reação na primeira passagem. O seu campo de aplicação atende quedas de 3 a 100 m, vazões de 0,02 a 2,0 (m3/s) e potências de t a 100 kW Devido à sua facilidade de padronização pode apresentar rotações específicas, nqa, entre 40 a 200. Devido à sua simplicidade construtiva e as peculiaridades quanto ao seu funcionamento, esta turbina mostra-se altamente indicada para ser usada em microcentrais hidroelétricas. Destaca-se: - Construção simples, poucas peças móveis, facilitando a manutenção; - Fácil instalação, diminuindo os custos de obras civis; - Custos iniciais inferiores aos dos outros tipos de turbinas usadas em centrais de baixa queda; - Trabalha sob condições ideais de funcionamento, mesmo se funcionando a cargas parciais; - Pode trabalhar em várias situações de queda e vazão, permitindo a sua padronização, conseqüentemente diminuindo os custos de fabricação; - Componentes, como o disco do rotor, a tampa e as pás podem ser fabricados a partir de uma chapa de aço carbono; - Pás são apenas calandradas; - Adapta-se a tubos de sucção. 7 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br - Devido às maiores vazões admissíveis nos injetores da roda turgo, ocorre uma A turbina de Fluxo Partido, mostrada na figura 9, diminuição do número de injetores, e trata de uma variação da Michell-Banki. Originada conseqüentemente, há uma simplificação no no Nepal onde foi, pela primeira vez, construída e sistema de controle de velocidade. testada pela empresa N. Y 8., e mais tarde testada pela Escola Politécnica de Hong Kong, a Turbina de Fluxo-Partido, SplitFlow, assim denominada, foi Com a diminuição do diâmetro há um concebida de maneira a estender o campo de aumento na rotação, logo, sob quedas aplicação das turbinas Michel-Banki à rotação menores, é possível obter rotações adequadas específica, nq inferiores a 40 (de 15 a 40). Com um ao gerador. campo de aplicação limitado entre queda de 50 a 150 Atualmente, além da Gilkers, existem (m) e vazões de 0,01 a 0,13 (m3/s), esta turbina propostas de outros modelos de turbinas Turgo deverá concorrer com a turbina Pelton de um jato. mais simplificados, como a pesquisada pelos O seu funcionamento ocorre da seguinte maneira: chineses. Estes propõem o uso de pás semia água oriunda das tubulações, passa por uma peça de esféricas que, equacionadas, permitiram o transição, que muda a secção transversal de circular dimensionamento e construção de um para retangular, entra no injetor o qual, juntamente protótipo, cujos resultados obtidos em ensaios com a pá diretriz, direciona o fluxo d’água para o foram equivalentes ao fornecido pelas Gilkers. rotor primário, que está contido no interior do rotor No Chile, a exemplo das rodas Pelton, secundário, que por sua vez é bi-partido, figura 5. A existe uma proposta para construção de água escoa através das pás em formato de arco de simples rodas Turgo, construídas com pás círculo do rotor primário e o jato d’água é partido de semi-esféricas e setias, no lugar de injetores. maneira a incidir no interior das pás, também em arco de círculo, do rotor secundário e daí sair para o canal Turbina Shiele de fuga. Ambos os rotores são solidários a um eixo horizontal. Todo o conjunto é contido no interior de A Turbina Schiele produzida somente pela uma tampa. empresa Water Power Engineering, Em testes feitos pela Politécnica de Hong Kong, Cambridge, Inglaterra, apresenta-se como um obteve-se rendimentos na ordem de 58 a 610/o, sendo interessante tipo de turbina de reação. De rotor que o primário testado sozinho forneceu 46 a 56%. aberto, com fluxo em paralelo, ela opera A vantagem deste tipo de turbina, além de submersa, abaixo do nível de jusante. ampliar o campo de aplicação de Michel-Banki, é a O seu campo de aplicação cobre quedas de sua facilidade de fabricação, já que