AU
TO
RA
L
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
TO
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PE
LA
LE
I
DE
DI
R
EI
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
O
A PRÁTICA SEXUAL DURANTE
ANTONIO ALBERTO RITO
DO
CU
M
EN
TO
PR
OT
EG
ID
O PERÍODO GESTACIONAL
Prof. Orientador: MS.Fabiane Muniz
Rio de Janeiro
2013
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
A PRÁTICA SEXUAL DURANTE
O PERÍODO GESTACIONAL
ANTONIO ALBERTO RITO
Monografia apresentada ao Instituto
A Vez do Mestre como requisito
parcial para a obtenção do título de
especialista em sexualidade.
Orientador: MS. Fabiane Muniz
Rio de Janeiro
2013
AGRADECIMENTOS
A Claudio Varejão, meu querido
irmão de fé e amigo, companheiro de muitas
lutas... Por ter compartilhado de todas as
etapas de elaboração deste trabalho, sempre
muito atencioso, compreensivo e dedicado,
sobretudo pelo carinho e entendimento
demonstrado para que este pudesse ser
realizado com êxito, e pela amizade e pelo
incentivo sempre presente.
Para você, meu reconhecimento e afeto!
DEDICATÓRIA
Aquele que é o verdadeiro criador e autor de
todas as coisas, “a vida”, DEUS!
Aos meus “queridos” pais, Ritto e Cleonis
(Niti), por terem me preparado e ensinado o
significado da vida.
Para eles, todo o meu amor e carinho.
RESUMO
Esta monografia apresenta como fonte de estudo e foco central analisar a
sexualidade, “a prática sexual durante o período gestacional”. Período este que
se mostra enriquecidos de incertezas próprias oriundas desse espaço de
tempo gratificante, e circunstancialmente pode vir a ser o gerador de uma
variedade de questionamentos. Visto que a gravidez é um fenômeno comum
na trajetória de vida de uma mulher. A expressão da sexualidade, “a prática
sexual”, é influenciada por aspectos anatômicos, fisiológicos e psicológicos,
subsistindo ainda uma grande indução de mitos, tabus, questões de crenças
religiosas, etc. Devido a todo esse agrupamento de fatores o casal grávido
vivencia a necessidade de várias ações conjuntas que envolvem adaptações
na evolução da gravidez. Comumente, as alterações somáticas, psico-afetivas
e socioculturais encontram-se sempre presentes neste período gravídico. Estas
alterações repercutem a vários níveis no relacionamento do casal, implicando
com que ambos busquem novas formas de melhorar ou manter a qualidade de
vida e uma “prática sexual” segura e ativa, e de extrema valia, pois tende a
gerar sentimentos profundamente prazerosos e com isso conceber uma
intimidade estável. A manutenção da mesma ainda contribui de forma
significativa para uma interação e bem-estar do casal. Salvo quando houver
alguma recomendação/aconselhamento de ordem médica de restrição ou de
neutralização da “prática sexual”, por uma questão simplória de acarretar risco
de vida para a mamãe e o bebê. É pertinente ressaltar que caso venha ocorrer
a recomendação para o refreamento da “prática sexual” com penetração, o
casal tem a faculdade de buscar novas práticas “alternativas” em prol de
continuar vivenciando a sua sexualidade por intermédio de uma condição
inexorável afim de manter a vida sexual satisfatória, através de estimulação
erótica. A vida sexual vai mais além do que a estimulação da região genital,
abrange o comprometimento do casal e da corroboração do outro. Sendo
assim, este estudo é focado na investigação da “prática sexual ativa” durante o
período gestacional.
METODOLOGIA
Esta monografia será construída através da metodologia de pesquisa
bibliográfica, sem desenvolvimento de pesquisa de campo, tendo como
embasamento teórico a obra “Psicologia na Gravidez” da autora Maria Tereza
Pereira Maldonado e de outros teóricos que se fizerem essenciais, bem como
revistas, artigos científicos especializados, internet, etc., que versam sobre o
tema abordado.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
07
CAPÍTULO I – MITOS, CRENÇAS SOCIAIS E TABUS
1.1 – Período Gestacional
09
1.2 – Relacionado à Sexualidade
11
CAPÍTULO II – O CASAL E O PERÍODO GESTACIONAL
2.1 – O Casal Grávido
13
2.2 – A Gravidez E o Contexto Biopsicossocial
14
2.3 – O Desenvolvimento de Papéis Sexuais:
Masculino e Feminino
15
Capítulo III – O Casal grávido e a Adequação Materna/Paterna
3.1 – Fatores Psicossexuais
19
3.2 – Fatores Fisiológicos
20
3.3 – Fatores Psicossociais
22
Capítulo IV – Fases da Gravidez
4.1 – 1º. Trimestre
25
4.2 – 2º. Trimestre
27
4.3 – 3º. Trimestre
29
Capítulo V – A Prática Sexual Durante a Gravidez
5.1 – Manifestação de Desejo
32
5.2 – Manifestação de Incerteza
36
Conclusão
42
Bibliografia
44
8
INTRODUÇÃO
Esta monografia apresenta como foco central de estudo “A Prática Sexual
durante o Período Gestacional”, onde se apresenta enriquecido de incerteza
próprias
oriundas
desse
espaço
de
tempo
gratificante
e
que
circunstancialmente pode ser o gerador de uma variedade de questionamentos
fortalecidos por crenças, tabus e mitos sociais com deferência à sexualidade do
casal. A argumentação principal é investigar o relacionamento sexual durante o
período gestacional entre o casal e as causas que possam produzir ou que
apresentem algumas consequências na manutenção ou não da prática sexual
no transcurso da gestação. Este período pode registrar modificações
acentuadas na vida do casal grávido em um contexto biopsicossocial. Visamos
investigar se ocorre a possibilidade da existência de algum fator que possa ser
o agente acarretador de mudanças ou modificações próprias que por ventura
seja o opositor ou não da manutenção da prática sexual ativa durante o período
gestacional. E analisar se a maternidade é uma das fases da vida do casal que
pode ocorrer afastamentos de corpos e ou forçosamente a possibilidade de um
dos parceiros preferir a abstinência de contatos físicos. Neste sentido, visamos
verificar se em qualquer etapa da vida a sexualidade do ser humano e inclusive
a prática do ato sexual, podem ser vivenciado conscientemente recheado de
desejos, emoções, sensações intensas e motivações. E da mesma forma
procurar constatar se a consciência que a sexualidade desde os primórdios de
nossa existência faz parte integralmente de nossas vidas.
9
CAPÍTULO I
MITOS, CRENÇAS SOCIAIS E TABUS
1.1 – Período Gestacional
A gravidez ao longo da história dos seres humanos sempre esteve
presente em mitos, crenças sociais e tabus. A sábia cultura de nossos
ancestrais nos deixa como legado algumas crenças que reforçam receios que
não tem sentido ou razão de ser.
Simultaneamente, associado a questões religiosas e socioculturais, os
mitos e tabus influenciam e aconselham a gestante não ter relação sexuais
ativa durante o período gravídico-puerperal.
“A nossa sociedade é, ainda, muito marcada por mitos e
crenças relacionadas com a sexualidade, que foram resistindo
ao passar dos anos, apesar de muitos estudos que já foram
feitos mostrando que não passam de opiniões deturpadas e
de conceitos falsos, que podem ter repercussões graves nas
vivências e no desenvolvimento dos indivíduos. Eles são o
reflexo de uma tradição social que se foi construído ao longo
do tempo, tradição essa que se tornou em verdades
indiscutíveis” (REIS, 2011, p.2).
No Jornal da UNICAMP, Fava ressalta que tabus inibem desejo sexual na
gravidez, e que as práticas sexuais durante o período gravídico da mulher tem
por costume reduzir com uma variação de 40 a 60%. Essa diminuição é
comumente atribuída a fatores de ordem psicológica, física ou emocional,
somando-se a alguns velhos tabus e mitos, primordialmente o religioso que
tolhe o desejo sexual feminino (FAVA, 2003, p.1).
Ainda, é citado que alguns mitos recorrentes que a nossa sociedade
alimenta até o dia de hoje sobre a manutenção da prática sexual durante o
período gestacional. Segundo a professora e médica tocoginecologista Maria
Cristina Lazer; crenças religiosas: “a masturbação masculina e feminina é
pecado” e as práticas sexuais são vistas como impuras e incompatíveis com o
conceito de “santidade” associado a maternidade”, outros mitos existentes:
10
“medo de a mãe machucar o bebê durante o ato sexual” e “medo de que o ato
sexual possa desencadear parto prematuro” (Id, p.1).
Uma quantidade elevada de mulheres no período puerperal opta por dar
mamadeira para seu neném pelo motivo em temer de ficar com os seios
flácidos e feios. Este é um dos mitos mais propagados sobre a amamentação e
o principal causador pela resolução de amamentar por um mínimo de tempo
possível, ou até de secar o leite artificialmente (MALDONADO E DICKSTEIN,
2010, p.129).
Além deste, outro mito muito divulgado repetidamente refere-se ao
espaço de pessoas entendem que o bebê tem de se ajustar a um horário
inflexível de alimentação; como exemplo, aquele bebê que se alimenta de três
em três horas com leite materno, sente o desejo de mamar com um intervalo
menor (a cada duas horas e às vezes até mesmo de hora em hora). A primeira
suspeita incide sobre o leite materno – “não está sendo suficiente”; “está
aguado”; “é fraco” (Id, p.p.129-130).
Outro mito comum que ajuda a aumentar a instabilidade da mãe que
amamenta e a conceituação pseudocientífica que se refere a quantidade
“gramas” que o bebê precisa ingerir em cada refeição (Id, p.131).
“(...) Como no seio não se pode medir a quantidade de leite,
surge a necessidade de saber se o bebê mamou o número de
gramas, ‘recomendado’. Na realidade, essa medida não é
importante: só o bebê sabe a quantidade ideal de leite para
cada refeição e, no seio farto, ele retira o que precisa, nem
mais nem menos, como acontece com os adultos, a
quantidade de alimento necessário para saciar a fome
variável de bebê para bebê” (Id, p.p.131-132).
Os cuidados alimentares fazem parte do período gestacional e do
aleitamento, e os mesmos sofrem influências de vários fatores, inclusive mitos,
crenças populares e tabus. Nos quais, a maior parte deste não apresenta
nenhum tipo de respaldo científico (HAYASHI, 2012, p.1).
