UNIR
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
NÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
PERFIL DA RECREAÇÃO ESCOLAR E SUA IMPORTÂNCIA COMO AÇÃO
EDUCATIVA PARA ALUNOS DE 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL
ALMIR RIBEIRO DE ARRUDA
TEREZINHA ANDRADE MOURA
PORTO VELHO, RO
2007
ALMIR RIBEIRO DE ARRUDA
TEREZINHA ANDRADE MOURA
PERFIL DA RECREAÇÃO ESCOLAR E SUA IMPORTÂNCIA COMO AÇÃO
EDUCATIVA PARA ALUNOS DE 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL
Monografia apresentada ao Departamento
de Educação Física Núcleo de Saúde da
Universidade Federal de Rondônia, como
requisito final para obtenção da graduação
de Licenciatura e Bacharelado em
Educação Física.
Orientador: Profº Ms. Ricardo Farias Santos
Canto.
Porto Velho, RO
2007
Data da Defesa: _____/ _____/ _____
BANCA EXAMINADORA:
Profº Ms. Ricardo Farias Santos Canto – Orientador
Julgamento: _________ Assinatura: ____________________________________
Profº Ms. Luis Gonzaga de Oliveira Gonçalves
Julgamento: _________ Assinatura: ____________________________________
Profº Esp. João Bernardino de Oliveira Neto
Julgamento: _________ Assinatura: ____________________________________
Ao Arrudão e Alterlúcio que nos incentivaram
e de quem sentimos muitas saudades.
(in memorian).
Agrademos primeiramente a Deus guia de nossas vidas.
Aos nossos professores pelo que nos transmitiram.
Ao nosso orientador Professor Mestre Ricardo Canto,
pela paciência e empenho que nos dedicou.
Aos nossos pais, amigos e irmãos que acompanharam
com muita expectativa essa nossa jornada.
Por último e não menos importante aos nossos filhos
que compreenderam nossas ausências.
Somos pessoas, não somos ilha.
Temos necessidade de nos integrar
em grupos, dialogar, participar
ativamente da vida.
Daí a importância de buscar
recursos diversos e conhecer novos caminhos
para dinamizar jornadas evitando a rotina e
superando o superficial, enriquecendo
o nosso ego e despertando para a alegria de viver.
Que nos tornemos um arquipélago, e que
a maré nunca inunde a nossa...
Miguel González.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13
1.1 Objetivos................................................................................................14
1.1.1 Geral...................................................................................................14
1.1.2 Específico...........................................................................................14
1.2 Questões de pesquisa...........................................................................14
2. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................15
2.1 Aspectos históricos da recreação..........................................................15
2.2 Conceito e definição de recreação........................................................17
2.3 Considerações gerais sobre a recreação..............................................19
2.4 Valores específicos da recreação.........................................................20
2.5 Aspectos gerais do brincar....................................................................22
2.6 A concepção do jogo e jogar.................................................................23
2.7 A concepção do lúdico..........................................................................24
2.8 O jogo como recurso pedagógico..........................................................24
2.9 Classificação das atividades recreativas...............................................25
2.10 Psicomotricidade.................................................................................29
2.10.1 Coordenação motora........................................................................30
2.10.2 Coordenação motora fina.................................................................30
2.10.3 Coordenação viso-motora................................................................31
2.10.4 Coordenação motora grosseira........................................................31
2.10.5 A criança e o movimento..................................................................32
2.10.6 Atividade lúdica infantil.....................................................................32
2.11 Características e necessidades da criança de 9 a 11 anos................33
2.12 Influências biopsicossocias da criança................................................35
2.13 O papel do professor de Educação Física..........................................38
2.14 Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s.......................................39
3. METODOLOGIA................................................................................................41
3.1 Campo de ação.....................................................................................41
3.2 População alvo......................................................................................41
3.3 Amostragem..........................................................................................41
3.4 Instrumento de coletas de dados..........................................................43
3.5 Procedimentos......................................................................................44
4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS...........................46
4.1 Tabelas ilustrativas as questões investigadas quanto aos professores
de Sala...................................................................................................................46
4.1.1 Opinião livre........................................................................................52
4.2 Tabelas ilustrativas as questões investigadas quanto aos professores
de Educação Física................................................................................................53
4.2.1 Opinião livre........................................................................................59
4.3 Relação entre a opinião dos Professores de Sala e os Professores de
Educação Física.....................................................................................................60
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES............................................................63
5.1 Conclusões............................................................................................63
5.2 Recomendações....................................................................................64
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................................66
ANEXOS................................................................................................................69
LISTA DE TABELA
Tabela 1 – Amostra de professores de sala e percentual distribuído por
formação................................................................................................................42
Tabela 2 – Amostra de professores de sala e percentual distribuído por sexo.....43
Tabela 3 – Amostra de professores de Educação Física e percentual distribuído
por.formação..........................................................................................................43
Tabela 4 – Amostra de professores de Educação Física e percentual distribuído
por sexo.................................................................................................................43
Tabela 5 – Opinião diante das aulas de Educação Física....................................46
Tabela 6 – Aceitação dos alunos diante das aulas de educação física................46
Tabela 7 – Importância da recreação para a formação da criança.......................47
Tabela 8 – Diálogo entre professores de sala e de educação física.....................47
Tabela 9 – Assistir as aulas de educação física de seus alunos...........................48
Tabela 10 – Aceitação para assistir aulas de educação física, para melhor
compreensão.........................................................................................................49
Tabela 11 – Contribuição da recreação para desenvolvimento do processo ensino
aprendizagem........................................................................................................49
Tabela 12 – Retorno para as salas após a aula de educação física.....................50
Tabela 13 - Influência da recreação para a formação do aluno............................51
Tabela 14 – Contribuição para a interdisciplinaridade através dos conteúdos
desenvolvidos na recreação..................................................................................51
Tabela 15 – Opinião sobre a recreação para formação do aluno.........................53
Tabela 16 – Contribuição da Recreação (jogos e brincadeiras) para o
desenvolvimento do processo ensino aprendizagem............................................54
Tabela 17 – Dificuldades encontradas na disciplina..............................................54
Tabela 18 – Diálogo entre professores de educação física e sala........................55
Tabela 19 – Retorno dos alunos para sala, após a prática da educação física....55
Tabela 20 – Aceitação das aulas de Educação Física pelos alunos.....................56
Tabela 21 – Contribuição dos conteúdos da recreação para a questão da
interdisciplinaridade...............................................................................................57
Tabela 22 – atividades desenvolvidas no 2º ciclo.................................................57
Tabela 23 – Planejamento das aulas de Educação Física....................................58
Tabela 24 – Planejamento que o professor de educação física se baseia...........59
LISTA DE ANEXOS
Anexo 1 – Questionário de coletas de dados Professores de Sala......................70
Anexo 2 – Questionário de coletas de dados Profºs de Educação Física............73
RESUMO
Este estudo consistiu-se em uma pesquisa de caráter didático pedagógico, cujo
foco principal foi conhecer o perfil da recreação nas aulas de Educação Física no
2º ciclo do ensino fundamental das escolas estaduais do município de Porto Velho
– RO, assim, como descrever sua importância no processo educacional e como
esta disciplina é vista pelos professores de sala com relação a prática realizada. A
população alvo foi de 45 professores entre os de Educação Física e de sala.
Como instrumento de pesquisa foi utilizado o questionário com questões
elaboradas especificamente para esta investigação. Este trabalho teve início
como uma testagem e em seguida entrou em campo a pesquisa propriamente
dita, que nos levou a conhecer a realidade das aulas práticas da Recreação nas
escolas. Fazendo analise dos resultados, através do instrumento, evidenciou-se a
real importância que é dada à recreação para a formação do aluno, e o
desenvolvimento da prática. Estabelecemos uma relação entre a teoria e a
prática, descrevendo as informações obtidas e o trabalho realizado, mediante a
opinião dos professores pesquisados. O estudo revelou pelos demais professores
que a Recreação é muito importante em seu desenvolvimento e
conseqüentemente é considerada útil e necessária para a formação integral do
aluno. Detectou-se também que os professores de Educação Física estão se
envolvendo mais no sistema educacional. Assim, foi possível saber o quanto esta
disciplina tem evoluído mostrando sua importância no âmbito da educação.
Palavras chaves: Recreação – jogos – brincadeiras – desenvolvimento.
ABSTRACT
This study consist in a research of pedagogical didactic character, whose main
focus was to know the profile of the recreation in the lessons of Physical Education
in 2º cycle of the basic education of the state schools of city of Porto Velho – RO,
thus, as to describe its importance in the educational process and as this
disciplines is seen by the professors of carried through room with regard to
practical. The white population was of 45 professors between the ones of Physical
Education and room. As research instrument was used the questionnaire with
questions elaborated specifically for this inquiry. This work had beginning as a
testate and after that the research properly said entered in field, that in took them
to know the reality of the practical lessons of the Recreation in the schools. Making
it analyzes of the results, through the instrument, proved it real importance that is
given to the recreation for the formation of the pupil, and the development of the
practical one. We establish a relation between the theory and the practical one,
describing the gotten information and the carried through work, by means of the
opinion of the searched professors. The study it disclosed for the too much
professors who the Recreation is very important in its development and
consequentement it is considered useful and necessary for the integral formation
of the pupil. It was also detected that the professors of Physical Education are if
involving more in the educational system. Thus, he was possibity to know how
much this disciplines has evolved showing its importance in the scope of the
education.
Words keys: Recreation – games – tricks – development.
1 INTRODUÇÃO
Através da brincadeira a criança consegue expressar seus sentimentos em
relação ao mundo social e transformar sua realidade que muitas vezes é tortuosa
devido aos problemas que trás consigo.
O caráter mediador da Educação Física, seguindo os Parâmetros
Curriculares Nacionais (1997), manifesta-se estabelecendo pressupostos básicos
para que sua prática seja comprometida com a sociedade, realizando com
precisão o seu trabalho através do bom desempenho do profissional. Ainda
segundo as recomendações dos PCNs (1997), a nova Educação Física está
preocupada para que o aluno venha obter um bem estar físico, mental, adquirir
saúde e conhecimento a respeito do próprio corpo, temas transversais e outros.
Diante dessa preocupação esta disciplina deve entrar em campo de forma ampla,
ensinando aos alunos não só o competir, mas acima de tudo resgatar a
sensibilidade humana.
A Lei de Diretrizes e Bases promulgada em 20 de dezembro de 1996, art.
26, § 3º, deixa explicita que a “Educação Física, integrada à proposta pedagógica
da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas
etárias e as condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos
noturnos”.
As tendências pedagógicas pregam que a Educação Física deve ser
inserida realmente no contexto escolar, deixando de ser apenas instrução física
para assumir um papel mais efetivo no processo de desenvolvimento do
indivíduo, buscando uma nova forma de ensinar, desde a primeira até a oitava
série, incorporando uma nova abordagem, através do ensino, da construção do
conhecimento e do movimento. (www.novaescola.com.br)
Portanto, a Educação Física pode e deve ter caráter de ensino e
aprendizagem, garantindo aos alunos, conhecimentos práticos e conceituais,
possibilitando, situações de socializações e de desfrute de atividades lúdicas,
executando de forma satisfatória e adequada, proporcionando alegria e
aprendizagem.
Por essa compreensão, causa-nos uma preocupação diante das aulas
prática de Recreação aplicada nas escolas, exatamente como propõe os PCN’s
(1997), é tarefa da Educação Física escolar garantir aos alunos as práticas da
cultura corporal, oferecendo instrumentos para que sejam capazes de expressar
movimentos coordenados e de socialização.
Nesse sentido e com essa preocupação, percebe-se a necessidade de
conhecer o assunto tendo como objetivo principal investigar para ter
conhecimento real como está sendo desenvolvida a prática da Recreação nas
aulas de Educação Física escolar e conhecer a opinião dos professores de sala e
da área.
Abordaremos exatamente, quanto à Recreação desenvolvida no ambiente
escolar e finalmente o relato das informações adquiridas diante da concepção de
ensino da Recreação e sua prática.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Geral
Conhecer o perfil da recreação escolar, considerando a opinião dos
Professores de Sala e a realidade da recreação nas aulas de Educação Física.
1.2.2 Específico

Investigar a realidade da prática recreativa nas aulas de Educação
Física conforme a opinião dos professores da área;

Verificar a atuação da prática da recreação quanto à ação educativa
segundo a opinião dos Professores de Sala;

Estabelecer a relação entre a realidade da prática da recreação e a
opinião dos Professores de Sala quanto à ação educativa.
1.3 Questões de pesquisa.
1. Como está sendo desenvolvida a prática da recreação nas aulas de
Educação Física?
2. Qual a opinião dos Professores de Sala diante das aulas de Educação
Física?
3. Qual a relação entre a prática e a ação educativa diante da recreação
nas aulas de Educação Física?
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 ASPECTOS HISTÓRICOS DA RECREAÇÃO.1
A recreação teve sua origem na pré-história, quando o homem primitivo se
divertia festejando o início da temporada de caça, ou a habitação de uma nova
caverna, já que as atividades se caracterizavam por festas de adoração,
celebrações fúnebres, invocação de deuses, o vencimento de um obstáculo, com
alegria, caracterizando assim um dos principais intuitos da recreação moderna. As
atividades, jogos coletivos dos adultos em caráter religioso foram passadas de
geração em geração às crianças em forma de brincadeiras, quer dizer já era uma
constante na vida do homem, sendo que era manifestada através das danças
primitivas de adoração, rituais fúnebres e invocação de deuses, destacando-se
seu aspecto recreativo de alegria e vencimento de obstáculos. A criança ao
nascer, após todo o impacto sofrido pela diferença de ambiente, adaptando-se a
medida que o sistema nervoso se desenvolve, tornando-a capaz de movimentarse, começa então a recrear-se, mexendo as mãos, pegando os pés, entre outros
movimentos, isto vem afirmar que a recreação é algo instintivo do ser humano.
Começando com a criança em forma de brincadeiras, a recreação chega
até o adulto como fator social, que surgiu nos fins do século passado.
