----SESSÃO EXTRAORDINÁRIA NÚMERO TRÊS.--------------ATA NÚMERO NOVE.-------------------------------Aos vinte dias do mês de outubro de dois mil e catorze, nesta cidade de Estarreja, Edifício dos Paços do Concelho e Salão Nobre da Câmara Municipal, pelas vinte horas e quarenta minutos, reuniu a Assembleia Municipal de Estarreja em sessão extraordinária, sob a Presidência do senhor Carlos Augusto bleia Oliveira Municipal Valente, e com a Presidente presença da dos AssemMembros eleitos: José Gonçalo Rebocho Silva Costa - PS; Diamantino Alberto Garrido Correia – PS; António Amador da Silva Esteves – CDU (PCP-PEV; Patricia Raquel Rodrigues Couto - PS; Carlos Albérico Amorim Alves - PPD/PSD-CDS-PP; José Augusto da Luz Matos - PPD/PSD-CDS-PP; Ricardo Jorge Fernandes – PS; Alexandra Adelaide Pires Mortágua – PPD/PSDCDS-PP; Luís Miguel da Silva Mendonça – PS; Carla Sónia de Sá Cabique Martins – CDU (PCP-PEV); Hélder Fernando de Matos Rodrigues PPD/PSD-CDS-PP; Lúcia Maria de Almeida Araújo – PS; Joana Raquel Figueiredo Líbano - PPD/PSD-CDS-PP; Joel António Marques Pereira – PS; Rui Jorge de Oliveira Pinho e Silva – PS; Américo Rodrigues Soares – CDU(PCPPEV); Tiago Miguel Valente Varum - PPD/PSD-CDS-PP e os Presidentes das Juntas de Freguesia de: Avanca, Beduído e Veiros, Canelas e Fermelã, Pardilhó e Salreu, com a seguinte ordem do dia:--------Ponto Único: Discussão e votação do “Plano Estratégico do Centro Hospitalar do Baixo Vouga – Projeto de Criação de Cuidados Paliativos – Pólo de Estarreja”.--------------------------------------Estiveram presentes, o Senhor Presidente da Câmara e os seguintes Vereadores: João Carlos Teixeira Alegria, Rosa Maria Lopes Bandeira Simão Correia, Fernando Manuel Mendonça Albergaria Matos, Catarina Ascensão Nascimento Rodrigues e Madalena Maria Trindade Coelho Balça.-----------------Declarada aberta a sessão e após cumprimentos aos presentes o Presidente da Mesa, leu os pedidos de justificação de faltas, apresentados pelos seguintes Membros: (PPD/PSD), António Manuel Miguel Ângelo (PPD/PSD) e Arminda da Paula Silva Fragoso dos Brandão Esteves Santos (PPD/PSD), tendo sido substituídos por: Maria Arminda Guimarães Correia Leite (PPD/PSD), Carlos Vitor Marques Figueira (PPD/PSD) e Manuel Armando dos Santos Marques (PPD/PSD), respetivamente, e que se encontram presentes na sala, após verificação da respectiva legitimidade.---------------- ----Face às ausências justificadas, dos Secretários da Mesa, foi unanimemente deliberado, que a Mesa fosse constituída pelo seu Presidente, Carlos Augusto Oliveira Valente e como Secretária, Alexandra Adelaide Pires Mortágua.------------------De seguida, passou-se de imediato à discussão do assunto constante da ordem de trabalhos que foi distribuída a todos os membros, em conformidade com o nº2 do Artº 53º da Lei nº75/2013, de 12 de Setembro.-------------------------------------Ponto Único: Discussão e votação do “Plano Estratégico do Centro Hospitalar do Baixo Vouga – Projeto de Criação de Cuidados Paliativos – Pólo de Estarreja”.--------------------------------------AMÉRICO RODRIGUES SOARES (PCP):- Intervenção escrita “Estamos perante a maior ofensiva de sempre ao HVS. Com este Projecto Estratégico para o CHBV, mais não se pretende que não seja destruir e arrasar completa e irreversivelmente o HVS como Hospital e torná-lo num pavilhão onde sejam metidas camas, sanitas e uns armários. Este projecto, a ser executado, tornará definitivo a morte do Hospital! Não somos contra uma unidade de Cuidados Paliativos em Estarreja, somos contra este Projecto que aponta no sentido do aniquilamento e encerramento do HVS como hospital de Estarreja e em Estarreja, que acaba definitivamente com o Serviço de Proximidade à população. Isto é mais um atentado ao Serviço Nacional de Saúde, o que aliás é prática corrente deste governo. Esta história dos 900 K€ para os Cuidados Paliativos, mais não é uma nova versão do Hospital Novo de Estarreja, história tão bem conhecida da nossa população. A táctica é sempre a mesma e surge sempre que se pretende dar mais um golpe no nosso hospital. Avança-se com a cenoura, garante-se que desta vez é diferente, que ninguém pretende enganar as pessoas, que isto vai ser mesmo assim. Todos estamos fartos destas promessas e todos sabemos, que o Sr. Presidente do CHBV não tem palavra e que um Ministro da Saúde a sério já o tinha metido na rua há muito tempo. Metido na rua por ser manifestamente incompetente e mentiroso. Meus caros, isto é atirar areia aos olhos das pessoas, na realidade, duvido que os 900 K€ algum dia chegarão a vir. Mas se parte desse dinheiro vier, é como a Cirurgia do Ambulatório que já morreu. Morreram todas as valências do hospital, a cirurgia do ambulatório, a Consulta Aberta entre as 08:00 e as 24:00 que passou para o Centro de Saú- de, a transferência de equipamento para Águeda e a transferência dos funcionários para Aveiro. Agora acenam-nos com um nado-morto para nos calarmos, os Cuidados Paliativos. Não é isso que pretendemos! Querem fazer obras no hospital e instalar em Estarreja uma unidade de Cuidados Paliativos, pois muito bem, façam-no, mas que isso não seja moeda de troca para encerrar o nosso hospital. Em nosso entender, a unidade de Cuidados Paliativos beneficiaria e muito, com o HVS a funcionar em pleno e isto quer dizer, com as valências que lhe foram retiradas e que fazem falta a este hospital. Pretendemos também afirmar, que se o governo é uma pessoa de bem, está ainda em dívida com Estarreja, deve-nos o novo hospital que deveria estar em funcionamento em 2014! Quem é que esqueceu o novo hospital? O Plano Estratégico para o CHBV refere uma “lógica de funcionamento tripolar para o CHBV”. Isto é uma hipocrisia dizer-se, pois que em abono da verdade, o que se verifica já é “uma lógica de funcionamento bipolar”, dado que na cabeça dos Presidentes do CHBV e da ARS (Administração Regional de Saúde), Estarreja desapareceu do mapa, pelo menos o seu hospital. Na Orientação Estratégica do plano que o Sr. Presidente trouxe à discussão nesta Assembleia, diz-se que o objectivo é “eliminar redundâncias, garantindo acesso aos cuidados de saúde mais equitativos, de melhor qualidade e ao menor preço”. Estamos em condições de afirmar que a equidade aqui não existe, Estarreja foi liminarmente omitida! Diz-se ainda “investindo no conforto e segurança do doente, etc …..”