pode usar 1 a 10 m, vazões de 0,095 a 1,7m3/s, gerando processo de fundição para o rotor. A desvantagem potencias desde 1,7 a 58 kW. Pelos dados consiste no rendimento sensivelmente inferior a fornecidos pelo seu fabricante a rotação Michel-Banki de rotações específicas equivalente, específica adotada é na ordem de 60. Trata-se conforme os resultantes obtidos nos testes de uma concorrente da Turbina Michell-Banki, desenvolvidos na politécnica de Hong Kong. sendo que as vantagens estão no fato de assumirem diâmetros menores e, conseqüentemente, maiores rotações que as Turbina Turgo turbinas de impulso. A turbina Turgo é fabricada pela Gilkers & O rotor, que é fabricado em diâmetros Gordon Ltda, empresa inglesa. Trata-se de uma padrões: 200, 300, 400, 600 mm, é instalado máquina de ação e diferencia da Pelton quanto ao com eixo vertical, dentro de uma caixa espiral ângulo de incidência do jato d’água. Quando na que, por sua vez, é ligada à tomada d’água por Pelton o jato é tangencial, na Turgo é lateral, O jato uma tubulação de PVC. A água que vem d’água incidente no injetor, e no rotor lateralmente, escoando pelo rotor é dividida, saindo tanto formando um ângulo ente 100 a 200. A água escoa pela parte superior e inferior do rotor, para daí pelas pás saindo livremente do outro lado para o escoar para o canal de fuga através de um canal de fuga. Com rotações específicas, nq, variando curto tubo de sucção. de 15 a 65, a Turgo atende quedas entre 15 a 100 m e Devido ao emprego de polímeros na vazões de 0,01 a 0,100 m3/s, com potências de 100W fundição do rotor, não se faz necessário a a 100 kW. usinagem pós-fabricação. Com um Devido às suas particularidades, a Turgo compete acabamento extremamente liso e de alta com a Pelton multijatos até a Francis Normal. Se com integridade, o polímero por ser flexível, dá à características semelhantes, a Turgo apresenta as turbina uma alta resistência à erosão dos seguintes vantagens diante da Pelton Multi-jatos: detritos que por ventura passem pela grade. - Devido a posição do jato, a turbina Turgo pode O fabricante da turbina Schiele, ou de assumir diâmetros até a metade da roda Pelton para fluxo em paralelo como também é as mesmas condições. denominada, fornece-a em forma de pacote. - Como a Pelton, a Turgo pode ser dotada de ate Empregando materiais leves e resistentes, três injetores. como é o caso de fibras de vidro, PVC e Turbina de Fluxo Partido 8 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br polímeros, são fornecidos todos os componentes básicos da microcentral de maneira a minimizar o emprego da mão-de-obra na construção da microcentral. A tomada d’água, feita de fibra de vidro, é dotada de uma comporta desviadora, uma grade, e um extravasor. A água é conduzida até a turbina, instalada dentro de um tanque, através de um conduto de PVC. A água após passar pela turbina escoa pelo tanque através de um pequeno tubo de sucção para sair pelo rio. A potência é transmitida para o gerador, através de um eixo e uma transmissão por polias, que se faz necessário para adequar a rotação da turbina ao gerador. A velocidade da instalação é controlada eletronicamente através de um banco de resistência, que pode ser usado para aquecer água dispondo assim a carga não consumida pela usuário. Bombas Funcionando como Turbinas Por fim, destaca-se o caso das bombas funcionando como turbinas (B.F.T.), que se tratam de a solução importante no caso de microcentrais. O uso da bomba funcionando corno turbina, B.F.T., mostrase altamente adequado para geração de potências inferiores a 50 W com a instalação trabalhando a plena carga. A experiência já adquirida no país, através de pesquisas desenvolvidas no LHPCH UNIFEI, que iniciou os estudos em trabalhos publicaos pela Worthington e alguns pesquisadores estrangeiros, demonstra