UM ENFOQUE CONTEXTUAL PARA A MUDANÇA TERAPÊUTICA Texto de STEVEN C. HAYES -1987 Introdução • Objetivo: mostrar uma maneira pela qual a essência do behaviorismo radical pode ser aplicada aos problemas clínicos de adultos. • Inicialmente: breve discussão pressupostos filosóficos básicos. dos Introdução • É importante distinguir os pressupostos filosóficos de behaviorismo dos pressupostos encontrados na cultura dominante. • Há razões para acreditar que os organismos verbais são muito diferentes dos não verbais. Essência do Behaviorismo Radical • • • • Contextualismo Monismo Funcionalismo Anti-mentalista O que a ciência pode estudar? • É comum a distinção entre comportamentos e pensamentos, sentimentos, intenções, etc. • Para compreender o contexto histórico dessa distinção é preciso considerar as mudanças ocorridas nos pressupostos filosóficos do behaviorismo. O que a ciência pode estudar? • Behaviorismo Metodológico – indica que há uma distinção a ser feita entre os pensamentos, sentimentos e outros eventos privados por um lado, e comportamento e outros eventos observáveis publicamente, por outro. • Só os eventos publicamente observáveis podem ser considerados em ciência, devido os requisitos da metodologia científica. O que a ciência pode estudar? • Outros tipos de eventos podem existir, mas são cientificamente ilegítimos (não analisáveis). • Essa posição foi usada para excluir os eventos “mentais” do estudo científico. • O Behaviorismo Metodológico é implicitamente dualista. Causalidade e a Análise do Comportamento • Que papel têm os pensamentos no controle do comportamento humano? Princípios Comportamentais relevantes para o controle cognitivo • Falar que os pensamentos são comportamentos não é uma análise comportamental completa. • Pensamentos, sentimentos, atitudes, intenções, propósitos, planos, etc. são comportamentos verbais. • É possível considerar que o controle cognitivo seja uma questão de controle verbal. Princípios Comportamentais relevantes para o controle cognitivo. • Por que o controle verbal seria diferente de qualquer outro tipo de controle? • Para Skinner, todo comportamento, é, em última instância, modelado pelas contingências, mas um importante sub-conjunto de comportamentos é modelado por regras. • Uma regra é um estímulo verbal especificador de contingências. O efeito das regras • O comportamento humano operante difere significativamente, com freqüência, do comportamento de outras espécies. • Em muitas situações os humanos tendem a ser relativamente insensíveis às mudanças de contingências, enquanto que os animais seriam totalmente sensíveis. O efeito das regras • Variáveis descobertas evidenciam os diferentes controles: - Os humanos se comportam como os infrahumanos, em esquemas simples de reforçamento, antes de adquirirem habilidades de linguagem extensivas. - Os humanos verbais são extraordinariamente sensíveis ao controle instrucional. O efeito das regras • Por que as regras podem levar a efeitos profundos e generalizados sobre as maneiras pelas quais o meio ambiente tem um impacto sobre o comportamento humano? • As regras podem gerar padrões de respostas que impedem o contato efetivo com as contingências. • São as contingências atuais, e não as contingências programadas, que influenciam o comportamento. • Assim, se somos levados por uma regra a nos comportarmos de maneira que nos impeça de contactar com o meio ambiente de forma efetiva, não seria surpreendente ver efeitos a longo prazo e generalizado das regras. O cliente • O cliente acredita que seus problemas são os comportamentos privados (pensamentos, lembranças, atitudes, crenças, etc.). • Ele pode acreditar que ele não é bom o suficiente para encarar uma situação, que é uma pessoa ansiosa e por isso não consegue enfrentar nada, que por ser uma pessoa deprimida se isola socialmente, etc. • Esse é o tipo de cliente ideal para se utilizar a ACT. O sistema • Os clientes chegam à terapia com uma bagagem. • Eles não têm só problemas. Eles têm lutado contra os problemas, atribuem causas aos problemas, acreditam em formas para resolvê-los ou acreditam que seus problemas são insolúveis. O sistema • Essas ações e crenças originaram-se em uma comunidade sócio-verbal – um “sistema no qual seus problemas estão sendo mantidos”. • O sistema é compartilhado pela comunidade verbal. Premissas do sistema: Silogismos 1. Todo comportamento é causado • As pessoas acreditam que seus comportamentos são controlados por algo. • Existe uma causa, que explica o comportamento. • Esse aspecto do silogismo não prejudica a análise behaviorista. 2. Razões são causas • Razões são explicações e justificativas verbais que as pessoas dão por suas ações, crenças, sentimentos, etc. • Essas razões são oferecidas para explicar as causas do comportamento (ou seja, são tentativas de descrições das relações causais). • Ex.: Por que você está restringindo suas atividades? Por que não sinto vontade de fazer mais nada. 2. Razões são causas • Quando uma pessoa explica que brigou com o marido porque ele a deixou “louca”, pode ser que essa razão seja verdadeira, mas é uma parte tão pequena do quadro que não explica nada. • Uma reação chamada raiva pode ter estado presente, mas é funcionalmente falsa porque não sabemos: – 1) por que a raiva ocorreu; – 2) o que mais, além da raiva, contribuiu para a briga; – 3) como a raiva veio a controlar a briga dessa maneira. 2. Razões são causas • Esse segundo aspecto prejudica a análise behaviorista. • Existem problemas ao se considerar razões como causas, simplesmente porque essas razões são muito simplistas. • As pessoas não têm acesso a grande parte do material necessário para entender seu próprio comportamento. 2. Razões são causas • Uma resposta completa deveria analisar as contingências filogenéticas e ontogenéticas que deram lugar a todas essas considerações. • Infelizmente, a maioria das pessoas não consegue lembrar quais eventos no passado remoto pertencem à sua história de aprendizagem em relação a uma situação determinada. 2. Razões são causas • Mesmo se conhecêssemos TODOS os eventos da vida de uma pessoa, ainda assim não saberíamos como organizá-los em unidades funcionais significativas. • Por todos esses motivos parece impossível que as razões possam ter muito a ver com as causas. 3. Pensamentos e sentimentos são boas razões • Tipicamente, muitos problemas da vida real são “explicados” através desses comportamentos privados. • Pensamentos e sentimentos são as razões mais comuns dadas pelas pessoas (para seus próprios comportamentos ou comportamentos de outros) a comportamentos clinicamente indesejáveis, sendo essas consideradas completamente válidas. 4. Os pensamentos e os sentimentos são causas • O propósito da análise de contingências é permitir a predição, o controle e a compreensão dos fenômenos. • Se um comportamento for considerado como causa de outro comportamento, isto pode levar diretamente à predição, mas não ao controle. • Não podemos manipular o comportamento diretamente, somente podemos manipular os eventos ambientais. 5. Para controlar o resultado devemos controlar suas causas • Conclusão: Para controlar o resultado devemos controlar os pensamentos e sentimentos – assim, acionamos a “armadilha”. • A intenção de controlar os pensamentos e sentimentos é freqüentemente contraproducente, particularmente com as pessoas que apresentam desordens clínicas. 5. Para controlar o resultado devemos controlar suas causas • Para controlar pensamentos ou sentimentos (tidos como causas) usamos o seguimento de uma regra : “não sinta X”. • Na maioria das situações clínicas o sentimento ou o pensamento que estamos tentando controlar é visto como problemático e, assim, a meta é livrar-se deles, ou de alguma maneira, diminuí-los. 5. Para controlar o resultado devemos controlar suas causas • Existe um problema: ao estabelecer a meta de eliminar pensamentos e sentimentos através do seguimento de uma regra, isto pode ser fundamentalmente falho. • Não necessitamos mudar pensamentos e sentimentos para mudar outros comportamentos ou levar uma vida bem sucedida. • Os pensamentos e sentimentos não são o problema. Vê-los como “o problema” é, em si mesmo, parte do problema. Distanciamento Compreensivo • Enfoque terapêutico baseado na intenção de enfraquecer o “sistema”. • Enfoque contextual em que diversas técnicas podem ser incluídas. • Propõe diversas metas que podem ser arranjadas mais ou menos de acordo com a seqüência normal em terapia. • As pessoas chegam à terapia e apontam os aspectos de suas vidas que devem ser mudados. • Geralmente os problemas são identificados e são propostas soluções com base em nossa história com uma comunidade verbal que nos ensina a avaliar nossa vida e a modificar eventos de acordo com isso. • Em um enfoque contextual à mudança terapêutica, não são necessariamente os “problemas” que são problemáticos, mas o contexto socioverbal em que ocorrem. • Há três contextos maiores e relacionados (conjunto de contingências) que são estabelecidos pela comunidade socioverbal. Contexto socioverbal • Contexto da literalidade – as palavras passam a significar coisas além das que a elas se relacionam diretamente e podem provocar comportamentos abertos e encobertos desadaptativos, uma vez que a pessoa respondendo literalmente, pode ignorar o responder com base na utilidade experimentada. Contexto socioverbal • Contexto de dar razões – a comunidade sócioverbal reforça relações entre pensamentos ou sentimentos e ações, mantendo a idéia que os eventos privados são as causas do comportamento. Assim, as pessoas conseguem obter ganhos secundários por atribuírem suas mudanças comportamentais à ocorrência de seus comportamentos encobertos. Contexto socioverbal • Contexto de controle – se as ações são causadas pelos eventos internos, para se conseguir uma mudança de ação, é necessário, primeiro, controlar os pensamentos e sentimentos que as geram. Meta 1: Estabelecer um estado de desesperança criativo • A primeira meta na terapia é desafiar esses contextos de literalidade, de dar razões e de controle – comportando-se de uma maneira que não se encaixe nesses contextos. Meta 1: Estabelecer um estado de desesperança criativo • O terapeuta deve mostrar ao cliente que não fará o que ele (cliente) espera que o terapeuta faça, pedindo permissão para assumir o controle para conseguir um bom trabalho. Meta 1: Estabelecer um estado de desesperança criativo • O objetivo desta meta é mostrar ao cliente que dentro do contexto no qual ele trabalha, realmente não existe solução. • Cria a necessidade de analisar problema de uma outra perspectiva. o • Texto: Sessão de Hayes com metáfora do homem no buraco Meta 2: O problema é o controle dos eventos privados • A tentativa inapropriada de querer controlar os comportamentos privados são, em si mesmos, causas das principais dificuldades da vida. • A regra: “Se você não quer alguma coisa, calcule como livrar-se dela, e livre-se” – funciona bem no domínio das coisas físicas. • É o que chamamos de controle consciente. Meta 2: O problema é o controle dos eventos privados • No mundo de nossa experiência privada a regra muda de maneira fundamental: “Se você não quer tê-lo, você o tem”. • Ou seja, tentativas de controlar pensamentos e sentimentos (como para livrar-se dos que são “maus”) levará você a estar paralisado e controlado por esses mesmos pensamentos e sentimentos. Meta 2: O problema é o controle dos eventos privados Alguém lhe disse que isto (tentar controlar) é o que você precisa fazer. “Não tenha medo” – a mensagem era que você podia controlar seus sentimentos e pensamentos, e que devia fazêlo para ser bem sucedido. Você olhava em volta e, com certeza, outras pessoas pareciam ser capazes de conseguir isto muito bem. Elas não pareciam estar inseguras ou assustadas. Meta 2: O problema é o controle dos eventos privados Existe uma história onde a tentativa de controle parece funcionar: ao tentar livrarse de um mau pensamento distraindo-se, parece que “ele vai embora”. Assim, o efeito imediato parece confirmar a regra. O problema é que ele volta, e freqüentemente, volta mais forte. Meta 2: O problema é o controle dos eventos privados • Usar uma regra para evitar certos estímulos verbais privados (pensamentos) pode ser perigoso: 1)A própria regra pode especificar esses estímulos, e assim, a esquiva não pode ser bem sucedida; 2)A própria esquiva estabelece uma função controladora para os estímulos verbais privados. Meta 2: O problema é o controle dos eventos privados • Ex.: evitar o pensamento “sou mau”. Isto dá a este pensamento uma função controladora que é, em si mesma, consistente com a classe “mau”. Se uma pessoa deve mudar algo para ser boa, significa que exatamente agora a pessoa não é boa. Meta 2: O problema é o controle dos eventos privados • Se seguir regras é contra-produtivo, por que não paramos? Se seguir regras é contra-produtivo, por que não paramos? • Porque insistimos em controlar nossos sentimento e pensamentos? • É necessário compreendermos o comportamento governado por regras. Comportamento governado por regras • Três tipos básicos: 1)Aquele que está sob o controle de uma aparente correspondência entre a regra e as contingências naturais (rastreamento = seguir o caminho). Ex.: ensinar um caminho A regra é mais um estímulo discriminativo acrescentado ao meio ambiente. Comportamento governado por regras 2) É o comportamento sob o controle de conseqüências aparentemente mediadas socialmente e arbitrárias para uma correspondência entre a regra e o comportamento relevante (acedimento = submissão). Ex.: “Vista sua jaqueta agora mesmo” – a pessoa obedece não porque ficará aquecida, mas porque serão liberadas conseqüências por seguir ou não as instruções. Comportamento governado por regras 3) É controlado por uma operação estabelecedora, que muda nossa motivação em relação a uma determinada conseqüência. • Esses três tipos de comportamento governado por regras devem ser considerados quanto ao grau em que as regras são tomadas literalmente. Comportamento governado por regras • Os estímulos verbais são estímulos puramente arbitrários. • Temos histórias extensas da comunidade verbal por manter uma equivalência grosseira entre palavras e eventos. • Somos encorajados a fazer análises formais de situações e a responder a essas análises. Comportamento governado por regras • Também temos histórias de nos comportarmos de acordo (ou não) com nossas regras estabelecidas. • Quando pensamos algo, não é sempre óbvio que é mesmo um pensamento. Ex.: Se eu penso “este relacionamento me machucará – tenho que acabar com isso”, posso agir como se fosse literalmente verdade. Como podemos desfazer