Correio da Fraternidade ANO 23 – nº 275 Distribuição Gratuita Maio de 2012 Grupo Espírita “Irmão Vicente” A ESCOLA “ANNE SULLIVAN” EM DESFILE POSSUÍMOS O QUE DAMOS HÁ 38 ANOS Há 38 anos a Escola Anne Sullivan atende aos deficientes da audição. Criada em 23 de Maio de 1974 com o nome de “Casa da Criança Cega Surda e Muda”, a entidade teve o seu nome mudado alguns meses depois para “Instituto Terapêutico Anne Sullivan”, por sugestão das profissionais que atuavam na época, em homenagem a uma famosa professora americana que educou e acompanhou durante toda a sua vida uma surda-cega, a não menos conhecida, Hellen Keller. No início, o Instituto atendia a surdos e a cegos, mas, após alguns anos, passou a trabalhar apenas com os surdos. Os anos se passaram e em 1991 o Instituto tornou-se Escola. E o tempo continuou correndo, os alunos e o corpo docente se renovaram, a metodologia de trabalho foi revisada e aprimorada, mas uma meta se mantêm: dispensar aos surdos e às suas famílias o mínimo de atendimento que suas situações exigem1. E para tal, era preciso capacitar os espíritas desta comunidade, uma vez que hoje ela sustenta todo o orçamento da Escola e da Casa, através de atividades próprias de seu quadro associativo, para os trabalhos de apoio que a Escola exige para funcionar, pois, atualmente, a Escola além de oferecer gratuitamente um atendimento pedagógico especializado que proporciona a alfabetização da criança surda, oferece também atividades complementares que auxiliam-nas a prepararem-se para a vida. Mas, em 1974 esta comunidade ainda não estava preparada para tal empreitada, aliás, quase não havia comunidade... Foi na década de 80 que o trabalho de preparação desta teve início, tendo à sua frente o pulso firme do Mentor desta Casa. Tudo começou com a revitalização da biblioteca espírita, com a estruturação da evangelização infantil e com o estudo sistemático do Livro dos Espíritos, para os adultos, entre outras atividades, que possibilitaram ao longo dos anos um amadurecimento doutrinário da comunidade espírita que hoje se ombreia, conscientemente, para a consolidação paulatina da implantação do ideal cristão no cotidiano da Escola; não através de palavras, mas sim, através de atos e de sentimentos de respeito ao próximo, que envolvem estes surdos e suas famílias num clima que os consola e estimula, muito mais do que qualquer recurso material. 1 Cibele – Diretora Pedagógica Ir. Vicente 05/04/97 UM BAZAR DIFERENTE No dia 21 de maio, uma segunda-feira que deveria ser como uma outra qualquer do mês de maio, as portas da “casinha” do GEIV não se abriram para as crianças do Anne Sullivan, para as atividades do projeto “Vida Independente”, como de costume. As portas da casinha – como é conhecida uma casa que antigamente era utilizada para abrigar os caseiros do GEIV – se abriram para receber os pais, familiares e vizinhos dos alunos. Todos vieram aproveitar um bazar diferente. Os artigos iam de utensílios de cozinha e itens de decoração até roupas e sapatos para adultos e criança. Isso sem contar os brinquedos, que, por antigos ou incompletos, entraram na categoria de itens para doação; afinal mantinham suas qualidades recreativas. Os preços? Ah, os preços variavam de 5 peças por um real, até cobertores por 2 reais, além de alguns sofás por 20 reais. E quando cada um dos participantes terminava suas compras, não foram poucos os que, ao observar que a quantia gasta havia sido menor que a prevista, voltaram para verificar se realmente não havia mais nada de que precisavam ou que lhes poderia ser útil, e retornavam ao caixa com mais alguns itens. Isso sem contar as compras que foram feitas também para amigos, irmãos, e parentes que não puderam comparecer. Para aqueles que participaram do bazar havia até bolo e refrigerante, pois alguns vieram com seus filhos nos transportes de outras cidades e passaram a manhã toda na Escola. E ainda a postos para ajudar os compradores, havia trabalhadores da Escola (comunitárias do GEIV) que informavam preço, sugeriam peças a ser adquiridas e davam as indispensáveis opiniões para ajudar na decisão. Foi, assim, um bazar em que não se viu disputa ou discussão por este ou aquele item, onde pais e parentes de alunos aproveitaram o momento para estreitarem-se e se conhecer; para conversarem com a visitadora (comunitária do GEIV) e pedir-lhe que fosse novamente visitá-los, como quem convida um amigo a tomar uma xícara de café em casa. Foi um encontro de pais, mães, parentes e vizinhos de alunos, além de comunitários do GEIV, que se assemelhou a um pequeno encontro de família, onde as sacolas saíram sim abarrotadas de compras, mas que pelas compras ou pelo encontro deixou um gostinho de quero mais, com a pergunta de muitos ao saírem: Quando será o próximo bazar? Sheila Dar uma moeda, um sorriso, uma palavra amiga. Estender uma mão de apoio, fornecer um ombro de consolo, perdoar os erros alheios. Tudo isso, cotidianamente, parecem-nos favores que fizemos em benefício do próximo. No entanto, atentos que devemos ser às lições do Evangelho, Emmanuel nos esclarece passagem de Paulo onde o apóstolo dos gentios diz: É mais bem-aventurado dar do que receber. – PAULO. (Atos, 20:35) Quando alguém se refere à passagem evangélica que considera a ação de dar mais alta bem-aventurança que a ação de receber, quase todos os aprendizes da Boa Nova se recordam da palavra "dinheiro". Sem dúvida, em nos reportando aos bens materiais, há sempre mais alegria em ajudar que em ser ajudado, contudo, é imperioso não esquecer os bens espirituais que, irradiados de nós mesmos, aumentam o teor e a intensidade da alegria em torno de nossos passos. Quem dá recolhe a felicidade de ver a multiplicação daquilo que deu. Oferece a gentileza e encorajarás a plantação da fraternidade. Estende a bênção do perdão e fortalecerás a justiça. Administra a bondade e terás o crescimento da confiança. Dá o teu bom exemplo e garantirás a nobreza do caráter. Os recursos da Criação são distribuídos pelo Criador com as Criaturas, a fim de que em doação permanente se multipliquem ao Infinito. Serás ajudado pelo Céu, conforme estiveres ajudando na Terra. Possuímos aquilo que damos. Não te esqueças, pois, de que és mordomo da vida em que te encontras. Cede ao próximo algo mais que o dinheiro de que possas dispor. Dá também teu interesse afetivo, tua saúde, tua alegria e teu tempo e, em verdade, entrarás na posse dos sublimes dons do amor, do equilíbrio, da felicidade e da paz, hoje e amanhã, neste mundo e na vida eterna. Fonte Viva – Emmanuel - psic. Francisco C. Xavier lição 117 (Compilado por Sheila) CASOS DE DEMÊNCIA VÃO TRIPLICAR ATÉ 2050, DIZ A OMS Hoje são 35,6 milhões de pessoas no Mundo que sofrem de demência. Em 2030 chegará a 65,7 milhões e até 2050 pode chegar a 115,4 milhões. Ver pág. 5 INTERESSANTES FATOS HISTÓRICOS DA VIDA DE CHICO VOLTAIRE VOLTOU! Há 274 anos, Voltaire, o grande pensador iluminista francês, um dos homens mais influentes do século 18, desencarnou. Ver pág. 8 Dentre tantas homenagens e títulos recebidos por Chico Xavier, cabe destacar o de Cidadão Paulistano... Ver pág. 8 VISÃO INTEGRAL DO SER OMS define em seu estatuto que “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”. Ver pág. 3 HÁ 150 ANOS Entre o outono e inverno francês de 1862, saía o Mestre de Lyon para realizar aquela que então ficaria conhecida como a Viagem Espírita em 1862. Ver pág. 7 (continua) PESSOAS QUERIDAS Incentivemos os familiares queridos a fazerem o melhor de si mesmos, sem, no entanto, desconsiderar-lhes a vocação para as tarefas mais simples. * Atendamos ao imperativo do diálogo construtivo em que as nossas sugestões de melhoria possam ser plenamente enunciadas. Calma – Emmanuel – psicografia de Francisco Cândido Xavier – p.40 “QUEM SOMOS?” “Mas o espírito maligno lhes respondeu: Conheço a Jesus e bem sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?” – (Atos, 19:15) O diálogo supra ocorreu entre os filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes e um espírito maligno. Obviamente através do concurso de um medianeiro. Cujas consequências resultaram em excelente lição para aqueles que ousam doutrinar espíritos malévolos sem estar devidamente preparados para tanto. Pois inadvertidamente empregam, tal como os filhos de Ceva, frases vazias sem terem a seu favor a vivência moral do que pregavam. O resultado narrado, nos versículos seguintes, foi que: “Fazendo saltar o médium que o recebia, o espírito maligno, assenhoreou-se de dois encarnados, dos seis irmãos que ouviam a comunicação, pôde mais do que eles, de tal sorte que, nus e feridos, fugiram daquela casa”. Como se pode depreender de tal passagem da vida de Paulo, não é de agora que ocorrem as comunicações mediúnicas, como também os incautos não escapam das consequências de tal imprudência. Todavia evidencia-se a recomendação de Kardec em o livro “A Obsessão”, que é transcrita a seguir, como um alerta sempre necessário a todos aqueles que se lançam a tais propósitos. Ei-la: “... Sabe-se que um perigo previsto é um perigo meio evitado. Diremos mais: para quem quer que esteja bem informado da ciência, tal perigo não existe; existe apenas para aqueles que têm a presunção de saber, isto é, como em todas as coisas, para aqueles que não possuem a necessária 1 experiência...”. E dizer-se que, de modo geral, raramente os espíritas dignam-se à leitura das chamadas Obras Básicas, todas de Kardec, em número de seis! Para não deixar-se de mencionar que muitos leem, mas delas compreendem pouco... Os resultados?... Pode-se imaginar. Pois as consequências são inevitáveis... Críticas em jornais, TVs, etc. em detrimento da Doutrina. Como se a Doutrina fosse responsável pelo despreparo de seus praticantes. Emmanuel ainda sobre esta página de Paulo, assim comenta: “... Quando vos 2 dispuserdes, portanto, a esse gênero de trabalho, não olvideis vossa própria identificação, porque, provavelmente, sereis interpelados pelos representantes do mal, que vos perguntarão sem nenhuma cerimônia: Quem sois?...” Mais a mais, quanto tempo dispersado pela humanidade, evitando o intercâmbio com o mundo espiritual, através dos recursos da mediunidade! Pode-se imaginar quão nefastas foram as diferentes interpretações religiosas dadas para as lições deixadas por Jesus e seus discípulos! Tais interpretações sempre insistiram em caracterizar tal procedimento como coisa diabólica. A argumentação tendenciosa de alegar que o uso frívolo de tal dom mediúnico, pelo povo judeu, levou Moisés, a proibi-lo, foi maldosamente aproveitado como razão para que muitas fogueiras TRÊS IMPERATIVOS tivessem consumido médiuns, de ambos os sexos, O esforço faz-se imprescindível em todos os momentos para que se dispõe a seguir o inolvidável Cristo. Nos singelos que como instrumentos de aquele verbos pedir, buscar e bater, o Mestre resume de modo bastante próceres espirituais, em profundo, as nossas necessidades ante a trajetória evolutiva. nome de Jesus, procuraram Compreendamos e meditemos a respeito destes três imperativos ao aprendiz cristão, através das explicações de Emmanuel: semear a mensagem de E eu vos digo a vós: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e amor por Ele deixada a toda achareis; batei, e abrir-se-vos-á. – JESUS. (Lucas, 11:9.) a humanidade terrena. Pedi, buscai, batei... Quanto atraso! Quanta esperança e fé na Estes três imperativos da recomendação de Jesus não foram enunciados sem um sentido especial. misericórdia da Vida secaram No emaranhado de lutas e débitos da experiência em corações desesperados terrestre, é imprescindível que o homem aprenda por desconhecerem que a a pedir caminhos de libertação da antiga cadeia de convenções sufocantes, preconceitos estéreis, vida não cessa na sepultura! Jamais se sentiram dedicações vazias e hábitos cristalizados. É confiantes para, pelo menos, necessário desejar com força e decisão a saída do escuro cipoal em que a maioria das criaturas ouvir os apelos dos seus que perdeu a visão dos interesses eternos. retornaram primeiro ao Logo após, é imprescindível buscar. mundo espiritual. A procura constitui-se de esforço seletivo, o Tornaram-se, muitos, em campo jaz repleto de solicitações inferiores, céticos, desiludidos, algumas delas recamadas de sugestões descrentes da mensagem brilhantes. É indispensável localizar a ação digna e santificadora. Muitos perseguem miragens fraterna deixada pelo Mestre. perigosas, à maneira das mariposas que se Hoje, desencarnados, no apaixonam pela claridade de um incêndio. mundo espiritual, engrossam Chegam de longe, acercam-se das chamas e as fileiras de sofredores a consomem a bênção do corpo. misturarem-se entre É imperativo aprender a buscar o bem legítimo. encarnados, inspirando-os, Estabelecido o roteiro edificante, é chegado o momento de bater à porta da edificação; sem o por serem estes céticos martelo do esforço metódico e sem o buril da boa também, à perseguição de vontade, é muito difícil transformar os recursos da conquistas frívolas, viciosas e vida carnal em obras luminosas de arte divina, com vistas à felicidade espiritual e ao amor de muita paixão inferior. E o cenário contemporâneo eterno. que se presencia é este Não bastará, portanto, rogar sem rumo, procurar sem exame e agir sem objetivo elevado. quadro social de muito Peçamos ao Senhor nossa libertação da sofrimento e dor... animalidade primitivista, busquemos a 1 A Obsessão – Allan Kardec - p. 71 – 3ª ed. O CLARIM espiritualidade sublime e trabalhemos por nossa localização dentro dela, a fim de converter-nos em fiéis instrumentos da Divina Vontade. Pedi, buscai, batei!... Esta trilogia de Jesus reveste-se de especial significação para os aprendizes do Evangelho, em todos os tempos. Pão Nosso – Emmanuel – psic. Francisco C. Xavier – lição 109 (Compilado por Susan) CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2012 FATOS PITORESCOS DE CHICO XAVIER SE TENS FÉ OS DOIS LADRÕES Esclarece-nos o mentor Emmanuel sobre a fé. O fato aconteceu em Pedro Leopoldo. Chico costumava acompanhar até as pensões ou hotéis as visitas que ficavam no Centro até o término das reuniões, que se dava por volta das duas horas da manhã. Certo dia, já de volta ao lar, foi abordado por dois desconhecidos, que ele sabia não serem da cidade, e um deles foi logo dizendo: - Passe para cá todo o dinheiro que tiver em seu bolso. Chico remexeu seus bolsos e, só encontrando cinco cruzeiros, disse aos ladrões: - Olhem, eu só tenho