PREFÁCIOS DE Ana Lúcia Goulart de Faria e Maria Regina Maluf Neusa Lopes Bispo Diniz Wáldina Regina de Almeida Vaz de Lima Cristina Decico Lobarinhas Adriana Missae Momma-Bardela João Severino de Oliveira Márcia Maria Gomes da Silva (Orgs.) Conselho Editorial Av Carlos Salles Block, 658 Ed. Altos do Anhangabaú, 2º Andar, Sala 21 Anhangabaú - Jundiaí-SP - 13208-100 11 4521-6315 | 2449-0740 [email protected] Profa. Dra. Andrea Domingues Prof. Dr. Antonio Cesar Galhardi Profa. Dra. Benedita Cássia Sant’anna Prof. Dr. Carlos Bauer Profa. Dra. Cristianne Famer Rocha Prof. Dr. Fábio Régio Bento Prof. Dr. José Ricardo Caetano Costa Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes Profa. Dra. Milena Fernandes Oliveira Prof. Dr. Ricardo André Ferreira Martins Prof. Dr. Romualdo Dias Profa. Dra. Thelma Lessa Prof. Dr. Victor Hugo Veppo Burgardt ©2014 Neusa Lopes Bispo Diniz; Wáldina Regina de Almeida Vaz de Lima; Cristina Decico Lobarinhas; Adriana Missae Momma-Bardela; João Severino de Oliveira; Márcia Maria Gomes da Silva (Orgs.) Direitos desta edição adquiridos pela Paco Editorial. Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação, etc., sem a permissão da editora e/ou autor. D5853 Diniz, Neusa Lopes Bispo; Lima, Wáldina Regina de Almeida Vaz de; Lobarinhas, Cristina Decico; Momma-Bardela, Adriana Missae; Oliveira, João Severino de; Silva, Márcia Maria Gomes da. Narrativas de Educadores: Vivências e Desafios em uma Escola Municipal de Educação Infantil/ Neusa de Fátima Mariano. Jundiaí, Paco Editorial: 2014. 200 p. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-8148-536-2 1. Educação infantil 2. Educação pública 3. Vivência profissional de educadores 4. Pedagogia CDD: 370 Índices para catálogo sistemático: Educação Educacão primária Instrução pública 370 372 379 IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL Foi feito Depósito Legal Agradecemos muitíssimo a gentileza das Professoras Doutoras Maria Regina Maluf e Ana Lúcia Goulart de Faria por terem destinado tempo precioso à leitura cuidadosa deste documento e à elaboração de suas importantes apreciações especializadas, representadas nos prefácios apresentados neste livro. Igualmente, agradecemos também a participação valiosa dos profissionais (Professor Doutor Roberto Montes Heloani; Margarete Savassa Daniel Montanhaur; Débora Martins de Souza e Eliana Nunes da Silva) que aceitaram, alegremente, registrar suas impressões sobre esta obra em forma de conteúdo para “orelha e contracapa” do livro. Vale mencionar que as apreciações destes diferentes profissionais se constituíram em objetos de aprendizagem para os autores e os organizadores desta obra. Os agradecimentos estão destinados também aos educadores que colaboraram conosco na empreitada cotidiana do trabalho na escola ao longo dos últimos cinco anos: Acácio Pereira da Silva Junior; Adriana Zeganin Tavares; Agnaldo Roberto Baptista de Souza; Aline Alves Pacheco; Ana Carolina Germano de Moraes; Ana Maria Pereira Miranda; Ariadne de Campos Reis; Camila Delle Donne Gennari; Denise Mausbach; Deyse Roberta Fantinato; Edilaine Mara da Silva; Edna Lúcia Tavares Alcantara; Elaine Cristine Germano; Fernanda Polatti de Barros; Flávia Barthus Nardy Torrecilas; Graziele Esquivel dos Santos; Ivone Aparecida Ambrósio Fernandes; Kedna Rossi Diniz; Lídia de Assis Souza Martins Ferreira; Márcia Leonhardt Esquitini Machado; Margareth Hefliger; Maria Rita Minelli Silveira; Maria Silmara Roveran; Maurício Andrade Sirqueira Reis; Patrícia Aparecida Muniz; Ramonne da Silva Santos; Rosângela Cristina da Silva; Sandra Rúbia Batista Plácido; Silvia Helena Meleiro Pires; Silvia Raquel Assis de Oliveira Cavalheiro; Shirlei Gregorio Chinchincow; Sueli Carvalho Silvestre; Valéria de Oliveira Silva. Agradecemos ao Conselho de Escola, à Associação de Pais e Mestres (APM) e à comunidade escolar – gestores, professores, agentes de educação infantil, monitores e funcionários – pelo va- lioso apoio e prestimoso investimento na edição desta obra, em especial as Professoras Flávia Nardy e