Alguns mitos populares que exercem influência na crendice popular,
como: a mulher grávida se alimenta por dois e se o desejo não for acatado, o
bebê vai nascer com alguma marca; todo alimento ingerido pela mãe vai para o
leite, e este pode a vir fazer algum mal ao bebê; alimentar-se com canjica e
11
ingerir cerveja preta vai aumentar a quantidade de leite materno e o tornar mais
forte; recém nascido com peso baixo ou prematuro não deve ser alimentado;
no espaço de tempo entre uma mamada e outra é necessário das água ao
bebê (Id, p.p.1-2).
Culturalmente, alguns mitos, crenças sociais e tabus enraizados nas
pessoas a respeito da mulher no período gestacional sobrevive até os dias de
hoje. Ilustrando: as mulheres não devem de forma alguma manter relações
sexuais durante a gravidez, o medo de magoar o feto é o principal responsável
por este modo de pensar; as grávidas devem se alimentar por dois; quando a
barriga da grávida é redonda é menina, bicuda é menino; se a grávida tiver azia
o bebê é cabeludo; se os desejos de comer algo não for saciado, o bebê nasce
com a cara deste alimento; se a grávida tocar em gatos, o bebê nasce com
chiadeira; se a grávida usar cinto, o bebê nasce com o cordão umbilical
enrolado ao pescoço; quando a lua é nova, o trabalho de parto à vista (REIS,
2011, p.p.4-5)
1.2 – Relacionado à Sexualidade
A sociedade é ainda nos dias atuais muito delimitadas por mitos,
crenças e tabus, principalmente quando tem como referência a sexualidade
humana e a sua forma de ser percebida. Ainda que exista muito estudo e
pesquisa sobre a mesma até agora, evidencia opiniões que foram concebidas
ao longo do tempo.
Mitos que são originários de ideias pré-concebidas sobre a sexualidade:
um autêntico homem tem relações sexuais frequentemente; para o sexo ser
bom tem de haver o orgasmo; a satisfação da mulher está na potência do
pênis; com a idade a mulher deixa de ter prazer para o sexo; mulheres
fisicamente que não chama atenção, não conseguem ser sexualmente felizes;
a mulher que não é bela não consegue satisfazer o companheiro; depois da
menopausa a mulher perde o desejo sexual; o ato de experimentar a prática
sexual precocemente é valorizada para os rapazes, enquanto que nas meninas
é valorizada a castidade (Id.p.2).
Outros mitos bem comuns de serem comumente: a masturbação é
doença e um ato pecaminoso; o sexo é algo altamente sujo; o sexo é algo
12
muito cansativo; o homem tem que estar sempre preparado, apto e pronto para
o sexo (PARISSOTO, 2012, p.1).
Em uma visão geral alguns mitos, crenças sociais e tabus sobre a
sexualidade humana que perpetua a cultura popular. Exemplos: a prova da
virgindade é o hímen; durante a gravidez as mulheres não tem desejo sexual;
durante o período menstrual o coito traz um risco de infecção; aquelas pessoas
que se abstém de sexo são os que gozam de mais saúde; o tamanho do pênis
influi no prazer; a ereção avisa a necessidade de relações sexuais
imediatamente; o homem nunca falha; quando mais se pratica, maior é o
desgaste (sexual, psíquico, físico, etc.); a virgindade é o tesouro da mulher; a
mulher apresenta menos necessidade de sexo que o homem; a menopausa
marca o fim da vida sexual da mulher; o desempenho desportivo são
prejudicados pela relação sexual realizada na noite anterior; o álcool e
estimulante sexual; a mulher não deve manifestar interesse e ter iniciativa
frente ao sexo; a mulher não deve ter nenhum relacionamento sexual durante a
menstruação; o orgasmo feminino deve ser simultâneo ao do homem; a mulher
deve finalizar o ato sexual assim que o homem tenha ejaculado, o sexo acaba
com o gozo do homem. (REIS, 2011, p.p.4-5).
13
CAPÍTULO II
O CASAL E O PERÍODO GESTACIONAL
2.1 – O casal Grávido
A sexualidade do casal perante a gravidez vai depender consideravelmente
do suporte do que cada um tem para oferecer ao outro do modo particular de
ser de cada um, ou até quem sabe o modo habitual de agir e de como esta
nova etapa de suas vidas será encarada.
No exato momento em que o casal toma o conhecimento de que estão
grávidos, principia-se uma sucessão de acontecimentos que os conduzirá a
imensuráveis transformações biopsicossociais.
O estado afetivo de prazer e as relações íntimas durante o ato sexual
subsidia de maneira expressiva uma ação recíproca de bem-estar e
completude, usualmente a maternidade está intimamente conectada à
sexualidade e à intimidade do casal.
“Infelizmente, a maioria dos trabalhos sobre os aspectos
psicológicos do ciclo grávido-purperal concentram-se quase
exclusivamente “nas modificações da mulher e atentam pouco
para a paternidade como transição e interinfluência do casal
nas respectivas maneiras de vivenciar a gravidez”
(MALDONADO, 1984, p.p.24, 25).
A gravidez é um fenômeno natural com significativas pautadas em
vínculos, sonhos e desejos e é para ser sempre vivenciada a dois. O
diagnóstico positivo de gravidez requer e promove acentuadas adaptações
emocionais, físicas, biológicas e sociais inclusive no relacionamento sexual do
casal grávido.
As posturas relativas à gravidez reproduzem crenças extremamente
enraizadas a respeito da reprodução, na ocasião que ocorre a gravidez, se o
bebe foi planejado e se o mesmo é desejado os sentimentos afloram
peculiaridade no relacionamento do casal, a sensatez e as reações à
perspectiva de ser mãe. O futuro genitor do mesmo modo defronta desafios em
antecipação à paternidade.
14
“Na mulher psicologicamente saudável, a gravidez constitui
uma expressão de seu senso de auto realização e identidade
como mulher. Muitas mulheres descrevem a gravidez como
uma experiência criativa que gratifica uma necessidade
narcisista fundamental, no sentido de que outro ser humano,
uma extensão da própria mãe, está sendo produzido”
(KAPLAN, 1993, p.38).
A maneira como a mulher vivencia estas novas questões de estar grávida,
tende a solidificar a sua relação com o conjugue, que por sua vez, do mesmo modo
tem que se adaptar ao futuro papel de pai.
2.2 – A Gravidez no contexto Biopsicossocial
De acordo com Maldonado, a gravidez é um estádio intermediário que
constitui o processo modelar do desenvolvimento humano, Implicando e
tornando necessário uma adequação e o restabelecimento do equilíbrio do
casal a nível psicológico e fisiológico:
“Em relação ao casamento, a gravidez também pode levar a
maiores níveis de integração e aprofundamento no
relacionamento do casal, mas por outro lado, pode romper
uma estrutura frágil e neuroticamente equilibrada. Para a
mulher que quer excluir o marido de sua vida, para o homem
que sente intensos ciúmes do filho que vai nascer, assim
como sentiu em relação ao irmão mais novo, para a mulher
que não superou sua dependência infantil em relação à
própria mãe, ou para que se sente inferior pelo fato de ser
mulher, a gravidez pode constituir uma ameaça ao casamento
ou ao equilíbrio emocional” (MALDONADO, 1984, p. 23).
Essa interação permite ao casal vivenciar um amadurecimento sexual
que aparece concomitantemente ao amadurecimento intelectual e emocional, o
corpo se desenvolve, novas atividades sexuais surgem e suscita o
desenvolvimento da mente, o ambiente sofre modificações intensas, as
características peculiares das sensações afetivas e sexuais se transformam.
Todas essas particularidades que acompanham esse estádio geram
uma série de dúvidas e angústias, atitudes e pensamentos provocando uma
série de crises. O resultado dessas crises, até podem ter seu lado positivo ou
não, vai depender exclusivamente das condições ambientais e do auxílio de
cada um, no que vai acarretar na pessoa uma expectativa em relação ao outro.
15
2.3 – O Desenvolvimento de Papéis Sexuais: Masculino e Feminino
O papel sexual do indivíduo é semelhante à sua identidade de gênero,
na dimensão em que a pessoa percebe a si mesmo como homem ou como
mulher. O papel sexual do mesmo modo abrange a identificação com a
maneira de ser (modos) comportamento masculino e comportamento feminino,
culturalmente
aprovado
de
como
o
indivíduo
deve
se
comportar.
Comportamento este pré-determinado pela sociedade.
As expectativas de mudanças sociais viabiliza o aparecimento de
condutas ambíguas, à medida que a sociedade torna-se bem mais
condescendente do que no passado em suas expectativas para os sexos, os
papéis estão se tornando cada vez mais menos rígidos.
Na maior parte das culturas, ao longo da história tem se previsto que as
mulheres dediquem-se profundamente grande parte do seu tempo ao cuidado
dos afazeres domésticos e das crianças, ao mesmo tempo em que os homens
fariam o papel de provedores e protetores. As mulheres teriam o dever de ser
obedientes e zelosas, e os homens ativos, agressivos e competitivos.
“(...) A humanidade é dividida em duas categorias imutáveis:
os homens e as mulheres. As outras diferenças são então
desprezadas ou abolidas. Três representações são possíveis
a partir daí. Ou a diferença sexual é pensada em termo de
complementaridade, e a mulher se torna um alter ego do
homem, dividindo com ele um prazer carnal e um papel social”
(ROUDINESCO, 2003, p. 117).
A humanidade impõe papéis de modelos de comportamentos para ser
seguido, mas com a evolução dos tempos vem ocorrendo mudanças culturais.
E, o indivíduo aleatoriamente é imposto a seguir a forma ideal, que a sociedade
entende como sendo a mais ajustada relativa aos papéis sexuais.
Ainda, segundo Roudinesco, além de dividir o prazer carnal e um papel
social:
“(...) Ou é interiorizada, e a mulher é classificada em sua
espécie de tipo zoológico: monstro, andrógina, lésbica,
prostituta, ou é idealizada, e a mulher se torna um
‘suplemento’, heterogêneo à ordem simbólica: a louca, a
mística, a virgem na primeira representação, a feminilidade da
mulher e sempre associada à maternidade, ao passo que nas
16
duas outras o feminino e o materno são dissociados, e a
mulher é então incapaz de realizar a tarefa procriadora a ela
imposta pela natureza e pela cultura” (Id, p.p.117.118).