O movimento da recreação sistematizada iniciou-se na Alemanha em 1774
com a criação do Philantropinum por J. B. Basedow, professor das escolas nobres
da Dinamarca. Lá as atividades intelectuais ficavam lado a lado às atividades
físicas, como equitação, lutas, corridas e esgrima.
Na Fundação Philantropinum havia cinco horas de matérias teóricas, duas
horas de trabalhos manuais, e três de recreação, incluindo a esgrima, equitação,
as lutas, a caça, pesca, excursões e danças. A concepção Basedowiana
contribuía para a execução de atividades a fim de preparação física e mental para
as classes escolares maiores.
Froebel contribuiu criando os Jardins de Infância onde as crianças
brincavam na terra. Nos EUA (Estados Unidos da América) o movimento iniciou1
Quanto ao histórico da recreação recorremos ao autor Canto (2004) e PCN’s (1997).
se em Boston, em 1885 com a criação de jardins de areia para as crianças se
recrearem. Com o tempo, o espaço tornou-se pequeno visto que os irmãos mais
velhos vinham também se recrearem nos jardins, Criavam-se então os
Playgrounds em prédios escolares, chamados também de pátios de recreio.
No ano de 1892, em Chicago acontecera o 1º HULL HOUSE, área para
jogos, aparelhos de ginástica e caixa de areia.
Prevendo a necessidade de atingir um público de diferente faixa etária,
como os jovens e adultos, e também devido a crescente importância do tempo de
lazer, o termo playground foi mudado para “recreação", com um conceito mais
amplo de brincadeiras para crianças e outras atividade para os adultos, a partir
daí foram criados os centros recreativos, que funcionavam o ano todo. Eram
casas campestres com sala de teatro, de reuniões, clubes, bibliotecas e
refeitórios. Havia estruturas semelhantes as de hoje em dia, caixas de areia,
escorregadores, quadras e ginásio para ambos os sexos com vestiários e
banheiros, balanços, gangorra, entre outros. Para orientação das atividades
existiam os líderes especialmente treinados.
No Brasil, a criação de praças públicas iniciou-se em 1927, no Rio Grande
do Sul com o professor Frederico Guilherme Gaelzer. O evento chamava "Ato de
Bronze", onde foram improvisadas as mais rudimentares aparelhagens. Pneus
velhos amarrados em árvores construíam um excelente meio de recreação para
as crianças.
Em 1929, aparecem as praças para a Educação Física, orientadas por
instrutores, pois não havia professores especializados. A partir daí foram surgindo
novas praças, parques e os Centros Comunitários Municipais, sendo que o
primeiro chefe desse serviço foi o professor Gaelzer.
Em 1972, foi criado o "Projeto RECOM" (Recreação - Educação Comunicação), pelo prefeito Telmo Thompson Flores, com o Secretário Municipal
de Educação e Cultura Profº Frederico Lamacchia Filho, juntamente com o
professor Gaelzer. Porto Alegre foi a pioneira desse tipo de projeto, realizou
atividades recreativas e físicas promovendo o aproveitamento sadio das horas de
lazer e a integração do homem com sua comunidade.
Funcionavam no RECOM uma tenda e um carrossel de Cultura,
desmontáveis e de fácil remoção. A tenda é uma casa de espetáculos. O
carrossel foi criado para apresentações externas e espetáculos ao ar livre.
Ressalvando a importância da recreação, a Alemanha a introduziu nas
escolas e criou os parques infantis. Os EUA criou os playgrounds equipados
revolucionando a recreação pública. O Rio Grande do Sul pelo pioneirismo e a
implantação do "RECOM" com a recreação móvel.
2.2 CONCEITO E DEFINIÇÃO DE RECREAÇÃO
A palavra recreação provém do verbo latino “recreare”, que significa
recrear, reproduzir ou renovar. A recreação pode, desta forma, compreender as
atividades espontâneas, prazerosas e criadoras, que o indivíduo busca para
melhor ocupar o seu tempo livre. A recreação tem como objetivo principal criar as
condições necessárias para o desenvolvimento integral das pessoas, além de
promover a participação de forma coletiva e individual em ações que possam
melhorar a qualidade de vida das pessoas; possui ainda o caráter educacional,
auxiliando
na
preservação
da
natureza
e
na
afirmação
dos
valores
imprescindíveis à convivência social e profissional.
Recreação ocorre à idéia de prazer, de espontaneidade, de livre escolha.
De acordo com a opinião de vários autores, segundo Cavalcante (apud Canto
2004, p. 11).
Recreação é uma atividade física ou mental a que o
indivíduo é naturalmente impelido para satisfazer
necessidades de ordem física, psíquica e social de cuja
realização lhe advém prazer e que é aprovada pela
sociedade.
Partindo desta definição é possível compreender que a recreação busca
desenvolver capacidades do ser humano numa totalidade. Uma vez que, permite
divertimento e oferece benefícios para a pessoa, despertando então, um interesse
pela sua importância e necessidade para a prática na sociedade.
È hoje pacífico que a recreação constitui um processo eficiente de
educação:

Higiênica, porque o jogo ao ar livre é condição indispensável ao
seu desenvolvimento físico;

Intelectual, porque servindo para lhes dar hábitos de cálculo,
reflexão
e
previdências,
constitui
para
formação
de
sua
mentalidade; e

Social, porque, estreitando o convívio de crianças de varias
origens, tem por fim eliminar-lhes o preconceito de classes,
despertarem nestas o amor e respeito pelos humildes, e naquelas o
hábito e as maneiras das que já foram beneficiadas pela educação
no lar e nas escolas.
De acordo com Vinicius Ricardo Cavallari e Vany Zacharias as principais
características das atividades recreativas são: (2007)



Deve ser desenvolvida de forma espontânea, sem esperar
resultados ou benefícios específicos. Para tanto a opção por sua
prática deve ser livre, atendendo os interesses de cada indivíduo;
A prática das atividades recreativas deve levar as pessoas a
“estados psicológicos positivos”, se realizando em um clima e com
uma atitude predominantemente alegre e entusiasta;
Deve ser um estímulo para a criatividade, um benefício para a
formação pessoal e para as relações sociais, dando lugar à liberação
de tensões da vida cotidiana, resgatando os valores essenciais para
uma auto-realização.
A atividade recreativa tem sua essência na organização própria dos jogos e
brincadeiras, segundo KISHIMOTO (2005), o jogo, aqui entendido em seu sentido
amplo, ou seja, também denominado como brincadeira, tem por excelência duas
funções:
1. Função lúdica: propicia diversão, prazer e até o desprazer, quando
escolhido voluntariamente;
2. Função educativa: ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu
saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo.
Há de se ressaltar que os jogos e as brincadeiras podem ser aplicados nas
diversas faixas etárias, sem distinção, mas que cada um deles vai sofrer
alterações e interferências nos seus procedimentos de aplicação, nos recursos
que serão utilizados ou na metodologia de organização e aplicação de suas
estratégias.
Mesmo com estas características genéricas e ao mesmo unificantes, ao se
deparar com a necessidade de um correto planejamento de ações recreativas,
torna-se fundamental conhecer e entender as características e necessidades
específicas das faixas etárias com as quais poderemos estar nos envolvendo no
momento da aplicação dos jogos e brincadeiras. Desta forma, queremos destacar
alguns elementos motores, psicológicos e sociais, que podem interferir no
processo formativo e educacional das faixas etárias em estudo:
2.3 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A RECREAÇÃO
A Educação Física nas séries iniciais é considerada como uma aula de
atividade recreativa que segundo a autora Verderi (1999), não deve ser
considerada como uma atividade desorganizada, mas sim uma atividade natural
que ocorre em um processo contínuo de desenvolvimento.
No pensamento de Verderi (1999), os educadores de Educação Física são
formadores de seres que interagem com o mundo, são responsáveis não só pelas
capacidades físicas, mas, pelo cognitivo e sócio-emocional. Afirma, ainda que se
pode fundamentar as aulas recreativas em teóricas e práticas, de maneira que na
realização de brincadeiras e atividades de recreação venham promover condições
de reflexão, lazer e construção de conhecimentos, aprimorando a corporeidade,
promovendo
a
auto-organização,
estabelecendo
relações
equilibradas
e
construtivas com os outros, fazendo-os reconhecerem que são elementos
integrantes da sociedade e que são cidadãos com responsabilidades, direitos e
deveres.
A recreação pública se propõe como uma ação educativa na escola,
ocupando de maneira sadia e orientada, oferecendo uma variedade de atividades:
esportes, teatro, pesquisas, músicas, danças, jogos recreativos, brincadeiras,
entre outras.
Segundo o CONFEF (Conselho Federal de Educação Física), para que a
educação física seja de qualidade nas escolas é indispensável que tenha práticas
esportivas e jogos em seu conteúdo, possibilite ao aluno uma variedade
considerável de experiências, vivências e convivências no uso de atividades
físicas e no conhecimento de sua corporeidade e constitua-se num meio efetivo
para conquista, de um estilo de vida, ativo dos seres humanos.
2.4 VALORES ESPECÍFICOS DA RECREAÇÃO
Segundo Gaelzer (1979), a recreação apresenta valores para as fases da
vida humana:
Pedagógica, é essencialmente a finalidade na idade infantil e na
adolescência;
Formativa, na juventude, recreando e reafirmando os bons hábitos,
canaliza as tendências anti-sociais, favorece o equilíbrio emocional, age
como elemento integrador e unificador e amplia as oportunidades do
desenvolvimento cultural;
Compensadora, na idade madura, levando o indivíduo à praticar
correspondente à suas necessidades; cria estímulos novos, oportuniza e
revigora o sentimento de participação social; encontram na prática regular
motivações para a sua saúde e bem estar geral.
Segundo Cavalcanti (apud Canto – 2004), as atividades recreativas são
inúmeras proporcionando satisfação como:
O prazer da criação – é algo por demais importante. Desde criança o ser
humano demonstra suas tendências para a criatividade. Em seus desenhos, as
crianças procuram externar os seus pensamentos. Realizam coisas interessantes
com areia da beira-mar. Com argila e massa, formam coisas maravilhosas que,
tendo sempre oportunidade de dar trabalho às mãos, tornam-se verdadeiras
artistas. E definem, ou talvez tendem para uma profissão: desenhista, pintor,
arquiteto, etc.
É muito comum que os pais fiquem tristes quando tendo ofertado aos seus
filhos, brinquedos caríssimos, e dias depois, vêem os mesmos espedaçados. E
por que eles fazem isto? – é o poder da criatividade. Eles querem desmontar o
brinquedo para refazê-lo, se não igual, mas, criando outro tipo. Psicologicamente
falando, o brinquedo surgiu, não para enfeitar a prateleira ou paredes e sim, para
as crianças brincarem. Daí, necessário é, que os adultos lhes oportunizem o
prazer, a sensação de criar e recriar. Isto acontece não só com as crianças, mas,
dia a dia o adulto se depara e sente necessidade de tal. Todas as atividades
recreativas, mesmo feitas individualmente, serão mais completas, se transmitidas,
comentadas, do companheirismo. Este fator recreacional abrange a maior parte
das atividades recreativas nas reuniões comunitárias, nas festas, nos bailes
sociais, nos jantares, nas excurções, nos jogos e até mesmo nas conversações.
O espírito de aventura - é algo sensacional, que tende a levar o homem a
obter novas experiências e ao sucesso. Implica em curiosidade, ansiedade, pelo
novo, por descobertas, conseguindo novos conhecimentos, sempre de utilidades
para si e para humanidade.
Sensação de Realização – Será que existe sensação melhor que a de
sentir o valor de uma vitória, o sucesso em alcançar o desejado? Isto é
impulsionado pelo desejo de vencer, de aprender algo, isto é, de sentir-se
realizado, satisfeito com o conseguido.
Bem estar Físico – Quando o indivíduo se sente fisicamente sadio, a
satisfação de bem estar, é notório e transmissível nos outros. Sim, porque se está
bem disposto, fisicamente, a alegria transparece no semblante e contagia
facilmente ao ambiente onde está. Um exemplo bem prático e real, se alguém
praticar alguns minutos de ginástica logo ao levantar, vai se sentir disposto
fisicamente durante o resto do dia.
Uso das forças mentais – Será que em recreação se emprega tal fator? E
por que razão? A força mental está presente em todas atividades recreativas,
não só em jogos mentais, porém também em jogos motores e sensoriais. Se for
praticado um jogo, qualquer que seja, a mente está em ação. Só quando o jogo
não mais é interessante, então, cessa a força mental.
Experiência Emocional – Se em prática recreativa, qualquer que seja, não
se sente satisfação, então é evidente que não houve recreação, pois, se o
conceito da recreação é tudo aquilo que ocasiona sensação de prazer, bem estar,
pelo qual, sempre se anseia, então, em caso negativo a recreação deixou de
existir.
Prazer da Beleza – O senso do belo é o que proporciona a alegria de viver
e admiração pelo que é bom, é ver mais além, é citar o provérbio popular “Quem
ama o feio, bonito lhe parece”, é o amor, a recreação encontra no amor o estudo
da beleza.
Sensação de Utilidade – Quem não se sente bem, feliz, em servir, ajudar,
em ser útil a alguém? Esta sensação também está bem integrada na recreação.
Inúmeros são os exemplos que podem ser citados. Ninguém de bom senso faz
alguma coisa visando o mal, mas, sim, o bem, este bem, que é beleza, que é
revertido em amor pelo seu semelhante, pela humanidade.
Repouso – Esta sensação recreacional, é tão diversificada, quanto forem
os interesses das pessoas. São preferenciais contraditórias ao trabalho ou
descanso, na total expressão da palavra. Descanso é intervalo no trabalho,
repouso, é recuperação das forças.
2.5 ASPECTOS GERAIS DO BRINCAR
Brincar, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN`s (1998): A
brincadeira é uma ação que pode ocorrer da imaginação. Para brincar é preciso
apropriar-se da realidade e poder atribuir a novos significados, por meio de
articulações entre a imaginação e a imitação no plano das emoções, surgindo
idéias criativas de uma real vivência.
No brincar a criança tem a oportunidade de interagir com pessoas e
objetos, liberar a criatividade, podendo também se beneficiar de uma qualidade
de vida.
O brincar faz parte do ser humano, e para a criança a brincadeira
representa a capacidade de compreender a realidade que vive.
Conforme o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (1998).
Desde muito cedo a criança se comunica por meio de gestos e sons
desenvolvendo sua imaginação. Brincar é uma das atividades fundamentais para
o desenvolvimento da identidade e autonomia.
Na brincadeira as crianças podem desenvolver algumas capacidades
importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. As
capacidades de socialização da criança amadurecem, por meio da interação e da
utilização e experimentação de regras e papeis sociais.
O brincar representa um dos modos pelos quais a criança pode aprender
sem ninguém ensinar. O adulto deve oportunizar brincadeiras diferentes e
variadas possibilitando que as crianças criem outros tipos de atividades a partir
delas. O brincar pode ser visto como a própria essência da infância, sendo que
ação promove o crescimento, permitindo a criança explorar o mundo e o ambiente
do qual faz parte.
A motivação parece ser algo que antecede e mantém o brincar. Pode ser
classificada como: automotivação, que vem dentro da criança e a motivação
externa, que deriva de algo motivador, da curiosidade, do estímulo do adulto, dos
materiais disponíveis, do ambiente. A imaginação da criança é infinita, é fácil
estimulá-la, oferecendo-lhe opções variadas.
2.6 A CONCEPÇÃO DE JOGO E JOGAR
O brincar, a brincadeira e o jogo em determinados momentos se
confundem, pode-se dizer que o jogo é uma atividade livre, pode-se inventar,
conforme a necessidade e a criatividade de quem está brincando. Segundo
Kishimoto (apud. Borges - 2006). A mesma autora afirma que se pode considerar
o jogo como:
-
o resultado de um sistema lingüístico que funciona em um contexto
social;
-
um sistema de regras; e
-
um objeto.
A escola, segundo Oliveira (1996), vê o jogo como recurso metodológico
capaz de propiciar uma aprendizagem espontânea e natural, podendo ser
reconhecido como uma das atividades pedagógicas mais significativas.
Segundo os PCN’s (1997), as situações lúdicas, competitivas ou não, são
contextos favoráveis de aprendizagem. O jogo constitui momentos de interação
social bastante significativo, às questões de sociabilidade constituindo motivação
suficiente para que o interesse da criança pela atividade seja mantido.
Nos jogos, ao interagirem, os alunos podem desenvolver respeito mútuo,
buscando participar de forma leal, sendo fundamental que se trabalhe em equipe,
em que a solidariedade pode ser exercida e valorizada. (PCN´s 1997).
Moraes (apud. Borges - 2006), sustenta que o jogo envolve ordem, tensão,
movimento, mudança, solenidade, ritmo, entusiasmo, características presentes no
jogo didático. Tais características, de atividades como o jogo, denominadas de
lúdicas, manifestam-se em dramatizações, músicas, atividades individuais e/ou
em grupos, possibilitando não só o brincar, mas também o aprender. Nesse
sentido, a Educação Física, utilizando-se de jogos e brincadeiras como recurso,
pode ser considerada como atividade lúdica e oportunidade de aprendizagem.
2.7 A CONCEPÇÃO DO LÚDICO
De acordo com Oliveira (1996) palavra lúdico vem do latim ludus e significa
brincar, incluindo os jogos, brinquedos e divertimentos, sendo também, que brinca
e que se diverte.
O lúdico é muito abrangente, nele estando contidos o jogar e o brincar, nos
quais as relações entre o lúdico são muito próximas. O dia-a-dia, a prática e a
literatura demonstram que os jogos e as atividades lúdicas, não só atraem as
crianças, mas também adultos, pois são atividades necessárias para a
constituição psíquica do ser humano.
Do ponto de vista de Borges (2006), pode-se sugerir a utilização de
atividades lúdicas nas escolas, contribuindo para o melhor rendimento e
aproveitamento dos alunos, auxiliando-os a obter melhores resultados no
processo ensino aprendizagem. O lúdico estabelece uma ponte entre o prazer e a
aprendizagem.
2.8 O JOGO COMO RECURSO PEDAGÓGICO
A utilização de jogos educativos no ambiente escolar trás muitas vantagens
para o processo de ensino aprendizagem. O jogo favorece a aquisição de
condutas cognitivas e desenvolvimento de habilidades como coordenação,
destreza, rapidez, força, concentração, etc, contribui para a formação de atitudes
sociais.
Através do jogo, a criança obtém prazer, realiza esforço espontâneo e
voluntário para atingir o objetivo.
O jogo é uma atividade que tem valor educacional intrínseco, mediante a
qual a criança constrói a realidade.
Por meio dos jogos é possível exercitar a imaginação, estimular a
independência e a espontaneidade, promover o convívio em grupo e desenvolver
habilidades motoras como equilíbrio, força e flexibilidade.
O jogo é o vínculo que une a vontade e o prazer durante a realização de
uma atividade. O ensino que utiliza o lúdico cria um ambiente agradável e
gratificante servindo como estímulo para o desenvolvimento integral da criança.
De acordo com Passerino (apud José/Saulo/Terezinha – 2004), o jogo é
necessário no processo de desenvolvimento da criança, com a função vital de
proporcionar ao indivíduo forma de assimilação da realidade, além de ser
culturalmente útil à sociedade como expressão de idéias.
Na verdade os jogos não devem ser vistos apenas como pré-condição para
o aprendizado do esporte, pois o mesmo está presente em várias atividades
humanas.
Estudos recentes destacam:
BRACHT (1992), FREIRE (1992), MARCELINO (1990), TAVARESA
(1994) destacam que o ensino dos jogos deve assegurar uma
aprendizagem que resgate a história cultural, o lúdico e o significado
humano e social do jogo, garantindo a criança uma prática
contextualizada, com origem, fantasia, prazer, alegria, sentido e
significado para sua formação, enquanto construtor e produtor deste
saber. (Meneses) apud Cristina, Mirian e Sheila, graduadas em Ed.
Física – UFJF.
2.9 CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES RECREATIVAS
Segundo o professor Maurício Leandro (Choquito - 1988), o objetivo da
classificação das atividades recreativas além da padronização, é evidenciar a
funcionabilidade dessas atividades dentro de uma programação ou de um
programa de lazer e recreação.
Para que seja escolhida uma determinada atividade devendo fazer parte de
uma programação, é necessário saber suas características e classificações. De
acordo com os objetivos aos quais é proposto alcançar, ai sim, é escolhida uma
determinada atividade recreativa.
É enaltecido o valor e a importância da leitura e da pesquisa como fonte de
aquisição de conhecimento. Então será abordada aqui uma compilação de dados,
extraídas de boas literaturas, mas sem expressão do seu conteúdo na íntegra,
com isso é importante a leitura, para que se busque nos livros as informações
necessárias e completas.
Segundo Ferreira (2003),
a classificação das atividades é: Grandes jogos - grande
números de participantes. Difícil de ser dominado.
Pequenos jogos - extrai dos participantes características individuais como:
velocidade, destreza, força. Revezamento ou Estafetas - constitui-se pelo
revezamento dos participantes para a realização de tarefas. É uma atividade em
grupo que preza pelas potencialidades individuais. Indicado para a infância.
Jogos combinados (exigem mais de uma aptidão física), correr, saltar,
giros.
Aquáticos - jogos realizados dentro da água, com excelente valor
terapêutico por diminuir o impacto causado pelo solo.
Jogos sensoriais - utilizam os sentidos (tato, visão, audição, etc). Esses
jogos desenvolvem o pensamento, diminui a tensão.
Jogos Sociais de Mesa - jogos que são realizados na mesa, com caráter
educativo, sem estimular os jogos de azar.
Segundo Veríssimo de Melo (1981), ficariam em:
Jogos de Seleção - utilizada para a separação de equipes e/ou
participantes (par ou ímpar, palitinho);
Jogos Gráficos - realizado em cima de algum desenho ou traçado
(amarelinha, xadrez);
Jogos de Competição - disputa física entre os participantes (pegas, cabo
de guerra);
Jogos de Salão - motricidade fina em locais restritos e/ou fechados
(baralho, quebra - cabeça);
Jogos com Música - com ritmo (catinga de roda, karaokê).
Segundo Mian (2003), os jogos são classificados em:
Pequenos - regras fáceis e em menor quantidade, menor número de
participantes e locais restritos;
Médios - com regras pré - estabelecidas, em locais maiores como quadras
ou piscina;
Grandes - com regras pré - estabelecidas e complexas, em maior
quantidade e em locais grandes e abertos, com maior números de participantes.
Segundo Guerra (1988), quanto a Forma de Participação: Recreação Ativa e Recreação Passiva.
Ativa:
Atividades Motoras - Exigência maior do físico. Ex. Jogos Infantis e
Esportes em Geral;
Atividades Intelectuais - A mente é mais utilizada. Ex. Xadrez e Quebracabeça;
Atividades Artísticas ou Criadoras - Ex. pintura, desenho, carpintaria,
escultura, teatro, música, etc.
Atividades de Risco - Ex. àquela na qual o praticante coloca à prova sua
integridade. Ex. pára-quedismo, mergulho profundo, vôo livre etc.
Passiva:
Atividades Sensoriais - Tem uma participação interativa com a atividade.
Ex. Torcida no estádio - grita, balança os braços, salta participando emotiva e
fisicamente.
Atividades Transcendentais - Confunde-se com o Ócio pela participação de
espectador. Ex. Ver pinturas no museu, contemplar o pôr-do-sol, relaxamento
tranqüilizante.
Quanto à Faixa Etária as Recreações podem ser:
Adulta - para maiores de 18 anos;
Infanto-juvenil - para crianças de 8 a 12 anos;
Juvenil - para Jovens acima de 12 anos;
Infantil - para crianças até os 7 anos;
Mista - para várias faixas etárias - como pais e filhos juntos;
Terceira Idade ou Idade Especial - para idosos.
Quanto ao espaço as recreações podem ser internas e externas:
Internas:
Salas de Festas; Ginásios Esportivos; Salas de Ginásticas, de Musculação;
de Danças Modernas ou Clássicas; Salas de Música;de Leitura;de Projeção;
Piscinas Térmicas, Saunas, Duchas; Salões de Jogos - sinuca, bilhar, tênis de
mesa, totó, bilhar, boliche; Salões de Jogos de Mesa - buraco, biriba, paciência,
xadrez, dama; Estandes Fechados - tiro ao alvo e arco e flecha; Sala de Jogos
Eletrônicos.
Externas:
Campos - Futebol, beisebol, golfe; Quadras poliesportivas - esportes
individuais e coletivos; Playgrouds infantis; Piscinas; Pátios para comemoração de
datas especiais; Pistas de Atletismo; Hortos com pistas diversas, quadras, lagos,
ciclovias entre outros.
Quanto ao ambiente:
Atividades Terrestres;
Atividades Marinhas, Náuticas ou Aquáticas;
Atividades Aéreas.
Classificação de jogos por séries - de acordo à faixa etária;
Quanto ao Local:
Jogos de Campo - com bolas, jogos de correr, jogos de agilidade;
Jogos de Salão - Sensoriais, motores, psíquicos (intelectuais e afetivos)
para dias de chuva;
Jogos quanto à dificuldade de execução:
Pequenos - duração pequena e de regras fáceis e flexíveis - combinadas;
Grandes - duração de 10 a 20 minutos com as primeiras regras
preestabelecidas - preparam para os desportos e destina-se para alunos de 4ª
série em diante.
Quanto à participação nas Atividades Físicas:
Ativa; Moderada; Calma;
2.10 PSICOMOTRICIDADE
Psicomotricidade é a integração das funções motrizes e mentais sob o
efeito da Educação e do desenvolvimento do sistema nervoso.
Fonseca (1988) comenta que a psicomotricidade é atualmente concebida
como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível
entre a criança e o meio. É um instrumento privilegiado através do qual a
consciência se forma e se materializa.
A educação psicomotora é a educação da criança através do seu próprio
corpo e do seu movimento proporcionando gradativamente o controle até o
domínio dos movimentos mais complexos.
Segundo Fonseca (1988), são objetivos das atividades psicomotoras:
o vivenciar estímulos sensoriais para discriminar as partes do próprio
corpo e exercer um controle sobre elas.
o Vivenciar através da percepção do próprio corpo em relação aos
objetos, a organização espacial e temporal.
o Aquisição dos pré-requisitos necessários à aprendizagem da leitura
e da escrita.
A aplicação dos conteúdos deverá respeitar a individualidade e o
desenvolvimento psicológico da criança.
2.10.1 COORDENAÇÃO MOTORA
É a ação de combinar diversos grupos musculares, através do sistema
nervoso central, para a execução de uma série de movimentos e ações com o
máximo de eficiência e economia de energia.
Segundo Newell (1986), a coordenação envolve necessariamente relações
próprias múltiplas entre diferentes componentes, definidas em uma escala
espaço-temporal. Um padrão “ótimo” de coordenação é estabelecido pelo controle
da interação das restrições da tarefa, do organismo e do ambiente.
Falhas na coordenação motora podem ser acusadas pela deficiência de
movimentos na primeira infância. Devemos oferecer o máximo de experiência de
movimentos coordenados à criança.
Entre todas as qualidades físicas, podemos situar a coordenação motora
como de grande importância para a atividade escolar.
i.
COORDENAÇÃO MOTORA FINA
Segundo Rocha (2007), é a capacidade de usar de forma eficiente e
precisa os pequenos músculos, produzindo assim movimentos delicados e
específicos (complexos). Este tipo de coordenação permite dominar o ambiente,
propiciando manuseio dos objetos.
É uma coordenação segmentada normalmente com a utilização das mãos
exigindo precisão nos movimentos para a realização de tarefas complexas.
-
recortar
-
colar
-
encaixar peças
-
completar figuras seguindo a numeração
-
escrever o nome de dois tipos de letras, etc.