Cláudia Alves de Souza, pela colaboração singular na organização do evento que viabilizou grande parte do respectivo investimento. Finalmente, agradecemos à comunidade a qual pertence a escola e a todas as CRIANÇAS que reivindicam seu direito a educação pública (de excelência) e o direito de vivenciarem a infância digna e ludicamente. Sumário Apresentação......................................................................................9 Ana Lúcia Goulart de Faria Prefácio I...........................................................................................13 Maria Regina Maluf Prefácio II.........................................................................................19 Adriana Missae Momma-Bardela Neusa Lopes Bispo Diniz Introdução – Sistematização e Produção de Conhecimento em uma Escola Pública: desafios, superações, processos e produções..........................................................................................21 Parte 1 Capítulo 1 31 Jamalle Tammy Zoghaib Bairro-Escola: o desafio de trabalhar integrado à comunidade...................................................................................33 Capítulo 2 Neusa Lopes Bispo Diniz| Waldina Regina de Almeida Vaz de Lima | Juciane Santos do Amaral Cruz Viviane Regina de Faria Balta | Edna Lucia Tavares Alcantara Ivana Camargo Ortolani O Projeto Político-Pedagógico: propósitos educativos de uma escola de educação infantil.............................................................37 Capítulo 3 Neusa Lopes Bispo Diniz Políticas de Formação de Educadores no Cotidiano da Escola de Educação Infantil.......................................................................47 Capítulo 4 Neusa Lopes Bispo Diniz |Adriana Missae Momma-Bardela Priscila Soares de Freitas |Cristina Decico Lobarinhas Descrição de Saberes das Crianças: acompanhamento do processo ensino-aprendizagem e produção de conhecimento na escola - Relato de uma experiência..........................................67 Parte 2 85 Márcia Ramos Bezerra Cenas do Cotidiano..........................................................................87 Capítulo 5 Débora Evelin Ferreira | Maria José de Oliveira Neusa Lopes Bispo Diniz Reinventando a rotina na creche: relato da prática“educativa” de duas Agentes de “Educação” Infantil.....................................89 Capítulo 6 Ariane Machado | Carina Ferreira da Silva Débora Evelin Ferreira | Elizabeth Nonato Oliveira de Lima Fernanda Vaz de Oliveira | Geisa Elaine Carvalho da Paixão Giovanna Rocha Rodrigues de Oliveira | Maria do Socorro Freitas Gama de Carvalho Maria José de Oliveira | Neusa Lopes Bispo Diniz Odila Maria de Jesus | Raquel Cristina de Moraes Sarita Fernanda Ferreira Ciamp | Vanessa Mendes Controle Esfincteriano: Princípios orientadores do trabalho em um CEI de Campinas.....................................................................101 Capítulo 7 Aline de Sousa Gabos| Laura Fernanda Alvarenga de Souza Bruna Cassiano Vaclavik Pernambuco | Fernanda Vaz de Oliveira Giovanna Rocha Rodrigues de Oliveira | Juciane Santos do Amaral Cruz Neusa Lopes Bispo Diniz| Renata Cristina Nascimento Paião Sarita Fernanda Ferreira Ciamp | Silvana Francisco Viviane Regina de Faria Balta Desafios para Desenvolver o Trabalho Pedagógico com Bebês...............................................................................................109 Capítulo 8 Ariane Machado | Claúdia Dorta Cabral Débora Evelin Ferreira | Elisabeth Nonato Oliveira de Lima Geisa Elaine Carvalho da Paixão | Jamalle Tammy Zoghaib Juliana de Oliveira Pimenta | Maria José de Oliveira Neusa Lopes Bispo Diniz. | Odila Maria de Jesus Priscila Soares de Freitas | Raquel Cristina de Moraes Vanessa Mendes O Lúdico e o Imaginário Vividos na Educação Infantil.........123 Capítulo 9 Adriana Missae Momma-Bardela | Adriana Nascimento da Silva Brito Fernanda Mazutti Papini Rossini | Flávia Siqueira Cunha Márcia Ramos Bezerra | Maria José Lippaus Marina Derobio Lordello | Neusa Lopes Bispo Diniz. Do “Planejamento” à vivência: a intencionalidade políticopedagógica do trabalho do educador da infância.....................135 Capítulo 10 Priscila Soares de Freitas Neusa Lopes Bispo Diniz A Consciência Fonológica e o Caráter Lúdico da Linguagem na Educação Infantil: Compartilhando a proposta.......................159 Capítulo 11 Adriana Missae Momma-Bardela Adriana Nascimento da Silva Brito | Fernanda Mazutti Papini Rossini Márcia Ramos Bezerra | Maria José Lippaus Marina Derobio | Neusa Lopes Bispo Diniz O trabalho envolvendo a Consciência Fonológica com crianças de 3-6 anos: diálogos e práticas de educadores na Educação Infantil.............................................................................................167 Súmula Curricular 183 Equipe de Gestão..........................................................................183 Equipe Docente.............................................................................186 Monitores e Agentes de Educação Infantil...............................193 Apresentação O que pode significar envolver-se na documentação e problematização de seu próprio cotidiano de trabalho enquanto profissional de uma instituição de Educação Infantil? Entre as múltiplas possibilidades de respostas, há que se reiterar a ideia de trabalho coletivo, valorização e profissionalização da práxis de educadores/educadoras na primeira etapa da Educação Básica, sem pretensões deterministas de esgotamento, de ‘acabamento’, inclusive. Dar visibilidade ao cotidiano, suas potencialidades e fragilidades e empenhar-se em transformá-lo e emancipá-lo coletivamente é parte integrante de uma possibilidade de trabalho na perspectiva da gestão democrático participativa da/na educação na escola. Incide em reconhecer a escola/instituição como local/contexto/ unidade de organização do trabalho - marcada por inquietações, dissensos, consensos, contradições e, sobretudo, por participação coletiva e espaço de aprendizagem de todos e de cada um dos que nela atuam (crianças, famílias, profissionais da educação). É com o intuito de documentar possibilidades de trabalho coletivo em uma instituição pública de educação infantil, em meio aos diferentes modos de perceber, pensar e ser no mundo, em especial como profissionais da educação, que nos propusemos a realizar esta obra. Este livro se apresenta demonstrando que é possível, consideradas as diferenças e limites contextuais, construir pensamentos, praticá-los e revisitá-los coletivamente na escola pública. Espera-se que este trabalho de sistematização possa contribuir para a formação inicial e permanente de educadores em instituições de Educação Infantil. Iniciamos a presente obra, na parte I, compartilhando uma síntese do processo de construção deste trabalho, conforme expressa no texto “Sistematização e Produção de Conhecimento 9 Neusa Lopes Bispo Diniz | Wáldina Regina de Almeida Vaz de Lima | Cristina Decico Lobarinhas Adriana Missae Momma-Bardela | João Severino de Oliveira | Márcia Maria Gomes da Silva (Orgs.) em uma Escola Pública: desafios, superações, processos e produções”. Na sequência, capítulo I, fazemos alguns apontamentos relacionados aos desafios enfrentados no âmbito da Educação Intercultural propiciados pelo contexto “Bairro-Escola: o desafio de trabalhar integrado à comunidade”. Em seguida, apresentamos o capítulo II “O Projeto Político-Pedagógico: propósitos educativos de uma escola de educação infantil”, com o relato dos pressupostos primários assumidos pela equipe educativa na construção do projeto político pedagógico da escola. No capítulo III, intitulado “Políticas de Formação de Educadores no Cotidiano da Escola de Educação Infantil”, tratamos do processo de formação continuada vivenciada e oportunizada no contexto de trabalho dos educadores na instituição. O capítulo IV, sob o título “Descrição de Saberes das Crianças: acompanhamento do processo ensino-aprendizagem e produção de conhecimento na escola - Relato de uma experiência”, foi destinado à documentação de diferentes diálogos e reflexões sobre a avaliação e a documentação do