esse dano? • Evitar a armadilha da literalidade de maneira consistente é difícil, mas possível. Meta 3: Distinguir as pessoas de seu comportamento • O cliente deve aprender a discriminar que a pessoa que ele chama de “eu” e o problema de comportamento que quer eliminar são coisas diferentes. • É preciso separar os comportamentos das pessoa que os emite. • Separar o que sou do que faço, penso ou sinto. Meta 3: Distinguir as pessoas de seu comportamento • Eu como contexto e não como conteúdo – ao se promover a separação entre a pessoa que se comporta e o comportamento cria-se um contexto em que se torna possível a aceitação de reações emocionais indesejáveis. • Ex.: metáfora do tabuleiro de xadrez. Meta 3: Distinguir as pessoas de seu comportamento • É somente percebendo que não se tem controle sobre os pedaços (sentimentos e pensamentos) e que não se precisa ter que a pessoa pode ter controle de sua vida. Meta 4: Permitir que a luta pare • Deve-se abandonar a luta contra os sentimentos e pensamentos, e aprender a aceitá-los. • É importante para o cliente vivenciar as sensações, sentimentos e pensamentos dos quais geralmente se esquiva, na sessão terapêutica. Meta 4: Permitir que a luta pare • Adotar esta postura não é fácil. Existem dois problemas: As avaliações – os clientes confundem o desejo de experimentar determinados sentimentos (deixar o controle de lado) com a avaliação de que a experiência é desejável. Ex.: o cliente não precisa gostar de sua ansiedade, mas deve ter boa vontade para senti-la quando ela aparecer. Uso da linguagem de que a luta é necessária – “eu quero ir à alameda, MAS estou com medo”. A palavra “mas” denota algum tipo de incompatibilidade entre um evento e outro. Meta 5: Assumindo um compromisso de ação • O terapeuta deve ajudar o cliente a comprometer-se com a ação, com a mudança. • Os eventos privados são desconsiderados como justificativa para não agir. Meta 5: Assumindo um compromisso de ação • O cliente, neste ponto, está mais preparado para empreender uma ação diretiva para mudar a qualidade de sua vida. • O compromisso de experimentar nossos próprios sentimentos deve ser realmente forte. Meta 5: Assumindo um compromisso de ação • A exposição imaginária é uma oportunidade tanto para sentir (ansiedade) como para aprender a deixar de lutar com a mesma. O papel do terapeuta • O terapeuta deve ser capaz de discernir e reagir a fontes de controle sobre o comportamento. • Os contextos de literalidade, de dar razões e de controle são os contextos dominantes. O papel do terapeuta • Sabendo que a meta do distanciamento compreensivo é mudar esses contextos, não podemos nos apoiar na forma do comportamento e sim discernir sua função. O papel do terapeuta • O trabalho bem sucedido dentro desta perspectiva requer: 1)Sensibilidade ao controle destrutivo por regras; 2)Um enfoque rápido e flexível (mas não dominante); 3)Colocar as técnicas em um contexto apropriado; 4)Praticar o que pregamos. 1) Sensibilidade ao controle destrutivo por regras • Os clientes podem aprender a funcionar dentro de uma perspectiva contextual, mas não é fácil. • Cuidado com a frase: “Finalmente estou aprendendo a ignorar esta ansiedade” – isso pode iniciar a luta para reduzir ou eliminar a ansiedade. 1) Sensibilidade ao controle destrutivo por regras • Se a ansiedade cai depois que a “escala de controle” caiu, esse é um momento traiçoeiro – vendo que a ansiedade caiu, os clientes freqüentemente agem como se agora eles soubessem como controlar sua ansiedade. Os terapeutas devem ser muito sensíveis aos estágios iniciais desse tipo de luta e aos múltiplos caminhos que podem elevála. 2) Um enfoque rápido e flexível • Os terapeutas devem ser capazes de reagir rapidamente às suas observações. • Deve ser capaz de expor de maneira diferente as questões básicas de forma que se adaptem à situação presente, sem simultaneamente dominar o cliente. • O terapeuta deve permitir que o cliente descubra algumas destas coisas, mas também deve ser flexível e criativo ao fomentar essa descoberta. 2) Um enfoque rápido e flexível • O uso criativo da metáfora pode ajudar, pois permite ao cliente descobrir aspectos importantes sem uma racionalidade linear. • Trabalho importante do terapeuta: discriminar e reagir ao “ sistema” do cliente, momento a momento. 3) Colocar as técnicas em um controle apropriado • É difícil adequar as técnicas e exercícios a um contexto que não está bem estabelecido dentro da nossa cultura. • Terapeutas inexperientes geralmente deslizam para o uso de técnicas que não se ajustam dentro desse enfoque. 3) Colocar as técnicas em um controle apropriado • Frequentemente propõem um treino de relaxamento para ajudar o cliente a relaxar, em vez de usá-lo como uma prática para permitir abandonar a luta. • Terapeutas inexperientes dirão aos clientes que ser mais assertivos fará com que eles se sintam melhor, quando não é esse o propósito nesse contexto. 