que o uso da B.F.T. pode tornar-se de imediato uma solução altamente econômica para as microcentrais. O funcionamento da instalação se dá pelo princípio de se operar uma bomba ao reverso, que motivos econômicos, pode ser de fabricação seriada, não sofrendo qualquer modificação. Ainda, admite-se somente o uso de um tubo de sucção cônico e o uso de uma válvula na entrada da B.F.T. para pequenas regulagens de carga. fabricadas em série, dificilmente o apresentado em catálogos é obtido em ensaios no laboratório. Devido ao baixo custo, as B.F.T.s apresentam os inconvenientes de não admitirem variações de carga. Problema este que pode facilmente ser solucionado com regulador eletrônico de carga constante. Em 1982, J. H. Harwood, um pesquisador da Universidade do Amazonas, desenvolveu um tipo de turbina hidrocinética com tecnologia apropriada à geração de pequenas potências denominado cata-água. Tal como mostrado na figura 13. O dispositivo é constituído por um cata-vento, com um número menor de pás, imerso na água. O rotor, através de uma correia, aciona o gerador instalado estrategicamente sobre flutuadores, O conjunto é ancorado, através de cabos, de forma a melhor aproveitar a correnteza do rio. A turbina de rotor hélice desenvolvida em Nova Iorque, pois este rotor permite maiores eficiências, permitindo gerar em ambos os sentidos, alcançando 25 kW Existe um exemplar desta turbina em Brasília na UNB. A figura 14 mostra esta turbina. Uma outra proposta é a turbina hidrocinética axial, que foi elaborada pelo pesquisador do LHPCH-UNIFEI, cujo o arranjo está mostrado na figura 15. Nesta proposta o rotor, em forma de polia, aciona diretamente o gerador posicionado sobre os flutuadores. Uma outra proposta é o uso do rotor eólico Darreus de pás retas como a turbina hidrocinética, mostrado na figura 16. Este tipo de turbina tem a vantagem de ter eixo na posição vertical, facilitando a instalação do gerador ou de polia multiplicadora de velocidade, e caracteriza-se, principalmente, em produzir energia independente da direção da correnteza. Posta a operar, a B.F.T. tem se comportado excelentemente. Não ocorrem vibrações, o rendimento é igual ou, em alguns casos, superior ao rendimento da bomba quando em operação. A dificuldade consiste em saber se o rendimento garantido pelo fabricante é real ou não, se o ponto ótimo de funcionamento é realmente para as condições de altura manométrica, vazão e rotação conforme mostrado em catálogos. As experiências têm demonstrado que, em se tratando de bombas Turbina Hidrocinética Turbina Helicoidal (Gorlov) A turbina Helicoidal, desenvolvida pelo pesquisador Alexander M.Gorlov também baseada na turbina Darreus, concebida na década de 1930, se difere da primeira pelo formato das pás. Tal turbina mostrada nas figuras 17 e 18, elas assumem forma helicoidal e apresentam um maior rendimento e menores vibrações, uma vez que sempre haverá uma pá em posição de receber o fluxo. Os primeiros testes foram realizados em 1996, no Laboratório de Turbinas Helicoidais de Massachusetts, Cambridge, USA. A partir destes testes, verificaram-se que esta é uma 9 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br máquina que ocupa pouco espaço; é leve e fácil de Exercício 4.5 – Quais são as vazões manusear; apresenta baixo custo de fabricação e de óleo em massa e em peso do tubo apresenta pequena vibração mecânica. convergente da figura, para elevar uma coluna São turbinas hidráulicas capazes de gerar até 5 de 20 cm de óleo no ponto (0)? kW de potência, operando independentemente da direção da correnteza. Esta turbina possui rotação 80 mm 40 mm unidirecional mantendo um escoamento livre, com um rendimento máximo que pode alcançar 35%, é 20 cm fabricada em alumínio e revestida com uma camada de material antiaderente, reduzindo desta forma o atrito na água e prevenindo contra o acúmulo de crustáceos e sujeira. Esta pode ser usada na posição vertical ou horizontal. 