Universidade Comunitária da
Região de Chapecó
CURSO DE ARQUITETURA E
URBANISMO
TEORIA E HISTÓRIA DA
ARTE, ARQUITETURA
E CIDADE III
4º Período
Prof Me Márcia Moreno
Arte Moderna...
Será que a humanidade estava preparada
para receber a VIDA MODERNA?
A Arte Moderna
A
Arte Moderna compreende os períodos
da História da Arte a partir do século XVIII
(1750), do Neoclassicismo, Romantismo,
Realismo, Impressionismo, Pósimpressionismo, até todos os ismos do
século XX (1900), os quais serão
reconhecidos como pertencentes ao
Modernismo, termo usado para definir a
produção cultural e artística de 1900 até
1960.
A Arte Moderna
Na Arte Moderna, o artista é um apelo
imperioso que afirma sua liberdade para
criar em um estilo novo e lhe concede a
missão de definir os significados de sua
época – e até mesmo reformar a
sociedade através de sua arte. Esse é um
papel para o qual o problemático termo
“vanguarda” é insatisfatório. É claro que os
artistas sempre reagiram ao mundo em
mutação que os cerca, mas raramente
chegaram a desafiar como agora, com
um sentido tão veemente de causa
pessoal. (Janson e Janson, p.357,1996)
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 Há
na Arte Moderna, a
preferência pelo registro
da experiência
contemporânea, a
observação da natureza
com base em impressões
pessoais e sensações
visuais imediatas, a
suspensão dos contornos
e dos claro-escuros em
prol de pinceladas
fragmentadas e
justapostas.
Auto Retrato - Vicent Van Gogh, 1889
Auto Retrato - Vicent Van Gogh, 1887
O
aproveitamento máximo da
luminosidade e uso de cores
complementares favorecidos pela
pintura ao ar livre, constitui elementos
centrais do impressionismo.
 Um diálogo crítico com o impressionismo
estabelece-se na França com o Fauvismo
(fauves – feras).
Monet,
Nascer do Sol (1872)
Henri Matisse, Sala vermelha,
1908
 Depois
do Impressionismo e Pósimpressionismo, são três as correntes
principais, segundo Janson:
 Expressão, Abstração e Fantástico, cada
uma delas correspondendo a vários
ismos, onde um mesmo artista pode
participar de linhas diferentes, de acordo
com a sua produção artística.
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ArteModerna
Expressão
Abstração
Fantástico
Acentuaaatitudeemocional
Estruturaformalmenteaobra;
Exploraoreinodaimaginação, da
doartista; preocupa-secoma
comunidadehumana.
preocupa-secomaorganização
darealidade; simplificaçãoda
realidadeobservada.
irracionalidade, dosubconsciente;
preocupa-secomamenteindividual; a
visãointerior émaisimportantequeaexterior.
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Arte Moderna
Arte Moderna
Expressão
Abstração
Fantástico
Fauvismo
Expressionismo
Pintura não Figurativa
Cubismo Analítico e Sintético (colagens)
Futurismo
Suprematismo
Concretismo
Pintura Metafísica
Dadaísmo
Surrealismo
 Paralelo
a isso tudo, a industrialização em
curso e as novas tecnologias colocam
em crise o artesanato, fazendo do artista
um intelectual apartado da produção.
"Com a industrialização, esse sistema
entra em crise", afirma o historiador
italiano Giulio Carlo Argan, ”[…] e a arte
moderna é a própria história dessa crise."
Num primeiro momento, o artesão produzia para a sua própria “existência”.
Posteriormente expandiu para a comunidade até que a produção ampliou
e a industrialização absorveu esse “mercado”.

O rompimento com os temas clássicos, vindo
com a Arte Moderna, vem acompanhado
pela superação das tentativas de representar
ilusionisticamente um espaço tridimensional
sobre um suporte plano. A consciência da
tela plana, de seus limites e rendimentos
inaugura o espaço moderno na
pintura, verificado inicialmente com a obra
de Éduard Manet (1832 - 1883).
