Influências da Qualidade do Carvão nos Altos-fornos Slide 0 ALTO-FORNO 2 de RIBAS Slide 1 Carvão, Minério de ferro O ALTO-FORNO Carvão e Minério são carregados por cima Ar quente é soprado por baixo Slide 2 Carvão, Minério de ferro O ALTO-FORNO O Carvão é queimado e transforma-se em gás e calor. O minério é fundido e transforma-se em gusa e escória. Slide 3 O Carvão é tão importante para o processo do alto-forno que sozinho representa 55% do custo de produção do ferro gusa. Slide 4 Qualidade do Carvão Slide 5 QUALIDADE DO CARVÃO Principais fatores: Densidade Finos Umidade Tamanho Médio Tiços Slide 6 QUALIDADE DO CARVÃO Especificação do Carvão Objetivado Características: Densidade: entre 250 e 270 kg/mdc Finos: menor que 8% Umidade: menor que 6% Tamanho médio: 44 mm 8% menor que 6mm 80% entre 19mm e 75mm 5% maior que 100mm Tiços: menor que 1% Slide 7 Carvão, Minério de ferro QUALIDADE DO CARVÃO Carvão de baixa densidade: Carvão muito leve, ocupa muito espaço no forno; Causa arriamentos e gaiolas que levam à perda de produção; Exemplo: 5 caminhões com densidades inferiores a 180 kg/mdc causaram uma perda de 20% de produção. (AF2 RRP) Carvões com densidades abaixo de 170 kg/mdc não são interessantes nem receber na usina. Slide 8 Carvão, Minério de ferro QUALIDADE DO CARVÃO Carvão de densidade alta: Carvão quebrado/pequeno tem densidade alta; A umidade alta eleva a densidade; A presença de finos também eleva a densidade; Carvões de densidade alta somente são interessantes se não forem pequenos, não possuírem finos, não tiverem umidade elevada, não possuírem impurezas (terra) e mesmo assim até densidades de 300 kg/t Slide 9 QUALIDADE DO CARVÃO Carvão, Minério de ferro Finos: Carvões com elevado percentual de finos (15%) causam em média perda de 10% de produção. Cada 1% de finos nos custa 0,55% a mais no custo do gusa, ou seja, 10% de finos já nos custa 5,5% a mais. Quando há elevado percentual de finos as peneiras não suportam e os finos acabam sendo transportados para o interior do alto-forno. Os finos pioram a permeabilidade do forno, pois se “empaçocam” e formam uma “rolha” no interior do alto-forno. Slide 10 QUALIDADE DO CARVÃO Carvão, Minério de ferro Umidade: A umidade rouba energia do forno aumentando nosso consumo de carvão; Carvões com umidades acima de 10% causam muitos transtornos nos altos-fornos, pois além da água o carvão carrega finos que ficam “grudados” no carvão; A umidade afeta diretamente o consumo: 10% de umidade causa 14,7% a mais de consumo e perde-se 14,3% de produção do forno Umidades superiores a 20% causam tantos distúrbios que não é interessante nem receber o carvão na usina; Slide 11 QUALIDADE DO CARVÃO Carvão, Minério de ferro Tiços: A presença de tiços em meio ao carvão causa danos em nossos equipamentos, são eles: Rasgam correias; Travam as bocas de descarga; Travam as moegas das balanças; Travam o topo do forno; Atrasam carregamento. Com os danos causados, a pesença de tiço faz com que tenhamos que parar o alto-forno, causando um prejuízo imenso e uma grande perda de produção; Slide 12 EXEMPLOS DE EVENTOS CAUSADOS POR TIÇOS 17/08/2011 AF02: tiços agarrando na tremonha rotativa interrompendo o carregamento. Redução de vazão no AF por duas vezes, 2:05h e 1:37h para recuperarmos nível de sonda. 17/10/2011 AF01: Redução de vazão por de 01:42h para recuperar nível de sonda do AF devido carregamento ter interrompido por travamento da correia causado por tiço na coifa sobre a correia. 11/12/2011 AF02: Forno parado por 04:17 devido forte arriamento de carga no interior do AF retornando material líquido no algaraviz, a carga do forno estava desnivelada devido à tiços agarrados no distribuidor de carga. Perda de 24,5t (4,7%) Perda de 18,7t (5,5%) Perda de 165,1t (35,9%) Slide 13 QUALIDADE DO CARVÃO Tiços identificados em 23/01/2012 Slide 14 Em resumo, carvões de qualidade inferior prejudicam a Competitividade da Vetorial. Slide 15 QUALIDADE DO CARVÃO O que fazer para evitar: Finos: A cada “tombo” que o carvão leva, mais finos são gerados, portanto deve-se movimentar o menos possível o carvão na praça; Movimentar o carvão com pás mecânicas deve ser um processo muito cauteloso, sempre utilizando uma pá mais larga que os pneus da máquina e evitar “atropelar” o carvão subindo com a máquina nas pilhas. Manter as vias dos talhões em boas condições, pois o movimento dentro do caminhão ao passar por estradas esburacadas também produz muitos finos; Deve-se controlar a carbonização para não gerar muitas cinzas, que acabam sendo consideradas como finos. Slide 16 QUALIDADE DO CARVÃO O que fazer para evitar: Umidade: Deve-se evitar ao máximo incêndios, pois ao combatê-lo jogase muita água no carvão e o carvão absorve a água; Assim que retirado do forno de carbonização o carvão deve ser estocado em local coberto ou coberto com lona e em local provido de canaletas para a conduzir a água da chuva para distante do carvão; O piso é muito importante, pois se o carvão for estocado em pisos afundados, com as chuvas forma-se uma “piscina” e o carvão fica encharcado; O caminhão após carregado deve ser imediatamente enlonado (envelopado), pois durante o trajeto o carvão absorve muita umidade. Slide 17 QUALIDADE DO CARVÃO O que fazer para evitar: Tiços: Tiços são pedaços de lenha mal carbonizados, que não chegaram à tornarem-se carvão.; Deve-se acompanhar toda a movimentação do carvão de forma que todos os tiços identificados sejam retirados para que não sejam carregados no caminhão; Trabalhar para que a carbonização seja a mais completa possível. Slide 18 FIM Slide 19