• Cada vez que perguntamos para que serve ou qual a finalidade de algo, estamos no campo da razão instrumental. • Trocamos a busca pela verdade pela busca de objetivos sem crítica. • A razão instrumental está preocupada com os fins que também caracterizam o sistema de exploração capitalista. • Assim, a razão instrumental acabou gerando a cultura de massa, que é a industrialização e produção em série de mercadorias culturais, que produzem, por sua vez, individualidades falsas ou pseudoindividualidades. Indústria Cultural Cultura Conjunto de códigos , símbolos e linguagens que os homens utilizam para organizar a realidade e se expressar. Ela pode ser material ou imaterial. Edward B. Tylor: cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade - Podemos entender cultura também como ARTE. Cultura popular, conceito do século XIX . Século XIX Características: - espontânea. - Criativa. (coletivo) - Não há diferença entre artista e público. - Própria dos trabalhadores urbanos e rurais. - Exemplos: folclore, lendas. Obs: Assistir vídeo: samba de quadra. Cultura erudita • Própria dos intelectuais e das classes dominantes. - Existe a diferenciação entre artista e público. (criação individual) - Busca ser vanguarda. - complexa Conclusão: • O que gera a produção de duas artes , a popular, e a erudita é a diferenciação econômica de quem as produz. Burguês x Proletário Problema: Revolução industrial e a arte. - Com o desenvolvimento da indústria as cidades viraram metrópoles. (exôdo rural) - Na cidade os trabalhadores passaram a consumir uma arte ( cultura) criada pela INDÚSTRIA,o que chamamos de cultura de massa - Cultura de massa: - versões simplificadas a arte erudita. - reproduzida em larga escala. - a finalidade da arte é o mercado. - produção e difusão de bens simbólicos em escala industrial. Organizando ideias! • Cultura popular: bumba meu boi, samba de morro. • Cultura erudita: Um quadro de Tarsila do Amaral, um escultura de Michelangelo. • Cultura de Massa: DJs, maioria dos filmes de Hollywood, televisão, novela. Indústria cultural e cultura de Massa. A indústria cultural é um fenômeno que foi estudado pelos pensadores da Escola de Frankfurt. O ERRO DE BENJAMIN: Walter Benjamin (1930) acreditava que os meios de reprodução ,ou a REPRODUTIBILIDADE TECNICA, tirou da obra de arte a sua AURA , o seus status de sagrado, intocável (originalidade), possibilitando o acesso a arte para todos ( democratização) Exemplos de reprodutibilidade tecnica Exemplos de reprodutibilidade tecnica Indústria cultural e cultura de Massa • Nos anos de 1960 Theodoro adorno e Horkheimer perceberam que a reprodutibilidade técnica da arte, ao invés de democratizar a arte acabou gerando uma arte voltada para o mercado, ou seja, a Indústria cultural (cultura de massa) Característica da cultura de Massa: - produção em série - sem criatividade. - sem imaginação. - artista conduzido pelos interesses do mercado (produto) - artista sem crítica ( artista e público), arte banalizada. O indivíduo deixa de decidir autonomamente. O conflito soluciona-se com a adesão acrítica de valores impostos. À medida que a indústria cultural se consolida, mais adquire poder sobre as necessidades do consumidor, guiando-o e disciplinando-o. “O consumidor não é soberano, como a indústria cultural queria fazer crer, não é o sujeito, mas o seu objecto” (Adorno, 1967: 6). A individualidade é substituída pela pseudo-individualidade. A ubiquidade, a repetitividade e a estandardização da indústria cultural fazem da moderna cultura de massa um meio de controlo inaudito. Cultura de Massa. Cultura de Massa A INDÚSTRIA CULTURAL VENDE CULTURA. PARA VENDÊ-LA DEVE SEDUZIR E AGRADAR O CONSUMIDOR. PARA SEDUZÍLO E AGRADÁ-LO, NÃO DEVE CHOCÁ-LO, PROVOCÁ-LO, FAZÊ-LO PENSAR, FAZÊ-LO TER INFORMAÇÕES NOVAS QUE PERTURBEM, MAS DEVE DESENVOLVER-LHE, COM NOVA APARÊNCIA, O QUE ELE SABE, JÁ VIU, JÁ FEZ. MARILENA CHAUÍ O poeta pena quando cai o pano E o pano cai Um sorriso por ingresso Falta assunto, falta acesso Talento traduzido em cédula E a cédula tronco é a cédula mãe solteira O poeta pena quando cai o pano E o pano cai Acordes em oferta, cordel em promoção A Prosa presa em papel de bala Música rara em liquidação E quando o nó cegar Deixa desatar em nós Solta a prosa presa A Luz acesa Lá se dorme um Sol em mim menor Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior (4x) O palhaço pena quando cai o pano E o pano cai A porcentagem e o verso rifa, tarifa e refrão Talento provado em papel moeda Poesia metamorfoseada em cifrão O palhaço pena quando cai o pano E o pano cai Meu museu em obras, obras em leilão Atalhos, retalhos, sobras A matemática da arte em papel de pão E quando o nó cegar Deixa desatar em nós Solta a prosa presa A luz acesa Já se abre um sol em mim maior ] [Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior