IN Foco Boletim Criogênesis www.criogenesis.com.br/ Sugestões : [email protected] / 0800 773 21 66 (24 horas) Rua Luisiânia, 147 - Brooklin – São Paulo –SP 04560-020 Anestesia para o parto A anestesia para o parto sempre desperta apreensão e ou medo nas pacientes. O receio é que ela cause algum dano não só para a própria paciente, mas que ainda possa interferir de alguma forma com o seu bebê. Em relação a anestesia para o parto vaginal, eu diria que a anestesia obstétrica evoluiu muito nos últimos anos e as gestantes de hoje dispõem de muito mais opções para minimizar/ eliminar a dor do que em qualquer outra época. Até recentemente acreditava-se que para as pacientes que planejavam o parto vaginal, existiam apenas duas opções: “Parto natural “ no qual não se dava nenhuma medicação e o “ Parto assistido” em ambiente hospitalar, onde se disponibilizava para a paciente as melhores opções em termos de medicações analgésicas que promoviam alívio total da dor. No entanto, hoje as gestantes dispõem de uma enorme variedade de opções terapêuticas que incluem a combinação dos métodos naturais e/ou alternativos com os medicamentosos. Cada gestante é única, assim como gestações distintas em uma mesma paciente nem sempre evoluem da mesma forma. Com a evolução do trabalho de parto, cada gestante, desde que bem assessorada, encontra o seu caminho particular no sentido de obter o seu conforto. Desde que praticada por bons profissionais, as técnicas medicamentosas também não interferem com a complexa dinâmica dos mecanismos que envolvem o trabalho parto, e o anestesista tem condições de ajustar a anestesia de maneira individual para cada fase do trabalho de parto. Em relação a anestesia para cesárea, os grandes avanços nos últimos 20 anos referem-se ao desenvolvimento das novas agulhas para a realização da raquianestesia e ao uso da morfina por via espinhal. As novas agulhas reduziram a possibilidade de ocorrência de dor de cabeça pós anestesia , não havendo mais necessidade de a paciente permanecer deitada por 24 horas sem o uso de travesseiro. A morfina por ser um analgésico extremamente potente e administrada diretamente no seu local de ação passou a garantir conforto no primeiro dia de pós-operatório facilitando o contato da mãe com o recém nascido Como recomendações gerais, eu diria que assim como em qualquer outra subespecialidade da anestesia, a anestesia segura deve seguir todas as etapas de avaliação e planejamento preconizadas pela especialidade. Inicia-se habitualmente com a avaliação pré anestésica, obtenção de consentimento informado da paciente , avaliação pre- indução, planejamento do intraoperatório e eventuais cuidados de pós-operatório. O seguimento da paciente no pós-operatório, garantindo conforto no pós- cirúrgico também é nova exigência da especialidade. Procurando bons profissionais e bons hospitais habitualmente todas essas etapas são realizadas. Monica M Siaulys Doutora em anestesia pela FMUSP Diretora do Departamento de Anestesia HMSJ Responsável pelo Serviço de Anestesia Obstétrica da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Ano II Edição nº 12 Outubro de 2012 Sexualidade entre os casais inférteis Ter filhos é uma parte fundamental do projeto de vida da maioria dos homens e mulheres. E o que fazer quando não se consegue? Hoje, a intervenção médica é uma possibilidade já que a medicina é capaz de ajudar o casal com dificuldade de engravidar. O saber médico demanda uma certa urgência nos resultados quando o corpo é o obstáculo a ser superado à realização do desejo de gerar. Nesse momento a sexualidade passa a ser regida pelo calendário. A vida sexual perde seu caráter de privacidade e espontaneidade e as relações são planejadas com hora marcada. A programação de uma gestação seguida de meses de insucesso afeta profundamente a vida dos casais. A constatação da dificuldade em engravidar gera uma grande ansiedade para o casal podendo surgir acusações mútuas, na tentativa de encontrar um culpado pelo problema. Aparecem a vergonha, a baixa autoestima e o medo de serem menos valorizados por seu companheiro e trocados por um outro “alguém fértil”. A procura por tratamento pode ser adiada, por vezes, pelo ideal de ter um bebê pelo método natural, e pela crença de que os métodos de reprodução assistida são frios e realizados sem uma relação de amor entre o casal. A vivência da infertilidade tem diferentes implicações para a mulher e para o homem. No primeiro caso, devido ao valor atribuído pela sociedade à maternidade, surge um sentimento de perda da feminilidade e os sintomas depressivos são muito comuns. Já os homens, associam a infertilidade à falta de virilidade e impotência. Todos esses sentimentos negativos, associados ainda à perda da espontaneidade nas relações sexuais (sexo com data e hora marcado que os tratamentos exigem), acabam prejudicando