. Perguntase, onde estão conforto, onde está o Serviço de Proximidade? No capítulo dos Valores e Princípios, afirma-se: Responsabilidade e transparência. -» E nós afirmamos: Não se vislumbra qualquer transparência neste processo. e) Colocação do doente no centro de todos os processos de decisão. -» Desculpem-me a linguagem aberta, “é preciso ter lata”! g) Promoção do mérito, do rigor da avaliação sistemática. -» E então, o que se passou com a cirurgia do ambulatório? Não se lhe reconheceu qualquer mérito? h) Actividade orientada para os resultados. -» Perguntamos: Não temos tido bons resultados? j) Satisfação dos profissionais e colaboradores Os Profissionais de saúde e seus colaboradores não estavam satisfeitos no HVS? k) Satisfação e confiança de todos os seus utentes/doentes -» Pois meus senhores a po- pulação confia e quer o seu hospital. Para finalizar a minha curta intervenção, pretendo ainda dizer, que não sendo eu um especialista de “layouts”, das plantas distribuídas do “antes e depois”, dá para verificar, que o que se pretende fazer é tornar irreversível a transformação do hospital num pavilhão que nada tem a ver com um hospital. Caso seja aprovado, consuma-se a morte do Hospital Visconde de Salreu, que é uma das infra-estruturas que mais falta faz a Estarreja, que tem vindo ao longo dos tempos a prestar assistência na doença aos habitantes do concelho e concelhos limites, em especial a quem não tem dinheiro para recorrer a privados e que tem funcionado como uma peça de fixação de habitantes em Estarreja. Quem aprovar a morte do hospital, deverá estar consciente da responsabilidade de tal acto. Vai ter que justificar perante a sua consciência e perante a sociedade o que acaba de fazer. Eu não terei esse problema!”-------------------JOSÉ GONÇALO DE REBOCHO E COSTA (PS):- intervenção escrita “A atitude deste governo de coligação PSD/CDS é clara: Desmantelar, Inutilizar e privatizar o SNS. Em Estarreja, nós não devemos fugir às preocupações dos nossos conterrâneos, nem esconder-nos dos problemas que afetam os nossos munícipes em prol de uma boa relação intrapartidária. Comecemos pelo início: Setembro 2006 (Governo PS): Anúncio da intenção do encerramento da urgência – Posição da Câmara: Município elaborou Documento Contestação / Manifesto justificativo da Manutenção dos Serviços de Urgência. Setembro 2006. PS Estarreja assume posição CONTRA o fecho das urgências - Setembro de 2006: Comissão de Utentes do Hospital de Estarreja organiza ações de protesto - Outubro a Dezembro 2006: Organiza-se manifestações e velórios de protesto. O Presidente da Câmara participa.- 23 de Julho de 2007: assinado um Protocolo entre a Câmara e o Ministério da Saúde do então Governo PS, com o objetivo de minorar o encerramento do serviço de urgências. Correia de Campos, então ministro, esteve em Estarreja. Protocolo previa requalificação do Hospital Visconde de Salreu com vista à qualificação da atividade na cirurgia de ambulatório, internamento de medicina e cirurgia, cuidados continuados e serviços de apoio aos centros de saúde de Estarreja e Murtosa, no âmbito da patologia clínica e medicina física e reabilitação. Previa ainda o aumento de consultas de especiali- dade, nomeadamente de obstetrícia/ginecologia, pneumologia, pediatria, fisiatria e outras especialidades que o hospital, dentro do seu perfil, entendesse no futuro serem importantes para o seu desempenho. Na base destas propostas esteve um documento de trabalho elaborado pelo PS Estarreja e discutido na Assembleia Municipal. - Fevereiro de 2008: Presidente da Câmara defende construção de hospital Ria Norte para servir Ovar/Murtosa e Estarreja - Setembro de 2008, o PS, numa iniciativa liderada pela então deputada à Assembleia da República Marisa Macedo, propõe a construção de um hospital novo em detrimento das obras de ampliação do atual. - 14 de Fevereiro 2009: o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, veio ao Hospital do Visconde de Salreu anunciar a construção de raiz do novo hospital, coincidindo com a tomada de posse do novo Presidente do Conselho de Administração, Pedro Almeida, ficando aí decidido avançar para a elaboração do plano funcional. - 2009/2010: Presidente da Câmara resolve alterar localização do Hospital, propondo a construção no terreno do antigo matadouro municipal. Plano funcional volta à ‘estaca zero’. - 22 Março de 2011: Secretário de Estado Óscar Gaspar garante que o novo Hospital de Estarreja fica pronto em 2014. Governante homologou deliberação da Administração Regional de Saúde do Centro. Obra do novo hospital deveria arrancar até Março de 2012. Explicou, nessa data, o presidente da ARS, Dr. João Pedro Pimentel, que no novo hospital “valorizaremos a cirurgia de ambulatório, os cuidados continuados, consulta externa e a fisiatria. Estas são as quatro grandes linhas mestras que presidiram ao programa funcional”. A infra-estrutura teria uma ocupação entre 50 a 60 camas. (ESTA É A POSIÇÃO QUE DEFENDO, ENQUANTO CLÍNICO, PARA A MINHA TERRA; UM HOSPITAL DE PROXIMIDADE, QUE RESOLVA OS PROBLEMAS BÁSICOS DE SAÚDE DAS POUPULAÇÕES, DA MURTOSA A ALBERGARIA A VELHA, NÃO SÓ POR ESTARREJA, acrescentando-lhe a valência de Hospital de Dia, e que julgo ser a que nós enquanto autarcas devemos defender. - Eleições Legislativas de 2011: O governo cai na sequência das eleições. A Coligação PSD/CDS passa a governar o país (a mesma que governa Estarreja). O novo governo ‘deixa cair’ o projeto já em curso do novo Hospital de Estarreja. - 15 de Dezembro de 2011: PS apresenta moção na Assembleia Municipal. Sobre presente e futuro do Hospital Visconde de Salreu levantou uma série de questões: - Solicitou à Câmara Municipal de Estarreja toda a documentação e troca de correspondência com o Ministério da Saúde e com a Administração Regional de Saúde desde o inicio de funções do actual Governo; - Condenou toda e qualquer atitude que levará à redução das valências hoje existentes no HVS; - Exigiu por parte do Ministério da Saúde e da Administração Regional de Saúde o cabal esclarecimento acerca da situação presente do HVS; - Exigiu de imediato por parte do Governo o reassumir do compromisso da construção do novo Hospital, bem como o cumprimento do prazo da mesma; - Exigir a manutenção do Hospital de Estarreja e condenar qualquer tentativa de encerramento. Coligação PSD-CDS/PP vota contra a moção. - 24 de Fevereiro de 2012: o Hospital Visconde de Salreu passa a integrar definitivamente o Centro Hospital do Baixo Vouga, EPE. Início de funções do novo Conselho de Administração deste novo organismo.- 17 de Abril 2013: a candidatura do PS Estarreja solicitou uma reunião com o Conselho de Administração do centro Hospitalar do Baixo Vouga. Objetivo: ouvir da administração as intenções relativas ao HVS. Administração responde dizendo que o Plano estratégico está ser ultimado e que depois reunirá com parceiros. A reunião foi recusada. - 24 de Abril: a Cirurgia de Ambulatório de Estarreja atingiu o grau de excelência e surge em primeiro lugar na Avaliação Sinas@Hospital, - sistema criado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) - que visa avaliar, de forma objetiva e consistente, a qualidade dos cuidados de saúde em Portugal. - 10 de Maio, apresentado o Plano estratégico em privado aos parceiros da CIRA. - 10 de Maio, Rádio Terranova: Ribau Esteves 'gosta' do Plano Estratégico. Presidente da Câmara de Ílhavo e da CIRA, 'vincou' o facto de, atualmente, existir um Centro Hospitalar com três polos, "alterações impostas pela Lei", que motivam reações negativas a nível local. "Já não há nenhum Hospital, nem em Aveiro, Águeda ou Estarreja. Isso acabou. Agora existe um Centro Hospitalar, essa é a lógica. Os Presidentes de Câmara sentem que há perdas, mas, é preciso levar em linha de conta a racionalização financeira". - NOTA: José Eduardo Matos, Presidente da CME e representante da CIRA para a saúde, conhecedor do Plano, não teve uma qualquer referência/interferência sobre a intenção de transferir a cirurgia de ambulató- rio do HVS para Águeda. - 21 de Maio: Conselho executivo da CIRA reúne em Estarreja e analisa Plano estratégico do CHBV. Saúda iniciativa. Nada diz de concreto sobre fecho da cirurgia de ambulatório em Estarreja. -22 de Maio: Dr. Paulo Ferreira (Director Clínico) – em carta remetida ao Dr. José Manuel Tereso (ARS Centro) a informar da reorganização; refere que o CA reuniu com autarcas de Estarreja e Águeda, sublinha que os autarcas de Águeda, “mostram dificuldade em perceber os benefícios deste plano, alegando sucessivas perdas sempre que há restruturações no seu Hospital”, de Estarreja, nada refere….