 Segundo
o crítico norte-americano
Clement Greenberg, ”[…] as telas de
Manet tornaram-se as primeiras pinturas
modernistas em virtude da franqueza
com a qual elas declaravam as
superfícies planas sob as quais eram
pintadas". As pinturas de Manet, na
década de 1860, lidam com vários temas
relacionados a Paris moderna: boêmios,
ciganos, burgueses empobrecidos etc.
Almoço na Relva, 1863 – Edouard Manet
 Manet
em sua pesquisa, produz diversas
rupturas com a pintura vigente na época,
ou seja, a pintura acadêmica, que
estabelecia uma série de critérios a serem
seguidos.
 Primeiro foi o conteúdo temático da
obra, uma mulher, no caso, uma
prostituta bastante conhecida nas noites
de Paris, Victorine Meurent que lança um
olhar desafiador para os espectadores,
como que dizendo: “Quando vocês
querem ter filhos vocês procuram suas
esposas, mas quando querem prazer, sou
eu a quem vocês buscam”.
 Não
que fosse um problema frequentar
bordéis, inclusive os filhos da burguesia
iniciavam sua vida sexual nos bordéis, era
um traço de virilidade masculina,
comentar sobre as doenças venéreas
que os cavalheiros haviam contraído nos
bordéis, pensem que, na época, a sífilis
era uma doença mortal e não tinha cura,
mas isso era visto pelo circuito social
masculino como um sinal de status.
Olímpia, 1863 - Edouard Manet
Esta foi a primeira obra
impressionista aceita no Salon
de Paris em 1865.
Suas referências
Venus Dormida (c. 1510),
também conhecida como
Dresden Venus de Giogione
Venus of Urbino (1538) de
Ticiano
 Porém,
algumas pessoas preferem uma
expressão (imagens) que elas entendam com
facilidade e, portanto, que as comova
profundamente.
 Quando o pintor seiscentista italiano Guido Reni
retratou a cabeça de Cristo na cruz, pretendia,
sem dúvida, que o espectador encontrasse
naquele rosto toda a agonia e toda a glória da
Paixão. Muita gente, ao longo dos séculos
subsequentes, hauriu força e consolo de tal
representação do Salvador.
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22
Dürer: Uma lebre
1502 - Viena
Rembrant: Um elefante
1637 - Viena
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Picasso: Um galo novo
1938
Existem duas coisas, portanto, que nos devemos
perguntar sempre que encontrarmos “falhas” na
exatidão de um quadro:
 Se o artista não teria suas razões para mudar
a aparência daquilo que viu e, que nunca
devemos condenar uma obra por estar
incorretamente desenhada, a menos que
tenhamos a mais profunda convicção de que
nós estamos certos e o pintor, errado.
 Somos todos propensos ao precipitado veredito
de que “as coisas não se parecem com isso”.

Gericault
Course de chevaux à Epsom (Corrida de cavalos em Epsom), 1821
Movimento de um cavalo a galope, - Eadweard Muybridge
1872
 Muitas
pessoas ainda insistem que,
num quadro, o céu deve ser azul e a
grama verde. Indignam-se ao ver
outras cores numa tela, mas se
tentarmos esquecer tudo o que
ouvimos a respeito de grama verde e
céu azul, e olharmos o mundo como se
tivéssemos acabado de chegar de
outro planeta numa viagem de
descoberta, vendo-o pela primeira vez,
talvez concluíssemos que as coisas
são suscetíveis de apresentar as cores
mais surpreendentes.
Maurice de Vlamink - 1925
Henri Matisse
•
•
“[...] pensar a Arte, depois de Duchamp,
deixa de ser uma questão de pensar o
belo.” (MEDEIROS, p.29,2005)
Para Kant¹, “[...] é arte aquilo que dá
prazer, universalmente, sem conceito.”
(p.31)
1 Filósofo, 1724-1804.
31
Marcel Duchamp. Roda de Bicicleta,
1913.
32
Marcel Duchamp. A fonte,
1917.
Modernismo no Brasil
No Brasil, o termo pode ser definido como
um movimento literário e artístico que
integrou várias tendências já existentes,
baseados na valorização da realidade
nacional e na exaltação do pensamento
moderno.