Com a presença em todas as sociedades, os papéis sexuais são os
comportamentos, interesses, atitudes, habilidades e traços de personalidade
que uma determinada cultura considera adequada para homens e mulheres.
Entretanto, atualmente os papéis sexuais nas culturas ocidentais estão cada
vez mais diversificados e flexíveis.
O papel sexual é concebido de maneira variável tanto para os homens e
para as mulheres, existem entre ambos os modelos que até bem pouco tempo
atrás era pertencente somente ao universo masculino ou ao universo feminino.
A sociedade moderna delimita com muita clareza e exatidão a representação
sexual de cada um, ou seja, qual o papel pertencente ao homem? O que é
definido para ele? E, para a mulher? Qual a sua representação perante a
sociedade?
As características específicas do papel sexual vêm reguladas como um
conjunto de critérios/princípios que regulam regras de conduta referentes a
comportamentos, procedimentos, valores e reações emocionais que são
reputados ao próprio, e conveniente a cada ser sexualmente socializado.
Contemporaneamente, comprovamos que papel masculino e igualmente
o feminino, são muito bem sentenciados e claros. Em nível de conduta temos
conhecimento que essas particularidades de cada ser humano diferenciam de
papéis de gênero masculino e/ou feminino.
“O papel sexual é compreendido como o componente social
do exercício da sexualidade, e entendido como (um
comportamento típico de gênero). O que ocorre é que, desde
o nascimento (ou talvez até antes dele, como expressão do
desejo dos pais de filhos de determinado sexo) somos
impregnados de um modelo de comportamento. Sem dúvida,
os papéis sexuais são impostos pela cultura, como o sexo
biológico foi determinado pela fecundação e pelos fatores
endócrinos” (MARZANO, 2005, p.3).
Atualmente, as características proeminentes dos papéis sexuais não são
mais estabelecidas definitivamente, e os mesmos estão sujeitos a mudanças. A
17
evolução do papel sexual feminino nos tempos atuais manifesta-se
distintamente em funções de padrões éticos que estão em vigor e em função
de diferentes momentos.
O papel sexual é do mesmo modo estabelecido psicologicamente em
razão da pressão social obrigado pela Lei, pela moral e pelos costumes.
Socialmente, as pessoas que não se ajustam às normas sociais prenunciadas,
são julgados como sendo um ser desviante, e consequentemente tendem a
exprimir indício de desordem psicológica e/ou social.
A ascendência social se faz presente de forma distinta, essencialmente
a respeito de valores e atitudes própria de cada gênero sexual, os quais
regularmente são internalizados as atitudes adequadas aos papéis de gênero,
tornam público automaticamente a maneira de como comportar-se socialmente.
Conforme Parker, Nagem, Lakoff & Jonhson e Amaral, que se reuniram
e identificaram as possíveis metáforas contidas nos estereótipos dos papéis
sexuais/sociais, da seguinte forma (BARCELAR, 2007, p.1):
2.3.1 – Masculino: Pai ativo, metáfora de que é o sexo forte, nobre, o coronel, o
galo do terreiro, machão; como explicação têm o poder, ação, virilidade, sexo
forte e um sexo frágil, com poder maior que o outro; as consequências é que
têm padrão duplo de moralidade e autoridade para dominar.
2.3.2 – Feminino: Mãe concubina, passiva, cuja metáfora é o sexo frágil, o sexo
belo, a santa, a galinha; como explicações citam fraqueza, passividade,
conduta irrepreensível ou conduta reprovável e como consequências, um
desprestígio das funções femininas e opressão das mulheres.
As influências culturais promovem a criação de gêneros diferentes ou
unicamente as acentuam. A presença de papéis semelhantes em terminada
cultura insinua que pelo menos algumas dessas diferenças o seu conteúdo
possam ser inatas. Entretanto, as diferenças psicológicas, estão subordinadas
à subjetividade de cada sujeito ou à realidade apresentada pelo seu estado de
consciência.
18
CAPÍTULO III
O CASAL GRÁVIDO E A ADEQUAÇÃO
MATERNA / PATERNA
A gravidez em si forma a essência de um fenômeno biológico comum
para todos os seres vivos, “espécie humana”, é um acontecimento igualmente
fisiológico, psicológico, social e somente peculiar aos seres vivos. As
sensações de vulnerabilidade e apreensão são normais, o sentimento de
incerteza acompanhado de certo medo a respeito de encontrar-se numa fase
de grande transformações físicas e psicológicas são bem mais visível quando
se trata da primeira gestação.
Para o casal grávido, este momento é tão especial, é um espaço de
tempo pleno de adaptações de múltiplos sentidos: físicas, emocionais e
existenciais e igualmente sexuais.
A necessidade de adaptações nesta fase não é uma vantagem
concedida somente às mulheres, os homens do mesmo modo também passam
e vivenciam um processo adaptativo que tem a ver com a reorganização do
seu futuro papel paternal. É neste sentido que um novo olhar sobre a gravidez
vem ganhado espaço, onde a proposta é estabelecer a experiência da
procriação no contexto do casal.
Segundo Maldonado e Dickstein:
“A preocupação com as transformações do corpo na gravidez
é um aspecto da preocupação com a transformação da vida e
dos vínculos que acontecem por ocasião da vida de um filho.
Comumente, a mulher canaliza grande parte da atenção e da
energia para seu interior, de modo que as sensações novas,
físicas e emocionais, assumem grande importância” (2010,
p.68).
A gravidez é um tempo presente único de um estádio para a
paternidade, individualizado por umas variedades de mudanças e adaptações.
Entretanto, todas estas fases vão causar transformações generalizadas nas
diversas vertentes da relação íntima do casal (Id. P.68)
19
3.1 – Fatores Psicossexuais
O comportamento sexual do ser humano é resultado de um conjunto de
fatores que mantém relações de interação restrita entre si e se completam por
interesses comuns. Estes fatores são: identidade sexual, identidade de gênero
e comportamento sexual, essa tríade de fatores atingem o crescimento, o
desenvolvimento das pessoas, de modo que o somatório destes três fatores é
nomeado de Fatores Psicossexuais. “A sexualidade é algo mais do que o sexo
físico, coital ou não, é algo menos do que todos os aspectos do comportamento
dirigidos à obtenção de prazer” (KAPLAN, SADOCK e GREBB, 1997, p.616).
Esses autores mencionam que a sexualidade de uma pessoa está
profundamente inter-relacionada com a totalidade de sua personalidade,
afetando o seu autoconceito, suas relações com o próximo e seus padrões
gerais de comportamento, que é virtualmente impossível atribuir a ela uma
individualidade (id, p.616).
Em relação a todos os adventos acima citados, não podemos deixar de
considerar e especificar que a gravidez e a maternidade é um período de
transição e de inter-relacionamento nos quais exprimem transformações, não
só no bem estar da mulher, mas também no organismo da mesma, alterando o
seu psiquismo e consequentemente toda a sua organização psicossexual. Esta
fase e o espaço de tempo na qual ocorre a maior incidência de sintomas
provenientes de algum transtorno psíquico. Arquétipo mais comum é a
depressão na gravidez e depressão pós-parto.
Fatores psicológicos tem a capacidade de produzir e ocasionar sérias
complicações durante a gestação, bem como para o parto e aproximadamente
a seis semanas após o parto (puerpério). Tais fatores podem ser ocasionados
pela soma de respostas mentais e físicas causados por “stress existencial e
intensa ansiedade”.
“Nas últimas quatro décadas a gravidez tem sido estudada
como um período de desenvolvimento psicológico e social de
elevada importância. Um estudo sobre a transição para a
paternidade e a maternidade deveriam ser consideradas como
etapas de transição de papéis no contexto ciclo vital da
20
família, e onde a gravidez é entendida como mais uma etapa
do desenvolvimento com tarefas próprias e adequadas a essa
fase do ciclo vital da família” (GOMES, 2009, p.p.26-27).
Ao passo que na mulher, a gravidez sustenta acentuada e profunda
alterações do perfil corporal, no homem essas alterações podem gerar
significativas manifestações principalmente quanto determinado pais assumem
o papel de grávido. Alguns autores atribuem a essas manifestações como
sendo a “Síndrome de Couvade”, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas
psicossomáticos observados em alguns pais durante o período de gravidez.
Esta síndrome resume na alteração de sintomatologia somática ou
psicológica da participação ativa paterna no período gestacional. Sinais e
sintomas pertinentes a essa síndrome: ganho de peso, variação súbita de
humor, sono excessivo, dor de dente, desejos, perda de apetite, náuseas,
vômitos e enjoos. Todas estas alterações são de origem psicológica gerada a
partir das experiências pessoais vividas pelo homem grávido.
3.2 – Fatores Fisiológicos
O sinal mais importante presumível da presença de uma gravidez é um
atraso de uma semana que ocorre no período menstrual. Ulteriormente são
vivenciados sinais de inchaço e intensa sensibilidade dos seios, modificações
em seu tamanho e forma, náusea com a existência de vômitos ou não, fadiga e
micção repetida.
Entretanto, sob o aspecto hormonal, a gravidez, no seu começo, ocorre
o prolongamento das alterações que se produzem no período que precede a
menstruação, que tem a finalidade em ajustar o organismo materno à gravidez.
“Todas as alterações que ocorrem no organismo da mulher
servem como preparação para o recebimento e sobrevivência
do novo ser. Estas modificações que ocorrem durante a
gravidez estão entre as mais significativas que o corpo
humano pode sofrer. Presentes desde o comento da
concepção até o pós-parto essas alterações são essenciais
para a manutenção da gestação, desenvolvimento do feto,
parto, puerpério e par a lactação subsequente” (REZENDE,
2009, p.3).
21
Em grande parte das mulheres a compreensão da gravidez vem por
meio de sintomas de náuseas ou vômitos, os quais têm por costume aparecer
pela manhã, e ainda enfatiza que todos esses desconfortos constantemente
são causados através de excitações sensoriais e mais circunstancialmente
olfativas (Id, p.3).
É comum durante a gravidez o surgimento de varizes ou micro varizes,
basicamente em seguida ao quarto mês de gravidez, em razão das alterações
que realiza-se no sistema circulatório e a complicação que pode vir ocorrer no
retorno venoso pelo aumento de peso e compreensão de alguns vasos (id, p.4)
Na gestação, uma das razões para o aparecimento das varizes está
associada a ação de hormônio, indispensável para a manutenção da gestação.