Águeda pressionou, e o que é certo é que até aumentou o volume de Cirurgia de Ambulatório em detrimento de Estarreja. - 5 de Junho. Candidatura do PS Estarreja pede ao Conselho de Administração do CHBV nova reunião/visita ao HVS. Não obtém, de novo, resposta. - Setembro 2013. Candidatura do PSD/CDS-PP às autárquicas, em plena campanha, entrega na Câmara um alegado Plano Estratégico para o Hospital. Ainda hoje aguardamos qualquer resposta ou avanço desse Plano…. - Eleição autárquicas. Vence Coligação PSD-CDS/PP. - Outubro 2013. Cirurgia de ambulatório do HVS, que foi considerada a melhor do país, é transferida para Águeda 3 dias por semana e fica em Estarreja 2 dias. Jan 14. Cirurgia de Ambulatório fica apenas um dia por semana em Estarreja. - Março 2014. Consulta Aberta que funcionava no Hospital entre as 8 e as 24h, todos os dias, muda para o Centro de Saúde. Porém só funciona como consulta aberta depois do horário de fecho do Centro de Saúde. - Funcionários do HVS pressionados para se transferirem para Aveiro. O que vai sucedendo. - Setembro 2014 – Secretário de Estado da Saúde visita o Hospital e anuncia 900 mil euros para uma Unidade de Cuidados Paliativos para servir toda a região do Centro Hospitalar do Baixo Vouga. Ou seja, os serviços hospitalares em Estarreja passam a estar reduzidos, na prática, a essa valência. - Outubro de 2014 – PS Estarreja insurge-se novamente contra essa mudança, defende a manutenção do Hospital Visconde de Salreu e recorda a anulação do projeto do Novo Hospital da autoria do anterior governo, por este governo PSD-CDS/PP, votando contra a aprovação transferência da deliberação de uma posição para a Assembleia Municipal. Como é que este Executivo precisa da AM para CHUMBAR esta medida que visa amputar e reduzir drástica e irreversivelmente um Hospital a uma unidade de cuidados médicos, sem urgência, sem cirurgias, indefinida, porque não será Hospital nem Centro de Saúde, (será talvez uma Unidade) com a porta aberta para a retirada posterior das consultas externas consoante a vontade da direcção clínica (volátil) do Centro Hospitalar de Aveiro? Exmo Presidente, o senhor é o líder eleito pelos nossos Municípes, não pelo seu partido que agora promove este ataque ao nosso Hospital, não acha que enfraquece quaisquer tomada de posição hoje nesta Assembleia, saber-se que o Presidente foi incapaz de repudiar e vetar este Plano Estratégico em Reunião de Câmara? Não entrando em ataques puros, mas antes de forma construtiva, não seria mais sensato, o Nº 1 do nosso Concelho chumbar de imediato esta proposta, e ser o primeiro proponente de uma moção à AM na defesa do nosso Hospital? Teríamos muito mais força se defendesse junto dos que o elegeram uma solução unida para o Hospital Visconde Salreu, dando a cara, mesmo perante os que são do seu partido, quaisquer que fosse as consequências que daí advêm…. Hoje esta AM, com deputados conscientes, e sobretudo, Estarrejenses, vai decidir….espero que pela aprovação, de mais uma moção de defesa do nosso Hospital. É pena que este executivo não se tenha decidido, e tenha pedido a outros por decidir por eles. A Neutralidade, é às vezes, inimiga da defesa do que é justo, e é JUSTO ESTARREJA ter um Hospital.”---------------------------------------HÉLDER DE MATOS RODRIGUES (CDS-PP):- Intervenção escrita “Não posso deixar de iniciar a minha intervenção elogiando o trabalho profícuo e a procura de consensos que permitiram produzir o documento que hoje vamos votar. De facto, temos diferenças e grandes. Eu não acredito no nosso modelo de SNS, ao contrário da maioria dos membros desta assembleia. Todos os estudos internacionais que consultei até hoje, a maioria produzidos pela OMS ou OCDE, mostram que o nosso SNS é, quanto muito, razoável e comete o que eu considero ser uma das maiores atrocidades que um SNS pode cometer: assimetria na qualidade e no acesso. É, aliás, isso o que nos traz aqui hoje. Eu acredito em modelos de SNS descentralizados e que permitem liberdade no acesso e na oferta de cuidados à população. Se Portugal tivesse um modelo de SNS bismarckiano, como têm a França, a Alemanha, o Luxemburgo, a Holanda, a Bélgica ou a Áustria não estaríamos aqui hoje com esta discussão. Penso aliás, que se os presentes tiverem familiares nestes países acho que nenhum desses familiares achará que o nosso SNS é melhor do que o que têm no país de acolhimento. Seria importante reflectirmos sobre isto. Mas adiante, existem coisas que nos unem: o facto de todos os estarrejenses, independentemente do seu rendimento mensal, terem o direito ao acesso a cuidados de saúde de proximidade e de qualidade. E, é isso, que nos últimos 20 anos tem sido retirado lentamente aos estarrejenses e por governos de quase todas as forças políticas aqui representadas. Hoje estamos a discutir a sobrevivência do HVS. Um hospital sem bloco cirúrgico não é um hospital. Ou seja, querem-nos tirar lentamente o hospital. Alertei em tempos para o perigo da fusão num centro hospitalar englobando o hospital Infante D. Pedro. Tudo o que temia aconteceu. Centralizou-se quase tudo em Aveiro, destruindo o Hospital Visconde de Salreu e o Hospital e o Hospital de Águeda. Melhorou-se o acesso? Melhorou-se a qualidade do serviço? Melhoraram-se as contas do Hospital Infante D. Pedro? Três nãos. Estamos hoje mais longe dos serviços de saúde, que têm pior qualidade e o Centro Hospitalar do Baixo Vouga continua fa- lido. Continuo a achar que teríamos ganho muito com um Centro Hospitalar constituído por três polos em Estarreja, Ovar e Murtosa. Este seria muito mais equilibrado e permitiria algum grau de diferenciação e qualidade ao contrário de uma solução isolada para Estarreja. Perdeu-se a oportunidade. É imperativo conseguirmos evitar a destruição do bloco cirúrgico no HVS. Se este fechar é o ponto de partida para o encerramento do hospital. Mas o nosso trabalho não pode terminar por aqui. É imperativo mostramos a nossa preocupa- ção com a reforma hospitalar. Com ela iremos perder as consultas de Dermatologia e Urologia no Hospital Infante D. Pedro e estamos em risco de perder um número grande de outras: Gastroenterologia, Endocrinologia, Pneumologia, Otorrinola- ringologia, Oftalmologia entre outras. É importante mobilizarmos a população e produzirmos documentos. Lanço aqui um desafio aos membros da Assembleia: atendendo à facilidade em estabelecermos consensos sobre este documento, seria interessante elaborarmos um Plano Municipal de Saúde, ou seja, aquilo que achamos ser o mínimo em termos de serviços de saúde que o concelho de Estarreja deveria ter e o que não abdicamos que Aveiro tenha para responder aos cuidados saúde mais diferenciados que os estarrejenses necessitam. Fica o repto. A bem da saúde e do futuro de Estarreja”.