2.10.3 COORDENAÇÃO VISO-MOTORA
É a habilidade de coordenar a visão com movimentos do corpo. E segundo
Cabral (2007), na ausência de uma adequada coordenação viso-motora, a criança
se mostra desajeitada em todas as suas ações apresentando dificuldades na
escola. O desenvolvimento de uma boa coordenação motora geral é
indispensável como pré-requisito.
-
tentar acertar alvos fixos e móveis.
-
Correr, lançar e receber objetos durante a corrida.
-
Rolar, conduzir objetos em corrida e por entre obstáculos.
2.10.4 COORDENAÇÃO MOTORA GROSSEIRA
De acordo com Cabral (2007), a coordenação motora grossa ou geral é
aquela que visa utilizar os grandes músculos (esqueléticos) de forma mais eficaz
tornando o espaço mais tolerável à dominação do corpo.
Para as crianças é mais fácil fazer movimentos simétricos e simultâneos,
pois só numa segunda etapa é que ela movimentará os membros separadamente.
-
Saltar e saltitar sobre objetos.
-
Corrida lateral e cruzando as pernas.
-
Rolar para frente e para trás.
-
Executar seqüências de movimentos com braços e pernas simultâneos
ou não, numa segunda fase, de forma lenta até realizá-los em
velocidade.
A Educação Física tem como tarefa resgatar a brincadeira infantil
transformada em movimentos. Nesse sentido, Freire (1997), enfoca que no 1º e 2º
ciclo do Ensino Fundamental os atos motores são indispensáveis não só na
relação com o mundo, mas, na compreensão dessas relações.
Ao utilizar os sentidos, estimulando a percepção, a criança escolhe o que
pode criar, adquirindo noções de espaço, de tempo, lateralidade, coordenação
motora, atenção e equilíbrio, que levam a uma aprendizagem, capacitando-os
para a vivência social.
2.10.5 A CRIANÇA E O MOVIMENTO
Segundo os PCN’s (1997), crianças de oito a dez anos apresentam
raciocínio concreto e abstrato, memória, capacidade de reflexo e o convívio grupal
que é imprescindível. As recreações através das atividades de jogos e
brincadeiras são favoráveis para o desenvolvimento da criança, recomenda-se
também atividades de ação e raciocínio. Considera-se que a faixa etária de seis a
doze anos como período em que há nas crianças grande necessidade de
movimentarem-se. De dez a doze anos especialmente é a fase decisiva para
aptidão esportiva. É importante permitir à criança vivência de movimentos
diversificados já que a faixa etária em estudo apresenta grande interesse e
necessidade de movimentação.
2.10.6 ATIVIDADE LÚDICA INFANTIL
A infância é, por excelência, a idade do jogo. A criança nele coloca seu
próprio nível de competência na vida, querendo ser bem sucedida em sua
execução. É um período crítico em que ela começa a tomar consciência de suas
limitações e de suas capacidades pessoais. CDOF (2207).
Segundo os RCN/Infantil (Brasil, 1998: p. 21).
As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres
que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações que
estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são mais próximas e com o
meio que as circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o
mundo em que vivem, as relações contraditórias que presenciam e, por meio de
brincadeiras, explicam as condições de vida a que estão submetidas e seus
anseios e desejos.
Quando se assiste crianças brincando, o que mais sobressai é o prazer que
elas experimentam ao participarem das atividades. Sinais de alegria, risos, certa
excitação, são componentes desse prazer, embora a contribuição do brincar vá
bem mais além do que propiciar a descarga das tensões internas ou à satisfação
de impulsos parciais. Em verdade, brincar obedece a um princípio de prazer e a
um princípio de realidade, na medida em que constitui um modo de satisfação
elaborado e diferente no qual a criança age física e mentalmente.
A atividade lúdica é um poderoso instrumento para o equilíbrio psicológico,
pois, procurando lutar contra a angústia, o ego explora cada um dos mecanismos
ligados à realização dos desejos. E graças a um processo complicado e que
mobiliza todas as energias do ego, os brinquedos das crianças transformam a
angústia em prazer.
A vivencia concreta de situações transferidas da vida real para o plano
lúdico pela criança, embora de modo elementar, representa um conjunto de
aquisições de grande utilidade para o futuro adulto. Além disso, as diversas
transições do processo evolutivo do indivíduo encontram na atividade lúdica um
elemento suavizador dos problemas que surgem.
2.11 Características e necessidades da criança na faixa etária de 9 a 11
anos.
- Segundo Kishimoto (1993), a criança entra no estágio das operações concretas,
sendo capaz de produzir uma imagem mental de uma série de ações;
- Pode raciocinar sobre o todo e as partes simultaneamente, ordenando os
objetos em função das quantidades;
- Inicia-se o processo de socialização, com a descoberta do outro, o acesso ao
trabalho coletivo e a necessidade de participar de grupos;
- Mostram-se mais preocupadas com o meio e com as reações das pessoas, mais
independentes e autocríticas;
- O crescimento progride em ritmo lento, mas em média os meninos são maiores
que as meninas;
- O fato de “ser como os outros” nesta etapa, torna-se uma condição
imprescindível para a inserção social;
- Período de grande vitalidade, grande resistência à fadiga, com um sono ranqüilo
e bom apetite.
- Deve ser motivada no seu desenvolvimento intelectivo, através de ações que
possam proporcionar reflexões, análises e descobertas;
- Atividades moderadas, pois não dominam seus componentes fisiológicos, não
tendo limites para as ações físicas;
- Necessitam de ações afetivas e formação de grupos que estimulem a sua
convivência social;
- Há uma diminuição das tendências e interesses sexuais, um certo
adormecimento desta energia instintiva, compartilhando os interesses com
crianças da mesma idade;
- Tem grande precisão de movimentos, sendo uma etapa totalmente viável para o
incentivo às atividades desportivas e atividades que exijam esforço físico;
- O trabalho com relações diretas entre os objetos e fenômenos, ou seja, as
diferenças entre grande e pequeno, direita e esquerda, claro e escuro ou outros
elementos, devem ser reforçadas nas atividades lúdicas.
- Períodos calmos, seguidos de rápido crescimento em altura e peso;
- Início da puberdade, com importantes transformações no aspecto físico e
psíquico, onde as características sexuais secundárias começam a desenvolverse;
- As meninas amadurecem mais rapidamente e seus interesses divergem dos
meninos, começa então a etapa da separação dos sexos;
- Os grupos continuam a se organizar e a necessidade de pertencer a um grupo
aumenta nesta fase;
- Devido ao rápido desenvolvimento físico e psicológico, podem-se encontrar
crianças com atitudes muito infantis, bem como o aparecimento dos conflitos
emocionais;
- Podem existir grandes diferenças de tamanho, de comportamento, de
personalidade, de gosto ou preferência, devido a grande variedade de interesses
e diferenças individuais;
- Grande interesse e necessidade de atividades ao ar livre, em jogos de equipes
em atividades que se possa ganhar alguma vantagem no aspecto social e até
financeiro;
- Ações que possam oportunizar a aceitação dentro de um grupo, a fim de
tornarem-se independentes;
- Atividades que possam denotar as mudanças físicas, para que sejam aceitas
com maior tranqüilidade;
- atividades específicas para meninos e meninas nesta fase podem ser
favoráveis, devido à diferença de interesses e ao amadurecimento;
- O gosto pela leitura é latente e precisa ser estimulado;
- As crises emocionais devem ser trabalhadas, com atividades que possam
contribuir para a autocrítica e o reconhecimento de suas dificuldades;
- Há grande interesse em jogos e atividades de grupo, na convivência com
animais, músicas do momento e ações de humor;
- Trabalhar a sensibilidade e o ciúme através de técnicas e dinâmicas individuais
e em grupo, para análise comparativa.
2.12 INFLUÊNCIAS BIOPSICOSSOCIAS DA CRIANÇA.
Em relação ao desenvolvimento físico, instabilidade afetiva, relações
sociais e desenvolvimento intelectual, segundo Prebianchi (2003). Tanto na
escola quanto fora dela, a criança se organiza em agrupamentos espontâneos e
os elos que se formam nesses grupos são muito importantes para fase evolutiva
que a criança atravessa.
Informa Lehn (1977), (apud. Prebianchi - 2003) que, neste período da
criança em estudo, divide o seu tempo entre a escola e grupo de amigos. Surgem
as oposições às idéias dos pais (espírito de contradição) e a lealdade ao grupo. O
exagero em qualquer um desses aspectos pode conduzir à delinqüência. Observa
a mesma autora:
No grupinho, a criança encontra, costumeiramente, amigos que a
entendam e que têm os mesmos problemas. Ela só tem de seguir o exemplo do
líder, e tudo que este fizer será “exato” ou “perfeito”. Há uma vida comum e quase
não existem reprovações. A criança na sua turma sente-se “alguém”.
Há, nessa fase, um alargamento da base social infantil; mas os pais de
zona urbana, em geral, pedem cautela às crianças em suas amizades para não
se deixarem enganar e não adotarem maus hábitos. Os contatos infantis tornamse, assim, pouco íntimos, mecânicos e rápidos.
A partir dos nove anos, há uma etapa definida de segregação, segundo os
estudos realizados, revelam a presença de fatores de maturidade.
Gesell (1967), (apud. Prebianchi - 2003), aponta como indicadores da
segregação por sexo nas brincadeiras infantis: a intranqüilidade, o pudor sexual, a
timidez, a hostilidade passageira, os risos sem motivo, as burlas, o espiar-se, as
inimizades e o ridículo. Ainda que temporários, esses indicadores refletem a
“complexidade dos processos de crescimento que cimentam a natureza social do
homem”.
Na teoria do desenvolvimento da inteligência de Piaget (1997), a fase até
aos doze anos corresponde ao terceiro estágio, chamado de “operatório
concreto”: ampliam-se a afetividade, a socialização e a inteligência. A criança
abandona seu egocentrismo, coopera com os outros; surge o espírito e inicia-se o
estágio da reflexão.
Segundo Bee (1984), um dos aspectos em que mais ocorrem modificações
nesta fase é o que se refere ao desenvolvimento moral. A atuação da família é
fundamental para que a criança adquira as regras da sociedade que vão levá-la a
conduzir-se de maneira adequada, perto ou longe dos pais.
Bee (1984, p. 232), aponta três facetas desse problema:
A – a criança deve adotar alguns tipos de regras internalizadas
(consciência); a desobediência a elas implica sentimentos de culpa;
B – a criança precisa ser capaz de dirigir seus comportamentos de
acordo com as regras; disso resulta a habilidade de inibição
(autocontrole);
C – a criança precisa aprender a fazer julgamentos referentes ao
comportamento moral.
Tal estágio é, na opinião de Erikison (1976), (apud. Prebianchi - 2003), o
mais decisivo do ponto de vista social, pois, embora todas as crianças pratiquem
jogos solitários ou em grupo, ou mais tarde se recreiem com livros, rádio, cinema
e televisão e mesmo tenham seus momentos de fantasia lúdica, isso não basta
para satisfazê-la como ser reprodutivo, capaz de fazer coisas e fazê-las bem. A
criança sente necessidade de começar a participar de seu meio de uma outra
forma: passa a querer sentir-se útil.
Ainda que as atividades lúdicas faça, parte do processo infantil como forma
de “dominar a experiência social pelo experimento; o planejamento e a
repartição”, para Erikison (apud. Prebianchi - 2003),o prazer da completação do
trabalho é gradualmente maior que “as fantasias e aspirações inerentes aos jogo”
(1976, p.124; 1971, p. 238).
Fernades (1979), (apud. Prebianchi - 2003), coloca o grupo lúdico infantil
em equivalência ao grupo familiar, escolar, paroquial, etc., quanto à socialização
da criança. E explica que esses agrupamentos espontâneos agem no mesmo
sentido dos demais na formações do “ser social” e no desenvolvimentos da
personalidade da criança, merecendo, por isso, tal equivalência.
Segundo Parker (1978), para as crianças em idade escolar, a brincadeira e
o lazer vêm a ser o mesmo tipo de atividades, pois elas geralmente brincam
durante seu tempo destinado ao lazer.
Há teorias psicológicas, que apontam a recreação como forma de fazer
com que a reprodução de acontecimentos desagradáveis sejam comandadas e
modificadas dos acontecimentos, pois na brincadeira, a criança faz do jeito que
gostaria que fosse na realidade. Jean Piaget, diz que a brincadeira é um processo
de assimilação onde a criança digere e integra os materiais e sinais culturais a fim
de tomar posse deles, é de opinião que elas não dão conta das variações no
comportamento lúdico que se verificam na prática.
Parker (1978), aponta como principais variáveis que ajudam a explicar as
diferenças nas brincadeiras infantis, as seguintes: o sexo, a idade, o nível sócioeconômico e a cultura. Os meninos e meninas tendem a preferir tipos diferentes
de brincadeiras, e dos seis aos doze anos as brincadeiras físicas (incluindo os
jogos de destrezas) têm a preferência das crianças, seguindo-se, após., as
criativas e, em terceiro lugar, as imaginativas.
O nível sócio-econômico tem acentuada importância no tipo de brincadeira.
Os dois fatores principais são a quantidade de espaço disponível e o estilo de
educação. O estilo de educação ou socialização está vinculado ao nível sócioeconômico, e também influi nas brincadeiras infantis. A maior parte das crianças
está sujeita aos pais que estimulam um ou outro tipo de brincadeira. Segundo
Parker (1978), os pais de nível sócio-econômico baixo encorajam seus filhos a
resolverem seus próprios problemas e, assim, a revelarem mais agressividade em
seus jogos. As crianças de nível sócio-econômico médio costumam ter os pais
como árbitros em suas disputas, brincando com agressividade menos evidente.
Assim parece que as diferenças mais marcantes nas brincadeiras estão
relacionadas com as culturas diferentes nas quais as crianças são criadas.
Como se pode deduzir desses diferentes enfoques, a interpenetração de
fatores biológicos, psicológicos e sócias é decisiva para o desenvolvimento da
criança.