Mais do que isso, o útero cresce e comprime os vasos pélvicos que
estabelecem comunicação com os vasos das pernas. Os resultados dessas
alterações no sistema circulatório, igualmente são causadores pela sensação
de cansaço e o inchaço nas pernas no transcurso gestacional.
(...) Afirmam que a gravidez representa um período de completo
desenvolvimento funcional, do qual participa toda a economia materna e que
põe à prova, todos os tecidos do organismo, incluindo sistema reprodutor
endócrino,
respiratório,
musculoesquelético,
cardiovascular,
tegumentar,
imune
e
urinário,
neurológico
gastrointestinal,
(DELASCIO
e
GUARIENTO, 2009, p, 3).
Uma das maiores alterações fisiológicas que ocorre na gravidez, tem o
sistema hormonal como sendo o grande responsável por estas alterações no
organismo da mulher. Sob este aspecto, a gravidez é no seu começo o
prolongamento das modificações que se compõem no período pré-menstrual e
que desempenha a função em adaptar o organismo materno à gravidez e,
posteriormente, proteger a vida do bebê.
“Os hormônios são de grande importância durante a gestação,
os principais são: a progesterona, a gonadotropina coriônica
humana (HCG), o estrogênio, o lactogênio placentário humano
(HPL) e a somatomamotropina coriônica humana:
progesterona, o seu principal papel é relaxar a musculatura do
útero, crescimento das mamas, aumento no tamanho da
vagina, desenvolvendo assim os grandes e pequenos lábios,
22
aumento da pelve oara facilitar a passagem do bebê na hora
do parto. Além de participar na mamogenese. HCG, tem papel
fundamental na gestação, pois a placenta não consegue
produzir progesteroana e estrogênio se encarrega pela função.
Estrôgeneo, se encarrega pela função de promover o aumento
à elasticidade da parede do útero e do canal cervical, participa
no metabolismo do ácido fólico e na mamogênese.HPL, sua
principal função é no processo de iniciação de produção de
leite, conhecida com lactogênese. ‘Somatomatropina coriônica
humana, participa na nutrição adequada do feto e também tem
a função de ajudar em seu crescimento” (ZOLLER, 2008, p.1)
Todos esses hormônios igualmente desempenha importante papel
durante a gestação, entre outras relações pertinentes a sua fisiologia, é
necessário que sejam mantidos principalmente os seus valores adequados, e
tanto a mamãe e o bebê se sentirão bem em todo percurso da gravidez e pósparto.
3.3 – Fatores Psicossociais
A gravidez é um momento muito especial na vida de um casal, é
diversificada e delimitada por uma interação complexa de fatores de caráter
cultural e social. É indubitavelmente afetada pela capacidade que o ser
humano tem em conviver com o seu semelhante e pela peculiaridade
circunstancial de vida e pela cultura na qual está inserida os papéis sexuais e
concebido por dispor de carácteres próprios pertencentes para a mulher e para
o homem.
“(...) As novas condições de vida econômica e política atraem
cada vez mais o homem para fora de casa; torna-se, então
necessário delegar à mulher a função de educadora. A
maternidade, até então uma função sobretudo biológica,
passa ter uma função social” (MALDONADO, 1984, p.18)
O papel sexual é associado ao comportamento psicossocial do ser
humano e é evidenciado como o elemento que compões socialmente o direito
de todas as pessoas em exercer plenamente a sua sexualidade.
Maldonado (1984) ratifica que a gravidez é uma fase de passagem de
um estado a outro que é parte integrante do processo de desenvolvimento
onde acontece uma sucessão de mudanças tanto na identidade, tal qual no
23
papel do homem e da mulher. Todo este acontecimento pode traduzir e trazer à
tona conflitos passados de relacionamento com os pais, irmãos e demais
componentes da família, bem como, do próprio casal. Entretanto, pode
aparecer com evidências experienciais altamente agradáveis vividas no âmbito
familiar de ascendência ou no próprio casamento. As relações préestabelecidas com pessoas de seu convívio social igualmente influenciam no
processo gestacional. Tanto as mulheres como os homens em vários
momentos da gravidez sentem-se ambivalentes em relação a tornar-se pais.
Os papéis familiares são muito importantes nesta etapa de vida do casal
grávido, tanto na maternidade como na paternidade são respostas de
desenvolvimentos e experiências construídas com base na sociedade (Id,
p.22).
A gravidez é sintetizada como um acontecimento normal na vida da
mulher, contudo é muito mais que um simples evento, a gravidez é um
processo que se ajusta no ciclo pertencente à vida da mulher, como sendo um
momento magnífico e complexo. No ponto de vista psicossocial, representa um
estímulo à adaptação da mulher como pessoa. Em seu espaço intrapessoal
projetam as suas ansiedades e as suas expectativas, e ainda nesse espaço
que se definem novas representações sociais, novas expectativas e atitudes
(GOMES, 2009, p.17).
Compartilhar sentimentos, anseios, frustrações e triunfos com os outros
e entre si fortifica os laços entre o casal grávido e tende ajudar a família a
perceber que a situação, hoje existente é resultado do crescimento de cada um
como ser humano. Os modelos humanistas ilustrado por Maslow, fantasia as
pessoas como responsável e atuantes em seu próprio desenvolvimento através
da escolha, da criatividade e da auto realização. (Id, p.17)
24
CAPÍTULO IV
FASES DA GRAVIDEZ
A
gravidez
é
a
fecundação
(união)
do
gameta
masculino
o
“espermatozoide” com o gameta feminino o “óvulo”. A fecundação acontece no
interior das trompas e é um processo dinâmico, já que o óvulo se desloca em
direção ao útero, impelido pelos movimentos ondulatórios da trompa.
“Havendo a fecundação, o óvulo, após alguns dias, chega ao
útero e se fixa, como se fosse em um ninho, macio como uma
manteiga, acolhedor, e aí ele se desenvolverá até a data do
parto. Esta fixação do óvulo no útero é chamado de nidação.
Isto acontece mais ou menos na 4ª.semana de gestação, mas
é claramente visível a ultrassonografia no decurso da 6ª.
Semana de gestação. No início da gravidez, com 18 dias de
fecundação, o coração do embrião já bate, mas só é
detectável através da ultrassonografia a partir da 7ª.semana
de gestação” (MAGALHÃES, 2005, p.41).
Na gravidez, o corpo da mulher começa apresentar alterações e os
primeiros sinais evidenciados são as mamas que aumenta de tamanho e ficam
intensamente sensíveis, sendo que a maior sensibilidade incide nos bicos das
mamas. Até quando a roupa encosta neles produz um acentuado
desconforto/incômodo. A cintura se alarga e é bem habitual sentir pequena
quantidade de cólicas, esse sinal de cólica é a chegada do ovo ao útero (Id,
p.41).
“Em uma gravidez normal é comum ter náuseas , choro fácil,
sonolência, fome em excesso (perigo!). Não é normal ter
sangramento, cólicas excessivas, vômitos constantes etc. O
pré-natal é a prevenção do aborrecimento. A medicina deve
ser preventiva e não curativa. Portanto, a necessidade de se
fazer o acompanhamento mensal com o médico é de vital
importância, para que se possa detectar com rapidez
qualquer problema logo no seu início, evitando maiores danos
à mulher e ao feto” (Id, p.p.,42-43).
De acordo com Magalhães, o pré-natal fundamenta-se em visitas
mensais ao médico “obstetra”, no qual o mesmo fará um checkup e verificará o
25
peso da gestante, a sua pressão arterial, efetuará a medição do fundo do útero
e a circunferência abominável. Além de apertar o tornozelo a fim de se verificar
se há edemas (inchaços) nos pés ou até nas pernas (MALDONADO, 1984,
p.43).
Os exames pré-natais são de grande valia, pois através deste pode se
detectar uma variedade de doenças que causam sérios prejuízos à saúde da
mamães e do bebê até a 30ª. Semana de gestação as visitas ao médico
obstetra é mensal, daí em diante, até a 37ª.semana as visitas são quinzenais e
por fim a partir desta (37ª.semana) as visitas passam a serem semanais até o
dia do parto (Id, p.24).
Conjuntamente, com o acompanhamento pré-natal com o médico
obstetra, o atendimento e aconselhamento psicológico no pré-natal é de grande
valia. O atendimento e aconselhamento no parto e pós-parto não trata-se
simplesmente em ajustar a saúde mental e emocional. A psicoterapia atua
como um suporte para atender a essa nova perspectiva materna e paterna na
busca de que seja alcançada uma melhor qualidade de vida para os pais e
bebês (id, p.24).
4.1– 1º. Trimestre
Esse
período
é
caracterizado
por
modificações
da
aparência
relativamente pequena no aspecto corpóreo da mulher: em leve aumento ou
pequenas mudanças da forma da barriga ou dos seios, que adquirem
sensibilidade. O corpo até este momento não tomou para si o aspecto grávido,
os movimentos do embrião até então não são sentidos pela mãe.
“A percepção da gravidez pode ocorrer bem antes da
confirmação pelo exame clínico e até mesmo antes da data
em que deveria ocorrer a menstruação. Não é raro a mulher
captar em nível inconsciente as transformações bioquímicas e
corporais que assinalam a presença da gravidez e expressar
esta percepção através de sonhos ou ‘intuições’. Em
contraposição há mulheres que só ‘descobrem’ a gravidez no
quarto ou quinto mês, ou porque tem pouca sintonia com o
próprio corpo e negam a existência das transformações da
gestação, ou porque na história ginecológica há episódios de
amenoréia prolongada, ou porque sangramentos eventuais no
primeiro trimestre são confundidos com menstruação” (Id, p.
27).
26
No exato momento que esta percepção vem à tona na forma de
consciente ou inconsciente da gravidez e que se principia a formação do
vínculo de dependência materno-filial e das mudanças na rede de
intercomunicação familiar (Id, p.27).
No primeiro trimestre, o feto ainda não é realmente sentido, e as
modificações do esquema corporal, até agora encontram-se discretas. Por
conseguinte, as manifestações mais habituais da ambivalência são os
sentimentos de suspeita mais ou menos fundada entre estar ou não grávida.