4) Praticar o que pregamos • É talvez a característica mais difícil porque um enfoque contextual choca-se com o ponto de vista da cultura dominante. • O terapeuta que pretende praticar a partir desse contexto não deve fazê-lo como uma técnica, mas como um contexto para o comportamento tanto do terapeuta como do cliente. O papel do terapeuta • Podemos ser mais sensíveis às armadilhas que os outros colocam somente quando percebemos algumas das que nós mesmos colocamos. • Um enfoque técnica! contextual não é uma Erros clínicos comuns 1º) Tomar o conteúdo, em vez do contexto, como questão-alvo: Tomar o relato do cliente, do que incomoda, como uma avaliação exata do que necessita ser mudado, quando de fato esse evento é problemático somente dentro de um contexto determinando. Ex.: procedimentos de manejo de ansiedade. Erros clínicos comuns 2º) Ver o cliente como se ele tivesse “quebrado” ou “deficiente” em razão dos problemas que está enfrentando: Tendência a dar conselhos desnecessários ou a instruir pessoas acerca da FORMA que seu comportamento deveria tomar. Assumir esse papel paternalista muitas vezes incapacita as habilidades dos clientes para experienciar as contingências. Erros clínicos comuns 3º) Inconsistência: O contexto estabelecido na terapia deve permanecer estável. Usar muitas técnicas independentes umas das outras cria uma inconsistência no contexto terapêutico. Resistência • O propósito da distância não é afastar os eventos do cliente, mas para dar-lhe espaço para experienciá-los completamente como eles são, sem tomálos pelo que eles dizem que são literalmente. • A resistência pode ser impedida fazendo com que os clientes assumam compromissos pessoais para mudar. Resistência • As pessoas têm uma longa história de engajar-se em análises formais e serem reforçadas socialmente pela adequação de tais análises. • Ao longo do tempo “estar certo” fez-se um reforçador muito poderoso. O problema é que as conseqüências sociais de estar certo podem superar as conseqüências naturais do comportamento. Resistência • Assim, trabalharemos para manter a aparente segurança de nossas análises, mesmo que as conseqüências sejam totalmente negativas. • É importante mostrar ao cliente que se desafia o sistema que o persegue, e não ele. Generalizações e manutenção • Esse enfoque aplica-se a muitas situações na vida das pessoas. • As principais áreas de generalização simplesmente emergem assim que a natureza da similaridade se torna evidente. Generalizações e manutenção • Quando os clientes finalmente “rompem” a sustentação da cultura dominante de dar razões e lutar contra as emoções, o problema parece mudar. • Uma vez que o sistema é visto claramente, é difícil retornar a ele por completo. A relação terapêutica • Para que o distanciamento compreensivo dê certo, ele não deve ser apresentado apenas como um conjunto de histórias, é necessário ter o terapeuta para modelar o cliente diretamente. • É necessário respeitar o cliente. A relação terapêutica • Não há diferença real entre clientes e terapeutas (aquele que sabe e aquele que não sabe), a questão é que é simplesmente mais fácil ver as armadilhas do outro e não as nossas próprias. • Ex.: escalada da montanha. A relação terapêutica • O terapeuta sustenta o cliente não a partir de uma posição de superioridade, mas a partir de uma posição de perspectiva vantajosa. Ambivalência • A meta é permitir que o cliente experiencie os dois tipos de sentimentos sem que um tenha que se impor sobre o outro e, ao mesmo tempo, escolher um curso consistente de ação, sem levar em consideração qual lado parece mais forte no momento. Encerramento • O “final” da terapia é um ponto no qual um processo de aprendizagem é estabelecido. • Temos a esperança de que esse processo sempre continuará. Sucessos e fracassos • Esse enfoque é bem sucedido no tratamento de desordens de ansiedade e depressão, com o uso de drogas ou outros problemas de autocontrole. • Tem ajudado os clientes a serem um pouco menos controlados por pensamentos ilusórios e alucinações. Sucessos e fracassos • Nem todos os clientes são responsivos a esse enfoque. • Aqueles que não sofrem considerável dor ou que não estão prontos para uma grande mudança, não darão ao terapeuta espaço necessário para tal desafio na perspectiva em relação às coisas. Terapia de Aceitação e Compromisso Acceptance and Commitment Therapy – Steven Hayes ACT - Acceptance and Commitment Therapy • Terapia de aceitação emocional e compromisso de mudança comportamental (com relação às ações) • Nasceu como forma de evitar o controle abusivo e destrutivo das regras sobre o comportamento humano. Faz parte da chamada terceira onda das psicoterapias comportamentais. ACT – Terapia de Aceitação e Compromisso (Hayes, 1987) •A cultura ensina que o certo é estar bem e a tristeza é um problema que deve ser evitado •Pela