2.13 O papel do professor de Educação Física.
Segundo Moreira (apud Aline/Eduardo 2004), um professor se constrói
pelas atitudes valorosas que adotar em sua relação professor/aluno, tanto na
importância que ele vier a ter perante eles, quando das coisas importantes que
apresentar para os mesmos. A atuação do professor no processo ensinoaprendizagem deve considerar o aluno como um corpo que não foi programado
para imitar, que o aluno só estará satisfeito e plenamente realizado em sua
corporeidade, a partir do momento em que estiver participando ativamente das
atividades e podendo explorar sua criatividade, espontaneidade e rompendo com
as limitações de seu corpo, descobrindo, por si só, as coisas maravilhosas que
pode realizar com seus gestos.
Na opinião de Freire (1997), é muito importante que o profissional de
educação física perceba os diversos significados que pode ter uma atividade
motora para as crianças. Assim, ele ajudará na percepção adequada dos recursos
corporais, de suas possibilidades e limitações, sempre em transformação dando
condições de se expressarem com liberdade e de aperfeiçoarem suas
competências motoras.
2.14 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Segundo os PCN`s (Parâmetros Curriculares Nacionais, 1997, p. 25), “O
trabalho na área da Educação Física tem seus fundamentos nas concepções de
corpo e movimento”.
Embora numa aula de Educação Física os aspectos corporais sejam muito
evidentes, os PCN’s (1997) afirmam que aprendizagem cultural, cognitiva e social
também estão vinculadas nas práticas de jogos e brincadeiras, principalmente na
fase escolar inicial, quando a atividade física torna-se indispensável para o
desenvolvimento da criança em todos os aspectos.
É a partir da idade escolar que a criança pensa inteligentemente com
lógica, segundo os PCN’s (1997) é nesta fase da criança que ocorre a evolução
da memória e do raciocínio concreto, ocorrendo então pensamentos e ações mais
significativas, desenvolvendo a criatividade.
De acordo com os PCN`s (1997) a criança nesta faixa etária sofre uma
profunda modificação no que diz respeito à questão da sociabilidade. Ocorre,
então, uma ampliação da capacidade de brincar e jogar, além das brincadeiras e
jogos de caráter simbólico, nos quais prevalecem fantasias e interesses pessoais.
A própria criança sente a necessidade de jogar e brincar junto com outros,
passando pela compreensão das regras e um comprometimento com elas.
Significa também nesta fase uma interação professor-aluno.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, fala dos conhecimentos sobre o
ponto de vista pratico da Educação Física como um organismo integrado da
recreação:
As habilidades motoras deverão ser aprendidas durante toda a
escolaridade, do ponto de vista pratico, e deverão sempre estar
contextualizadas nos conteúdos dos outros blocos. Do ponto de vista
teórico podem ser observados e apreciados principalmente dentro dos
esportes, jogos e brincadeiras. (PCN`s – 1997, p. 60).
Dessa forma, as brincadeiras, a prática esportiva, os jogos, sejam
construtivos, de descobertas, de agrupamentos, comunicativos, musicais, bem
como os brinquedos, aparecem sempre em forma de interação social, de
desenvolvimento criativo na expressão da fala e do corpo. Devendo essas
atividades fazem parte do mundo da criança, visando sempre o desenvolvimento
integral dos alunos.
Segundo as recomendações dos PCN`s (1997), a nova Educação Física
deve preocupar-se com o bem estar físico do aluno, a saúde e o conhecimento
em geral. Esta pratica das atividades físicas deve buscar meios para suprir as
insuficiências, possibilitando a vivência de situações de socialização, desfrutando
de atividades lúdicas, de modo que venham a ser essenciais para a saúde e que
contribuam para o bem estar coletivo e individual.
Quando a criança brinca, estimula a criatividade podendo até trazer a tona,
desejos e experiências da vida real.
Os PCN`s (1998, p. 27) também fala da importância do brincar construindo
o desenvolvimento da criança e de sua ponte com a realidade:
O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que
assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papeis na brincadeira, as
crianças agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e
substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do
papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.
Dessa forma, podemos afirmar que, através da pratica da recreação nas
aulas de Educação Física a criança pode adquirir e construir conhecimentos. E
que na pratica da recreação nas aulas de Educação Física na escola, as
atividades podem ser prazerosas, sem preocupação com resultados impostos,
pois estes virão naturalmente.
3 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descrita de campo com dados quantitativos e de
cunho qualitativo, cuja abordagem tem como base a preocupação com o processo
de ação educativa nas aulas práticas de Educação Física através da Recreação,
analisando o seu desenvolvimento e sua contribuição no fator educação.
3.1 Campo de Ação:
A presente pesquisa desenvolveu-se nas instituições públicas estaduais do
município de Porto Velho – RO.
A pesquisa a qual nos propomos foi realizada nas escolas públicas
estaduais do município de Porto Velho – RO, para conhecer o valor desse
trabalho que vem sendo realizado com alunos de 3ª e 4ª séries, esclarecendo
uma situação prática quanto ao perfil e a importância da Recreação, vista como
meio de educação.
3.2 População alvo:
Professores de sala do 2º ciclo que atuam diretamente com os alunos e
professores de Educação Física.
A pesquisa realizada junto aos Professores de Sala e os profissionais da
área foram no intuito de conhecer a opinião do que ocorre na realidade diante da
prática da Recreação escolar.
3.3 Amostragem:
3.3.1 Professores de sala e Professores de Educação Física.
O estudo foi realizado em seis escolas da zona sul da rede público
estadual de ensino do município de Porto Velho, duas destas escolas oferece a
comunidade apenas o 1º e 2º ciclo do Ensino Fundamental (1ª a 4ª série), estas
escolas dispõem de dois profissionais cada uma, atuando na área em questão,
duas das escolas oferecem do 1º ciclo ao 4º ciclo, com dois profissionais atuando,
as demais escolas funcionam do 1º ao Ensino Médio e contam com quatro
profissionais para o atendimento escolar.
O fato que nos levou a pesquisar nestas escolas foi a facilidade de estarem
em uma mesma área geográfica e de fácil acesso de uma para outra, também por
moramos nas proximidades, tornando mais acessível a aplicação do questionário
referente a pesquisa.
Durante a pesquisa foram aplicados questionários e contamos com a
colaboração de dez professores de Educação Física e 35 professores que atuam
em sala de aula, totalizando 45 professores, sendo que os questionários foram
diferenciados.
A proposta foi aplicar aos Professores de Sala e de Educação Física
questionários para obter dados e possibilitar um resultado real com relação a
questão de estudo.
A seguir, são apresentadas as tabelas demonstrativas da amostra desta
pesquisa:
Tabela 1 – Amostra de Professores de Sala e percentual distribuído por
formação.2
a) ensino médio ou segundo grau
2
17,1 %
Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada
b) superior
c) pós-graduação
d) outros.
82,9 %
34,3 %
0 %
Fonte: dados colhidos pelos autores.
Analisando os dados apresentados, evidenciou-se que os professores
atuantes em sala de aula na sua grande maioria possuem curso superior, parte
deles com pós-graduação.
É de fundamental importância que o profissional consiga se enxergar como
peça importante na formação das crianças, buscando e oferecendo novos
conhecimentos para a melhoria da educação e comprometidos com essa
formação, o que comprova que a tendência destes professores é cada vez maior,
pois apenas 17,1% ainda não cursaram a faculdade o que diminuiria o numero de
professores leigos.
Tabela 2 – Amostra de Professores de Sala e percentual distribuído por
sexo.
a) feminino
b) masculino
97,1 %
2,9 %
Fonte: dados colhidos pelos autores.
Nos dados obtidos, observa-se que a grande maioria dos Professores de
Sala é do sexo feminino, sendo possível presumir que os homens não procuram
muito o caminho da pedagogia para atuar com o 1º e 2º ciclo (1ª a 4ª série), o que
mereceria um estudo específico para buscar as verdadeiras razões da mulher
estar mais afeta as questões da educação.
Tabela 3 – Amostra de professores de Educação Física e percentual
distribuído por formação.3
a) ensino médio ou segundo grau
b) superior
c) pós-graduação
d) outros.
0
100
50
20
Fonte: dados colhidos pelos autores.
3
Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.
%
%
%
%
Observa-se que todos, apesar do pequeno número (10), são graduados,
sendo que metade destes possuem pós-graduação e uma pequena parte com
outras especializações. Pode-se evidenciar que os professores de Educação
Física que atuam hoje nestas escolas são capacitados.
Tabela 4 – Amostra de professores de Educação Física e percentual
distribuído por sexo.
a) feminino
b) masculino
50 %
50 %
Fonte: dados colhidos pelos autores.
Constata-se que a atuação dos profissionais na Educação Física, é de boa
aceitação em ambos os sexos.
3.4 Instrumento de coletas de dados:
Para a coleta de informações foram utilizados dois questionários
diferenciados com dez (10) questões cada um devidamente validado para garantir
a objetividade da pesquisa, possibilitando uma real compreensão da situação
prática.
Optamos pelo questionário por ser um instrumento simples, menos
dispendioso,
mas,
de
grande
importância,
podendo
ser
respondido
anonimamente, de fácil aplicação, com total liberdade para os questionados
darem suas opiniões e fundamental para obtermos as informações necessárias
diante do problema em estudo. (anexo)
3.5 Procedimentos:
Neste trabalho utilizamos quatro fases: A primeira foi um estudo
abrangendo questões e pensamentos de alguns estudiosos (autores), cuja
contribuição foi significativa para o conhecimento sobre o assunto, servindo de
embasamento teórico para o desenvolvimento deste trabalho.
A segunda foi à elaboração de um questionário para uma prévia, ou seja,
com fins de uma testagem, tanto para Professores de Sala como para professores
de Educação Física, os quais foram testados com professores que não fizeram
parte da amostragem desta pesquisa e considerando algumas respostas
verificamos que atenderia aos seus objetivos, sendo reelaborados alguns itens e
alternativas dos questionários, os quais foram aprovados para desenvolver este
trabalho e obtermos melhor compreensão do problema de pesquisa.
A terceira foi à aplicação dos questionários já reelaborados distribuídos aos
Professores de Sala atuantes no 2º ciclo (3ª e 4ª série) e professores de
Educação Física das escolas. O contato para preenchimento dos questionários foi
feito pessoalmente. Os instrumentos foram respondidos no próprio local de
trabalho por alguns, que solicitaram um tempo para responder e aguardamos na
própria escola, outros levaram para casa que retornamos para recolher.
Alguns professores se sentiram receosos ao responder o questionário,
depois em conversa informal nos afirmaram que ficaram um pouco constrangidos
em falar a verdade, pois não gostariam de prejudicar ninguém. Uma pequena
parte demonstrou pouco caso e falta de interesse para responder o questionário,
alegando não ter tempo.
A pesquisa foi feita conforme horário das aulas. Nas escolas que atuam
somente com 1º e 2º ciclo, cujo objetivo da pesquisa era o 2º ciclo (3ª e 4ª série),
foi feita a abordagem nos dois turnos (manhã e tarde). Já nas outras escolas só
aconteceu no primeiro turno, pois as séries pesquisadas ocorrem neste horário. A
quarta fase foi a análise e interpretação dos dados coletados que possibilitou as
conclusões desta investigação.
4 Análise e interpretação dos dados coletados.
4.1 Tabelas ilustrativas às questões investigadas quanto aos Professores de Sala:
Tabela 5 – Opinião diante das aulas de Educação Física.4
a) são necessárias
b) são eficientes
c) não vejo necessidade
d) não tem finalidade
e) outros
94,6
20,0
0
0
0
%
%
%
%
%
Fonte: dados coletados pelos autores
Para os professores esta aula e necessária e que de certa forma torna-se
eficiente, confirmando um resultado positivo para a disciplina.
Diante das respostas ficou esclarecido que esta disciplina no 2º ciclo vem
sendo ministrada de acordo com os PCN’s (1997), que nesta fase escolar inicial
esta aula torna-se indispensável para o desenvolvimento da criança em todos os
aspectos, nesta faixa etária a criança demonstra interesse e necessita de
movimentação, fazendo-se necessária que ocorra com responsabilidade para
garantir a eficiência das aulas práticas.
Tabela 6 – Aceitação dos alunos diante das aulas de Educação Física.5
4
Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.
a) entusiasmados
b) satisfeitos
c) desinteressados
d) desmotivados
e) outros
68,6
45,7
2,8
2,8
0
%
%
%
%
%
Fonte: dados coletados pelos autores
Na opinião dos professores ficou evidenciado a aceitação dos alunos,
devido ao entusiasmo e a satisfação demonstrada na realização das aulas
práticas e que raramente faltam neste dia.
Considera-se esta aceitação pela grande necessidade de movimentaremse, segundo os PCN’s (1997), esta disciplina permite uma vivência de
movimentos diversificados, através das atividades de jogos e brincadeiras que
são favoráveis ao desenvolvimento da criança, ocasionando uma diversão.
Tabela 7 – Importância da recreação para a formação da criança.
a) muito importante
b) importante
c) pouco importante
d) não é importante
e) outros
82,9
17,1
0
0
0
%
%
%
%
%
Fonte: dados coletados pelos autores
A grande parte dos professores consideraram que a recreação é muito
importante para a formação da criança, alguns ainda comentaram que é o único
momento de diversão ou lazer oferecido.
Do ponto de vista prático e teórico a recreação através de jogos e
brincadeiras deve fazer parte do mundo da criança durante toda a escolaridade,
tendo um papel muito importante para a formação do seu bem estar físico e
mental, pois através do brincar a criança adquiri e constrói conhecimentos, PCN’s
(1997).
Tabela 8 – Diálogo entre professores de sala e de Educação Física.
a) sempre
5
48,6 %
Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.
b) seguidamente
c) às vezes
d) nunca
0 %
48,6 %
2,8 %
Fonte: dados coletados pelos autores
Uma grande maioria valoriza o diálogo e afirma ser importante a integração
entre professores, para a troca de informações sobre os alunos quanto ao
comportamento participação e outros assuntos.