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Nas arte plásticas, a primeira mostra de
arte não-acadêmica no Brasil ocorreu
em 1913, com uma exposição de
Lasar Segall. A obra de Segall está
situada numa confluência do
expressionismo com o cubismo.
Entretanto, foi Anita Malfatti quem, na
sua exposição de 1917, desencadeou
transformações radicais nas artes
plásticas brasileiras, escandalizando os
intelectuais paulistas.
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Tropical - Anita Malfatti
1917
O modernismo no Brasil começou a
enfraquecer a partir dos anos 40,
após
a
guerra,
quando
a
abstração chega ao país com
muita força, pois o que importava,
eram as formas e cores da
composição, e não a realidade
aparente, os artistas conseguem a
liberdade de técnica e de
expressão.
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• O final do modernismo
acontece nos anos 50,
com a criação das
Bienais internacionalização da
arte no país.
• Em 1951, foi a 1ª Bienal
Internacional de São
Paulo, proporcionando
a produção brasileira,
reconhecimento
internacional e sintonia
definitiva do país com a
tendência mundial de
internacionalização da
arte.
I Bienal de São Paulo - 1951
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Iberê Camargo
Iberê38Camargo
O Carretel de Iberê
O carretel era o brinquedo de infância de Iberê.
Era o objeto encontrado na caixa de costura da
mãe e que ganhava personalidade através da
imaginação do garoto. Durante muito tempo,
ele serviu às brincadeiras do menino, e
durante tantos outros anos, manteve-se
submerso no fundo do rio de suas memórias.
Só foi emergir em 1958. Nesse ano, uma
hérnia de disco obrigou o artista a permanecer
deitado, paralisado. Sendo assim, ele não
podia mais sair de casa para pintar as
paisagens de Santa Tereza, no Rio de Janeiro.
39
O Carretel de Iberê
Fechado em casa, distante dos atrativos
externos, Iberê reencontrou o carretel em
lembranças e estudos de desenho e gravura. A
partir desse momento, o objeto de madeira
passou a ser seu símbolo, signo, personagem
principal de seja trajetória.
No início, o carretel aparece fixo e
ordenadamente sobre a superfície de uma
mesa. Com o tempo, porém, essa mesa, que
servia de suporte, deixa de existir, e o carretel,
perdendo o que lhe dava sustentação, ganha
movimento.
40
O Carretel de Iberê
Solto no espaço, multiplicado,
parece-se mais com pandorgas, borboletas.
Com o tempo, o procedimento do artista vai
ganhando velocidade e o desenho referencial
do carretel não mais se distingue. É como se
os carretéis, as massas de antes, se
transformassem em energia, impelidos pela
ação da mão que procura antecipar-se ao
próprio pensamento.
41
43
Visualizando …
ATIVIDADE EM GRUPO
(2 integrantes)
Desenvolver trabalho de pesquisa sobre a poética
da Arte Moderna indicada/sorteada para cada
grupo que aponte:
i. as características,
ii. influências recebidas e causadas,
iii. principais obras e expoentes,
iv. duração temporal,
v. difusão geográfica,
VI . e implicações na arquitetura.
 Esta pesquisa deverá ser sintetizada em
apresentação de 15 a 20 slides, contendo apenas
imagens e um objeto funcional que deverá ser
defendido/apresentado com o
acompanhamento do objeto e fotos que
registram o processo de execução.
 O objeto deverá ser funcional e em escala de
protótipo ou de utilização.
 Seguem os pesos do trabalho:
15
1
5
Referências
•
•
•
•
•
•
•
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna.São Paulo, Companhia
de Letras, 1992.
BUENO, Silveira. Minidicionário da Língua Portuguesa.
São Paulo, Ed. FTD,1996.
GOMBRICH, E H. A História da Arte. Rio de Janeiro:
LTC,1993. GOMBRICH, E.H. A História da Arte.
Rio de Janeiro: 15ª edição, LTC,1989.
ARGAN, Giulio C. Arte Moderna. São Paulo:
Companhia das Letras, 1992.
http://educacao.uol.com.br/biografias
http://mestres.folha.com.br/pintores
http://novo.itaucultural.org.br
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