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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Apresentação
É desejável, sob a ótica brasileira, que as relações econômicas com países desenvolvidos
evoluam de forma a propiciar a expansão de setores de alta agregação de valor e a inserção das
empresas nacionais em cadeias produtivas globais, em termos mutuamente vantajosos para os
dois países. Nesse diapasão, o MDIC entende que o setor de serviços deverá constituir
componente importante no delineamento das ações propostas pelo Grupo de Trabalho. De fato,
tanto no Brasil como na Cingapura, é cada vez maior a importância do setor enquanto
catalisador da eficiência de cadeias produtivas, criador de postos de trabalho, fator de
desenvolvimento e difusão de novas tecnologias e forte indutor de exportações de alto valor
agregado (inclusive exportações de bens).
Assim, a Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior - SCS-MDIC, locus definidor de políticas públicas para a internacionalização
das empresas brasileiras de serviços, agirá como facilitadora da interlocução institucional e
empresarial entre todas as partes interessadas na promoção e facilitação do comércio e do
investimento em serviços entre os dois países.
As comunidades empresariais de Brasil e Cingapura atuantes no setor terciário têm a percepção
difusa de que há relevantes oportunidades de negócios envolvendo os dois países, mas escapalhes a exata delimitação dessas oportunidades e quais os riscos envolvidos. Essa incerteza é
particularmente aguda para as pequenas e médias empresas - PMEs, que não podem arcar com
os elevados custos envolvidos na contratação de consultorias especializadas em inteligência
comercial1.
Em setembro de 2009, visando conferir maior visibilidade às oportunidades de negócios em
serviços ente os dois países, a equipe de inteligência comercial da SCS-MDIC elaborou o estudo
que se segue. Para tal, utilizou informações disponibilizadas na Internet para o público em geral.
A informação provida pela Agência para a Promoção do Investimento Estrangeiro na
Coreia – Invest Korea e pela Agência de Promoção do Comércio e Investimento da Coreia –
Kotra foi de especial valia.
Não obstante este estudo de oportunidades de negócios em serviços Brasil-Cingapura constitua
apenas uma introdução aos tópicos mais relevantes de comércio e investimentos no setor
terciário entre os dois países, nele o leitor interessado encontrará centenas de remissões às fontes
nas quais encontrará informação mais aprofundada. Assim, o leitor tem diante de si um
trampolim ou plataforma de lançamento para o tema.
O estudo está dividido em quatro seções: 1) Macroambiente de Negócios, com considerações
sobre especificidades da multifacetada realidade sul-coreana de relevância para a decisão de
entrada da empresa brasileira de serviços naquele mercado; 2) Quadro Atual para Negócios
em Serviços, focalização do quadro geral apresentado na seção anterior com indicação não
exaustiva dos subsetores de serviços nos quais as oportunidades de negócios são mais evidentes;
3) Facilidades e Entraves aos Negócios, seção na qual se discute a complexa geometria das
complementaridades e dos entraves aos negócios em serviços Brasil-Cingapura e são
apresentadas, à guisa de conclusão, recomendações práticas às empresas brasileiras; e 4)
Estatísticas de Comércio Exterior e Outras Informações, com quantificação e qualificação
1
Inteligência comercial abrange a coleta e sistematização de informação relevante para a formulação de políticas públicas e para
a redução do risco empresarial no que se refere à inserção em mercados.
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numérica dos fluxos de comércio e investimentos entre os dois países e um extenso arrolamento
de outras fontes de informação sobre oportunidades de negócios e temas conexos.
No estudo, contemplam-se horizontes de negócios segundo a perspectiva brasileira. Esta está
referenciada aos interesses do setor privado nacional tendo em perspectiva as políticas públicas
para internacionalização das empresas brasileiras de serviços e para atração de investimento
direto estrangeiro, tal qual foram definidas na Estratégia Brasileira de Exportação, na Política de
Desenvolvimento Produtivo, no Programa de Aceleração do Crescimento e outros delimitadores
de intervenção estatal no domínio econômico.
Não obstante, há inúmeras referências ao interesse manifesto do governo e do empresariado
coreanos, de forma a indicar à parte brasileira em que áreas a complementaridade de capacidades
e propósitos é inequívoca e pode se constituir forte indutora de negócios.
Qualquer menção a empresa, pessoa privada, acadêmico ou entidade de governo estrangeiro é
feita apenas em caráter meramente informativo, não implicando abonamento por este Ministério.
O leitor poderá manifestar críticas ou sugestões que possam contribuir para o aperfeiçoamento
desse estudo encaminhando mensagem para [email protected].
Sumário Executivo
A Coreia do Sul é a 13ª maior economia do mundo com PIB de US$ 1.342 bilhões pelo critério
de paridade do poder de compra. Já o montante do PIB avaliado segundo o câmbio oficial é de
US$ 947 bilhões, o que posiciona a Coreia do Sul como a 15ª maior economia do mundo.
A população do país é de aproximadamente 48 milhões de habitantes. Os trabalhadores coreanos
são excepcionalmente capacitados e produtivos.
Quase 60% do PIB sul-coreano corresponde a serviços. Construção naval e logística são setores
particularmente competitivos.
O fluxo de comércio Brasil-Coreia do Sul é bastante expressivo em termos absolutos - US$ 8,5
bilhões em 2008, mas limita-se praticamente a bens. Tal fluxo representa 2,3% do total da
corrente de comércio do Brasil com o mundo (US$ 371 bilhões).
Em 2008, o estoque de investimento direto coreano no Brasil ultrapassou US$ 1 bilhão. O
investimento coreano no País é quase todo alocado no setor primário (mineração) e secundário
(setor automotivo e eletroeletrônicos). O investimento brasileiro na Coreia é insignificante.
As atividades do Comitê Conjunto Brasil-Coreia do Sul de Promoção de Comércio e
Investimentos e Cooperação Industrial devem contribuir significativamente para o incremento
do comércio e investimento entre os dois países, inclusive no setor de serviços. As
oportunidades de negócios mais evidentes se concentram nos seguintes setores: construção
naval, franquias, serviços afeitos à tecnologias da informação e da comunicação, construção civil
e engenharia.
A Coreia do Sul é um mercado em ascensão, mas a maioria dos setores já começa a ostentar
saturação de oferta. Assim, qualquer empresa que queira se inserir competitivamente nesse
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mercado deverá oferecer produtos e serviços com nítido diferencial em termos de qualidade,
preço ou condições de oferta.
A inserção de empresa de serviços brasileira no mercado coreano não é tarefa das mais fáceis.
Além da concorrência, há outros entraves: idioma, estrita e abrangente regulamentação
doméstica, custos elevados, distância geográfica e outros.
A inserção no mercado coreano exige meticuloso planejamento. Como as empresas e
instituições coreanas têm limitada visibilidade na Internet em inglês, essa tarefa envolve certa
dificuldade. Assim, não obstante as facilidades proporcionadas pela Apex-Brasil e pela Invest
Korea, a empresa brasileira que queira se inserir no mercado coreano dificilmente poderá
prescindir da ajuda de consultorias privadas especializadas no setor de atividade focado pelo
exportador ou investidor brasileiro.
Índice
1. Macroambiente de negócios ............................................................................................................................6
1.1. Território e Inserção Geográfica ..............................................................................................................6
1.2. População, Mercado Consumidor e Força de Trabalho.......................................................................9
1.3. Cultura .......................................................................................................................................................13
1.4. Infraestrutura ............................................................................................................................................16
1.5. Economia ..................................................................................................................................................18
1.5.1. PIB ..........................................................................................................................................................20
1.5.2. Outros Índices .......................................................................................................................................26
1.6. Regulamentação Doméstica ..................................................................................................................36
1.7. Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual ...............................................................................38
1.8. Tecnologia Industrial Básica - TIB .........................................................................................................38
1.9. Compras Governamentais......................................................................................................................39
1.10. Justiça, Litígios e Arbitragem Comercial ............................................................................................40
1.11. Formas Jurídico-Mercantis das Empresas ........................................................................................40
2. Quadro Atual para Negócios em Serviços..................................................................................................43
2.1. Comércio Exterior e Investimentos........................................................................................................43
2.2. Estrutura Empresarial e Principais Empresas .....................................................................................48
2.3. Feiras e exposições.................................................................................................................................51
2.4. Caracterização Geral do Setor de Serviços .........................................................................................52
2.5. Caracterização dos Subsetores de Serviços .......................................................................................52
2.5.1. Distribuição e Vendas ..........................................................................................................................52
2.5.2. Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs ........................................................................55
2.5.3. Biotecnologia .........................................................................................................................................59
2.5.4. Serviços Terceirizados ao Exterior (Offshore Outsourcing) ...........................................................62
2.5.5. Engenharia e Construção Civil............................................................................................................64
2.5.6. Audiovisual e Produção Editorial ........................................................................................................69
2.5.7. Logística .................................................................................................................................................73
2.5.8. Construção Naval .................................................................................................................................74
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2.5.9. Serviços Afeitos às Energias Renováveis.........................................................................................80
2.4.10. Mercado de Carbono .........................................................................................................................81
2.5.11. Serviços Ambientais...........................................................................................................................83
2.5.12. Serviços Afeitos à Indústria da Defesa............................................................................................84
2.5.13. Serviços Afeitos à Indústria Aeronáutica e Espacial .....................................................................84
3. Facilidades e Entraves aos Negócios.........................................................................................................88
3.1. Ásia-Pacífico: Área Preferencial de Projeção Econômica da Coreia ...............................................88
3.2. Complementaridade e Distância............................................................................................................93
3.2.1. Complementaridade .............................................................................................................................93
3.2.2. Distância.................................................................................................................................................97
3.2.3. Conclusões ..........................................................................................................................................100
3.3. Recomendações às Empresas Brasileiras ........................................................................................100
4. Estatísticas de Comércio Exterior e Outras Informações.....................................................................106
4.1. Estatísticas..............................................................................................................................................106
4.1.1. Fluxo Comercial Exterior de Serviços..............................................................................................107
4.2. Principais acordos firmados entre Brasil e Coreia do Sul ................................................................115
4.3. Outros Estudos e Apresentações de Interesse .................................................................................116
4.4. Endereços e Links Úteis .......................................................................................................................123
4.4.1. No Brasil...............................................................................................................................................123
4.4.2. Na Coreia .............................................................................................................................................126
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1. Macroambiente de negócios
1.1. Território e Inserção Geográfica
O território da Coreia do Sul ocupa a metade meridional da península coreana, prolongamento
do continente asiático entre a China e o Japão.
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Fonte: The Economist
O país localiza-se em posição privilegiada no nordeste da Ásia. É circundado por regiões
economicamente entre as mais dinâmicas do continente: norte e nordeste da China, Sul do Japão
e Extremo Oriente Russo. A única fronteira terrestre é com a Coreia do Norte, com a qual o
volume de comércio e investimentos é de reduzida importância econômica.
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A Coreia do Sul é um país pequeno: a distância entre Seul – localizada no extremo noroeste do
território coreano e a segunda maior cidade – Busan ou Pusan, localizada no outro extremo
sudeste do país, é inferior a 500 km.
A despeito de não ser possível o trânsito rodoviário e ferroviário da Coreia do Sul com o restante
do continente asiático (a fronteira com a Coreia do Norte é fechada), os portos e aeroportos do
país estão excepcionalmente bem localizados e equipados para a logística de carga e passageiros
no nordeste e leste da Ásia. Poderão vir a ser de grande utilidade para a distribuição de
exportações brasileiras na região.
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Extraído de “Asia Pacific Business Outlook Conference”, U.S. Commercial Service Korea2
A respeito de oportunidades de negócios Brasil-Coreia no setor de logística, ver, neste estudo,
Item 2.4.7. Logística.
1.2. População, Mercado Consumidor e Força de Trabalho
A Coreia do Sul é um país superpovoado: em uma superfície pouco maior que o Estado de Santa
Catarina, vivem quase 49 milhões de habitantes, quase o dobro da Região Sul do Brasil.
A capital do país, Seul, é uma das maiores metrópoles do mundo com uma população de pouco
mais de 10 milhões de habitantes (mais de 20 milhões se considerada a região metropolitana).
Classificação
1
2
3
4
5
6
7
Área
Metropolitana
Tóquio
Seul
Cidade do México
Nova Iorque
Mumbai
Jacarta
São Paulo
País
Japão
Coreia do Sul
México
Estados Unidos
Índia
Indonésia
Brasil
População
(milhões)
32,5
20,6
20,5
19,8
19,2
18,9
18,9
Seul é considerada uma das cidades mais influentes e globalizadas do mundo:
2
http://www.hkchcc.org/korea.pdf
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Rank
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
City
Best category (position in that category)
New York City
London
Paris
Tokyo
Hong Kong
Los Angeles
Singapore
Chicago
Seul
Toronto
Washington, D.C.
Beijing
Business Activity and Human Capital (1st)
Cultural Experience (1st)
Information Exchange (1st)
Business Activity (2nd)
Business Activity and Human Capital (5th)
Human Capital (4th)
Business Activity (6th)
Human Capital (3rd)
Information Exchange (5th)
Cultural Experience (4th)
Political Engagement (1st)
Political Engagement (7th)
Fonte: Revista Foreign Policy3, outubro de 2008.
Há, ainda, várias outras grandes cidades, a maioria ao longo do litoral.
A Coreia do Sul figura entre os 25 países com mais alto Índice de Desenvolvimento Humano do
Mundo – IDH, à frente de vários países da União Europeia como Portugal, República Tcheca,
Hungria e Polônia4.
Posição
1
8
11
15
16
19
21
22
23
25
País
Islândia
Japão
França
Estados Unidos
Espanha
Itália
Reino Unido
Hong Kong (SRA)
Alemanha
Coreia do Sul
IDH (2006)
0.968
0.956
0.955
0.950
0.949
0.945
0.942
0.942
0.940
0.928
A população coreana é considerada jovem (cerca de 60% abaixo de 40 anos), mas em rápido
processo de envelhecimento devido à baixa natalidade. No longo prazo, as consequências sociais
e econômicas do envelhecimento da população e declínio demográfico podem vir a ser ainda
mais graves do que no Japão, sociedade que já se depara com esse problema.
3
4
http://www.foreignpolicy.com/
Fonte: http://hdr.undp.org/en/mediacentre/news/title,15493,en.html
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Extraído de “The Odd couple”, artigo de The Economist publicado em 25/09/20085
A Coreia do Sul é considerada um dos países étnica e culturalmente mais homogêneos do
mundo.
As tabelas abaixo, extraídas de estudo do Fórum Econômico Mundial, apresentam a posição da
Coreia do Sul, relativamente ao resto do mundo, em cada quesito referente direta ou
indiretamente à força de trabalho. Os quadrados azuis assinalam os quesitos nos quais o país tem
nítida vantagem comparativa. Quanto menor a numeração atribuída a um quesito, mais próximo
está o país do topo da lista. Assim, o mercado de trabalho coreano é excepcionalmente bom no
que se refere ao grau de qualificação da mão-de-obra. A relação entre o custo da mão-de-obra e
a produtividade do trabalho é bastante satisfatória. No entanto, sob a perspectiva das empresas, o
mercado de trabalho sul-coreano é ruim no que se refere à cooperação nas relações entre capital
e trabalho e custos com a demissão de empregados.
5
http://www.economist.com/specialreports/PrinterFriendly.cfm?story_id=12237163
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A produtividade da força de trabalho empregado no setor terciário corresponde à metade da
produtividade no setor secundário, certamente em virtude da menor utilização de máquinas e
equipamentos6.
Na Coreia do Sul a força de trabalho industrial está organizada em sindicatos muito ativos. No
passado, não raro ocorriam greves e embates de rua motivados por reivindicações trabalhistas.
No presente, a elevação da taxa de desemprego erodiu consideravelmente a capacidade de
mobilização dos sindicatos, que nunca chegou a ser muito forte no setor terciário. O Ministério
do Trabalho da Coreia do Sul disponibiliza na Internet extenso relatório em que executivos de
empresas estrangeiras, inclusive do setor de serviços, relatam como têm se adaptado às
dificuldades das relações trabalhistas na Coreia e às especificidades culturais do país com
impacto direto nas relações capital-trabalho: Report on the Successful Labour-Management in
Foreign Invested Firms in Korea 20087.
Não obstante as dificuldades mencionadas acima, a ampla disponibilidade de profissionais
qualificados pode se constituir num forte atrativo para empresas de serviços focadas em
atividades de alta agregação de valor e que envolva conhecimento técnico-científico
especializado como tecnologias da informação e da comunicação, biotecnologia, engenharias
etc.
Extraído de “France Welcomes Investment and Talent” – Agência Francesa para o Investimento Estrangeiro 8
6
http://www.wto.org/english/tratop_e/tpr_e/tp304_e.htm
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_main.jsp?num=2
8
http://www.invest-in-france.org/uploads/files-en/09-02-11_141641_090211_France_welcomes_MAJ_jan09_web.pdf
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Segundo executivo da 3M Korea: “What makes Korean an attractive investment market can be
easily explained by a comparison with its neighboring countries, first, management of
intellectual property rights is more stable in Korea than in China. Korea is a market you can
secure patent rights and take full advantage of the new technology. If your company’s
management strategy is oriented toward 'high-quality productivity,' rather than 'cheap labor' as
in China, you’ll instantly see that the Korean market servers the goal far better. For instance,
the R&D expenses in 3M Korean is about half that of Sumitomo 3M Japan Ltd. but in terms of
annual revenue, it is not the Japanese joint venture but the Korean corporation that ranks
among the highest of 3M's 60 subsidiary companies worldwide. This proves that Korea has an
extraordinary potential for high productivity and sales." Ele também louva a habilidade e
dedicação dos trabalhadores coreanos: "Thanks to the world's top degree of enthusiasm for
education, Korean workers have excellent ability to acquire skills and business knowledge. This
is a critical factor for any global leading company considering an overseas investment. Other
irresistible charms of the Korean market include creative marketing and employee loyalty. In
short, Korea has one of the best pool or human resources in the world."9
O Escritório Econômico e Comercial da Espanha em Seul publicou em junho de 2008 guia de
negócios sobre a Coreia do Sul. Nele, o leitor poderá obter informações mais detalhadas sobre
mercado de trabalho do país10.
Na cidade de São Paulo há uma comunidade muito ativa de imigrantes coreanos em pequenos
negócios, especialmente fabricação e comércio de vestuário11.
Em 2008, a Coreia do Sul superou o Japão entre os países da OCDE com maior taxa de
suicídios. Em todo o mundo, apenas Guiana, Hungria, Eslovênia e ex-integrantes da extinta
União Soviética apresentam taxas ainda piores12.
1.3. Cultura
A cultura de fundo de uma determinada sociedade está, em maior ou menor medida, espelhada
no modus operandi das empresas, tanto no que se refere a práticas e organização internas,
quanto no relacionamento das empresas entre si e com outros agentes de mercado. Esses podem
ter percepções e reações culturalmente condicionadas muito específicas. Nesse aspecto, a Coreia
do Sul diferencia-se fortemente de outros países desenvolvidos de cultura ocidental, mas
assemelha-se em vários aspectos à Coreia do Sul e a outros países de cultura confuciana. De
fato, para as empresas brasileiras esse é um fator adicional de dificuldade para entrada e atuação
no mercado de serviços coreano, tópico desenvolvido no item 3.2.2. Distância deste estudo.
A capacidade de comunicação intercultural é a habilidade de comunicar-se de forma ótima com
pessoas de outras culturas tendo em conta as necessidades básicas para ter êxito: entendimento
do comportamento e da mentalidade dos outros. Essa capacidade é particularmente importante
para as empresas de serviços, haja vista a estreita interação empresa/consumidor na maioria dos
subsetores de serviços.
9
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_main.jsp?num=2
http://www.comercio.mityc.es/tmpDocsCanalPais/7A93D1BD4AA76EE2FFE418ACA6AA7F6E.pdf
11
http://www.labeurb.unicamp.br/elb/asiaticas/leiamais_coreano.html
12
http://english.hani.co.kr/arti/english_edition/e_national/158160.html
10
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Empregar algum tempo para conhecer algo sobre a cultura de um país, antes de lançar-se aos
negócios, é um esforço que vale a pena. Quem compreende a cultura de fundo de uma sociedade
tem mais chances de sucesso no contato inicial e no longo prazo.
Seguem-se alguns comentários que, conquanto genéricos e subjetivos, podem constituir uma
introdução eventualmente útil a aspectos da cultura coreana relevantes num ambiente de
negócios.
A civilização coreana é de matriz confuciana, doutrina que valoriza o cumprimento do dever, a
ordem, a observância da hierarquia, a harmonia social e a autodisciplina, valores que permeiam
a cultura corporativa da Coreia. Segundo o Professor Paul Harbing, especialista em comunicação
intercultural no ambiente corporativo, “Confucianism gives a high importance to the hierarchy
and role of individuals to maintain harmony in society and within the organization. It is
inevitable, in order to succeed with many East Asian culture, that businesspersons should
become familiar with the teachings of Confucius. A basic understanding of the philosophy will
go along way in understanding what is expected of both parties evolved in a relationship. [...]
The foundation of the relationship on a personal level will be the key to starting a business
relationship. This can only be done through frequent personal contact and the developing of
trust between the people involved”13.
Juntamente com o confucionismo, o país partilha com o Japão, China e Vietnã a influência do
budismo enquanto conformador de mentalidade e atitudes. No entanto, diferentemente do que
ocorreu em outros países asiáticos (com exceção das Filipinas, submetida a 300 anos de
colonização espanhola), a penetração do cristianismo foi profunda: mais de 50% da população
declara-se seguidora dessa religião, a maioria afiliada a denominações de matriz calvinista.
Nesse contexto, amplas camadas da população sul-coreana assimilaram valores da chamada
“ética protestante” como extrema valorização do trabalho, parcimônia nos gastos e obsessão pela
poupança que foram importantes para a expansão do capitalismo na Coreia do Sul.
O Ministério do Trabalho da Coreia do Sul disponibiliza na Internet extenso relatório em que
executivos de empresas estrangeiras, inclusive do setor de serviços, relatam como têm se
adaptado às dificuldades das relações trabalhistas na Coreia e às especificidades culturais do país
com impacto direto nas relações capital-trabalho: Report on the Successful Labour-Management
in Foreign Invested Firms in Korea 2008. Dele consta a seguinte declaração de executivo da
Renault Samsung Motors: "Foreign investors` unable to comprehend Korean culture is the
primary reason for failure in the Korean market. For instance, one typical example of unique
Korean culture is dining-out after work hours. Europeans, who are more independent and
family-oriented, did not understand Koreans getting together with their colleagues after work
for dinner and drink. Koreans believe that talking over drinks and forging bonds is as essential
as formal discussions between labor and management in building trust. Korean managers had
to work hard to help their French counterparts understand this".14
Nas empresas, há uma grande diferenciação entre cada nível hierárquico. Nesse sentido,
coreanos e brasileiros têm em comum a propensão a considerar “naturais” pronunciados
desníveis de remuneração e de atribuição de poder no ambiente empresarial (respectivamente,
pontuação 60 e 69 na escala de Hofestede15 que vai de 1 a 120). Os coreanos são bem mais
afeitos ao trabalho em grupo do que os brasileiros, valorizam menos a iniciativa individual e são
menos afeitos a incorrer em riscos.
13
http://www.geocities.com/Athens/Delphi/9158/paper9.html
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_main.jsp?num=2
15
Geert Hofestede é um influente cientista social especializado na interação entre culturas nacionais ou regionais e culturas organizacionais,
que tende a se conformar segundo padrões bastante persistentes no tempo. Hofestede formulou o chamado Modelo das Cinco Dimensões
http://www.clearlycultural.com/geert-hofstede-cultural-dimensions/.
14
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Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
País
Coreia do Sul
China
Japão
Brasil
EUA
PDI
60
80
54
69
40
IDV
18
20
46
38
91
MAS
39
66
95
49
62
UAI
85
40
92
76
46
PDI: power distance index (valorização da hierarquia), IDV: individualism (aversão ao trabalho em equipe), MAS: masculinity (valorização da
proatividade individual), UAI: uncertainty avoidance index (aversão ao risco).
Na Coreia, as pessoas de meia-idade geralmente têm limitados conhecimentos de inglês. Assim,
é bastante recomendável a contratação de intérprete para que os contatos de negócios
transcorram sem problemas de comunicação16.
Numa cultura de negócios orientada para relacionamentos duradouros e para a acomodação de
conflitos, como a coreana, o contrato é encarado apenas como uma espécie de carta de intenções,
livre de limitações e obrigações a serem cumpridas rigorosamente. Quando um contrato é
elaborado entre duas empresas locais, o documento é visto como o resumo de um longo
processo de negociação entre as partes. Mesmo após a assinatura, o contrato é considerado
renegociável.
Através de estruturadas junto a executivos de empresas coreanas estabelecidas no Brasil, Gilmar
Masiero17, professor da Universidade de São Paulo especialista em relações econômicas BrasilCoreia, sugere haver problemas de ordem cultural entre os quadros administrativos e técnicos
provenientes da matriz e os quadros administrativos e trabalhadores brasileiros. As transcrições
a seguir são ilustrativas: “[…] não compreende por que não pode reduzir salários, não pode
compreender também porque não tem autoridade para diferenciar desempenho. Percebe a
maioria dos trabalhadores brasileiros como preguiçosos e não dedicados ao trabalho de forma
intensiva. Reconhece que os mesmos não têm amor para com a empresa, pois o empresário
brasileiro demite muito facilmente. Não concebe o porquê de exatamente 8 horas de trabalho
diário. Na Coreia não tem limite fixo. […] Contrastando seu país com o Brasil, diz que poucos
brasileiros falam inglês ou qualquer outro idioma estrangeiro. Os coreanos em geral gostam de
aprender e além de serem diligentes, trabalham muito. Na Coreia, os trabalhadores são mais
responsáveis para com as atividades programadas, já os brasileiros dizem sim mesmo quando
não podem ou não sabem fazer a atividade solicitada”.18
No estudo “A economia coreana: características estruturais”, o Professor Gilmar Masiero afirma:
“os sul-coreanos [...] parecem ter superado os japoneses no que diz respeito a extensivas e
intensivas horas de trabalho. Acredita-se que a orientação social ao trabalho árduo é devida a
vários fatores, entre os quais o espírito nacionalista de tornar-se uma grande nação, a exemplo
das resistências passadas as muitas invasões [...]. Tenacidade para enfrentar tempos difíceis
criou uma peculiar psyche denominada han. [...] este complexo estado psicológico é causado
pelos sentimentos de rancor, remorso, vingança, pesar e desastre, somente aliviados, segundo
esses autores, quando colocados a serviço da melhoria das condições de vida da sociedade
coreana. Outra importante característica do comportamento sul coreano em relação ao
trabalho é seu longo e competitivo processo de formação escolar. Para conseguir entrar nas
melhores universidades e dessa forma conseguir emprego melhor remunerado nas maiores
empresas do país, familiares e professores pressionam os estudantes para a auto-disciplina e
16
http://www.hkchcc.org/korea.pdf
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4723125Y9
18
Empresas Coreanas no Brasil: Dificuldades e Impactos da Crise Asiática http://www.ajlas.org/v2006/paper/1998vol11no206.pdf
17
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esforço concentrado nas atividades escolares, quer em classe, quer nas muitas extra-classe.
Doze ou mais horas de estudos diários [...] condicionam os estudantes e futuros trabalhadores
a longas jornadas de trabalho. Memórias dos tempos de guerra, o relevo montanhoso, a grande
densidade demográfica, só superada por Bangladesh, invernos severos e poucos recursos
naturais para subsistência também são normalmente apontados como motivadores ao trabalho
árduo e continuo. Este espírito de superação individual e coletivo é também percebido no
sentimento ou vontade de “vencer o Japão” em indicadores de desempenho ou mesmo na
expressão coreana muito popular pali, pali que significa depressa, depressa”19.
Nos últimos anos, a cultura coreana tem sido objeto de mercantilização no exterior. De fato,
produtos da indústria cultural sul-coreana (filmes, séries televisivas, quadrinhos) têm sido
amplamente exportados para vários países, favorecendo a difusão da cultura coreana. Esse
processo é comumente denominado em inglês de “Korean wave” ou “Korean fever”. Se o
entusiasmo com que tem sido acolhida a “Korean wave” é fenômeno passageiro ou se levará à
consolidação de um “soft power”20 coreano é questão ainda em aberto. Mas é fato que a Coreia
do Sul já em 2008 ocupava a nona posição entre os maiores exportadores de produtos da
indústria cultural21.
1.4. Infraestrutura
A Coreia ocupa da 18ª posição, em ranking de 134 países, em dados relacionados à
infraestrutura, segundo critérios do Fórum Econômico Mundial.
A infraestrutura ferroviária é de excelente qualidade. Há trens de alta velocidade ligando Seul a
outras grandes cidades. Cogita-se que empresas sul-coreanas venham a participar da licitação
para o estabelecimento de linha ferroviária de alta velocidade entre Campinas e Rio de Janeiro.
A maioria dos produtos comprados pela Coreia do Sul no exterior chega ao país por via
marítima. O país conta com vários portos bem equipados e com facilidades para armazenagem.
Destacam-se os portos de Busan (o quinto do mundo em movimentação de carga) com excelente
infraestrutura, segurança e eficiência. Nenhum ponto do território sul-coreano está a mais de
algumas poucas centenas de quilômetros de um porto bem aparelhado para o transporte
transoceânico.
19
http://www.pucsp.br/geap/artigos/art6.PDF
“Soft power” refere-se à capacidade de se obter vantagens políticas ou comerciais por meio da cooptação e atração, sem necessidade de
desembolsos extraordinários ou recurso à força (hard power). O soft power de um país apóia-se em três fatores: cultura no que se refere à
atratividade desta no exterior, valores políticos no que se refere a coerência entre discurso e prática e política exterior no que se refere á sua
legitimidade e prestígio moral. http://hbswk.hbs.edu/archive/4290.html
21
http://www.koreatimes.co.kr/www/news/special/2008/05/180_23641.html
20
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O aeroporto de Incheon, a 60 km de Seul, é o segundo maior do mundo em volume de cargas.
Ranking
1st Place
Best Airport
Worldwide
Best Airport by
Best Airport by Size
Region
(25-40 million)
(Asia-Pacific)
Incheon Airport Incheon Airport
Incheon Airport
2nd Place
Singapore
Singapore
Singapore
3rd Place
Hong Kong
Hong Kong
Minneapolis St.Paul
Airport People
Awards
Asia: Incheon
Europe:
Southampton
North America:
Halifax
※ Airport People Award is only given to top airports on 3 continents with the greatest number of flight routes.
Fonte: Airports council International22
O gráfico permite visualizar, no essencial, a infraestrutura de transporte da Coreia do Sul voltada
para o comércio exterior: portos e aeroportos localizados nas proximidades de zonas de
processamento de exportações, tudo interligado por linhas de trens expressos de categoria
internacional:
Notas: FEZ são zonas de processamento de exportações (free economic zone)
KTX: sistema de trens de alta velocidade
Extraído de Extraído de “Foreign Direct Investment and the Korean Economy: Investing in Korea”, estudo elaborado por Invest Korea23
22
23
http://www.airport.kr/notice/NoticeView.iia?functioncode=46&bulletinid=4994
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_main.jsp
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Em virtude da grande expertise das empresas coreanas de engenharia na construção e
manutenção de infraestrutura viária e portuária, há vivo interesse na alocação de investimentos
coreanos em projetos no Brasil, assunto discutido em mais detalhe no item 2.5.5. Engenharia e
Construção Civil.
A respeito de oportunidades de negócios Brasil-Coreia no setor de logística, ver, neste estudo,
item 2.4.7. Logística.
1.5. Economia
O modelo de capitalismo sul-coreano caracteriza-se pela forte intervenção do Estado no domínio
econômico. Grandes projetos estruturantes são concebidos e implementados ao longo de vários
anos, de forma a promover a lucratividade do setor produtivo, a competitividade das empresas
coreanas no país e no exterior e a estabilidade social. Este último é tema muito sensível na
Coreia do Sul, país que, além de estar situado na linha de fratura ideológica mais conflituosa do
mundo, vivencia, dentro de suas fronteiras, latente confrontação entre o capital e o trabalho e
outros agudos problemas sociais (desemprego, baixa natalidade, etc).
Há meros 50 anos, a Coreia do Sul era um dos mais atrasados países do mundo, com uma
economia agrária rudimentar, uma população com taxa de analfabetismo superior a 70%,
praticamente sem recursos naturais dignos de registro e um PIB per capita de apenas US$ 100.