cinco cruzeiros, mas por favor, não me façam mal. Tenho muitas crianças para cuidar. Um dos assaltantes, que parecia ter alguma bondade nos olhos, perguntou: - Você é casado? - Não, respondeu Chico. - Então, que história é essa de crianças? - São crianças que eu cuido, umas são parentes, outras necessitadas, mas olho-as todas. Nisso o outro assaltante intervém, dizendo: - Não falei que não valia a pena assaltá-lo? Veja as roupas remendadas. O sapato, então, parece a boca aberta de um jacaré. Vamos embora que esse aí está pior que nós. O outro assaltante então perguntou: - Você ainda tem aqueles duzentos cruzeiros com você? - Você não vai fazer o que estou pensando, vai? - Vamos, passe o dinheiro depressa. De posse do dinheiro, entregou-o ao Chico e disse: - Tome, compre leite para as suas crianças. E, chamando o outro ladrão, foram embora. Chico, aliviado, escorou-se num poste e disse: - Muito obrigado, meus irmãos. Que Jesus os abençoe e acompanhe. O ladrão que havia lhe dado o dinheiro lhe respondeu: - Você acha que Jesus vai nos abençoar e acompanhar? Nós somos ladrões! - Como não, meu irmão, disse-lhe Chico. Ele escolheu dois para sair da Terra com Ele. Cap. XXVII – item 11 Em Doutrina Espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver. Desse modo, não te restrinjas à confiança inerte, porque a existência em toda parte nos honra, a cada um, com a obrigação de servir. Se tens fé, não permitirás que os eventos humanos te desmantelem a fortaleza do coração. Transitarás no mundo, sabendo que o Divino Equilíbrio permanece vigilante e, mesmo que os homens transformem o lar terrestre em campo de lodo e sangue, não ignoras que a Infinita Bondade converterá um e outro em solo adubado para que a vida refloresça e prossiga em triunfo. Se tens fé não registrarás os golpes da incompreensão alheia, porquanto identificarás a ignorância por miséria extrema do espírito e educarás generosamente a boca que injuria e a mão que apedreja. Ainda que os mais amados te releguem à solidão, avançarás para a frente, entendendo e ajudando, na certeza de que o trabalho te envolverá o sentimento em nova luz de esperança e consolação. Se tens fé, não te limitarás a dizê-la simplesmente, qual se a oração sem as boas obras te outorgasse direitos e privilégios inadmissíveis na Justiça de Deus, mas, sim, caminharás realizando a vontade do Criador, que é sempre o bem para todas as criaturas. Se tens fé, sustentarás, sobretudo, o esforço diário do próprio burilamento, através das pequeninas e difíceis vitórias sobre a natureza inferior, como sendo o mais alto serviço que podes prestar aos outros, de vez que, aperfeiçoando a nós mesmos, estaremos habilitando a consciência para refletir, com segurança, o amor e a sabedoria da Lei. O Espírito da Verdade – Espíritos Diversos - psic. Francisco C. Xavier/Waldo Vieira - lição 29 (Compilado por Cibele) * Kardec Prossegue – Adelino da Silveira (Compilado por Sheila) * Estudos e dissertações em torno de O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec O MOMENTO ATUAL Diferente dos outros meses o artigo abaixo não se relaciona à coluna Fatos Pitorescos de Chico Xavier. O texto se reporta a estudos, que vêm sendo divulgados através da médica espírita Marlene Nobre, sobre pesquisas da medicina que vem chegando a fatos, já há muito esclarecidos e elucidados pela Doutrina Espírita. ESPÍRITO E MATÉRIA Observa-se com a publicação de livros especializados e de revistas científicas, que as pesquisas médico-científicas se aproximam, cada vez mais, da realidade da existência do espírito. Algumas, poucas, mas já existentes pesquisas, sugerem que o ser humano, por exemplo, é constituído não só do corpo físico, mas de elementos imateriais – alma e períspirito, para os estudiosos da Doutrina Espírita – que emitem e transmitem as vibrações e informações que têm como fonte o espírito – princípio inteligente do Universo1. E isto se dá de tal forma que “o espírito encarnado ou alma concentra todo o poder de comando sobre o organismo físico”2, e para que possa atuar sobre o corpo físico a alma utiliza-se do períspirito; tal como o homem utiliza-se de lápis para escrever, concentrando nele sua força/vontade. Diz-se daí que da mente humana originam-se, portanto, “as forças equilibrantes e restauradoras para os trilhões de células do organismo físico; mas, quando perturbada, emite raios magnéticos de alto poder destrutivo…”2. Neste ponto, lembre-se as narrativas de casos de pessoas que são capazes de, só com o olhar, secar uma planta; ou ainda das pesquisas de doenças ditas “de fundo nervoso” como a gastrite, síndrome do pânico e outras. Não seriam estes fatos o reflexo do alto poder destrutivo da mente humana quando esta se encontra desequilibrada? No caso destes estudos e pesquisas, entende-se por mente humana exatamente o espírito, o ser imaterial que comanda o organismo físico, e não os neurônios, que nada mais são do que receptores e transmissores das informações provenientes do espírito. Mas, de que servem aos aprendizes do Evangelho, tais pesquisas e conhecimentos que a ciência médica está dando os primeiros passos para adquirir? Tais informações “apenas” vêm somar-se aos esclarecimentos trazidos por Allan Kardec e André Luiz sobre a constituição do ser humano; vêm dar testemunho das palavras de Kardec de que “o Espiritismo caminha com o progresso, e jamais será ultrapassado, porque se novas descobertas comprovarem que ele está errado em um determinado ponto, ele o modificará; se uma nova verdade se revelar, ele a aceitará”2. Trazem ainda, ao espírita consciente, o alerta para que não só acompanhe tais progressos da ciência, buscando compreendêlos à luz do Espiritismo, do Evangelho redivivo, confirmando as palavras do Mestre de Lyon; mas para que também observe que “muito raramente as moléstias não se encontram diretamente relacionadas ao psiquismo como causa terminante ou concausa*.”2 Portanto, 99% dos desequilíbrios encontrados na matéria, no corpo humano, provêm de desequilíbrios do espírito, de seus remorsos e faltas do presente ou de seu passado milenar. Deste modo, patente torna-se ao aprendiz do Evangelho que para reparar o seu passado de condutas equivocadas, deve ele utilizar-se das Lições de Jesus, construindo o progresso almejado, em harmonia com as Leis da Vida, lutando para, ao extirpar o próprio egoísmo, manter sua ferramenta de trabalho, A BIBLIOTECA ESPÍRITA EM DESFILE ABENÇOA SEMPRE O Monte Fuji (Vulcão localizado no Japão) está a alarmar o meio científico com dados que levam à conclusão de que, no máximo, em 3 anos, promoverá uma grande erupção, de magnitude catastrófica (Fonte: Fukushima Diary). A Itália perde, em terremotos, cada vez mais frequentes e em áreas que jamais sofreram com esse problema, parte de seu patrimônio histórico milenar. Isso sem falar dos inimagináveis tremores de terra que estão atingindo atualmente o norte de Minas Gerais (Brasil). Além dos ciclones, furacões e outros ventos mais fortes que ficam cada vez mais frequentes em nosso planeta, inclusive no nosso estado. Uma certa incerteza toma o coração de todos os que se preocupam com a vida, mas o caminho traçado por Jesus não pôde ser outro. O que poderíamos dizer, senão abençoa