a vida sexual destes casais. Aparecem a falta de libido e de orgasmo e dificuldades ejaculatórias e de ereção. A figura do médico neste cenário interfere em toda a intimidade do casal, e o mesmo deve considerar as possíveis disfunções sexuais na vida do casal durante a indicação da técnica de reprodução assistida para que não se intensifiquem os problemas dos pacientes. Uma forma de tornar tudo isso menos frustrante é toda a equipe tornar a reprodução assistida o mais próximo do natural possível, permitindo que o parceiro acompanhe a maioria dos procedimentos e consultas da mulher. Para o casal, é importante acreditar que um filho concebido fora do ato sexual não é fruto de um procedimento frio, mas sim de um desejo intenso dos pais que, apesar das dificuldades, lutaram para que ele fosse concebido. Com isso, o casal poderá aproximar-se emocionalmente e fortalecer laços, mantendo-se unidos para atingir esse grande sonho: ter um filho. Referência Bibliográfica: TRATADO DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA (SBRH) Dra. Paula Bortolai Martins Araújo Ano II Edição nº 14 Outubro de 2012 Alimentação Infantil: Pré-Escolar Apesar do crescimento físico poder ser menos marcante e ocorrer em um ritmo mais estável durante o primeiro ano, os períodos pré-escolares ( 2 a 6 anos ) e escolares (7 a 11 anos ) são um momento de crescimento significante nas áreas social, cognitiva e emocional. O período préescolar caracteriza-se por diminuição na velocidade de crescimento e consequentemente diminuição do apetite. Além disso o interesse pela alimentação passa a ser secundário, uma vez que , a criança desvia sua atenção a outras atividades que não estão ligadas ao alimento, mas ao ambiente. Se faz necessário que os pais sejam orientados quanto a alguns aspectos importantes da alimentação, pois , nessa fase, o conflito gerado em torno da alimentação causa diversas tensões na família, levando-os , muitas vezes, a utilizarem técnicas coercitivas para que a criança consuma algum alimento, dificultando ainda mais aceitação. O pré-escolar tem necessidade de explorar o ambiente, os objetos e os alimentos com todos os sentidos; portanto, é necessário permitir que a criança manipule, cheire, prove o alimento novo para que conheça seu sabor e o incorpore à sua alimentação. Para isso, é necessário que a criança prove o mesmo alimento em torno de 8 a 10 vezes (Sociedade Brasileira de Pediatria, 2006). A escolha da dieta pela criança também passa pela fase de adaptação , de modo que ela pode aceitar um alimento em um dia e rejeitá-lo no outro. Perante à recusa alimentar, os pais devem agir naturalmente e não brigar com a criança ou obrigá-la a comer. É importante que a criança possua uma rotina alimentar, cujo ponto principal é o estabelecimento de horários para as refeições. A refeição é uma atividade social que deve ser realizada de forma prazerosa e em um ambiente tranquilo. As crianças costumam seguir os exemplos de seus pais, por isso, é importante que estes possuam hábitos alimentares saudáveis para servirem de modelo. O esquema alimentar deve ser composto de por 5 ou 6 refeições diárias: café da manhã, colação (lanche matinal), almoço , lanche da tarde, jantar e, se necessário, um lanche antes de dormir (ceia). A ingestão de líquidos deve ser incentivada, mas limitada na hora da refeição, sendo o ideal oferecer água ou sucos naturais após as refeições e em pequena quantidade (150 ml no máximo). Os refrigerante não precisam ser proibidos, mas devem ser limitados a ocasiões especiais. Um outro fator importante na alimentação do préescolar é o limite imposto pelo pais. Os alimentos devem ser oferecidos de forma adequada, com utensílios adequados à idade da criança, além de ser confortavelmente acomodada à mesa junto aos outros membros da família. A família deve criar o interesse da criança pelo alimento, ou seja, uma forma é envolvê-la em tarefas como participar da compra dos alimentos, levando-a ao mercado e à feira, ou da programação do cardápio e da preparação dos alimentos. Essa é uma boa estratégia para incorporar novos alimentos e diversificar a dieta, evitando a monotonia alimentar. Para uma alimentação equilibrada e balanceada, o prato da criança deve conter alimentos de todos os grupos alimentares, sendo: • Grupo dos pães, cereais, arroz e massa: este é o maior de todos os grupos, oferecendo principalmente fonte de carboidratos com a função de fornecer a maior parte de energia que o organismo precisa diariamente; • Grupo das frutas: são boas fontes de vitaminas, minerais e fibras; • Grupo das verduras e legumes: são ricos em vitaminas, minerais e fibras; • Grupo do leite e derivados: fornecem cálcio, proteína, vitaminas A e D; • Grupo das carnes e ovos: fornecem proteínas, ferro, zinco e vitaminas do complexo B. • Grupos dos feijões: assemelha-se ao anterior, pois