Hoje a Coreia é um país rico, com um PIB de quase US$ 1 trilhão e PIB per capita de US$ 27
mil. Essa extraordinária evolução ficou conhecida como o “milagre às margens do rio Han”
(referência ao rio que atravessa Seul).
A análise do desenvolvimento coreano costuma ser dividida em duas fases, a da industrialização,
ocorrida do fim dos anos 50 até meados da década de 80, e a da economia do conhecimento que
se estende do fim dos anos 80 até o presente. É importante comparar os desempenhos de Brasil e
Coreia nestas duas fases e tentar tirar lições das políticas usadas pelos dois países.
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Ao término da guerra que resultou na divisão da Península Coreana, a Coreia do Sul, a partir de
1955, realizou um amplo programa de reforma agrária e de alfabetização. No início dos anos
sessenta foi lançado um programa de desenvolvimento baseado em planos quinquenais, com
forte liderança governamental.
Os dois primeiros planos, cobrindo o decênio 1962-1971 foram dedicados ao desenvolvimento
da produção industrial leve, fortemente intensiva em mão-de-obra, como tecelagem, calçados
etc. O terceiro plano quinquenal, que vigorou de 1972 a 1976, foi montado já sob a influência do
primeiro choque do petróleo. Tanto este quanto o plano que se seguiu, o de 1977 a 1981, foi
dedicado ao desenvolvimento da indústria pesada: aço, construção naval, equipamentos de
transporte e indústria química.
O sucesso do desenvolvimento coreano deveu-se a uma inteligente mistura de controle
governamental e incentivo à atividade privada, dentro de parâmetros e objetivos rigidamente
definidos pelo planejamento central. Os capitais necessários aos investimentos provieram
basicamente de poupança interna e de empréstimos internacionais cuja captação era orientada
pelo governo que detinha o controle do sistema bancário e orientava os empréstimos. A
participação do investimento direto estrangeiro - IDE foi mínima: a entrada de IDE era
rigidamente controlada pelo governo, havendo setores da economia em que eles eram totalmente
proibidos. Além de dar suporte a empresas focadas em um único segmento de atuação, o
governo coreano fomentou a criação de grandes conglomerados industriais (chaebol) de
atividade diversificada, cujo porte oferecia condições para a entrada em setores intensivos em
capital. O foco do desenvolvimento era a exportação para conseguir os dólares necessários à
importação de tecnologia, máquinas e equipamentos. A importação de bens de consumo
supérfluos era fortemente desencorajada.
Medidas protecionistas foram amplamente utilizadas para resguardar da competição externa as
indústrias nascentes, durante o prazo necessário para sua maturação. O governo exerceu um
permanente controle do câmbio mantendo a moeda nacional desvalorizada como forma de
subsidiar as exportações e proteger a indústria local da concorrência externa. A proteção à
propriedade intelectual era fraca, como convinha ao seu nível de desenvolvimento e a
engenharia reversa e a compra de fábricas prontas no exterior eram os modelos mais adotados
para absorver tecnologia. O governo participava ativamente da seleção das tecnologias que
deveriam ser importadas.
A admiração mundial pelo sucesso coreano em áreas de maior sofisticação tecnológica é
relativamente recente, mas as raízes deste sucesso estão plantadas firmemente no passado e não
fogem ao modelo de estreita colaboração público-privada sob planejamento governamental que
caracteriza todo o desenvolvimento coreano.
Já em 1967 a Coreia criava seu Ministério da Ciência e Tecnologia e colocava ênfase na
preparação de mão-de-obra especializada. Paralelamente ao MCT coreano foram criados 15
institutos de pesquisa governamentais, posteriormente reagrupados em apenas nove. Estes
institutos são responsáveis pela criação ou aperfeiçoamento de tecnologias e posterior repasse ao
setor privado. Funcionaram a princípio apenas com recursos estatais, mas hoje boa parte de suas
receitas provêm do setor privado.
O segundo choque do petróleo e a posterior crise financeira mundial de 1981 parecem ter sido
catalisadores de mudanças no planejamento governamental coreano. A heterodoxia dos
instrumentos básicos de política industrial - planejamento central, orientação para exportações,
controle cambial, incentivos, subsídios, etc. - continuou a mesma, mas a partir do 5º plano
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quinquenal, de 1982 a 1987, o foco muda: a ferramenta básica passa a ser o conhecimento
tecnológico e os objetivos são a microeletrônica e a indústria da informação.
Em 1988 entra em vigor o 6º plano quinquenal que adiciona novos materiais, biotecnologia e
indústria aeronáutica às prioridades. A ênfase em ciência e tecnologia é marcante nas metas
fixadas: elevar o número de cientistas e engenheiros de 10 para 30, por cada 10 mil habitantes,
em 1991; aumentar os gastos em P&D para 3% do PIB em 1991 e para 5% do PIB em 2001.
Em 1995, ao final da Rodada Uruguai, o PIB per capita da Coreia atinge US$ 10 mil, limiar do
desenvolvimento. Em 1996, a Coreia entra para a Organização para o Desenvolvimento e
Cooperação Econômica - OCDE e começa, paulatinamente, a mudar seus objetivos estratégicos
e forma de atuação. Suas empresas passam a ser orientadas não apenas a exportar, mas para
investir também além fronteiras, com atuação multinacional. O foco do desenvolvimento voltase decididamente para a alta tecnologia, agora sob a orientação da Creative Research Initiative CRI, lançada em 1997 e cujo mote é da imitação para a inovação. O Projeto Han, de Highly
Advanced National, é um projeto interministerial de desenvolvimento científico e tecnológico
que almeja tornar a Coreia um gerador de novas e sofisticadas tecnologias, com um foco em
produtos e outro em desenvolvimento de conhecimentos básicos. Em 2001, a biotecnologia se
incorpora aos alvos estratégicos prioritários, ao lado da robótica, da nanotecnologia e do
programa espacial e aeronáutico o qual prevê o lançamento de nada menos que 17 satélites até o
ano de 2015.
De fato, o desenvolvimento da Coreia baseou-se em poupança interna e empréstimos,
incentivando-se o IDE apenas em áreas muito restritas. Como resultado desta opção, a Coreia
saiu da primeira fase com uma indústria nacional controlada por coreanos – Hyunday-Kia, LG,
Samsung, Daewoo etc - apta a entrar com objetivos próprios no jogo da globalização. Em outros
países, ao contrário, a maior parte da indústria de ponta está sob o controle de capitais externos.
Esses países entram na era da globalização numa posição de dependência estratégica em relação
a objetivos industriais traçados fora de suas fronteiras.
Na fase seguinte, a Coreia muda o foco, mas não sua orientação heterodoxa no manejo dos
instrumentos econômicos, alargando ainda mais a diferença relativamente a países que, por
razões várias, permaneceram numa posição subalterna relativamente à divisão internacional do
trabalho24.
Tendo atingido um considerável grau de desenvolvimento econômico e social, nos últimos anos
a Coreia vem paulatinamente reduzido as imposições do dirigismo estatal e se reestruturado
segundo um modelo de capitalismo livre-concorrencial mais ao estilo japonês ou europeu.
1.5.1. PIB
A Coreia do Sul é um dos quatro “Tigres Asiáticos”, juntamente com Taiwan, Hong Kong e
Cingapura. Esses países ou territórios apresentam características políticas, sociais e econômicas
muito peculiares. Notabilizam-se por altíssimas taxas de desenvolvimento econômico do início
dos anos sessenta até 1997.
24
http://www.protec.org.br/noticias.asp?cod=841
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Na tabela abaixo, verifica-se que o PIB coreano é o 13º maior do mundo quando medido pela
paridade do poder de compra da moeda local frente ao dólar - critério relevante para a empresa
que venha a se estabelecer no país. De fato, o PIB calculado por esse critério denota a dimensão
do mercado local com os consumidores adquirindo bens e serviços produzidos localmente.
Na mesma tabela, verifica-se que, quando a moeda local é referenciada ao dólar pelo câmbio
oficial, o PIB coreano é o 15º maior do mundo - critério relevante para a empresa que venha a
exportar para o país. O PIB calculado por esse critério denota a dimensão do mercado local com
os consumidores adquirindo bens e serviços segundo seu poder aquisitivo em dólar. Em outras
palavras, denota a capacidade do país de operar no comércio internacional como importador.
O PIB sul-coreano é maior do que o PIB conjunto dos outros “tigres asiáticos” (Taiwan, Hong
Kong e Cingapura), mas constitui apenas uma fração do PIB da China e Japão.
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PIB pelo Câmbio Oficial e pela Paridade de Poder de Compra
Coréia do Sul e Países Selecionados - US$ bilhões (2009)
Fonte: Fundo Monetário Internacional, World Econom ic Outlook Database, Abril
2009
7.916
8.000
6.000
4.924
4.402
4.354
4.000
1.573 1.981
2.000
1.342
947
182 239
216
307
393 711
il
ra
s
B
an
Ta
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g
K
on
g
C
PIB pelo Câmbio Oficial
H
in
ga
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ra
or
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a
C
hi
na
C
Ja
pã
o
-
PIB pela Paridade de Poder de Compra
Fonte: FMI – Elaboração: DECOS/ SCS/MDIC
Nos últimos anos, a economia coreana tem crescido a taxas significativamente modestas. As
cifras a seguir refletem a evolução de crescimento econômico da Coreia (números pertinentes ao
Brasil entre parênteses): 2,8% em 2003 (1,1%), 4,6% em 2004 (5,7%), 4,0% em 2005 (3,2%),
5,2% em 2006 (4,0%) 5,1% em 2007 (5,7%) e 2,2% em 2008 (5,1%) prevendo-se queda de 4,0% para 2009 (Brasil: -1,3%) 25, grande parte em função do agravamento da crise econômica
internacional. A escalada da crise financeira global, iniciada no segundo semestre de 2008,
atingiu duramente a Coreia. O FMI estima pequena e gradual recuperação econômica em 2010.
A tabela abaixo evidencia que o PIB per capita coreano está consideravelmente abaixo da média
dos demais Tigres. Ainda assim, corresponde a mais de 2 vezes o PIB per capita brasileiro e 5
vezes o da China. A Coreia do Sul atingiu alto nível de desenvolvimento econômico com
excelente distribuição de renda: enquanto na Coreia o índice de Gini relativamente à
concentração de renda tem oscilado, nos últimos anos, em torno de 0,31, no Brasil tem sido da
ordem de 0,57, ainda que com tendência decrescente26
25
26
World Economic Outlook Update, jul. 2009. Disponível em: http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2009/update/02/pdf/0709.pdf
http://hdrstats.undp.org/indicators/147.html
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PIB per capita pela Paridade de Poder de Compra (PPC)
Coréia do Sul e Países selecionados - US$ - 2009
Fonte: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook Database, Abril 2009
51.142
55.000
43.811
45.000
34.100
35.000
30.881
27.647
25.000
15.000
10.326
5.963
5.000
an
iw
Ta
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u
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C
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a
ra
Su
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g
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p
Ko
n
a
C
hi
n
il
Br
as
g
-5.000
Fonte: FMI – Elaboração: DECOS/ SCS/MDIC
O quadro abaixo reflete a evolução de alguns dados macroeconômicos da Coreia, segundo a
Economist Intelligence Unit. Para efeito comparativo, apresentam-se os mesmos dados relativos
ao Brasil.
Dados referentes à Coreia
Dados referentes ao Brasil
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O Goldman Sachs, maior banco privado de investimentos do mundo, cunhou a sigla BRICs em
2005 para designar os países emergentes com maior peso impacto sobre a economia global. Em
2007, Goldman Sachs propôs a expressão “Next Eleven” para identificar outros países
emergentes de grande população com excepcional potencial de crescimento, BRICs em menor
escala, dentre os quais se inclui a Coreia.
De fato, segundo Goldman Sachs, a Coreia deve firmar posição entre as economias de destaque
nas próximas décadas, como evidenciam os gráficos abaixo, relativos a dois horizontes
temporais27:
27
http://www.chicagobooth.edu/alumni/clubs/pakistan/docs/next11dream-march%20'07-goldmansachs.pdf
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Em termos de renda per capita, nos dois horizontes temporais considerados (2025 e 2050), a
Coreia do Sul estará muito próxima do topo da escala.
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Atente-se que apreciação dessas projeções deve ser feita com reserva, pois refletem expectativas
anteriores à eclosão da crise econômica em curso, de duração e efeitos de longo prazo ainda
indeterminados. Há indícios de que pesará mais sobre economias fortemente dependentes de
exportações de bens de consumo relativamente supérfluo, como é o caso da Coreia (automóveis
e eletrônicos), do que sobre países emergentes com amplos mercados internos e sólidos
fundamentos macroeconômicos como o Brasil.
Goldman Sachs elaborou as referidas projeções antes da descoberta das vastíssimas reservas de
hidrocarburetos da chamada “camada pré-sal”, cuja exploração deve vir a ser um forte motor de
crescimento da economia brasileira nos próximos anos.
1.5.2. Outros Índices
Diversos relatórios, elaborados por bancos de investimentos, fundações privadas, entidades
multilaterais etc, procuram captar e expressar aspectos do ambiente de negócios de relevância
para a decisão de entrada de grandes empresas em mercados estrangeiros.
Alguns desses relatórios pecam ou por considerar apenas poucas das muitas dimensões
conformadors do ambiente de negócio de qualquer país ou por avaliar essas dimensões segundo
um viés excessivamente referenciado ao capitalismo laissez-faire ou por franca insuficiência
metodológica, como é o caso do Ease of Doing Business, do Banco Mundial, que, infelizmente,
tem sido objeto de grande alarde pela mídia brasileira28. A Agência Francesa para a Promoção
28
Em sucessivas edições, o “Ease of Doing Business - EDB” tem aduzido informações distorcidas e desatualizadas referentes às condições para
realização de negócios no Brasil. Isso se deve a problemas existentes na metodologia de coleta de dados e na construção de comparativos
internacionais relativos às diversas dimensões avaliadas pelo EDB – em especial, à informação referente aos prazos para abertura e legalização
de empresas. Essa última, no entender da SCS/ MDIC, está eivada de inconsistências metodológigas tão gravosas a ponto de desqualificá-la
para a composição do retrato fiel da dimensão “starting a business” no Brasil. Também o Independent Evaluation Group – IEG equipe de
auditoria interna do Banco Mundial, manifestou, no relatório “Doing Business: an Independent Evaluation, aguda preocupação com a
insuficiência metodológica do “Doing Business” e com a forma pela qual os indicadores das dimensões avaliadas (Ease of Doing Business
Indicators) são divulgados. Em consonância com o parecer do IEG, esta Secretaria insiste que a validade dos Indicadores fica condicionada a
quão representativo, confiável e objetivo seja o processo de obtenção, registro e análise das informações concernentes às dimensões
facilitadoras da realização de negócios. Ainda em linha com o IEG, a SCS/MDIC salienta que a forma pela qual o “Doing Business” tem trazido
a público seus resultados, supervaloriza a simplicidade em detrimento do rigor, com sério comprometimento de sua relevância, confiabilidade
enquanto parâmetro internacional útil para o investidor nacional e estrangeiro. No tocante ao caso específico do Brasil, a avaliação desta
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do Investimento Estrangeiro disponibiliza na Internet estudo aprofundado sobre a matéria: “The
Reality of International Reports and Scoreboards”29.
Os relatórios emitidos pelo International Institute for Management Development – IMD30,
entidade sediada na Suíça, e pelo Fórum Econômico Mundial31 são reputados como os de mais
abrangência, isenção e rigor metodológico.
O IMD publica o Anuário Mundial da Competitividade - WCY. Segundo o WCY, a Coreia do
Sul está posicionada na 27ª posição no ranking mundial32. Para fins comparativos, segue tabela
com a posição relativa do Brasil e de outros países no referido índice do IMD.
Secretaria é ainda menos complacente para com os vícios do referido levantamento do que o IEG. Na visão da SCS/MDIC, o reduzidíssimo
número de informantes (lembre-se de que tais informantes são apenas quatro bancas de advocacia de São Paulo, cuja clientela move ações
contra entidades de governo); o evidente conflito de interesses e a parcialidade desses informantes agridem a mais elementar metodologia de
coleta e análise de dados, tornando os números pertinentes ao País absolutamente insignificantes, tanto em termos absolutos quanto em
comparação com outros países. Ademais, os resultados do levantamento do “Doing Business” são divulgados de maneira imprópria: fomentam
não o debate e diálogo isento e objetivo, e, sim, a desinformação e a subjetividade entre as partes interessadas, com onerosos gravames para o
País. A divulgação dos resultados do levantamento, tal qual tem sido feita pelo “Doing Business” dá azo não só à desorientação dos
formuladores de políticas públicas, mas também pode confundir o empresário nacional e afugentar o potencial investidor estrangeiro.
29
http://www.invest-in-france.org/uploads/files-en/07-0625_144810_pub_20060927_en_reality_of_international_reports_and_scoreboards.pdf
30
http://www.imd.ch/
31
http://www.weforum.org/en/index.htm
32
A posição do Brasil no ranking em 2009 (40ª) subiu três posições relativamente a 2008, o que sobrevaloriza o País num contexto de aguda
recessão econômica mundial. Fonte: artigo publicado n’ O Estado de S. Paulo em 20/05/2009.
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Já o Índice de Competitividade Global33, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, concede
pontuação 5,28 à Coreia, posicionando o país abaixo de Cingapura e Hong Kong, mas no
mesmo nível das grandes economias da Europa.
Índice de Competitividade Global (GCI)
Coréia e Países selecionados:
(Fonte: World Econom ic Forum - 2008 - 2009)
7
5,53
5,38
5,33
5,28
5,22
4,70
5
4,33
4,13
Índia (50º)
Brasil (64º)
3
1
Cingapura
(5º)
Japão (9º)
Hong Kong
(11º)
Coréia (13º) Taiw an (17º)
China (30º)
A Coreia do Sul, em seu 13º lugar, alcançou esta destacada posição por atributos tais como sua
estabilidade macroeconômica e um inovador setor de negócios. O ambiente macroeconômico
sul-coreano é caracterizado por um excedente orçamentário governamental, que contribuiu para
a diminuição da dívida pública, uma alta taxa de poupança nacional e uma baixíssima taxa de
juros (em 3° lugar neste quesito). O país é também altamente inovador, com elevado gasto das
empresas em P&D, e um forte foco governamental na procura por produtos tecnologicamente
avançados (2° lugar), o que contribuiu para a classificação do país como um dos mais
inovadores do mundo (7° lugar em número de patentes). A competitividade sul-coreana seria
fortalecida ao corrigirem-se alguns problemas existentes, mais notadamente, ineficiência nos
sistemas financeiro e trabalhista.
A competitividade da economia sul-coreana deriva fundamentalmente da aplicação intensiva de
tecnologias inovadoras a todas as etapas do processo produtivo, distribuição e consumo (tanto
tecnologias de produção quanto tecnologias de gestão). Por consequência, há maximização da
eficiência na utilização dos fatores de produção, assim como a possibilidade de oferecer ao
mercado produtos e serviços de qualidade diferenciada da concorrência estrangeira (embora nem
sempre competitivos em termos de preço).
Vários outros fatores também contribuem significativamente para a competitividade das
empresas sul-coreanas, a saber: economia de escala e de escopo; relevante mercado interno com
alto poder aquisitivo; acesso imediato aos mercados da Ásia; alto grau de transnacionalização;
conglomerados (chaebol) sul-coreanos em posição proeminente em algumas cadeias produtivas
globais que envolvem intenso comércio internacional de insumos (indústria automobilística,
construção naval, eletroeletrônicos etc), havendo filiais de empresas sul-coreanas em todas as
grandes economias e em todos os continentes; alto grau de integração entre pesquisa acadêmica
e setor produtivo; alta qualificação da mão-de-obra; excelente infraestrutura de transporte e
telecomunicações; etc.
33
Esse índice avalia o ambiente de negócios de cada país considerando vários fatores como efetividade das instituições públicas, qualidade da
mão-de-obra, eficiência dos mercados favorecimento à inovação etc. “Global Competitiveness Report” disponível em
http://www.weforum.org/en/initiatives/gcp/Global%20Competitiveness%20Report/index.htm.
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A figura abaixo expressa a matriz de competitividade da economia coreana segundo os
parâmetros do Fórum Econômico Mundial. Note-se que a Coreia supera significativamente a
média das economias mais desenvolvidas do mundo nos quesitos estabilidade macroeconômica,
tamanho do mercado e inovação.
Para fins comparativos, apresenta-se o mesmo gráfico relativo ao Brasil:
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A lista abaixo relaciona as maiores dificuldades para a condução de negócios na Coreia, segundo
sondagem de opinião conduzida sob os auspícios do Fórum Econômico Mundial 34. Observe-se
que dificuldades referentes à instabilidade política e burocracia governamental ineficiente são as
queixas mais recorrentes.
34
http://www.weforum.org/documents/gcr0809/index.html
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A tabela a seguir é um resumo da tabulação detalhada mais abaixo. A metodologia do Fórum
Mundial considera doze pilares de competitividade, agrupados em três fundamentos básicos.
Observe-se que a posição do país no ranking dos países pesquisados é das mais altas,
especialmente no que diz respeito aos fatores de inovação e sofisticação, tamanho do mercado e
estabilidade macroeconômica
Para fins comparativos, e a título de informação para o investidor nacional e estrangeiro, mais
abaixo apresenta-se também minuciosa tabulação referente ao Brasil, elaborada pela Fundação
Dom Cabral35 em parceria com o Fórum Econômico Mundial36.
35
Segundo o Financial Times, a Fundação Dom Cabral é a 13ª melhor escola de negócios do mundo e a 1ª da América Latina.
http://www.fdc.org.br/pt/Paginas/default.aspx
36
http://www.weforum.org/pdf/Global_Competitiveness_Reports/Reports/Brazil/BrazilCompetitivenessReport2009.pdf
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1.6. Regulamentação Doméstica
O complexo e extenso arcabouço normativo que regulamenta a atividade das empresas de
serviços na Coreia, sejam elas nacionais ou estrangeiras, é um forte conformador do macro
ambiente de negócios local. É considerado um dos maiores óbices à entrada e atuação de
empresas estrangeiras naquele mercado, em parte resquício da época em que o governo coreano
ativamente desestimulava a entrada de empresas estrangeiras no mercado doméstico. A esse
propósito, ver os itens 1.5. Economia e 2.1. Comércio Exterior e Investimentos.
De fato, a regulamentação coreana é minuciosa e abarca inúmeros aspectos referentes tanto ao
processo produtivo de bens ou de prestação de serviços, internos às empresas, quanto aspectos
de relacionamento da empresa com o meio exterior (consumidores, agências de regulação, meio
ambiente, proteção à cultura do país, etc.) que muitas vezes impõem custos adicionais às
empresas. É necessário que a empresa estrangeira, não familiarizada com o ambiente jurídicoinstitucional coreano, contrate consultorias especializadas em seu nicho de atuação, ou mantenha
equipe própria com a finalidade de mapear e contornar as dificuldades nessa área. Dada a
complexidade da matéria, muitas empresas estrangeiras preferem atuar no mercado coreano em
parceria com empresa local.
Deve-se compreender que a Coreia, ao contrário de alguns outros países desenvolvidos, está
muito longe de ser um país de capitalismo laissez-faire. O dirigismo estatal é menos
pronunciado do que no passado, mas ainda muito forte.
Na Coreia são minuciosamente referidos em legislação, com extensa imposição de restrições
administrativas: matéria trabalhista, ambiental, de direito do consumidor, de proteção à livre
concorrência, relativa à publicidade e propaganda, contabilidade, que diga respeito à proteção da
cultura e tradições do país e toda uma gama de direitos difusos e coletivos. A empresa brasileira
de serviços focada no mercado coreano deverá estar atenta ao fato de que, como normalmente
acontece em todos os países, o setor terciário costuma ser mais estrita e amplamente regulado do
que o primário e o secundário, impondo custos adicionais às empresas. Deverá, necessariamente,
embutir esse fator em seu plano de negócio.
O governo da Coreia do Sul reconhece que é necessário reformular a regulamentação doméstica
do país para, entre outros aspectos, fomentar a atração de investimento direto estrangeiro – IDE.
A posição oficial do governo sobre a matéria está sumarizada na transcrição a seguir:
“Regulations are sometimes referred to as “hidden taxes” indicating their huge impact on
corporate investment, while hardly watched and monitored by the people and the National
Assembly compared to tax. In this regard, regulations are amenable to continuous
improvements to reflect the rapidly changing socioeconomic environment as well as the global
situation. The Lee Myung-Bak administration, launched in 2008, has embarked on massive and
unprecedented regulatory reform initiatives with the belief that regulatory reform can be one of
the most effective means to improve the business environment and strengthen economic growth
potential. To strengthen the structure of driving regulatory reform, the government established
the Presidential Council on National Competitiveness -PCNC in March 2008in addition to the
existing Regulatory Reform Committee responsible for previewing new and strengthened
regulations. The PCNC has decisively undertaken bold reform initiatives for existing
regulations, based on opinions from businesses and people affected. In order to maintain the
high administrative priority placed on regulatory reform , the PCNC discusses major regulatory
reform tasks in monthly Presidential meetings. In implementing regulatory reform, the PCNC
adopted a two-track approach on institutional reform to redesign regulations, and to resolve onsite business difficulties to improve the effectiveness of regulatory reform.Along with reform
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initiatives by the PCNC, all government ministries undertook bold reform of regulations under
their respective jurisdictions. A total of 1795 government-wide regulatory reform tasks were
identified in 2008 through feedback from economic organizations and on-site confirmation
processes, of which 908 deregulation tasks were competed before the end of 2008. These
included improvement of corporate ownership structure, enhancement of financial market
competitiveness, and efficient national land utilization, among many others. Another notable
aspect of the Lee Myung-Bak administration’s regulatory reform is the broad participations of
companies and stakeholders in the process of identifying deregulation tasks, initiating
improvements, and evaluating the outcome of regulatory reform. In this regard, the
Government-Private Joint Taskforce on Regulatory Reform was established in collaboration
with the Korea Chamber of Commerce & Industry to monitor and resolve on-site difficulties
faced by businesses, enhancing overall investor satisfaction with the quality of regulatory
reform.
To bring regulatory reform closer to business and people in their day-to-day
operations, the government reinforced incentives including training opportunities and rewards
for public servants in regulatory service. Audits on regulatory reform activities were also
strengthened to prevent the misinterpretation of laws and acts, minimizing delays and burdens
in administrative procedures. At the same time, English versions of Korean laws and acts are
available to ensure an optimal business environment for international residents and foreigninvested companies in Korea. The Lee Myung-Bak administration is also focused on
incorporating international perspectives and meeting global standards in driving forward
regulatory reform, an example of which is the participation of foreign business leaders in the
PCNC as members. Some of the key foreign members of the PCNC include the Chairman of the
American Chamber of Commerce in Korea, the President of the European Chamber of
Commerce in Korea, the President of the Seoul Japan Club, and the Chairman of the Dubai
Financial Centre Authority. Against the backdrop of the current global financial turmoil, the
Korean government will accelerate its regulatory reform efforts in the process of overcoming
the economic crisis and preparing for the post-crisis world financial structure. Key regulations
in areas suck as labor management-relations, environment, housing, construction, and services
sectors will undergo continuous reform. In addition, deregulation efforts are being expanded to
promote the development of new growth engines such as energy, environment, and bio-science.
Furthermore, sunset clauses will be applied not only to new and reinforced regulations but also
to existing regulations allowing the government to regularly review the effectiveness of
regulations. The establishment of a comprehensive information system on regulations will
further contribute to the transparent management of regulatory information.” 37
Na seção 1.9. Tecnologia Industrial Básica, mais abaixo, alguns aspectos de regulamentação
doméstica de interesse para empresas de serviços afeitos a altas tecnologias são tratados com
mais detalhes.
O governo da Coreia disponibiliza na Internet informação sobre aspectos gerais da
regulamentação doméstica do país de interesse para o investidor estrangeiro38.
Por oportuno, cabe lembrar que, conquanto a Coreia seja extremamente ciosa de sua
regulamentação doméstica, no plano internacional faz coro com a Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE, da qual é membro fundador, no sentido de
37
http://www.mke.go.kr/language/eng/news/news_view.jsp?tableNm=E_01_02&seq=13
“Guide to Foreign Direct Investment in Korea”
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_down1.jsp?filename=090616_guide_fdi_korea_eng.pdf&path=20090720
Foreign Direct Investment & the Korean Economy http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_main.jsp
e Legislação de interesse para o investidor estrangeiro http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/data/bbs/20081006/government.pdf
38
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,
37
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promover um ambiente internacional de investimentos laissez-faire e em linha com privilégios
ao capital estrangeiro.
1.7. Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual
Na Coreia, como de regra ocorre em todo país desenvolvido, a proteção aos direitos de
propriedade intelectual é abrangente e as leis são aplicadas com eficácia. Segundo o Fórum
Econômico Mundial, a Coréia do Sul figura entre os 26 países com melhor proteção aos direitos
de propriedade intelectual (Brasil: 79ª posição)39.
De fato, coerentemente com o propósito de fazer da Coreia uma “economia do conhecimento”,
fortemente centrada em atividades de alta agregação de valor (novas tecnologias, indústrias
criativas40 etc), cresce o interesse do setor privado e do governo coreano em proteger os direitos
de propriedade intelectual no país e no exterior.
“Doing Business in South Korea”, estudo elaborado pelo Departamento de Comércio dos EUA
– U.S. DoC, aduz rica informação sobre a proteção dos direitos de propriedade intelectual na
União Européia em geral e na Coreia em particular41.
1.8. Tecnologia Industrial Básica - TIB
O termo TIB – Tecnologia Industrial Básica reúne um conjunto de disciplinas técnicas de uso
indiferenciado (metrologia, normalização, padronização, gestão da qualidade etc) pelos diversos
setores da economia, inclusive serviços. Os temas afeitos a TIB são fator decisivo para a
inserção bem sucedida das empresas brasileiras de serviços no exterior.
Regulamentos técnicos são conjuntos de regras elaborados pelos governos cujo cumprimento é
obrigatório. Normas técnicas são padrões elaborados por agentes privados, como a International
Organization for Satandardizazion – ISO, de cumprimento voluntário.
Num mercado sofisticado e extremamente exigente como a Coreia do Sul, a estrita
conformidade a normas e regulamentos técnicos é de extrema importância em vários setores de
serviços: serviços afeitos a tecnologias da informação e comunicação, construção civil e
engenharia, informática, franquias, reparo de máquinas e equipamentos, processamento no
Brasil de serviços terceirizados por empresas coreanas (offshore outsourcing) etc.
Graças aos esforços do Instituto Nacional de Metrologia - INMETRO42, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT43 e de outras entidades, Brasil já dispõe de considerável
capacidade e expertise em TIBs para o setor industrial. O Ministério do Desenvolvimento,
39
http://www.weforum.org/documents/gcr0809/index.html
Indústrias criativas são aquelas que têm a sua origem na criatividade, competências e talento individual, com potencial para a criação de
trabalho e riqueza através da geração e exploração da propriedade intelectual. Ver, nesse estudo, item 2.5.6. Audiovisual e Produção
Editorial.
41
http://www.buyusainfo.net/docs/x_9174546.pdf
42
O INMETRO é uma autarquia federal brasileira, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
http://www.inmetro.gov.br/.
43
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, fornecendo a base
necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. Trata-se de uma entidade privada e sem fins lucrativos e de utilidade pública, fundada em
1940. A ABNT é membro fundador da International Organization for Standardization (ISO), da Comissão Panamericana de Normas Técnicas
(COPANT) e da Associação Mercosul de Normalização (AMN). A ABNT é a única e exclusiva representante no Brasil da ISO – International
Organization for Standardization, da COPANT – Comissão Panamericana de Normas Técnicas e da AMN – Associação Mercosul de
Normalização. http://www.abnt.org.br/default.asp?resolucao=1024X768 .
40
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Indústria e Comércio Exterior, na qualidade de integrante do Conselho Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO44, tem realizado esforços para que as ações
de governo e de entidades privadas voltadas a TIBs também contemplem o setor de serviços, de
forma que as empresas nacionais de serviços estejam aptas a atender plenamente as exigências
técnicas de mercados sofisticados como o sul-coreano e outros.