Mesmo após o exame clínico positivo que, por sua vez, igualmente, tende a
trazer a lembrança uma mistura de sentimentos de contentamento, apreensão,
irrealidade e, em alguns casos, franca rejeição (Id, p. 28)
A oscilação de sentimentos que se instaura a partir do principiar da
gravidez mostra outro aspecto de grande relevância: a reação inicial perante a
gravidez não permanece em toda vida. Uma norma de procedimento inicial de
rejeição pode dar lugar a um comportamento de aceitação e vice-e-versa (Id,
p.28).
Neste
trimestre
a
mulher
já
começa
a
demonstrar
algumas
manifestações, o que é muitíssimo comum, e uma das primeiras é a hipersonia:
quando ocorre uma necessidade excessiva de dormir, o que é normal. É como
se o organismo se ajustasse com o propósito de aceitar as tensões fisiológicas
suplementares tornando bem maior a necessidade de dormir (Id, p.29).
Além da manifestação acima a mulher vivencia neste primeiro trimestre,
outros sintomas comumente possíveis de ocorrer: as náuseas e a hipernese
gravídica “excesso de vômito” (Id, p.29).
“Kaplan (1960) supõe que as mudanças hormonais do início
da gravidez explicam em parte a ocorrência de náuseas e
vômitos, pois diminuem o limiar bioquímico destes sintomas.
No entanto, a grande amplitude de variação quando a
ocorrência, persistência e severidade destes sintomas
sugerem a influência de fatores psicológicos na etiologia (Id,
p.29).
27
10
Outras manifestações comuns durante a gravidez são o desejo
(necessidade interna exclusiva de ingerir determinado alimento, especialmente
não desejado fora da gravidez) e as “aversões” (repugnância intensa por
determinados tipos de alimentação ou bebida, em tempo algum sentido antes.
Os desejos supostamente requer mais atenção do quê as aversões também
são comuns e é possível que estes fenômenos estejam intrinsecamente
relacionados (Id, p.30)
Igualmente, manifestações comumente deste trimestre são: o aumento
do apetite, as oscilações de humor, o aumento da sensibilidade, aumento da
irritabilidade (Id, p.p.32-33).
Por fim, resumindo, os aspectos psicológicos de maior importância
nesse período de gravidez são: a percepção da gravidez (consciente ou
inconsciente), o começo da formação materna-final. Manifestações habituais:
hipersonia, náuseas, vômitos, desjos e aversões, aumento do apetite,
oscilações de humor (aumento de sensibilidade a aumento da irritabilidade).
4.2 – 2º. Trimestre
No ponto de vista emocional, estre trimestre é reputado como sendo o
mais estável. Sendo que os primeiros movimentos fetais causam um grande
impacto e estes movimentos fetais é um fenômeno genuíno neste trimestre. É
nesse exato momento que a mulher tem a sensibilidade de sentir o feto como
um fato concreto dentro de si.
“É com a percepção dos movimentos fetais que se instalam
mais decisivamente na mãe, os sentimentos de
personificação do feto. A mulher passa a atribuir ao feto
certas características pessoais, segundo sua interpretação
dos movimentos: o feto pode se sentir como ‘carinhoso’ ou
‘delicado’, se os movimentos são percebidos como suaves; ou
ao feto podem ser atribuídas características de agressividade
e ataque, se os movimentos são sentidos como brusco ou
violentos(...)” (Id, p.24).
Os movimentos fetais indicam uma agressão ao corpo da mãe, como se
o feto tivesse a intenção de destruí-la. Os movimentos fetais do tipo ritmado
eram considerados como impressão de prisão e anseio em sair do útero; em
um terceiro momento, as grávidas só podiam dormir de costas, porque quando
28
não ocorria isto e o feto se movimentava, considerava como se fossem
“queixas” do mesmo por estar sendo incorretamente comprimido (Id, p.34).
“A ambivalência pode manifestar-se na interpretação dos
movimentos fetais de várias maneiras: pelo alívio de sentir os
movimentos, sinais de que o feto está vivo e ansiedade
quando não consegue perceber os movimentos surgindo o
temor de que algo não esteja bem” (Id, p.35).
Pode-se perceber, logo que a interpretação dos movimentos fetais forma
a essência de uma fase da formação de vínculos materno-filial onde, na
fantasia da mãe, o feto imediatamente começa obter características próprias e
a se comunicar com a mãe por meio da diversidade dos seus movimentos (Id,
p.35).
Os movimentos fetais causam efeitos diferenciados no marido e,
geralmente, é muito impetuoso; existe a mobilização de valores e inveja no
homem, pela impraticabilidade de ter a sensação de sentir o feto desenvolverse dentro de si (Id. p.35).
Partindo desse sentimento de inveja, várias respostas podem ocorrer: a
criação de uma conjuntura triangular adulta em que o marido participa dos
movimentos fetais sentindo-os transversalmente pelo ventre da mulher, e
comunicando-se com o feto por um sistema semelhante de personificação
efetuado pela mulher, o feto, por conseguinte ainda “in útero”, já é inserido na
dinâmica do relacionamento familiar (Id, p.35).
De modo que, essa mobilização de inveja no marido ressuscita antigos
sentimentos de concorrência fraterna, vivido em relação à própria mãe quando
a mesma encontrava-se grávida dos irmãos; então o marido tende a perceber o
feto como um verdadeiro intruso que vá literalmente tomar a sua posição
privilegiada perante a mulher repelindo-o a segundo plano (Id. p.35).
Neste trimestre, o feto se movimenta com muita frequência e seus
deslocamentos são facilmente percebidos, os pais tentam sentir com as mãos,
mas tudo indica que os bebês apreciam fazer uma travessura e geralmente
para de se mexer neste exato momento, frustrando os futuros pais
(MAGALHÃES, 2005, p.48).
29
É através de seus movimentos que os bebês começam a evidenciar seu
temperamento, ainda na barriga das mamães. Aquele bebê que muito se mexe,
pode ter a convicção de que ele será uma espoleta, em contrapartida bebê que
se mexe menos, pode ter a convicção que serão bem mais calmos. Os bebês,
além disso, pode dispor de seu momento de soneca, como se encontra do lado
de fora, aí ele deixa de se mexer (Id. p.48).
“Suplicy (1987) afirma que a segunda fase da gestação
caracteriza-se pelo aumento do desejo sexual na maioria das
mulheres. Nete período, geralmente, a mulher já aceita o fato
de ser mãe; seu corpo grávido começa a se definir e já pode
ver-se dos sintomas comuns do primeiro trimestre” (LECHT e
MARTINS, 2003, p.3).
Os aspectos psicológicos de maior influência de natureza íntima, neste
trimestre,
consistem
na
sensação
dos
primeiros
movimentos
fetais;
personificação do feto (o bebê imaginado). Manifestações mais comuns são:
alterações do esquema corporal, alterações do desejo e desempenho sexual,
introversão e passividade ou aumento de atividade (MALDONADO, 1984,
p.34).
– 3º. Trimestre
Com a aproximação do momento da mulher entrar em trabalho de parto
e em vias de dar à luz, o seu nível de “ansiedade” tende a aumentar. Até
porque com a vinda do bebê, vai ocorrer uma mudança de rotina. A ansiedade
é especificamente aguda nos dias que precede a data prenunciada, e tende a
tornar-se mais forte quando a data prevista é passada. Os sentimentos são
geralmente um pouco contraditório; o desejo de ver o bebê nascer e findar a
gravidez e concomitantemente o desejo de prolongar a gravidez. Para protelar
a necessidade em ter que fazer novas adaptações exigidas pela chegada do
bebê.
“No último trimestre o grande volume uterino é o fator que
condiciona a maioria dos sinais e sintomas. Assim ocorrem
com frequência pirose e o enfartamento, a sensação de
dificuldade respiratória, o aparecimento ou agravamento de
varizes, o edema dos membros inferiores e a síndrome de
hipotensão supina, devido à compressão da veia (...) Neste
período são igualmente frequentes à fadiga e ao desconforto
30
físico, assim como dificuldades em adormecer e repousar”
(GOMES, 2009, p.26).
Os medos próprios da maternidade em alguns casos se expressam em
sonhos e fantasias conscientes previamente e após o parto. É bastante comum
sonhar com o parto. É bastante comum sonhar com o parto, com o bebê e com
as alterações do esquema corpóreo; as expectativas relacionadas a si mesmo
como mãe e em relação ao bebê são questões frequentemente explícita em
sonhos (MALDONADO, p.41).
“Gilman (1968) estudou o conteúdo manifesto dos sonhos de
44 primíparas com o objetivo de verificar se os sonhos
ajudam a entender as tensões psicológicas da gravidez e a
capacidade de adaptação à situação de maternidade.
Observou que a metade dos sonhos relatados eram sobre o
bebê e quase metade continha elementos de infortúnios,
danos e ameaças à mãe ou ao bebê. Concluiu que os sonhos
refletem claramente o impacto da gravidez” (Id, p.42).
É nesta perspectiva que o sonho tem a faculdade em mobilizar e
incorporar mecanismo de adaptação que contribuam para enfrentar uma das
tensões mais importantes do ciclo vital feminino. As fantasias conscientes
relacionadas a si mesmo como mãe e ao bebê igualmente são de suma
importância. Assiduamente exprimem o temor de que a particular hostilidade,
que faz parte da ambivalência, destrua o feto. O temor em ter um filho portador
de alguma deficiência física exprime claramente este tema (Id, p.43).
“A ansiedade, a apreensão e o temor estão sempre presentes
em diferentes graus de intensidade, em toda a gravidez. Um
dos menos mais comuns é o ter um filho com algum defeito
físico ou mental” (MALDONADO e DICKSTEIN, 2010, p.75)
Esses medos podem ser provenientes de sentimentos de culpabilidade e
em alguns momentos inconscientes e antigos, associado ao medo de castigo
por ter feito alguma coisa inadequada (Id, p.76).
É muito comum na gravidez sonhar com o parto e o sexo do bebê. Os
sonhos exprimem desejos, fantasias e temores que existem perante a
possibilidade de ter um filho. Muitas gestantes sonham que o bebê nasça sem
que tenha percebido e ele aparece andando e falando (Id, p.76).
31
Além disso, outro sonho comum é sonhar que o neném nasceu bem
antes do previsto e nenhuma pessoa teve o tempo necessário para arrumar
tudo o que fosse essencial a fim de aguardar sua vinda (Id, p. 77).
Ao longo da gravidez a mulher vai se planejando para o parto e a
maternidade, vai especificamente conceber fantasias sobre o bebê e dá início a
preparação de sua chegada (GOMES, 2009, p.29).