Já uma outra parte diz ter contato poucas vezes, em função do pouco
tempo que o professor permanece na escola, assim que terminam suas aulas vão
embora, no entanto uma pequena minoria não tem nenhum diálogo,
simplesmente alegam falta de tempo.
Verifica-se com estes dados que o diálogo é tão importante para se
fortalecer diante das dificuldades no decorrer das aulas, principalmente com
relação às crianças, mesmo porque o diálogo é um excelente instrumento de
ajuda mútua que não deve ser desperdiçado.
Segundo Canto (2004) é extraordinário a sensação de ser útil, em que o
bem deve ser revertido em amor pelo semelhante, ou seja, pelos alunos, quando
acontece o diálogo, um estará ajudando o outro.
Tabela 9 – Assistir as aulas de Educação Física de seus alunos.
a) sim
b) não
54,3 %
45,7 %
Fonte: dados coletados pelos autores
Uma quantidade bastante razoável foi positiva ao afirmar que assistiram
para compreender melhor o desenvolvimento e o que é desenvolvido nas aulas.
Outros para observar o comportamento e a participação dos alunos, alguns
gostam de participar de vez em quando para interagir e motivar seus alunos.
Entretanto outros professores têm pouca curiosidade, por falta de convite, ou para
não atrapalhar o momento do outro. Tem aqueles que se utilizam do horário de
Educação física para planejar as próximas aulas ou corrigir cadernos, porém ficou
evidenciado no relato de uma pequena parte de professores que utilizam o horário
para tirar dúvidas e dificuldades de alguns alunos, ou seja, dar aula de reforço.
Considera-se que a educação física através de jogos e atividades lúdicas,
de acordo com Oliveira (apud Célio Borges – 2005), não só atraem as crianças
mas também adultos, digamos que a maioria demonstra curiosidade em
presenciar. Este ato experimentado pelos professores foi muito importante para
observar melhor seus alunos, seus movimentos e entender que a criança nesta
faixa etária seu maior interesse é brincar. O fato dos outros professores terem
pouco interesse para assistir as aulas tem pouca importância, porém, o fato de
utilizarem o horário da aula de Educação Física para dar reforço, significa que
algumas crianças estão deixando de participar. Isso é inadmissível! É enaltecido o
valor e a importância da Educação Física nas séries iniciais para as crianças,
possibilitando desde cedo a oportunidade desenvolver a coordenação motora, o
esquema corporal, a estrutura espacial, temporal, entre outras. Diante disso, é
fundamental a participação da criança durante as aulas. PCN’s (1997).
Tabela 10 – Aceitação para assistir aulas de Educação Física, para melhor
compreensão.
a) sim
87,5 %
b) não
12,5 %
Fonte: dados coletados pelos autores
Ficou evidente que uma boa parte dos que nunca assistiram a uma
aula de educação física, aceitariam assistir para um entrosamento melhor
entre professores, acompanhar as atividades, o desempenho, participar,
observar, conhecer o tipo de brincadeiras que são realizadas. Mas, têm
aqueles poucos se manifestando sem interesse e declaram não verem
necessidade alguma pois ainda predomina uma visão negativa com relação
à educação física.
O fato da grande parte dos professores terem se manifestados para o
lado positivo, acreditamos que é possível haver mais entrosamento, com
vistas a aliviar problemas e até mesmo a disciplina de Educação Física ser
mais bem compreendida.
Diante deste fato e de acordo com os PCN’s (1997), afirma que a
Educação Física está vinculada nas práticas de jogos e brincadeiras de
modo que a recreação deve se propor na escola como uma ação educativa.
E para uma melhor compreensão desta ação, pelos Professores de Sala,
esta disciplina deve ser ministrada com seriedade pelos profissionais da
área.
Tabela 11 – Contribuição da recreação para desenvolvimento do processo ensino
aprendizagem.
a) sim
100 %
b) não
0%
Fonte: dados coletados pelos autores
As respostas foram unânimes e acreditam que quando o profissional gosta
e tem compromisso com o que faz, principalmente com relação à criança e
dependendo da recreação a qual está sendo realizada, de forma organizada
determinada atividades contribuem para o desenvolvimento deste processo
aprendizagem, sendo possível perceber nas atitudes e movimentos, mais
motivados para aprendizagem e maior rendimento motor, que por sinal são
elementos utilizados também em sala de aula.
A significativa contribuição percebida nos dá uma certeza que a Educação
Física apresentada de maneira organizada, torna-se imprescindível para a
formação integral do aluno. E segundo recomendações dos PCN’s (1997), o
trabalho na área da Educação Física visa a evolução, não só no aspecto corporal,
mas de raciocínio e ações, contribuindo com o processo educacional.
Tabela 12 – Retorno para as salas após a aula de Educação Física.
a) calmos
5,7 %
b) agitados
82,9 %
c) limpos
0%
d) sujos
57,1 %
e) suados
71,4 %
f) outros
5,7 %
Fonte: dados coletados pelos autores
6
Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.
6
Pelas respostas ficou compreendido que na maioria das vezes é
desfavorável o retorno dos alunos, devido à agitação, suor e sujeira, no entanto
retornando de um ato que envolve bastante dinamismo e ação, poucos declaram
que às vezes acontece de voltarem calmos, e não se pode negar que alguns
retornam machucados. Porém deixaram entendido que toda essa demonstração
de energia faz parte do momento.
Diante da afirmativa dos professores com relação a este retorno, digamos
assim, de forma desagradável, mas se torna compreensível. Como afirma Freire
(1997), o mundo da criança e repleto de movimentos e na faixa etária em que se
encontram a especialidade delas é brincar. Portanto, torna-se compreensível
porque criança no momento desta aula sai da rotina de sala de aula em busca de
um tempo de divertimento, onde podem gastar um pouco de energia.
Tabela 13 - Influência da recreação para a formação do aluno. 7
a) favorece o desenvolvimento intelectual 54,3 %
b) trabalha na socialização
71,4 %
c) desenvolve a psicomotricidade
68,6 %
d) funciona só como brincadeira
8,6 %
e) não tem benefício algum
0%
f) outros
2,9 %
Fonte: dados coletados pelos autores
Conforme as respostas ficou esclarecido que os professores
acreditam proporcionar grandes resultados, ou seja, pode influenciar de
maneira positiva, favorecendo a criança raciocinar, desenvolvendo a sua
criatividade e através dos atos motores de forma independente, produzir
movimentos simples até os mais complexos. Ficou explicito na opinião
deles quando apontaram a socialização sendo o fator mais importante que a
recreação desenvolve, talvez pelas atividades em grupo. Uma pequena parte
pensa que só funciona como brincadeira, gastando tempo.
Diante das influências atribuídas fica evidente que a recreação
segundo
Canto
constituindo
7
um
(2004),
permite
processo
divertimento
eficiente
de
e
oferece
educação.
Está
Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.
benefícios
oferecendo
condições práticas para afirmar o seu verdadeiro papel. Quanto à
compreensão negativa de alguns, acreditamos ser falta de uma observação
mais consciente diante dos fatos. Pois, segundo Kishimoto (apud Borges –
2006),
atividades
recreativas,
jogos
e
outros,
denominados
como
brincadeiras tem função lúdica e educativa, isto vem afirmar o aspecto
positivo deste processo.
Tabela 14 – Contribuição para a interdisciplinaridade através dos conteúdos
desenvolvidos na recreação.
a) sim
74,3 %
b) não
14,3 %
c) não respondeu
11,4 %
Fonte: dados coletados pelos autores
Os professores se posicionaram favorável a esta questão, considerando
que é importante haver um bom relacionamento entre professore e que ambos
estejam dispostos a inserir os conteúdos de acordo com a necessidade em busca
de melhorar o ensino aprendizagem dos alunos. Apesar disso poucos professores
afirmam não perceberem essa contribuição, vêm a Educação Física como uma
disciplina isolada.
Nenhum professor deve trabalhar isoladamente, devendo tomar iniciativas
procurando meios para eliminar pequenos problemas. Assim, todos estarão
contribuindo para o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem,
envolvidos na formação dos alunos. E para isso acontecer é essencial que haja
cooperação e envolvimento entre professores.
Pelo percentual observado nota-se que a recreação desenvolvida está
assumindo um papel de grande importância no meio da educação. Segundo
Verderi (1999), as atividades de recreação devem ocorrer de maneira natural,
porém, organizada com e perspectiva de construção de conhecimentos.
4.1.1 Opinião livre
Conforme constatado na pesquisa, daqueles que emitiram opinião livre, 13
acreditam no trabalho da Educação Física envolvendo o lúdico. Concordam que
através da recreação direcionada, bem preparada é fundamental para se obter
resultado positivo e conseqüentemente estará contribuindo para a educação dos
alunos, os quais necessitam destas atividades para o seu aprimoramento integral
e até mesmo para gastar energia. Segundo os pesquisados, a profissão de
educador, ainda mais se tratando de crianças é um caminho que deve ser
seguido de muita paciência, tolerância e responsabilidade diante da missão que
se propôs. Os professores citaram que têm conhecimento das dificuldades
encontradas na área da Educação Física, com relação aos materiais didáticos,
para que os mesmos possam atuar com mais eficiência o seu trabalho. Apesar
disso, os educadores pesquisados consideram a Educação Física muito
importante para a formação da criança.
Não podemos deixar de citar a posição de 5 professores insatisfeitos com a
realização do trabalho do profissional de Educação Física, segundo o fato de:
faltarem às aulas sem justificativa, deixarem as crianças soltas, à vontade,
significa que não estão trabalhando com seriedade e nem compromissados com o
processo educacional.
Mesmo assim, diante destes fatos e devido ao maior número de
manifestações positivas, foi possível constatar que a recreação está se
fortalecendo. Não podemos dizer que está excelente, mas, acreditamos que
desde que os profissionais da área estejam verdadeiramente comprometidos com
uma prática pedagógica, a Educação Física será vista conforme a sua
importância segundo os PCN’s (1997) que é contribuir para o bem estar, visando
o desenvolvimento integral do aluno.
4.2 Tabelas ilustrativas às questões investigadas quanto aos professores de
Educação Física:
Tabela 15 – Opinião sobre a recreação para formação do aluno. 8
8
Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.
a) favorece o desenvolvimento intelectual
b) trabalha na socialização
c) desenvolve a psicomotricidade
d) funciona só como brincadeira
e) não tem benefício algum
f) outros
70 %
90 %
70 %
20 %
0%
20 %
Fonte: dados coletados pelos autores
A Recreação na opinião dos professores vem sendo vista como um prática
excelente para ajudar na formação dos alunos desde que esteja sendo oferecida
de forma organizada.
A recreação é uma atividade que tem grande influência sobre a saúde
física, mental e social do ser humano, segundo Cavalcante (apud canto – 2004),
esta atividade desperta muito interesse pelas crianças, devido sua realização
proporcionar prazer.
Tabela 16 – Contribuição da Recreação (jogos e brincadeiras) para o
desenvolvimento do processo ensino aprendizagem.
a) sim
90 %
b) não
0%
c) não respondeu
10 %
Fonte: dados coletados pelos autores
Os professores acreditam e afirmam que é possível, através de atividades
recreativas, contribuir com a aprendizagem, pois as brincadeiras e jogos são
favoráveis neste aspecto. Brincando a criança tem mais facilidade em aprender o
que lhe é ensinado.
Sendo a Recreação um ponto de vista prático da Educação Física e
segundo os PCN’s (1997), durante toda a escolaridade as crianças deverão
desfrutar de atividades lúdicas, em busca de suprir as insuficiências, visando
sempre o desenvolvimento integral dos alunos.
Acreditamos que quando os professores se dedicam, são ativos e
empenhados, buscam construir e transmitir conhecimentos para as crianças,
promovendo uma aprendizagem mais interessante.
Tabela 17 – Dificuldades encontradas na disciplina. 9
a) falta de infra-estrutura
b) falta de material
c) falta de valorização da profissão
d) nenhuma dificuldade
e) outros
50 %
80 %
60 %
10 %
10 %
Fonte: dados coletados pelos autores
Os professores apontam dificuldades para a realização do seu trabalho e
que às vezes precisam desdobrar-se quando desejam fazer uma aula diferente,
necessitando usarem de muita criatividade.
Os professores de Educação Físicos têm como fator primordial diante da
sua profissão, zelarem pela educação do aluno, priorizando o ensino
aprendizagem, conscientes das dificuldades, buscando meios criativos para
oferecer.
Segundo os PCN’s (1997), muitas escolas não têm recursos, limitando os
materiais, entretanto, os professores podem adaptar ou criar recursos dos
materiais que estiverem disponíveis na escola.
Tabela 18 – Diálogo entre professores de Educação Física e Sala.
a) sempre
70 %
b) seguidamente
10 %
c) às vezes
20 %
d) nunca
0%
Fonte: dados coletados pelos autores
A maioria dos professores acredita que o diálogo é primordial. A partir dele
obtém-se informações possíveis que venham auxiliar em prol de melhorias para
as aulas e para os alunos. Nós profissionais devemos apresentar as nossas
parcelas de contribuição.
A importância do diálogo, favorece em benefício das crianças, e pode
atender a situação de cada um. Segundo Moreira (apud. Aline/Eduardo - 1995),
9
Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.
um professor se constrói pelas atitudes valorosas que apresentará em sua
relação com os outros e no que irá apresentar.
Tabela 19 – Retorno dos alunos para sala, após a prática da Educação Física. 10
a) calmos
40 %
b) agitados
40 %
c) limpos
0%
d) sujos
20 %
e) suados
80 %
f) outros
20 %
Fonte: dados coletados pelos autores
Para os professores ao promover jogos e brincadeiras é inevitável que ao
realizar as atividades as crianças não fiquem agitadas e suadas, principalmente
porque é um momento em que estarão participando ativamente das atividades.
Ao realizarem a volta a calma, mesmo assim, eles se mantêm suados.
É através das brincadeiras que as crianças se divertem, diante da
necessidade que elas têm de movimentaram-se é que envolvem-se ativamente.
Conforme os PCN’s (1997), as situações lúdicas, são contextos favoráveis,
constituem momentos de interação e motivação suficiente para que o interesse
pela atividade seja mantido.