10 A turbina Gorlov também pode ser denominada de turbina ―ecológica‖ em razão do seu aspecto construtivo, ou seja, dimensão, ângulo e distanciamento entre suas pás, que permitem a passagem fácil de peixes, não contribuindo para denegrir o meio ambiente. As turbinas Gorlov têm sido testadas para diferentes finalidades, a saber: em plataformas marítimas, onde produzem a eletricidade usada na eletrólise da água para fornecer hidrogênio e oxigênio; e na produção de eletricidade para abastecer pequenas propriedades rurais nas regiões ribeirinhas de rios, nos EUA, China e Coréia. (0) (1) Solução: 2 0 v p v2 p 0 z0 1 1 z1 2g 2g p0 0.2 v12 v02 p0 2g 2g v12 v02 0.2 20 v12 v02 4 A0 v0 A1 v1 D02 D12 v0 v1 4 4 802 402 v0 v1 v1 4v0 4 4 16v02 v02 4 v0 0.52 Q Q 2 D0 v0 4 m s 0.082 0.52 4 Q 0.0026 m3 l Q 2.6 s s Qm Q Qm Q g 8000 0.0026 10 kg Qm 2.1 s Qm Qg g Qm Qg 21 N s FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Exercício 4.7 – Na extremidade de uma tubulação de diâmetro D, acha-se instalado um bocal que lança um jato de água na atmosfera com diâmetro de 2 cm. O manômetro metálico registra uma pressão de 20 kPa e a água sobe no tubo de Pitot até a altura de 2.5 m. Nessas condições, determinar: patm (a) A vazão em peso do escoamento. (b) O diâmetro D do tubo admitindo escoamento permanente e sem atrito. a = 10 N/L m s2 D1 72mm D2 36mm g 10 Câmara 11 D (1) (2) (1) (2) Solução: p2 Hg h p2 1.36 105 0.22 p2 29920Pa Solução: (a) v22 h v2 2 g h v2 7.07 ms 2g Qg D22 v2 4 Qg 104 0.022 7.07 4 N Qg 22.2 s 2 2 v p v p (b) 1 1 z1 2 2 z2 2g 2g v12 v2 p 2 1 2g 2g v12 7.072 20 103 v1 3.16 ms 4 2 g 2 10 10 D12 D22 v1 v2 4 4 v D1 D2 2 v1 D1 3cm v12 p1 v2 p z1 2 2 z2 2g 2g p2 29920 v22 v12 20 104 v22 v12 59.84 v22 v12 2 g A1 v1 A2 v2 D12 D22 v1 v2 4 4 v2 4v1 v1 2 ms Qm Q g Qm A1 v1 g D12 v1 g 4 104 0.0722 Qm 2 10 4 Qm 8.14 kgs Qm Exercício 4.9 – Um dos métodos para se produzir vácuo numa câmara é descarregar água por um tubo convergente-divergente, como é mostrado na Exercício 4.11 – Desprezando os figura. Qual deve ser a vazão em massa de água pelo atritos do pistão da figura, determinar: convergente-divergente para produzir uma depressão de 22 cm de mercúrio na câmara da figura? Dados: (a) a potência da bomba em kW se seu desprezar as perdas de carga. rendimento for 80%. N N (b) a força que o pistão pode equilibrar a H 2O 104 3 ; Hg 1.36 105 3 haste. m m FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Q AG vG vG Q AG 0.01 8 104 m vG 12.5 s 2 pG p4 v4 vG2 2g vG H 2O Dados: A2 = A3 = A4 = A5 = A6 = 10 cm2 AG = 8 cm2; Ap = 20 cm2; AH = 10 cm2 Hp1,2 = Hp1,4 = 0.5 m; Hp4,5 = 0. pG 104 102 12.52 104 104 20 pG 1.81104 Pa Solução: (a) v62 p6 v12 p1 z1 H B z6 H p1,6 2g 2g v2 z1 H B 6 H p1,6 2g 2 v H B 6 H p1,6 z1 2g 102 HB 24 20 H B 3m Q A6 v6 F p4 Ap pG Ap AH F 104 20 104 1.81104 20 104 10 104 F 38.1N Exemplo 4.13 – Sabendo que a potência da bomba é 3 kW, seu rendimento é 75 % e que o escoamento é de (1) para (2), determinar: (a) a vazão. (b) a carga manométrica da bomba. (c) a pressão do gás. Dados: 3A5 = A4 = 100 cm2 Hp1,2 = Hp5,6 = 1.5 m; Hp1,4 = 0.7m. Q 10 10 104 H O 104 m3 Q 0.01 s Q HB PB B 2 (b) N m3 Gás (6) 4m (2) 10 0.01 3 0.80 PB 375W PB 4 (4) (5) 2m h = 0.8m (1) F =1.2.105N/m3 (H2O) F p4 Ap pG Ap AH v2 p v42 p4 z4 G G zG 2g 2g pG p4 v42 vG2 2g (3) B p4 Ap pG Ap AH F v2 p v42 p4 z4 6 6 z6 H p4,6 2g 2g p4 H p4,6 p4 H p4,6 p4 104 1 p4 104 Pa 12 Solução: (a) v52 p5 v42 p4 z4 z5 2g 2g p p5 v52 v42 2 g 4 Equação manométrica: p4 p5 F h p4 p5 1.2 105 104 0.8 p4 p5 8.8 104 Pa FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br p1 p2 m h 8.8 104 104 v52 v42 176 A4 v4 A5 v5 3 A5 v4 A5 v5 v52 v42 2 10 p1 p2 6 104 