Nesse sentido, a SCS/MDIC, o INMETRO e a ABNT estão investigando os setores interessados
em se engajar na ampliação da normalização e boas práticas para a prestação do serviço (ex.
certificação do varejo e telesserviços), a exemplo do que já ocorre com o setor de software para
certificação segundo o padrão CMM (Capability Maturity Model) e MPS-BR (Melhoria de
Processos do Software Brasileiro)45, com o apoio da Sociedade para a Excelência do Software
Brasileiro - SOFTEX e do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID.
Como corolário das ações referidas acima, para o incremento do comércio de serviços entre
Brasil e Coreia do Sul, é necessário que seja reforçada a cooperação institucional em matéria de
TIBs46. Decerto, sem o reconhecimento mútuo dos sistemas de certificação e credenciamento
entre os dois países, o preço de um processo de prestação de serviço fica acrescido de custo de
certificações diferentes em cada país, o que reduz a capacidade competitiva das empresas, ou
mesmo pode inviabilizar a exportação de serviços nos modos de prestação de serviços 1 e 4 47.
Em relação ao Modo 4, relativo ao movimento de profissionais prestadores de serviços, apesar
de previsto no Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços – GATS da OMC, os países
desenvolvidos, inclusive a Coreia, têm resistido às propostas brasileiras de acessão aos acordos
de reconhecimento mútuo de profissões já firmados pelos países desenvolvidos entre si.
1.9. Compras Governamentais
A Coreia do Sul começou a implementar o Acordo de Compras Governamentais – ACG48, de
caráter plurilateral, da OMC em 1997. O ACG define procedimentos não discriminatórios para o
processo de compras. As regras do ACG não se aplicam a produtos abaixo dos limites
especificados. Além disso, alguns bens foram excluídos das disposições do ACG, inclusive
compras relativas à defesa e segurança nacional, alguns produtos de telecomunicações e
equipamento de redes, assim como determinados tipos de equipamento de transmissão elétrica.
O Ministro das Finanças e da Economia da Coreia criou um Comitê Internacional de Resolução
de Controvérsias para resolver questões relativas ao cumprimento do ACG. Como o Brasil não é
signatário do referido acordo, as autoridades coreanas podem, se o desejarem, não conferir o
44
O CONMETRO, colegiado interministerial, é o órgão normativo do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial –
SINMETRO.
45
CMM e MPS-BR são, respectivamente certificação internacional e certificação nacional de software.
46
O INMETRO e o Instituto Nacional de Metrologia do Coreia do Sul já tem levam avante programas de cooperação em TIBs para o setor
industrial. http://www.apexbrasil.com.br/portal_apex/publicacao/engine.wsp?tmp.area=27&tmp.texto=5118
47
O comércio internacional de serviços é definido, pelo GATS/OMC, como a prestação de um serviço:
a) Modo 1: do território de um Membro ao território de qualquer outro Membro;
b) Modo 2: no território de um Membro aos consumidores de serviços de qualquer outro Membro;
c) Modo 3: pelo prestador de serviços de um Membro, por intermédio da presença comercial, no território de qualquer outro Membro;
d) Modo 4: pelo prestador de serviços de um Membro, por intermédio da presença de pessoas naturais de um Membro no território de qualquer
outro Membro.
48
O Acordo sobre Compras Governamentais da OMC, de caráter plurilateral, que entrou em vigor em janeiro de 1981, estabelece regras para a
não discriminação entre fornecedores nacionais e estrangeiros de maneira que o mesmo tratamento dado aos nacionais seja aplicado aos
estrangeiros. Este acordo foi posteriormente revisto em numerosas ocasiões. Foi aditado em decorrência resultado das negociações
concomitantemente aos da Rodada do Uruguai: 1) Para engrandecer o âmbito dos contratos públicos (aplicáveis a governos regionais, e para
uma gama de governos e entidades para-estatais); 2) para aplicar o acordo para as compras em serviços; e 3) introduzir um sistema de resolução
de controvérsias relacionado a compras governamentais. http://www.wto.org/english/tratop_e/gproc_e/gp_gpa_e.htm
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tratamento nacional a empresas brasileiras em favor daquelas originárias de países membros do
ACG.
Assim, a empresa brasileira de serviços só poderá usufruir do tratamento previsto no ACG se
constituir personalidade jurídica coreana por meio de presença comercial direta. Outra
alternativa é estabelecer parceria com empresa local ou de terceiros países signatários do
Acordo.
O Serviço Público de Licitações - SPL (Public Procurement Service) é responsável pela maior
parte das compras do Governo (no caso de empresas autárquicas coreanas, as compras são
administradas localmente). Todos os licitantes devem registrar-se junto ao PPS com
antecedência mínima de um dia útil antes da data de abertura das propostas. Os editais de
compras são anunciados 40 dias antes do prazo para as propostas. As oportunidades de licitação
são divulgadas pela internet, na página eletrônica www.g2b.go.kr (Korea on line E-procurement
System). Um resumo da licitação estará disponível em inglês e conterá o objeto do contrato, o
prazo para submissão das propostas e detalhes para obtenção de documentos. O anúncio de
licitação também indica que o processo ocorrerá sob os termos do ACG. As notas e adjudicações
de licitações também são publicadas no site do SPL: www.g2b.go.kr.49
1.10. Justiça, Litígios e Arbitragem Comercial
O ordenamento jurídico coreano, assim como o brasileiro, é basicamente moldado segundo o
modelo europeu continental. Não obstante, incorpora elementos da Common Law característicos
do direito anglo-saxão. Tudo isso referenciado à matriz filosófica confuciana (ver, neste estudo,
item 1.3. Cultura).
Coerentemente com o pano de fundo cultural do país, os contratos não são encarados como
acordos de vontade definitivos e acabados, mas sim como referência inicial a um entendimento
mutuamente vantajoso baseado na confiança mútua. Nesse particular, as empresas brasileiras
habituadas a realizar negócios no Japão não estranharam as práticas coreanas.
Segundo as praxes do país, no caso de desinteligência das partes, normalmente recorre-se
primeiramente a alguma instancia de arbitragem privada como a Junta de Arbitragem Comercial
da Coreia50.
1.11. Formas Jurídico-Mercantis das Empresas
O escritório de representação é a forma mais simples e menos onerosa de implantar-se na
Coreia. Suas funções se resumem ao levantamento de informações sobre o mercado e à
promoção de vendas, mas sem a realização de atividades comerciais propriamente ditas. Por
isso, é um instrumento de limitada eficácia para a entrada de mercado.
Caso a empresa estrangeira deseje estabelecer presença comercial no país realizando atos de
comércio, deverá considerar a formatação jurídico-mercantil que melhor lhe convenha de acordo
com o modelo de negócio da empresa, se vai localizar-se ou não numa das várias zonas de
processamento de exportações existentes na Coreia, o volume de faturamento esperado, a
expectativa de vincular-se a empresa local, a expectativa de crédito ou outras vantagens de
entidades governamentais etc.
49
BrazilTradeNet. Coleção Como Exportar. Disponível em:
http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/ComoExportar/CEXCoreiadoSul.pdf
50
http://www.kcab.or.kr/servlet/kcab_adm/memberauth/5000
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A Agência para a Promoção do Investimento Estrangeiro na Coreia – InvestKorea, sumariza o
assunto como segue:
Outra fonte útil de informação sobre a formatação jurídica de empresas na Coreia, os trâmites
legais e burocráticos para a abertura de filiais e sucursais, remissões a páginas eletrônicas de
instituições afeitas ao assunto, etc., podem ser obtidas no “Guia País: Corea del Sur”, estudo
elaborado pelo Escritório Econômico e Comercial da Espanha em Seul51.
51
http://www.comercio.mityc.es/tmpDocsCanalPais/7A93D1BD4AA76EE2FFE418ACA6AA7F6E.pdf
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
2. Quadro Atual para Negócios em Serviços
2.1. Comércio Exterior e Investimentos
Concentrando algumas das maiores corporações econômicas do planeta, a Coreia do Sul é um
dos motores econômicos da Ásia.
O comércio exterior coreano está caracterizado por forte déficit na balança comercial de
serviços.
Balança de Bens (US$ bilhões)
500
400
300
325
284
422 435
371
357
309
261
200
100
23
16
15
0
2005
-100
2006
2007
Exportação
Im portação
2008
-13
Saldo
Fonte: Organização Mundial do Comércio.Elaboração: DECOS/ SCS/MDIC
Balança Comercial de Serviços (US$ bilhões)
100
50
93
83
44
68
58
74
62
48
0
2005
-14
2006
-20
2007
-21
2008
-19
-50
Exportação
Im portação
Saldo
Fonte: Organização Mundial do Comércio.Elaboração: DECOS/ SCS/MDIC
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/01/2008
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Total da Balança Comercial (Bens + Serviços)
Balança Comercial (US$ bilhões)
600
500
400
328
300
200
374 377
528
319
100
0
-100
496
433 439
9
2005
-4
-6
2006
2007
Exportação
Im portação
2008
-32
Saldo
Fonte: Organização Mundial do Comércio. Elaboração: DECOS/ SCS/MDIC
Até o início dos anos noventa, a Coreia do Sul era absolutamente avessa à atração de
investimento direto estrangeiro – IDE, preferindo fortalecer as empresas locais mediante a
tomada de empréstimos no exterior.
Com a eclosão da crise financeira asiática de 1997/1998, a continuidade dessa política mostrouse inviável. Assim, atualmente o governo da Coreia estimula ativamente a alocação de IDE no
país, especialmente em áreas de alta tecnologia. No entanto, os resultados tem sido medíocres: o
fluxo de IDE em 2008 foi inferior a US$ 12 bilhões, muito pouco para um PIB de quase US$ 1
trilhão. Nesse aspecto, dentre as grandes economias, apenas o Japão tem apresentado pior
desempenho.
Esse fenômeno tem várias causas: existência de redes negociais relativamente fechadas
vinculadas a poderosos chaebols, grande atratividade de países circunvizinhos com mercados
maiores e/ou custos mais baixos, marco regulatório inadequado etc. Esse último aspecto tem
sido objeto de especial atenção do governo52
52
Ver: “Korea Offering Opportunities: a year of regulatory reform by the Lee Myung-bak administration”
http://www.mke.go.kr/language/eng/news/news_view.jsp?tableNm=E_01_02&seq=13 , “Guide to Foreign Direct Investment in Korea”
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_down1.jsp?filename=090616_guide_fdi_korea_eng.pdf&path=20090720
,
Foreign Direct Investment & the Korean Economy http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_main.jsp
e Legislação de interesse para o investidor estrangeiro http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/data/bbs/20081006/government.pdf
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Extraído de Extraído de “Foreign Direct Investment and the Korean Economy: Investing in Korea”, estudo elaborado por Invest Korea53
A alocação do IDE por setor de atividade econômica é a que segue. Em 2008, cerca de 3/4 do
IDE foi alocado no setor de serviços:
Extraído de Extraído de “Foreign Direct Investment and the Korean Economy: Investing in Korea”, estudo elaborado por Invest Korea54
A Agência para a Promoção do Investimento Estrangeiro na Coreia – Invest Korea, indica
identifica sete fatores decisivos para a alocação de IDE no país: altíssima qualidade dos
recursos humanos, mercado doméstico sofisticado, setor produtivo focado em atividades de
ponta, logística superior, existência zonas de processamento de exportações, existência de
clusters de alta tecnologia e alta capacidade em TICs55.
Conquanto a Coreia do Sul seja um relevante exportador de capitais para o Brasil (estoque da
ordem de US$ 1 bilhão), o inverso não é verdadeiro: os investimentos brasileiros na Coreia do
Sul são praticamente nulos.
53
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_main.jsp
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_main.jsp
55
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_main.jsp
54
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O quadro a seguir permite algumas comparações interessantes sobre o nível de inserção externa
das economias brasileira e coreana56:
Empresas listadas no Forbes 2000
País
PIB (US$ bi)
Participação % do IDE/PIB
(2009)
Recebido
Enviado
Nº de empresas
Valor de
mercado
(US$ bi)
Percentual
em relação
ao PIB
Brasil
1.573
15,0
3,1
31
352
22,4
Coreia
947
12,3
6,8
61
217
22,9
Pelos dados do quadro fica evidenciado que o Brasil tem sido mais atrativo e/ou receptivo ao
IDE do que a Coreia do Sul
Por outro lado, fica evidenciado ser a Coreia do Sul um grande exportador de capitais. Quanto
ao tamanho das grandes corporações relativamente ao PIB, o valor de mercado das empresas
brasileiras corresponde a pouco mais de 22% do PIB estimado pelo FMI para 2008 (352
empresas). Já o valor correspondente à Coreia do Sul é ligeiramente superior, quase 23% para
217 empresas, o que leva a crer que na Coreia do Sul a concentração da atividade econômica
em poucas empresas é consideravelmente maior do que no Brasil em virtude do papel
proeminente dos chaebols.
Nos últimos anos, a alocação do IDE coreano, que vem crescendo extraordinariamente
chegando a quase US$ 10 bilhões em 2006, tem seguido um padrão de forte concentração na
China, EUA, União Européia, Hong Kong e ASEAN:
Korea’s outflows of foreign direct investment, 2003-06
(US$ million and per cent)
Total outflows (US$ million)
2003
2004
2005
2006
3,514.3
5,964.7
5,302.7
9,942.4
(Per cent of total)
Outflows by destination
China
37.1
United States
38.4
46.0
30.9
28.7
22.4
21.4
16.1
EC
4.5
11.2
-0.8
9.4
Hong Kong, China
2.5
3.3
5.0
7.3
..
2.9
4.8
5.7
0.4
0.8
0.6
3.9
Viet Nam
Canada
Bermuda
Singapore
Kazakhstan
Japan
Nigeria
Indonesia
56
..
0.0
1.4
3.3
6.7
2.8
2.0
3.0
..
0.4
0.5
2.2
1.4
4.8
1.9
1.9
..
0.0
0.0
1.2
2.2
0.9
1.3
1.2
Fonte: FMI (2008) e UNCTAD (2007) e Forbes (2008).
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2003
Australia
Cambodia
2004
2005
2006
1.4
0.9
2.0
1.2
.
0.2
0.6
1.1
Brazil
0.2
0.3
2.7
1.1
Other
14.9
10.6
10.8
10.4
0.7
0.6
0.5
0.4
Outflows by sectors
Agriculture and fishing
Mining and quarrying
Manufacturing
Electricity, gas and water
Construction
7.7
5.1
8.4
14.2
50.8
56.8
53.4
47.8
0.0
0.0
1.1
-0.3
1.2
1.3
2.1
5.8
39.6
36.2
34.5
32.1
25.7
19.3
17.0
11.1
Hotels and restaurants
2.1
1.8
3.6
2.0
Transport, storage and communication
2.2
1.7
2.9
3.8
Financial and insurance
0.1
0.1
0.0
0.0
Real estate, renting and business activities
6.8
9.8
7.8
12.3
Other services
2.7
3.4
3.0
2.8
Services
Trade and repairs
..
Source:
Not available.
Data provided by the authorities of the Republic of Korea.
Extraído de “Trade Policy Review: Republico of Korea - 2009” – Organização Mundial do Comércio - OMC57
Diferentemente do padrão de alocação do investimento direto estrangeiro da maioria dos países
desenvolvidos no Brasil, estoque de IDE coreano no País ainda está fortemente concentrado nos
setores primário e secundário.
Extraído de “Como exportar: Coreia do Sul” – Brazil Trade Net58
57
58
http://www.wto.org/english/tratop_e/tpr_e/tp304_e.htm
http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/ComoExportar/CEXCoreiadoSul.pdf
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Como se verifica na tabela acima, o IDE coreano, diferentemente do que ocorre como o IDE de
outros países desenvolvidos, ainda está fortemente focado no setor secundário. Serviços e
construção corresponderam a 38% do total em 2006.
Mais informações sobre a evolução do comércio exterior sul-coreano e dos fluxos de
investimento direto estrangeiro, balança de pagamentos e outras informações econômicas estão
prontamente acessíveis em “Corea del Sur: informe econômico y comercial”, estudo elaborado
pelo Escritório Econômico e Comercial da Espanha em Seul59.
2.2. Estrutura Empresarial e Principais Empresas
Na Coreia do Sul, o setor produtivo é caracterizado pela onipresença de grandes grupos
empresariais denominados chaebol. Os mais importantes são poderosas transnacionais de
atuação global. A palavra coreana significa “negócio de família” ou “monopólio” e é
comumente usada da maneira como “conglomerado” é usado em português.
Não obstante os chaebol serem poderosas entidades privadas, usualmente trabalham em
conjunto com o governo, já que na Coreia do Sul, como em poucos outros países capitalistas, o
dirigismo estatal é muito forte. No entanto, desde a crise de 1997, governo tem procurado limitar
a livre a atuação dos chaebol em diversos aspectos.
Alguns chaebol estão constituídos como grandes sociedades anônimas, enquanto outros se
dividiram em grupos de diferentes empresas, conectadas por vínculos formais tênues, todas
dividindo nome ou marca em comum. Mesmo no último caso, as empresas são quase sempre
controlados e/ou gerenciados pelo mesmo grupo familiar, de maneira explícita ou velada.
Conquanto os chaebol sejam frequentemente comparados aos keiretsu, grupos empresariais
japoneses, na verdade há grandes diferenças entre as duas modalidades:
•
Os chaebol são ainda majoritariamente controlados pelas suas famílias fundadoras, enquanto
os keiretsu são controlados por grupos de gerentes profissionais.
•
Os chaebol são mais focados no controle acionário cruzado das diversas empresas do grupo,
enquanto os keiretsu pela mera participação acionária.
•
Os chaebol usualmente formam subsidiárias para o fornecimento de insumos e componentes,
enquanto grandes corporações coreanas frequentemente contratam fabricantes não
pertencentes ao grupo.
•
Os chaebol são proibidos de possuírem bancos privados, parcialmente para aumentar o poder
de barganha do governo em áreas como concessão de crédito. Em 1990, regulamentos
governamentais tornaram difícil para os chaebol desenvolver um relacionamento bancário
exclusivo. Os keiretsu historicamente trabalhavam com bancos afiliados, dando às
companhias afiliadas acesso quase ilimitado ao crédito, muito embora isso já não seja tão
frequente quanto no passado.
59
http://www.comercio.mityc.es/tmpDocsCanalPais/3D273DAE72EEC0481B8993EC4082FCA0.pdf
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O número expressivo de grandes empresas denota o tamanho e potencial da economia coreana.
Segundo Forbes60, há na Coreia 61 empresas listadas entre as 2.000 maiores do mundo
(27/02/2009), como segue (valores em US$):
Rank
47
Company
Samsung
Electronics
Country
Industry
South
Korea
Semiconductors
153 Posco
South
Korea
195 Korea Electric
Power
196 Hyundai Motor
Sales
($bil)
Profits Assets
($bil)
($bil)
Market
Value
($bil)
104.42
7.87
99.47
45.82
Materials
33.50
3.77
38.46
17.91
South
Korea
Utilities
30.89
1.51
86.48
10.04
South
Korea
Consumer Durables
73.78
1.70
89.00
6.98
202 Shinhan Financial South
Korea
Banking
20.44
2.62 235.34
7.13
213 KB Financial
Group
South
Korea
Banking
17.95
2.92 238.11
6.83
296 Hyundai Heavy
Industries
South
Korea
Capital Goods
22.15
1.83
26.94
8.80
308 LG Corp
South
Korea
Conglomerates
80.87
0.98
57.49
4.59
343 Woori Finance
Holdings
South
Korea
Banking
16.96
2.33 266.51
3.30
384 KT
South
Korea
Telecommunications
Services
19.78
1.12
25.68
6.68
394 SK Holdings
South
Korea
Oil & Gas Operations
69.66
1.48
61.16
2.62
509 SK Energy
South
Korea
Oil & Gas Operations
37.97
0.72
16.80
4.37
514 Hana Financial
Group
South
Korea
Banking
10.40
1.38 134.83
2.56
637 Industrial Bank of South
Korea
Korea
Banking
8.69
1.24 129.47
1.97
657 Samsung Fire &
Marine
South
Korea
Insurance
10.04
0.48
20.97
4.85
699 S-Oil
South
Korea
Oil & Gas Operations
16.13
0.79
10.11
3.85
706 Lotte Shopping
South
Korea
Retailing
11.73
0.80
16.03
3.12
715 Samsung C&T
South
Korea
Trading Companies
17.32
0.51
14.89
3.36
5.79
1.02
90.73
2.30
722 Korea Exchange South
Bank
Korea
Banking
741 Hyundai Mobis
South
Korea
Consumer Durables
12.20
0.82
8.98
4.25
774 Shinsegae
South
Korea
Retailing
11.01
0.53
9.61
4.96
833 GS Holdings
South
Korea
Diversified Financials
29.04
0.39
20.83
1.55
60
http://www.forbes.com/lists/2009/18/global-09_The-Global-2000-South-Korea_10Rank.html
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861 Hanwha
South
Korea
Trading Companies
24.01
0.24
66.79
1.18
868 Samsung Heavy
Industries
South
Korea
Capital Goods
9.03
0.51
11.46
3.27
869 Hynix
Semiconductor
South
Korea
Semiconductors
9.16
0.37
18.76
2.93
927 Korea Gas
South
Korea
Utilities
15.29
0.39
13.49
2.07
1068 Hyundai Steel
South
Korea
Materials
8.73
0.55
9.90
1.92
1124 Daewoo Ship &
Marine
South
Korea
Capital Goods
8.31
0.32
10.19
2.46
1170 KT&G
South
Korea
Food, Drink & Tobacco
3.23
0.70
4.41
7.14
1175 Hyundai Eng &
Const
South
Korea
Construction
6.44
0.31
7.33
3.73
1181 Doosan
South
Korea
Trading Companies
16.20
0.09
18.30
1.59
1185 Daewoo
Engineering
South
Korea
Construction
6.52
1.04
7.16
1.82
1264 Daelim Industrial South
Korea
Construction
7.16
0.53
7.34
0.92
1283 Korean Air
South
Korea
Transportation
9.61
0.01
18.17
1.44
1284 Samsung Card
South
Korea
Business Services &
Supplies
2.52
0.61
13.28
2.14
1325 STX Shipbuilding South
Korea
Capital Goods
8.03
0.45
6.71
0.56
1335 Kumho Industrial South
Korea
Construction
9.20
0.04
16.47
0.37
1393 Dongbu
Insurance
South
Korea
Insurance
6.26
0.27
11.22
0.66
1419 STX Pan Ocean
South
Korea
Transportation
8.09
0.43
3.70
1.10
1423 GS E&C
South
Korea
Construction
6.72
0.42
6.72
1.57
1443 Tong Yang Major South
Korea
Construction
5.43
-0.04
23.37
0.12
1459 Busan Bank
South
Korea
Banking
1.74
0.29
28.09
0.63
1464 Honam
Petrochemical
South
Korea
Chemicals
6.53
0.49
5.09
0.98
1491 Daegu Bank
South
Korea
Banking
1.69
0.28
25.72
0.50
1523 Samsung
Securities
South
Korea
Diversified Financials
1.40
0.38
10.08
2.29
1604 STX Corp
South
Korea
Capital Goods
8.85
0.09
8.51
0.41
1635 CJ
South
Korea
Food, Drink & Tobacco
7.38
0.04
9.31
0.59
1652 NHN
South
Korea
Software & Services
1.08
0.29
0.91
4.17
1655 Daewoo
South
Diversified Financials
1.42
0.34
12.20
1.77
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Securities
Korea
1718 Korea Investment South
Holdings
Korea
Diversified Financials
1.28
0.29
13.30
0.78
1723 Tong Yang
South
Investment Bank Korea
Diversified Financials
3.78
0.18
20.15
0.43
1745 Hyosung
South
Korea
Household & Personal
Products
7.56
0.21
7.14
1.16
1807 Hanjin Shipping
South
Korea
Transportation
8.20
0.16
7.10
0.80
1870 Dongkuk Steel
Mill
South
Korea
Materials
6.00
0.23
6.68
0.86
1889 LS Corp
South
Korea
Capital Goods
9.75
0.19
5.80
1.39
1890 KKPC-Korea
Kumho
South
Korea
Chemicals
6.22
0.14
8.08
0.28
1923 Hyundai
Merchant
South
Korea
Transportation
6.29
0.19
6.75
2.02
1946 Hyundai Marine & South
Fire Ins
Korea
Insurance
5.41
0.17
8.76
0.62
1948 LG International
South
Korea
Trading Companies
9.34
0.05
2.42
0.40
1980 Korea Zinc
South
Korea
Materials
3.57
0.45
3.08
1.11
1995 Daewoo Intl
South
Korea
Trading Companies
8.71
0.10
2.95
1.20
Para grande parte dos setores de atividade econômica, a Coreia do Sul é considerada um
mercado quase maduro e de competição acirrada, tanto no que se refere à presença de empresas
locais competitivas quanto à presença de empresas estrangeiras com larga experiência em haurir
ganhos mesmo nos mercados mais difíceis. Nesse contexto, a empresa brasileira de serviços
interessada no mercado sul-coreano deverá considerar se a opção que melhor convém ao seu
plano de negócios seria parceria com empresa sul-coreana ou empresa estrangeira bem
estabelecida no mercado sul-coreano. Optar por parceria com empresa local a quem o governo
coreano dispense privilégios pode ser opção especialmente atrativa.
2.3. Feiras e exposições
As exposições comerciais são uma importante forma de introduzir os produtos no mercado
coreano. Em Seul está localizado o principal espaço para exposição comercial na Coreia do Sul,
o Centro de Convenções e Exposições, popularmente conhecido por “COEX”, onde ocorrem
cerca de 100 grandes feiras de comércio por ano. O COEX oferece serviços como tradução,
equipamento audiovisual, salas para seminários e aluguel de equipamentos. Outro centro de
exposições na cidade é o Seoul Trade Exhibition Center (SETEC), operado pela Agência de
Promoção de Comércio e Investimento da Coreia do Sul.
Em Gyeonggi, na área metropolitana de Seul, há outro grande centro de exposições, o Korea
International Exhibition Center (KINTEX). Busan, a segunda maior cidade da Coreia do Sul,
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tem um espaço para exposições chamado Centro de Exposições e Convenções de Busan
(BEXCO). Há também centros de exposição menores em Daegu e Changwon61.
2.4. Caracterização Geral do Setor de Serviços
O setor de serviços é o principal setor na constituição do PIB sul-coreano, representando quase
58% do total. No entanto, este percentual é pequeno relativamente a outras economias da
OCDE, haja vista a grande importância do setor industrial para a economia da Coreia do Sul.
2.5. Caracterização dos Subsetores de Serviços
No presente estudo, foi conferido destaque aos subsetores de serviços para os quais as
oportunidades de negócios Brasil-Coreia são mais evidentes aos olhos da própria comunidade
empresarial (tal qual explicitado pelas associações setoriais em ambos os países, pela Apex
Brasil, SEBRAE, etc.) ou que estejam dentre as prioridades de promoção de comércio e
investimentos em serviços identificadas pelos governos do Brasil e da Coreia (no caso do
Brasil, as prioridades são aquelas indicadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento –
PAC e pela Política de Desenvolvimento Produtivo – PDP).
Nesse contexto, essa lista não é exaustiva, podendo haver nichos de mercado relevantes para
vários outros subsetores de serviços.
2.5.1. Distribuição e Vendas
O mercado coreano de distribuição e vendas na Coreia do Sul, no que se refere a modelos de
negócios e empresas dominantes em cada segmento, está estruturado como segue:
Lojas de Conveniência
• 7-Eleven
• Buy the Way
• Family Mart
• GS 25
• Ministop
Lojas de Departamento
• Aekyung
• Daegu ou DEBEC
• Galleria
• GS Square
• Hyundai
• Lotte
• Samsung Plaza
• Shinsegae
61
http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/ComoExportar/CEXCoreiadoSul.pdf
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Lojas de Desconto
• 2001 Outlet
• Costco
• E-Mart
• Homever
• Home Plus
• Hi-Living
• Kim’s Club
• Lotte Mart
• Mega Mart
• Mercado Nonghyup Hanaro
• Newcore Outlet
Lojas de Eletrônicos
• Hi-Mart
Lojas Online
• Academy Media
• G-Market
• Inter Park
• Jeonja Land
• Raon Mall
O mercado coreano de distribuição e vendas oferece oportunidades condizentes com o número
de potenciais consumidores (48 milhões, superior à população do Estado de São Paulo) e ao
nível de renda e preferências destes.
A Coreia do Sul é considerada um país de nível de renda de média a alta (US$ 28 mil per
capita). Nos últimos anos, os hábitos de consumo do coreano de classe média evoluíram no
sentido de se aproximar do padrão prevalente no Coreia do Sul, Europa e mesmo EUA, embora
grande parte da população ainda não se sinta suficientemente segura para abandonar as antigas
virtudes de poupança aliada ao consumo parcimonioso.
O mercado coreano de distribuição e vendas não está longe da maturidade, isto é, de ser um
mercado de oferta saturada em que os compradores estão em condições de impor preços e
outras condições de compra62. As empresas locais são bastante competitivas, muitas vezes
subsidiárias de algum poderoso chaebol, o que lhes confere vantagens competitivas de toda
ordem (escala, escopo, financeira, logística, etc.). Às empresas estrangeiras restam nichos de
mercado focados em clientela ou produtos e serviços muito específicos (como, por exemplo,
produtos e serviços suntuários para clientes de alta renda).
Ademais, assim como em outros mercados de países de cultura não-ocidental, na Coreia há
especificidades culturais que dificultam sobremaneira a entrada de empresas estrangeiras cujo
modelo de negócios, no que diz respeito à relação empresa-consumidor, siga um padrão único
copiado da matriz e transplantado para afiliadas em diversos países.
O consumidor coreano é reputado como extremamente exigente quanto a preço e qualidade.
Segundo The Economist, “women in South Korea have a reputation for being some of the
world’s most demanding shoppers. Keen bargain hunters, they have an eye for quality and if
62
http://www.globalretailnews.com/lldi/09jan_uk.pdf
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something falls short of their expectations they are not shy of venting their anger. They
photograph shops or goods that fail to make the grade, and post pictures online with detailed
and withering criticism; the offender may then be shunned by other buyers. So exacting are the
demands of Korean customers that Western firms often solicit their opinions of new products
before launching them. If you can please a Korean customer, the feeling goes, you can please
anyone. Accordingly, South Korean department stores provide some of the best service in the
world. With a smile and a bow, sales assistants scurry after customers, attending to their whims
while calming their tearful children ”63.
Com base nessa experiência, empresas coreanas de distribuição e vendas têm se lançado à
conquista de mercados emergentes com uma substancial classe de “novos ricos”.
Eventualmente, essas empresas poderão vir a manifestar interesse em estabelecer presença
comercial no Brasil.
O setor de franquias na Coreia do Sul se desenvolveu rapidamente nos últimos anos, liderada
pelas redes de fast-food. A expansão desse segmento passou a incluir restaurantes, lojas de
desconto, vestuário, serviços postais, de limpeza, assim como de instituições de ensino.
Franqueadores estrangeiros têm obtido sucesso em diferentes áreas neste mercado.
Redes de franquias se expandiram devido a uma “nova geração” de prósperos consumidores e a
mudanças no setor de distribuição sul-coreano que favoreceram novos conceitos em produtos e
marketing. Em 2007, o valor deste mercado atingiu US$ 83 bilhões, sendo que os serviços
relacionados à alimentação, serviços de fast food e restaurantes familiares foram responsáveis
por 52% desse montante. Outros serviços de franquia, como educação, propriedades, serviços
de limpeza e serviços postais, são responsáveis por 12% do faturamento. O setor varejista,
assim como lojas de conveniência e bens de consumo, responde por 36%.
O setor de franquias sul-coreano se desenvolveu primariamente no mercado de fast-food, antes
de se expandir para outras áreas. Apesar de o mercado de restaurantes franqueados já estar
começando a amadurecer (isto é, começa a haver saturação de oferta), o mercado de serviços
franqueados tem se expandindo para novos setores de atividade e incorporado novos conceitos,
prometendo novas oportunidades para expansão de mercado. Franqueados sul-coreanos
preferem estabelecer negócios com franquias estrangeiras que podem oferecer marcas já
conhecidas pelos consumidores sul-coreanos, assim como assimilar as técnicas de gestão
providas pelos franqueadores estrangeiros64.
Apesar de as franquias estrangeiras serem procuradas na Coreia do Sul, muitos desafios se
encontram no caminho. Muitos potenciais franqueados sul-coreanos se mostram relutantes em
pagar as relativamente altas taxas e royalties requeridos pelas matrizes americanas. Outro
requerimento comum em franquias, como o tamanho mínimo das instalações e o número de
dias de funcionamento dentro de um determinado período, são geralmente grandes desafios ao
encontro dos interesses dos franqueados sul-coreanos.