------------------------------------------------PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE AVANCA:Intervenção escrita –“Saúdo o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia e seus secretários. O Senhor Presidente da Câmara Municipal e Senhores Vereadores. Membros da Assembleia, meus caros Presidentes de Junta, Público presente e comunicação social. Sendo verdade que o “Hospital Visconde de Salreu” é hoje parte do Centro Hospitalar do Baixo Vouga e que desde há cerca de seis ou sete anos, tem vindo a ser objectivamente desarticulado e ou mesmo desmantelado e que este e anteriores Órgãos Autárquicas (leia-se Assembleias) tendo disso dado conta, a isso sempre se opuseram, apetece-me perguntar: O que estamos afinal nós aqui a fazer? Pois ao que me parece, até hoje nada ou muito pouco do que aqui foi democraticamente decido, foi tido em consideração. O Ministério da Saúde, nomeadamente a Entidade responsável pelo trabalho que tem vindo a ser “desenvolvido” no “Hospital Visconde de Salreu” têm manifestado um total alheamento e mesmo falta de res- peito por este Órgão Democrático e nomeadamente pela Comunidade Estarrejense. O “Hospital Visconde de Salreu” tendo em conta o que já foi e o que é hoje, já não deve ser chamado de Hospital! Está irreconhecível e há bastante tempo não existe e não funciona como Hospital! O que ali temos é efectivamente o edifício! Lamento e entristece-me que tenha chegado a esta situação e não quero pensar, que outros valores que não os interesses da Comunidade, tenham falado mais alto, para que tenha chegado à actual situação! A actual situação do “Hospital” preocupa-me como cidadão e naturalmente como responsável pelo Executivo da Junta de Freguesia de Avanca. Mas, como diz o POVO, “um mal nunca vem só”. A esta situação, acresce o facto de a Extensão de Saúde de Avanca – Posto Médico, que conta com cerca de oito mil utentes, ter tido ao serviço cinco médicos, número aliás absolutamente necessário, contando desde há algum tempo, com quatro e a partir de hoje, dia vinte de Outubro, com apenas três médicos (Dr.ª Glória entrou de baixa). Ora como facilmente se poderá constatar, se até aqui estávamos mal, passaremos a estar muito pior! Porque iremos ter então pessoas a esperar, não sei quantos me- ses por uma consulta e a ver pessoas a irem para o Posto Médico á meia-noite e aguardar até às nove horas, para serem consultadas. Será isto humano e justo, digno de um Pais dito Europeu? Fará Avanca parte da Beira Litoral? Mas, para que nem tudo seja mau, terei aqui de referir que há dias, tive uma momentânea e agradável surpresa! É que na Freguesia de Válega, do concelho de Ovar, o Posto Médico ali existente foi recentemente transformado em Unidade de Saúde Familiar, tendo aumentado as vagas para utentes e o médico Rafael Gonçalves, responsável e a prestar serviço naquela Unidade Familiar, telefonou-me no dia trinta de Setembro do corrente ano, para me informar que tinham efectivamente novecentas vagas e que as iria estender à Comunidade de Avanca. Conhecedor das dificuldades relatadas, tal como referi, fiquei momentaneamente contente, pois poderíamos assim, nós Avancanenses, ver atenuado o número de pessoas que não têm médico de família. Mas… Alguns minutos depois, disse para comigo, bolas, o “Hospital de Salreu” está em notória agonia, o nosso posto médico a definhar de dia para dia, com a falta Médicos, Válega vem desta forma alargar as suas vagas até Avanca, que futuro o nosso e o que será de nós? Penso que com este simples mas factual exemplo, que aqui deixo, devemos todos ter a consciência de que o que necessitamos em Estarreja é efectivamente de um HOSPITAL eficiente, que trate efectivamente da saúde da Comunidade e tenha em consideração o risco sempre presente, que é a existência das empresas químicas aqui instaladas e que quem de direito não nos ignore, não nos abandone e não nos coloque no esquecimento!”----------------------------------------RUI JORGE DE OLIVEIRA PINHO E SILVA (PS):Intervenção escrita “Não posso deixar de começar esta intervenção por fazer um reparo à forma como todos nós recebemos o Plano Estratégico do Centro Hospitalar do Baixo Vouga – Projeto de Criação de Cuidados Paliativos – Pólo de Estarreja, na forma ilegível que a maioria dos quadros se apresentavam, fiz esse reparo por e-mail à D.ª Lucinda, mas até hoje não obtive resposta. Tive conhecimento que na Comissão permanente foi entregue uma nova versão mas que padecia do mesmo problema, ou seja é um documento em estado paliativo. Gostaria de poder ter acesso a um documento minimamente legível e estou certo que o executivo já o exigiu a quem de direito. Aguardarei, pacientemente. Agora abordando as questões que aqui nos trazem, gostaria de deixar ao Senhor Presidente da Câmara duas ou três questões, às quais gostaria de obter uma resposta tão breve como as perguntas, mas acima de tudo gostaria ter uma atitude real de comprometimento. Há um ano atrás o Partido Socialista já vinha alertando para a realidade do Hospital Visconde de Salreu, há muito tempo, e lembro-me que na altura o candidato Diamantino Sabina, apresentou um plano estratégico para o hospital, que é feito desse plano estratégico, a pessoa que o recebeu, o que lhe fez? Levou-o em consideração? Presumo que não, pois o resultado está a vista de todos e não é de todo bom, pelo menos para o concelho de Estarreja não é, porque para alguns concelhos aqui bem perto será bom com certeza. 