Tabela 20 – Aceitação das aulas de Educação Física pelos alunos. 11
a) entusiasmados
80 %
b) satisfeitos
70 %
c) desinteressados
10 %
d) desmotivados
0%
e) outros
10 %
Fonte: dados coletados pelos autores
Evidenciou-se que pelo percentual, as crianças na sua maioria demonstram
interesse, gostam de participar, por ser uma aula conduzida onde todos têm
10
11
Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.
Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.
oportunidades e sendo complementadas com atividades variadas, sempre
estimulando-os e orientando-os durante as práticas.
As aulas de Educação Física devem dar oportunidade a todos os alunos
para que desenvolvam seus potenciais, trabalhando o aprimoramento diante dos
aspectos: social, cognitivo, psíquico e outros, tornando-se um momento de
divertimento, de produtividade e de aprendizagem. Segundo kishimoto (2005), os
jogos e brincadeiras podem e devem ser aplicados nas diversas faixas etárias,
caracterizando suas necessidades e exatamente nesta fase de 9 a 11 anos,
inicia-se o processo de socialização, de acesso de trabalho coletivo, a
necessidade de participar, de ações afetivas e de estímulo para a convivência
social.
Tabela 21 – Contribuição dos conteúdos da recreação para a questão da
interdisciplinaridade.
a) sim
b) não
100 %
0%
Fonte: dados coletados pelos autores
Na opinião dos professores a interdisciplinaridade acontece sim, mas
deveria merecer a compreensão dos Professores de Sala, pois mesmo não sendo
diretamente, são desenvolvidas atividades voltadas para esse fim. Nas aulas
admitem que envolvem assuntos diversos, que têm relação com outras áreas,
Segundo os PCN’s (1997), a finalidade da Educação Física em sua ação é
essencialmente pedagógica na idade infantil, que o brincar é um dos aspectos
que representa um dos modos pelos quais a criança pode aprender sem ninguém
ensinar diretamente. Compreende-se que a recreação tem uma essência que ao
ser conduzida com seriedade possibilitará à criança não só o brincar, mas
também o aprender.
Tabela 22 – Atividades desenvolvidas no 2º ciclo. 12
12
Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.
a) esportes competitivos
20 %
b) esportes adaptados às habilidades dos alunos
50 %
c) atividades recreativas (brincadeiras e jogos)
100 %
d) danças folclóricas
50 %
e) gincanas
30 %
f) jogos de salão
40 %
g) organização de atividades em datas comemorativas 20 %
Fonte:dados coletados pelos autores
Diante da questão investigada constatamos que as atividades recreativas
têm sido bem exploradas no 2º ciclo. Os professores demonstram conduzir os
alunos para que desenvolvam habilidades significativas, utilizando-se de
atividades culturais, de datas comemorativas e esportivas, proporcionando a
criança uma prática de vivência social ligada à realidade.
Pelas informações constata-se que os professores de Educação Física
estão utilizando meios criativos para a aplicação de suas aulas, oportunizando a
todos os alunos momentos agradáveis, oferecendo conhecimentos através do
esporte, das brincadeiras, das atividades culturais e pedagógicas.
Segundo Canto (2004), através da recreação cujo objetivo principal é criar
condições necessárias para promover a participação do aluno, coletiva ou
individual, melhorar a qualidade de vida promovendo ações de caráter
educacional, de convivência social, de valores e auxiliando na preservação em
geral.
Tabela 23 – Planejamento das aulas de Educação Física. 13
a) participa do Projeto Pedagógico da Escola (PPE)
b) faz plano de aula anual
c) faz plano de aula semestral
d) faz plano de aula mensal
e) faz plano de aula semanal
13
60 %
70 %
10 %
10 %
50 %
Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.
f) outros
0%
Fonte: dados coletados pelos autores
O percentual mostra que os professore estão participando de forma
significativa em algumas etapas. Nota-se que foi do planejamento mencionado
com maior ênfase, a participação e realização no PPE, planos anuais e semanais,
portanto, acredita-se que vários professores estão elaborando seus planos de
trabalhos subsidiando no seu processo educacional, com objetivos e metas a
seguir, porém, um número também significativo deixa a desejar.
No que se refere ao planejamento, este é um procedimento utilizado para
direcionar os trabalhos que serão desenvolvidos com os alunos, o qual é um meio
flexível de acordo com seus interesses e a realidade.
Segundo o professor
Maurício Leandro (1988), que, após a classificação das atividades (conteúdos) a
serem realizados, os objetivos são padronizados e o importante é evidenciar o
funcionamento dessas atividades dentro de uma programação.
Tabela 24 – Planejamento que o professor de Educação Física se baseia. 14
a) PCNs
b) PPE
c) Matriz Curricular de Educação Física
d) conhecimentos próprios
e) outros
90 %
10 %
90 %
20 %
10 %
Fonte: dados coletados pelos autores
Grande parte dos professores baseiam-se pelos PCN’s (1997), o qual os
auxiliam na execução do seu trabalho utilizando também a Matriz Curricular de
Educação Física, que sistematiza as ações dos professores do Estado. Depois
vem outras fontes de informações como: DVD, CD, internet e até mesmo
conhecimentos próprios, colocando-os em prática conforme as necessidades.
O planejamento é um meio excelente para auxiliar o profissional durante
todo o desenvolvimento do seu trabalho, podendo ser discutido e analisado de
14
Questões com direito a mais de uma resposta tornando-as com percentual de 100% cada.
acordo com os interesses e as necessidades da escola. PCN’s (1997), Matriz
Curricular (2001).
4.2.1 Opinião livre
Poucos professores de Educação Física deram suas opiniões, no entanto
as opiniões colhidas foram bem importantes e esclarecedoras. Os professores
complementaram afirmando que “o momento da Educação Física é aquele em
que a criança tem maior oportunidade de se soltar, descontrair, brincar e também
não deixam de aprender alguma coisa”. Por este motivo a expectativa dos alunos
em relação à aula é de extrema euforia. Percebendo esta atração, admitem que,
para alcançar melhor rendimento, maior interesse e consequentemente um
desenvolvimento
satisfatório
dos
alunos,
procuram
trabalhar
integrando,
professor/aluno num convívio informal. Desta forma constatamos que os
resultados são favoráveis para ambos.
O que nos falta para melhorar o nosso desempenho são locais próprios
tanto para a prática como para guardar materiais opcionais ou confeccionados. A
Educação Física é um complexo rico de atividade e conteúdo. A mesma seria
muito mais aproveitada, com espaços e materiais adequados e com uma gama de
conteúdos devidamente explorados e aplicados.
Com base nos resultados, observa-se que apesar das dificuldades, nos
dias atuais nestas escolas pesquisadas, aos poucos os profissionais da área vêm
buscando uma melhor maneira de se envolver e realizar o seu trabalho para
mudar a posição alienada da Educação Física e tentar atingir seu grau de
aplicabilidade às nossas crianças.
4.3 Relação entre a opinião dos professores de sala e os professores de
Educação Física.
A
análise
dos
resultados
aplicados
no
estudo
concentrou-se
especificamente nas respostas obtidas mediante os questionários e nos relatos
dos professores através das experiências vividas no dia a dia e mais
precisamente quanto a recreação desenvolvida nas aulas práticas de Educação
Física.
Considerando as experiências e observações, foi possível constatar que
94,3% dos Professores de Sala compreendem que as aula de Educação Física
são necessárias e 82,9% consideram as aulas muito importante.
Com relação à recreação 80% dos profissionais da área consideram um
meio eficiente, 100% dos outros professores acreditam que esse meio contribui
para desenvolver ensino/aprendizagem. Nota-se que o maior percentual não é do
professor da área, portanto é louvável a apreciação demonstrada por esta
atividade desenvolvida.
Dados evidenciam que a recreação tem sua importância na formação dos
alunos. Ficou claro que 90% dos professores da área e 71,4% dos Professores de
Sala percebem que a socialização tem sido a mais evidente, alem disso favorece
o desenvolvimento em outros aspectos. Segundo os PCN’s (1997), esta disciplina
deve preocupar-se com o bem estar do aluno, desfrutando de atividades lúdicas,
contribuindo para suprir as necessidades física, mentais e sociais. Percebe-se
diante dos relatos que a Educação Física, além de oferecer divertimento, tem se
preocupado com a formação do aluno-cidadão.
A relação professor de Educação Física/Professor de Sala, no aspecto
diálogo, mostrou-se contraditória, revelando-se confuso, no qual professores de
Educação Física afirmam 70% e Professores de Sala 48%, ficando evidente que
nem sempre existe um contato para conversar sobre o desempenho dos alunos,
porém 45,7% esclarecem ter uma boa relação, momentos estes que possibilitam
esclarecimentos com a finalidade de melhoria em prol dos alunos.
O diálogo torna-se ideal para mudar a visão de outros com relação ao que
envolve esta disciplina, cabendo ao profissional da área divulgar seu trabalho
fazendo-os perceberem de maneira mais positiva.
Ficou confirmado pelos professores de Educação Física que 80% e 68,6%
pelos Professores de Sala, o entusiasmo dos alunos pela disciplina. Na prática da
recreação as atividades são prazerosas, podendo proporcionar aprendizagem
espontânea e natural, ao mesmo tempo envolve descontração, PCN’s (1997).
Talvez sejam os motivos pelos quais as crianças se exaltam e sentem satisfação
em praticá-las. Nem tudo é perfeito, pois alguns Professores de Sala vêem como
negativo, criança agitada e suada, mas, praticar atividades físicas, brincar, correr,
pular e outros, dificilmente isso não ocorrera, pois movimentar-se ocasiona
mudanças em vários aspectos.
Constatou-se que 82,9% dos Professores de Sala e 40% dos professores
de Educação Física, percebem esta agitação no retorno para as aulas. A aula de
sala e a prática de Educação Física têm lá sua diferença, portanto é
compreensivo essa divergência. No entanto, 71,4% dos Professores de Sala e
70% dos professores da área, concordam que os alunos voltam suados, sendo
um dos fatores mais notados por ambos, de certa forma desfavorável para o
retorno às aulas. Em vista desses problemas os professores de Educação Física
algumas vezes realizam a volta à calma para amenizar a situação.
É muito importante que haja uma harmonia entre os professores no intuito
de um ajudar o outro quando um se sentir prejudicado, o diálogo é um bom
recurso de entrosamento, com intenção de sanar as dificuldades.
Convém ressaltar que 74,3% e 90% dos professores de Educação Física
vêem a interdisciplinaridade como uma ação positiva contribuída através da
recreação. Neste aspecto segundo Verderi (1999), a recreação deve ser realizada
de maneira que venha promover condições de conhecimentos favorecendo para
acontecer à interdisciplinaridade.
Em relação às dificuldades, 70% dos professores de Educação Física
reclamam da falta de material desde os simples aos mais complexos. Sendo
ainda citado por 50% destes, advertem a falta de manutenção na infra-estrutura e
60% percebe a desvalorização do profissional. Realmente existe um descaso dos
órgãos competentes, deixando a desejar, atrapalhando um pouco o trabalho do
profissional.
É primordial que o professor de Educação Física se envolva juntamente
com os outros nos acontecimentos relacionados para alunos com a finalidade de
integrar-se e garantir a valorização da disciplina e do profissional na escola, tendo
que mudar a visão que alguns ainda, sem conhecimento real, insistem em criticar
de forma negativa.
Quanto ao planejamento 50% dos professores de Educação Física, deixam
claro que fazem semanalmente, 60% fazem plano anual, 90% baseiam-se pelos
PCN’s e destes 80% utilizam a matriz curricular. Outros 60% afirmam que
participam do Projeto Pedagógico da Escola.
Os problemas e dificuldades existem, mesmo assim, o compromisso e a
responsabilidade devem prevalecer e aos poucos condicionar o trabalho.
Neste estudo ficou confirmado que os professores de Educação Física e de
Sala se relacionam razoavelmente bem e vários em suas unidades de trabalho
estam preocupados em desempenhar a sua árdua missão compromissados com
a educação.
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1 CONCLUSÕES
A recreação se insere nas manifestações lúdicas e vem se revelando de
maneira
agradável
e
até
mesmo
possibilitando
às
crianças
atividades
consideradas educativas.
Ao realizar este estudo, enfocando a recreação, sua realização e sua
objetivação no 2º ciclo do ensino fundamental, procuramos estabelecer uma
relação entre a fundamentação teórica e a realidade constatada nos relatos do
trabalho de campo.
Para conhecer o desenvolvimento da prática da recreação nas escolas
estaduais de Porto Velho nas terceiras e quartas séries, utilizamos as
informações prestadas.
Os resultados comprovam que a partir das atividades recreativas
promovida nas aulas de Educação Física através da recreação estão sendo
satisfatórias na concepção dos Professores de Sala e de Educação Física e que a
maioria acredita na sua importância.
Conforme evidenciado, a recreação está ganhando prioridade, sendo
desenvolvida com mais responsabilidade dentro de um processo facilitador de
aprendizagem em que o aluno ao praticar as atividades recreativas, estará tendo
oportunidades de extravasar brincando e ao mesmo tempo, absorvendo
conhecimentos de forma espontânea e natural sendo a aula um momento de
prazer com o intuito educativo. Freire (1997), afirma que os jogos recreativos
contribuem de maneira significativa para o desenvolvimento da criança.
Diante desta afirmação, percebemos que a recreação dentro do contexto
tem contribuído, portanto o seu desenvolvimento está sendo favorável e benéfico.
Os profissionais de Educação Física atuantes hoje nas escolas, têm se
revelado mais conscientes de sua importância na educação e diante da
sociedade. Isto justifica o fato destes professores dentro das escolas, estarem um
pouco mais envolvidos no processo pedagógico, desenvolvendo atividades
recreativas de acordo com opinião dos autores citados e necessidades da criança
segundo a faixa etária.
A aplicação das aulas, segundo os professores, é um desafio muito grande,
devendo, o profissional buscar mudanças, inovando a cada dia, a cada aula e que
esta inovação, seja real e aplicável, pois a meta do professor, e quanto educador
é proporcionar meios para estimular os alunos visando sempre o seu
desenvolvimento integral.
