18/03/2015 às 05h00 Engebanc amplia atuação para o segmento de assessoria imobiliária Por Chiara Quintão | De São Paulo A Engebanc, empresa de gestão e fiscalização de projetos e avaliação de imóveis, ampliou sua atuação para assessoria imobiliária em negócios de escritórios comerciais, galpões e terrenos, por meio da Engebanc Real Estate. A empresa vai disputar mercado com a CBRE, a Cushman & Wakefield, a JLL e a Colliers do Brasil. "Queremos incomodar de verdade no prazo de três a cinco anos", diz o presidente da Engebanc Real Estate, Marcelo Costa Santos, que estava nos quadros da Cushman até o fim de 2014. A Engebanc Real Estate já deu início a conversas com três empresas de assessoria imobiliária com "forte presença no mercado europeu", segundo Santos, sobre potencial parceria a ser iniciada de 18 a 24 meses contados a partir de agora. "Quero ter cultura mais conectada com o mercado local antes de me associar com uma marca internacional", conta o executivo. Há um mês e meio, Santos começou a montar a equipe da nova empresa. "Esta é a hora de começar. No pico do mercado, é muito difícil vender uma proposta de valor diferenciada", diz o presidente. A Engebanc Real Estate negocia a venda de quatro terrenos na Região Metropolitana de São Paulo. "Nosso foco estava na montagem de equipe. A partir dos próximos dias, vamos buscar mandatos de escritórios, galpões e terrenos", diz. A empresa atuará na representação de compradores, vendedores e inquilinos. Na avaliação do presidente da Engebanc Real Estate, o ano de 2015 será de continuidade da acomodação do mercado de escritórios e de galpões. Santos ressalta que proprietários bem capitalizados, com bons produtos têm mais possibilidade de adequar preços à necessidade dos inquilinos e manter baixo o nível de vacância de seus imóveis. "Mas o grande ajuste de preços já ficou para trás", diz Santos. O executivo afirmou que espera continuidade dos valores fechados abaixo dos pedidos, mas que a diferença será menor do que no ano passado. O executivo disse que as condições oferecidas aos inquilinos, como prazos de carência, tendem a ser melhores. A demanda por locação será concentrada na busca de áreas de melhor qualidade e de consolidação de espaços por parte dos inquilinos. Com isso, a vacância média continua a mesma, mas deve ser reduzida nos edifícios de padrão mais elevado. Santos disse esperar que poucos negócios de compra e venda de ativos sejam fechados neste ano, devido à instabilidade política. "O comprador quer embutir o risco político no preço, mas o vendedor não quer colocar a incerteza no imóvel", diz o presidente da Engebanc Real Estate. A expectativa de Santos é que, num cenário conservador, o mercado de escritórios volte a níveis mais favoráveis aos proprietários em 2018 e 2019, "quando a oferta de produtos mais modernos e mais bem localizados já terá sido plenamente absorvida". Em galpões, cujo ciclo é mais curto do que o de escritórios, o prazo de retomada do mercado pode ser menor, segundo o executivo "pois muitos dos projetos anunciados foram colocados em compasso de espera ou cancelados". Santos acrescenta que o ciclo de novos projetos ainda não começou e que o ideal é que o planejamento ocorra "no momento da baixa, atuando de forma contracíclica".