“Durante a gravidez todas as atenções tendem a recair
sobre a mãe. O pai é visto como tendo um papel secundário
ou é mesmo colocado à margem de todo o processo. No
entanto, as mudanças sociais e culturais verificadas nas
últimas décadas têm provocado profundas alterações nos
papéis dos elementos da família, tornando a função paternal
mais participativa e exigente” (Id, p.106).
Em suma, a experiência que o pai leva da gravidez, são transformações
de cunho pessoais e sociais que tendem ter tantos significados positivos, tal
qual
a
companheira.
O
pai
vivencia
alterações
psicológicas
quase
imperceptíveis na transição para a paternidade (Id, p.106).
Neste período, os aspectos psicológicos de maior importância são: a
proximidade do parto, as manifestações mais acentuadas, aumento da
ansiedade, temores de não ter um filho saudável e a preferência de sexo
(id.p.106).
32
CAPÍTULO V
A PRÁTICA SEXUAL DURANTE A GRAVIDEZ
5.1– Manifestação de Desejo
A gravidez, visto que se apresenta como um fenômeno natural
pertencente ao curso de vida da mulher, igualmente, manifesta-se como um
período que conduz a uma variedade de mudanças em seu desenvolvimento
pessoal e social. Concomitantemente são múltiplas as exigências provenientes
de
adaptações
em
todos
os
sentidos,
em
razão
das
alterações
psicossomáticas, psicoativas e socioculturais que a evolução da gravidez
envolve.
Para o casal o processo gravídico é um período recheado de
adaptações físicas, emocionais, existenciais e do mesmo modo sexuais. É
essencial ressaltar que a necessidade de adaptação não é pertinente e nem
um privilégio reservado somente para as mulheres, mas também para o
homem.
A gravidez reflete em diversas formas no relacionamento do casal,
implicando em que os dois construam adaptações singulares com o objetivo de
prover ou aperfeiçoas a qualidade de vida, na qual, ambos usufruam antes da
gravidez acontecer.
O desejo sexual no transcurso da gravidez sofre mudança de mulher
para mulher, do mesmo modo sucede com o homem. No entanto, verifica-se
uma propensão em ocorrer uma diminuição à medida que a gravidez vai se
desenvolvendo.
“Homens e mulheres não vivem a sua sexualidade da mesma
forma. Ao longo da vida verifica-se um padrão diferente na
atividade sexual, assim como uma maior ênfase nos aspectos
emocionais e relacionais da sexualidade (...)” (GOMES, 2009,
p.36)
Como já vimos para o casal, o período gestacional é um momento de
adaptações e a sexual é uma das mais importantes, pois tende a mexer com a
sexualidade. O desejo e prazeres sexuais podem ser vivenciados de uma
33
maneira que enriqueça a identidade de uma pessoa e valorize as relações,
podendo ser vivida de forma paradoxal como alguma coisa altamente excitante
e que potencia o desejo e o prazer (Id, p.33).
Durante o período gestacional a expressão da sexualidade pode sofrer
modificações profundas e significantes e ao passo que uns casais não
apresente problemas no relacionamento sexual, outros manifestam grande
preocupação. Esta variedade de sentimento é estimulada por fatores físicos,
emocionais, de interação. Mitos sobre o sexo na gravidez: questões religiosas;
questões religiosas; questões socioculturais; problemas de disfunção sexual,
mudanças físicas na mulher (Id, p.37).
Fundamentado nesse conjunto de fatores, a mulher por um longo tempo
foi aconselhada a não manter as relações sexuais ativa no transcurso da
gravidez. Nos dias atuais, o acesso às informações sobre a sexualidade está
muito mais presentes no cotidiano das pessoas, incentivando maior
participação na busca do prazer sexual. No período da gestação, a vida sexual
não se resume só na manipulação da região genital, vai muito mais além,
implica o comprometimento do casal e a aprovação do outro. Durante a
gravidez, o sexo e a sexualidade tem a faculdade e devem preservar e
aumentado o erotismo da mulher, afim de que ela possa se sentir desejada
sexualmente,
mesmo
sofrendo
transformações
corporais.
(SOUTO;
BRANDOLT; KRUEK; TAVARES; BITELBRON, 2012, p.3).
A sexualidade da mulher durante a gravidez resultará, entre outros
motivos, de como a mulher se percebe, se avalia e se valoriza nessa etapa de
vida. Enfim, resultará substancialmente de sua autoestima. Ter a sensação que
é amada e esta atraente, além da realidade, ou não dos atos de estar sendo
realmente amada, realmente atraente, além do comportamento de seu
companheiro em mostrar que existe ainda seu sentimento por ela, vai depender
exclusivamente por ela, vai depender exclusivamente de sua autoestima e
consequentemente de sua afetividade1 (2008, p.p.1-2).
1
<http.www.psiqweb.med.br/site/?area=no/lernoticia&idnoticia=141>, (p.1-2). Acesso em
20.02.2013.
34
“Para alavancar a vida sexual e a satisfação do desejo
erótico-sexual é preciso entender que alguns pontos precisam
ser bem vividos ou resolvidos anteriormente: (...) 1º. Lugar,
que vocês dois não carreguem culpas ou medos relacionados
ao sexo. (...) Culpa, ideias de pecado, imoralidade ou algo
impuro que foram absorvidas em vivências familiares ou
religiosas podem estar amarradas no seu emocional, e aquela
sensação de estar fazendo algo errado pode ser um balde de
água fria no seu desenvolvimento sexual e no seu prazer. Por
isso é preciso que vocês dois desejem e se permitam,
acreditando realmente que sexo é algo gostoso e que pode
ser naturalmente vivido entre duas pessoas que se gostam de
qualquer faixa de idade, sem motivo de vergonha ou
repressão. (...) É importante estar atento à relação e tentar
promover sempre a retomada de prazeres corporais, sociais e
relacionais” (GAVRANIC, 2010, p.p.4-5).
Com a baixa autoestima, a atividade sexual, evidentemente, tem motivo
para passar por alterações relevantes durante o período gestacional, a vida em
si relacionada ao casal está iminentemente em perigo. E, a insegurança da
gestante se manifesta, propiciando a clara impressão de que o seu parceiro
está violentando-se ou fingindo sentimentos que não existem. A suspeito que o
parceiro está simulando sentimentos e que o mesmo está procurando outra,
favorece a criação de um clima de discórdia, e com isso a relação do casal
passa por um momento de instabilidade2 (2008, p.3).
A descoberta do desejo sexual vivenciada no período gestacional requer
adaptações à esta nova realidade. Em muitas mulheres os sentimentos
ambivalentes tem a capacidade de fazer pensar que como pode o próprio
corpo que gera um novo ser, do mesmo modo tem apetite sexual e quer ter
relações sexuais. Para algumas gestantes, o ato de exercitar a sexualidade
torna-se muito mais prazeroso e intenso, do que na faze não gestacional.
(SOUTO; BRANDOLT; KRUEK; TAVARES; BITELBRON, 2012, p.4).
“Em nossa sociedade existe a ideia de que durante a
gravidez, o desejo sexual passa por algumas transformações,
tanto no homem como na mulher, podendo haver a inibição
do desejo sexual, assim como o aumento dele por parte do
casal. A gravidez pode ser vista como um teste de maturidade
emocional do casal, sendo que desafia alguns conflitos
latentes. O casal começa também a redefinir seus papéis na
2
<http.www.psiqweb.med.br/site/?area=no/lernoticia&idnoticia=141>.
20.02.2013.
Acesso
em
35
nova família que passa a existir. Os sentimentos de
maternidade e paternidade surgem e podem roubar espaço
do relacionamento homem-mulher, interferindo no desejo
sexual. A variação do desejo sexual da mulher grávida
dependerá principalmente de suas condições psicológicas e
do grau de aceitação da gravidez. Sentir-se amada e
valorizada pelo parceiro, pode fazer com que a gestante sintase atraente, independente das alterações corporais advindas
da gravidez (...)” (Id, p.4).
No transcurso da gravidez, algumas mulheres tendem a liberar sua
sexualidade mais naturalmente, em muitos casos experimenta pela primeira
vez o orgasmo pleno, levando a alguns homens a estranhar este
comportamento de suas mulheres, pois não e condizente com imagem até
então idealizada da figura materna, “culturalmente assexuada e pura”. Assim
sendo, passam a esquivar-se e evitar o contato físico relacionando-o como um
ato pecaminoso, e, portanto, altamente inadequado e apropriado a esta
situação presente3. (2008, p.1).
Masters e Johnson (médico e psicóloga) em suas pesquisas científicas e
laboratoriais na área da psicologia e da filosofia do ato sexual publicaram os
primeiros ensaios sobre a fisiologia da resposta sexual humana, como sendo a
fase do desejo sexual um fenômeno semelhante, igualmente nos homens como
nas mulheres. (GOMES, 2009, p.40).
O desejo é uma experiência subjetiva, uma necessidade física ou
psíquica, um impulso, causado pela estimulação de um sistema neurológico
específico, o qual é o produtor de sensações que nos conduz a buscar ou ficar
receptivo a uma atividade sexual. É a primeira fase do ciclo de resposta sexual
e é constituído em um sentimento de atração sexual por alguém. O agente
provocador do desejo são fatores subjetivos, mutáveis numa pessoa em
divergente momentos e também ao longo da vida (Id, p.41).
“O desejo sexual, ou libido, é experimentado na forma de
sensações específicas que levam o indivíduo a buscar ou
tornar-se receptivo a experiências sexuais. Tais sensações
são produzidas pela ativação física de um sistema neural
específico do cérebro. Quando este sistema se acha em
3
<http.www.psiqweb.med.br/site/?area=no/lernoticia&idnoticia=141>, p.1. Acesso em
20.02.2013.
36
atividade, a pessoa se sente ‘excitada’, talvez experimente
sensações genitais, ou vaga inclinação para a atividade
sexual, pode estar interessa em sexo, disposta a uma relação
sexual, ou apenas irrequieta. Essas sensações desaparecem
após a gratificação sexual, isto é, o orgasmo. Quando este
sistema está inativo, ou sob influência de forças inibidoras, a
pessoa não se interessa por questões eróticas, ‘perde o
apetite’ pela atividade sexual e torna-se ‘assexuada’”.
(KAPLAN, 1993, p.28).
Conforme Kaplan há ocorrências de distúrbios na fase do desejo, ou
seja, o desejo sexual hipoativa e a inibição do desejo sexual (IDS) são
síndromes normais no homem e na mulher. A pessoa hipoativa é assexuada,
age como se seus circuitos encontrassem “interrompidos”. Deixa de sentir
atração pelo assunto, não se vale do momento propício. É de se indagar se
essa hiperatividade do desejo sexual procede da ausência de atividades, os
centros sexuais ou da sua inibição ativa (Id. p.33).
5.2.- Manifestação de Incerteza
Existem muitas incertezas por parte do casal gravídico da manutenção
ou não da relação sexual ativa durante o período gestacional. Reflexo da
ausência de informações, atrelado a outros fatores que cooperam como
gerador dessas incertezas, em razão de que a nossa sociedade inscreve em
sua história influências sequenciais de eventos decorrentes de mitos, tabus e
crenças religiosas e populares em deferência a sexualidade humana.
“Quando uma mulher engravida, a sexualidade do casal é
quase sempre afetado por dúvidas e medos angustiantes.
Eles receiam que as relações sexuais provoquem um aborto
ou que magoem o futuro filho, e nestas por mais esclarecido
que se esteja, o peso da cultura popular e os seus
presságios, leva a que os casais sustentem suas práticas nas
crenças” (GOMES, 2009, p.13).
Os mitos, os tabus e as crenças em torno da prática do relacionamento
sexual durante a gravidez, em grande parte sem nenhum fundamento, podem
trazer danos à sexualidade do casal gravídico: “socialmente”, a maternidade é
vista como um sinônimo de pureza é totalmente dissociada do ato sexual (Id,
p.14).
No período da gestação, muitas fantasias existentes vêm à tona e, entre
elas, sem dúvida alguma tem relação com as atividades sexuais do casal
37
gravídico. Temos a faculdade de ratificar, no entanto que com a exclusão das
condições anômalas, como gravidez de risco de abortamento ou parto
prematuro, cólicas por contrações uterinas, perda de sangue ou ruptura da
bolsa com perda de líquido, período final de gestação gemelar, suspeita ou
confirmação de doença sexualmente transmissível, a sexualidade do casal
gravídico deve ser exercitada na sua plenitude (LINS, 2009, p.61).
O sexo na gravidez são varias as mudanças que ocorrem e as
transformações se fazer presente desde o seu início, tanto no corpo como na
mente. Os hormônios femininos deixam a mulher com sensações que podem
gerar a diminuição da libido e o desejo de fazer sexo. Em contrapartida, o
homem pode expressar a sensação de “protetor” percebendo a sua mulher
como mãe e não mais como amante. Se distanciando dela para protegê-la e
não causar prejuízo ao bebê ou mesmo ocasionar um aborto4 (p.1).
A frequência de relações sexuais no período gestacional pode diminuir,
embora cada casal gravídico seja um caso único, isto significa que enquanto
algumas mulheres grávidas não têm relações sexuais, outras intensificam a
sua frequência e sentem-se mais gratificadas. Além do receio em magoar o
feto durante a relação sexual, existem mulheres que julgam não estarem mais
atraentes devidos aos seus aspectos físicos. Diferentemente, ao contrário
gostam de vivenciar a gravidez e ratificam tirar partido das alterações
transitórias do seu corpo com o intuito de vivenciar o cotidiano da sexualidade
(GOMES, 2009, p.14).
Diversos tipos de comportamento o homem apresenta durante a
gravidez de sua companheira, ao passo que alguns apresentam desconforto
por fazer “amor/sexo” com uma mulher no período gestacional. A grande
maioria destes aceitam as alterações físicas transitórias que se sucedem da
gravidez e alguns homens chegam a sentir um maior desejo sexual por sua
companheira (Id, p.14).
“Um estudo
gestação a
diretamente
período. O
4
sobre a sexualidade mostrou que durante a
disposição e o bem-estar da gestante estão
ligados com a vida sexual ativa durante este
estudo também mostrou que fatores, como
Sexo na gravidez – Usufrua desse Momento <http://guiadobebe.uol.com.br/sexo-nagravidez/>. Acesso em 27.02.2013.
38
sonolência, tristeza, culpa e medo em relação ao sexo,
correlacionam-se negativamente na vida sexual do casal”
(ARAÚJO; SALIM; GUALDA; SILVA, 2012, p.553)
Mas um estudo sobre a sexualidade durante o período gravídico aponta
que a vida sexual pode ser bem mais ativa neste momento de desconfortos
corporais e sintomas físicos não estiveram presentes. Contudo, existem clara
comprovações que o interesse pela atividade sexual mostra um leve declínio
no primeiro trimestre, em compensação no último trimestre da gestação
acentua-se. Estes dados, entretanto, são diversificados entre as gestantes. (Id,
p.553).
A atividade sexual no ser humano não tende exclusivamente a
procriação, ainda que a atividade hormonal seja determinante para a
reprodução da espécie humana. O coito no período gestacional deve ser
realizado sem grande impedimentos, mas comumente a frequência é reprimida
pelos médicos e também pelos costumes, o que dá mais intensidade às forças
culturais inibidoras da sexualidade (OLIVEIRA, 2012, p.1).
Os manuais e obras desenvolvidas e aprofundadas sobre a obstetrícia
muito pouco ou quase nada destinam ser a este assunto. Entretanto Master e
Jonhson analisaram 111 mulheres entre 21 e 43 anos investigando a atividade
sexual atingida pela gravidez. Conforme estes autores no “primeiro trimestre da
gravidez”, o interesse pela atividade sexual apresentou uma grande
inconstância, partindo desde a reprovação voluntária nas mais diversas formas
físicas de contato sexual até a majoração do interesse e da prática sexual ativa
(Id,p.1).
No segundo semestre, o que ficou evidenciado foi o crescimento
elevado do grau de atividade sexual influída pelo interesse, pela faculdade de
conceber fantasias e por sonhos de práticas sexuais. O ato ou o efeito de
busca de práticas sexuais. O ato ou o efeito de busca do coito pela mulher foi a
pretensão significativa deste período. Os autores do mesmo modo verificaram
um aumento da conduta sexual e da realização multi-orgásmica do oito. A
frequência dos sonhos eróticos foram muito mais numerosos (Id, p.1).
No terceiro trimestre, as gestantes pela primeira vez demonstram
uma intensa redução na frequência do coito, algumas delas, por resolução
39
procedente do médico foram orientadas a absterem-se de relações sexuais.
Nas mulheres que já tinham gerado um filho. A reação foi similar, todavia em
menor intensidade do que nas primíparas. Neste trimestre ocorre uma
acentuada queda na frequência da atividade sexual generalizada. Algumas
mulheres, entretanto, informaram que aceitavam o coito neste período com o
intuito simplesmente em satisfazerem seus companheiros. (Id, p.1).
Os autores Masters e Jonhson que na prática ocorreu uma diminuição
de 40 a 60% na atividade sexual dos casais no período gestacional. Os
possíveis fatores que influenciaram para a diminuição do coito no 1º.trimestre
provém: de medo de perder a gestação, rejeição, a gravidez, e/ou ao parceiro,
problemas físicos (náuseas, vômitos, azia, cefaleia, etc.), aconselhamento
médico e proibição religiosa. No 2º. Trimestre a elevação do desejo seria
justificado pela reiteração da feminilidade, segurança de consolidação da
gravidez com a perda do medo de abortar. No 3º. Trimestre a redução da
atividade sexual provém da modificação corporal com eventual queda da
autoestima pelo não ajuste de sua imagem corporal com a sexualidade. Outros
fatores que foram levados em conta seriam a queda de interesse do
companheiro, pois é usual a dissociação entre sexo e maternidade, a
ansiedade e medo do parto e o aconselhamento de restrição feito pelo médico
(Id.p.1).
O primeiro trimestre: à medida que o parceiro se adequa ao novo estado
gestante, sua parceira pode sentir a sensação de desconforto e enfrentar
enjoos, por vergonhada particular aparência. Ela será capaz de perder o
contato com a sua sexualidade, e possivelmente seu interesse pelo sexo
diminua. No segundo trimestre várias mulheres grávidas atingem um desejo
altamente estimulado de contato sexual à medida que os desconfortos
fisiológicos do início da gestação diminuem. A gestante inicia a se acostumar
com o corpo e estabiliza a gravidez. Ela pode vivenciar sua nova forma física e
os primeiros chutes do bebê como ratificação de sua feminilidade. Além disso,
o seu organismo começa a produzir elevados níveis de hormônios sexuais,
progesterona e estrógeno (HEINOWITZ, 2005, p.92).
“Como o homem chega ao segundo trimestre? Mais comum
que tenha o apetite sexual reduzido. A queda do interesse
40
pelo sexo pode derivar de preocupações com o conforto da
parceira ou com a responsabilidade da paternidade. Ele pode
não ter nenhuma disposição para os contatos sexuais por
medo de rejeição e esperança de evitar decepções” (Id, p.92).
Concomitantemente com as transformações no corpo da gestante
geralmente ocorre a redução do apetite sexual masculino, nova forma física,
novos cheiros e novas sensações. O homem pode entender que não existe
mais “espaço demais”. O movimento do bebê. Entretanto, a motivação do feto
é naturalmente uma reação por reflexo ao movimento ou ao som. O bebê não
interfere no ato sexual nem sendo perturbado pelo mesmo (Id, p.p.92-93).
Certamente algumas ideias de cunho religiosas ou semi-científicas
podem ter um papel tênue na diminuição da sexualidade neste trimestre.
Provavelmente você já tenha ouvido alguém falar que relações sexuais e
orgasmos femininos, produzido muitas vezes, impede o oxigênio de chegar ao
feto, ou que praticar o ato sexual com uma mulher grávida é anti-higiênico e
antinatural. Qualquer dessas asserções vale uma reflexão (Id, p.93).
No terceiro trimestre, algumas mulheres tendem estar menos ativas
sexualmente durante o final da gravidez. Muitas restringem as relações sexuais
por imaginar que devem limitá-las, ou por acreditar que o seu parceiro não tem
mais interesse, em contrapartida, outras se privam do exercício por temor de
contaminar o feto ou de iniciar prematuramente os trabalhos de parto através
do orgasmo. Várias mulheres são refreadas.
O desconforto físico e a redução da mobilidade, por nenhum desses
fatores, essencialmente opõem que a gravidez desfruta de um “grand finale”
abundantemente sexual (Id, p.93).