sempre! Isso é o que aprendemos lendo a obra psicografada por Francisco C. Xavier – Espíritos Diversos, com o título sugestivo: Abençoa Sempre. Lendo-a podemos entender melhor as provas nas suas funções de testes indispensáveis ao exame dos valores que adquirimos. Afinal os tempos são chegados! Boa leitura! o corpo físico, em equilíbrio, para dela utilizar-se incessantemente na sua jornada de evolução. Sheila 1 O Livro dos Espíritos – Allan Kardec - Questão 23 A Alma da Matéria - Marlene Nobre: O Paradigma Médico-Espírita, Pontos de Intersecção entre Medicina e Espiritismo 2 *Concausa: Causa que acompanha ou coexiste com outra para determinado efeito. VISÃO INTEGRAL DO SER A Organização Mundial de Saúde – OMS define em seu estatuto que “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”1. Tal definição ultrapassa os limites da ciência médica materialista que vê no ser humano uma máquina cuja falha de um dos sistemas gera a doença ou enfermidade. Sobre isto, vide trabalhos da AME Associação Médica Espírita, onde tais afirmações já são motivo de estudos, conferências, tratamentos realizados por seus integrantes, condensados em obras como Nossa Vida no Além e A Alma da Matéria. Os médicos que integram esta Associação, hoje, se organizam nos estados brasileiros, formando AMEs estaduais, que constantemente publicam seus trabalhos comprovando a definição de saúde dada pela OMS e, ao mesmo tempo, mostrando à classe médica materialista que os bons resultados obtidos comprovam a necessidade do bem-estar mental e social de um paciente que se encontra fisicamente debilitado. Sheila Daniel Lona 1 3 www.who.int/hac/about/definitions/en/ CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2012 CONCEITOS FILOSÓFICOS REENCARNAÇÃO E EVOLUÇÃO A reencarnação não é um conceito inventado pelo Espiritismo. Esta ideia remonta às mais antigas civilizações. Na Grécia, Pitágoras (570-495 a.C.) hauriua nos filósofos indianos e egípcios. Sócrates (474-399 a.C.) e Platão (428-348 a.C.) partilhavam dessa idéia.1 “Mas, seja como for, uma ideia não atravessa as idades e não é aceita pelas inteligências de escol se não tiver um lado sério. Sua antiguidade, pois, seria antes uma prova do que uma objeção.(...) A certas pessoas repugna a ideia de reencarnação, pelo único motivo de lhes não convir. Dizem que uma existência é bastante e que não desejam recomeçar numa outra. Queremos apenas lhes perguntar se Deus teria tomado o seu conselho ou consultado o seu gosto antes de criar o Universo. Ora, de duas uma: ou há, ou não há reencarnação. Se há, ficarão contrariadas, mas terão que sofrê-la e Deus não lhes pedirá licença. (...) Vejamos agora o problema sobre outro ponto de vista. Se não há reencarnação, haverá apenas uma única existência corporal. Admitindo, segundo a crença vulgar, que a alma nascesse com o corpo, levantamos as seguintes questões: Por que mostra a alma aptidões tão diversas e independentes das ideias adquiridas pela educação? De onde vem, nas crianças em tenra idade, a aptidão supranormal para tal arte ou tal ciência, enquanto outras ficam, por toda a vida, medíocres ou inferiores? De onde as ideias inatas que uns apresentam e outros não? De onde, em certas crianças, instintos menos adiantados, conforme o número de precoces de vícios ou de virtudes, sentimentos existências percorridas e conforme se achem inatos de dignidade ou de baixeza, contrastando mais ou menos afastados do ponto de partida.(...) Em sua Justiça, Deus não poderia com o meio onde nasceram? Por que as deformidades e idiotias de nascença, etc.? ter criado umas almas mais perfeitas que Perguntamos qual a Filosofia que poderá outras. Entretanto, com a pluralidade das resolver tais problemas? Ou as almas são iguais existências, a desigualdade que vemos, nada mais conterá de contrário à mais rigorosa ao nascer, ou não são. Se são, por que tão diversas aptidões e situações? Dir-se-á que isto equidade. É que vemos o presente e não o passado. (...) Será racional preferir o que não depende do organismo. Mas isto será então a mais monstruosa e a mais imoral das doutrinas. explica ao que explica?”2 O homem não passaria de uma máquina e de (Compilado por Pedro Abreu) um joguete da matéria; não teria a 1 responsabilidade de seus atos; poderia tudo Revista Espírita set/1858 – Platão e a Doutrina da Escolha das Provas. 2 Revista Espírita nov/1858 – Pluralidade das Existências. lançar à conta de suas imperfeições físicas. Se são desiguais, é que Deus assim as criou. Mas, então, por que essa superioridade inata concedida a algumas? Será tal INVERNO parcialidade conforme a Justiça de Deus e ao amor igual por Ele Utilizando-se de um apelo fraterno feito por Paulo a Timóteo, dedicado a todas as criaturas? (...) Emmanuel esclarece a necessidade de sempre nos empenharmos por Admitamos, ao contrário, uma série estar ligados ao Mestre Jesus, ainda mesmo que em tempos de de anteriores existências progressivas relativa tranquilidade. e tudo ficará explicado. Ao nascer, "Procura vir antes do inverno." – PAULO. (II Timóteo, 4:21.) trazem os homens as conquistas daquilo que adquiriram; são mais ou Claro que a análise comum deste versículo ELUCIDAÇÕES DOUTRINÁRIAS PAZ Quando se busca compreender a paz conforme as aspirações que cada um traz em seu íntimo, ela costuma se caracterizar pelo estado em que somos poupados daquilo que nos causa incômodo extremo. A paz, para quem não se afeiçoa muito ao trabalho, é a ausência desse. Para quem gosta de abusar da comida, é o desaparecimento da gastrite ou de outros “ites” que, diante de uma mesa farta, a dispensem da disciplina do comedimento. Entre duas pessoas que não se afinam de maneira alguma, é possível que a paz seja verem-se livres da convivência de uma com a outra. No entanto, reconhecemos pela observação de fatos que essa conceituação de paz só pode ser equivocada, pois não é praticável. Na vida, não há quem esteja, nem por um único dia, livre de incômodos. Não dá para ficar ocioso sem enfrentar as desagradáveis consequências dessa atitude, nem abusar do nosso organismo sem se preocupar com desequilíbrios físicos. Para não dizer de acicates um tanto mais dolorosos e persistentes. Quem vive com a surdez e todas as suas implicações, por exemplo, não tem intervalo e nem remédio que modifique a sua condição. Sendo assim, como compreender a paz que, nas narrativas do Evangelho, Jesus sempre desejava àqueles a quem se dirigia e que, hoje, os benfeitores espirituais continuam nos endereçando em suas mensagens? A paz a que o Evangelho se refere é fruto de uma consciência tranquila, pela execução do esforço que lhe compete para se colocar em harmonia com as Leis da Vida. Em outras palavras, as Leis da Vida são aquelas que nos foram exemplificadas pelo Mestre, resumidas por Ele em “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Todo esforço que fazemos para nos aproximar desse princípio, faz com que experimentemos um bem-estar difícil de descrever em palavras, mas que está ao alcance de todos experimentar, ainda que em coisas pequeninas. Aproveitando a experiência na Escola mantida por esta Casa Espírita, podemos citar como as pessoas que nela trabalham vão embora felizes, só porque conseguiram ensinar um aluno