No que se refere a oportunidades de negócios Brasil – Coreia do Sul em franquias, cabe lembrar
que, em vista do alto poder aquisitivo e do interesse do consumidor sul-coreano por produtos e
serviços diferenciados, há oportunidades de negócios para empresas brasileiras de distribuição e
vendas, inclusive franquias, que trabalhem com produtos de consumo pessoal de alto valor
agregado ou de alto luxo, como cosméticos e perfumes ditos naturais ou orgânicos, gemas e
jóias, artigos de couro etc.
63
64
http://www.economist.com/PrinterFriendly.cfm?story_id=11637365
http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/ComoExportar/CEXCoreiadoSul.pdf
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Além do setor alto luxo, as franquias brasileiras poderão vir a identificar nichos de mercado em
vários segmentos, alcançando extratos mais amplos do mercado consumidor.
A entrada de franquias sul-coreanas no mercado brasileiro, proporcionando produtos e serviços
não disponíveis no mercado local ou concorrendo com outras franquias estrangeiras, poderá
beneficiar o consumidor brasileiro em termos de variedade, qualidade e preços.
A tabela abaixo permite vislumbrar quão grande e variado é o mercado brasileiro de franquias.
De fato, o investidor sul-coreano irá se deparar com um mercado francamente favorável a esse
modelo de negócio.
Franquias Brasileiras por Segmento de Atuação - 2006
Fonte: Associação Brasileira de Franquias – ABF. Extraído de “A Competitividade nos Setores de Comércio, Serviços e do Turismo no Brasil:
Perspectivas até 2015” 65
2.5.2. Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs
Como em poucos outros países desenvolvidos, na Coreia do Sul a aplicação das TICs a todas as
etapas da produção de bens e serviços é intensiva, alcançando mesmo a zona rural. Ademais, o
acesso doméstico ou por meio da telefonia móvel à Internet é a mais alta do mundo. De fato, os
coreanos, tanto ou ainda mais que seus vizinhos japoneses, são aficcionados por novas
tecnologias e toda a parafernália eletrônica e serviços que dela derivam66.
A liderança mundial da Coreia do Sul em redes de comunicação sem fio e acesso à internet
banda larga trouxe consigo uma demanda por diversos tipos de software, especialmente por
aqueles para tecnologias inovadoras e especializadas, provendo oportunidades para vendas com
alta especialização de aplicativos americanos. Apesar da depressão econômica em curso, esperase que o mercado de software como um todo mantenha um estável crescimento anual de 5%,
devido à contínua demanda do mercado por serviços de TI, softwares como serviço, assim como
pacotes de software.
65
66
SEBRAE: http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/26DEECA1D363F802832574E90063304C/$File/NT0003A276.pdf
http://www.digitalkorea.futuretext.com/
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Há uma nova demanda no mercado de serviços de software, liderados pelos Softwares como
Serviços e pela Web 2.0, oferecendo serviços online mais flexíveis e interativos, através dos
quais desenvolvedores/usuários de softwares podem convenientemente comprar e modelar o
aplicativo de acordo com suas necessidades a custos reduzidos. O mercado de distribuição de
softwares está em transição do tradicional agregado PC e pacote/compras licenciadas para
serviços de distribuição baseados na internet. Espera-se que o novo serviço de software e de
modelos de distribuição influencie um crescimento desse mercado nos anos vindouros.
Os pacotes de software de origem americana contam por mais de 80% do mercado de
importação de software sul-coreano, espera-se ainda que os fornecedores americanos
permaneçam como os principais fornecedores de pacotes de software para a Coreia do Sul pelos
próximos anos. Os avanços tecnológicos no setor de software sul-coreano ainda se encontram
atrás do setor americano e japonês, um resultado da recente informatização da Coreia e uma
aguda falta de engenheiros de software altamente qualificados na área. As companhias de
sistema de integração e desenvolvimento de software sul-coreanas estão buscando ativamente
desenvolver parcerias com líderes globais em todos os segmentos de TI e soluções para entregar
soluções completas a seus clientes na velocidade-de-mercado, tendo ainda como meta o mercado
doméstico e global. Os fornecedores americanos continuarão a usufruir das vantagens
competitivas de suas habilidades de marketing e de seu forte gerenciamento de projetos
comparados às firmas sul-coreanas e fornecedores de países terceiros.
A demanda geral do mercado por pacotes de software tem crescido em relação ao crescimento
dos serviços de IT e serviços correlatos, e-commerce e segmentos de telecomunicação sulcoreanos e continuará a crescer a uma taxa anual de 7% pelos próximos cinco anos. O fato de o
governo sul-coreano ter reforçado seus esforços em proteger direitos de propriedade intelectual e
esforços através da Lei de Proteção a Programas de Computador contribuíram para o forte
crescimento da demanda por ambos os pacotes de softwares sul-coreanos e importados67.
As principais empresas sul-coreanas de equipamentos e serviços afeitos às TICs são as que
seguem: Amkor, Anam Group, Anam Semiconductors, Daewoo Electronics, Hynix
Semiconductor Inc, Kiryung Electronics Co., Korea Data Systems, LG-EDS, National Computer
Systems, Pantech, Reigncom, Samsung Electronics Co., Ltd., Hanaro Telecom, KT Corporation,
Shinsegi Telecom, Inc.
Atualmente, as principais empresas sul-coreanas do ramo de software são as seguintes68:
ALFTP, ALZip, AhnLab Inc , Asiana Abacus, Dooyong, ESTsoft, Gravity (company), Haansoft
Corporation, Hangame, INCA Internet, KRU Interactive, Mega Enterprise, NCsoft, Nexon
Corporation, Ntreev Soft, POSDATA, Phantagram, Softmax, Webzen Games, Wizet, Zemina
É muito forte a complementaridade de interesse entre Brasil e Coreia do Sul nessa área: por um
lado vindo as empresas brasileiras a oferecer serviços no mercado sul-coreano com preços e
qualidade competitivos, enquanto que, a contrario sensu, as empresas sul-coreanas oferecerão
serviços com diferencial tecnológico no mercado brasileiro, em nichos de mercado ainda não
alcançados pelas empresas nacionais.
67
http://www.buyusainfo.net/docs/x_9174546.pdf
68
AFLTP: http://www.altools.com/ALTools/ALFTP.aspx ; ALZip: http://www.altools.com/Downloads/ALZip.aspx ; INCA Internet:
http://www.inca.co.kr/; KRU Interactive: http://www.kru.com/ ; Haansoft Corporation: http://www.haansoft.com ; Hangame:
http://www.hangame.com/;
Mega Enterprise: http://www.mobygames.com/company/mega-enterprise-co-ltd ; Gravity (company):
http://www.gravity.co.kr/;
ESTsoft:
http://www.estsoft.com/default.aspx
;
NCsoft:
http://us.ncsoft.com/
;
Dooyong:
http://www.gamespot.com/pages/company/index.php?company=72558
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Nos últimos anos, o setor de bens e serviços afeitos a TICs tem recebido forte apoio
governamental. As políticas referidas acima têm resultado em bons frutos, haja vista a
permanência da Coreia do Sul entre os países mais competitivos no setor de TICs.
Fonte: Ecnonomist Intelligence Unit69
Segundo pesquisa conduzida por The Economist, a Coreia do Sul é o segundo melhor país para
a realização de P & D em tecnologias da informação e da comunicação.
Fonte: Ecnonomist Intelligence Unit70
69
http://graphics.eiu.com/upload/portal/BSA_COMPETITIVENESS_WEBrrr.pdf
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Do total de empresas coreanas atuantes em bens e serviços afeitos a TICs, a maioria tem
realizado investimentos no exterior, tendência que tende a crescer (quase 56% em 2007, contra
52% em 2006):
Investment in ICT by Sector (Unit: %)
Extraído do portal eletrônico de Invest Korea: business opportunities:Korea’s information an communication technology71
O Brasil tem grande interesse no estabelecimento de empresas coreanas de software e de outros
serviços afeitos a TICs que venham a suprir ou complementar capacidades já existentes no
Brasil, que se posiciona entre os países emergentes mais capacitados nesse setor.
De fato, segundo a Brasscom, após 45 anos de investimentos governamentais e privados, o
mercado brasileiro de TI conta com um pool de profissionais altamente qualificados, que hoje
somam mais de 1,7 milhão. O mercado de trabalho do setor se desenvolveu graças ao elevado
know-how técnico e de gestão de negócios acumulado pelas empresas brasileiras do setor.
O Brasil possui um mercado de serviços de TI bastante competitivo, com a presença de
empresas de grande porte, como Accenture, Atech, Atos Origin, BRQ, BT, Cast, Cisco, CPM
Braxis, EDS, GFT, GPTI, HSBC, Hughes, IBM, Intel, Itautec, Microsoft, Politec, Resource,
Softtek, Siemens, Stefanini, Sun, Tata, Tivit, Totvs, Ubik e Unisys. O PIB brasileiro de TI
chegou a US$ 28,6 bilhões em 2008 (IDC) – sendo 35% para o setor de serviços.
Ainda segundo a Brasscom, fabricantes nacionais de PCs têm superado empresas tradicionais
do setor (como Dell e Acer), consolidando uma posição de destaque no mercado interno, com
grande volume de negócios e competitividade em preços. No Brasil, há ampla utilização de
diversas plataformas, como Mainframe, Unix, Linux, .Net, Java, Oracle, SAP, Natural Adabas,
entre outras.
O Brasil aparece em segundo lugar no ranking mundial em número de mainframes, com grande
oferta de profissionais habilitados em COBOL. Além disso, o País é líder em programadores de
Java e conta com diversos JUGs, incluindo o maior do mundo, com 18 mil membros, segundo a
IDC.
É cada vez mais expressiva a participação de empresas brasileiras de TI no exterior. O foco em
exportações de serviços tem crescido entre as nacionais, que estão cada vez mais preparadas
70
71
http://graphics.eiu.com/upload/portal/BSA_COMPETITIVENESS_WEBrrr.pdf
http://www.investkorea.org/
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para competir no mercado global em qualidade e preço. Além disso, algumas empresas
brasileiras vêm expandindo suas operações para além das fronteiras nacionais, e várias delas já
atuam na Alemanha, Angola, Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Índia,
Itália, México, Panamá, Peru, Portugal, Reino Unido, Venezuela, entre outros.
O mercado brasileiro de bens e serviços afeitos a TICs deverá crescer 5,7% em 2009, acima do
crescimento médio na América Latina (4%). Segundo especialistas, ferramentas analíticas
orientadas para a coleta e análise de informações comerciais (business intelligence), de ampla
aplicação no setor financeiro, constituem, no momento, uma área particularmente atrativa.
Arquitetura orientada a serviço (SOA) e TI verde devem proporcionar boas oportunidades de
negócios a partir de 201072.
Em “Global Information Technology Report 2008-2009”, estudo do Fórum Econômico
Mundial, o ambiente de negócios para TICs no Brasil, Coreia e outros países é minuciosamente
avaliado segundo critérios objetivos73.
Por fim, cabe lembrar que os serviços de valor adicionado a telecomunicações74 são um
segmento com amplo potencial para o incremento de comércio e investimentos entre Brasil e
Coreia. Também é oportuno prospectar as oportunidades de negócios pertinentes aos serviços
afeitos à chamada “convergência tecnológica” 75.
2.5.3. Biotecnologia
O setor de biotecnologia abrange produtos e serviços para a indústria, saúde humana, meio
ambiente, agronegócio e aquicultura.
No Brasil, segundo levantamento da Fundação Biominas, quase 15% das empresas do setor
ocupam-se diretamente com a prestação de serviços:
72
http://www.varejista.com.br/novo_site/desc_materia.asp?id=39709
http://www.insead.edu/v1/gitr/wef/main/fullreport/index.html
74
A Lei Geral das Telecomunicações (Lei nº 9.472/1997) no Art. 61, define: “Serviço de valor adicionado é a atividade que acrescenta, a um
serviço de telecomunicações que lhe dá suporte e com o qual não se confunde, novas utilidades relacionadas ao acesso, armazenamento,
apresentação, movimentação ou recuperação de informações”. São exemplos genéricos de valor adicionado: e-mail, hospedagem de páginas,
call centers, e demais serviços caracterizados como terminação de rede. Novos serviços de valor adicionado, no futuro próximo, terão grande
relevância para o suporte de diversos sub-setores de serviços afeitos ao comércio eletrônico.
75
No que se refere a tecnologias da informação e da comunicação, convergência tecnológica é a integração de telecomunicações, computação
(incluindo Internet), captura e difusão de informações tendo como resultado a integração de imagens, dados, voz de forma a proporcionar ao
usuário máxima mobilidade, interatividade e ubiqüidade. Aplicações imagináveis: Internet móvel, tele-medicina, tv móvel, escritório móvel,
tele-educação etc. No futuro próximo, a convergência tecnológica tem o potencial de revolucionar o setor de serviços.
73
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Extraído de “Estudo das Empresas de Biotecnologia no Brasil” 76
No ano fiscal de 2005, o mercado coreano de serviços afeitos a biotecnologias foi da ordem de
US$ 2,7 bilhões, com incremento de mais de 18% relativamente ao ano 2000. Estima-se que o
mercado coreano atingirá US$ 6,5 bilhões em 2010. Empresas coreanas do setor têm como
principal foco serviços nos setores de bio-farma e bio-alimentos. O setor de medicina
corresponde a quase 47% da indústria coreana de biotecnologia. Os principais produtos
desenvolvidos incluem vacinas contra hepatite, antibióticos, aminoácidos e lisina e, mais
recentemente, produtos relacionados à pós-genômica77.
O setor de biotecnologia no Brasil, em alguns nichos de atuação (especialmente biotecnologia
para o agronegócio e para a saúde) atingiu nível de desenvolvimento comparável ao de países
desenvolvidos.
Os quadros abaixo ressaltam alguns dos mais importantes clusters de biotecnologia da Coreia,
nos quais as empresas brasileiras de serviços poderão identificar relevantes oportunidades de
negócios. A esse propósito, cabe lembrar que o offshoring outsourcing em biotecnologia
envolvendo empresas brasileiras e coreanas é via de mão dupla: enquanto as empresas
brasileiras podem contratar etapas de processos biotecnológicos para execução no Brasil e
posterior remessa dos resultados para a Coreia, o contrário também pode ocorrer, especialmente
em linhas de atuação cuja sofisticação tecnológica ainda não esteja ao alcance das empresas
brasileiras.
76
http://win.biominas.org.br/biominas2008/estudo_default_pt.asp
Bio International Convention. Disponível em:
http://www.bio2008.org/siteobjects/published/ec046034f6d7506aa06582be6902d018/af4810817445624b5dbc9d45f79c348b/file/Korea%20Co
untry%20Profile.pdf
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Composição do setor de biotecnologia na Coreia
Extraído de “Invest Korea: Overview of Korea’s Industries. Korea’s Pharmaceutical/Biotechnology Industry”78
A Coreia ocupa posição destacada entre os países membros da OCDE no que tange ao
crescimento percentual em despesas com saúde, o que a coloca entre os líderes globais em
consumo de medicamentos, sugerindo uma forte demanda por serviços relacionados à
biotecnologia para a saúde. Outro setor de atividade que alimenta a demanda por serviços de
biotecnologia é o de cosméticos. De fato, na Coreia, o consumo per capita de cosméticos só é
inferior ao da França e do Japão.
É, portanto, muito forte a complementaridade de interesse entre Brasil e Coreia nessa área. Por
um lado, as empresas brasileiras poderão vir a oferecer serviços no mercado coreano com
preços e qualidade competitivos, já as empresas coreanas poderão vir a oferecer serviços com
diferencial tecnológico no mercado brasileiro, principalmente em nichos de mercado ainda não
alcançados pelas empresas nacionais.
Indústria de biotecnologia
(Unidade: KRW 100 million – US$ 1 equivale a cerca de KRW 1.250)
Ano
Nº de
empresas
Funcionários
Vendas
domésticas
2004
627
12,138
12,854
11,345
6,73
4,615
2005
708
13,867
15,403
12,311
7,912
4,399
2006
794
17,316
18,093
13,502
9,354
4,148
Exportações Importações
Saldo
Fonte: MKE·KATS·KIET·BAK, 2006 Statistics on Korean Bio-Industry (Dec. 2007). Extraido de “Korea's Pharmaceutical/Biotechnology
Industry”79
78
79
http://mgr.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_down1.jsp?filename=bt.PDF&path=20090720
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/bo/content_print.jsp?code=102021801
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Companhias Coreanas de Biotecnologia
US$ milhões
Companhia
Vendas
Lucro Líquido
Estech Pharma
SD
Sewoncellontech
Komipharm International
Dae Han NewPharm
Polyplus
SanSung P&C
Medipost
Bioneer
Bioland
19,9
29,1
198,3
13,0
57,9
22,3
28,3
14,9
13,5
33,3
2,0
9,2
14,2
-1,1
0,7
-7,3
-3,1
2,3
-6,8
6,2
Fonte: "Business Report" from http://dart.fss.or.kr/html80
Para se obter mais informações sobre o histórico do desenvolvimento e principais projetos do
governo coreano afeitos ao setor de biotecnologia, o instituto Research and Information System
for Developing Countries – RIS, elaborou estudo referente ao tema, que está disponibilizado em:
http://www.ris.org.in/asianbio2002_srahee.pdf.
Os principais eventos do setor promovidos na Coreia são os que seguem.
Evento
Organizador
Website
Frequência
BIO KOREA
KITA (Korea International
Trade Association)
www.biokorea.org
Anual
ASSE2008
KOTRA (Korea TradeInvestment Promotion Agency)
www.asse.or.kr
Anual
A Fundação Biominas disponibiliza para consulta um “Estudo de Empresas de Biotecnologia
no Brasil”, extenso mapeamento do setor de biotecnologia no País, de grande utilidade para o
investidor nacional e estrangeiro81. No portal http://www.abrabi.org.br/links.htm , há remissões
a páginas na Internet de várias entidades afeitas ao setor no Brasil.
2.5.4. Serviços Terceirizados ao Exterior (Offshore Outsourcing)
Terceirização (outsourcing) refere-se ao deslocamento de operações ditas meio ou não finais da
produção interna da empresa para uma entidade externa especializada na prestação da operação
80
81
Disponível em: http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/bo/content_print.jsp?code=102021801
http://win.biominas.org.br/biominas2008/estudo_default_pt.asp
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
deslocada. Quando a terceirização se dá para uma empresa no exterior, fala-se de terceirização
ao exterior, mais conhecida pela expressão offshore-outsourcing ou simplesmente offshoring.
No que diz respeito à Coreia, de alto custo de mão-de-obra, aluguel do espaço físico, etc., a
distinção entre outsourcing e offshoring torna-se cada vez mais irrelevante já que a
terceirização, com cada vez maior frequência, está dirigida a empresas em países em
desenvolvimento, com custos operacionais significativamente menores.
De fato, o interesse na redução de custos é uma das determinantes da decisão de terceirização,
ao lado da decisão estratégica da concentração dos esforços da firma em seu core business ou,
aspecto particularmente relevante para empresas de países em desenvolvimento que terceirizam
etapas do processo produtivo para empresas de países tecnologicamente avançados, o acesso a
recursos humanos de altíssima qualificação ou a tecnologias indisponíveis no mercado local.
A terceirização ao exterior (offshoring) tanto pode dizer respeito à produção de bens quanto à
prestação de serviços. Quanto a esse último aspecto, são de especial relevância atual ou
potencial o offshoring do desenvolvimento de softwares, de serviços afeitos às tecnologias da
informação e da comunicação, de contabilidade corporativa, de processamento de dados de
entidades financeiras, de serviços audiovisuais, de desenvolvimento de produtos e processos (P
& D), de testes industriais, de testes de bancada para a indústria química fina, de processos
pertinentes à biotecnologia e outra ciências da vida, de análise de séries mineralógicas e dados
de sensoriamento remoto (prospecção de petróleo, mineração agricultura, etc.), de análises
clínicas, de serviços de suporte ao consumidor (call centers) etc.
Ao Brasil interessa receber investimentos e exportar serviços resultantes da terceirização
(offshore outsourcing) da pesquisa e desenvolvimento de empresas coreanas, além de outros
serviços terceirizáveis. Como setores de interesse conjunto, podem ser cogitados biotecnologia,
química, indústria farmacêutica, testes industriais, os chamados BPO – Business Process
Offshoring etc. Cabe lembrar que as empresas coreanas têm interesse na referida terceirização
para fazer face à premente necessidade de ganho de competitividade via redução de custos.
Por último, cabe lembrar que as empresas coreanas podem vir a identificar oportunidades de
negócios no que se refere à terceirização para o Brasil de reparos de material de transporte
(embarcações e aeronaves), maquinário e equipamentos provenientes da Coreia, tirando
vantagem dos custos de fatores significativamente mais baixos no Brasil (mão-de-obra, custos
com instalações industriais, etc.).
As grandes empresas coreanas dispõem de vultosos orçamentos para pesquisa e
desenvolvimento. Segundo Son Seung-hyun, da Associação Coreana de Tecnologia Industrial –
Koita, “Existem cerca de 100.000 indústrias na Coreia. Dessas, 11.000 têm seus próprios
centros de P&D. É um indicativo de que as empresas coreanas realmente acreditam na
importância de desenvolver pesquisa para apoiar a produção das fábricas” 82.
O mapa abaixo ressalta os mais importantes clusters de tecnologia da Coreia, com a respectiva
especialização. Nesses clusters, as empresas brasileiras de serviços poderão identificar
relevantes oportunidades de negócios.
82
http://www.anpei.org.br/imprensa/noticias/noticia-735/
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Extraído de Extraído de “Foreign Direct Investment and the Korean Economy: Investing in Korea”, estudo elaborado por Invest Korea83
2.5.5. Engenharia e Construção Civil
As empresas de construção civil e engenharia sul-coreanas têm notável capacidade financeira e
tecnológica. As principais empresas coreanas do setor são a Samsung Engineering Co. Ltd,
listada por McGraw-Hill Construction como a 46ª do mundo em termos de receita advinda de
contratos no exterior84 e a Hyundai Engineering & Construction Co. Ltd. empresa coreana do
setor melhor classificada por Forbes entre as 2.000 maiores empresas do mundo.
As tabelas a seguir permitem avaliar a envergadura financeira das empreiteiras coreanas:
RANK
83
84
FIRM
2008
2007
1
1
HOCHTIEF AG, Essen, Germany†
2
3
VINCI, Rueil-Malmaison, France†
3
2
Skanska AB, Solna, Sweden†
4
4
STRABAG SE, Vienna, Austria†
5
5
BOUYGUES, Paris, France†
6
6
Bechtel, San Francisco, Calif., U.S.A.†
7
**
Saipem, San Donato Milanese, Italy†
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_main.jsp
http://enr.construction.com/people/topLists/topIntlCont/topIntlCont_1-50.asp
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
8
7
TECHNIP, Paris la Defense, France†
9
9
Bilfinger Berger AG, Mannheim, Germany†
10
12
Bovis Lend Lease, Millers Point, NSW, Australia†
11
10
Fluor Corp., Irving, Texas, U.S.A.†
12
11
Royal BAM Group nv, Bunnik, The Netherlands†
13
22
FCC, Fomento de Constr. y Contratas SA, Madrid,
Spain†
14
20
Balfour Beatty plc, London, U.K.†
15
8
KBR, Houston, Texas, U.S.A.†
16
13
Consolidated Contractors Group, Athens, Greece†
17
16
Chiyoda Corp., Yokohama, Japan†
18
14
China Communications Construction Group, Beijing,
China†
19
17
Grupo ACS, Madrid, Spain†
20
21
Construtora Odebrecht, Sao Paulo, Brazil†
21
18
China State Construction Eng’g Corp., Beijing, China†
22
27
Foster Wheeler Ltd., Clinton, N.J., U.S.A.†
23
32
Obayashi Corp., Tokyo, Japan†
24
23
Kajima Corp., Tokyo, Japan†
25
15
JGC Corp., Yokohama, Japan
26
40
Toyo Engineering Corp., Chiba, Japan†
27
47
Tecnicas Reunidas, Madrid, Spain†
28
30
OHL SA (Obrascon Huarte Lain SA), Madrid, Spain†
29
34
CB&I, The Woodlands, Texas, U.S.A.†
30
29
Petrofac Ltd., Jersey, Channel Islands, U.K.†
31
**
PCL Construction Enterprises, Edmonton, Alberta,
Canada†
32
36
McDermott International Inc., Houston, Texas, U.S.A.†
33
56
Maire Tecnimont, Rome, Italy†
34
**
Acciona SA, Madrid, Spain†
35
25
Ferrovial Agroman SA, Madrid, Spain†
36
24
Taisei Corp., Tokyo, Japan†
37
44
Enka Construction & Industry Co. Inc., Istanbul,
Turkey†
38
**
Danieli Group, Buttrio, Italy†
39
42
Jan De Nul Group, Hofstade/Aalst, Belgium
40
28
Jacobs, Pasadena, Calif., U.S.A.
41
33
IMPREGILO SpA, Milan, Italy†
42
31
CEGELEC, Nanterre Cedex, France†
43
37
Techint Group, Milan, Italy†
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
44
38
SACYR Vallehermoso, Madrid, Spain†
45
45
Joannou & Paraskevaides Group of Cos., Guernsey,
U.K.
46
49
Samsung Engineering Co. Ltd., Seoul, S. Korea†
47
46
BESIX SA, Brussels, Belgium†
48
55
China National Machinery Indus. Corp., Beijing, China†
49
35
Takenaka Corp., Osaka, Japan†
50
51
Sinohydro Corp., Beijing, China†
51
41
Leighton Holdings Ltd., St. Leonards, NSW, Australia†
52
39
Shimizu Corp., Tokyo, Japan†
53
63
Ed. Zublin AG, Stuttgart, Germany†
54
54
Abeinsa SA, Seville, Spain†
55
**
Punj Lloyd Ltd., Haryana, India†
56
66
Kiewit Corp., Omaha, Neb., U.S.A.†
57
**
Iberdola Ingenieria y Construccion, Madrid, Spain†
58
59
Astaldi SpA, Rome, Italy†
59
43
Hyundai Engineering & Construction Co. Ltd., Seoul, S.
Korea
60
64
GAMA, Ankara, Turkey†
61
60
Veidekke ASA, Oslo, Norway†
62
57
Arabian Construction Co., Beirut, Lebanon†
63
58
Daewoo E&C Co. Ltd., Seoul, S. Korea†
64
52
GS Engineering & Construction, Seoul, S. Korea†
65
86
Black & Veatch, Overland Park, Kan., U.S.A.
66
68
SK Engineering & Construction, Seoul, S. Korea
67
72
Larsen & Toubro Ltd., Mumbai, India†
68
61
Renaissance Construction, Ankara, Turkey†
69
48
Samsung C&T Corp., Seoul, S. Korea†
70
75
Salini Costruttori SpA, Rome, Italy†
71
67
China Railway Group Ltd., Beijing, China†
72
98
CITIC Construction, Beijing, China†
73
76
National Petroleum Construction Co., Abu Dhabi,
U.A.E.
74
**
Mota-Engil, Porto, Portugal†
75
69
Tekfen Construction & Installation Co., Istanbul,
Turkey†
76
70
China Petroleum Eng’g & Constr. (Group) Corp.,
Beijing, China†
77
53
Orascom Construction Industries (OCI), Cairo, Egypt
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
79
62
Taikisha Ltd., Tokyo, Japan†
80
**
URS Corp., San Francisco, Calif., U.S.A.†
81
95
China Metallurgical Group Corp., Beijing, China†
82
80
Ghella SpA, Rome, Italy†
83
74
E. Pihl & Son AS, Kgs. Lyngby, Denmark†
84
114
Hanjin Heavy Industries & Constr., Seoul, S. Korea
85
71
AMEC plc, London, U.K.†
86
138
Dongfang Electric Corp., Chengdu, Sichuan, China†
87
89
SKE Group, Mannheim, Germany†
88
110
CTCI Corp., Taipei, Taiwan†
89
77
Bauer AG, Schrobenhausen, Germany†
90
73
Shanghai Construction (Group) General Co., Shanghai,
China
91
79
John Sisk & Son Ltd., Dublin, Ireland†
92
78
Penta-Ocean Construction Co. Ltd., Tokyo, Japan
93
92
Solel Boneh International Ltd., Ramat-Gan, Israel†
94
90
Zhongyuan Petroleum Exploration Bureau, Puyang
City, China
95
100
Contracting & Trading Co. “C.A.T.” Group of Cos.,
Beirut, Lebanon†
96
81
Soares Da Costa - Grupo SGPS, Porto, Portugal†
97
88
China National Chemical Eng’g Grp. Corp., Beijing,
China†
98
84
Rizzani de Eccher SpA, Pozzuolo del Friuli, Udine,
Italy†
99
105
CH2M HILL, Englewood, Colo., U.S.A.†
Extraído de “Top International Contractors 2008”, estudo de McGraw-Hill Construction85
Lista das empreiteiras corenas incluídas entre as 2.000 maiores empresas do mundo
segundo Forbes86
85
86
Sales Profits Assets
($bil) ($bil)
($bil)
Market Value
($bil)
Rank
Company
Country
Industry
1.175
Hyundai
Eng &
Const
South
Korea
Construction
6.44
0.31
7.33
3.73
1.185
Daewoo
Engineering
South
Korea
Construction
6.52
1.04
7.16
1.82
idem
http://www.forbes.com/lists/2009/18/global-09_The-Global-2000-South-Korea_10Company.html
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
1.264
1.335
Daelim
Industrial
Kumho
Industrial
1.423
GS E&C
1.443
Tong Yang
Major
South
Korea
South
Korea
South
Korea
South
Korea
Construction
7.16
0.53
7.34
0.92
Construction
9.20
0.04
16.47
0.37
Construction
6.72
0.42
6.72
1.57
Construction
5.43
-0.04
23.37
0.12
Lista das empreiteiras corenas incluídas entre as 225 maiores do mundo em termos de
faturamento no exterior segundo McGraw Hill Construction87
RANK
2008
2007
46
59
63
64
66
69
84
112
192
204
215
49
43
58
52
68
48
114
112
**
**
169
FIRM
Samsung Engineering Co. Ltd., Seoul, S. Korea†
Hyundai Engineering & Construction Co. Ltd., Seoul, S. Korea
Daewoo E&C Co. Ltd., Seoul, S. Korea†
GS Engineering & Construction, Seoul, S. Korea†
SK Engineering & Construction, Seoul, S. Korea
Samsung C&T Corp., Seoul, S. Korea†
Hanjin Heavy Industries & Constr., Seoul, S. Korea
Ssangyong Engineering & Constr. Co. Ltd., Seoul, S. Korea†
POSCO Engineering & Construction, Seoul, S. Korea
Kumho Industrial, Seoul, S. Korea
Lotte Engineering & Construction Co. Ltd., Seoul, S. Korea†
Entende-se que a entrada dessas empresas no Brasil não causaria deslocamento de mercado das
empresas de capital nacional, já que atuariam em segmentos de mercado de extrema
sofisticação tecnológica, concorrendo exclusivamente com empresas estrangeiras de outras
nacionalidades.
De fato, o Brasil afigura-se como país com amplas oportunidades de negócios para empresas do
setor em decorrência de vários programas e ações de governo e empresas estatais: Programa de
Aceleração do Crescimento - PAC88, ações decorrentes da Política de Desenvolvimento
Produtivo – PDP89, investimentos da Petrobrás90 para exploração do petróleo e gás da chamada
“camada pré-sal”, investimentos para a modernização e ampliação da infraestrutura logística do
País, revalorização da energia nuclear91, planejada ligação ferroviária de alta velocidade entre
Rio de Janeiro e São Paulo.
O apetite das empresas de construção civil e engenharia estrangeiras pelo mercado brasileiro
cresceu, sobremaneira, após a sanção da Lei das Parcerias Público-Privadas (Lei nº
11.079/2004).
87
http://www.ydmh.gov.tr/dtmadmin/upload/ANL/YurtDisiMuteahhitDb/english/companies.doc
O PAC articula projetos de infraestrutura públicos e privados e medidas institucionais para aumentar o ritmo de crescimento da economia. A
grande cinco linhas de ação: investimentos em infraestrutura, estímulo ao crédito e ao financiamento, melhora do ambiente de investimento,
desoneração
e
aperfeiçoamento
do
sistema
tributário
e
medidas
fiscais
de
longo
prazo.
http://www.brasil.gov.br/pac/.arquivos/pac2anos_apresentacaonovo.pdf
89
http://www.desenvolvimento.gov.br/pdp/arquivos/destswf1212175349.pdf
90
http://www2.petrobras.com.br/ri/pdf/Diretor-Almir-IBEF-final.pdf
91
A respeito da retomada da construção de usinas nucleares no Brasil, vide “Lula fala em optar por usinas nucleares”, artigo publicado em
04/05/2007 por O Estado de S. Paulo.