transformação de função de estímulos relacionados, um evento aversivo pode ser relacionado a inúmeros outros, por serem verbais. ACT – Terapia de Aceitação e Compromisso (Hayes, 1987) •Eventos privados não são passíveis de controle de forma tão eficiente quanto os públicos. •A tentativa de fuga e esquiva de eventos privados aversivos são a raiz de problemas “psicopatológicos” (Esquiva experiencial) A linguagem gera sofrimento porque ela “induz” a esquiva experiencial. A esquiva experiencial é um processo em que ocorre a tentativa de esquiva de experiências privadas (pensamentos, sentimentos, lembranças, sensações corporais, predisposições comportamentais). Portanto, ao agir assim, o indivíduo terá dificuldades a longo prazo, além da intensificação e generalização de respondentes. : - Não ir a festas porque é um fóbico social, - Não se exercitar porque se sente muito deprimido para sair da cama De todos os processos psicológicos conhecidos pela ciência, a esquiva experiencial é um dos piores . Alvos da intervenção – problemas clínicos • Fusão cognitiva • Evitar eventos aversivos/ Esquiva experiencial • Avaliar • Dar razão Fusão cognitiva é a crença de que um pensamento que interpreta a experiência é realmente verdade. (Contexto de literalidade) O processo da Act está focado em minar os aspectos da comunidade sócio-verbal que promovem esquiva experiencial e fusão cognitiva. Fusão cognitiva – identificação com a mente (indivíduo identifica-se com o evento privado, como algo inerente ao indivíduo) Levam eventos privados muito a sério e sofrem além do necessário. O Modelo Psicopatológico da ACT • A figura a seguir ilustra os processos centrais considerados subjacentes à psicopatologia. Cada um desses processos emerge de características da linguagem e cognição humanas, como especificado pela Teoria do Quadro Relacional. Passado conceitual e futuro temido Baixo autoconhecimento Esquiva experiêncial Inflexibilidade Psicológica Falta de clareza de Valores e influenciabilidade Inércia Fusão cognitiva Atrelamento ao self conceitual Fusão cognitiva A fusão cognitiva (que pode ser compreendida como a fusão ao pensamento ou às palavras) seria a tendência do ser humano a interagir com o mundo a partir das funções verbais que lhe foram atribuídas (e.g., bom, ruim, feio, melhor), distanciando-se dos eventos propriamente ditos. Desfusão “A desfusão cognitiva e as técnicas de conscientização têm o intuito de alterar as funções indesejáveis de pensamentos ou outros eventos íntimos, e não de cambiar sua forma, freqüência e sensibilidade situacional. Dito de outra forma, a ACT almeja mudar a maneira que o indivíduo interage e se relaciona com os pensamentos através da criação de contextos nos quais as funções nocivas são diminuídas. Desfusão Há registros de tais técnicas que foram desenvolvidas para uma vasta gama de apresentações clínicas (Hayes & Strosahl, 2005). Por exemplo, um pensamento negativo poderia ser observado sem nenhum envolvimento emocional, repetido em voz alta até que se apenas reste o seu som, ou abordado como um evento externamente observado ao conferi-lo forma, tamanho, cor, velocidade e formato.” • Exercício: leite Era Chapeuzinho Amarelo. Amarelada de tanto medo. Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho. Já não ria. Em festa, não aparecia. Não subia escada nem descia. Não estava resfriada mas tossia. Ouvia conto de fada e estremecia. Não brincava mais de nada, nem de amarelinha. Tinha medo de trovão. Minhoca, pra ela, era cobra. E nunca apanhava sol Porque tinha medo de sombra. Não ia pra fora pra não se sujar. Não tomava sopa pra não ensopar. Não tomava banho pra não descolar. Não falava nada pra não engasgar. Não ficava em pé com medo de cair. Então vivia parada, deitada, mas sem dormir, com medo de pesadelo. E de todos os medos que tinha o medo mais que medonho era o medo do tal do LOBO. Um LOBO que nunca se via que morava lá pra longe, do outro lado da montanha, num buraco da Alemanha, cheio de teia de aranha, numa terra tão estranha, que vai ver que o tal do LOBO nem existia. Mesmo assim a Chapeuzinho Tinha cada vez mais medo do medo do medo do medo de um dia encontrar um LOBO. Um lobo que não existia. E Chapeuzinho Amarelo, de tanto pensar no LOBO, de tanto sonhar com LOBO de tanto esperar o LOBO, um dia topou com ele que era assim: carão de LOBO, olhão de LOBO, jeitão de LOBO e principalmente um bocão tão grande que era capaz de comer duas avós, um caçador, rei, princesa, sete panelas de arroz e um chapéu de sobremesa. assim que encontrou o LOBO, a Chapeuzinho Amarelo foi perdendo aquele medo, o medo do medo do medo de um dia encontrar um LOBO. Foi passando aquele medo do medo que tinha do LOBO. Foi ficando só com um pouco de medo daquele lobo. Depois acabou o medo e ela ficou só com o lobo. O lobo ficou chateado de ver aquela menina olhando pra cara dele, só que sem o medo dele. Ficou