trabalho realizado com as crianças atendidas na instituição. Os capítulos subsequentes, sob o tópico “Cenas do Cotidiano”, constituem a parte II deste livro, na qual os educadores diretos das crianças deixaram as suas marcas, dando visibilidade às suas dúvidas, prazeres e desafios na construção do trabalho coletivo de uma instituição pública de Educação Infantil. Os organizadores 10 Li o livro inteiro, há que se parabenizar a equipe toda pelo trabalho, pela reflexão, pela ousadia, pelo desprendimento e pela coragem. Dar a ver seu trabalho e saber que muitos lerão, concordarão, discordarão, tomarão para estudo, utilizarão como referência, entre outras possibilidades é inquietante. É mais uma conquista deste grupo, uma bem grande, que merece ser valorizada e aplaudida. Parabéns a todos. Educadores protagonistas e autores de sua prática educativa, fundamentada teoricamente, pautada pela reflexão, pela pesquisa, escuta e olhar atentos às crianças, é o que encontramos registrado neste livro produzido pela equipe educativa de um Centro Municipal de Educação Infantil. O trabalho, o estudo e reflexão coletivos, sistematizados, documentados no Projeto Pedagógico da unidade educacional estão aqui traduzidos em cenas do cotidiano, e na produção de conhecimento sistematizado de questões pertinentes à educação de crianças pequenas, com vista ao processo de constante aperfeiçoamento da qualidade na educação infantil. Margarete Savassa Daniel Montanhaur Coordenadora Pedagógica de Educação Infantil Rede Municipal de Ensino - Secretaria Municipal de Educação de Campinas O livro “Narrativas de Educadores: Vivências e Desafios em uma Escola Municipal de Educação Infantil” desponta como uma importante contribuição para a Pedagogia da Educação Infantil, pois aproxima com fluidez os saberes teóricos dos saberes da prática, mostrando a reflexão de uma equipe educativa sobre sua produção - com rigor, criatividade e olhar inovador sobre a formação de crianças e a atuação profissional compartilhada Eliana Nunes da Silva Supervisora Educacional da PMC Rede Municipal de Ensino - Secretaria Municipal de Educação de Campinas Prefácio I Ana Lúcia Goulart de Faria (Professora da Faculdade de Educação -Unicamp) É com satisfação que li o livro organizado por um grupo de gestoras ( entre elas um homem) da rede municipal de Educação Infantil de Campinas. Dentre elas a minha ex-aluna da Faculdade de Educação da Unicamp , ex-professora da rede campineira e agora minha colega na FE-Unicamp , Adriana Momma. É também com grande satisfação que aceito o convite de Adriana para fazer o Prefácio desta coletânea composta por treze textos escritos por 37 mulheres profissionais docentes da educação básica ( educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental). Esta aí o grande mérito deste livro: ter sido escrito por mulheres com uma diversidade de experiências docentes, são elas monitoras e agentes de educação infantil, professoras de educação infantil ( de creche e pré-escola) e de séries iniciais, alem de gestoras todas elas trabalhando na PMC. Estamos vivendo perplexas um momento de grande crise na Educação Infantil no Brasil que, com a obrigatoriedade da matrícula a partir dos 4 anos de idade e o financiamento da creche passando da área educacional para a Secretaria dos Assuntos Estratégicos, ameaça trazer o fim da Educação Infantil como primeira etapa da educação básica, como direito à educação das crianças de 0 a 5 anos e 11 meses. E é neste olho do furacão que é produzido este livro de Pedagogia da Infância, uma forma de resistência contra o fim da Educação Infantil. Os 13 textos, a maioria deles narrativas de vivências, escritas principalmente por quem trabalha, educa e cuida diretamente das crianças, outros discutindo pedagogias em abordagens distintas, nos mostram as crianças e assim, podemos 13 Neusa Lopes Bispo Diniz | Wáldina Regina de Almeida Vaz de Lima | Cristina Decico Lobarinhas Adriana Missae Momma-Bardela | João Severino de Oliveira | Márcia Maria Gomes da Silva (Orgs.) ver a produção das culturas infantis. Destacam-se a organização do espaço e do tempo, a organização do trabalho pedagógico revelando como as teorias estão sendo (re)construídas no próprio dia a dia, no chão da creche e da pré-escola. Os textos nos levam a refletir sobre a produção de conhecimento entre as profissionais de distintas inserções na rede e sobre os conhecimentos produzidos com a cumplicidade das crianças e profissionais docentes, o que pode iluminar as narrativas pondo abaixo as pedagogias da transmissão de saberes prontos e conteúdos escolares previamente definidos. Os textos, não poderia ser diferente, revelam a diversidade de abordagens teóricas trabalhadas e assim mostram também as contradições em relação as concepções de educação, de infância, de produção de conhecimento. Transparece a tensão entre a Psicologia e a Sociologia da Infância: a primeira mais voltada para a criança em si e seu desenvolvimento e aprendizagem e a outra voltada para a produção das culturas infantis no mundo adulto. Quais as condições propostas pelas docentes para a produção das culturas infantis? Muitas das narrativas estão interessadas no coletivo infantil e o crescimento, sem deixar de ser criança, que leva a verdadeira participação das crianças na construção da realidade. Portanto, fica em aberto a possibilidade de questionamentos, problematização, fortalecendo a resistência contra o fim da Educação Infantil que este livro inspira. Termino com o Manifesto Indignado elaborado pelo Forum Paulista de Educação Infantil – (FPEI) apoiando este livro e sua eloquente defesa da primeira etapa da educação básica, a Educação Infantil, diferente do que se tem dito, que as recentes normas vão bem e vai mal o trabalho pedagógico nas creches e pré-escolas. O empenho e orgulho do trabalho realizado que exala das narrativas é a prova de que temos muito ainda a fazer sem encontrar consenso (como diz Michel Vandenbroeck) usufruindo da riqueza da diversidade cultural brasileira e, com todo direito à desobediência civil, desobedecer as tais normas recentes e aprofundar as diferenças. 14 Narrativas de Educadores: Vivências e Desafios em uma Escola Municipal de Educação Infantil Manifesto indignado do FPEI: Avaliar para quê? E para quem? O velho mundo morre enquanto o novo tarda a aparecer. No claro-escuro perfilam os monstros (Antonio Gramsci). O Fórum Paulista de Educação Infantil traz seu manifesto indignado, contra as ondas de controle, ou melhor, a este verdadeiro tsunami que invade os territórios da educação das crianças pequenas, a avaliação em larga escala do desempenho das crianças de 0 até 6 anos de idade, por meio de testes, questionários, provas e quaisquer outros instrumentos, que não respeitem as crianças como produtoras de culturas infantis. Ao lado dos bebês e das crianças, defendendo-as em seus direitos como produtoras de culturas, há diversos documentos, pesquisas e leis que abrangem as especificidades das infâncias. Desta forma, não podemos admitir que tais procedimentos avaliativos se instalem, ignorando e desconsiderando todo processo de concepção sobre Educação Infantil e avaliação presentes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n. 9394/96), nas Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil (Resolução CNE/CEB nº 05 de dezembro de 2009) e nos Indicadores da Qualidade na Educação Infantil (2009). Há, portanto, que considerar – ouvindo - os professores e professoras, pesquisadores e pesquisadoras, enfim, os tantos profissionais da educação que, ao longo dos anos, têm aprendido com as crianças e não só sobre elas... aprendido com as crianças reais, em ambientes coletivos de educação. Esses ambientes sim, merecedores da avaliação detalhada de seus contextos organizativos de tempo, espaços, interações, formação docente, propostas pedagógicas, formas de registro do tempo, do espaço, enfim, das “condições dadas” para a produção das culturas infantis e formas de registro da experiência vivida, aprendida, transgredida, desaprendida, inventada, recriada, etc. Sempre uma avaliação da instituição 15