1104 0.2 p1 p2 1102 Pa p1 p2 v22 v12 2g p1 h v5 3 v4 3v4 2 v42 176 9v42 v42 176 p1 3.8 104 Pa 176 m v4 v4 4.7 8 s 4 Q4 A4 v4 Q4 100 10 4.7 p1 p2 1102 Pa p2 20kPa p1 20 103 1102 m3 Q4 0.047 s (b) p1 20100Pa 2p A1 v1 A2 v2 v1 Q HB PB B P HB B B Q 3 103 0.75 104 0.047 H B 4.8m HB Exemplos resolvidos 1. Determinar a vazão de água no tubo Venturi, mostrado na figura abaixo, sabendo-se que a diferença de pressão entre os pontos A e B é igual a 5.286kgf/m². Resp.: Q = 172 L/s (c) v2 p v12 p1 z1 H B 6 6 z6 H p1,6 2g 2g p p H B 6 z6 H p1,6 6 H B z6 H p1,6 p p H B 6 z6 H p1,6 6 H B z6 H p1,6 p6 H B z6 H p1,6 H p1,6 H p1,2 H p3,4 H p5,6 H p1,6 1.5 1.5 0.7 H p1,6 3.7m p6 104 4.8 6 3.7 p6 4.9 104 Pa p6 4.9 104 Pa p6 49kPa Exemplo 4.6 2 1 2 2 v p v p 1 z1 2 z2 2g 2g p1 p2 v22 v12 2g Solução: 2 A v p v2 p A y A B B yB 2g 2g AA vA AB vB 2A 2B vA vB 4 4 2 vA 2B vB A vA 1502 vB 3002 1 vA vB vB 4vA 4 2 vA pA vB2 pB yA yB 2g 2g p A pB v2 v2 yB y A B A 2g 13 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br 4vA vA2 5286 10 0.75 104 2 9.81 2 16vA vA2 5.286 0.75 19.62 19.62 5.286 19.62 0.75 15vA2 2 103.711 14.715 15v vA2 2 A 103.711 14.715 88.996 vA 15 15 m vA 2.436 s Q AA vA 2A vA 4 0.32 Q 2.436 4 m3 Q 0.1722 s 1000 L Q 0.1722 s L Q 172.2 s vC 2B vB C2 vC 1252 vB 2502 1 vC vB vB 4 vC 4 Q 4Q vC vC 2 C C2 4 4 0.105 m vC vC 2.139 2 0.250 s vB 4 vC vB 4 2.139 vB 8.556 Q 2. Calcular a pressão relativa no início do duto de 250mm de diâmetro e a altura ―h‖ de água, sabendo-se que a vazão é de 105 L/s e descarrega na atmosfera. Resp.: p1 = 0,350 kgf/cm2 h = 3,73 m (A) (C) (B) Solução: vA2 p A v2 p y A B B yB 2g 2g vB2 0 02 0 h 0 vB 2 g h 2g 2g vC2 pC v2 p yC B B yB 2g 2g L m3 AC vC AB vB 105 0.105 s s 2 2 C B vC vB 4 4 vC2 pC vB2 0 0 0 2g 2g 2.1392 pC 8.5562 0 4 0 0 2 9.81 10 2 9.81 p 0.233196 C4 3.731148 10 pC 3.731148 0.233196 104 pC 34979.53Pa N 1 kgf 1Pa 1 2 4 m 9.8110 cm2 kgf pC 0.35 2 cm v2 vB 2 g h h B 2 g 2 8.556 h 2 9.81 h 3.7311m 3. Sabe-se que, no sistema abaixo, as pressões relativas nos pontos ―A‖ e ―B‖ são respectivamente 1,5 e -0,35 kgf/cm2 e a vazão de água é igual a Q = 0,21 m3/s. Determinar a potência real da turbina, para rendimento de 60%. Resp.: PrT = 33,5 cv 14 m s FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Solução: H O 9.81103 104 2 H A H B HT N m3 vA2 pA v2 p y A B B yB H T 2g 2g AA vA AB vB 2A 2B vA vB 0.21 4 4 3002 6002 vA vB vA 4vB 4 4 kgf N 1 2 9.81104 2 cm m 2 2 0.3 0.6 vA vB 0.21 4 4 4 0.21 m vA vA 2.97 2 0.3 s vA 2.97 m vB vB vB 0.743 4 4 s 2 2 vA pA v p y A yB B B H T 2g 2g Q Q A2 v2 A3 v3 32 22 v2 v3 4 4 32 1502 v2 2 v3 v2 9.15 2 2502 m v2 3.294 s H 2 H3 v2 p v22 p2 y2 3 3 y3 2g 2g 2 p2 3.294 9.152 0.5 9.81104 0 6.1 2 9.81 9.81103 2 9.81 9.81103 p2 0.553029 4.2672 0.5 6.1 9.81103 p2 9.8672 0.553029 9.81103 p2 9.314171 9.81103 p2 91372.02Pa 1 kgf 4 p2 91372.02 4 2 4 2 9.8110 cm2 2.97 1.5 9.8110 0.743 0.35 9.8110 1 H T kgf 2 9.81 9.81103 2 9.81 9.81103 p2 0.9314 2 cm 0.44959 15 1 0.028137 3.5 HT 1 2 16.44959 3.471863 HT m Q A2 v2 A1 v1 v2 v1 3.294 s HT 19.921453m H 0 H1 P Q H T T T PT 0.6 9.8110 0.2119.921453 3 PT 24624.11W 1cv 735W 1HP 1.014CV 24624.11 PT W PT 33.5cv 735 4. Calcular a potência real da turbina (ηT = 70%) e as pressões relativas nos pontos 1 e 2, do sistema mostrado na figura abaixo. Resp.: PrT = 38 cv p1 = 2,99 kgf/cm2 p2 = 0,481 kgf/cm2 v02 p0 v2 p y0 1 1 y1 2g 2g 2 p1 0 0 3.3942 30.5 0 2g 2 9.81 9.81103 p1 30.5 0.58711 9.81103 p1 30.5 0.58711 9.81103 p1 293445.4509Pa 1 kgf p1 293445.4509 4 9.8110 cm2 kgf p1 2.99 2 cm H1 HT H 2 v12 p1 v2 p y1 HT 2 2 y2 2g 2g Solução: H O 9.81103 104 2 N m3 15 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br HT v2 p v22 p2 y2 1 1 y1 2g 2g v2 p v2 p HT 1 1 y1 2 2 y2 2g 2g p p2 HT 1 293445.4509 91372.02 HT 9.81103 HT 20.598m PT T Q HT Q A3 v3 32 v3 4 0.152 Q 9.15 4 