também fornece proteína e ferro, embora de baixa disponibilidade; • Grupo das gorduras, óleos e açúcares: devem ser usados moderadamente, pois são ricos em calorias e possuem baixo valor nutritivo. Aline Venticinque Caris - [email protected] Mestranda em Fisiologia da Nutrição –UNIFESP Especialista em Fisiologia do Exercício Aplicada à Clínica – UNIFESP Graduada em Nutrição – UNIFESP Ano II Edição nº 14 Outubro de 2012 Diabetes na Gestação Apesar da diabetes gestacional ser considerada uma situação de alto risco, os cuidados médicos e o envolvimento da gestante possibilitam uma gravidez tranquila, com o nascimento do bebê em momento adequado e em boas condições de saúde. Os hormônios da gravidez podem impedir que a insulina cumpra sua função. Quando isso acontece, os níveis de glicose aumentam no sangue da gestante. O tratamento deve ser feito durante toda a gestação e mesmo após o parto. A terapia nutricional é uma aliada importante. Para muitas mulheres, ela é suficiente para manter a glicemia dentro dos valores recomendados. No período de gestação, a gestante deve ganhar um mínimo de peso possível, entre 10 e 12 quilos. Ela pode ser identificada a partir da 25ª semanas de gestação. De acordo com alguns casos se a diabetes for considerada grave e não responder apenas ao controle pela alimentação e pelas atividades físicas, os médicos podem prescrever injeções de insulina. De qualquer maneira, é importante que a mamãe tenha um acompanhamento mais frequente da gestação, com a realização de mais ultrassons para verificar o crescimento do bebê e o volume de líquido amniótico. Os exercícios físicos são de extrema importância durante o período da gravidez. Dessa forma elas conseguem manter a glicemia controlada, além de evitar o ganho excessivo de peso. Atividades como nadar ou caminhar são ótimas opções. A maioria das mulheres com diabetes gestacional tem bebês saudáveis, especialmente quando controlam o açúcar no sangue, se alimentam com dieta adequada, praticam exercício físico, e mantêm o peso ideal. Alguns riscos potenciais incluem: • O bebê nascer maior do que o normal. • O açúcar no sangue do bebê ser muito baixo. • A pele do bebê e a parte branca dos olhos ficam amareladas. Após o nascimento do bebê, o diabetes gestacional costuma desaparecer, porém essas pacientes possuem uma grande chance de reapresentarem o problema em gestações futuras. O diabetes gestacional é uma doença que requer cuidados constantes. Só assim a gravidez poderá correr tranquilamente, sem complicações graves. Não deixe de realizar o teste glicêmico logo no início do pré-natal. Essa é a melhor forma de cuidar da saúde do seu filho antes mesmo dele nascer. Mantenha-se saudável! Tenha uma dieta adequada durante a gestação. Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes. Enfermeira Nathália Zoccatelli. Grupo Criogênesis Ano II Edição nº 14 Outubro de 2012 Encontro Anual da Associação Americana de Bancos de Sangue de 2012 (AABB Annual Meeting) A Criogênesis esteve presente no Encontro Anual da Associação Americana de Bancos de Sangue, que aconteceu na cidade de Boston, nos Estados Unidos da América. Foram 4 dias (06 a 09 de outubro) de palestras, networking, atualizações científicas e acompanhamento dos padrões da instituição de hemoterapia e terapia celular mais reconhecida mundialmente. O encontro reuniu 6.200 participantes de diversos países e 200 expositores (empresas que fornecem algum serviço relacionado à área). O presidente da AABB, Dr. Darrel J. Triulzi, destacou a importância da Terapia Celular dentro da instituição, que a partir de agora contará com o Centro para Terapia Celular (Center for Cellular Therapy) . Outra ênfase foi para a certificação pelo FDA, com relação ao ISBT e procedimentos, que inclusive a Criogênesis já está adequada a esses padrões e também parceria em questões humanitárias como no Haiti na questão da Hemoterapia e Hematologia. Uma boa notícia para os brasileiros é a parceria que a AABB está estabelecendo com a Associação Brasileira de Hemoterapia, Hematologia e Terapia Celular (ABHH), para que os mais rigorosos padrões de qualidade internacionais sejam difundidos no nosso país. Telefones Úteis do CREMESP CAT/Central de Atendimento - (11) 5908-5600 Atendimento Sede - (11) 3017-9300 Atendimento na sub-sede Vila Mariana – (11) 5908-5607/ (11) 5908-5610 _______________________________________ Seções Registro profissional – 5908-5625 Registro de empresas – 5908-5650 Atualização de endereços – 5908-5616 Codame – 3123-8715 Consultas Éticas – 3017-9321 Denúncias – 3017-9399 Processos Disciplinares – 3017-9331 Cobrança – 3017-9391 Serviços Biblioteca – 3017-9337 Centro de Bioética – 5908-5647 Cartão DSV Médico – 5908-5640 Departamento de Fiscalização – 5908-5649 Rede de Médicos Dependentes – 8335-0866 Apoio às CEMs – 5908-5647 Ano II Edição nº 14 Outubro de 2012