a amarrar o cadarço do sapato ou a entender que comer alface é muito importante e nem é tão ruim assim. Só que essa paz não cai do céu. Dá trabalho vir disciplinadamente trabalhar na escola, conviver com os demais trabalhadores num clima mínimo de respeito e ter paciência para, por várias semanas, conquistar o aluno e convencê-lo a ficar trançando o cadarço até conseguir amarrá-lo. Dessa maneira, não fica difícil conceber a paz, mesmo com as dificuldades que vivemos cotidianamente, porque ela depende unicamente do nosso procedimento. Mesmo porque a Doutrina Espírita nos esclarece que as vicissitudes da existência terrena não são obstáculos e impedimentos à nossa paz, como pensamos. Como aprender a amar ao próximo não é nada simples, a encarnação reserva para cada um de nós as condições educativas mais adequadas às nossas necessidades. Assim, desde o calo no pé às preocupações mais graves, as vicissitudes são as oportunidades de que precisamos para desenvolver a paciência, a disciplina, o respeito ao próximo. Assim, poderemos nos sentir em paz! Débora revelará a prudente recomendação de Paulo de Tarso para que Timóteo não se arriscasse a viajar na estação do frio forte. Na época recuada da epístola, o inverno não oferecia facilidades à navegação. É possível, porém, avançar mais longe, além da letra e acima do problema circunstancial de lugar e tempo. Mobilizemos nossa interpretação espiritual. Quantas almas apenas se recordam da necessidade do encontro com os emissários do Divino Mestre por ocasião do inverno rigoroso do sofrimento? Quantas se lembram do Salvador somente em hora de neblina espessa, de tempestade ameaçadora, de gelo pesado e compacto sobre o coração? Em momentos assim, o barco da esperança costuma navegar sem rumo, ao sabor das ondas revoltas. Os nevoeiros ocultam a meta, e tudo, em torno do viajante da vida, tende à desordem ou à desorientação. É indispensável procurar o Amigo Celeste ou aqueles que já se ligaram, definitivamente, ao seu amor, antes dos períodos angustiosos, para que nos instalemos em refúgios de paz e segurança. A disciplina, em tempo de fartura e liberdade, é distinção nas criaturas que a seguem; mas a contenção que nos é imposta, na escassez ou na dificuldade, converte-se em martírio. O aprendiz leal do Cristo não deve marchar no mundo ao sabor de caprichos satisfeitos e, sim, na pauta da temperança e da compreensão. O inverno é imprescindível e útil, como período de prova benéfica e renovação necessária. Procura, todavia, o encontro de tua experiência com Jesus, antes dele. Vinha de Luz – Emmanuel – psic. Francisco C. Xavier – lição 66 (Compilado por Débora) 4 CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2012 MENSAGENS SEMPRE PRESENTES DO EVANGELHO DISCERNIR E CORRIGIR “... com o critério com que julgardes sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” – JESUS. (Mateus, 7:2) Tudo isso, realmente, podes observar e referir. Entra, porém, na esfera do próprio entendimento e capacita-‐te de que te não é possível a imediata penetração no campo das causas. Ignoramos qual teria sido o nosso comportamento na trilha do companheiro em dificuldade, com a soma dos problemas que lhe pesam no espírito. Não te permitas, assim, pensar ou agir, diante dele, sem que a fraternidade te comande as definições. Ainda mesmo no esclarecimento absoluto que, em casos numerosos, reclama austeridade sobre nós mesmos, é possível propiciar o remédio da fraqueza a doentes da alma pelo veículo da compaixão, como se administra piedosamente a cirurgia aos acidentados. Se conseguimos discernir o bem do mal, é que já conhecemos o mal e o bem, e se o Senhor nos permite identificar as necessidades alheias, é porque, de um modo ou de outro, já podemos auxiliar. Viste o companheiro em necessidade e comentaste-‐lhe a posição... Possuía ele recursos expressivos e, talvez por imprevidência, caiu em penúria dolorosa... Usufrui conhecimentos superiores e feriu-‐te a sensibilidade por arrojar-‐se em terríveis despenhadeiros do coração que, às vezes, os últimos dos menos instruídos conseguem facilmente evitar... Detinha oportunidades de melhoria, com as quais milhares de criaturas sonham debalde e procedeu impensadamente, qual se não retivesse as vantagens que lhe brilham nas mãos... Desfruta ambiente distinto, capaz de guindá-‐lo às alturas e prefere desconhecer as circunstâncias que o favorecem, mergulhando-‐se na sombra das atitudes negativas... Mantinha valiosas possibilidades de elevação espiritual, no levantamento de apostolados sublimes, e emaranhou-‐se em tramas obsessivas que lhe exaurem as forças... Palavras de Vida Eterna – Emmanuel – psicografia de Francisco C. Xavier – lição 179 (Compilado por Delcio) ASSIM SE EXPRESSOU O LEITOR REFLETINDO HUMBERTO DE CAMPOS “Como extirpar-se o ódio...” é o título do editorial do jornal Correio da Fraternidade do mês de Abril p.p., e que desperta o interesse de todos aqueles que já se viram envolvidos com esse sentimento, em estudá-lo para saber como é possível fazê-lo. O referido editorial deixa claro que não há uma receita pedagógica, ou seja, um “passo a passo” para alcançá-lo, mas traz esclarecimentos acerca do tema que possibilitam a compreensão daquelas que foram as orientações já dadas por Jesus quando de Sua passagem pela Terra há 2000 anos. O ódio ocorre por razões diversas, mas, com certeza, constitui indício do estado de atraso que ainda caracteriza os Espíritos encarnados na Terra. É chamado de inimigo aquele com quem nos desentendemos em algum momento da vida e pelo qual somos odiados ou odiamos. O que compete àqueles que já compreendem, um pouco que seja, o Evangelho de Jesus, abster-se de alimentar esse sentimento, entregando-se ao trabalho em benefício do próximo e a seu próprio. Trabalho este que tem por finalidade socorrer sofrimentos “maiores”, que se tornam prioridades, sendo assim deixado de lado o egoísmo de pensar somente em si e, consequentemente, o ato de remoer os acontecimentos que sustentam o ódio. Não se faz necessário da noite para o dia passar a adorar aquele que até ontem era motivo de repulsa. A orientação é começar por concentrar esforços em não guardar este ódio, rancor ou desejo de vingança e não opor nenhum obstáculo à reconciliação com ele. É retribuir o mal com o bem, mesmo que inicialmente apenas através das boas vibrações decorrentes do ambiente no qual se envolve o trabalhador que se dedica às obras em favor do próximo. E para os que ainda não enxergam desta maneira, a orientação é dar tempo ao tempo, ou seja, esperar para que tenham, a seu tempo, os ensinamentos assimilados e consolidados sem que isso seja motivo de preocupação, pois a vida atual não passa de um simples ponto na vida eterna de Espíritos que se é. Já que é sabido que nada é por acaso e que a cada um é dado segundo suas obras, o cenário de vida de cada um é exatamente o necessário para melhorarse e progredir. Sendo assim, o ódio será extirpado mais dia ou menos dia, dependendo do esforço que se empregue para eliminá-lo, partindo da consciência que se adquire a este respeito. Foi através do livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” que fiquei sabendo que foi em virtude da morte de Tiradentes, ordenada pela