Esclarecendo a situação prática quanto ao perfil e a importância da
recreação, ficou claro que a Educação Física é uma disciplina muito apreciada
pelos alunos, tem se revelado importante, mais inserida no contexto escolar e aos
poucos vem ocupando seu espaço, diante da visão dos professores de sala.
O fato dos outros professores estarem aceitando com mais naturalidade,
acreditamos que seja o bom relacionamento verificado entre a maioria dos
professores. Compreendemos que isto favorece para que ambos possam
dimensionar os avanços e as dificuldades percebidas e cada um dentro do
processo de ensino e aprendizagem colaborar tornando-o mais produtivo e
consequentemente a Educação Física estará fazendo o seu papel educacional.
O estudo revelou que a recreação na sua aplicabilidade e no que se refere
à aprendizagem, e o nosso objetivo foi alcançado devido ter constatado que a
recreação nestas escolas vêm se adaptando, segundo o que os PCN´s
recomendam, que é possível integrar a criança, faze-las conhecer, valorizar,
respeitar e desfrutar de manifestações corporais e culturais de modo saudável e
descontraída.
Vale salientar que a recreação através da Educação Física, é aprovada
pelos autores estudados como um meio imprescindível para o desenvolvimento
humano.
Consideramos ao final deste estudo que a recreação está sendo bem
desenvolvida, os demais professores consideram a Educação Física muito
importante e que a mesma está procurando ocupar a sua posição no contexto
educacional.
5.2 RECOMENDAÇÕES
Com base nos resultados, recomenda-se aos professores de Educação
Física que:

Se envolvam cada vez mais com a equipe pedagógica da escola;

Ocupem o seu verdadeiro espaço na educação escolar, priorizando
sempre a necessidade do aluno;

Valorizem mais as suas aulas, preocupando-se sempre com a
formação do aluno;

Sejam sempre alegres, entusiasmados e bem humorados para
direcionarem suas aulas;

Sejam transmissores de conhecimentos e valores;

Sejam uns “educadores” assumindo um papel efetivo no processo
de formação do aluno;

Apesar das condições de trabalho deixar a desejar, não deixem
interferirem no seu caminho.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
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1984.
BORGES, C. Educação Física Infantil – Universidade Federal de Rondônia –
Apostila PROHACAP – RO, Educação Física, Porto Velho, 2006.
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais – Educação Física. MEC/SEF.
Brasília, 1997.
_______, Parâmetros Curriculares Nacionais – Educação Infantil. MEC/SEF.
Brasília, 1998.
CABRAL,
G.
Coordenação
motora.
Disponível
<http://www.brasilescola.com/biologia/coordenacao-motora.htm>. Acesso
27/08/2007.
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CANTO, R. Recreação Escolar. Universidade Federal de Rondônia. Apostila
PROHACAP-RO – Educação Física, Porto Velho – 2004.
CAVALLARI, V. M. Recreação em ação. São Paulo: Icone, 2006.
CAVALLARI, V. R.; ZACHARIAS, Vany. Trabalhando com recreação. 9. ed. São
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CDOF.
Classificação
de
atividades
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Disponível
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CONFEF. Carta Brasileira de Educação Física. Belo Horizonte, 2000.
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Cristina Mª de P., Mirian S. B. e Sheila C. M. – A contribuição Cultural dos
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disponível
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FERREIRA, V. Educação Física – Recreação, Jogos e Desportos; Rio de
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FONSECA, V. Psicomotricidade. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro. São Paulo. Scipione, 1997.
FREITAS, C. M. “Playgrouds” e “Trópicos” – artigo UFP, (1979), disponível no
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GAELZER, L., Educação Física, laser, benção ou maldição? Sulina – Porto
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GUERRA, M.. Recreação e Lazer. Porto Alegre, Sagra, 1988.
Sugestão: Professor Maurício Leando (Choquito)
Disponível < http://www.cdof.com.br/recrea 15.htm >
SENA, J. C., ANDRADE S. T., MUNARI T. K. Monografia (graduação). Os
Benefícios dos jogos recreativos para coordenação motora geral. Ariquemes
– RO, UNIR, 2004.
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LIMA, C. C. C. Artigo - Percepções de Educadores quanto ao perfil da
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KISHIMOTO, T.M. Jogos, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 8 ed. São
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___________, T. M. Jogos Tradicionais Infantis: o jogo, a criança e a
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MELO, V. Folclore Infantil. Rio de Janeiro, Editora Cátedra, 1981.
MIAN, R. Monitor de Recreação: Formação Profissional. São Paulo, Editora
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OLIVEIRA, A. A. B. – Revista da Educação Física/UEM, vol. 7, 1996.
PIAGET, J. O julgamento moral na criança. Trad. De Elzon Lenardon, São
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PREBIANCHI, H.B. Medidas de qualidade de vida para crianças: aspectos
conceituais e metodológicos. Psicologia, Teoria e prática. Campinas, Ano 2003.
http://www.cdof.com.br/recrea21.htm
Profº Maurício Leandro – “Choquito” – CREF nº 03560 – B/BA
Profº de Fund. Recreação e Lazer II – FACSUL – Itabuna Bahia, 1988
Assessor de Eventos da Educação Física FACSUL – Itabuna Bahia
Profº de Estágios em Recreação e Lazer das Faculdades Integradas Montenegro
– Ibicaraí – Bahia.
Coordenador
de
Recreação
da
webpage
Cooperativa
www.cdof.com.br
Disponível < http://www.cdof.com.br/recrea21.htm >
Profº Ms. João Eloir Carvalho
do
Fitness
–
SILVA, E, Batista de Oliveira, João e Topolniak, Rogério. Contribuição da
Educação Física no Processo Ensino/Aprendizagem de 1ª a 4ª série. JiParaná – RO, UNIR, 2004.
REIS GARCIA, R. M. Brincadeiras Espontâneas, Auto-Estima e Aceitação Social
da Criança pelo Grupo Lúdico. Porto Alegre, 1981.
Revista Nova Escola, Site: < www.novaescola.com.br >
Disponível < http://novaescola.abril.uol.com.br.edfisica.htm >
ROCHA, C. Desafio a sua coordenação motora: vai encarar?. (artigo)
Disponível
em:
<http://www.igeducacao.ig.com.br/materias/335501336000/335768/335768_1.html>. Acesso em 27/08/2007
VERDERI, E. Encantando a Educação Física. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.
ANEXOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NUCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Questionário para professores de sala.
Sr (a) Professor (a),
Este questionário destina-se a uma pesquisa para conclusão do Curso de
Educação Física na UNIR, que subsidiará a Monografia final.
Os dados aqui coletados servirão única e exclusivamente para o
desenvolvimento deste trabalho o que com certeza resultará em benefícios à
Educação, comprometendo-nos a respeitar o sigilo das informações aqui
constatadas, conforme a ética científica.
Solicitamos a sua valorosa colaboração no sentido que suas respostas
venham de encontro com a realidade.
1. Dados de identificação:
Formação: ( ) ensino médio ou segundo grau
( ) superior
( ) pós-graduação
( ) outros. Qual curso? ______________________________
Idade: _______________________________________________________
Sexo: _______________________________________________________
Tempo de serviço: _____________________________________________
Data: ______/______/______
2. Questionário:
Assinale a(as) opção (ões) que estarão mais de acordo com a sua opinião.
2.1 Qual sua opinião diante das aulas de Educação Física no 2º ciclo do
Ensino fundamental?
a) ( ) são necessárias
b) ( ) são eficientes
c) ( ) não vejo necessidade
d) ( ) não tem finalidade
e) ( ) outros: Quais? ___________________________________________
2.2 Como os alunos aceitam as aulas de Educação Física?
a) ( ) entusiasmados
b) ( ) satisfeitos
c) ( ) desinteressados
d) ( ) desmotivados
e) ( ) outros: Quais? ___________________________________________
2.3 Para você, a prática da Recreação nas aulas de Educação Física é
importante para formação da criança?
a) ( ) muito importante
b) ( ) importante
c) ( ) pouco importante
d) ( ) não é importante
e) ( ) outros: Quais: ___________________________________________
2.4 Você conversa com o professor de Educação Física sobre seus alunos?
a) ( ) sempre
b) ( ) seguidamente
c) ( ) às vezes
d) ( ) nunca
Por quê?_____________________________________________________
____________________________________________________________
2.5 Você já assistiu alguma aula de Educação Física de seus alunos?
a) ( ) sim
b) ( ) não
Justifique: ___________________________________________________
____________________________________________________________
_________________________________________________________________
2.6 Caso negativo, você aceitaria assistir uma aula, para melhor
compreensão?
a) ( ) sim
b) ( ) não
Por quê?_____________________________________________________
____________________________________________________________
_________________________________________________________________
2.7 Você acredita que os professores de Educação Física através da
Recreação (jogos, brincadeiras e outros) estão contribuindo para o
desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem?
a) ( ) sim
b) ( ) não
Por quê? ____________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
2.8 Como os alunos retornam das aulas de Educação Física?
a) ( ) calmos
b) ( ) agitados
c) ( ) limpos
d) ( ) sujos
e) ( ) suados
e) ( ) outros: Quais? ___________________________________________
____________________________________________________________
_________________________________________________________________
2.9 O que você pensa da Recreação nas aulas de Educação Física para a
formação do aluno?
a) ( ) favorece o desenvolvimento intelectual
b) ( ) trabalha na socialização
c) ( ) desenvolve a psicomotricidade
d) ( ) funciona só como brincadeira
e) ( ) não tem benefício algum
f) ( ) outros: Quais? ___________________________________________
___________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2.10 Na sua opinião os conteúdos desenvolvidos através da Recreação na
disciplina de Educação Física estão contribuindo para a questão da
interdisciplinaridade?
a) ( ) sim
b) ( ) não
Por quê? ____________________________________________________
____________________________________________________________
_________________________________________________________________
2.11 Opinião livre: _______________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NUCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Questionário para professores de Educação Física–2º ciclo do Ensino
Fundamental.
Sr (a) Professor (a),
Este questionário destina-se a uma pesquisa para conclusão do Curso de
Educação Física na UNIR, que subsidiará a Monografia final.
Os dados aqui coletados servirão única e exclusivamente para o
desenvolvimento deste trabalho o que com certeza resultará em benefícios à
Educação, comprometendo-nos a respeitar o sigilo das informações aqui
constatadas, conforme a ética científica.
Solicitamos a sua valorosa colaboração no sentido que suas respostas
venham de encontro com a realidade..
1. Dados de identificação:
Formação: ( ) ensino médio ou segundo grau
( ) superior
( ) pós-graduação
( ) outros. Qual curso? ______________________________
Idade: ______________________________________________________
Sexo: _______________________________________________________
Tempo de serviço: _____________________________________________
Data: ______/______/______
2. Questionário:
Assinale a(as) opção (ões) que estarão mais de acordo com a sua opinião.
2.1 O que você pensa da Recreação nas aulas de Educação Física para a
formação do aluno no 2º ciclo do Ensino Fundamental?
a) ( ) favorece o desenvolvimento intelectual
b) ( ) trabalha na socialização
c) ( ) desenvolve a psicomotricidade
d) ( ) funciona só como brincadeira
e) ( ) não tem benefício algum
f) ( ) outros: Quais? ___________________________________________
____________________________________________________________
2.2 Você acredita que as aulas de Educação Física através da Recreação
(jogos, brincadeiras e outros) contribuem para o desenvolvimento do
processo ensino/aprendizagem?
a) ( ) sim
b) ( ) não
Por quê? ____________________________________________________
____________________________________________________________
2.3 Quais as dificuldades encontradas ao ministrar esta disciplina?
a) ( ) falta de infra-estrutura
b) ( ) falta de material
c) ( ) falta de valorização da profissão
d) ( ) nenhuma dificuldade
e) ( ) outros: Quais? ___________________________________________
2.4 Você conversa com o professor de sala sobre os alunos?
a) ( ) sempre
b) ( ) seguidamente
c) ( ) às vezes
d) ( ) nunca
Por quê? ____________________________________________________
____________________________________________________________
2.5 Como os alunos retornam para as salas de aulas “após a prática de
Educação Física”?
a) ( ) calmos
b) ( ) agitados
c) ( ) limpos
d) ( ) sujos
e) ( ) suados
e) ( ) outros: Quais? ___________________________________________
____________________________________________________________
2.6 0 Como os alunos aceitam as aulas de Educação Física?
a) ( ) entusiasmados
b) ( ) satisfeitos
c) ( ) desinteressados
d) ( ) desmotivados
e) ( ) outros: Quais? ___________________________________________
____________________________________________________________
2.7 Na sua opinião os conteúdos desenvolvidos através da Recreação na
disciplina de Educação Física estão contribuindo para a questão da
interdisciplinaridade?
a) ( ) sim
b) ( ) não
Por quê? ____________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
2.8 Quais as atividades desenvolvidas durante o 2º ciclo do ensino
fundamental?
a) ( ) esportes competitivos
b) ( ) esportes adaptados as habilidades dos alunos
c) ( ) atividades recreativas (brincadeiras e jogos)
d) ( ) danças folclóricas
e) ( ) gincanas
f) ( ) jogos de salão
g) ( ) organização de atividades em datas comemorativas
h) outras: Quais? ______________________________________________
2.9 Quanto ao planejamento das aulas de Educação Física você:
a) ( ) participa do Projeto Pedagógico da Escola (PPE)
b) ( ) faz plano de aula anual
c) ( ) faz plano de aula semestral
d) ( ) faz plano de aula mensal
e) ( ) faz plano de aula semanal
f) ( ) outros. Quais? ___________________________________________
2.10Para o seu planejamento você se baseia em:
a) ( ) PCNs
b) ( ) PPE
c) ( ) Matriz Curricular de Educação Física
d) ( ) conhecimentos próprios
e) ( ) outros. Quais? ___________________________________________
2.11 Opinião livre: ________________________________________________
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perfil da recreação escolar e sua importância como ação