mesmo envergonhado, triste, murcho e branco azedo, porque um lobo, tirado o medo, É um arremedo de lobo É feito um lobo sem pelo Lobo pelado. O lobo ficou chateado de ver aquela menina olhando pra cara dele, só que sem o medo dele. Ficou mesmo envergonhado, triste, murcho e branco azedo, porque um lobo, tirado o medo, É um arremedo de lobo É feito um lobo sem pelo Lobo pelado. O lobo ficou chateado E ele gritou: sou um LOBO! Mas a Chapeuzinho, nada!. E ele gritou: sou um LOBO! Chapeuzinho deu risada. E ele berrou: Eu sou um LOBO!!! Chapeuzinho, já meio Ele então gritou bem forte aquele seu nome de LOBO umas vinte e cinco vezes, que era pro medo ir voltando e a menininha saber com quem não estava falando: Aí, Chapeuzinho encheu e disse : "Pára assim! Agora! Já! Do jeito que você tá!" E o lobo parado assim do jeito que o lobo estava já não era mais um LO-BO Era um BO_LO. Um bolo de lobo fofo, tremendo que nem pudim, com medo da Chapeuzim. Com medo de ser comido com vela e tudo, inteirim. LO-BO-LO-BO Chapeuzinho não comeu aquele bolo de lobo, porque sempre preferiu de chocolate. Aliás, ela agora, come de tudo, menos sola de sapato. Não tem mais medo de chuva nem foge de carrapato. Cai, levanta, se machuca, vai à praia, entra no mato, trepa em árvore rouba fruta, depois joga amarelinha com o primo da vizinha com a filha do jornaleiro com a sobrinha da madrinha Mesmo quando está sozinha, inventa uma brincadeira. E transforma em companheiro cada medo que ela tinha: o raio virou orrái, barata é tabará, a bruxa virou xabru e o diabo bodiá. Estar presente • A ACT promove contato constante e nãovalorativo com os eventos psicológicos e do meio na medida em que estes ocorrem. O objetivo é que os pacientes experienciem o mundo mais diretamente para que o seu comportamento se torne mais flexível e suas ações mais consistentes com seus valores. “Usar a linguagem apenas como uma ferramenta para a anotação e descrição de eventos do que como instrumento para a previsão e julgamento destes.” Mindfulness -Mindfulness É uma percepção não julgadora do presente momento; do que está acontecendo dentro de nós e ao nosso redor. Estar consciente do momento presente. É consciência plena do momento. Mindfulness É um processo; é uma maneira de estar em um momento que vem e vai. É perder o foco 100 vezes e voltar a ele 101 vezes. É um hábito: precisamos praticar Habilidades de mindfulness: 1)Percepção:o que estou pensando, sentindo, cheirando, ouvindo e degustando? É necessário focar para perceber melhor. 2) Observação não julgadora Desenvolver compaixão com relação às próprias experiências internas, observá-las sem julgá-las como boas ou ruins. 3) Permanecer no momento. Ficar no aqui e agora em vez de no passado ou futuro. Paciência para ficar no presente. Participar das experiências conforme elas acontecem. 4) Mente de principiante Observar as coisas como são, sem interferência da nossa opinião. Abrir- se para novas experiências. • Exercício de Mindfulness – Degustar – Ouvir Mindfulness • Novidade ou não? • Aspectos de Mindfulness na Terapia comportamental clássica: exposição (aceitação) • Aspectos de Mindfulness na Terapia cognitiva: pensamentos não são confiáveis/racionais sempre Eu processo • O estar presente e a desfusão permitem um auto-senso chamado “si como processo” que é ativamente estimulado: a descrição desfusa, ininterrupta e nãovalorativa de pensamentos, sentimentos e outros eventos íntimos. Eu contexto “O eu como contexto é parcialmente importante deste ponto de vista, já que o indivíduo pode estar consciente de seu fluxo de experiências sem necessariamente vincular-se a ele ou a uma investida na qual experiências particulares ocorram, sendo assim incitadas a desfusão e a aceitação. O eu como contexto é estimulado pela ACT através de exercícios de conscientização, metáforas e processos experienciais.” Eu contexto • Eu conteúdo X Eu processo X Eu contexto • Sou o lugar/perspectiva/contexto em que os eventos privados acontecem • Exercício da Perspectiva • Metáfora do xadrez • Metáfora do céu Pilares da ACT • Aceitação dos EP aversivos: para que possam vir e ir sem sofrimento adicional • Escolha: Escolhas consistentes baseadas em nossa experiência/ história • Ação: Na direção daquilo que pode ser mudado Pilares da ACT - Aceitação Por aceitação, entende-se uma ação ativa e consciente de experienciar todo e qualquer evento psicológico, sem julgá-lo. Significa tratar “sentimentos como sentimentos; (. . .) pensamentos como pensamentos; (. . .) sensações como sensações”. Ou ainda, é abandonar a luta pelo controle dos eventos psicológicos. A escolha implica decidir fazer algo com o que ocorre no presente, já que não se pode alterar a história passada de um indivíduo. Por fim, a ação seria o comprometer-se com as mudanças possíveis, de acordo com o que cada um valoriza. Aceitação “A aceitação implica no envolvimento