1.Durante este ano que passou, não pude deixar de anotar algumas (poucas) intervenções de sociais-democratas e democratas cristãos estarrejenses que apontavam sempre que a solução do Hospital Visconde de Salreu, passaria apenas por um sentido, a demissão do conselho de administração, mas espante-se até ao momento e um ano e quase um mês depois, este conselho de administração continua “ao serviço” e questiono-me será que ninguém lhes deu conhecimento que na noite de 26 para 27 de Setembro de 2013, sexta-feira, o então candidato à câmara Diamantino Sabina os demitiu via facebook? Ou será que não era verdade e o actual presidente ainda não se retratou publicamente? Sobre o Hospital Visconde de Salreu, o Partido Socialista de Estarreja, pode falar livremente porque neste assunto como na questão das águas, sempre fomos contra as decisões do então governo, e mesmo assistindo ao encerramento das urgências no período das 24h às 8h, por uma questão de falta de utentes, ao mesmo tempo lutou e conseguiu, muito pelo trabalho da nossa deputada na Assembleia da República, a Dra. Marisa Macedo, aprovar um novo hospital para Estarreja, numa altura em que o executivo desta mesma coligação defendia também um novo hospital, mas… em Ovar. Semanas depois e após a tomada de posse de um Governo de coligação PSD/CDS, nessa altura, como hoje, Estarreja não conta com o apoio do Governo. Por fim e já que em 2011 a coligação nunca se manifestou disponível para consensos, hoje após um bom trabalho dos grupos aqui representados na elaboração desta moção e na prevista aprovação da mesma, deixo aqui a minha terceira e última questão: 2. O que é que o Senhor Presidente da Câmara está disposto a fazer na defesa desta moção. Como a vai fazer chegar ao Senhor Ministro da Saúde ou mesmo ao Senhor Primeiro Ministro? E por favor não nos diga aqui que a vai remeter por oficio ou por fax, pois isso é o que seria de esperar de qualquer administrativo. Pergunto ainda porque é que a Coligação PSD/CDS-PP de Estarreja ou “Querer mais” se é assim que querem e preferem ser intitulados não consegue influenciar politicamente os governantes Nacionais no sentido de se concretizarem as Moções que saem desta Assembleia? Porque é que com uma maioria parlamentar, um Governo e um Presidente das mesmas cores partidárias que gerem o Município de Estarreja, nada se consegue? Se agora é assim como será no futuro? Mas diga-nos que está preocupado, sim, muito preocupado e que está disposto a ir às últimas consequências, a abancar à porta do Ministério da Saúde ou em S. Bento, seja onde for, estou certo que contará com o apoio dos que aqui estão presentes. Mas diga aqui que vai. Não diga mais uma vez que está preocupado, pois preocupados estamos nós vai para mais de um ano”.-----------------------JOSÉ DA LUZ MATOS (PPD/PSD): Tomando a pala- vra, referiu o seguinte: 1.ª nota, na semana passada, em Comissão Permanente, foi discutido este assunto e sentimos que na realidade, havia possibilidade de um consenso, além disso queria agradecer aos meus colegas da Permanente o empenho que tiveram na elaboração de uma Moção que será hoje aqui apresentada, e acho que devia deixar aqui uma nota pública para com os meus colegas, Hélder, Diamantino e o Américo, que lá estiveram e se empenharam, e que foram incansáveis, para que tivéssemos hoje aqui uma Moção. 2.ª nota, estamos aqui a discutir este plano estratégico que nos foi apresentando juntamente com o plano de remodelação do Hospital e que é um plano da responsabilidade do Conselho de Administração do Centro Hospitalar, foi ele que o propôs com o apoio do Governo e o primeiro ponto que gostava de destacar é que temos finalmente dinheiro para fazer alguma coisa no hospital, é algo que gostava aqui de salientar, pois há muito tempo que o hospital não vê obras. 3.ª nota, sobre os cuidados paliativos já o disse noutra assembleia, que Portugal está na cauda da Europa no que diz respeito a cuidados paliativos. A Região de Aveiro não tem respostas e esse nível, este mês saiu uma notícia na imprensa que dava conta disso e, desse ponto de vista, Estarreja tem aqui uma primeira resposta na rede hospitalar. Só que nós não podemos deixar que o hospital seja só isso, porque isto é pouco, obviamente que estamos a falar de um projeto que trás obras para o hospital e, mais uma vez, também dinheiro, estamos a falar de 900 mil euros, gostava de frisar que é um valor muito significativo que o hospital já não via há muito tempo. Só que o hospital não se pode resumir apenas aos paliativos, deve ser mais do que isso e este plano que nos é apresentado tem aqui um aspecto que eu acho que não é de boa-fé, que é o arrasar do bloco operatório, que elimina qualquer hipótese de voltarmos a ter cirurgia de ambulatório em Estarreja. Ora, nós que tivemos uma reunião com o Presidente do Centro Hospitalar, que sempre nos disse que não queria desistir da cirurgia de ambulatório de Estarreja, que nos disse para não estarmos preocupados, pois se houvesse alguma alteração que nos avisava, somos agora confrontados com o contrário de tudo isso. O Sr. Presidente do Conselho de Administração fez realmente tudo ao contrário, não só faltou à verdade, como acabou por tirar a cirurgia do ambulatório de Estarreja e foi inaugurá-la em Águeda e não satisfeito com que tinha conseguido quer dar agora o golpe final, ao arrasar o bloco operatório do hospital. Resolve apenas deixar as pequenas cirurgias em Estarreja como se isso fosse alguma coisa, qualquer médico especialista num consultório em Aveiro faz pequenas cirurgias, acho, por isso, que há aqui má-fé neste plano. Julgo que nesta AM há consenso no sentido de não podermos aceitar uma coisa destas, obviamente que é importante termos obras no hospital e é um investimento considerável, mas não nos podemos vender pelos 900 mil euros, temos que marcar posição: que se faça os cuidados paliativos, mas que se mantenha bloco operatório. Estão também previstas consultas externas, mas importa saber que consultas externas é que vamos ter? Lembrava aqui que não nos serve de nada termos muitas especialidades, quando funcionam mal. Hoje o hospital tem uma capacidade muito menor em consulta externa do que há uns anos atrás, quando tínhamos vários especialistas que davam consulta todos os dias. Vejamos dois exemplos: hoje temos um ortopedista que vem cá uma vez por semana, e que faz o que pode, mas não dá vazão à lista de espera, temos um cirurgi- ão que também faz o que pode, mas que não consegue dar resposta à procura, portanto, estamos muito pior que há anos atrás. Podemos ver que o plano de remodelação do hospital tem aqui uns gabinetes muito giros, mas isto não é só fazer bonecos, nós temos que saber que consultas é que vamos ter e que especialidades, o que nos interessa é ter aqui algo que funcione, não é só ter aqui um médico de 15 em 15 dias e uma lista de espera que nunca mais acaba. Não nos podemos calar em relação a isto. Em relação há cirurgia de ambulatório, o Dr. José Afonso sempre fez de tudo para acabar com isto em Estarreja e parece que conseguiu, mas não nos podemos calar, se ele levar a cabo este plano para arrasar com o bloco operatório e se deixarmos que isso aconteça, então nem nos próximos 20 anos podemos voltar a pedir cirurgia para Estarreja. Como já disse, fico contente que tenha havido entre nós um trabalho conjunto pondo de parte as divergências partidárias, acho que lucramos todos com isso. A AM não pode ficar calada perante o que está a acontecer. Terminava dizendo o seguinte: HVS com cuidados paliativos muito bem, mas sem ambulatório não é nada, agora temos que agarrar esta oportunidade, embora não a qualquer custo. Sem investimento o HVS não tem futuro, quem entra no hospital, hoje em dia, e dá lá dentro uma volta vê o estado em que ele está. Na verdade, há uma enorme necessidade do hospital ter obras. Gostava ainda de frisar um aspeto final que já foi referido aqui pelo Sr. Presidente da junta de Avanca, que é a frustração das nossas queixas não terem eco nas entidades competentes, também sinto isso, mas nós não podemos ficar calados e fingir que não estamos a ver o que se passa, eu também partilho desse sentimento de que as entidades que mandam, olham para o lado e fazem de conta que não sabem de nada, mas nós não podemos desistir, se não dissermos nada, se ficarmos calados, somos cúmplices e nós não podemos ficar em silêncio. Nota final para dizer que estamos hoje aqui a discutir o presente e o futuro do nosso hospital, eu acho que o passado já não interessa nada, se não para corrigirmos erros, o que se fez no passado já não se pode alterar e não nos leva a lado nenhum, se aprendemos alguma coisa é importante, mas já passou, não podemos voltar atrás, deste ponto de vista temos que ter pensamento no futuro. Gostava também de sublinhar que ainda bem que este assunto veio à AM, este assunto era demasiado importante para ficar apenas no âmbito de discussão da CME e em boa hora foi remetido a esta assembleia. Sendo assim, temos o dever de tomar posição e de chumbar este plano.