As orientações médicas referentes às relações sexuais no terceiro
trimestre, comumente aconselha parar com o ato sexual duas a quatro
semanas antes da data prevista para o parto. É um princípio arbitrário e um
pouco comum, adequado às maneiras de ser própria da gestação de cada
casal. A cessação antecipada se legitima quando ocorrem sangramentos ou
riscos de parto prematuro, ou quando as membranas se rompem. Na
inexistência dessas condições, as limitações ao sexo não apenas se confirmam
41
como podem opor a criação de um importante laço que é anterior ao
nascimento da criança (id, p.p.94-95).
“Os parceiros que dão prazer um ao outro durante os meses
da gestação criam laços profundos antes do nascimento. Para
manter a atividade sexual durante a gravidez, seja criativo,
vocês podem descobrir juntos diversas maneiras em
transformação e a mudança do centro de equilíbrio de sua
parceira” (GOMES, 2009, p.95).
O sexo alternativo é a solução mais eficaz para a continuidade do ato
sexual na gravidez. A falta de agilidade e o desconforto não devem ser o
motivo para necessariamente amortecer o sexo. É muito fácil agregar
adaptações de posição e procedimentos inventivos a qualquer repertório sexual
(Id, p.95).
42
CONCLUSÃO
Na extensão deste estudo monográfico, foi constatado que a
sexualidade para o casal grávido depende exclusivamente de diversos fatores,
principalmente o psicológico. E, que tal qual a mulher o homem também
passam por adaptações físicas e emocionais. Mesmo com a quebra de
paradigma de que na sociedade contemporânea a sexualidade é um tema que
vem sendo estudado e pesquisado com frequência, e que as informações e
respostas pertinentes acerca de suas questões chegam mais facilmente.
Mesmo assim, algumas pessoas ainda associam a prática do ato sexual
somente à penetração, e com isso, afasta-se de outras formas de se obter a
satisfação, o “prazer” e estimular e “excitar” a sexualidade da mulher.
A manutenção da prática sexual no período gestacional é intimamente
influenciada por uma multiplicidade de fatores fisiológicos, psicológicos e
socioculturais, subsistindo ainda a presença de alguns mitos, tabus, crenças
sociais e religiosas que podem induzir a mulher e o seu companheiro ao
refreamento da atividade sexual durante o período gestacional. Alguns casais
preferem deixar de lado a prática sexual durante a gestação, por falta de
conhecimento ou talvez por um excesso de zelo, “cuidado”, com o bebê pelo
receio que no momento do ato sexual pode machucá-lo.
É apropriado ressaltar que a manutenção da prática sexual pelo casal
grávido pode ser recomendado em alguns casos. Neste aspecto ocorre a
criação de vínculos, uma “tríade”, uma dependência afetiva materna-paternafilial, ou seja, uma intercomunicação familiar. Existem muito pouca indicação e
sinal para limitar ou até mesmo descontinuar ativamente a vida sexual do casal
durante
o
período
gestacional.
Salvo
quando
houver
alguma
recomendação/aconselhamento médico de restrição, por uma questão de risco
de vida da mamãe ou do bebê: ou seja, como prévia de aborto, possibilidade
de parto prematuro, gestação múltipla, sangramento durante a relação sexual,
etc.
43
Entretanto,
é
pertinente
ressaltar
que
quando
ocorrer
por
aconselhamento médico a suspensão da prática sexual com a “penetração”, o
casal grávido tem a faculdade de recorrer a práticas alternativas em prol de
vivenciar a sexualidade por intermédio de uma condição inexorável, a fim de
manter a vida sexual altamente satisfatória através de estimulação recíproca.
Conclui-se que a gravidez é um período de transição que exige
adaptações em todos os sentidos, e como não podia deixar de ser a
manutenção da prática sexual, também está incluída por adaptações. O casal
grávido precisa se adaptar a este novo momento que vai mudando com o curso
de tempo na gestação. Nesse caso, no momento que não existe nenhuma
restrição de ordem médica, a manutenção ativa da prática sexual durante o
período gestacional pode e deve ser exercida e vivida normalmente, é saudável
e ainda traz em seu conteúdo benefícios para o casal redescobrir e vivenciar
jogos eróticos e sexuais. A manutenção da atividade sexual é altamente
vantajosa e interconjugal do casal.
44
BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Natalúcia Matos; SALIM, Natália Rejane; GUALDA, Dulce
Maria Rosa; SILVA, Lúcia Cristina Florentino Pereira. Corpo e sexualidade na
Gravidez.
Publicado
em
2012.
Disponível
em
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n3/04.pdf. Acesso em 27 de fevereiro de
2013..
BARCELAR,
Dom.
Papéis
Sexuais
(2007).
Disponível
em
http://oitavo.c.blogs.sapo.pt/9162.html. Acesso em 16 de abril de 2013.
DELASCIO, D..GUARIENTO, A (2009). Aspectos Psicossociais e
emocionais
que
Envolvem
a
Gravidez
Tardia.
Disponível
em
http://www.webartigos.com/artigos/aspectos-psicossociais-e-emocionais-queenvolve. Acesso em 16 de abril de 2013.
FAVA, Antonio Roberto (2003). Tabus Inibem Desejo Sexual na
Gravidez.
Jornal
da
Unicamp.
Disponível
em
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/maio2003/ju214pg8a.html.
Acesso em 28 de fevereiro de 2003.
GAVRANIC,
Arlete
(2011).
Desinteresse
sexual
no
casamento.
Disponível em http://www.isexp.com.br/si/site. Acesso em 17 de abril de 2013.
GOMES, Maria Clementina Rodrigues (2009). Alguns Factores que
Influenciam o Desejo Sexual do Casal Durante a Gravidez. Mestrado em
Sexualidade na Universidade de Lisboa – Faculdade de medicina de Lisboa.
Disponível
em
http://repositorio.ul.pt/bitstream/1041/1052/1/28101_usd_dep.17628re_tese_de
s_sex_gra_clementina_gomes.pdf. Acesso em 21 de março de 2013.
HAYASHI, Alice Mami (2011). Não Existe Leite Materno Fraco.
Disponível
em
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/alimentacao_materna.htm.
Acesso em 06 de maio de 2003.
HEINOWITZ, Jack (2008). Pais Grávidos – A Experiência da Gravidez
do Ponto de Vista dos maridos. Ed.Cultrix. São Paulo: 2005.
45
HTTP://www.psiqweb.med.br/site/?area=no/lernoticia&idnoticia=141.
Acesso em 20 de fevereiro de 2013.
KAPLAN, Harold I., SADOCK, Benjamin J., GREEB, Jack A. Compêndio
de Psiquiatria: Ciências do Comportamento e Psiquiatria Clínica. Trad. Dayse
Batista. 7ª.Edição. Ed.Artmed. Porto Alegre: 1997.
KAPLAN, Helen Singer – O Desejo Sexual e Novos conceitos na Terapia
do Sexo. Volume II. Ed.Nova Fronteira. Rio de Janeiro: 1993.
LECH, Marilice Brockstedt; MARTINS, Paulo César Ribeiro 2003).
Oscilações do Desejo Sexual no Período Gestacional. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?}pid=s0103_166x2003000300003&script=sci_ar
ttext. Acesso em 04 de março de 2013.
LINS, Juliana. Sinceramente Grávida: Nove Meses Tentando Conciliar
Família, Trabalho, Vida Social, Sexo, um Barrigão e Hormônios Enlouquecidos.
Ed.Jorge Zahar. Rio de Janeiro: 2009.
MAGALHÃES, Ângela Maria. Sexo sem Medo: Um Manual de Autoajuda
para Mulheres e Homens – Um Caminho para o Conhecimento de seu Corpo.
Ed.Brasport. Rio de Janeiro: 2005.
MALDONADO, Maria Tereza Pereira. Psicologia da Gravidez: Parto e
Puerpério. VI Edição. Ed.Vozes. Petrópolis: 1984.
MALDONADO, Maria Tereza; DICKSTEIN, Júlio. Nós Estamos Grávidos.
Ed.Integrare., São Paulo: 2010.
MARZANO,
Celso
(2005).
Papéis
Sexuais.
Disponível
em
http://isexp.com.br. Acesso em 18 de abril de 2013.
OLIVEIRA, Carlos (2012). O Exercício da sexualidade durante a
gestação. Disponível em http://carlosoliveira.artebloq.com.br/31/. Acesso em 20
em 20 de fevereiro de 2013.
PARISSOTO, Luciana (2010). Mitos e Tabus Sexuais. Disponível em
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?290. Acesso em 02 de abril de 2013.
REIS, Lúcia (2011). Mitos e Crenças sobre Aspectos Ligados à
Sexualidade – A Educação Sexual em Meio Escolar: Metodologias de
46
Abordagem/intervenção. Centro de Formação de Associação das Escolas de
Matosinhos. Disponível em http://www.cfaematosinhos.eu/m1.pdf. Acesso em
02 de abril de 2013.
REZENDE, J.(2009). Obstetrícia. 9º.Edição. Editora Guanabara Gookan.
Rio de Janeiro:2000. Aspectos Psicossociais e emocionais que Envolvem a
Gravidez Tardia. Disponível em http://www.webartigos.com/artigos/aspectospsicossociais-e-emocionais-que-envolve.... Acesso em 16 de abril de 2013.
ROUDINESCO, Elisabeth. A Família em Desordem. Tradução André
Teles. Ed.Zahar. Rio de Janeiro: 2003.
Sexo na Gravidez – Usufrua desse Momento. Disponível em
http://guiadobebe.uol.com.br/sexo-na-gravidez/. Acesso em 27 de fevereiro de
2013.
SOUTO; Danielle da Costa; BRANDOLT, Catheline Rubin; KRUEK,
Cristina Saling; TAVARES, Suyane Oliveira; BITELBRON, Elaine Ramos
(2012). A Expressão da Sexualidade no Período Gestacional. Disponível em
http://www.unifrabr/eventos/interfacespsicologia/.../2886.p... . Acesso em 06 de
abril de 2013.
ZOLLER,
Cristiane
(2012).
http://www.infoescola.com>hormônios.mudancas-hormonais-que-ocorrem-noperiodogestacional. Publicado em 2008. Acesso em 24 de abril de 2013.
Download

antonio alberto rito - AVM Faculdade Integrada