ativo e consciente dos eventos pessoais sem tentativas desnecessárias de mudar sua freqüência ou forma, uma vez que tal empreendimento causaria danos psicológicos. Por exemplo, pacientes com ansiedade são ensinados a senti-la em sua totalidade e sem defesas; pacientes com dor são instruídos com métodos que os estimulam a desistir de lutar contra ela, e assim por diante. A aceitação na ACT não possui um fim em si mesma, mas é incitada como método para aumentar as ações baseadas em valores.” (Hayes, 2008) Metáfora: João Bão Escolha de Valores • Valores são qualidades escolhidas com o propósito de que nunca possam existir como objeto, mas sim como exemplos a serem alcançados passo a passo (não tangíveis ou materiais). Escolha de Valores • A ACT utiliza-se de uma variedade de exercícios que auxiliam o paciente a escolher direções de vida em vários domínios (e.g família, carreira profissional, espiritualidade) ao reduzir processos de verbalização que possam levar a escolhas baseadas no evitamento, na conivência social ou na fusão (e.g “Devo valorizar X” ou “Uma boa pessoa valorizaria Y” ou “Minha mãe quer que eu valorize Z”). Valores • Na ACT, a aceitação, a desfusão e o estar presente não possuem um fim em si, mas configuram-se como meios mais eficazes para uma vida de valores mais consistentes e cruciais. Pilares da ACT - Ação “Finalmente, a ACT estimula o desenvolvimento de padrões mais abrangentes de ação efetiva ligado aos valores escolhidos. Neste quesito, a terapia em muito se assemelha à terapia comportamental tradicional, e quase todo o método de mudança de comportamento coerente pode ser adaptado ao protocolo da ACT, incluindo a exposição, aquisição de habilidades, métodos de formação, estabelecimento de objetivos e etc.” Ação • Objetivos concretos e consistentes com valores podem ser alcançados, sendo que os protocolos da ACT quase sempre envolvem trabalho terapêutico e lições de casa ligados à mudança de comportamento de curto, médio e longo prazo Pilares da ACT - Ação • Metáfora do ônibus • Registros, estabelecimento de metas... Passado conceitual e futuro temido Baixo autoconhecimento Esquiva experiêncial Inflexibilidade Psicológica Falta de clareza de Valores e influenciabilidade Inércia Fusão cognitiva Atrelamento ao self conceitual Momento presente Valores Aceitação Flexibilidade Psicológica Ações Desfusão Self como contexto Carmen Luciano (2012) • “Condutismo es igual al Contextualismo Funcional” e substituir o primeiro termo pelo segundo seria uma forma de esquiva de todas as relações aversivas construídas em torno do primeiro. Nazaré Costa (2012) “Alguns (ou muitos) incômodos podem advir da literatura da ACT, sobretudo nos contatos iniciais – este artigo é, aliás, produto de alguns deles. Hayes e seus colaboradores usam o termo“cognição” e mesmo“mente” em suas publicações (algo que um behaviorista radical, no mínimo, evita); propõem interpretações incomuns como separar o “eu” do comportamento e ainda enfatizam, na intervenção, práticas orientais, como o mindfulness [...] Esses aspectos, dentre outros, aliados à figura polêmica de Hayes, podem causar confusão e aversão aos que escutam pela primeira vez a proposta – como muitos dos alunos da graduação com os quais a autora tem contato, e, inclusive, com ela própria [...] ...Sem entrar no mérito de um possível apelo popular ligado à ACT e/ou à figura do seu fundador e da leitura ainda incipiente da autora (uma behaviorista radical convicta) acerca da ACT e da RFT, a proposta de intervenção da ACT, até o momento, não se mostrou em nada incompatível com os fundamentos da Terapia Analítico-comportamental.[...] A diferença fundamental talvez esteja na ênfase dada pela ACT para à relação entre linguagem (comportamento verbal) e cognição (pensamento como resposta encoberta) como fundamental no contexto clínico. O debate está aberto.” Nazaré Costa (2012) Referências Hayes, S. C. (1987). Um Enfoque Contextual para Mudança Terapêutica. In: N.S. Jacobson. Psicoterapia na Prática Clínica: Perspectivas Cognitivas e Comportamentais (pp. 327-387). New York: Guilford. Hayes, Pistorello, Nevada & Bigla (2008) Terapia de Aceitação e Compromisso: modelo, dados e extensão para a prevenção do suicídio. Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn., Belo Horizonte-MG, Vol. X, nº 1, 81-104 HAYES, S. C; KOHLENBERG, B. & MELANCON, S. (1989). Evitar e Alterar o Controle por Regra como uma Estratégia de Intervenção Clínica. Em: Steven C. Hayes (Ed.), Rule-Governed and Behavior – cognition, contingencies, and intructional control. New York: Plenum Press. Cap. 10 COSTA, Nazaré. (2012).Terapia de Aceitação e Compromisso: É uma Proposta de Intervenção Cognitivista? Revista Perspectivas, vol. 03 n ° 02 pp. 117-126 • Hayes, S. C., & Smith, S. (2005). Get out of your mind and into your life: The new Acceptance and Commitment Therapy. Oakland, CA: New Harbinger.