rainha de Portugal, que esta enlouqueceu. “Um sulco luminoso desenhou-se nos espaços, à passagem das gloriosas entidades que vieram acompanhar o espírito iluminado do mártir. Daí a alguns dias, a rainha de Portugal, D. Maria I enlouquecia, ferida de morte na sua consciência pelos remorsos pungentes que a dilaceravam e, consoante às profecias de Ismael, daí a alguns anos era o próprio Portugal que vinha trazer, com D. João VI, a independência do Brasil.” É emocionante saber, através de um Espírito (Humberto de Campos, psicografado por Chico Xavier) um pequeno, mas muito importante trecho na história do Brasil. Sebastião Natália 5 CASOS DE DEMÊNCIA VÃO TRIPLICAR ATÉ 2050, DIZ A OMS Em 11 de abril deste ano a OMS – Organização Mundial da Saúde divulgou em Genebra, Suíça, relatório informando que a continuar a situação atual, os casos de demência vão triplicar até 2050. Hoje são 35,6 milhões de pessoas no Mundo que sofrem do transtorno. Em 2030 chegará a 65,7 milhões e até 2050 pode chegar a 115,4 milhões. O Brasil ocupa hoje a 9a posição, com 1 milhão de doentes mentais. Afirma a OMS que o aumento da demência “é um paradoxo frente ao avanço da Medicina. Quanto mais se desenvolvem os recursos da Medicina, mais se deve esperar problemas com demência. Precisamos estar preparados.”1 A esse respeito, a médica brasileira, Dra. Marlene Nobre, Presidente da AME – Brasil (Associação Médico-Espírita), em entrevista com Chico Xavier em agosto de 1974, perguntoulhe: “A que se deve atribuir na atualidade o crescente aumento das doenças mentais?” E o Chico respondeu: “Segundo nossos Benfeitores Espirituais, estamos sofrendo na Terra grande conflito em razão de nossa inadaptação à era tecnológica, que nós mesmos criamos sob a inspiração da Vida mais Alta. Avançando a Ciência a passos largos e estando nosso sentimento na retaguarda do progresso intelectual, somos hoje intimados a trabalho imenso de aprimoramento íntimo para cogitarmos de manejar o progresso tecnológico, com amor e compreensão de nossas responsabilidades e no respeito que devemos uns aos outros.”2 Pedro Abreu 1 2 Noticiado por Associated Press, FSP, JB, Agência Brasil, etc. Lições de Sabedoria - Chico Xavier nos 22 anos da Folha Espírita – Marlene R. S. Nobre - cap. X CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2012 COLUNA DOS JOVENS RECORDANDO A COLUNA DOS JOVENS Estamos apresentando os primeiros ensaios dos próximos futuros jornalistas, agora petizes. Quem sabe amanhã se tornarão pessoas interessadas em escrever assuntos mais sérios. Por ora, contamos com a colaboração dos senhores. O FILME MEUS TRÊS MESES DE TRABALHO NA CAMPANHA DA PIZZA Há três meses fui convidada para trabalhar na Campanha da Pizza. Eu aceitei e gostei muito do convite, mas não sabia o que iria fazer e as dificuldades que iria encontrar. A única coisa que eu sabia é que fazemos essa campanha para arrecadar dinheiro que serve para manter a escola das crianças surdas funcionando e isto me incentivou a trabalhar. Durante as três campanhas eu trabalhei carimbando as caixas onde as pizzas são colocadas. Quando comecei a trabalhar tive dificuldade, porque, às vezes, eu carimbava de ponta cabeça, às vezes carimbava nos lugares que não podia, esquecia de molhar o carimbo na tinta e não saía nada... e, às vezes, carimbava duas vezes e ficava tudo borrado. Eu percebi que era importante carimbar a caixa certo, pois as informações que são carimbadas são importantes, porque informam a validade e o sabor da pizza, como a pizza deve ser conservada e o telefone do Grupo. Fui então perseverante, tive paciência comigo e recebi também a ajuda das pessoas que trabalharam comigo. Eu gostei de trabalhar na Campanha da Pizza porque me senti útil, e descobri que até para carimbar a caixa é preciso ter muita disciplina! Nicole (8 anos) O TRABALHO VENCE A PREGUIÇA Eu gostei de trabalhar na Campanha da Pizza pela confiança que os coordenadores da Campanha me deram para carimbar as caixas da pizza, mostrando que eu posso ser útil. Fiquei triste porque a minha preguiça me atrapalhou, ela me impediu de trabalhar mais. Eu gostei de ser útil para o Centro Espírita e principalmente para mim. Lembrei-me da lição “O Dever Esquecido” da evangelização, porque percebi que eu fazia como o príncipe: perdia o meu tempo com as coisas inúteis. Eu percebi que trabalhar na Campanha da Pizza é aproveitar o meu tempo. Luís Felipe (8 anos) - Mãe, posso ir ao cinema com o Joãozinho? – perguntou André logo que chegou da escola. - Mas que filme vocês irão assistir, André? - “Super Mortal Kombat III, a Vingança”. É superjoia! – disse André, fingindo lutar karatê. - Não sei não, André! Acho que esse filme não é muito apropriado para se assistir. – retrucou D. Fátima, pronta para negar o pedido. - Ah... mas mãe... o que é que tem? Todo mundo vai ver. É igual ao videogame. Deixa, vai. D. Fátima pensou um pouco, então disse: - André, eu vou deixar você ir, mas só desta vez. Depois nós vamos conversar, viu?! - Tá bom, mãe. Oba!! Então os dois foram e na volta do cinema... - E, aí Joãozinho, gostou do filme? – pergunta André. - Muito! Você viu cada golpe que eles dão? – responde Joãozinho, ambos imitando os golpes do filme. - Joãozinho, vamos passar na minha casa porque a minha mãe quer falar comigo. - Tá bom. – responde Joãozinho. E os dois foram ao encontro na casa de André. - Mãe chegamos. – gritou André, fingindo lutar com Joãozinho. - Olá meninos! Gostaram do filme? - Sim! Responderam os dois amigos ainda brincando de luta. - E, aí mãe? O que você queria falar comigo? – perguntou André. - André, notou que sem perceber você ficou mais agitado agora do que na ida para o cinema? - Mãe, mãe... Eu só estou imitando o filme. - E o que ensina o filme? - Golpes fantásticos de lutas! – lembra André. - E para que servem estes golpes de lutas? - Para nos defendermos... - Não. Servem para causar atritos entre as pessoas. Você acha que esse filme ensinou coisas boas? - Eu não sei... - Pois saiba que não. Só ensinou coisas ruins, violência, raiva, ódio, vingança. E acho que tudo isso é dispensável para podermos viver bem! E continuou: - Esses filmes, filho, só nos fazem ficar agitados, pensar em ódio, luta, e além disso, deixam o nosso ambiente “pesado”, pois nos fazem vibrar com companhias inferiores que se afinam com esses pensamentos baixos. Você vê alguma vantagem ou benefício em ter ido assistir esse filme? - Não... – responderam os dois meninos ainda muito encabulados. - E isso aí não existe só em filmes, André. Hoje em dia jogos, desenhos, programas e novelas, todos estimulam pensamentos inferiores, brigas e não nos ensinam nada de útil. Por isso, escolha o que você vai assistir para não acabar sendo levado por esses pensamentos inferiores, e mais para a frente cometer loucuras. Os dois compreenderam o motivo pelo qual a mãe de André não queria deixar o filho ir assistir ao filme, e então ficaram mais calmos e procuraram voltar ao normal e mudar o rumo dos pensamentos. Ariadne Jovem que frequentou o GEIV entre meados dos anos 80 a 1998 Publicado no Correio da Fraternidade fev/1996 VOCÊ SABIA? MAIO NA HISTÓRIA Entendendo que precisamos nos curvar perante a importância da memória histórica dos acontecimentos que nos precederam, neste mês perguntamos se os senhores sabiam que o mês de maio tem sido palco de inúmeros e relevantes fatos para o Espiritismo?! Vejamos alguns. Foi em maio de 1855 que Allan Kardec presenciou pela primeira vez os fenômenos das "mesas girantes". Fenômeno este que deu início aos estudos que culminaram na Codificação, por ele, da Doutrina Espírita. Nove anos depois, portanto há 158 anos, a Igreja Católica consagrou a melhor propaganda que poderia fazer do Espiritismo. Foi a 1o de maio de 1864, que o Vaticano colocou as obras espíritas no "Índex Librorum Prohibitorum" (Índice dos Livros Proibidos). Isso foi 2 dias depois da publicação de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Se a publicação das obras anteriores – O Livro dos Espíritos (1857) e O Livro dos Médiuns (1861) – havia ultrajado os interesses religiosos da época, que promoveram, por exemplo, o Auto de Fé de Barcelona (1861), podemos dizer que a nova obra fora a gota d’água. Dizemos que foi uma boa propaganda, pois a repercussão de semelhantes atos atraiu grande interesse sobre a Doutrina Espírita. Grande parte da população correu à procura das obras espíritas para saber o motivo de sua proibição. 6 Foi também no mês de maio que, em 1856, Allan Kardec recebeu a mensagem do Espírito Hahnemann, na residência do Sr. Roustan, em Paris, França, tendo como médium a Srta. Japhet, confirmando sua missão de codificar a nova doutrina. Isso foi quatro anos após a publicação do primeiro jornal espiritualista do mundo, The Spiritual Telegraph, nos EUA. Em maio de 1874, é realizada a sessão mediúnica de despedida de Espírito Katie King que, durante dois anos, em sessões semanais, se materializou por intermédio da médium Florence Cook, para as pesquisas do sábio William Crookes. Em 1883, também em maio, Bezerra de Meneses escreve ao irmão comunicando ter aderido ao Espiritismo. Já em maio de 1889, ele, o Dr. Bezerra, realiza a primeira reunião pública de estudo de O Livro dos Espíritos. Como podemos ver, o Espiritismo tem sido profícuo em protagonizar acontecimentos ao longo dos tempos. Quem sabe nós mesmos não engrossamos esse noticiário espíritacristão? Daniel Lona CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2012 EFEMÉRIDES ESPÍRITAS O FENÔMENO EUSÁPIA No século XIX, enquanto a Doutrina Espírita florescia na França sob a batuta do atento Codificador Allan Kardec, paralelamente, e não de modo fortuito, mas ainda sob o planejamento da espiritualidade superior, inúmeros estudos científicos acerca dos fenômenos espirituais começaram a ganhar força por toda a Europa. E, relembrando este período, a Efemérides deste mês não poderia deixar de lembrar uma eminente médium de seu tempo, a primeira a ser estudada por larga gama de cientistas e que desencarnou em Maio de 19181. Seu nome é Eusápia Paladino e sua importância se dá, não somente pelas manifestações espirituais que protagonizou, mas por ser uma pessoa de humílima origem, semianalfabeta e com certa limitação intelectual a servir de medianeira de fenômenos bastante complexos, não restando espaço para dúvidas quanto à legitimidade dos mesmos. Nasceu em pequena vila do sul da Itália, no ano de 1854, tendo uma infância marcada por muitos sofrimentos. Sua mãe desencarnou durante o parto, e seu pai foi assassinado, quando Eusápia contava apenas 10 anos de idade. Foi adotada por distinta família de Nápoles, mas em breve tempo e, devido a problemas de relacionamento, foi encaminhada a um amigo de seu falecido pai. Ainda quando menina sofreu grave queda, o que lhe causou afundamento do crânio e certa debilidade mental. Enquanto se encontrava desmaiada, conta-se que o ambiente ao redor ficou bastante gelado. A partir deste fato, muitos outros fenômenos passaram a acontecer. Sentia seus cobertores sendo puxados durante a noite, ouviam-se pancadas sem motivo aparente, objetos mudavam de lugar e, quando não, via vultos que não eram percebidos por mais ninguém. Começou então, a ser vista pelos locais como uma pessoa estranha, vivendo em completa solidão. Mas, foi justamente por conta destes “estranhos” fatos que, certa feita, foi chamada para servir de médium numa sessão das conhecidas mesas girantes. Sem saber exatamente do que se tratava, Eusápia foi à reunião sendo, inconscientemente, intermediária para a levitação da mesa. Passou, pois, a ser presença garantida nas sessões domésticas para simples entretenimento. No entanto, sua mediunidade começou a ser orientada devido a um fato bastante inusitado. Psicografou uma mensagem de seu mentor espiritual John King e a encaminhou à esposa do estudioso Damiani, até então desconhecido a ela, para que a auxiliassem. E assim o casal conheceu aquela mulher iletrada que lhes havia direcionado uma carta sem ao menos saber seus nomes ou endereço. Mais reuniões então, agora com sérios intuitos foram HÁ 150 ANOS Entre o outono e inverno francês de 1862, saía o Mestre de Lyon, Allan Kardec, para realizar aquela que então ficaria conhecida como a Viagem Espírita em 1862. Nome este que também intitula sua obra que traz os seus principais discursos proferidos durante a viagem que durou mais de seis semanas e percorreu 693 léguas (4.158 km), passando por 20 cidades, nas quais participou de mais de 50 reuniões. Segundo o Codificador, o intuito de tal viagem era “dar instruções onde estas fossem necessárias e, ao mesmo tempo, nos instruirmos”1. E como diz, em nota de tradução do referido livro, Wallace L. V. Rodrigues, “os conceitos nele contidos são tão atuais e frescos, tão fundamentais à boa conduta das entidades espíritas, que poderiam ter sido escritos em 1962”. E completaríamos nós, que também poderiam ter sido escritos em 2012… Sheila 1 7 Viagem Espírita em 1862 - Allan Kardec: Impressões Gerais efetuadas. Outros fenômenos foram presenciados como: a transposição de objetos, o soar de campainhas e instrumentos musicais. Seu nome tornou-se popular, chegando aos ouvidos de pesquisadores como Ercole Chiaia que provocou o eminente e cético pesquisador Eusápia faz levitar uma mesa Cesare Lombroso a estudá-la igualmente. Contrário à fenomenologia espírita estudou-a, ainda que com certa resistência, quando de uma viagem, a trabalho, feita a Nápoles. Logo na primeira sessão viu uma trombeta voar e ser tocada sem qualquer contato humano. Nas sessões seguintes, outros fenômenos: luzes rodeavam os circunstantes, uma porção de farinha contida num prato transformou-se numa espécie de gelatina apenas com o rodopiar do mesmo, levitação de pesadas mesas (às vezes com pessoas em cima delas), e até mesmo a levitação de um dinamômetro de 110 kg. Promoveu materialização de objetos e espíritos desencarnados, incluindo a mãe do emérito pesquisador Lombroso. A partir de então o comprometimento dele foi tamanho que a acompanhou por mais de cinco anos, antes de fazer qualquer publicação. Seus registros foram compilados na obra Hipnotismo e Mediunidade. Descreve, por exemplo, que nos primeiros anos, as pancadas e levitações de objetos predominavam durante as sessões. E, com o passar do tempo, os fenômenos foram se refinando. Puderam presenciar a escrita direta e materializações inclusive de espíritos ligados aos pesquisadores presentes nas sessões. Os fatos eram tão patentes que Lombroso assumiu a veracidades dos fenômenos espirituais: Estou cheio de confusão e lamento haver combatido, com tanta persistência, a possibilidade dos fatos chamados espíritas. Tal afirmação caiu como uma bomba para a comunidade científica. Todos queriam estudar Eusápia. Ela, que trabalhava com o esposo, deixou suas atividades para ficar à inteira disposição dos pesquisadores, doando sempre os valores financeiros que recebia a quem mais necessitasse, vindo a desencarnar em completa penúria. Foi estudada por inúmeros grupos de pesquisa e por vários cientistas de renome, dos quais destacamos: Morselli, Sir Oliver Lodge, Wallace, Zoellner, Ernesto Bozzano, Carl Du Prel, Sir William Crookes, Alexander Aksakof e Camille Flammarion. Também foi experimentada pela famosa Sociedade de Estudos Psíquicos de Londres, comandada, à época, pelo emérito Charles Richet. Deste modo, viajou a inúmeros países, sendo analisada e testada das mais distintas maneiras. Ao final de sua encarnação foi aos Estados Unidos. Porém, bastante desgastada fisicamente e sob um ambiente psíquico desfavorável, chegou a efetuar fraudes grosseiras, facilmente detectadas pelos atentos pesquisadores, o que não inviabilizou, no entanto, os fenômenos mediúnicos verdadeiramente protagonizados no período e, mais que isso, toda a pesquisa realizada pelos eminentes estudiosos europeus. Tais fenômenos mediúnicos de levitação, tiptologia, materialização, voz direta, escrita direta e, mais raramente a psicografia, ainda são analisados até os dias atuais, o que fazem de Eusápia uma prova incontestável da manifestação espiritual e das verdades trazidas pelo Espiritismo. Não é de se admirar que esta grande médium se viu encarnada no mesmo período da Codificação Espírita, servindo de comprovação às realidades espirituais que àquele momento estavam sendo resgatadas. Débora/Susan 1 Há controvérsias entre as datas de natalício e desencarne da médium Leia mais em: História do Espiritismo – Arthur Conan Doyle Hipnotismo e Mediunidade – Cesare Lombroso Eusapia Palladino: An Autobiographical Essay – Carlos S. Alvarado (Journal of Scientific Exploration, vol. 25 - 2011) Personagens do Espiritismo – Antônio de Souza Lucena/Paulo Alves Godoy CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2012 POESIA LIVRO ESPÍRITA – AMIGO SUBLIME MAIS ALÉM LEITURA PARA ADULTOS “Todos os livros que nos enobrecem e nos instruem são orientadores sábios, credores de nosso respeito e de nosso amor, entretanto, muitas vezes, é uma frase rápida que nos serve de chave para liquidar grandes problemas da vida e do coração”. Assim prefacia Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, esta bela obra denominada Momentos de Paz. Através de mensagens curtas, mas que falam à alma, o mentor espiritual enseja instantes de reflexão e quietude interior. Eis o convite da Biblioteca Espírita Irmão Clarêncio ao amigo leitor, para que tenha verdadeiros momentos de paz. Susan LIVRO INFANTIL O homem do mundo hodierno, Repetindo as escolhas do passado, Simplesmente tem buscado O materialismo desmesurado. Levanta-se a cada alvorecer, E sem, ao menos, o céu mirar, Sequer nota a vida em derredor, Sem ter tempo à Bondade Divina agradecer, Pela oportunidade educativa Da disciplina e do trabalho, Mas não com o efêmero objetivo Que tanto tem procurado, Da busca por posses passageiras, Do poder vazio e ilusório, Das paixões cegas e sorrateiras, Do status meramente transitório. A criançada e até os meninos maiores estão reunidos, cheios de expectativa. Sabe por quê? O Sr. Cipião vai contar-lhes uma história que o Senhor Jesus usou para conversar com as crianças de Sua época. Passe pela biblioteca e pegue o livro Os Filhos do Grande Rei, escrito pela senhora Veneranda, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier. Depressa! Estão todos esperando por você para a história começar! Buscando, com efeito, calar A consciência a lhe perguntar Sobre o propósito de sua encarnação, Vivendo, pois, na mais completa ilusão. Uma vida vazia! Mesmo que repleta de atividades, Pois que se limita a efemeridades E às corporais necessidades. Débora VOLTAIRE VOLTOU! Há 274 anos, Voltaire, o grande pensador iluminista francês, um dos homens mais influentes do século 18, desencarnou. Maio de 1778 estaria marcado, então, como o término da encarnação do homem cujas ideias introduziram importantes reformas na França e cujos ideais inflamados serviram de inspiração à Revolução Francesa. Porém, sua história não para por aí. Há exatos 150 anos Voltaire voltou ao prelo através do recurso da mediunidade. No entanto, ao invés dos discursos inflamados, havia muito remorso pela doutrina utópica que havia pregado com tanto afinco. Quer saber por quê? Quer compreender o que o levou a mudar seus conceitos e quais seus atuais ideais? Então reveja os 150 anos desta reveladora comunicação publicada na Revista Espírita de maio de 1862 sob o título Os Dois Voltaires. Susan INTERESSANTES FATOS HISTÓRICOS DA VIDA DE CHICO Dentre tantas homenagens e títulos recebidos por Francisco Candido Xavier durante sua vida, neste mês cabe destacar o título de “Cidadão Paulistano” recebido por ele em 19 de maio de 1973. A solenidade ocorreu na cidade de São Paulo e todos os olhares estavam voltados a ele. Apesar de ser o homenageado, foi ele quem presenteou a todos com interessantes fatos históricos relacionados à cidade de São Paulo e que valem ser recordados aqui. Chico contou a história do “nascimento” da cidade de São Paulo reportando, como ele mesmo disse, aos seus fundamentos místicos. Narrou então, a visita que o Padre Manuel da Nóbrega recebeu do Apóstolo São Paulo que teve como objetivo pedir-lhe a fundação de uma cidade em nome de Jesus Cristo, a qual deveria ser estabelecida sobre as quatro colunas básicas do Cristianismo: amor e fé, trabalho e instrução. E o pedido foi atendido! No dia 25 de janeiro de 1554 a cidade de São Paulo (e não poderia ter outro nome) foi fundada por Manuel da Nóbrega. O dia escolhido por ele não foi por acaso, e sim porque relembrava a data da conversão de Paulo de Tarso às portas de Damasco. Estando, assim, muito aquém, Do esclarecimento amorável, Do Mestre inolvidável A sugerir-lhe ver mais além... Perceber que a encarnação, Em sua transitoriedade, Tem importância de experimentação Para a interior aprendizagem. Para sair da condição De animal intelectualizado E buscar a íntima moralização De espírito emancipado, Que a cada dia busca Ver sempre mais além, Sair da egoística conduta, Olhar por outro alguém, Simplesmente compreendendo Que seu cenário de luta É seu agente de remendo, Modificação de sua conduta. Para assim ter uma vida repleta! Que não mais se locupleta A valorizar efemeridades Mas buscar valores para a eternidade. Natália 1 Chico Xavier Mediunidade e Coração – Carlos A. Baccelli, p. 63/68 Susan PALAVRAS FINAIS LADO A LADO Prezado amigo, juntos, lado a lado, estivemos com você até aqui na leitura destas páginas. Que cada um de nós possa guardar, no imo de nossas almas, as claridades do Evangelho de Jesus que estas notícias e artigos, muito modestamente, procuraram nos transmitir. Ficamos por aqui. A Equipe de Redação 8 CORREIO DA FRATERNIDADE, MAIO, 2012