m3 Q 0.16169 s PT 0.7 9.81103 0.16169 20.598 PT 22870.47W 1cv 735W 1HP 1.014CV 22870.47 PT W PT 31.11cv 735 v2 p v22 p2 y2 3 3 y3 2g 2g 4v1 15000 9.81 18.367 v1 11220 9.81 2 9.81 9.81103 2 9.81 9.81103 2 2 0.81549v12 15 17.194v12 11.22 15 11.22 17.194v12 0.81549v12 16.37853v12 3.78 v1 v1 0.4804 3.78 16.37853 m s v2 4 v1 v2 4 0.4804 v2 1.9216 Q HB v2 p v22 p2 y2 1 1 y1 2g 2g HB v22 v12 p2 p1 2g 1.92162 0.4816752 15000 2290 9.81 2 9.81 9.81103 H B 0.17637 17.29 H B 17.46637m PB Q H B 12 v1 H B 4 0.32 PB 9.81103 0.4804 17.46637 4 PB Solução: Q A2 v2 A1 v1 A3 v3 32 22 v1 v2 v3 4 4 4 12 3002 v2 2 v1 v2 v1 v2 4 v1 2 1502 2 1 m s v3 18.367 v1 v3 18.367 0.4804 m v3 8.8235 s H1 H B H 2 5. Calcular a potência teórica da bomba, no H B sistema mostrado na figura abaixo, sabendo-se que as pressões relativas nos pontos 1, 2 e 3 são respectivamente: -2.290 kgf/m²; 15.000 kgf/m² e 11.220 kgf/m². Resp.: PtB = 7,9 cv 16 PB 5818.446W 1 1W cv 735 5818.446 PB cv 735 PB 7.91cv 6. Calcular a vazão de água no 12 3002 v3 2 v1 v3 v v 18.367 v sistema abaixo, sabendo-se que a potência 1 3 1 3 702 teórica da bomba é de 11,8 cv e a tubulação tem diâmetro constante. H 2 H3 3 Resp.: Q = 0,203 m /s FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Q 0.0752 m3 9 Q 0.03976 4 s H 0 HT H 3 2 0 v p0 v32 p3 y0 HT y3 2g 2g Solução: 1cv 735W PB 11.8 735W PB 8673W PB Q H B H1 H B H 2 2 1 2 2 v p v p 1 y1 H B 2 y2 2g 2g v 2 v 2 p2 p1 HB y2 y1 2g 2g p p1 HB 2 y2 y1 HB 1.035 2.1 9.81104 15 9.81103 H B 4.35m PB Q H B P Q B HB 8673 Q 9.81103 4.35 m3 Q 0.203 s 02 0 92 0 30 HT 0 2g 2 9.81 HT 30 4.128 HT 25.872m PT Q HT PT 9.81103 0.03976 25.872 PT 10091.088W 1 cv 735 10091.088 PT cv 735 1W PT 13.729cv 8. No sistema abaixo, a velocidade no ponto ―C‖ é igual a 3.66 m/s, onde a água sai na atmosfera. A pressão relativa no ponto ―A‖ é igual a – 0.35 kgf/cm2. A perda de carga entre os pontos ―A‖ e ―C‖ é igual a Δh = 3.05m. A potência real da bomba é igual a 20 cv, com rendimento de 70%. Até que altura ―H‖ , a bomba poderá elevar água, sabendo-se que o sistema tem diâmetro constante e igual a 150 mm? Resp.: H = 7,8 m 7. Calcular a potência teórica da turbina, no sistema abaixo, sabendo-se que a água sai na atmosfera no final do tubo de diâmetro 75 mm. Resp.: PrT = 13.7 cv Solução: Q HB B PB B HB e Q PBe Solução: 2 Q Av v 4 Q AC vC 17 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br C2 vC 4 0.152 Q 3.66 4 m3 Q 0.064677 s Q HB Q A1 v1 A2 v2 40 v2 20 735 0.7 9.81103 0.064677 H B 16.2179m H A H B HC H pAC 2 C 2 A v p v p A yA H B C yC H pAC 2g 2g vA2 0.35 9.81104 v2 0 0 16.2179 A 1.8 H 3.05 3 2g 9.8110 2g 3.5 16.2179 1.8 H 3.05 12.7179 4.85 H H 12.7179 4.85 H 7.8679m 0.04 0.16 0.16 v2 v2 2 2 2 2 0.12 4 v2 5.0929 v1 L m3 0.04 s s m s 0.04 0.16 0.16 v1 v1 2 2 1 1 0.152 4 18 m s H A H1 H pA,1 v1 2.2635 vA2 pA v2 p v2 y A 1 1 y1 3 1 2g 2g 2g 2 p 0 2.2635 2.2635 9. Determinar a potência real da bomba (ηB 0 0 1 3 6 3 = 80%) e as pressões relativas nos pontos 1 e 2 , no 2 g 2g g 10 2g sistema abaixo, sabendo-se que: a vazão de água é de 40 L/s, a perda de carga entre os pontos A e 1 é 3 vezes a carga cinética do ponto 1 e a perda de carga p1 entre os pontos 2 e B é 20 vezes a carga cinética do 0 0.261133 6 0.7833994 ponto 2. 9.81103 Resp.: PrB = 66 cv p1 = 0,496 kgf/cm2 p2 = 10,408 kgf/cm2 3 2 p1 4.9554675 9.8110 p1 48613,1369Pa 1 kgf 4 9.8110 cm2 kgf p1 0.495546 2 cm H 2 H B H p2,B p1 48613,1369 v22 p2 vB2 pB v22 y2 yB 20 2g 2g 2g Solução: Q H Bomba B H PA,1 3 Ec1 PBe v12 2g 20 Ec2 H PA ,1 3 H P2,B H P2,B 20 v22 2g 5.09292 p2 02 0 5.09292 6 73 20 2g 2g 2g p2 1.289033 6 73 26.43999 9.81103 p2 98.15095 9.81103 p2 962860.89Pa 1 kgf 4 9.8110 cm2 kgf p2 9.815 2 cm p2 962860.89 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br H1 H Bomba H 2 v12 p1 v2 p y1 H Bomba 2 2 y2 2g 2g 2.2635 