88
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
A título de ilustração do quadro descrito acima, transcreve-se reportagem publicada em
novembro de 2008 em Korea.net Staff Writer sobre oportunidades de cooperação, acordadas
pelos governos de Brasil e Coreia: “Korean President Lee Myung-bak and his Brazilian
counterpart President Luis Inacio Lula da Silva agreed to widen bilateral economic and
commercial cooperation after holding summit talks in Brasilia [...] Mentioning Korean firms’
world-class global competitiveness backed by its advanced technology, experience and
knowhow in the area of infrastructure construction, President Lee urged the Brazilian leader to
let Korean firms have opportunities to take part in development projects in Brazil. President da
Silva welcomed Korean companies to enter the country, and stressed that Korean firms would
be able to have opportunities to participate in Brazil’s high-speed railway and port
construction and shipbuilding industry.
The two leaders also agreed to support South Korean companies seeking to participate in
Brazil’s plans to build eight nuclear power plants by 2030 and a 520-kilometer-long high-speed
railroad linking Rio de Janeiro, Sao Paulo and Campinas. They also agreed to review the issue
of importing Brazilian beef to Korea in order to boost bilateral trade, and agreed to make the
final decision after Korean quarantine specialists finish reviewing the issue of importing
Brazilian beef. […]”.92
2.5.6. Audiovisual e Produção Editorial
Indústrias criativas são aquelas que têm a sua origem na criatividade, competências e talento
individual, com potencial para a criação de trabalho e riqueza através da geração e exploração
da propriedade intelectual93. A indústria cultural e a produção editorial são os segmentos mais
importante das chamdas indústrias criativas.
A indústria cultural abarca as seguintes atividades:
a) produção musical, incluindo a gravação, as apresentações ao vivo e a edição musical;
b) cinema e televisão, incluindo produções locais;
c) a mídia de informação e entretenimento não-impressa, incluindo divulgação em rádio e
televisão, televisão a cabo e via satélite e as “novas mídias” (internet, telefones móveis);
d) a atividade editorial;
e) as artes cênicas;
d) as artes visuais;
e) festivais e turismo cultural;
d) a indústria da moda;
e) a gestão de direitos autorais e direitos relacionados.
A indústria cultural figura entre os setores de serviços de maior interesse econômico. Nesse
aspecto, destaca-se pelo dinamismo e lucratividade das empresas a ela afeitas, alta agregação de
valor a seus produtos e serviços, geração de empregos de elevada remuneração e crescente
importância no comércio internacional de serviços. Quanto às externalidades econômicas
positivas propiciadas pela indústria cultural, destaca-se a indução, por spin-off, de uma gama de
atividades de suporte ou correlatas à indústria cultural que podem favorecer o desenvolvimento
92
93
http://www.korea.net/news/issues/issueDetailView.asp?board_no=19801
http://www.scielo.br/pdf/rae/v49n1/v49n1a03.pdf
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
de outras cadeias produtivas de bens e serviços de alto conteúdo tecnológico e criativo
(laboratórios, equipamentos, técnicas de gestão especializadas, etc.).
Indústria cultural vigorosa é pré-condição para um país exercer plenamente seu soft power, com
todas as vantagens econômicas e extraeconômicas que podem decorrer dessa situação. A esse
propósito, cabe lembrar quão importante foi a indústria cultural dos EUA para a difusão do
“American way of life” mundo afora, com imensos ganhos econômicos e políticos para o país.
Considerado o conjunto de atividades abarcadas pela denominação “indústria cultural”, a Coreia
do Sul está entre os países mais desenvolvidos da Ásia. Em 2008, o país ocupava a nona posição
entre os maiores exportadores de produtos da indústria cultural94.
Nos últimos anos, produtos da indústria cultural sul-coreana (filmes, séries televisivas,
quadrinhos, desenhos animados, música e conteúdo para telefonia móvel e internet) têm sido
amplamente exportados para vários países, favorecendo a difusão da cultura coreana. Esse
processo, conhecido em coreano pela expressão hallyu é comumente denominado em inglês de
“Korean wave” ou “Korean fever”.
A Coreia do Sul é um dos poucos países do mundo onde a produção cinematográfica doméstica
faz mais sucesso do que produções de Hollywood. Filmes como Shiri, Joint Security Area, My
Sassy Girl, Silmido, The Brotherhood e The Host (títulos em coreano ou inglês, não há versões
em português) tiveram mais bilheteria na Coreia do que blockbusters exibidos na mesma época
como The Matrix, Star Wars, The Lord of Rings e Harry Potter.
Filmes coreanos têm obtido premiações em importantes mostras internacionais como a de
Berlim e a de Veneza por seu valor artístico e inovador.
Alguns desses filmes foram exibidos com sucesso fora da Coreia, inclusive nos EUA, onde o
público é pouco receptivo a produções estrangeiras em geral. Ultimamente, estúdios americanos
têm adquirido direitos autorais de estúdios coreanos para refilmagem nos EUA.
Os filmes coreanos recentes de maior bilheteria no país são os que se seguem:
English title
Rank
Korean title
Director
Admissions Year
1
The Host
괴물
Bong Joon-ho
13,019,740
2006
2
The King and the Clown
왕의 남자
Lee Jun-ik
12,302,831
2005
3
Taegukgi
태극기 휘날리며
Kang Je-gyu
11,746,135
2004
4
Silmido
실미도
Kang Woo-suk
11,081,000
2003
5
D-War
디워
Shim Hyung-rae
8,426,973
2007
6
Speedy Scandal
과속 스캔들
Kang Hyung-Cheol 8,217,648
2008
7
Friend
친구
Kwak Kyung-taek 8,134,500
2001
8
Welcome to Dongmakgol
웰컴 투 동막골
Park Kwang-hyun 8,008,622
2005
9
May 18
화려한 휴가
Kim Ji-hun
7,307,993
2007
10
Tazza: The High Rollers
타짜
Choi Dong-hun
6,847,777
2006
11
The Good, the Bad, the
Weird
좋은 놈, 나쁜 놈, 이상한 놈 Kim Jee-woon
6,686,101
2008
12
200 Pounds Beauty
미녀는 괴로워
Kim Yong-hwa
6,619,498
2006
13
Shiri
쉬리
Kang Je-gyu
6,210,000
1999
14
My Boss, My Teacher
투사부일체
Kim Dong-won
6,105,431
2006
15
Joint Security Area
공동경비구역 JSA
Park Chan-wook
5,830,000
2000
94
http://www.koreatimes.co.kr/www/news/special/2008/05/180_23641.html
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16
Marrying the Mafia II
가문의 위기
Jeong Yong-ki
5,635,266
2005
17
Memories of Murder
살인의 추억
Bong Joon-ho
5,255,376
2003
18
My Wife is a Gangster
조폭 마누라
Jeong Heung-sun
5,180,900
2001
19
Marathon
말아톤
Jeong Yoon-chul
5,148,022
2005
20
The Chaser
추격자
Na Hong-jin
5,071,619
2008
Fonte: Korean Film Council95
A cinematografia coreana, como, aliás, a maior parte da produção cultural coreana, é fortemente
referenciada a aspectos únicos da cultura, história e política do país, característica que pode
dificultar a sua aceitação em mercados estrangeiros culturalmente mais distantes, como o Brasil
(mas definitivamente não é o caso do Leste e Sudeste Asiático, onde os filmes coreanos obtêm
grandes bilheterias). Fugindo a isso, ultimamente muitas produções coreanas têm figurado um
estilo mais “hollywoodiano”.
As mini-séries televisivas produzidas localmente também têm se mostrado imensamente
populares e constituído retumbante sucesso de exportação nos países do Leste e Sudeste da Ásia
e, em menor proporção, Oriente Médio, Europa e EUA. A mini-série Winter Sonata (ano de
produção: 2002) ocasionou um grande afluxo de turistas estrangeiros a Chuncheon, cidade
turística amplamente exposta na mini-série.
95
http://www.kofic.or.kr/
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Grande parte da produção da bilionária indústria de desenhos animados da Coreia do Sul e dos
EUA é terceirizada para estudos coreanos que realizam a animação básica, coloração e outras
etapas subsidiárias. É o caso de produções americanas como The Simpsons, Futurama e Family
Guy. Atualmente, os estúdios locais, com incentivo governamental, procuram desenvolver
produções com conteúdo local de forma a replicar, no mercado doméstico e no exterior, o
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sucesso cinematográfico e televisivo da indústria cultural coreana. O mesmo ocorre com os
jogos de computador96.
De fato, assim como em vários outros setores de atividade onde a Coreia ascendeu à posição de
destaque partindo praticamente do zero, o apoio estatal à indústria cultural foi e continua a ser
fator determinante de sucesso. Em 2008, a Korea Culture Content Agency – KOCCA delineou
planos para alçar o país à condição de quinto maior na indústria cultural97.
A principal empresa coreana de publicidade e propaganda é a que segue: In-Poong.
No Brasil, já de longa data a indústria cultural é setor de atividade econômica relevante.
Produtos da indústria cultural brasileira foram e são apreciados por milhões de consumidores em
muitos países (produções televisivas, cinema, produção fonográfica, quadrinhos, etc.).
Por meio do Ministério da Cultura, o Governo do Brasil implementa políticas de apoio e
promoção das exportações brasileiras nesse setor (especialmente audiovisual e produção gráfica)
e de atração de investimento estrangeiro (coproduções, laboratórios, etc.).
O comércio e o investimento entre Brasil e Coreia do Sul nessa área têm um potencial relevante
de crescimento que poderá ser induzindo mediante maior interlocução institucional e
empresarial. De fato, os manhwas, versão coreana dos mangás japoneses, já começam a ser
importados e adaptados para o público brasileiro98.
2.5.7. Logística
Especialmente após o surgimento de cadeias produtivas globais, serviços de transporte e
logística são componente indispensável, junto com outros setores de serviços, para incrementar
a produtividade da economia de um país como um todo.
As empresas coreanas de transporte e logística estão entre as maiores e mais competitivas do
mundo em todas as áreas: transporte aéreo de cargas e passageiros, transporte multimodal de
containers, transporte de cargas especiais etc. São importantes para a colocação das exportações
brasileiras no Leste e Sudeste da Ásia.
As maiores empresas coreanas do setor são as que seguem: Asiana Airlines, Hanjin Shipping
Co Ltd., Korean Air, Korean National Railroad..
Os coreanos pretendem fazer do país o maior centro logístico da Ásia-Pacífico, suplantando
Cingapura e Hong Kong. Isso não será tarefa fácil, haja vista a entrada de um novo ator em
cena: Xangai e seu novo hiper-porto de águas profundas99, em concorrência direta com Busan.
Neste estudo, o tema oportunidades de negócios Brasil-Coreia do Sul em logística também foi
abordado, com ilustração por mapas e gráficos, nos itens 1.1. Território e Inserção
Geográfica e 1.4. Infraestrutura.
O Instituto de Logística e Supply Chain disponibiliza na Internet estudo aprofundada sobre
logística no Brasil, com indicação das áreas onde as oportunidades de negócios para empresas
nacionais e estrangeiras são mais evidentes100.
96
http://joongangdaily.joins.com/article/view.asp?aid=2608412
http://www.koreatimes.co.kr/www/news/special/2008/05/180_23641.html
98
http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-14--2033-20060202
99
http://www.nytimes.com/2005/12/12/business/worldbusiness/12port.html
100
http://www.ilos.com.br/site/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=31&Itemid=44
97
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2.5.8. Construção Naval
A cadeia produtiva da construção naval é grande demandante de insumos e serviços de alto
valor agregado e cria muitos postos de trabalho bem-remunerados. Ademais, induz a criação de
spin-offs em outros setores de atividade produtiva. Por essas razões, a Política de
Desenvolvimento Produtivo – PDP101 incluiu a construção naval dentre as prioridades da
rubrica “programas para fortalecer a competitividade”.
A crescente relevância do comércio exterior na composição do PIB, implicando grande
movimentação transoceânica de cargas, acrescida da necessidade de aumentar a participação da
navegação na movimentação interna de cargas, proporcionando, assim, uma alternativa ao
oneroso transporte rodoviário, per se já justificam a inclusão da construção naval dentre as
prioridades da PDP.
Ademais, a inclusão da construção naval na PDP tanto mais é acertada tendo em vista que a
cadeia produtiva de petróleo e gás, que deve crescer extraordinariamente nos próximos anos em
decorrência da exploração das jazidas do pré-sal, exigirá a disponibilidade de embarcações e
plataformas petrolíferas.
Também o complexo industrial da defesa está no foco da PDP. De fato, pelos próximos anos, a
Marinha do Brasil deve se constituir num poderoso indutor do setor de construção naval. Tendo
em vista a sofisticação tecnológica inerente a essas embarcações, é de se supor que as licitações
venham a proporcionar, direta ou indiretamente, relevantes oportunidades de negócios para
empresas detentoras de tecnologias de ponta, como soem ser as empresas de construção naval
coreanas.
101
http://www.desenvolvimento.gov.br/pdp/arquivos/destswf1212175349.pdf
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Segundo o Relatório Anual 2007-2008 da Comunidade das Associações de Estaleiros da Europa
(CESA), em 2007, 2.700 embarcações foram produzidas e entregues em todo o mundo. Neste
ano, 34,6 milhões de toneladas, o equivalente a 77% das entregas, foram produzidas por
estaleiros do Leste Asiático, em países como China, Coreia do Sul e Coreia do Sul. Segundo este
relatório, as encomendas para o setor quadruplicaram entre os anos 2000 e 2007, e tal evolução é
atribuída ao aumento da capacidade produtiva dos países asiáticos devidamente consolidados no
ramo da construção naval e à entrada no setor de mais países asiáticos com potencial
competitivo como China, Índia e Vietnã.
Atualmente, a indústria de construção naval é dominada pela excelência sul-coreana nesse setor.
Segundo a Organização Mundial do Comércio – OMC (Revisão de Política Comercial da
República da Coreia- 2009), “Since 2003, Korea has maintained its position as the world's
shipbuilding leader, in terms of new orders, completion, and order book. It is home to seven of
the world's ten largest shipbuilding companies, and is benefiting greatly from a surge in global
trade, oil prices, energy demand, and the need to meet tougher environmental requirements set
by the International Maritime Organization. Exports of vessels have increased by 25% per year
on average since 2004. Shipbuilders' order books are full until 2010, with orders at the top
three shipbuilders expected to reach US$50 billion for 2007. However, Korean shipbuilders
face challenges, such as the need to address spiralling costs and material shortages, as well as
exchange rate developments, problems with steel plates, and the shortage of skilled labour. To
cut costs, Korea's second- and third-largest shipbuilders have both opened yards in China
where they produce entirely ships, but also blocks used as the base for building ships in
Korea”102.
A indústria naval coreana nasceu há apenas 25 anos e nesse período o país tornou-se o maior
produtor mundial do setor em termos de número de embarcações construídas e em tonelagem, a
despeito do alto custo de sua força de trabalho. Isso se deve em grande parte a sua avançada
tecnologia de construção naval e à alta produtividade e eficiência de seus estaleiros. O maior
estaleiro do mundo encontra-se na cidade de Ulsan e é operado pelo chaebol (conglomerado)
Hyundai Heavy Industries. Sete das dez maiores empresas de construção naval do mundo estão
sediadas no país, sendo as três maiores: a Hyundai Heavy Industries, a Samsung Heavy
Industries e a Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering. Destacam-se também a STX
Shipbuilding, Hiunday Samho Heavy Industries, Hanjin Heavy Industries e Sundong
Shipbuilding & Marine Engineering. Em 2007, a STX Shipbuilding adquiriu a Aker Yards, o
maior grupo de construção naval da Europa, renomeando-a STX Europe, fortalecendo a posição
dominante da Coreia do Sul neste setor.
102
http://www.wto.org/english/tratop_e/tpr_e/tp304_e.htm
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Abaixo, breve caracterização das maiores empresas de construção naval sul-coreanas:
Principais empresas
construção naval
HHI:
Hyundai
Industries
SHI:
Samsung
Industries
DSME:
Shipbuilding
Engineering
&
HMD:
Hyundai
Dockyard
STX Shipbuilding
de Observações
Heavy Empresa líder do setor em nível mundial, com 20% do
mercado de fabricação de barcos, o que equivale a uma
capacidade de produção de 140 a 160 navios por ano.
É o segundo maior fabricante mundial, com estaleiros de
Heavy 3,3 milhões de metros quadrados, o que lhes proporciona
uma capacidade anual de 4 milhões de GT (toneladas
brutas). Possui 50% da cota de mercado na fabricação de
navios offshore.
Daewoo Líder mundial na fabricação de navios LNGC, LNPC e
Marine grandes contêineres. Ademais, tem como especialidade os
navios militares, plantas offshore, exploração de energia e
projetos de desenvolvimento.
Mipo Empresa que forma parte do grupo Hyundai Heavy
Industries. É especializada na construção de navios de
pequeno e médio porte.
Possui grande reputação internacional pela alta tecnologia
aplicada em seu processo de fabricação. É o único estaleiro
sul-coreano que faz uso do método SLS (Skid Launching
System) na fabricação de seus navios.
Dae Sun Shipbuilding & Especializado na fabricação de navios de pequeno e médio
Engineering
porte, bem como em sua reparação.
Fonte: “Guia Pais.2008. Elaborado pela Oficina Económica y Comercial de España em Seúl, com dados da Korea Marina Equipment
Association.103
As tabelas a seguir apresentam uma comparação, em tonelagem bruta (GT), entre a produção
naval sul-coreana e a coreana, a chinesa, a de países membros da Community of Shipyards
Associations - CESA e a dos demais países do mundo104:
103
Oficina
Económica
y
Comercial
de
España
em
http://www.comercio.mityc.es/tmpDocsCanalPais/7A93D1BD4AA76EE2FFE418ACA6AA7F6E.pdf
104
The korea’s shipbuilders association- KOSHIPA: http://www.koshipa.or.kr/eng/koshipa/koshipa3/statistics_world.htm
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Seul:
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Produção completada (toneladas)
Extraído de “The korea’s shipbuilders association- KOSHIPA”105
Produção encomendada (toneladas)
Extraído de “The korea’s shipbuilders association- KOSHIPA”106
105
e105 The Korea shipbuilders’ association- KOSHIPA: http://www.koshipa.or.kr/eng/koshipa/koshipa3/statistics_world.htm
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Extraído de “CESA. Annual Report”, 2007-2008, Community of European’s Shipyard Association107
Em valor, a construção naval é a principal componente da pauta exportadora da Coreia do Sul:
106
The Korea shipbuilders’ association- KOSHIPA: http://www.koshipa.or.kr/eng/koshipa/koshipa3/statistics_world.htm
107
Community of European’s Shipyard Association- CESA. O Relatório da CESA fornece anualmente panorama acerca da produção naval
européia
e
mundial
e
também
expõe
as
metas
e
perspectivas
para
o
setor:
http://www.cesashipbuilding.org/public_documents_site.phtml?sid=&doctype=pub
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Extraído de “Como exportar: Coreia do Sul” – Brazil Trade Net108
O governo da Coreia inclui a construção naval como um dos setores de atividade econômica a
receber incentivos para agregação de valor à produção mediante a inovação tecnológica, de
forma a ampliar a vantagem competitiva dos estaleiros coreanos relativamente a concorrentes
estrangeiros.
Sector
Goal
Strategy
Develop additional core
technologies to increase valueShipbuilding added process.
Obtain source technologies and developing
technologies for key parts of offshore plants and
icebreaking ships.
Build a new ship models equipped with advanced IT
technologies.
Extraído de portal eletrônico do Ministério da Economia do Conhecimento109
Em recente encontro dos presidentes Luis Inácio Lula da Silva e Lee Myung-bak (julho de
2008)110, foi discutida a possibilidade de empresas de construção naval coreanas virem a
incrementar exportações para o Brasil ou mesmo a ampliarem investimentos em estaleiros no
País.
De fato, nos últimos anos o governo brasileiro vem reconhecendo a importância estratégica do
transporte naval para o País. A construção de novos estaleiros amplia cada vez mais sua
relevância na pauta de investimentos do Brasil. Por exemplo, a construção do Estaleiro Atlântico
Sul (EAS), em Suape - Pernambuco, é um projeto de grande porte, o qual conta com a parceria
de investidores de diversas localidades, inclusive da Coreia. A Samsung Heavy Industry é
acionista minoritário do empreendimento, além de prestar serviços relacionados à planta
industrial do estaleiro, à produção de navios e à contratação de fornecedores. As empresas
coreanas Komac e Sangdong são responsáveis pelo projeto e gerenciamento da construção do
estaleiro.111
No dia 20 de maio de 2009, durante o 21º Fórum Nacional, no Rio de Janeiro, o diretor da Área
de Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, João
Carlos Ferraz fez importantes observações sobre os impactos do pré-sal na indústria naval
brasileira e a demanda por combustíveis no mundo. Entre outros, Ferraz apontou os estaleiros
nacionais como maior foco de preocupação atual. Os estaleiros nacionais precisam resolver
problemas, estruturais e logísticos, que não existem em seus pares sul-coreanos. O diretor do
BNDES afirmou que, somando-se todos os estaleiros brasileiros, a área total corresponde a 3,5
milhões de metros quadrados, o que equivale a apenas um estaleiro sul-coreano. Segundo Ferraz,
o tamanho faz a diferença neste setor, pois gera ganho de escala e reduz custos de produção.
Ferraz destacou que os investimentos que serão feitos pela Petrobrás na Coreia do Sul
impressionam e provocaram alterações nas cotações das ações dos estaleiros asiáticos. O diretor
do BNDES estima que, nos próximos anos, o setor petrolífero no Brasil será responsável por
algo entre 20% a 25% da demanda mundial de embarcações e outras estruturas flutuantes para o
setor de petróleo e indica ser necessário o crescimento da capacidade dos estaleiros nacionais
108
http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/ComoExportar/CEXCoreiadoSul.pdf
http://www.mke.go.kr/language/eng/policy/Ipolicies_04.jsp
110
Dynamickorea.com: : http://www.dynamic-korea.com/print.php?tbl=news&uid=200800239078
111
http://www.suape.pe.gov.br/noticias_.asp?noticia=803
109
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para atender às demandas da Petrobras. O Brasil necessita aumentar drasticamente os
investimentos em estaleiros para atender o mercado de embarcações e equipamentos e suprir os
pedidos da Petrobrás e demais empresas do setor, a partir do aumento da produção de petróleo e
gás da camada pré-sal. Outra diferença citada entre o setor brasileiro e coreano é a disposição do
sistema de produção em torno dos estaleiros, que na Coreia funcionam como clusters, ou seja,
um grupo de empresas metalmecânicas ficam instaladas em torno dos locais de produção de
navios, o que barateia os custos de logística. Já no Brasil, os estaleiros estão dispostos desde o
Nordeste até o Sul do país, distantes milhares de quilômetros um do outro. “A experiência
internacional mostra que agrupamento, tendo um cluster mecânico, químico e de automação
próximo ao estaleiro, é importante”, disse. Para atender a demanda da Petrobrás e dos novos
investidores é necessária mais capacidade produtiva em todos os segmentos da indústria e dos
estaleiros, pois o que se conseguiu até agora ainda é muito pouco, frente às necessidades futuras
geradas pelo pré-sal. Segundo Ferraz “O Brasil tem a possibilidade de retomar um espaço na
construção de bens e serviços de offshore como nunca teve antes. Principalmente porque as
demandas agora são de muito longo prazo, de décadas de investimento firme. Isso dá um
horizonte para os empresários que estão dispostos a investir no Brasil completamente diferente”,
afirmou112.
Os investimentos coreanos em construção naval começam a desembarcar no Brasil. Alusa,
Galvão Engenharia e a coreana Sungdong vão investir US$ 500 milhões na construção de um
estaleiro no porto de Suape, a 60 km do Recife. O alvo são as futuras licitações da Petrobrás para
a construção de navios e plataformas de exploração de petróleo113.
2.5.9. Serviços Afeitos às Energias Renováveis
Em decorrência de o Brasil dispor de recursos energéticos exportáveis de grande monta
(biocombustíveis e o petróleo e gás a serem extraídos da chamada camada pré-sal), o item
energia, incluindo bens e serviços, será um dos mais fortes atrativos de novos investimentos
estrangeiros para o País nas próximas décadas e de projeção das empresas brasileiras no
exterior.
Os governos do Brasil e da Coreia já de longa data têm envidado esforços visando aumentar a
participação das chamadas energias renováveis na matriz energética. Sob esse aspecto, ambos,
Brasil e Coreia, já têm capacidades consolidadas no que se refere à geração de eletricidade pelo
aproveitamento do potencial hidráulico dos rios, sendo limitadas as possibilidades de expressiva
expansão sem que se incorra em grave prejuízo ao patrimônio ambiental. Resta a exploração de
outras fontes de energia renovável, sendo cogitadas várias possibilidades (biomassa, eólica,
solar, geotérmica, das marés e ondas oceânicas etc)
O aproveitamento econômico da energia derivada das fontes referidas acima envolve não só a
produção de bens (biocombustíveis, insumos químicos, geradores, turbinas, maquinário diverso
etc), mas também um considerável aporte de serviços. Estes compreendem desde os mais gerais
como logística, distribuição, vendas e aluguel de equipamentos, até os mais específicos, de alto
112
Informações
retiradas
das
seguintes
matérias
jornalísticas:
http://www.administradores.com.br/noticias/pais_precisa_investir_em_estaleiros_para_suprir_demandas_do_presal_diz_diretor_do_bndes/232
55/ e https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2009/5/21/pre-sal-pode-gerar-choque-de-demanda-e-exige-atencaodizem-economistas/
113
“Valor Econômico, edição de 10/09/2009 http://www.valoronline.com.br/?impresso/empresas/95/5810391/porto-de-suape-tera-mais-umestaleiro&scrollX=0&scrollY=133&tamFonte=
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valor agregado, como os serviços inerentes a P&D, consultorias e assistência técnica
especializada.
No que se refere a comércio e investimentos em bens e serviços afeitos a biocombustíveis,
vislumbram-se crescentes oportunidades já que a Coreia importa boa parte da energia que
consome e o Brasil é auto-suficiente em petróleo e investe na área de biocombustíveis.
Também é possível que se viabilizem exportações brasileiras de bens e serviços afeitos a
biocombustíveis como resultado do crescente interesse do Coreia pela África, continente onde o
Brasil já tem programas de cooperação estabelecidos com vários países. Cogita-se que, nesse
empreendimento, a Coreia venha a participar com capitais e o Brasil com equipamentos,
consultoria e assistência técnica.
2.4.10. Mercado de Carbono
A exemplo de outros países onde as questões ambientais encontram grande repercussão junto à
opinião pública, a Coréia do Sul é signatária do Protocolo de Quioto, comprometendo-se a
reduzir significativamente suas emissões de gases causadores do efeito estufa e a incentivar
medidas de redução de emissões ou de captura do carbono atmosférico em terceiros países.
Em novembro de 2002, o país ratificou o Protocolo de Quioto, que entrou em vigor em 2005,
mas sem implicações imediatas para as empresas coreanas. O Protocolo considera a Coreia uma
economia em desenvolvimento, sendo assim não é exigida uma redução de suas emissões até
2012. Porém, devido a sua colocação como o nono país com maior volume de emissões de gás
do efeito estufa, a Coreia estará sob forte pressão para reduzir suas emissões a partir da segunda
fase do Protocolo, que se inicia em 2013.114
114
http://www.koreatimes.co.kr/www/news/biz/2008/07/123_27294.html
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Extraído de Korea Times - 07-09-2008115
Visando cumprir com os objetivos da redução da emissão de gases prevista pelo Protocolo e
sanar os problemas que enfrenta devido às mudanças climáticas, chuvas ácidas e efeito estufa, a
Coreia traçou várias metas e planos para desenvolver seu mercado de carbono e reduzir suas
emissões. Em 2009 o país anunciou sua ambição de se tornar o centro asiático do mercado de
carbono: "Combining our financial market influence and knowhow, we believe South Korea has
an advantage in carbon trading," Woo Ki-jong, em entrevista a Reuters116.
Por enquanto, no país, as empresas privadas diminuem voluntariamente suas emissões e vendem
seus créditos ao próprio governo ou a outros países. Porém, quando as obrigações do país em
relação ao Protocolo de Quioto entrarem em vigor, é possível que a Coreia desempenhe um
papel maior como comprador nesse mercado: ainda que sejam altos os investimentos em
pesquisas para redução das emissões, estas dobraram de 1990 para 2005 e o país tem uma das
maiores emissões de gases estufa do mundo.
No âmbito do Protocolo de Quioto, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL possibilita
a utilização de mecanismos de mercado para que os países desenvolvidos possam atingir os
objetivos de redução de gases de efeito estufa. O Brasil confere grande importância ao MDL, por
ser o único instrumento, no âmbito do Protocolo de Quioto, que efetivamente traz vantagens aos
países em desenvolvimento.
115
http://www.koreatimes.co.kr/www/news/biz/2008/07/123_27294.html
116
http://www.reuters.com/article/GCA-BusinessofGreen/idUSTRE57I1RF20090819?pageNumber=1&virtualBrandChannel=10522
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O MDL permite a certificação de projetos de redução de emissões nos países em
desenvolvimento e a posterior venda das certificações de emissão, para serem utilizadas pelos
países desenvolvidos como modo suplementar para cumprirem suas metas117.
No Brasil, a Secretaria do Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior118 é a entidade de governo que encabeça o desenvolvimento e a
implementação de políticas focadas no fomento aos projetos de redução de emissão de gases de
efeito estufa, no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), mediante a criação
de um ambiente de negócios propício. Isso se dá com a implantação de sistema para a
negociação de créditos de carbono na BM&F (MBRE) e o estímulo à criação de linhas de
crédito e fundos privados (Programa de Desenvolvimento Limpo do BNDES) para o
financiamento aos projetos.
Da implantação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) na BM&F resultou a
criação de um banco de projeto para a atração de investimentos externos e a implantação de um
sistema inovador de leilão de créditos de carbono. Essa iniciativa tem despertado vivo interesse
de empresas estrangeiras.
Brasil e Coreia possuem forte relação complementar. Em poucos anos, a Coreia será um grande
comprador de créditos ligados aos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo, enquanto o Brasil
já exporta esses créditos. Existe bastante espaço para o fortalecimento de cooperação nessa área,
mesmo no estágio inicial dos projetos, tais como acordos financeiros, colaboração tecnológica,
incluindo tecnologia de eficiência energética, e estudos conjuntos para a criação de novas
metodologias de MDL. Há possibilidade de se aumentar o número de projetos executados em
cooperação por ambos os países, se for possível estabelecer troca de informações e
oportunidades de consulta sobre a criação e materialização de possíveis projetos entre as partes
interessadas.
As empresas coreanas interessadas no mercado de carbono brasileiro encontrarão informação
útil (em português e em inglês) à condução de seus negócios em estudo organizado pela
Secretaria do Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior juntamente com a PriceWaterhouseCoopers, intitulado “Panorama do
Mercado de Carbono no Brasil”119, levantamento prospectivo do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo no Brasil, que traça um perfil dos potenciais e dos atuais participantes
do mercado de carbono, sejam empresas, entidades de classe empresariais ou instituições
financeiras. A pesquisa para edição do referido estudo contou com a participação de 123
empresas, 21 entidades empresariais e 21 instituições financeiras representando 10 setores da
economia. Os resultados dessa pesquisa foram divulgados internacionalmente e fundamentaram
ações como o Programa de Desenvolvimento Limpo do BNDES que incentivou a criação de
fundos privados para investir em projetos MDL, entre outras iniciativas.
2.5.11. Serviços Ambientais
É notável a grande atenção e incentivos que estão sendo dispensados pelo governo120 e
empresas coreanas em relação ao desenvolvimento de tecnologias ligadas às questões
117
Ver: “Matriz energética e emissão de gases de efeito estufa: fatos sobre o Brasil”, estudo da confederação Nacional da Indústria
http://www.cni.org.br/portal/main.jsp?lumPageId=4028808112AF249A0112AFBF1EC620A3&itemId=8A9015D01DDE56A3011E4A2BC65
B4344
118
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=2&menu=1805
119
http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1204751032.pdf
120
http://eng.me.go.kr/docs/sub2/policy_view.html?idx=72&class=15&topmenu=B&cat=260
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ambientais e desenvolvimento sustentável. Isso se dá por meio de investimentos, P & D e
incentivos fiscais.
O mercado ambiental da Coreia é um dos maiores e mais dinâmicos da Ásia, avaliado em mais
de US$ 10 bilhões121. Em junho de 2009 aconteceu a 31ª Exposição de Tecnologias Ambientais
da Coreia, englobando vários provedores em diversos serviços ambientais, como tratamento de
água, gerenciamento de resíduos, reciclagem etc.122.
Nesse contexto, tendo em vista a crescente demanda no Brasil por esse tipo de serviço,
principalmente ligado a tratamento de água e reparações ambientais, é de se esperar que a
Coreia venha a ter interesse no mercado de serviços ambientais brasileiro.
2.5.12. Serviços Afeitos à Indústria da Defesa
A Política Nacional da Indústria da Defesa- PNID123 denomina como produtos estratégicos da
defesa bens e serviços afeitos à segurança ou à defesa do País. Dentre as ações estratégicas para
a PNID consta a diminuição progressiva da dependência externa em produtos estratégicos de
defesa, desenvolvendo-os e produzindo-os internamente.
A PNID é parte da Estratégia Nacional de Defesa124 que prevê: “O Ministério da Defesa
proporá, em coordenação com os Ministérios das Relações Exteriores, da Fazenda, do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Planejamento, Orçamento e Gestão, da
Ciência e Tecnologia e com a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República,
o estabelecimento de parcerias estratégicas com países que possam contribuir para o
desenvolvimento de tecnologias de ponta de interesse para a defesa”.
A PNID despertou grande interesse empresarial no Brasil. Nesse contexto a Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp criou em sua estrutura organizacional entidade para
identificar e promover negócios nesse setor, inclusive em parceria com empresas estrangeiras,
desde que em consonância com a previsão referida no parágrafo acima. Trata-se do
Departamento da Indústria da Defesa125.
Na Coreia do Sul a indústria de defesa está num estágio de desenvolvimento comparável ao do
Brasil. Existem complementaridades de competências empresariais envolvendo empresas dos
dois países, em especial no que se refere a engenharias especializadas. Nesse contexto, é
possível que no futuro haja algum comércio e investimento nessa área, de escopo e volume
ainda indefinidos.
2.5.13. Serviços Afeitos à Indústria Aeronáutica e Espacial
O governo da Coreia identifica o setor aeroespacial como uma dos setores prioritários de
desenvolvimento e cooperação econômica e tecnológica com terceiros países.
121
http://hawaii.gov/dbedt/main/news_releases/2003/news-release-0305
Para ver notícias sobre alguns dos serviços ambientais oferecidos pela Coreia do Sul consulte
http://www.dgmarket.com/tenders/SearchResult.do~sewage-refuse-cleaning-and-environmental-services-90000000~kr~~inactive
123
http://www.fiesp.com.br/defesa/pdf/pnid%20-%20íntegra.pdf
124
http://www.fiesp.com.br/defesa/pdf/estratégia%20nacional%20de%20defesa%20-%20português.pdf
125
http://www.fiesp.com.br/defesa/default.aspx
122
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Brasil e Coreia estão em estágios de desenvolvimento semelhante no que se refere a bens e
serviços afeitos à indústria aeronáutica e espacial. Há complementaridade de competências, o
que proporciona oportunidade de comércio e investimentos.
O mapeamento-diagnóstico das competências existentes na Coreia é o que segue:
Item
Advanced Countries
· Interpretation of a fullrange of speed areas
Aerodynamic - Subsonic to
Shape Design hypersonic
· Design/Interpretation
of stealth
Korea
· Interpretation of subsonic/supersonic speed:
compares with that of advanced
· Interpretation of transonic: some experience
· Interpretation of hypersonic: no experience
· Design/Interpretation of stealth: no experience
· Full-scale airframe design/interpretation: equal to
· Development of highthose of advanced countries
Structure/
tech materials
- Aero-elastic, high durability, damage tolerance
Materials
· Development of smart
analysis, etc.
structure
· Weak in smart structure and high-tech materials
· Sensor fusion
· Integration of avionics weapons systems
technology
Aero- Includes key software (S/W) development
· Integration technology
Electronics
technology
in avionics warfare
· Weak in development of LRU
· AESA technology
· Development of flyby-light system
· Experience in development of fly-by-wire
- In the
· Development capability relating to mechanical
Flight Control
commercialization stage control device (KT-1)
· Stealth control
· Development capability of UAV
technology
· Smart structure
Processing/
· Manufacturing/Assembly of full-scale
Manufacturing
Manufacturing/
- airframe: equal to advanced countries
capability
Assembly
· Secured technology to process compounding
· Compounding
structure
structure shaping
technology
· Wind tunnel/Structure/System/Maneuver capability
· Test & Assessment
of full-scale airframe
Test
concerning all
· No experience in testing and assessment for some
Assessment areasof the aerospace
areas
industry
- Hypersonic, EMI/EMC, extreme environment
testing, etc.
· Top-tier technology
· Still in the beginning stage as opposed to advanced
secured in all
Space
countries, but at a considerable level in
areas of the space
Technology
satellites/rocket technology and satellite reception
industry
apparatus (30-90% for each area)
- (fierce competition for
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
development)
Fonte: Korea Aerospace Industries Association (KAIA), Aerospace (2008). Extraído do portal eletrônico de Invest Korea: business
opportunities: aerospace126
No que se refere ao Brasil, há no País fabricantes de sistemas aeroespaciais complexos, a saber:
Helibrás, subsidiária da Eurocopter francesa, instalada em Itajubá (MG) desde a década de 80;
Aeromot, empresa localizada em Porto Alegre, com quase 50 anos de atuação na fabricação de
aeronaves muito leves (planadores) e leves (treinador primário), de sistemas e componentes
aeronáuticos; Avibrás, com quase 40 anos de atuação na fabricação de foguetes, lançadores,
carros blindados e outros artefatos de defesa, situada também em São José dos Campos;
Mectron, com mais de dez anos de atuação como fornecedora de soluções para o Comando da
Aeronáutica, também localizada em São José dos Campos; Orbisat, empresa especializada em
radares, situada em Campinas e com fábrica em Manaus; e VEM (Varig Engenharia e
Manutenção), com unidades no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.
126
http://www.investkorea.org/
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3. Facilidades e Entraves aos Negócios
3.1. Ásia-Pacífico: Área Preferencial de Projeção Econômica da Coreia
Até recentemente, a Coreia vinha demonstrando escasso interesse em estabelecer fortes
vínculos econômicos com a América do Sul. De fato, a ordem de prioridades coreanas de
inserção ou controle de mercados e cadeias produtivas é mais ou menos a que segue: 1º) o
entorno imediato às suas fronteiras e à ASEAN; 2º) o NAFTA; 3º) a União Européia e demais
países europeus; 4º) a Índia e o Sul da Ásia; 5º) o Oriente Médio, a Ásia Central e o Norte da
África; 6º) o Mercosul; 7º) a SACU127; 8º) a Oceania e o restante da Ásia, América Latina,
Caribe e África.
Extraído de “Como exportar: Coreia do Sul” – Brazil Trade Net128
127
128
União Aduaneira do Sul da África.
http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/ComoExportar/CEXCoreiadoSul.pdf
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A distribuição do comércio exterior da Coreia por região geográfica ou bloco econômico é a
que segue:
Destino das exportações sul-coreanas em 2007:
Origem das importações coreanas em 2007:
Extraído de “Trade Policy Review: Republico of Korea - 2009” – Organização Mundial do Comércio - OMC129
A Coreia do Sul procura ativamente vincular-se a outras economias por meio de acordos de
livre comércio e acordos de promoção e proteção de investimentos. No que se refere a acordos
129
http://www.wto.org/english/tratop_e/tpr_e/tp304_e.htm
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de livre comercio, já estão em vigor acordos com Chile, Cingapura, Associação Européia de
Livre Comércio- EFTA e Associação de Nações do Sudeste Asiático – ASEAN. Aguarda
ratificação o acordo com os EUA. Estão em fase final de negociação acordos com União
Européia, Índia e Canadá. Estão em fase inicial de negociação acordos com Conselho de
Cooperação do Golfo, Japão, Austrália, Nova Zelândia e México. Estuda-se a possibilidade de
abertura de negociações com Peru, China, Rússia, Mercosul e Turquia.
Extraído de “Korea Offering Opportunities: a year of regulatory reform by the Lee Myung-bak administration”130.
Conquanto o fortalecimento dos vínculos com a ASEAN seja prioridade absoluta na estratégia
de expansão e diversificação das relações econômicas da Coreia, a América Latina é vista como
área promissora para incremento do investimento e do comércio. A América Latina e o Caribe
surgiram como importante mercado de investimentos para as empresas coreanas, a partir do final
dos anos 80, com o aporte de grandes empresas como a POSCO e a Samsung. Ao final de 1985,
os investimentos diretos coreanos acumulados na área chegaram a US$ 21,9 milhões, 2,6% de
seus investimentos globais no exterior. Contudo, com o rápido progresso econômico da Coreia
do Sul, os números aumentaram bastante, tendo alcançado o valor de US$ 9,4 bilhões em 2008
(8,0% do investimento total da Coreia do Sul no exterior) 131.
Nessa região, México e Panamá foram os parceiros comerciais mais importantes em 2008, mais
é de se supor que, num futuro próximo, o Brasil venha a ser o parceiro latino-americano de
destaque. De fato, o México foi duramente atingido pela recessão global e defronta-se com
fortes obstáculos para a retomada do crescimento. Já a posição de destaque do Panamá é
circunstancial, decorre das obras de ampliação do canal transoceânico.
Dentre os países emergentes de grande população, o Brasil mostra-se particularmente atrativo
para o investimento direto estrangeiro por várias razões: sustentabilidade de longo prazo das
condicionantes de crescimento econômico (estabilidade política e social, instituições de governo
e empresariais sólidas, transparentes e em acelerado processo de aprimoramento, expansão
demográfica em nível ótimo, etc.), mercado sem peculiaridades culturais muito acentuadas
(como é o caso de China, Índia, Indonésia, etc.), inexistência de redes negociais fechadas,
130
131
http://www.mke.go.kr/language/eng/news/news_view.jsp?tableNm=E_01_02&seq=13
http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/ComoExportar/CEXCoreiadoSul.pdf
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crescente incorporação de tecnologias inovadoras aos processos produtivos, etc. Em 2008, as
empresas coreanas haviam investido em 43 projetos e empresas no Brasil, 10,6% do total do
investimento coreano realizado na América Latina. O investimento total atingiu o valor de US$
1 bilhão132.
De fato, segundo levantamento efetuado pela Rede Nacional de Informação sobre o
Investimento – Renai133, entidade integrante da Secretaria de Desenvolvimento da Produção do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a Coreia tem anunciado
relevante montante de investimentos diretos no Brasil. Já em 2007, foi responsável por 2,74%
(US$ 2,3 bilhões) do volume total de anúncios de investimentos no Brasil, percentual que
decresceu para 1,81% (US$ 2,0 bilhões) em 2008.
132
Idem
O quadro positivo do investimento no Brasil refletiu-se no expressivo número de anúncios de investimentos veiculados por diversos órgãos
da imprensa em 2008. A Renai faz levantamento periódico dos projetos de investimentos anunciados no país. A análise dos anúncios,
confrontada com um conjunto selecionado de variáveis indicativas, é instrumento importante para a percepção do comportamento do
investimento, uma vez que capta volume significativo de decisões de investimentos tomadas pelos agentes econômicos. Vale ressaltar, contudo,
que o levantamento de 2008 ainda não contém dados repassados pela Suframa, bem como dados dos pleitos de redução do Imposto de
Importação pelo regime de “ex-tarifários”. Além disso, a revisão dos anúncios de 2008 compilados pela RENAI ainda não foi concluída. Os
resultados do presente levantamento são preliminares e podem sofrer alterações à medida que os dados forem revisados. Entretanto, acredita-se
que será mantida a tendência observada nas séries, bem como de boa parte das análises elaboradas.
http://investimentos.desenvolvimento.gov.br/arquivos/RENAI-BOLETIM-06042009-FINAL-SITE.pdf
133
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Em 2006 as empresas coreanas estabelecidas no Brasil eram as que seguem, todas afiliadas de
grandes empresas na Coreia (não inclui bancos e seguradoras): Hanjin Senato Lines do Brasil
Ltda., Posco do Brasil Ltda., Daewoo do Brasil Imp. e Exp. Ltda., LG do Brasil Ltda.,
Samsung do Brasil Ltda., Hyosung do Brasil Ltda., Hankook Tire do Brasil Comercial Ltda.,
Daewoo Eletronics do Brasil Imp. e Exp. Ltda., Medison do Brasil Ltda., Yudo Brasil Ltda.,
Kumho Tire do Brasil Com. Ltda., SK do Brasil Ltda., GSA Co. Ltda., Jebon do Brasil
Intermediações de negócios Ltda., Cheil Communications do Brasil S/C Ltda., DAT São Paulo
Comercio Eletrônico Ltda., Simple Line Brasil, Dabo Material Handling, Equipments Brazil
S.A., Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda., LG Eletronics de São Paulo Ltda., Companhia
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Coreana-Brasileira de Pelotização (Kobrasco), LG Eletronics da Amazônia Ltda., SET do
Brasil Ltda., Samsung SDI Brasil Ltda., Dong Yang Creditech do Brasil Ltda., Pantech Brasil
Ltda., D.M. Dong Bang do Brasil Ltda.
3.2. Complementaridade e Distância
Duas forças poderosas, agindo em direções contrárias, moldam a aproximação econômica entre
dois países ou blocos de países: complementaridade e distância. No caso das relações entre
Brasil e Coreia, se, por um lado, a evidente complementaridade entre as duas economias induz a
que sejam parceiros “naturais”, por outro lado, o fator distância, em suas diferentes dimensões:
cultural, política e administrativa, geográfica e econômica, constitui forte impedimento ao
estreitamento das relações econômicas entre os dois países, principalmente no que se refere a
serviços.
Cabe assinalar que a complexa relação complementaridade-distância que impulsiona ou
restringe as trocas econômicas Brasil-Coreia evoluem em boa parte também em decorrência de
transformações internas as economias e sociedades brasileira e coreana que fogem ao escopo
das partes diretamente envolvidas na promoção das relações bilaterais (mudanças demográficas,
de nível ou de distribuição de renda, alterações no foco de atuação do setor produtivo etc).
3.2.1. Complementaridade
A complementaridade entre as pautas de exportação e importação do Brasil e da Coreia do Sul e
a indução de investimentos recíprocos decorre de diferentes fatores. Dentre os mais relevantes,
podem ser citados: i) diferença na participação dos diferentes setores de atividade na
composição percentual do PIB em cada economia; ii) disponibilidade de excedentes exportáveis
ou de produção interna insuficiente para o atendimento da demanda doméstica; iii) interesse
contínuo, não esporádico, das empresas de cada país em operar em mercados externos, inclusive
mediante o estabelecimento de presença comercial direta; iv) diferentes estágios de
desenvolvimento do Brasil e da ; e v) interesse das empresas em se inserir ou mesmo capitanear
cadeias produtivas regionais ou globais, para o que pode ser instrumental o estabelecimento de
presença comercial no exterior.
Expressão inequívoca dessa complementaridade, a corrente de comércio entre os dois países,
em números absolutos, é bastante expressiva e vem crescendo a cada ano. Em 2008, superou
US$ 8,5 bilhões, com imenso superávit para a Coreia do Sul.
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Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria – Secretaria de Comércio Exterior – Aliceweb
Corrente de Comérico Brasil - Coreia do Sul
Fonte: MDIC
9,00
8,53
7,50
6,00
4,50
3,00
1,50
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Corrente de Comérico(US$ bilhões)
No entanto, ao se considerar o tamanho da economia sul-coreana, conclui-se que a
complementaridade entre as duas economias tem resultado num volume de comércio e
investimento relativamente modesto comparativamente a outros importantes parceiros
econômicos do Brasil. Portanto, há um relativo subaproveitamento das potencialidades de
negócios entre os dois países. Como se verifica na tabela abaixo, mesmo com os outros tigres
asiáticos, cujo PIB conjunto é consideravelmente menor que a Coreia do Sul, o Brasil tem,
conjuntamente, corrente de comércio significativamente maior do que com a Coreia do Sul.
Dentre os países referidos na tabela, Cingapura é evidência eloqüente do “subaproveitamento”
do potencial de intercâmbio econômico Brasil-Coreia. De fato, enquanto a economia de
Cingapura seja equivalente a menos de 20% da economia sul-coreana, a corrente de comércio
Brasil-Cingapura equivale a 45% da corrente de comércio Brasil-Coreia.
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PIB
(câmbio oficial - US$ bilhões)
Corrente de Comércio com o Brasil 2008
(US$ bilhões - FOB)
EUA
14.264
53,0
China
4.401
36,4
Coreia do Sul
Coreia do Sul
4.923
947
12,9
8,5
Taiwan
392
5,0
Hong Kong
215
2,5
Cingapura
181
3,8
Argentina
326
30,8
País
Fonte: FMI e Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria – Secretaria de Comércio Exterior – Aliceweb.
Conquanto a Coreia do Sul sempre tenha sido parceiro comercial e fonte de capital estrangeiro
de segunda ordem para o Brasil, ainda assim permanece fundamental insistir em dinamizar as
relações econômico-comerciais com aquele país, por vários motivos:
•
Em primeiro lugar, porque a Coreia do Sul é a terceira maior economia do Extremo
Oriente, a 15ª do mundo e um dos países mais ativos no comércio internacional: 11ª
posição, com corrente de comércio com o mundo de $ 857 bilhões em 2008. Ademais, em
seu entorno imediato residem várias centenas de milhões de potenciais consumidores
(Coreia do Sul, China, Taiwan, Hong Kong e Extremo Oriente Russo), de alcance imediato
para a empresa brasileira de serviços que venha estabelecer presença comercial no país.
•
Em segundo lugar, porque ao Brasil interessa manter a diversidade de sua pauta
exportadora, diminuindo sua vulnerabilidade a oscilações econômicas individuais em cada
país, principalmente agora e nos próximos anos, que se anunciam vir a ser de grande
instabilidade macroeconômica. Se bem que a Ásia, em seu conjunto, constitua o primeiro
parceiro comercial brasileiro (26% da corrente de comércio), a Coreia do Sul ainda é um
parceiro econômico subaproveitado, respondendo por menos de 2% do total do fluxo de
comércio brasileiro.
•
Em terceiro lugar, porque urge reduzir a dependência do País da exportação de matériasprimas e semimanufaturados. O intercâmbio com a Coreia do Sul pode colaborar para
equilibrar o que tem sido chamado de tendência à regressão da pauta exportadora brasileira
a um perfil “colonial”, com baixa agregação de serviços. De fato, a Coreia ocupa posição
proeminente em setores industriais que absorvem grandes volumes de insumos e bens de
capital de alto valor agregado (setor automotivo e construção naval) e deve vir a ocupar
posição de destaque em setores de serviços com amplo potencial de terceirização de etapas
produtivas para o exterior (bens e serviços afeitos às TICs e indústria cultural). Por outro
lado, não interessa à Coreia tornar-se mero satélite econômico das grandes economias ao
seu redor (China e Coreia do Sul), com quem mantém relações ambíguas de
complementaridade e concorrência.
•
Em quarto lugar, porque as empresas coreanas estão muito bem inseridas em diversos
mercados com os quais o Brasil tem interesse em estreitar relações (notadamente Leste e
Sudeste da Ásia), mas onde as empresas nacionais de serviços têm se deparado com
grandes dificuldades de entrada. Ao estabelecer parcerias com empresas coreanas, as
empresas brasileiras de serviços poderiam adquirir os meios para se inserir em mercados
bastante promissores.
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
•
Em quinto lugar, porque está claro que o setor terciário coreano deverá desempenhar
papel de relevo não apenas nos mercados referidos acima, mas também em nível global. É
o caso, por exemplo, do setor de bens e serviços afeitos às tecnologias da informação e da
comunicação – TICs, dos serviços afeitos à biotecnologia, da construção naval e da
indústria cultural. A associação de empresas brasileiras de serviços às suas congêneres
coreanas as pode resultar em significativo proveito para ambas as partes tanto no que se
refere a ganhos de competitividade para atuação no mercado interno de cada país como no
que se refere a terceiros mercados. Esse último aspecto, no que diz respeito a parcerias
envolvendo empresas dos dois países, é particularmente importante para o Brasil, país que
envida esforços para se inserir em cadeias globais de produção e consumo em condições
que favoreçam a alavancagem de seu desenvolvimento econômico e social.
•
Em sexto lugar, porque a Coreia tem potencial para vir a ser um grande provedor de
capital estrangeiro para a expansão do setor produtivo no Brasil. É de se supor que boa
parte desses novos investimentos seja direcionada ao setor terciário.
•
Em sétimo lugar, porque a Coreia é uma “janela para o futuro”134. De fato, poucos países
estão tão bem capacitados pra se colocar na vanguarda tecnológica em setores que
constituirão o foco das economias mais avançadas nas próximas décadas: TICs,
engenharias especializadas, biotecnologia, nanotecnologia, robótica, sistemas de logística e
supply chain avançados, “indústrias criativas” (design, audiovisual etc) e outros. Se, no
contexto atual, a Coreia desponta como um parceiro econômico dos mais atrativos, as
perspectiva futuras afiguram-se ainda mais atraentes.
A Política de Comércio Exterior do Brasil preconiza o estreitamento das relações econômicas
com países desenvolvidos, seja no que se refere a comércio, seja no que se refere a
investimentos, em bases mutuamente vantajosas. Nos últimos anos, a entrada de empresas de
países desenvolvidos no mercado brasileiro tem sido ponderada por formuladores de políticas
públicas e estudiosos do assunto não só em termos de vantagens advindas do aporte de capitais
para o setor produtivo nacional, mas também em termos de transferência difusa de novas
tecnologias. Outro aspecto destacado é a eventual facilitação que a entrada da empresa
estrangeira no mercado brasileiro proporciona para a inserção de empresas de capital nacional
em cadeias globais de produção de bens e serviços.
Com esse norte, as ações da Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do
Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior e outras entidades de governo focadas no
incremento dos negócios em serviços entre Brasil e Coreia do Sul priorizam os setores em que
houver coincidência entre os interesses ofensivos e receptivos de ambos os países. Consideramse como de interesse ofensivo os setores de atividade em que o país tenha interesse em promover
exportações e investimentos no outro país e interesse receptivo, as atividades que o país tenha
interesse em promover importações e em atrair investimentos do outro país.
A complementaridade que se procura ressaltar neste estudo é referenciada ao interesse nacional
sul-coreano manifesto em páginas de entidades oficiais na Internet e ao interesse brasileiro tal
qual é definido na Política de Desenvolvimento Produtivo135, na Política de Aceleração do
Crescimento - PAC e outros normativos.
134
http://www.estadao.com.br/noticias/tecnologia+link,coreia-do-sul-e-janela-para-o-futuro,2368,0.shtm
Em maio de 2008, o Governo Federal lançou a Política de Desenvolvimento Produtivo - PDP, que valoriza ações abrangentes e coordenadas
entre as diferentes áreas do governo e do setor privado. A Política de Desenvolvimento Produtivo tem como desafios a ampliação da capacidade
brasileira de oferta, o melhoramento contínuo do Balanço de Pagamentos, a elevação da capacidade de inovação e o fortalecimento de MPEs.
Os principais desafios da PDP são: i) aumento da taxa de investimento; ii) ampliação da participação das exportações brasileiras no comércio
135
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
DISTÂNCIA
CULTURAL
DISTÂNCIA
POLÍTICA-ADMINISTRATIVA
Cosmovisões
divergentes
DISTÂNCIA
GEOGRÁFICA
Vínculos empresariais tênues
Distância física
Diferentes níveis de regulamentação
doméstica
Culturas
empresariais
diferentes
Não participação numa mesma área de
livre comércio
Redes profissionais
e empresariais não
integradas
Não reconhecimento
de diplomas
Diferentes regiões de projeção econômica
preferencial
Falta de moeda comum
Ausência de vínculos metrópole-colônia
pretéritos
Diferenças na
relação capitaltrabalho
Falta de fronteira
terrestre
Diferenças de fusos
horários
Dificuldades
logísticas
DISTÂNCIA
ECONÔMICA
Economias em
estágios de
desenvolvimen-to
muito diferentes
Exist~encia de
redes negociais
fechadas
Mercados em
estágios de
maturação muito
diferentes
Padrões de
consumo
divergentes
Diferentes idiomas
3.2.2. Distância
O conceito de distância abrange diversas dimensões da interação das partes interessadas na
operacionalização e promoção das relações econômicas entre Brasil e Coreia do Sul. Essas
dimensões incluem desde dimensões de percepção objetiva e imediata, como distância
geográfica, facilidade (ou dificuldade) logística de movimentação de cargas e passageiros,
normas e regulamentos técnicos e afinidades culturais e linguísticas, até dimensões de
ponderação menos imediatas ou mesmo subjetivas como práticas correntes na comunidade
empresarial local e entre essa e agentes públicos, padrões e preferências de consumo.
Análises econométricas do comércio internacional 136 sugerem que o comércio entre dois países
tende a ter um incremento de 42% se utilizam o mesmo idioma, 47%, se são membros de uma
mesma área de livre comércio, 114% se utilizam a mesma moeda, 125% se são fronteiriços e
188% se outrora houve entre ambos relação colônia-metrópole. Nenhum desses fatores está
presente na relação Brasil-Coreia do Sul.
Para efeito de categorização analítica, as diversas dimensões de distância entre Brasil e Coreia
podem ser tentativamente relacionadas e agrupadas, de forma não exaustiva, em quatro
categorias básicas, como segue137:
Distância cultural: salvo no que diz respeito à pequena comunidade coreana-brasileira, não há
afinidade liguística-cultural entre Brasil e Coreia do Sul. Além disso, a distância cultural entre
os dois países é acentuada por outros aspectos: no plano cultural e das referências simbólicas,
mundial; iii) elevação do dispêndio privado em P&D; e iv) ampliação do número de MPEs exportadoras. O setor de serviços é uma componente
importante da PDP http://www.desenvolvimento.gov.br/pdp/index.php/sitio/inicial .
136
Fonte: Ghemawat, P.2007, Redifining Global Strategy: Crossing borders in a world where differences still matter, Harvard Business School
Press, Boston. http://www.ghemawat.org/redefining_global_strategy.html
137
Elaboração da Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior com base na
categorização de Ghemavat (ver nota de rodapé acima).
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conformadores da cosmovisão e de padrões de conduta individual, grupal e coletiva, são os
valores, percepções e expectativas, muito diferentes nos dois povos. No plano cultural mais
imediato à empresa, formação profissional, conexão de redes profissionais e empresariais, que
operam de maneira muito diferente em cada país. Cada um destes aspectos tem significativo
impacto nas relações intra e inter empresas e dessas com agentes externos à comunidade
empresarial. É um poderoso conformador do ambiente de negócios, especialmente no que diz
respeito à consolidação de confiança entre os agentes econômicos que decorre da observância
de um mesmo referencial normativo (escrito ou tácito).
A civilização coreana é variante da civilização confuciana prevalente no Leste da Ásia, com
abrangência geográfica que se estende do Coreia do Sul ao Vietnã. Assim, na cultura
empresarial coreana, valoriza-se sobremaneira a constituição de vínculos duradouros baseados
em lealdade e confiança recíprocas firmadas e consolidadas ao longo do tempo. Segundo o
Professor Paul Herbig, eminente especialista em comunicação intercultural “Confucianism
gives a high importance to the hierarchy and role of individuals to maintain harmony in society
and within the organization. It is inevitable, in order to succeed with many East Asian culture,
that businesspersons should become familiar with the teachings of Confucius. A basic
understanding of the philosophy will go along way in understanding what is expected of both
parties evolved in a relationship. [...] The foundation of the relationship on a personal level will
be the key to starting a business relationship. This can only be done through frequent personal
contact and the developing of trust between the people involved”.138
No entender de muitos estrangeiros, nas empresas coreanas, há excessiva valorização da
hierarquia, da respeitabilidade, do conformismo e outras virtudes confucianas que, no passado,
e que sobrevivem, ao menos na ótica estrangeira, como anacronismos na cultura corporativa
coreana.
Tendo em vista que na prestação de serviços frequentemente a interação prestadorcliente/consumidor é muito estreita, a empresa brasileira de serviços que deseje lograr sucesso
operando na Coreia certamente irá se deparar com problemas de comunicação intercultural.
Caso os governos e as comunidades empresariais do Brasil e da Coreia queiram efetivamente
promover o comércio e o investimento em serviços entre os dois países, deverão ser realizados
investimentos significativos na capacitação de recursos humanos em termos de aprendizado de
idioma e da cultura do outro país.
Segundo a classificação de padrões comportamentais no ambiente corporativo culturalmente
condicionados proposta por Hofstede139, os coreanos tendem a ser bem menos individualistas
que os brasileiros (18 a 38 numa escala de 1 a 120, contra 91 dos americanos), ambos tendem a
não valorizar muito o sucesso material e ascensão a posição de poder, (39 a 49, contra 62 dos
americanos), ambos tem mediana propensão a aceitar como “naturais” acentuados desníveis de
remuneração e poder (60 a 69, contra 40 dos americanos). Os coreanos conseguem ter ainda
mais aversão ao risco e à incerteza que os brasileiros (85 a 76, contra 46 dos americanos). Nesse
contexto, é de se esperar que os coreanos tenham mais propensão ao trabalho em grupo que os
brasileiros, e maior propensão ao planejamento e a se referenciar a manuais e regimentos e a
pactuar contratos detalhistas.
Discussão mais detalhada de diferenças culturais entre brasileiros e coreanos com impacto
direto sobre as empresas é disponibilizada, neste estudo, no item 1.3. Cultura.
138
http://www.geocities.com/Athens/Delphi/9158/paper9.html
Geert Hofestede é um influente cientista social especializado na interação entre culturas nacionais ou regionais e culturas organizacionais,
que tende a se conformar segundo padrões bastante persistentes no tempo. Hofestede formulou o chamado Modelo das Cinco Dimensões
http://www.clearlycultural.com/geert-hofstede-cultural-dimensions/.
139
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Distância administrativa-política: como já foi mencionado, Coreia e Brasil focam espaços
geográficos de integração econômico-comercial distintos e não fazem parte do mesmo bloco de
integração regional. Até o momento, as únicas instâncias de liberalização comercial ou
cooperação econômica comum aos dois países são a OMC e a OCDE (desta última, a Coreia do
Sul é membro pleno, mas o Brasil participa apenas como cooperante). Até o momento, o
comércio e os investimentos em serviços entre os dois países tem sido modestos e não têm
ensejado cooperação institucional mais estreita, situação que pode evoluir positivamente em
função da recente criação do Comitê Conjunto Brasil-Coreia do Sul de Promoção de Comércio
e Investimentos e Cooperação Industrial, no âmbito da “Parceria Especial entre o Brasil e
Coreia do Sul para o Século XXI”, deverá contribuir significativamente para a redução de
entraves não-tarifários aos negócios entre Brasil e Coreia. Soma-se a isso o interesse coreano
pelo SISCOSERV (ver item 4.1 Estatísticas).
Distância geográfica: A distância geográfica pode se constituir em considerável entrave para
empresas de serviços que precisem manter freqüente trânsito de pessoal ou em que matriz,
filial, fornecedores e clientela necessitem operar com larga sobreposição de horários. Brasil e
Coreia são antípodas. A rota aérea entre São Paulo e Seul excede 20 mil km e exige escala ou
conexão na América do Norte ou Europa, com grande dispêndio de tempo. Os fusos horários
são absolutamente díspares. A distância geográfica pode se constituir em considerável entrave
para empresas de serviços que precisem manter freqüente trânsito de pessoal ou em que matriz,
filial, fornecedores e clientela necessitem operar com larga sobreposição de horários.
As ligações marítimas entre os dois países são diretas e freqüentes, muito melhores do que a de
países geograficamente mais próximos ao Brasil (África, por exemplo). No entanto, não há vôos
diretos entre os dois países.
Distância econômica: a distância econômica entre Brasil e Coreia é agravada pelo acentuado
desnível de desenvolvimento entre as duas economias e pela pouca integração das cadeias
produtivas de serviços. Ademais, o mercado coreano, em vários setores de serviços é um
mercado maduro ou quase maduro Enquanto mercado maduro, os compradores estão em
condições de exigir alta qualidade dos serviços e condições vantajosas de pagamento: Os
compradores empresariais coreanos são muito bem informados sobre a oferta tanto no mercado
doméstico quanto no exterior, ao menos no que diz respeito a países com os quais há intenso
intercâmbio comercial no setor de serviços, o que não é o caso do Brasil relativamente à Coreia.
Ademais, o mercado coreano caracteriza-se pela existência de redes negociais fechadas, custos
muito elevados e padrões de consumo bastante diferentes do Brasil e mesmo de outros países de
renda per capita similar. Nesse contexto, a empresa de serviços brasileira que queira se inserir
no mercado coreano deverá contemplar três possibilidades: deslocar outra empresa já
estabelecida, sobrepujando-a em termos de qualidade e/ou preço; ocupar nicho de mercado
ainda não saturado por falta de agilidade ou de interesse das empresas locais ou “criar” seu
próprio nicho pela oferta de serviço único e exclusivo; ou, ainda, atuar em joint-venture com
empresa coreana ou estrangeira já inserida no mercado local, arcando, no entanto, com os
inconvenientes inerentes a parcerias entre desiguais (redução da margem de lucro, perda de
segredo de negócio etc).
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3.2.3. Conclusões
•
A complementaridade entre as economias do Brasil e da Coreia - cada qual ofertando o que
o outro deseja adquirir a preços competitivos, continua sendo o principal fator dinamizador
da expansão dos negócios entre os dois países.
•
Essa complementaridade é significativamente limitada pela distância entre Brasil e Coreia
que resulta não só dos oceanos que se interpõe entre os dois países, mas também de
impedimentos como insuficiente interlocução institucional. Esse último aspecto será
minimizado graças aos esforços do Comitê Conjunto Brasil-Coreia do Sul de Promoção de
Comércio e Investimentos e Cooperação Industrial, cuja primeira reunião ocorre em Seul
em setembro de 2009. No entanto, persiste limitadíssima integração das redes profissionais
e empresariais, restrições ao trânsito e residência de profissionais e diferentes padrões de
consumo.
•
A superação dos impedimentos decorrentes da distância requer esforço empresarial e
institucional. Nas cadeias produtivas em que a complementaridade é forte, o apoio
governamental à internacionalização de empresas facilmente resultará em comércio e
investimentos. Onde a complementaridade for menos pronunciada, serão necessários
esforços extraordinários para a redução das distâncias impeditivas.
•
À medida que a economia do Brasil cresce e se sofistica e aumenta a participação do setor
de serviços na composição do PIB e na matriz de comércio exterior, concomitantemente à
intensificação da integração de cadeias produtivas globais e regionais, cambiam as relações
de complementaridade entre Brasil e Coreia, e torna-se mais urgente reduzir as distâncias
não geográficas.
3.3. Recomendações às Empresas Brasileiras
A Coreia é um mercado quase que totalmente maduro na maioria dos setores produtivos,
dominados pelos poderosos chaebol. Assim, a competição entre as empresas, por certo, é
bastante acirrada. Ademais, o detalhamento da regulação doméstica, as especificidades do
mercado de trabalho e o poder de barganha das empresas adquirentes de serviços ou de
potenciais parceiras em joint-ventures impõem dificuldades adicionais. A exemplo do que
fazem as demais empresas estrangeiras que operam no mercado local, as empresas brasileiras
deverão identificar claramente os fatores de risco empresarial relacionados ao seu ramo de
negócios e acautelar-se de forma eficaz.
A empresa de serviços brasileira bem sucedida no difícil mercado coreano provavelmente
estará habilitada a competir em outros mercados da Ásia-Pacífico. Além disso, estará
privilegiadamente posicionada para cooptar parceiros coreanos para joint-ventures no mercado
brasileiro e no Mercosul.
Como primeiro passo para a inserção bem sucedida na Coreia, faz-se necessário meticuloso
planejamento, que deverá levar em consideração as particularidades do ramo de negócios da
empresa. De maneira genérica, inclui minimamente os seguintes elementos:
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•
Prospecção aprofundada do mercado: conhecer a concorrência e as histórias de sucesso
de empresas de outros países no mercado estrangeiro almejado é regra que vale para todos
os mercados e que também se aplica à Coreia. Esta recomendação é especialmente válida
quando, em decorrência da natureza do setor de atividade em que a empresa está envolvida
e de especificidades do mercado coreano, não for possível transpor o modelo de negócios
da matriz à afiliada na Coreia.
Visando facilitar a prospecção do mercado coreano aos não-iniciados, neste estudo de
oportunidades de negócios constam centenas de remissões a portais eletrônicos com
informação detalhada sobre cada um dos tópicos aqui abordados e a outros tópicos direta
ou indiretamente afeitos a negócios em serviços.
Caso a empresa deseje firmar-se no mercado coreano e não apenas realizar exportação
esporádica, a pesquisa básica de mercado-alvo na Coreia deve contemplar pelo menos os
aspectos referidos abaixo. Não olvidar que, no caso de a empresa brasileira visar
estabelecer presença comercial no país, deve-se conceder especial atenção às tendências de
longo prazo, especialmente em setores de atividade que envolvem considerável
imobilização de capital:
140
i.
Caracterização e tendências de evolução da demanda do serviço a ser
ofertado, inclusive, quando cabível, no contexto mais amplo da ÁsiaPacífico;
ii.
Caracterização e tendências de evolução da concorrência estrangeira
(importação), incluindo a possibilidade de entrada de novos concorrentes
de peso e a concessão de facilidades de acesso a empresas de países com
os quais a Coreia venha a firmar acordo de promoção e facilitação de
comércio e investimentos em serviços;
iii.
Caracterização e tendências de evolução da oferta interna (concorrência
local), identificando-se nichos de mercado relegados pelas empresas locais
ou áreas em que as empresas locais tenham aguda necessidade de
constituir parceria com empresas estrangeiras por qualquer razão (aporte
de capital, complementação tecnológica, redução de custos operacionais
etc);
iv.
Tarifas, impostos e custos incidentes sobre o serviço a ser ofertado,
inclusive custos adicionais decorrentes da grande distância geográfica
matriz-afiliada (mais de 24h de vôo Brasil-Coreia, sem considerar o
tempo despendido com conexões);
v.
Barreiras não-tarifárias incidentes sobre o serviço a ser exportado, em
especial quais certificados de conformidade a normas e padrões técnicos
são exigidos no setor de serviços de atuação específica da empresa e
outros certificados mais genéricos (ambientais, de origem, relativos à
mão-de-obra empregada, etc.) 140;
vi.
Levantamento exaustivo da regulamentação doméstica afeita ao(s)
setor(es) de atividade da empresa;
Ver, neste estudo de “Oportunidades de Negócios em Serviços Brasil-Coreia”, item 1.8. Tecnologia Industrial Básica – TIB.
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vii.
Canais de distribuição ou de acesso ao consumidor final, inclusive a
possibilidade de venda direta (correio, telefone, internet), modalidade
muito popular entre os consumidores coreanos;
viii.
Listagem dos potenciais parceiros coreanos, inclusive, quando cabível,
considerando futura atuação conjunta no Brasil e em terceiros mercados.
Outras informações serão necessárias de acordo com a natureza do serviço a ser exportado.
O estudo “Como Exportar: Coreia”, elaborado pelo Ministério das Relações Exteriores,
apresenta uma lista de empresas de consultoria especializadas em prospecção de mercados
na Coreia141.
•
Procurar o apoio da Embaixada, da Apex-Brasil, da Câmara de Comércio CoreiaBrasil, de entidades coreanas de apoio ao investimento estrangeiro ou de consultorias
especializadas para as primeiras incursões na Coreia: a Coreia é um mercado
caracterizado pela existência de redes fechadas de negociação que podem se constituir em
poderoso obstáculo a entrada de empresas estrangeiras naquele mercado. No entanto, várias
entidades de governo estão habilitadas a assistir o investidor estrangeiro, em especial a
Agência para a Promoção do Investimento Estrangeiro na Coreia142. Ademais, no mercado
coreano atuam inúmeras associações de classe e consultorias privadas. Nesse contexto, os
canais de facilitação de entrada, no que se refere ao mapeamento de oportunidades e riscos,
contato com empresas locais, etc., são muito variados em número, nível de generalidade ou
especialização do conhecimento disponibilizado ao público (ou à clientela, no caso das
consultorias privadas). Também os custos implícitos à utilização dos referidos canais
variam consideravelmente; do (quase) gratuito ao francamente proibitivo (ao menos para as
MPE). Recomenda-se uma abordagem gradativa. O Departamento de Promoção Comercial
do Ministério das Relações Exteriores é o órgão responsável por canalizar à Embaixada
pedidos de apoio e informação. Em seus primeiros passos na Coreia, o empresariado
brasileiro pode também contar com a Câmara de Comércio Coreia-Brasil, com o Banco do
Brasil (com agência em Seul), com a ApexBrasil (que acompanha o calendário de feiras na
Europa e pode vir a realizar missão comercial àquele país), associações setoriais
(Brasscom, Softex, ABF etc), CNI, FIESP, advogados, consultores privados, entre outros.
•
Vencer o desconhecimento inicial: em geral, o importador coreano não é dado a
experimentos com o incerto e a incorrer em riscos elevados. Os compradores das empresas
coreanas conhecem exaustivamente as características dos serviços oferecidos no mercado
local por empresas locais ou estrangeiras estabelecidas de longa data. Para se impor por
seus próprios méritos, o exportador brasileiro precisa desenvolver capacidade de
convencimento superior à da média. Sendo a Coreia um mercado quase maduro em quase
todos os setores de serviços, isto é, com relativa saturação de oferta, cabe lembrar que a
empresa brasileira deverá deslocar uma empresa local ou estrangeira. Exceto para aqueles
produtos em que há evidente supremacia brasileira (por tradição ou por exclusividade de
fornecimento), é preciso estar munido de argumentos para convencer o sempre cauteloso
importador coreano de que vale a pena comprar de um provedor de serviços relativamente
desconhecido e, ademais, oriundo de um país do qual o importador local pode ter imagem
desatualizada.
141
142
http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/ComoExportar/CEXcoreia.pdf
http://www.investkorea.org/
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•
Preparar excelente material de apresentação: corolário da recomendação anterior. Para
visitas de negócios na Coreia (ou envio de material de informação por via postal ou meio
eletrônico), é mister que pelo menos os seguintes itens tenham sido preparados com
antecedência, redigidos em inglês ou, melhor ainda, em coreano:
i.
Cartões de visita;
ii.
Folhetos/brochuras/folders e portfólios de apresentação da empresa;
iii.
Catálogo de produtos e serviços;
iv.
Lista de preços com prazos de entrega, condições de pagamento etc.
•
Contratar intérprete com desenvoltura intercultural: Na Coreia, as pessoas de meiaidade geralmente têm limitados conhecimentos de inglês. Assim, é bastante recomendável
a contratação de intérprete para que os contatos de negócios transcorram sem problemas de
comunicação143. Após a reunião de negócios, intérprete com trânsito nas culturas brasileira
e coreana poderá auxiliar o executivo brasileiro a entender se suas proposições tiveram ou
não boa acolhida.
•
Informar sobre o Brasil: não se deve superestimar o interesse coreano pelo serviço
brasileiro, ainda que de renome internacional. O grau de conhecimento do importador
coreano sobre a capacidade produtiva do Brasil ainda não é satisfatório. À exceção de
determinados produtos que compõem a pauta tradicional de comércio entre os dois países,
os coreanos carecem de informações sobre as histórias de sucesso dos produtos brasileiros
no mercado internacional e dos avanços do setor de serviços nacional. Fornecer dados
sobre a produção e o mercado nacional, mostrar êxitos junto a mercados externos exigentes
e revelar experiência internacional são fatores que ajudam a construir imagem de
fornecedor capacitado e confiável. Para isso podem ser úteis estudos e apresentações de
associações setoriais que se encontram listados ao final deste estudo de “Oportunidades de
Negócios Brasil-Coreia”, vários deles já redigidos em inglês.
•
Estar representado na Coreia: a experiência demonstra que uma parceria local ou a
contratação de representantes para atuar em bases permanentes na Coreia é o caminho mais
curto para o sucesso sustentado dos serviços brasileiros. O agente local tem papel de
extremo relevo nas exportações para a Coreia, não apenas por suas funções tradicionais –
de representação, prospecção e promoção, mas também como interface que ajudará a trazer
sentido de proximidade e confiabilidade ao produto.
•
Estar atento à adequada estipulação das cláusulas contratuais: no que se refere a
negócios, os coreanos são francamente avessos a riscos. Consequentemente, preferem
contratos redigidos em linguagem precisa e inequívoca, com estipulação exaustiva de
cláusulas com implicações financeiras e patrimoniais. É indispensável estar assistido por
um advogado. A Embaixada do Brasil em Seul mantém lista atualizada de consultores
jurídicos com trânsito em direito empresarial brasileiro e coreano144.
•
Ir com frequência à Coreia: falta considerável da credibilidade (principalmente no que se
refere à sustentabilidade do fornecimento) deriva do desconhecimento pessoal, por parte do
importador, da capacidade produtiva e da estrutura do exportador. Para isso, é
143
144
http://www.hkchcc.org/korea.pdf
http://www.brasemb.or.kr/
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imprescindível a presença repetida do candidato a fornecedor na Coreia, que não é
necessariamente substituída pela representação comercial mencionada acima. Passagens
esporádicas pela Coreia dificilmente transmitem ao coreano o grau de interesse e dedicação
que ele julga merecer. Essas visitas podem se dar no contexto de participação em feiras
setoriais, que costumam prover boa visibilidade à empresa que ainda busca fixar imagem
no mercado local; ou em missões empresariais, desde que planejadas e agendadas com
bastante antecedência.
•
Participar de feiras comerciais: corolário da recomendação anterior. Na Coreia,
anualmente são organizadas inúmeras feiras ou exposições, sempre com a participação de
empresas estrangeiras. A ApexBrasil ajuda empresas brasileiras a participar de feiras no
exterior. No item 2.3. Feiras e Exposições, o leitor encontrará mais informações sobre o
assunto.
•
Avaliar a conveniência de operar com as tradings coreanas: a despeito de ser canal
conveniente para a colocação de produtos e serviços na Coreia e na Ásia, podem absorver
quase toda a margem de lucro “prêmio” da empresa brasileira, principalmente no caso de
empresas de menor porte. Cabe lembrar que a Apex-Brasil leva avante o “Projeto
Tradings”. O Projeto visa facilitar a participação das pequenas e médias empresas
brasileiras no comércio internacional utilizando-se como uma das referências conceituais as
grandes tradings operantes no comércio internacional, mas segundo um modelo de
negócios adaptado às especificidades brasileiras145.
•
Levar potenciais clientes ao Brasil: depois de iniciado, é sempre benéfico respaldar
garantias com um convite para visita “in loco” das instalações empresariais, dos quadros
gerenciais e técnicos diretamente afeitos ao negócio com a empresa coreana e para melhor
conhecimento da realidade do serviço que está sendo ofertado. Dado o relativo
desconhecimento do importador coreano acerca do Brasil, esse procedimento auxilia na
formação de um conceito de confiança importante para a “aposta” num fornecedor nãotradicional.
•
Ter visão de longo-prazo: a entrada num mercado difícil envolve a superação de
dificuldades de monta, mas a recompensa no longo prazo, no caso do mercado coreano,
pode se afigurar amplamente vantajosa. Se o longo prazo for o foco da empresa brasileira
exportadora de serviços, esta deve estar preparada para investimento inicial (de tempo
indeterminado) prévio ao retorno comercial.
•
Considerar a possibilidade de revisão do contrato: Numa cultura de negócios orientada
para relacionamentos duradouros e para a acomodação de conflitos, como a coreana, o
contrato é encarado apenas como uma espécie de carta de intenções, livre de limitações e
obrigações a serem cumpridas rigorosamente. Quando um contrato é elaborado entre duas
empresas locais, o documento é visto como o resumo de um longo processo de negociação
entre as partes.Mesmo após a assinatura, o contrato é considerado renegociável.
145
http://www.apexbrasil.com.br/portal_apex/publicacao/download.wsp?tmp.arquivo=2252
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4. Estatísticas de Comércio Exterior e Outras Informações
4.1. Estatísticas
Conhecer as características específicas do setor terciário é fundamental para a proposição de
políticas públicas e o planejamento do setor empresarial brasileiro. No Brasil, atualmente, o
setor terciário já representa aproximadamente 60% do PIB, é o principal receptor de
investimentos diretos e emprega a maior parte da população economicamente ativa. Com esse
propósito, a Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior está empenhada em organizar, em estreita colaboração com outros órgãos, os
principais dados de comércio exterior disponíveis para o setor, captados diretamente de fontes
oficiais no País e no exterior146.
Ainda em 2009, será implantado o módulo exportação do Sistema Integrado do Comércio
Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que produzem Variações no Patrimônio
das Entidades –SISCOSERV. Constitui uma base de dados com informações do setor de
serviços que vem sendo estruturado por técnicos de diversas áreas do Governo Federal para
quantificar a comercialização de “produtos” dessa natureza no Brasil e no mundo. Por meio do
SISCOSERV, a Administração Pública terá acesso a relatórios gerenciais capazes de oferecer
condições seguras para a definição de políticas públicas e gestão de mecanismos de apoio ao
comércio de serviços no mercado externo e o setor privado poderá realizar com mais eficiência
seus projetos de planejamento empresarial. Será implementado pela Secretaria de Comércio e
Serviços do MDIC e deverá ser lançado até o final deste ano, inicialmente, com a movimentação
das exportações, e posteriormente, com os dados de importações. Permitirá diversos
cruzamentos de dados, inclusive comércio bilateral por setor de atividade147.
146
A publicação “Panorama do Comércio Internacional de Serviços” faz parte desse esforço e traz nesse novo número informações inéditas
sobre os principais parceiros comerciais brasileiros, o perfil das empresas exportadoras e importadoras de serviços, dados do comércio exterior
por Unidade da Federação e os principais serviços brasileiros prestados no exterior. Disponibiliza-se versão eletrônica do “Panorama” em
http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1215192979.pdf
147
O SISCOSERV é referenciado à Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzem Variações no
Patrimônio das Entidades (NBS). A NBS será um classificador brasileiro que englobará o setor de serviços, operações mistas e exploração
(licenciamento e cessão) de direitos, composto de nove dígitos, iniciando pelo número 1, para distinguir a nomenclatura de serviços da
nomenclatura de bens. A construção da NBS tem como referência a Central Product Classification (CPC), classificador internacional das
Nações
Unidas
e
a
sua
estrutura
será
idêntica
a
da
Nomenclatura
Comum
do
Mercosul
(NCM)
http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1230120634.pdf .
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4.1.1. Fluxo Comercial Exterior de Serviços
Quadro 1 – Fluxo Comercial Exterior de Serviços da Coreia do Sul - US$ bilhões
EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS
IMPORTAÇÃO DE SERVIÇOS
Coréia do Sul
Saldo
PERÍODO
Coréia do
Sul
Var.% (1)
Total
Mundo
Part. %
27,35
31,75
40,51
43,71
48,38
61,54
73,82
16,1
27,6
7,9
10,7
27,2
20,0
1.600,5
1.828,2
2.185,8
2.414,3
2.710,8
3.351,5
3.731,3
1,7
1,7
1,9
1,8
1,8
1,8
2,0
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Coréia do
Var.% (1)
Sul
36,13
39,93
49,37
58,06
68,02
82,52
92,79
10,5
23,6
17,6
17,2
21,3
12,4
Total
Mundo
Part. %
Valor
1.577,6
1.795,5
2.130,5
2.347,4
2.619,6
3.119,5
3.469,0
2,3
2,2
2,3
2,5
2,6
2,6
2,7
63,5
71,7
89,9
101,8
116,4
144,1
166,6
Var.%
(1)
Valor
-8,8
-8,2
-8,9
-14,4
-19,6
-21,0
-19,0
12,9
25,4
13,2
14,4
23,8
15,7
ELABORAÇÃO: SCS
FONTE: OMC
Quadro 2 – Fluxo Comercial Exterior de Serviços do Brasil - US$ bilhões
EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS
IMPORTAÇÃO DE SERVIÇOS
Corr. Comércio do
Brasil
Saldo
PERÍODO
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Brasil
Var.% (1)
Total
Mundo
Part. %
Brasil
Var.%
(1)
Total
Mundo
Part. %
Valor
Var.%
(1)
Valor
9,57
11,61
14,86
17,95
22,61
28,82
21,3
28,0
20,8
26,0
27,5
1.828,2
2.209,9
2.469,4
2.809,9
3.351,5
3.731,3
0,5
0,5
0,6
0,6
0,7
0,8
14,35
16,11
22,41
27,15
34,70
44,37
12,3
39,1
21,2
27,8
27,9
1.795,5
2.123,3
2.361,3
2.632,7
3.119,5
3.469,0
0,8
0,8
0,9
1,0
1,1
1,3
23,9
27,7
37,3
45,1
57,3
73,2
15,9
34,5
21,0
27,1
27,7
-4,8
-4,5
-7,6
-9,2
-12,1
-15,6
FONTE: OMC
ELABORAÇÃO: DECOS/SCS
Nota Técnica nº
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
107
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Fluxo Comercial – Quadro Comparativo Brasil e Coreia do Sul - US$ bilhões
Var. %
2008/07
2006
2007
2008
Exportações de serviços do Brasil (A)
Exportação de bens do Brasil (B)
Relação (A / B)
17,95
137,81
13,03
22,61
160,65
14,07
28,62
197,94
14,46
26,58
23,21
Exportações de serviços da Coréia (A)
Exportação de bens da Coréia (B)
Relação (A / B)
48,38
325,47
14,87
61,54
371,49
16,56
73,82
422,01
17,49
19,95
13,60
Importações de serviços do Brasil (A)
Importação de bens do Brasil (B)
Relação (A / B)
27,15
95,85
28,33
34,70
126,58
27,41
44,37
182,81
24,27
27,87
44,42
Importações de serviços da Coréia (A)
Importação de bens da Coréia (B)
Relação (A / B)
68,02
309,38
21,99
82,52
356,85
23,13
92,79
435,27
21,32
12,44
21,98
Fonte: OMC.
Elaboração: DECOS/SCS
Conta de Serviços Brasil – Coreia do Sul (2008)
Receitas
Setor CNAE
FABRICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA, PRODUTOS ELETRÔNICOS
E ÓPTICOS
PUBLICIDADE E PESQUISA DE MERCADO
ATIVIDADES AUXILIARES DOS SERVIÇOS FINANCEIROS, SEGUROS,
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR E PLANOS DE SAÚDE
ATIVIDADES DE SEDES DE EMPRESAS E DE CONSULTORIA EM GESTÃO
EMPRESARIAL
COMÉRCIO POR ATACADO, EXCETO VEÍCULOS AUTOMOTORES E
MOTOCICLETAS
ATIVIDADES ESPORTIVAS E DE RECREAÇÃO E LAZER
ATIVIDADES JURÍDICAS, DE CONTABILIDADE E DE AUDITORIA
FABRICAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, REBOQUES E CARROCERIAS
SERVIÇOS DE ESCRITÓRIO, DE APOIO ADMINISTRATIVO E OUTROS SERVIÇOS
PRESTADOS ÀS EMPRESAS
Part. %
56,0%
7,8%
6,2%
6,0%
3,1%
2,6%
2,2%
2,2%
2,0%
11,9%
Outros
Fonte: BACEN/CNAE – 2.0
Elaboração: DECOS/SCS- 2008
Nota Técnica nº
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
108
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Despesas
Setor CNAE
FABRICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA, PRODUTOS ELETRÔNICOS E
ÓPTICOS
TRANSPORTE AQUAVIÁRIO
FABRICAÇÃO DE COQUE, DE PRODUTOS DERIVADOS DO PETRÓLEO E DE
BIOCOMBUSTÍVEIS
ATIVIDADES DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO
FABRICAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, REBOQUES E CARROCERIAS
METALURGIA
FABRICAÇÃO DE OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE, EXCETO VEÍCULOS
AUTOMOTORES
ATIVIDADES DE ORGANIZAÇÕES ASSOCIATIVAS
FABRICAÇÃO DE CELULOSE, PAPEL E PRODUTOS DE PAPEL
Outros
Part.%
32,0%
26,5%
7,6%
5,9%
5,2%
4,3%
3,4%
1,9%
1,9%
11,2%
Fonte: BACEN/CNAE – 2.0
Elaboração: DECOS/SCS- 2008
Nota Técnica nº
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
109
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Investimentos Recíprocos148 2003-2009
Fonte: Bacen
Elaboração: DECOS/SCS
Ingresso e estoque de investimento direto estrangeiro - US$ milhões
Da: Coréia
Para: Brasil
300
265
250
168
200
150
130
110
100
50
56
12
24
2003
2004
0
2005
2006
2007
2008
2009
(jan-abr)
Ingressos
Da: Coréia
Para: Brasil
366
400
320
240
160
80
0,00
0,00
1995
2000
-
2005
Estoque
Os dados de investimentos brasileiros na Coreia do Sul não estão disponíveis.
Fluxo de Investimentos Recebidos e Enviados por Brasil e Coreia do Sul (US$ milhões)
Fonte: UNCTAD
Elaboração: DECOS/SCS
148 Segundo o Glossário da OCDE sobre termos e definições do IDE, Investimento Direto Estrangeiro “é uma categoria de investimento
internacional realizado por uma entidade residente em uma economia (investidor direto) com o objetivo de estabelecer uma relação econômica
duradoura em uma empresa residente em uma economia que não a do investidor direto (empresa receptora do investimento direto). Essa relação
econômica duradoura compreende a existência de uma relação de longo prazo entre o investidor direto e a empresa receptora e um
significativo grau de influência na administração da empresa receptora do investimento. O investimento direto envolve, além do investimento
Nota Técnica nº
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
110
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
De: Mundo
Para: Brasil e Coréia
34.585
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
-
18.146
18.822
15.066
8.997
2004
7.055
4.881
2005
Fluxo recebido pelo Brasil
2.628
2006
2007
Fluxo recebido pela Coréia
De: Brasil e Coréia
Para: Mundo
28.202
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
15.276
9.807
8.127
4.658
2.517
4.298
7.067
2004
2005
Fluxo enviado pelo Brasil
2006
2007
Fluxo enviado pela Coréia
inicial realizado pelo investidor na empresa receptora do investimento, todos as subseqüentes transações de capitais realizadas entre os mesmos
e entre empresas afiliadas (subsidiárias ou filiais).
Nota Técnica nº
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
111
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Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Estoque de Investimentos Recebidos e Enviados pelo Brasil e Coreia do Sul (US$ milhões)
Fonte: UNCTAD
Elaboração: DECOS/SCS
Do: Mundo
Para: Brasil e Coréia
328.455
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
-
236.186
122.250
47.887
9.497
1995
119.140
119.630
38.110
2000
Estoque recebido pelo Brasil
2006
2007
Estoque recebido pela Coréia
De: Brasil e Coréia
Para: Mundo
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
-
129.840
113.925
51.946
44.474
26.833
10.231
1995
2000
Estoque enviado pelo Brasil
Nota Técnica nº
66.220
49.190
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
2006
2007
Estoque enviado pela Coréia
112
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Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
O investimento direto estrangeiro da Coreia do Sul no Brasil, nos anos de 2007 e 2008,
concentrou-se nos seguintes setores:
BANCO CENTRAL DO BRASIL
Diretoria de Fiscalização - Difis
Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro e de Gestão da Informação - Desig
Investimentos Estrangeiros Diretos 1/
Distribuição por Atividade Econômica de Aplicação dos Recursos 2/
País de Origem dos Recursos - COREIA, REPÚBLICA DA
Ano 2007
US$ milhões
Atividade Econômica
Ingressos
Extração de petróleo e gás natural
108,75
Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas
0,10
Fabricação de produtos químicos orgânicos não especificados anteriormente
13,85
Fabricação de embalagens de material plástico
0,60
Fabricação de artefatos de material plástico não especificados anteriormente
0,20
Fabricação de periféricos para equipamentos de informática
37,00
Fabricação de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e vídeo
80,53
Fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos
0,12
Manutenção e reparação de veículos automotores
0,05
Representantes comerciais e agentes do comércio de mercadorias em geral não especializado
0,12
Comércio atacadista de tecidos, artefatos de tecidos e de armarinho
0,04
Comércio atacadista de artigos do vestuário e acessórios
0,05
Comércio atacadista de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico não especificados anteriormente
0,12
Comércio atacadista de componentes eletrônicos e equipamentos de telefonia e comunicação
12,33
Comércio atacadista de máquinas e equipamentos para uso industrial; partes e peças
0,01
Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso odonto-médico-hospitalar; partes e peças
8,70
Comércio atacadista de produtos químicos e petroquímicos, exceto agroquímicos
0,16
Comércio varejista especializado de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo
0,12
Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios
0,05
Comércio varejista de outros produtos novos não especificados anteriormente
0,05
Atividades relacionadas à organização do transporte de carga
0,45
Suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação
1,20
Atividades de consultoria em gestão empresarial
0,20
Atividades profissionais, científicas e técnicas não especificadas anteriormente
0,03
Atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente
0,29
TOTAL
Nota Técnica nº
265,13
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
113
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Ano 2008
US$ milhões
Atividade Econômica
Ingressos
Extração de petróleo e gás natural
112,52
Extração de minério de ferro
1,53
Fabricação de produtos de panificação
0,06
Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas
0,10
Fabricação de artefatos de material plástico não especificados anteriormente
0,40
Produção de semi-acabados de aço
3,19
Fabricação de componentes eletrônicos
0,35
Fabricação de aparelhos telefônicos e de outros equipamentos de comunicação
0,83
Comércio de peças e acessórios para veículos automotores
0,09
Representantes comerciais e agentes do comércio de mercadorias em geral não especializado
0,04
Comércio atacadista de tecidos, artefatos de tecidos e de armarinho
0,15
Comércio atacadista de artigos do vestuário e acessórios
0,05
Comércio atacadista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal
1,69
Comércio atacadista de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico não especificados anteriormente
0,15
Comércio atacadista de computadores, periféricos e suprimentos de informática
0,05
Comércio atacadista de máquinas e equipamentos para uso industrial; partes e peças
0,01
Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso odonto-médico-hospitalar; partes e peças
7,89
Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos não especificados anteriormente; partes e peças
0,05
Comércio varejista especializado de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo
0,05
Comércio varejista especializado de tecidos e artigos de cama, mesa e banho
0,05
Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios
0,10
Atividades de produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão
0,05
Tratamento de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet
0,05
Atividades de consultoria em gestão empresarial
0,09
Agências de publicidade
0,20
Atividades profissionais, científicas e técnicas não especificadas anteriormente
TOTAL
Nota Técnica nº
0,53
130,28
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
114
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
De janeiro a abril de 2009, segundo o Banco Central do Brasil, o investimento externo
estrangeiro da Coreia do Sul no Brasil se deu nos seguintes setores:
Período: janeiro a abril de 2009
US$ milhões
Atividade Econômica
Ingressos
Extração de petróleo e gás natural
46,28
Fabricação de aparelhos telefônicos e de outros equipamentos de comunicação
0,20
Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral não especificados anteriormente
0,52
Representantes comerciais e agentes do comércio de têxteis, vestuário, calçados e artigos de viagem
0,05
Comércio atacadista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal
0,20
Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos não especificados anteriormente; partes e peças
0,50
Holdings de instituições não-financeiras
0,20
Atividades de administração de fundos por contrato ou comissão
8,00
Serviços combinados de escritório e apoio administrativo
0,05
Atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente
0,01
TOTAL
56,01
Notas:
1/ Ingressos de investimentos e conversões de empréstimos e de financiamentos em investimento direto com base nos
registros constantes, no módulo IED, do sistema RDE (Registro Declaratório Eletrônico).
Conversões em dólares às paridades históricas.
2/ Conforme a tabela de Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE-2.0, do IBGE.
4.2. Principais acordos firmados entre Brasil e Coreia do Sul
Data de
celebração
Título
Acordo de Comércio.
Acordo Cultural.
Convenção Destinada a Evitar a Dupla Tributação
e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de
Impostos sobre a Renda.
Memorando
de
Entendimento
para
o
Estabelecimento de uma Comissão Mista.
Acordo sobre Cooperação nos Campos da Ciência
e Tecnologia.
Acordo para Serviços Aéreos entre seus
Respectivos Territórios e Além.