-------------------------------------PATRÍCIA RAQUEL RODRIGUES COUTO (PS):-Intervenção escrita “Antes de minha intervenção queria deixar uma pequena nota: Apreciei bastante a vontade que surgiu agora à coligação para o consenso! Pena vir tarde!! Agora que não há quase nada a fazer… é curioso também ver as mesmas pessoas em 2011 com uma opinião e agora com outra. Na passada reunião o deputado Hélder Rodrigues muito ofendido, apelidou o grupo parlamentar do Partido Socialista de ignorante, e principalmente a mim, uma vez que fui eu que fiz a intervenção sobre a moção apresentada sobre a saúde onde me referi a cuidados continuados em vez de paliativos. Concordo, usei o termo incorreto. No entanto todos perceberam muito bem o que quis dizer e quando referi que esta unidade será um “depósito” de pessoas que aguardam a sua hora, não quis ferir as suscetibilidades de ninguém, mas infelizmente não deixa de ser isso mesmo. Apenas usei um termo um pouco forte… o qual já foi retirado da inter- venção. O sr. na sua intervenção referiu esta unidade como sendo um local onde “as pessoas ficariam até que surgisse uma cura e então aí passavam para os cuidados curativos”, palavras suas. Mas, meu caro Hélder como gosto de estar informada, e bem informada e não gosto que façam de mim ignorante entre outras coisas, fui pesquisar a definição de cuidados paliativos. Na página do portal da saúde há uma introdução a este tema e diz o seguinte: “os cuidados paliativos constituem uma resposta organizada do Serviço Nacional de Saúde à necessidade de tratar, cuidar e apoiar ativamente doentes na fase final da vida.” E o que são afinal cuidados paliativos? “São cuidados prestados a doentes em situação de intenso sofrimento decorrente avançada e de doença rapidamente incurável progressiva. O em fase objetivo consiste em promover, tanto quanto possível e até ao fim, o bem-estar e a qualidade de vida destes doentes. Os cuidados paliativos têm como componentes essenciais o alívio dos sintomas, o apoio psicológico, espiritual e emocional do doente, o apoio à família e o apoio durante o luto, o que implica o envolvimento de uma equipa interdisciplinar de estruturas diferenciadas.” Como é que são prestados os cuidados paliativos? Os cuidados paliativos proporcionam aos doentes que vão morrer a possibilidade de receberem cuidados num ambiente apropriado, que promova a proteção da dignidade do doente incurável na fase final da vida. Espero que tenha ficado esclarecido definitivamente do que falamos quando referem cuidados paliativos. Na própria memória justificativa e descritiva do projeto de criação desta unidade, que por acaso refere que serão cuidados paliativos com e (dá-nos ainda uma esperança que isto não passe afinal de paleio) refere na segunda página que esta unidade se destina a doentes em situação clínica decorrente de doença severa e/ou avançada, incurável e progressiva. Na minha ignorância continuo a dizer que em vez de exultarmos agora a vinda de uma unidade destas para servir a população como gostam de fazer crer, seria muito melhor - e foi esse o sentido da minha intervenção - que tivessem lutado para termos os cuidados básicos em Estarreja como as consultas, exames, cirurgia de ambulatório, serviços de enfermagem, etc, pois esses é que fazem verdadeiramente falta à população”.-----------------------------------------------HELDER DE MATOS RODRIGUES (CDS-PP):- Inter- venção escrita “A referência à ignorância foi, por pedido meu, retirada da acta da última Assembleia Municipal a partir do momento em que a própria bancada do partido socialista retirou a afirmação infeliz produzida. Uma vez que a mantém eu sou obrigado a manter a expressão. Mas as suas palavras são a minha própria defesa. Como disse: uma unidade de cuidados paliativos é um serviço multidisciplinar. Ou seja, não é um sítio para fazer pensos. O que eu gostaria de saber depois deste tipo de expressões utilizadas para classificar uma unidade de cuidados paliativos é o que é que o PS Estarreja pensa sobre os lares”.---------DIAMANTINO SABINA (PRESIDENTE DA CME):- Usando da palavra, informou todas as diligências que efectuou no Ministério da Saúde e na ARS Centro, referindo como tem sido difícil lidar com este assunto. Deu conta que já explicou na Comissão Permanente que é contra esta situação, mas não é contra a este investimento para a Unidade de Cuidados Paliativos para Estarreja, um investimento de 900 mil euros que foi já anunciado pelo Sr. Secretário de Estado, em Setembro. Foi convocado para numa reunião no HVS – Hospital Visconde de Salreu, onde esteve um representante da Santa Ca- sa da Misericórdia de Estarreja, pela 1.ª vez, onde foi apresentado uma versão nova. Essa versão comprometia o bloco operatório. Referiu ainda, que não concorda só com os cuidados paliativos sem bloco operatório, essa deve ser a nossa posição. O José Matos disse, e muito bem, o Hospital é velho e precisa de obras, os 900 mil euros são muito bem-vindos, temos que os aceitar de braços abertos para a Unidade de Cuidados Paliativos. Por último, referiu que está de acordo com a Moção, defendendo uma posição mais favorável para Estarreja.------------------------------------------Terminadas as intervenções, passou-se de seguida à votação, tendo o “Plano Estratégico do Centro Hospitalar do Baixo Vouga – Projeto de Criação de Cuidados Paliativos – Pólo de Estarreja” sido rejeitado, por unanimidade.----------------PATRÍCIA RAQUEL RODRIGUES COUTO (PS):- Entregou à Mesa da AM uma declaração de voto, subscrita pelos membros do PS, do seguinte teor: ”O Partido Socialista de Estarreja sempre defendeu a existência de um hospital em Estarreja que fosse capaz de servir as necessidades da população e que fosse adequado à nossa realidade industrial. De há alguns anos para cá, mais concretamente nestes últimos anos, Estarreja assistiu ao esvaziamento sucessivo do seu Hospital e assistiu também à passividade da Câmara Municipal em todo este processo. A criação desta unidade de cuidados paliativos implica que o Hospital Visconde de Salreu desapareça e, com ele, desapareçam também todos os serviços de saúde básicos de proximidade. Por muito que a Câmara Municipal queira fazer parecer, esta unidade e o investimento de 900 mil euros para a sua criação não é mais do que pura demagogia. Pois esta unidade irá abranger 400.000 habitantes da região. E não será como o nosso Presidente da Câmara gosta de sublinhar: muito importante para a população pois esta não poderá “usufruir “ em exclusivo deste serviço. Ninguém em Estarreja poderá ficar satisfeito ao assistir à troca de serviços hospitalares tão importantes, como p.ex a cirurgia de ambulatório, por uma unidade direcionada a um fim muito específico e a doentes que serão na sua maioria de fora do município. Defendemos que esta unidade de cuidados paliativos poderia ser instalada desde que fosse integrada num Hospital que mantivesse todos os outros serviços. Serviços que existiram e todos os outros que tinham sido previstos para o novo hospital, que um dia Estarreja quase teve, não tivesse este governo deixado cair por terra esse projeto. Em consciência não podemos estar a favor desta proposta. Para um melhor enquadramento, deixamos nesta declaração de voto a cronologia de todos os factos relacionados com este assunto e que demonstram bem as tomadas de posição quer do Partido Socialista quer da Câmara que nos últimos 13 anos nos tem governado. - Setembro 2006 (Governo PS): Anúncio da intenção do encerramento da urgência – Posição da Câmara: Município elaborou Documento Contestação/Manifesto justificativo da Manutenção dos Serviços de Urgência; - Setembro 2006. PS Estarreja assume posição CONTRA o fecho das urgências; - Setembro de 2006: Comissão de Utentes do Hospital de Estarreja organiza ações de protesto;- Outubro a Dezembro 2006: Organizase manifestações e velórios de protesto. O Presidente da Câmara participa;- 23 de Julho de 2007: assinado um Protocolo entre a Câmara e o Ministério da Saúde do então Governo PS, com o objetivo de minorar o encerramento do serviço de urgências. Correia de Campos, então ministro, esteve em Estarreja. Protocolo previa requalificação do Hospital Visconde de Salreu com vista à qualifi- cação da atividade na cirurgia de ambulatório, internamento de medicina e cirurgia, cuidados continuados e serviços de apoio aos centros de saúde de Estarreja e Murtosa, no âmbito da patologia clínica e medicina física e reabilitação. Previa ainda o aumento de consultas de especialidade, nomeadamente de obstetrícia/ginecologia, pneumologia, pediatria, fisiatria e outras especialidades que o hospital, dentro do seu perfil, entendesse no futuro serem importantes para o seu desempenho. Na base destas propostas esteve um documento de trabalho elaborado pelo PS Estarreja e discutido na Assembleia Municipal. - Fevereiro de 2008: Presidente da Câmara defende construção de hospital Ria Norte para servir Ovar/Murtosa e Estarreja. - Setembro de 2008, o PS, numa iniciativa liderada pela então deputada à Assembleia da República Marisa Macedo, propõe a construção de um hospital novo em detrimento das obras de ampliação do atual. - 14 de Fevereiro 2009: o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, veio ao Hospital do Visconde de Salreu anunciar a construção de raiz do novo hospital, coincidindo com a tomada de posse do novo Presidente do Conselho de Administração, Pedro Almei- da, ficando aí decidido avançar para a elaboração do plano funcional. - 2009/2010: Presidente da Câmara resolve alterar localização do Hospital, propondo a construção no terreno do antigo matadouro municipal. Plano funcional volta à ‘estaca zero’. - 22 Março de 2011: Secretário de Estado Óscar Gaspar garante que o novo Hospital de Estarreja fica pronto em 2014. Governante homologou deliberação da Administração Regional de Saúde do Centro. Obra do novo hospital deveria arrancar até Março de 2012. Explicou, nessa data, o presidente da ARS, Dr. João Pedro Pimentel, que no novo hospital “valorizaremos a cirurgia de ambulatório, os cuidados continuados, consulta externa e a fisiatria. Estas são as quatro grandes linhas mestras que presidiram ao programa funcional”. A infra-estrutura teria uma ocupação entre 50 a 60 camas. - Eleições Legislativas de 2011: O governo cai na sequência das eleições. A Coligação PSD/CDS passa a governar o país (a mesma que governa Estarreja). O novo governo ‘deixa cair’ o projeto já em curso do novo Hospital de Estarreja. - 15 de Dezembro de 2011: PS apresenta moção na Assembleia Municipal. Sobre presente e futuro do Hospital Visconde de Salreu levantou uma série de questões: - Solicitou à Câmara Municipal de Estarreja toda a documentação e troca de correspondência com o Ministério da Saúde e com a Administração Regional de Saúde desde o inicio de funções do actual Governo; - Condenou toda e qualquer atitude que levará à redução das valências hoje existentes no HVS; - Exigiu por parte do Ministério da Saúde e da Administração Regional de Saúde o cabal esclarecimento acerca da situação presente do HVS; - Exigiu de imediato por parte do Governo o reassumir do compromisso da construção do novo Hospital, bem como o cumprimento do prazo da mesma; - Exigir a manutenção do Hospital de Estarreja e condenar qualquer tentativa de encerramento. Coligação PSD-CDS/PP vota contra a moção.- 24 de Fevereiro de 2012: o Hospital Visconde de Salreu passa a integrar definitivamente o Centro Hospital do Baixo Vouga, EPE. Início de funções do novo Conselho de Administração deste novo organismo.- 17 de Abril 2013: a candidatura do PS Estarreja solicitou uma reunião com o Conselho de Administração do centro Hospitalar do Baixo Vouga. Objetivo: ouvir da administração as intenções relativas ao HVS. Administração responde dizendo que o Plano estratégico está ser ultimado e que depois reunirá com parceiros. A reunião foi recusada.- 24 de Abril: a Cirurgia de Ambulatório de Estarreja atingiu o grau de excelência e surge em primeiro lugar na Avaliação Sinas@Hospital, - sistema criado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) - que visa avaliar, de forma objetiva cuidados de e saúde consistente, em a Portugal. qualidade - 10 de dos Maio, apresentado o Plano estratégico em privado aos parceiros da CIRA.- 10 de Maio, Rádio Terranova: Ribau Esteves 'gosta' do Plano Estratégico. Presidente da Câmara de Ílhavo e da CIRA, 'vincou' o facto de, atualmente, existir um Centro Hospitalar com três polos, "alterações impostas pela Lei", que motivam reações negativas a nível local. "Já não há nenhum Hospital, nem em Aveiro, Águeda ou Estarreja. Isso acabou. Agora existe um Centro Hospitalar, essa é a lógica. Os Presidentes de Câmara sentem que há perdas, mas, é preciso levar em linha de conta a racionalização financeira". -11 de Maio :José Eduardo Matos, Presidente da CME e representante da CIRA para a saúde, conhecedor do Plano, não teve uma qualquer referência/interferência sobre a intenção de transferir a cirurgia de ambulatório do HVS para Águeda. -21 de Maio: Conselho executivo da CIRA reúne em Estarreja e analisa Plano estratégico do CHBV. Saúda iniciativa. Nada diz de concreto sobre fecho da cirurgia de ambulatório em Estarreja.-22 de Maio: Dr. Paulo Ferreira (Director Clínico) – em carta remetida ao Dr. José Manuel Tereso (ARS Centro) a informar da reorganização; refere que o CA reuniu com autarcas de Estarreja e Águeda, sublinha que os autarcas de Águeda, “mostram deste dificuldade plano, em alegando perceber sucessivas os benefícios perdas sempre que há restruturações no seu Hospital”, de Estarreja, nada refere….Águeda pressionou, e o que é certo é que até aumentou o volume de Cirurgia de Ambulatório em detrimento de Estarreja.- 5 de Junho: Candidatura do PS Estarreja pede ao Conselho de Administração do CHBV nova reunião/visita ao HVS. Não obtém, de novo, resposta. - Setembro 2013: Candidatura do PSD/CDS-PP às autárquicas, em plena campanha, entrega na Câmara um alegado Plano Estratégico para o Hospital. Ainda hoje aguardamos qualquer resposta ou avanço desse Plano….- Eleição autárquicas: Vence Coligação PSDCDS/PP.- Outubro 2013: Cirurgia de ambulatório do HVS, que foi considerada a melhor do país, é transferida para Águeda 3 dias por semana e fica em Estarreja 2 dias.- Janeiro 14: Cirurgia de Ambulatório fica apenas um dia por semana em Estarreja.- Março 2014: Consulta Aberta que funcionava no Hospital entre as 8 e as 24h, todos os dias, muda para o Centro de Saúde. Porém só funciona como consulta aberta depois do horário de fecho do Centro de Saúde. - Funcionários do HVS pressionados para se transferirem para Aveiro. O que vai sucedendo. - Setembro 2014: Secretário de Estado da Saúde visita o Hospital e anuncia 900 mil euros para uma Unidade de Cuidados Paliativos para servir toda a região do Centro Hospitalar do Baixo Vouga. Ou seja, os serviços hospitalares em Estarreja passam a estar reduzidos, na prática, a essa valência.- Outubro de 2014: PS Estarreja insurge-se novamente contra essa mudança, defende a manutenção do Hospital Visconde de Salreu e recorda a anulação do projeto do Novo Hospital da autoria do anterior governo, por este governo PSD-CDS/PP, votando contra a aprovação transferência da deliberação de uma posição para a Assembleia Municipal. Pelo exposto, em concordância com os vereadores do Partido Socialista, por Estarreja e em defesa dos interesses de todos os estarrejenses, votamos conscientemente contra o plano descritivo apresentado pelo Centro Hospitalar do Baixo Vouga”.--------------------------------De seguida, Diamantino Garrido Correia, em representação dos grupos municipais, leu a moção que a seguir se transcreve, a qual resultou da colaboração do membros presentes na reunião da Comissão Permanente, realizada no passado dia 15 de outubro: “Moção – POR UM HOSPITAL MELHOR, Analisada a proposta da criação de uma unidade de Cuidados Paliativos no Hospital Visconde de Salreu (HVS), a Assembleia Municipal de Estarreja reunida em sessão extraordinária no dia 20 de Outubro de 2014, deliberou o seguinte: 1.Rejeitar o plano descritivo apresentado pelo Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV); 2. Exigir a manutenção do atual Bloco Cirúrgico na intervenção prevista, considerando a possibilidade simultânea de prestação de cuidados paliativos, como agora se pretendem implementar no HVS;3.Exigir a concretização de um plano estratégico para o CHBV que dê estabilidade a profissionais e utentes, envolvendo a população na sua discussão, designadamente os utentes, os profissionais de saúde e os representantes autárquicos, conforme previsto na Reso- lução da Assembleia da República n.º 42/2014; 4.Exigir a manutenção da Unidade de Cirurgia de Ambulatório no HVS de forma a dar resposta a todas as solicitações necessárias, diminuindo as listas de espera que existem atualmente e contribuindo para o prestígio do CHBV e do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Consideramos que as razões técnicas apresentadas para o encerramento da cirurgia de ambulatório em Estarreja são completamente infundadas e sem tradução na realidade, não se vislumbrando uma relevante poupança económica ou ganhos em qualidade com esta medida;5.Exigir a abertura de um Serviço de Urgência Básico no HVS e consequentemente, todas as valências necessárias associadas de forma a salvaguardar a prestação de cuidados de saúde mais rápidos em situações agudas de menor complexidade; 6.Exigir a criação de um leque de ofertas de consultas de especialidade no HVS, onde impere a lógica da complementaridade de valências dentro do CHBV, de proximidade, tendo em conta a proporção da procura, tal como já existiu neste hospital e que tão bons serviços prestaram às populações; 7.Exigir o retorno dos meios complementares de diagnóstico, tais como, Ecografia, Ecocardiografia, Exames Di- gestivos, dando resposta às consultas do HVS e dos cuidados primários de saúde; 8.Apoiamos o reforço dos meios materiais e humanos através da contratação de médicos, enfermeiros, auxiliares de ação médica, administrativos, técnicos de diagnóstico e terapêutico e técnicos superiores, garantindo o pleno funcionamento tanto ao nível hospitalar como da rede de cuidados primários das unidades e extensões de saúde existente;9. Exigimos que o CHBV, tendo em conta o contexto de vulnerabilidade do concelho de Estarreja e limítrofes face à existência de um complexo de indústria química importante, garanta os meios necessários para a ativação do Plano de Emergência Externo de Estarreja na sua esfera de competências, em caso de uma ocorrência no Concelho. O projeto apresentado é absolutamente omisso em relação à futura capacidade de resposta do HVS a uma situação de eventual acidente químico; 10. Atendendo ao disposto nos nºs anteriores, estamos disponíveis para aceitar a criação de uma Unidade de Cuidados Paliativos no Hospital Visconde de Salreu, por forma a criar uma outra missão para esta Instituição, desde que não inviabilize a manutenção das valências originais do HVS. A Assem- bleia Municipal de Estarreja reitera que a Unidade de Cuidados Paliativos deverá coabitar com as valências supracitadas, dando também resposta aos problemas básicos de saúde da população e prestar, assim, um verdadeiro Serviço de Proximidade. Relembramos que a legislação que enquadra a criação dos Centros Hospitalares impõe, no caso do CHBV, uma lógica tripolar, que mais uma vez não é respeitada na proposta que nos foi apresentada. Delibera ainda dar conhecimento desta Moção ao Conselho de Administração do CHBV, CIRA, ARS Centro, Ministério da Saúde”.--------------------------Seguidamente, foi colocada a Moção à votação, tendo a mesma sido aprovada, por unanimidade.-------Mais foi decidido, por unanimidade, aprovar esta deliberação em minuta, para efeitos de execução imediata.-------------------------------------Não havendo mais assuntos a analisar ou decidir, o Presidente da Assembleia deu por encerrados os trabalhos, eram vinte e duas horas.----------Para constar e devidos efeitos, se lavrou a presente ata que, depois de submetida a aprovação da Assembleia, vai ser assinada pelos membros da Mesa.-------------------------------------------- _________________________________________________