48613,1369 5.0929 962860.89 6 H Bomba 6 2 9.81 9.81103 2 9.81 9.81103 0.11536697 4.955467 H Bomba 0.2595769 98.150957 4.8401 H Bomba 98.410534 H Bomba 93.5704m PBe PBe Q H Bomba B 9.81103 0.04 93.5704 0.8 PBe 45896.28W PBe 45896.28 cv 735 PBe 62.44cv 10. Supondo que no sistema do exercício nº 9, os dois reservatórios estejam fechados (pA e pB ≠ 0) e sabendo-se que as pressões relativas nos pontos 1 e 2 são respectivamente 0,2 kgf/cm2 e 9,5 kgf/cm2 . Calcular as pressões nos pontos ―A‖ e ―B‖ e potência real da bomba (ηB = 80%), para essa nova situação. Obs.: utilizar as mesmas perdas de carga do exercício nº 9. Resp.: PrB = 63 cv pA = - 0,296 kgf/cm2 pB = 0,912 kgf/cm2 11. Óleo de viscosidade dinâmica μ = 0,01 kgf.s/m² e peso específico γ = 850 kgf/m³ , escoa em regime permanente e com vazão Q = 50,0 L/s, através de 3.000,0 m de comprimento de tubo de Ferro Fundido (FºFº), com diâmetro φ = 300,0 mm. Pede-se calcular a perda de carga distribuída através da fórmula Universal de perda de carga. Resp.: Δhd ≅ 8,9 m h Solução: h X L A Q X L h A y A Q X L h y A2 Q X L h y 2 2 4 16 Q X L h y 2 4 h R h y 16 0.01 50 103 3000 2 X 850 0.34 h y 0.35m X L v2 hf f 2g Experiência de Nikuradse: f f NR , K R X L A X: Perímetro. L: comprimento R: Tensão de atrito em kgf/cm2. Q A Q A R Q R y A y Q A v v R X L A R dv R dv dy dy R v y Q Av v Q 4Q v 2 2 4 4 50 103 m v v 0.7074 0.32 s Número de Reynolds: NR v g g 19 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br v NR g NR 850 0.7074 0.3 9.81 0.01 N R 1838.8 Ferro Fundido: K = 2.59.10-4m 0.3 1158.3 4 K 2.59 10 K A função f deve ser calculada no ponto: f f N R 1838.8, 1158.3 K f 0.0195 L v2 hf f 2g 3000 0.70742 h f 0.0195 0.3 2 9.81 h f 4.97m Ou Como NRe é<2000: f f 64 N Re 64 f 0.0348 1838.8 L v2 hf f 2g 3000 0.70742 h f 0.0348 0.3 2 9.81 h f 8.87m 12. Calcular a perda de carga distribuída em uma tubulação de aço revestido nova, com 900,0 m de comprimento e 100,0 mm de diâmetro, devido ao escoamento de 378.500,0 L/dia de óleo combustível à temperatura de 20ºC ( γ = 855,0 kgf/m³ , ν = 3,94x10-6 m²/s), em regime permanente. Resp.: Δhd = 4,93 m Solução: L 103 m3 m3 Q 375000 375000 Q 4.34 103 dia 24 3600 s s Q Av v 4.34 103 m v 0.5529 2 0.1 s 4 g g g 20 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br 855 g g N s 3.3687 103 2 m g g v v NR NR g g 3.94 106 g Número de Reynolds: v v NR g 855 g 0.5529 0.1 NR g 3.3687 103 N R 14032.99 NR L v2 hf f 2g NR 1.7356 0.3 N R 83845.4 6.21106 A função f deve ser calculada no ponto: f f N R 83845.4, 6521.7 K Pelo diagrama de Moody-Rouse: f 0.019 L v2 hf f 2g Tubulação de aço: K = 4.6.10-5m 0.1 2173.9 5 K 4.6 10 K A função f deve ser calculada no ponto: f f N R 14032.99, 2173.9 K f 0.03 L v2 hf f 2g 900 0.55292 h f 0.03 0.1 2 9.81 h f 4.2m 13. Calcular a perda de carga distribuída em uma tubulação de aço soldado nova, com 3.200,0 m de comprimento e 300,0 mm de diâmetro, devido ao escoamento de 10.6x106 L/dia de gasolina à temperatura de 25ºC ( γ = 720,0 kgf/m³ , ν = 6,21x10 6 m²/s), em regime permanente. Resp.: Δhd ≅ 23,82 m Solução: L 103 m3 m3 Q 10.6 106 10.6 106 Q 0.122685 dia 24 3600 s s Q Av v 0.122685 m v 1.7356 2 0.3 s 4 14. Um óleo combustível à 10ºC (γ = 861.0 kgf/m³ , ν = 5.16x10-6 m²/s) escoando em regime permanente com vazão Q = 0,2 m³/s, é bombeado para o tanque "C", como mostra a figura abaixo, através de uma tubulação de aço rebitado nova, com diâmetro constante φ = 400,0 mm e comprimento de recalque L = 2.000,0 m. O reservatório em "C" está em contato com a pressão atmosférica. Sabe-se que a pressão relativa do ponto "A" é igual a 0,14 kgf/cm². Pede-se calcular a potência real da bomba, para rendimento de 80%. Resp.: PtB ≅ 282,0 cv R Solução: Q 0.2 Aço: L = 3200m R = 4.6.10-5m 0.3 6521.7 5 K 4.6 10 K Número de Reynolds: NR 3200 1.73562 h f 0.019 0.3 2 9.81 h f 29.47m v Q Av v m3 s 0.2 m v 1.5915 2 0.4 s 4 Aço: L = 3200m R = 4.6.10-5m 21 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br 0.4 8695.6 5 K 4.6 10 K Número de Reynolds: NR NR Resp.: a) p1 ≅ 1.760,0 kgf/m² ; p2 ≅ 1,652 kgf/cm²; b) PrB ≅ 7,26 cv v 1.5915 0.4 N R 1.2337 105 6 5.16 10 A função f deve ser calculada no ponto: f f N R 1.2337 105 , 8695.6 K Pelo diagrama de Moody-Rouse: f 0.03 L v2 hf f 2g 2000 1.59152 h f 0.03 0.4 2 9.81 h f 19.36m H A H Bomba h f H R vA2 pA vR2 pR y A H Bomba h f yR 2g 2g Solução: L m3 Q 22.1 Q 22.1103 s s Q 0.0221 m Q A1 v1 v1 v1 0.703 2 2 01 0.2 s 4 4 H O 0.7 106 2 m2 s (viscosidade cinemática da água) Perda de carga no trecho 0-1: Aço: L 01 = 60m R = 2.59.10-4m 01 0.2 772 4 K 2.59 10 K Número de Reynolds no trecho 01: 1.59152 13734 0 0 v 100 H Bomba 19.36 180 N R1 1 01 2 9.81 861 9.81 2g 0.12909 1.626 100 H Bomba 199.36 0.703 0.2 N R1 N R1 2 105 H Bomba 199.36 101.755 0.7 106 A função f deve ser calculada no ponto: H Bomba 97.605m f f N R1 2 105 , 01 772 Q H Bomba PBe K B Pelo diagrama de Moody-Rouse: 861 9.81 0.2 97.605 f 0.021 PB 0.8 L01 v12 h f f 01 PBe 206102.962W 01 2 g 206102.962 PBe cv 60 0.7032 h f01 0.021 735 0.2 2 9.81 PBe 280.4cv h f01 0.1586m e 15. No sistema mostrado na figura abaixo, a vazão de água à 20ºC em regime permanente é Q = 22.1 L/s. No trecho 0-1 o comprimento é 60.0 m e o diâmetro é 200.0 mm. No trecho 2-3 o comprimento é 260.0 m e o diâmetro é 150.0 mm. A tubulação em toda sua extensão é de ferro fundido nova. Pede-se calcular: a) as pressões relativas nos pontos 1 e 2; b) a potência real da bomba para rendimento de 60%. Obs.: -Utilizar a fórmula Universal da perda de carga e o método do comprimento equivalente. -No desenho: a, b = curva 90º R/D = 1 1/2; c, d = cotovelo 90º RM As perdas de carga singulares ocorrem quando há perturbações bruscas (válvulas, cotovelos, etc.) no escoamento do fluido e são calculadas por expressões que envolvem análise dimensional, dadas por: v2 hs K s 2g v2 0.7032 ha hb K sa ha 0.9 0.02267m 2g 2 9.81 22 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br hR K sR v2 0.7032 hR 0.2 0.005037m 2g 2 9.81 H 0 ha hb hR hp01 H1 v02 p0 v12 p1 y0 ha hb hR h f01 y1 2g 2g 2 2 0 0 0.703 p1 2 0.02267 0.02267 0.005037 0.1586 0 2g 2 9.81 2 0.208977 0.02518 p1 1.2506 0.15 N R2 2.6798 105 6 0.7 10 A função f deve ser calculada no ponto: f f N R1 2.67 105 , 23 579.15 K f 0.0225 N m2 kgf m2 Esquema h f23 f p1 1765.8 Singularidade N R2 v2 23 Pelo diagrama de Moody-Rouse: p1 1.7658 p1 1.7658 1.7658 9.81103 N R2 Alargamento Caso limite Estreitamento Caso Limite Cotovelo a 90° Válvula de gaveta Válvula tipo globo Válvula de retenção Ks 1 A1 A2 1 260 1.25062 h f01 0.0225 0.15 2 9.81 h f01 3.108m H 2 h f23 hvr hvga hc hd H3 hc hd K sd v2 1.25062 hc 0.9 0.07174m 2g 2 9.81 v2 1.25062 h K h 0.5 0.03985m svr vr A vr 2g 2 9.81 1 A2 0.5 0.9 0.2 Totalmen te aberta 10 hvg K svg v2 1.25062 hvg 10 0.797m 2g 2 9.81 v2 p v22 p2 y2 h f23 hvr hvga hc hd 3 3 y3 2g 2g 1.25062 p2 02 0 0 3.108 0.03985 0.797 0.07174 0.07174 12 2 9.81 2g 0.07971 p2 16.08833 Totalmen te aberta p2 16.00862 0.5 N m2 1 kgf p2 16.00862 16.00862 9.81103 4 9.8110 cm2 23 0.15 579.15 4 K 2.59 10 K Cálculo da velocidade no trecho 2-3: Q 0.0221 m Q A2 v2 v2 v2 1.2506 232 0.152 s 4 4 Número de Reynolds no trecho 23: L23 v22 23 2 g p2 16.00862 16.00862 9.81103 p2 1.600862 kgf cm2 H1 H Bomba H 2 v12 p1 v2 p y1 H Bomba 2 2 y2 2g 2g 23 FCTM – Capítulo 5 – Bombas, Turbinas e Perda de carga – Exemplos Resolvidos Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br 0.7032 18839.16 1.25062 157044.56 0 H 0 Bomba 2 9.81 9.81103 2 9.81 9.81103 0.02518 1.9204 H Bomba 0.0797 16.0086 H Bomba 16.0883 1.94588 H Bomba 14.14272m PBe PBe Q H Bomba B 9.81103 22.1103 14.14272 0.6 PBe 5110.259W PBe 5110.259 cv 735 PBe 6.95cv 24