Tratado de Extradição.
Acordo, por troca de Notas, que Emenda o Acordo
para Serviços Aéreos entre seus Respectivos
Territórios e Além de 11 de agosto de 1992.
Memorando de Entendimento para Estabelecer
Consultas Políticas.
Acordo sobre Concessão de Vistos para Viagens
Nota Técnica nº
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
Entrada em
Vigor
Promulgação
Decreto nº
Data
21/05/1963 21/05/1963
07/02/1966 20/10/1967
61686
13/11/1967
07/03/1989 21/11/1991
354
02/12/1991
08/08/1991 30/12/1992
743
05/02/1993
11/08/1992 31/05/1995
1545
03/07/1995
01/09/1995 01/02/2002
4152
07/03/2002
29/02/1996 05/02/1997
2786
24/09/1998
2467
19/01/1998
28/09/1989 28/09/1989
11/09/1996 11/09/1996
11/09/1996 26/12/1997
115
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
de Negócios, Investimentos de Cobertura
Jornalística.
Acordo de Cooperação no Domínio do Turismo
11/09/1996 25/11/1997
5437
29/04/2005
Acordo sobre Isenção de Vistos
4235
17/05/2002
18/01/2001 25/07/2005
5555
04/10/2005
13/12/2002
5.721
13/03/2006
18/01/2001 20/05/2002
Memorando
de
Entendimento
sobre
a
Implementação
de
Isenções
Tributárias
Recíprocas no Setor de Transporte Aéreo
Acordo para Cooperação nos usos pacíficos da
Energia Nuclear
Acordo sobre Assistência Judiciária Mútua em
Matéria Penal
Acordo para Serviços Aéreos entre seus
Territórios e Além
Memorando de Entendimento sobre Energia e
Recursos Minerais
Memorando
de
Entendimento
sobre
a
Implementação
de
Isenções
Tributárias
Recíprocas no Setor de Transporte Aéreo
Programa Executivo do Acordo Cultural
Memorando
de
Entendimento
para
o
Estabelecimentos do Comitê Conjunto de
Promoção de Comércio e Investimentos e
Cooperação Industrial
19/11/2004 19/11/2004
8/02/2006
11/08/1992 11/08/1992
16/11/2004 16/11/2004
19/11/2004 19/11/2004
26/9/2006
26/9/2006
19/11/2008 19/11/2008
Fonte: MRE
4.3. Outros Estudos e Apresentações de Interesse
Presidência da República
Programa de Aceleração do Crescimento 2007-2010
http://www.fazenda.gov.br/portugues/releases/2007/r220107-PAC.pdf
Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento – fevereiro 2009
http://www.brasil.gov.br/pac/.arquivos/pac2anos_apresentacaonovo.pdf
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzem Variações no
Patrimônio das Entidades - SISCOSERV e Nomenclatura Brasileira de Serviços – NBS
http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=4&menu=2240
Panorama do Comércio Internacional de Serviços
http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1215192979.pdf
Renai - Conjuntura Macroeconômica do Investimento – abril/2009
http://investimentos.desenvolvimento.gov.br/arquivos/RENAI-BOLETIM-06042009-FINAL-SITE.pdf
Vitrine do Exportador: informações comerciais sobre exportadores brasileiros em idiomas estrangeiros
http://www.vitrinedoexportador.gov.br/
Nota Técnica nº
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
116
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Oportunidades de Negócios Mundiais: extensa lista de portais na Internet de utilidade para o exportador e investidor
brasileiro e estrangeiro
http://www.portaldoexportador.gov.br/index.php?option=com_weblinks&catid=30&Itemid=64
Programa Brasil Exportador
http://www.aprendendoaexportar.gov.br/sitio/paginas/ondBusApoio/index.html
Instrumentos de Apoio ao Setor Produtivo: onde buscar apoio para seu negócio
http://www.braziltradenet.gov.br/CDINVESTIMENTO/
Estratégia Brasileira de Exportação 2008-2010
http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1220468182.pdf
Política de Desenvolvimento Produtivo
http://www.desenvolvimento.gov.br/pdp/arquivos/destswf1212175349.pdf
Micro e Pequenas Empresas: Cenário Nacional e Perspectivas
http://www.femicro-pe.org.br/eventos_curso/VII_congresso_estadual/candida_cervieri.ppt#1
O Futuro da Indústria da Construção Civil
http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1223488227.pdf
Barreiras Técnicas – informações e conceitos sobre como superá-las
http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1196785148.pdf
Panorama do Mercado de Carbono no Brasil
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=2&menu=1805
Perspectivas de Exportação para o Setor de Serviços de Distribuição
http://www2.desenvolvimento.gov.br/arquivo/sdp/proAcao/forCompetitividade/perExpServico/ServicosDistribCom
pleto.pdf
Lista completa das empresas comerciais exportadoras habilitadas (tradings companies) em conformidade com o
Decreto-Lei nº 1.248 de 29/11/1972 (atualizado em 22/04/2009)
http://www.portaldoexportador.gov.br/upload//documentos2/relacao%20trading%20companies%2022_04_2009%2
0portal%20do%20exportador.pdf
Ministério da Ciência e Tecnologia
Programa de Estímulo ao Setor de Software e Serviços
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/77611.html
Fundo Setorial da Tecnologia da Informação
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/2785.html
Ministério das Relações Exteriores
Como Exportar – Coreia do Sul - Estudo de Oportunidades 2009
http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/ComoExportar/CEXCoreiadoSul.pdf
Investing in Brazil
http://www.braziltradenet.gov.br/CDINVESTIMENTO/
Investindo Passo a Passo
http://www.braziltradenet.gov.br/Investimentos/CDINVESTIMENTO/pdf/investimento_pt.pdf
Legal Guide for Foreign Investors in Brazil
http://www.braziltradenet.gov.br/CDINVESTIMENTO/html/pdf/5.1GuiaLegalParaInvestidorEstrangeiroI.pdf
Ministério da Fazenda
Programa de Aceleração do Crescimento – PAC
http://www.fazenda.gov.br/portugues/releases/2007/r220107-PAC-integra.pdf
Nota Técnica nº
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
117
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Tax Reform (em inglês)
http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2008/fevereiro/Tax-REFORM.pdf
Ministério da Ciência e Tecnologia
Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional – Plano de ação 2007-2010
http://www.mct.gov.br/upd_blob/0021/21439.pdf
Ministério do Trabalho e Emprego
Work Permits for Foreigners – Procedures Guide
http://www.braziltradenet.gov.br/CDINVESTIMENTO/
Ministério dos Transportes
Plano Nacional de Logística e Transportes – PNLT
http://www.transportes.gov.br/PNLT/CD_RE/Index.htm
Banco de Informações do Transporte
http://www.transportes.gov.br/BIT/
Transporte Internacional de Cargas: do Momento do Planejamento ao Consumidor Final
http://www.transportes.gov.br/bit/estudos/tran_int_cargas/Monografia.doc
Construção Naval – Uma indústria Global: As Estratégias para a Retomada do Crescimento
http://www.transportes.gov.br/bit/estudos/constr-naval/industria-global.pdf
Ministério do Turismo
Plano Nacional de Turismo 2007/2010
http://institucional.turismo.gov.br/arquivos_open/doc/PNT_2007_2010.pdf
Ministério da Defesa
Política Nacional da Indústria de Defesa – PNID
http://www.fiesp.com.br/defesa/pdf/pnid%20-%20íntegra.pdf
Estratégia Nacional de Defesa
http://www.fiesp.com.br/defesa/pdf/estratégia%20nacional%20de%20defesa%20-%20português.pdf
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
Perspectivas de Investimentos 2009/12 em um Contexto de Crise
http://investimentos.desenvolvimento.gov.br/arquivos/INVESTIMENTOS_BNDES_Perspectiva_2009_2012.pdf
Entendendo o Investimento Brasileiro Direto no Exterior
http://investimentos.desenvolvimento.gov.br/arquivos/Empresas_multinacionais_brasileiras_estudo_BNDES.pdf
Programa para o Desenvolvimento da Indústria de Software e Serviços de Tecnologia da Informação – Prosoft
http://www.bndes.gov.br/programas/industriais/progsoft.asp
Financiamento à Marinha Mercante e à Construção Naval
http://www.bndes.gov.br/programas/outros/naval.asp
Construção Naval no Brasil: Existem Perspectivas ?
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/revista/rev1010.pdf
Agência Brasileira de Promoção de Exportações - ApexBrasil
Manual de Orientação para Feiras no Exterior
http://www.apexbrasil.com.br/portal_apex/publicacao/engine.wsp?tmp.area=59#
Nota Técnica nº
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
118
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Imagem e Acesso a Mercados
http://www.apexbrasil.com.br/portal_apex/publicacao/engine.wsp?tmp.area=13
Manual de Orientação para Projeto Imagem
http://www.apexbrasil.com.br/portal_apex/publicacao/engine.wsp?tmp.area=59#
Projeto Tradings Brasileiras
http://www.apexbrasil.com.br/portal_apex/publicacao/download.wsp?tmp.arquivo=2252
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae
Manual Básico de Exportação (estudo realizado em parceria com a Fiesp)
http://www.fiesp.com.br/publicacoes/pdf/relacoes/manual_exportacao.pdf
Exportação de Software e Serviços de Tecnologia da Informação – Conceitos Básicos
http://www.softex.br/portal/softexweb/uploadDocuments/Livro%20Exportação%20de%20software%20e%20serviç
os.pdf
Exportação de Software e Serviços de Tecnologia da Informação
http://www.intepp.com.br/intepp/imgsite/artigos/17.pdf
A Competitividade nos Setores de Comércio, de Serviços e do Turismo no Brasil, Perspectivas até 2015
http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/26DEECA1D363F802832574E90063304C/$File/NT0003A276.pdf
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
Pesquisa Anual de Serviços – PAS – 2007
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/comercioeservico/pas/pas2007/default.shtm
Sociedade Brasileira para Promoção da Exportação de Sofware – Softex
Exportação de Software e Serviços Brasileiros
http://www.softex.br/portal/softexweb/uploadDocuments/_desenvolvimento/Softex%20PSI%20SW%20Road%20S
how.pdf
Banco do Brasil
Revista de Comércio Exterior do Banco do Brasil
http://www44.bb.com.br/appbb/portal/on/intc/rvst/index.jsp
Atuação do Banco do Brasil em Aglomerações Produtivas
http://desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1198758003.pdf
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC
Síntese da Economia Brasileira – 2009 (edição bilíngüe português e inglês)
http://www.portaldocomercio.org.br/media/sintese2009.pdf
Confederação Nacional da Indústria – CNI
Os Problemas da Empresa Exportadora Brasileira – 2008
http://www.cni.org.br/portal/main.jsp?lumPageId=4028808112AF249A0112AFBF1EC620A3&itemId=8A9015D0
1C51F1BC011C526F68D5260F
Matriz Energética e Emissão de Gases de Efeito Estufa: Fatos sobre o Brasil
http://www.cni.org.br/portal/main.jsp?lumPageId=4028808112AF249A0112AFBF1EC620A3&itemId=8A9015D0
1DDE56A3011E4A2BC65B4344
Matriz Energética: Cenários, Oportunidades e Desafios
http://www.cni.org.br/portal/main.jsp?lumPageId=4028808112AF249A0112AFBF1EC620A3&itemId=8A9015D0
1445CD8E01144C06C0786BE3
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Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo- Fiesp
Manual Básico de Exportação (estudo realizado em parceria com o Sebrae)
http://www.fiesp.com.br/publicacoes/pdf/relacoes/manual_exportacao.pdf
Manual de Negociações Internacionais
http://www.fiesp.com.br/publicacoes/pdf/relacoes/manual_negociacoes_internacionais.pdf
Agenda de Políticas de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico para o Brasil e o Estado de São Paulo
http://www.fiesp.com.br/tecnologia/pdf/agendainovaçãodesenvolvimentotecnológico_brasil%20e%20sp_2007.pdf
Associação Brasileira de Franchising
Coletânea de artigos de interesse para empresários do setor
http://www.portaldofranchising.com.br/site/content/artigo/index.asp?codA=15&origem=artigos
Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e da Comunicação –
Brasscom
Brazil: The New Global Power in IT
http://www.brasscom.org.br/brasscom/content/download/10788/231166/file/Brazil,%20the%20New%20Global%20
Power%20in%20IT.pps
Associação Brasileira de Exportadores de Software – ABES
Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2006 (bilíngüe)
http://www.braziltradenet.gov.br/CDINVESTIMENTO/
Associação de Comércio Exterior do Brasil – AEB
A Construção de uma Política de Exportação de Serviços
http://www.aeb.org.br/Politica%20Servicos.pdf
Fundação Biominas
Estudo de Empresas de Biotecnologia do Brasil
http://win.biominas.org.br/biominas2008/estudo_default_pt.asp
Instituto de Logística e Supply Chain
Logistics Overview in Brazil 2008
http://www.ilos.com.br/site/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=31&Itemid=44
Gabinete da Presidência da República da Coreia
Korea Offering Opportunities: a year of regulatory reform by the Lee Myung-bak administration
http://www.mke.go.kr/language/eng/news/news_view.jsp?tableNm=E_01_02&seq=13
Agência Coreana de Promoção de Comércio e Investimentos – Kotra
Guide to Foreign Direct Investment in Korea
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_down1.jsp?filename=090616_guide_fdi_korea_eng.p
df&path=20090720
Guide to Living in Korea 2009
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_down1.jsp?filename=2009_gtlk_en_090115.pdf&pat
h=20090720
Agência para a Promoção do Investimento Estrangeiro na Coreia - Invest Korea
Foreign Direct Investment & the Korean Economy
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Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/work/ik/eng/lr/lr_main.jsp
Legislação de interesse para o investidor estrangeiro
http://www.investkorea.org/InvestKoreaWar/data/bbs/20081006/government.pdf
Organização Mundial do Comércio- OMC
Revisão de Política Comercial da Coreia - 2008
http://www.wto.org/english/tratop_e/tpr_e/tp_rep_e.htm
Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento – Unctad
http://www.unctad.org/en/docs/wir2008_en.pdf
Fórum Econômico Mundial
Relatório de Competitividade do Brasil – 2009 (estudo realizado em parceria com a Fundação Dom Cabral)
http://www.weforum.org/pdf/Global_Competitiveness_Reports/Reports/Brazil/BrazilCompetitivenessReport2009.p
df
The Global Competitiveness Report 2008-2009
http://www.weforum.org/documents/gcr0809/index.html
The Global Information Technology Report 2008-2009
http://www.insead.edu/v1/gitr/wef/main/fullreport/index.html
The Travel and Tourism Competitiveness Report 2009
http://www.weforum.org/pdf/TTCR09/TTCR09_FullReport.pdf
Petrobras
Plano Estratégico 2009-2013
http://www.abemi.com.br/docs/Apresentações/Petrobras%20Apresentacao%20PRES.%20GABRIELLI.pdf
Crescimento: desafios e oportunidades
http://www2.petrobras.com.br/ri/pdf/Diretor-Almir-IBEF-final.pdf
Departamento de Comércio dos EUA – U.S. Commercial Service
Doing Business in Korea
http://www.buyusainfo.net/docs/x_9174546.pdf
Asia Pacific Business Outlook Conference
http://www.hkchcc.org/korea.pdf
Escritório Econômico e Comercial da Espanha em Seul
Guia País: Corea del Sur
http://www.comercio.mityc.es/tmpDocsCanalPais/7A93D1BD4AA76EE2FFE418ACA6AA7F6E.pdf
Lex Mundi
Guide to Doing Business in South Korea
http://www.lexmundi.com/images/lexmundi/PDF/guide_korea.pdf
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Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Deloitte Touche Tohmatsu
Korea International Tax and Business Guide
http://www.deloitte.com/dtt/cda/doc/content/dtt_tax_guide_2009_korea.pdf
Economist Intelligence Unit
Os Meios para Competir – Referências Comparativas para Competitividade no Setor de TI
http://graphics.eiu.com/upload/portal/BSA_COMPETITIVENESS_WEBrrr.pdf
Everest Research Institute
The Impact of the Global Economic Downturn on Outsourcing and Offshoring
http://www.softex.br/portal/softexweb/uploadDocuments/Impact%20of%20Global%20Economic%20Downturn%2
0Jan%202009.pdf
Prof. Gilmar Masiero – Universidade de São Paulo
As lições da Coreia do Sul
http://www.pucsp.br/geap/artigos/raeexecutiva.pdf
A Economia Coreana: Características Estruturais
http://www.pucsp.br/geap/artigos/art6.PDF
Estudos Asiáticos no Brasil: contexto e desafios
http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v48n2/a01v48n2.pdf
Negócios com Japão, Coreia do Sul e China, Gestão e Relações com o Brasil
http://www.saraivauni.com.br/Obra.aspx?isbn=978850206452
Coreia: visões brasileiras (colaborador)
http://www.funag.gov.br/biblioteca-digital/visoes-brasileiras/?searchterm=coréia
East Asia and Latin America: the unlikely alliance (colaborador)
http://books.google.com.br/books?id=3fJ2e1_tKZYC&pg=PA90&lpg=PA90&dq=east+asia+and+latin+america:+u
nlikely+alliance&source=bl&ots=59m8bkrBVs&sig=Kxb15VXHNxKjMFbbRUlVknRWJ9Q&hl=ptBR&ei=YEud
StyhEZW3lAfG6uyABA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1#v=onepage&q=&f=false
Prof. Pankaj Ghemavat – Harvard Business School
Redefining Global Strategy: crossing borders in a world where differences still matter
http://www.ghemawat.org/index.html
Prof. Paul Herbig – Universidade do Texas
Negociação num contexto intercultural
http://www.geocities.com/Athens/Delphi/9158/paper12.html
Qualidade de serviços num contexto intercultural
http://www.geocities.com/Athens/Delphi/9158/paper60.html
The impact of Confucianism in the business to business marketing
http://www.geocities.com/Athens/Delphi/9158/paper9.html
Outsourcing
http://www.geocities.com/Athens/Delphi/9158/paper34.html
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Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Harvard Business School
The Benefits of Soft Power
http://hbswk.hbs.edu/archive/4290.html
Idate Foundation – Fórum Europeu sobre o Mundo Digital
Desafios do Mundo Digital - 2007
http://www.key4biz.it/files/000070/00007039.pdf
4.4. Endereços e Links Úteis
4.4.1. No Brasil
Representações Diplomáticas
Embaixada da República da Coreia - Brasília - DF
Endereço: SEN - Av. das Nações, lote 14
Cidade: Brasília - DF
CEP: 70436-900
Telefone: (0xx61) 3321-2500
Fax: (0xx61) 3321-2508
[email protected]
http://bra-brasilia.mofat.go.kr/
Setor Consular da Embaixada - Brasília - DF
Endereço: SEN, Av. das Nações, Lote 14
Cidade: Brasília - DF
CEP: 70436-900
Telefone: (0xx61) 3321-2500
Consulado Geral da República da Coreia - São Paulo - SP
Endereço: Av. Paulista, 37 - 9º andar, conj. 91
Cidade: São Paulo - SP
CEP: 01311-902
Telefone: (0xx11) 3141-1278
(0xx11) 3141-1279
[email protected]
Apoio ao Exportador e ao Investidor Brasileiro e Coreano
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC
Rede Nacional de Informações sobre o Investimento - RENAI
http://investimentos.desenvolvimento.gov.br/conteudo.asp?area=01
Portal do Exportador
http://www.portaldoexportador.gov.br/
Aprendendo a Exportar – Onde Buscar Apoio
http://www.aprendendoaexportar.gov.br/sitio/paginas/ondBusApoio/index.html
Radar Comercial
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Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
http://radarcomercial.desenvolvimento.gov.br/radar/
Vitrine do Exportador: informações comerciais sobre exportadores brasileiros em idiomas estrangeiros
http://www.vitrinedoexportador.gov.br/
Ministério das Relações Exteriores - Brazil Trade Net
Brazil Trade Net
http://www.braziltradenet.gov.br/
Ministério da Ciência e Tecnologia
Programa de apoio Tecnológico à Exportação – Progex
http://www.finep.gov.br/programas/progex.asp
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
http://www.bndes.gov.br/
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – ApexBrasil
http://www.apexbrasil.com.br/
Banco do Brasil – Balcão de Comércio Exterior
http://www44.bb.com.br/appbb/portal/on/bce/index.jsp
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE
http://www.sebrae.com.br/paginaInicial
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC
http://www.portaldocomercio.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP
http://www.fiesp.com.br/
Câmara de Comércio e Indústria Brasil Coreia - KOCHAM
http://www.kocham.com.br/kocham_n/portugues.php
Associações Setoriais
Associação de Comércio Exterior do Brasil – AEB
http://www.aeb.org.br/home.htm
ComexNet – Portal do Comércio Exterior
http://www.comexnet.com.br/comexnet/index.cfm?pag=main_1.cfm
Associação Brasileira de Franchising
http://www.portaldofranchising.com.br/site/content/home/index.asp
Associação Brasileira de Normas Técnicas
http://www.abnt.org.br/default.asp?resolucao=1024X768
Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico
http://www.camara-e.net/
Associação Brasileira das Empresas de Software – ABES
http://www.abes.org.br/default.aspx
Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e da Comunicação - Brasscom
http://www.brasscom.org.br/brasscom/content/view/full/2
Sociedade Brasileira para Promoção da Exportação de Software – Softex
http://www.softex.br/portal/_home/default.asp
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Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Associação Brasileira de Empresas de Soluções de Telecomunicações e Informática - Abreprest
www.abreprest.org.br
Associação Brasileira de Engenharia Industrial – Abemi
http://www.abemi.com.br/
Associação Brasileira de Consultores de Engenharia
http://www.abceconsultoria.org.br/index.htm
Associação Brasileira de Empresas de Biotecnologia
http://www.abrabi.org.br/
Associação Brasileira de Estilistas – Abest
http://www.abest.com.br/novos_arquivos/abest/default.asp
Associação Brasileira de Empresas de Design - Abedesign
http://www.abedesign.org.br/site/
Associação Brasileira da Indústria Gráfica - Abigraf
http://www.abigraf.org.br/
Associação Brasileira de Logística
http://www.aslog.org.br/
Associação Brasileira de Movimentação e Logística
http://www.abml.org.br/website/default.asp
Associação Brasileira de Transportadores Internacionais – ABTI
http://www.abti.com.br/
Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais
http://www.apro.org.br/
Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão – Abpitv
http://www.abpitv.com.br/
Associação de Artesanato & Estilo – Artest
http://www.artest.com.br/
Instituto de Engenharia
http://www.institutodeengenharia.org.br/site/index.php
Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos – IBGM
http://www.ibgm.com.br/
Informações de Interesse para Coreanos Residentes no Brasil
Associação dos Coreanos no Brasil
http://www.haninbrasil.com.br/
Vitrine do Exportador: informações comerciais sobre exportadores brasileiros em idiomas estrangeiros
http://www.vitrinedoexportador.gov.br/
Informações sobre Estilo de Negociação, Etiqueta e Protocolo no Brasil
Business Etiquette and Protocol in Brazil
http://www.kwintessential.co.uk/resources/global-etiquette/brazil-country-profile.html
The Brazilian Style of Negotiation
http://www.place-net.net/clients/2007/negocia/elts/pdf/Brazilian%20Negotiation%20Style.pdf
Brazilian Negotiation Style
http://www.acc.com/vl/public/ProgramMaterial/loader.cfm?csModule=security/getfile&pageid=20526
Brazil: Cultural Tips
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Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
http://www.asagbiotechnetwork.org/Data/Countries/Brazil/Download/Brazil_Cultural_Tips.pdf?PHPSESSID=17e4
f83e453b9fc0db40ab80aa1642c1
Informações Gerais sobre o Brasil para Estrangeiros
Embaixada do Brasil em Paris
http://www.bresil.org/index.php?option=com_content&task=view&id=479&Itemid=51&cataff=256&cataffb=256
Brazilian Information Center – BIC
http://www.brazilinfocenter.org/
4.4.2. Na Coreia
Representações diplomáticas
Embaixada do Brasil e Consulado Geral
Endereço: 141, IHN Gallery Bldg., 4-5th Fl., Palpan-dong,
Chongro-gu, Seoul, Republic of Korea
CEP: 110-220
Tel.: (82-2) 738-4970 / 720-4428
Fax: (82-2) 738-4974
[email protected]
http://www.brasemb.or.kr/
Apoio ao Exportador e ao Investidor Brasileiro e Coreano
Escritório de Representação do Banco do Brasil
Endereço: Suíte 400-3 Business Center/8th Floor, Leema Building
146-1 Soosong-Dong, Chongro-Gu, Seoul, Korea
CEP: 110-140
Tel.: (82-2) 398-5842/5841
Fax: (82-2) 398-5806
[email protected]
Governo da Coreia
http://www.korea.go.kr/eng/
Gabinete do Presidente
http://english.president.go.kr/index.php
Gabinete do Primeiro Ministro
http://www.pmo.go.kr/
Ministério da Agricultura e Reflorestamento
http://www.mifaff.go.kr/
Ministério da Estratégia e Finanças
http://english.mosf.go.kr/
Ministério da Cultura e Turismo
http://www.mcst.go.kr/
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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Ministério das Relações Exteriores e Comércio
http://www.mofat.go.kr/
Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia
http://english.mest.go.kr/
Ministério do Meio Ambiente
http://www.moenv.go.kr/
Ministério da Administração do Governo e Assuntos Domésticos
http://www.mogaha.go.kr/
Ministério da Saúde e Bem-Estar
http://www.mohw.go.kr/
Ministério da Informação e Comunicação
http://www.mic.go.kr/rmic/webdriver/
Ministério da Justiça
http://www.moj.go.kr/justice/index.html
Ministério do Trabalho
http://www.molab.go.kr/
Ministério dos Assuntos Marítimos e Pesca
http://www.momaf.go.kr/
Ministério da Economia do Conhecimento
www.mke.go.kr
Banco Central da Coreia
http://www.bok.or.kr/
http://eng.bok.or.kr/
Banco de Exportação-Importação da Coreia – Korea EXIMBank
http://www.koreaexim.go.kr/en/
Banco do Desenvolvimento da Coreia
http://www.kdb.co.kr
Instituto para o Desenvolvimento da Coreia
http://www.kdi.re.kr
Agência Coreana de Promoção de Comércio e Investimentos - KOTRA
http://english.kotra.or.kr/wps/portal/dken
Agência para a Promoção do Investimento Estrangeiro na Coreia
http://www.investkorea.org/
Agência Coreana para a Promoção de Pequenas e Médias Empresas
http://www.smba.go.kr/smba/main/english/index.jsp
Portal Eletrônico de Compras Governamentais
http://www.g2b.go.kr
Nota Técnica nº
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
127
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
http://www.pps.go.kr/english/
Alfândega da Coreia
http://www.customs.go.kr/eng/
Escritório de Propriedade Intelectual da Coreia
http://www.kipo.go.kr/
Junta de Arbitragem Comercial da Coreia
http://www.kcab.or.kr/servlet/kcab_adm/memberauth/5000
Associações Setoriais
Câmara de Comércio e Indústria da Coreia
http://www.kcci.or.kr e http://www.korcham.net
Associação dos Importadores Coreanos - KOIMA
http://www.import.or.kr/
http://www.koima.or.kr/
Associação Coreana de Comércio Internacional - KITA
http://www.kita.net
Agência Coreana para o Desenvolvimento da Internet Nacional
http://www.nida.or.kr
Associação Coreana dos Construtores de Navios
http://www.koshipa.or.kr
Associação Coreana dos Proprietários de Navios
http://www.shipowners.or.kr
Associação Coreana de Franquias
http://www.ikfa.or.kr
Associação Coreana de Consultoria
http://www.ecka.org
Associação Coreana de Televisão a Cabo e Comunicações
http://www.kcta.or.kr
Associação de Empreiteiras da Coreia
http://www.cak.or.kr/ (site em inglês não disponível)
Instituto de Tecnologia da Construção da Coreia
http://www.kict.re.kr
Instituto de Pesquisa em Construção e Economia da Coreia
http://www.cerik.re.kr/
Federação Coreana de Empresas de Construção Civil e Engenharia
http://www.kfcis.or.kr
Associação de Engenharia e Consultoria da Coreia
http://www.kenca.or.kr
Nota Técnica nº
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
128
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Associação Coreana de Vendas Diretas
http://www.kdsa.or.kr
Federação Mundial das Associações de Venda Direta
http://www.wfdsa.org/
Associação Coreana de Comécio Eletrônico
http://www.kolsa.or.kr/main.htm
Instituto Coreano para o Comércio Eletrônico
http://www.kiec.or.kr
Administração de Pequenas e Médias Empresas
http://www.smba.go.kr
Federação Coreana de Pequenas e Médias Empresas
http://www.kbiz.or.kr
Federação das Indústrias Coreanas - FKI
http://www.fki.or.kr
Associação de Cosméticos da Coreia
http://www.kcia.or.kr/eng/company/greeting.asp
Associação de Alimentos e Medicamentos da Coreia
http://kfda.go.kr/index2.html
Associação de Comerciantes Farmacêuticos da Coreia
http://www.kpta.or.kr/E_main.asp
Informações sobre Tecnologia, Padrões e Normas Técnicas
Agência Coreana de Tecnologia e Padrões – Ministério da Economia do Conhecimento, responsável pelos padrões
ISO
http://www.kats.go.kr/english/index.asp
Lista de Normas e Regulamentos Técnicos
http://ats.go.kr/english/index.asp
Laboratório Coreano de Sistemas de Acreditação
http://www.kolas.go.kr
Junta de Revisão de Propaganda da Coreia
http://www.karb.or.kr
Informações de Interesse para os Brasileiros Residentes na Coreia
Korea.net - Gateway to Korea
http://www.korea.net/
Páginas Amarelas
http://www.yellowpages.co.kr/
http://www.southkoreapages.com/
Informações sobre Estilo de Negociação, Etiqueta e Protocolo na Coreia
Nota Técnica nº
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
129
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
Etiquette and Customs in Korea
http://www.kwintessential.co.uk/resources/global-etiquette/south-korea-country-profile.html
Informações Gerais sobre a Coreia
Gateway to Korea
http://www.korea.net
Escritório Nacional de Estatística da Coreia – KNSO
http://nso.go.kr
Jornais Coreanos Focados em Economia e Negócios
Korea Economic Daily
http://www.hankyung.com
The Korea Herald
http://www.koreaherald.co.kr/business/
Korea Economic Weekly
http://www.koreaeconomy.com/
Korea Times
http://news.hankooki.com/
Informações sobre a Construção Naval Coreana
The Maritime & Ocean Engineering Research Institute (MOERI)
http://www.moeri.re.kr
Korea Ocean Research & Development Institute (KORDI)
http://www.kordi.re.kr/english/bin/main.asp
Korea Marine Equipment Research Institute (KOMERI)
http://www.komarine.or.kr
The Korea’s Shipbuilders Association (KOSHIPA)
http://www.koshipa.or.kr/eng/koshipa/koshipa3/statistics_world.htm
Estudo da Transpetro sobre a siderurgia no Brasil e seu impacto sobre a indústria naval. Há comparações entre
Brasil e Coreia do Sul.
http://www.sectma.pe.gov.br/download/Apresentacao_Transpetro.pdf
Feiras e Centros de Exposição
Feira Mundial de Tecnologia da Informação 2009
Data: 17-20 de Junho, 2009
Local: Centro de Convenções COEX
www.sek.co.kr
IT EXPO BUSAN 2009
Data: 2-5 de Setembro, 2009
Local: Bexco, Busan
Nota Técnica nº
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/01/2008
130
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Secretaria de Comércio e Serviços - SCS
Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS
Oportunidade de Negócios em Serviços – Coreia do Sul
www.itexpo.or.kr
Conferência e Exposição de Difusão Mundial - BCWW 2009
Data: Setembro 2009
Local: Centro de Convenções Coex
www.bcww.net
Cosmobeleza Seul 2009
Data: 7-10 de Maio de 2009
Local: Centro de Convenções COEX
http://www.cosmobeautyseoul.com/en/index.php
Centro Internacional de Exposição da Coreia – KINTEX
http://www.kintex.com
Convenção e Exposição – COEX
http://www.coex.co.kr
Centro de Convenção e Exposição de Busan - BEXCO
http://bexco.co.kr
Centro de Exposição Comercial Kotra – KOTREX
http://www.kotrex.com
Centro de Exposição Comercial de Seul - SETEC
http://www.setec.or.kr/eng/main.do
Nota Técnica nº
CGSE/DECOS/SCS, de
/01/2008
131
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Coreia - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior