20 © Shutterstock/Stefano Ember © Shutterstock/JCREATION © Shutterstock/John Kasawa 1782 Luigi Galvani publica o “Ensaio das forças dos nervos na relação com a eletricidade”, em que demonstra a ação da eletricidade sobre a perna de uma rã morta. 8. Processos eletroquímicos espontâneos: pilhas e baterias 1800 Alexandre Volta monta a primeira bateria elétrica da história. LatinStock/SPL/GEORGE BERNARD LatinStock/Corbis/Bettmann Células voltaicas ou células galvânicas: nomes que homenageiam o físico Alessandro Volta e o anatomista Luigi Galvani. Na sociedade moderna, é difícil imaginar algum dispositivo eletrônico que funcione sem uma pilha ou uma bateria. O funcionamento de aparelhos celulares, relógios, câmeras fotográficas, computadores e uma infinidade de outros equipamentos são diariamente garantidos por essas pequenas “usinas”, capazes de converter energia química em energia elétrica. 25 Esses dispositivos, que utilizam reações químicas para produzir corrente elétrica, são chamados de células voltaicas ou células galvânicas. Essa conversão ocorre por meio de uma reação de oxirredução espontânea, em que a célula é construída de modo que os elétrons produzidos, quando uma espécie química é oxidada, sejam transferidos por um circuito elétrico para outra espécie, que é reduzida. O processo oposto, em que a energia elétrica é convertida em energia química, é denominado eletrólise. 26 LatinStock/Akg-Images/Album © Shutterstock/Aleksandar Mijatovic © Shutterstock/hfng 3 8 o r t e l e s o s s e c o r : P s o e n â t n o p s e s químico s a i r e t a b pilhas e 1801 Humphry Davy desenvolve o processo da eletrólise ígnea e aquosa. 21 Pilhas e baterias – são dispositivos em que uma reação espontânea de oxirredução é convertida em energia elétrica. Eletrólise – processo não espontâneo de oxirredução, ocasionado pela passagem de corrente elétrica, obtida por uma fonte externa de energia. Solução eletrolítica: solução que conduz corrente elétrica. O ramo da Química que estuda as reações que produzem corrente elétrica ou são produzidas pela eletricidade é conhecido como Eletroquímica. O termo “eletroquímica”, criado em meados de 1810 por George John Singer (1786-1817), desenvolveu-se a partir do século XVIII. Depois de então, o conhecimento sobre a interconversão entre a energia química e a energia elétrica se apresenta como uma poderosa ferramenta que transformou de forma definitiva o estilo de vida da humanidade. 27 Célula eletroquímica A invenção 1807 1808 1810 Humphry Davy separa, pela primeira vez, os elementos sódio e potássio. Humphry Davy produz os metais alcalino-terrosos pelo processo da eletrólise ígnea. George John Singer cria o termo “eletroquímica”. © Shutterstock/Tatiana Popova LatinStock/Photoresearchers/ Science Source 29 O princípio A primeira pilha elétrica comercial foi inventada em 1800 pelo da célula da célula cientista italiano Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio eletroquímica eletroquímica @QUI663 @QUI424 Volta (1745-1827), por meio dos resultados das pesquisas e investigações de Luigi Galvani (1737-1798) sobre eletricidade em animais. 28 Inicialmente, assim como Galvani, Volta acreditava que o corpo dos animais produzia um tipo especial de eletricidade. No entanto, após várias modificações e repetições nos experimentos descritos por Galvani, Volta tentou comprovar a hipótese de que o contato entre metais distintos excitava as contrações dos músculos dos animais, mesmo mortos. Dessa maneira, construiu um dispositivo formado por dois metais – zinco e prata – que, na forma de discos, eram intercalados e separados por pedaços de papelão umedecidos com solução eletrolítica. O empilhamento proposto era capaz de gerar corrente elétrica, a qual era conduzida por fios metálicos conectados às extremidades da pilha de discos metálicos. Com essa invenção, obteve-se, pela primeira vez, uma fonte de corrente elétrica estável. Pode-se dizer que a pilha nasceu como resultado da tentativa de Volta de produzir efeitos elétricos diretos mais fortes, com pares metálicos. Assim como na pilha de Volta, o químico inglês John Frederic Daniell (1790-1845), no ano de 1836, construiu uma pilha com eletrodos de zinco e de cobre. A diferença estava nos eletrodos, que ocupavam compartimentos separados, e na utilização de uma ponte salina, responsável pelo fechamento do circuito. LatinStock/SPL/SHEILA TERRY Eletrodos: conjuntos formados pela placa metálica e a sua solução. Ponte salina: sistema formado por um tubo de vidro em U, com extremidades normalmente tampadas por um material poroso, acoplado à aparelhagem da pilha. Contém um eletrólito, geralmente uma solução aquosa concentrada de sal solúvel, como o cloreto de potássio (KCℓ(aq)) ou o nitrato de amônio (NH4NO3(aq)). 1812 Humphry Davy consegue montar uma lanterna usada em mineração ao produzir um arco voltaico com eletrodos de carvão e uma pilha de Alexandre Volta. Química 2.a série – 4.o volume A pilha de Daniell, como é conhecida, representa as células eletroquímicas. É constituída por uma placa de zinco metálico (Zn(s)), mergulhada em uma solução aquosa de sulfato de zinco (ZnSO4(aq)) – ânodo –, e uma placa de cobre metálico (Cu(s)), imersa em uma solução aquosa de sulfato de cobre (CuSO4(aq)) – cátodo. Cada um dos dois compartimentos é chamado de célula voltaica ou semicélula. Ânodo: eletrodo no qual ocorre a oxidação. Constitui o eletrodo negativo da pilha. Cátodo: eletrodo no qual ocorre a redução. Constitui o eletrodo positivo da pilha. Pilha de Daniell (Zn/Cu) Ilustrações: Divanzir Padilha. 2012. 3D. Os dois eletrodos são unidos por um fio metálico externo em que os elétrons se movimentam do ânodo (eletrodo negativo) para o cátodo (eletrodo positivo), ou seja, do eletrodo onde ocorre a oxidação para o eletrodo onde ocorre a redução. No eletrodo negativo, à medida que a placa de zinco (Zn(s)) se oxida, ela perde massa e a concentração de íons Zn2+(aq), na solução, aumenta. No eletrodo positivo, à medida que os íons Cu2+(aq) são reduzidos a Cu(s), a placa de cobre (Cu(s)) ganha massa. Consequentemente, ocorre diminuição na concentração de íons Cu2+(aq) na solução. Representação da pilha de Daniell após algum tempo de funcionamento 22 1818 Mary Shelley escreve um romance em que o médico Victor Frankenstein usa a eletricidade para dar vida a um monstro. Dessa forma, introduz um novo gênero, o terror. 8. Processos eletroquímicos espontâneos: pilhas e baterias © Wikimedia Commons LatinStock/Corbis/Heritage Images Com o passar do tempo, o acúmulo de cargas positivas (Zn2+(aq)) provenientes da oxidação do zinco 2+ (Zn(s)) e de cargas negativas (SO2– 4(aq)), devido à redução dos íons cobre (Cu (aq)) para cobre metálico (Cu(s)), faz com que ocorra um desequilíbrio entre os íons nas soluções, interrompendo o funcionamento da pilha. Para evitar esse acúmulo de cargas elétricas, é adicionada ao sistema uma ponte salina – um tubo de vidro recurvado (na forma de U), preenchido, normalmente, com material gelatinoso, contendo elevada concentração de um sal que não interfira no processo eletroquímico. 30 1820 1825 1832 Michael Faraday desenvolve o primeiro processo de produção de NaOH(aq) e de Cℓ2(g) em grande escala. Michael Faraday isola o benzeno do óleo de baleia, após ser nomeado diretor do laboratório de eletricidade da Royal Society. Michael Faraday desenvolve as leis da eletrólise. A ponte salina, além de separar fisicamente as semicélulas e conectar as soluções, permite o fluxo contínuo de ânions e cátions, fechando o circuito interno da célula galvânica e mantendo o equilíbrio das cargas (positivas e negativas) entre as soluções. Na pilha de Daniell, os ânions migram pela ponte salina do eletrodo de cobre (cátodo) para o eletrodo de zinco (ânodo), e cátions migram na direção oposta (do ânodo para o cátodo), de forma a manter a neutralidade elétrica das soluções. 31 As transformações que ocorrem na pilha de Daniell podem ser representadas pelas semirreações: Ânodo (eletrodo negativo – oxidação) Zn(s) Zn2+(aq) + 2 e– Cádodo (eletrodo positivo – redução) Cu2+(aq) + 2 e– Cu(s) 32 A soma das semirreações resulta na equação iônica global da pilha representada. Zn(s) Zn2+(aq) + 2 e– Cu2+(aq) + 2 e– Cu(s) Semirreação de oxidação (ânodo – eletrodo negativo) Semirreação de redução (cátodo – eletrodo positivo) Zn(s) + Cu2+(aq) Equação iônica global Zn2+(aq) + Cu(s) 33 Outra maneira, comumente utilizada para representar uma célula galvânica, é mediante uma notação simplificada, chamada de diagrama da célula. O diagrama da pilha de Daniell é: Ponte salina Zn(s)|Zn2+(aq) || Cu2+(aq)|Cu(s) 34 Nesse diagrama, é representada cada espécie química envolvida no processo de oxirredução. Por convenção, o ânodo é representado à esquerda do diagrama; e o cátodo, à direita. A barra simples ( ) representa as junções ou interfases e a barra dupla ( ) indica a ponte salina. 35 Célula voltaica simples @QUI2450 Pilha de limão Limão Fios elétricos Procedimentos 1. Fixe as lâminas de cobre e zinco no limão. Observação: As lâminas não devem se tocar. P. P.Imagens/Pith Imagens/Pith Materiais e reagentes 36 Lâmina de cobre Lâmina de zinco Voltímetro ou multímetro Multímetro – aparelho utilizado para medir a voltagem, a corrente elétrica e a resistência elétrica John Daniell monta uma pilha em que os eletrodos são separados por uma ponte salina. 1839 Antoine César Becquerel (avô de Henri Becquerel) descobre a célula fotovoltaica. LatinStock/SPL/ ROYAL INSTITUTION OF GREAT BRITAIN 1836 LatinStock/Corbis/Bettmann © Wikipedia Commons/ Gillard 2. Conecte a ponta de um dos fios elétricos na lâmina de zinco, e a ponta do outro fio na lâmina de cobre. 3. Conecte as extremidades livres dos fios ao voltímetro ou multímetro. 4. Verifique a passagem de corrente elétrica. 1843 William Grove desenvolve a primeira célula combustível. Química 2.a série – 4.o volume 23 Descarte Os materiais que não puderem ser reaproveitados podem ser descartados no lixo comum. Questões para discussão 1. Estabeleça as semelhanças entre o experimento realizado e a pilha de Daniell: Assim como na pilha de Daniell, o experimento realizado é formado por uma ponte salina (limão), por um eletrodo positivo (cátodo) e um eletrodo negativo (ânodo). Ao fechar o circuito, é gerada uma reação eletroquímica espontânea, e o potencial formado pode ser verificado no voltímetro. 2. Identifique, no esquema a seguir, o cátodo, o ânodo, a ponte salina e o fluxo de elétrons: Fluxo de elétrons Cátodo Ânodo Ponte salina 3. Com os conhecimentos adquiridos, até então, sobre a Eletroquímica, complete de forma adequada: espontâneo a) Pilha é um processo de oxirredução __________________ (espontâneo/não espontâneo). ânodo b) Em uma célula eletroquímica, o processo de oxidação ocorre no __________________ (cátodo/ânodo), cátodo enquanto a redução ocorre no _________________ (cátodo/ânodo). perda ganho c) Na oxidação, ocorre ______________ (perda/ganho) de elétrons. E na redução há ______________ (perda/ganho). externo ânodo d) Os elétrons fluem pelo circuito ______________ (interno/externo) do ______________ (cátodo/ânodo) cátodo para o ______________ (cátodo/ânodo). positivo e) Em uma célula galvânica, o cátodo é representado como eletrodo ______________ (negativo/positivo) e o negativo ânodo é o eletrodo______________ (negativo/positivo). 24 Gaston Planté monta a primeira bateria de automóvel (chumbo-ácido). 8. Processos eletroquímicos espontâneos: pilhas e baterias 1865 George Leclanché monta a primeira pilha seca, também chamada de pilha comum. LatinStock/SPL/LIBRARY OF CONGRESS 1860 © Wikipedia Commons/Gillard LatinStock/Akg-Images/Album iônicas f) A principal função da ponte salina é manter o equilíbrio entre as cargas ______________ (elétricas/iônicas). 1897 Joseph John Thomson propõe a existência de uma partícula de carga negativa, que ele chamou de elétron. Potencial de eletrodo Fio de Pt(s) H2(g) Divanzir Padilha. 2012.3D. Força: pode ser caracterizada como qualquer resultado da interação entre dois corpos. Está associada a atos, como esfregar, puxar, empurrar, atrair e repelir. Muitos estudiosos desenvolveram leis para definir, classificar, medir e representar a grandeza força e propuseram a descrição dos efeitos dessa grandeza vetorial (apresenta módulo, direção e sentido) sobre um corpo qualquer. 38 Em uma célula eletroquímica, os elétrons gerados no ânodo (eletrodo negativo) movem-se por meio do circuito externo em direção ao cátodo (eletrodo positivo). Porém, para que isso ocorra, é preciso uma força que está associada a uma diferença de potencial (ddp). Essa ddp foi medida e, inicialmente, chamada de força eletromotriz (f. e m.). No entanto, a f. e m. não é realmente uma força. A sua unidade é o volt e o seu valor pode ser determinado por um aparelho chamado voltímetro. 37 Na pilha, a ddp ( E) depende das espécies químicas envolvidas, das suas concentrações e da temperatura. Por esse motivo, tal diferença é medida nas condições-padrão, que correspondem a espécie com concentração 1 mol/L e possíveis gases com pressão de 1 atm, a 25ºC. Nessas condições, a diferença de potencial será representada por E0. Pode-se dizer que a diferença de potencial indica a tendência de ocorrer a reação de oxirredução entre as espécies presentes nas células eletroquímicas. Portanto, o valor da ddp está relacionado à tendência de oxidação do agente redutor e à tendência de redução do agente oxidante. Para comparar o potencial de cada espécie e determinar qual delas apresenta tendência a oxidar ou a reduzir, é necessário um eletrodo de referência. O eletrodo adotado como padrão foi o de hidrogênio, constituído por uma solução 1 mol/L de ácido, pelo qual passa um fluxo de gás hidrogênio, à pressão constante de 1 atm e temperatura de 25ºC. Nessa semicélula, há uma lâmina de platina que estabelece o contato entre o eletrodo e o circuito externo, sendo capaz de receber os elétrons vindos do circuito ou enviá-los a ele. 39 Tubo de vidro contendo H2(g) O eletrodo-padrão de hidrogênio foi usado como eletrodo de referência H+(aq) Pt(s) eletrodo Bolhas de H2(g) Convencionou-se que o potencial de redução desse eletrodo é de 0,00 V, conforme indicado pela semirreação de redução do eletrodo-padrão. 2 H+(aq) + 2 e– H2(g) E0(2 H+(aq)|H2(g)) = 0,00 V Joseph John Thomson ganha o Prêmio Nobel de Física pelo “Estudo da condutividade elétrica dos gases”, em que descobriu o elétron. 1906 Foi fundada, em Madison (EUA), a empresa Raiovac para a produção de pilha seca. LatinStock/SPL/LAWRENCE BERKELEY NATIONAL LABORATORY 1906 © Creative Commons/ Dean Johnson Desse modo, para medir o potencial de um eletrodo, basta ligá-lo ao eletrodo-padrão de hidrogênio em uma montagem semelhante à pilha de Daniell, de acordo com os esquemas a seguir apresentados: 1912 Gilbert Newton Lewis desenvolve o protótipo da bateria de íon lítio recarregável. Química 2.a série – 4.o volume 25 Divanzir Padilha. 2012. 3D. Esquema para determinar o potencial-padrão dos eletrodos de cobre e zinco Ao associar o eletrodo-padrão ao eletrodo de cobre, por exemplo, obtém-se uma pilha cuja ddp ( E), medida pelo multímetro, é de +0,34 V. Ao comparar o potencial de cada espécie para oxidar ou para reduzir, observa-se que a oxidação ocorre no eletrodo-padrão de hidrogênio (ânodo – eletrodo negativo), ou seja, o gás hidrogênio (H2(g)) tem tendência a perder elétrons que são enviados, a princípio, ao eletrodo de platina (eletrodo inerte), gerando íons H+ em solução. Os elétrons, por meio do circuito externo, são transferidos para o eletrodo de cobre (cátodo – eletrodo positivo). Os íons cobre (Cu2+(aq)), na solução, se reduzem a cobre metálico (Cu(s)), que será depositado na placa. 2 H+(aq) + 2 e– Semirreação anódica: H2(g) Semirreação catódica: Cu2+(aq) + 2 e– Reação global da pilha: Cu 2+ (aq) Cu(s) Cu(s) + 2 H+(aq) + H2(g) Redução Oxidação De forma análoga, ao associar o eletrodo-padrão ao eletrodo de zinco, obtém-se uma pilha cuja ddp ( E) medida pelo multímetro é de –0,76 V. Portanto, ao comparar o potencial de cada espécie para oxidar ou para reduzir, observa-se que a oxidação ocorre no eletrodo de zinco (ânodo – eletrodo negativo), ou seja, a placa de zinco (Zn(s)) tem tendência a perder elétrons que são transferidos, por meio do fio condutor, para o eletrodo de hidrogênio (cátodo – eletrodo positivo). Os íons hidrogênio (H+(aq)), na solução, se reduzem a gás hidrogênio (H2(g)). Zn2+(aq) + 2 e– Semirreação anódica: Zn(s) Semirreação catódica: 2 H+(aq) + 2 e– H2(g) Reação global da pilha: Zn(s) + 2 H+(aq) Zn2+(aq) + H2(g) Oxidação 26 1920 Walther Nernst ganha o Prêmio Nobel de Química por relacionar a Termoquímica com a Eletroquímica. Demonstra que a espontaneidade de uma reação está relacionada à sua diferença de potencial (ddp). 8. Processos eletroquímicos espontâneos: pilhas e baterias LatinStock/Photoresearchers LatinStock/Corbis/Bettmann Redução 1923 Robert Millikan recebe o prêmio Nobel de Física por determinar o conceito de carga elementar na eletricidade. © Shutterstock/Brian A Jackson Potencial de redução (Eredução): potencial do eletrodo que indica a tendência ao processo de redução. Com as interpretações dos esquemas, conclui-se que o zinco (Zn(s)) apresenta maior tendência a ser oxidado do que o gás hidrogênio (H2(g)) que, por sua vez, oxida-se mais facilmente que o cobre (Cu(s)). Essa observação está de acordo com a fila de reatividade química dos metais. Aumenta a reatividade Li > K > Ca > Na > Mg > Aℓ > Zn > Cr > Fe > Ni > Sn > Pb > H > Cu > Hg > Ag > Pt > Au Metais alcalinos e alcalinoterrosos Metais mais comuns no nosso cotidiano Metais nobres Aumenta a nobreza Representação simplificada da fila de reatividade dos metais Da mesma forma, pode-se dizer que o íon cobre (Cu2+(aq)) apresenta maior tendência a reduzir do que o íon hidrogênio (H+(aq)) que, por sua vez, reduz mais facilmente que os íons zinco (Zn2+(aq)). Entre os eletrodos analisados, em termos de redução, conclui-se que o eletrodo de cobre (Cu2+(aq)|Cu(s)) tem maior potencial de redução (Eredução) que o eletrodo de hidrogênio (2 H+(aq)|H2(g)); e o eletrodo de zinco (Zn2+(aq)|Zn(s)), por apresentar menor tendência em reduzir, possui o menor potencial de redução. Potenciais-padrão de redução Como os potenciais-padrão de redução são determinados com base no eletrodo de hidrogênio (eletrodo de referência), os potenciais das células eletroquímicas medidos pelo multímetro (ou voltímetro) são valores relativos. Dessa forma, pode-se determinar os potenciais para outras espécies químicas. 41 Por convenção, o potencial associado a cada eletrodo é escolhido como o potencial para a redução, que ocorre naquele eletrodo. Assim, os potenciais-padrão do eletrodo são tabelados para as reações de redução, sendo denominados potenciais-padrão de redução (E0redução). 1949 1951 Inicia-se a produção, em larga escala, de pilhas alcalinas. Inicia-se, no Brasil, a produção das pilhas de Leclanché. © Getty Images/Yale Joel/Life Magazine/Time & Life Pictures Fila de reatividade química dos metais: também conhecida como série eletroquímica dos metais, é uma fila que organiza os elementos em ordem crescente de nobreza. Quanto maior for a nobreza do metal, menor será a sua reatividade. 40 1958 Realizado pela primeira vez o implante de marca-passo. Química 2.a série – 4.o volume 27 (UFPE) Os animais utilizam-se dos músculos para movimentar o corpo ou partes dele. É graças à atividade muscular que conseguem andar, nadar, correr, etc. Sobre este assunto, observe a figura adiante e analise as proposições a seguir: 2 Osso Tendão 3 Sarcômero relaxado 5 1 Músculo 4 Sarcômero contraído 6 1. As fibras musculares (miócitos) esqueléticas apresentam em seu citoplasma finíssimas fibras contrácteis, as miofibrilas (1). 2. Cada miofibrila é formada por uma sequência linear de miômeros (2). 3. Cada miômero é constituído por filamentos proteicos de actina (4) e miosina (3). 4. A presença de íons cálcio (Ca+2) no líquido intracelular é uma condição necessária para que ocorra a contração dos miômeros (6). 5. No relaxamento dos miômeros (5), não há gasto de ATP. Está(ão) correta(s) apenas: a) 1 e 2 b) 3 c) 4 d) 3 e 4 X e) 1, 2 e 4 Como os músculos trabalham em conjunto PARKER, Steve. O livro do corpo humano. São Paulo: Ciranda Cultural, 2007, p. 63. 9 38 11. Tecidos musculares e tecido nervoso actina actina Tríceps relaxado miosina actina actina Bíceps contraído miosina Quando ocorre a flexão do cotovelo, o principal agonista é o músculo bíceps, que se contrai. Seu antagonista é o músculo tríceps, que sofre relaxamento Luis Moura. 2011. Digital. Os músculos só podem puxar, não empurrar, por isso são dispostos em pares que atuam em oposição entre si. O movimento produzido por um músculo pode ser revertido pelo seu par opositor. Quando um músculo se contrai para produzir movimento, ele é denominado agonista, enquanto seu par opositor, o antagonista, relaxa-se e é passivamente esticado. Na realidade, poucos movimentos são realizados por uma única contração muscular. Usualmente, grupos inteiros de músculos agem como agonistas para prover o grau e a direção de movimentos precisamente necessários, enquanto os antagonistas se tensionam para evitar que o movimento exceda o necessário. Quando ocorre um ganho de massa muscular em decorrência dos exercícios praticados, não se está aumentando o número de células, mas o volume delas. Nesse caso, verifica-se a hipertrofia muscular, devido à produção de novas miofibrilas no interior dos miócitos. 39 Bioinformática A bioinformática é um novo campo de atuação profissional que inclui pesquisas da computação, da estatística e da biologia molecular. Os biólogos moleculares possuem uma quantidade cada vez maior de dados sobre DNA, RNA e proteínas. Por isso, existe a necessidade da utilização de métodos estatísticos capazes de analisar grandes quantidades de dados biológicos e realizar uma comparação com outros dados disponíveis. No caso de estudos de genomas, computadores realizam a comparação entre genomas de diferentes organismos. As pesquisas em bioinformática também envolvem estudos sobre a histologia e fisiologia humana. Atualmente, tem-se estudado a biofabricação de tecidos e órgãos, utilizando-se materiais alternativos que possam se adaptar ao contato com o tecido humano e que são produzidos por meio do uso de fontes sintéticas ou naturais. Esse processo de “engenharia tecidual” pode ser possível porque a bioinformática auxilia a produzir, de modo ético, órgãos ou aparelhos artificiais mais complexos (próteses, coração, rins, pulmões, etc.); e tecidos ou órgãos vivos para o desenvolvimento e testes de novas drogas, terapias e até mesmo transplantes. Tecido nervoso Neurônio nervoso @BIO306 Apresentando um aspecto estrelado com prolongamentos, os neurônios são células excitáveis, pois geram e transmitem os impulsos nervosos. Essas células nervosas constituem a unidade funcional básica do sistema nervoso. Os neurônios são dotados das seguintes regiões: Dendritos (do grego dendron, ramo de árvore) – prolongamentos curtos, ramificados e geralmente numerosos que captam os estímulos do ambiente, de células epiteliais ou de outros neurônios e os conduzem ao corpo celular. Corpo celular (pericário) – região com forma geralmente estrelada, é constituído pela membrana, organelas celulares e núcleo. O corpo celular do neurônio apresenta um núcleo grande e arredondado, as mitocôndrias são numerosas e o retículo endoplasmático granuloso é bem desenvolvido. Axônio (do grego axis, eixo) – prolongamento cilíndrico com ramificações em sua extremidade. Geralmente, o axônio é mais longo do que os dendritos de um mesmo neurônio, variando de frações de milímetros até cerca de 1 metro. Na parte final do axônio, os prolongamentos finos em conjunto formam os terminais axonais, onde há pequenas dilatações com vesículas portadoras de neurotransmissores. Essas substâncias atuam como mediadores químicos que possibilitam a condução do impulso nervoso. Núcleo do oligodendrócito Axônio Estrato mielínico Nó neurofibroso Terminais axonais Corpo celular Dendritos Na estrutura do neurônio, existe um corpo celular, onde se encontram o núcleo e as ramificações, os dendritos. O axônio estende-se desde o corpo celular e encontra-se envolvido pelas células denominadas oligodendrócitos, separadas por espaços, os nós neurofibrosos Eduardo Borges. 2010. Digital. O tecido nervoso atua com uma estrutura sensível a vários tipos de estímulos originados do ambiente externo ou do interior do organismo. Ao ser estimulado, esse tecido conduz os impulsos nervosos de maneira rápida e passageira, às vezes por distâncias relativamente grandes, integrando os diversos tipos de tecido. O tecido nervoso é constituído de dois componentes principais: os neurônios (células nervosas) e uma variedade de células neurogliais (do grego glia, Características cola), chamadas gliócitos, que nutrem, das células do tecido defendem e sustentam o tecido nervoso. Biologia 2.a série – 3.o volume Em muitos axônios, os oligodendrócitos (células de Schwann) formam um envoltório de lipídios denominado estrato mielínico (bainha de mielina). Esse estrato atua como isolante elétrico e contribui para o aumento da velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo do axônio. Diferentes tipos de neurônios @BIO327 Gliócitos (neuróglia ou células da glia) Os gliócitos são mais numerosos e menores do que os neurônios. Localizados apenas no encéfalo e na medula espinhal, os gliócitos executam importantes funções e podem ser classificados como: Oligodendrócitos – são células responsáveis pela produção da mielina. Astrócitos – células semelhantes a estrelas que realizam a nutrição dos neurônios, retirando nutrientes dos capilares sanguíneos. Além disso, suportam e protegem os neurônios, formando uma barreira que evita a passagem de diversas substâncias tóxicas do sangue ao encéfalo. Micróglia – células derivadas dos macrófagos que realizam atividade de defesa, fagocitando e eliminando os detritos e restos celulares. Capilar Micróglia Existe uma íntima ligação dos neurônios com os gliócitos. Os astrócitos retiram os nutrientes dos capilares sanguíneos e os fornecem aos neurônios; os oligodendrócitos formam a mielina e a micróglia fagocita os detritos do tecido Astrócito Jack Art. 2011. Digital. Em doenças causadas pela perda do estrato mielínico (desmielinização) dos neurônios, como a esclerose múltipla, ocorre a diminuição da velocidade de condução dos impulsos nervosos. Neurônio Oligodendrócito Origem e propagação do impulso nervoso Eduardo Borges. 2011. Digital. Para que um estímulo externo (sonoro, visual, tátil, olfativo ou gustativo) seja respondido pelo organismo, ele deve ser transformado em potencial de ação ou impulso nervoso. No entanto, quando um neurônio não está realizando a condução de um impulso nervoso, diz-se que se encontra em “repouso” (não estimulado). Desse modo, existe um potencial de repouso em que a membrana celular do neurônio apresenta maior quantidade de íons sódio (Na+) do lado externo e de íons potássio (K+) do lado interno. Em repouso, a face interna é carregada negativamente em relação à face externa, estabelecendo-se uma diferença de potencial de aproximadamente –70 mV (milivolts). Essa diferença denomina-se potencial de repouso e faz com que a membrana de um neurônio não estimulado se mantenha polarizada, como uma pilha elétrica, em que a face interna é o “polo negativo” e a face externa é o “’polo positivo”. O neurônio em repouso apresenta maior quantidade de íons sódio (Na+) do lado externo e de íons potássio (K+) do lado interno. A proporção de Na+ é maior do que a de K+, fazendo com que o lado externo se torne carregado positivamente e o lado interno seja carregado negativamente. Essa diferença de cargas elétricas gera um potencial de repouso 40 11. Tecidos musculares e tecido nervoso Biologia 2.a série – 3.o volume Etapas do impulso nervoso 41 A inversão de polaridade (despolarização) provoca a formação do potencial de ação em um neurônio excitado Eduardo Borges. 2011. Digital. O impulso nervoso (potencial de ação) é um movimento coordenado de íons sódio (Na+) e íons potássio (K+) pela membrana celular dos neurônios. Esse processo funciona da seguinte maneira: Um estímulo (mecânico, elétrico ou químico) faz com que se abram canais de sódio de uma pequena parte da membrana plasmática. Os íons sódio (Na+) entram na célula através desses canais abertos. A carga positiva do sódio faz com que ocorra a inversão de polaridade (despolarização), ou seja, o interior da célula fica um pouco menos negativo. Quando a inversão de polaridade chega a um determinado valor limite, ocorre a abertura de maior quantidade de canais de sódio naquela área, ativando um potencial de ação, que desencadeia o impulso nervoso. Nesse momento, o interior da célula (nessa região) torna-se positivo e o exterior negativo, fazendo com que o potencial elétrico chegue a +40 mV. Cerca de 1 milissegundo depois, os canais de sódio se fecham e não ocorre mais a entrada desses íons. Esse potencial positivo da membrana faz com que se abram os canais de íons potássio (K+). Como os íons K+ são positivos, o seu movimento para o exterior da membrana faz com que o interior fique mais negativo e volte ao potencial de repouso da membrana (repolariza a célula). Quando isso ocorre, os canais de potássio se fecham e os íons de potássio não conseguem mais deixar a célula. Nesse instante, a polaridade voltou à inicial. No entanto os íons necessitam retornar ao seu estado original (repouso), para restabelecer a diferença de concentração que existia inicialmente entre os meios. Os íons sódio que entraram na célula passam para o meio externo, e os íons potássio que estavam fora da célula passam para o meio interno. Essas passagens iônicas ocorrem por meio do mecanismo de transporte ativo denominado bomba de sódio e potássio. A sequência de eventos de transmissão do impulso nervoso ocorre em uma área local da membrana. Essas mudanças são transmitidas para a próxima área da membrana e, em seguida, para a outra, percorrendo toda a extensão do neurônio, desde os dendritos ao final do axônio. Dessa forma, o impulso nervoso é transmitido no interior da célula nervosa. 10 A inversão abrupta do potencial elétrico na membrana dos neurônios, cuja amplitude é de aproximadamente 110 mV (de –70 mV para +40 mV), denomina-se potencial de ação. A direção do impulso nervoso percorre o seguinte trajeto: dendritos → corpo celular → axônio Neurônios amielínicos e mielínicos Eduardo Borges. 2011. Digital. Transmissão dos impulsos nervosos @BIO398 Na condução saltatória, o potencial de ação parece pular de nó a nó nos axônios mielinizados O impulso nervoso descrito anteriormente ocorre através de um neurônio amielínico (não mielinizado). Nos neurônios mielínicos (mielinizados), a maior parte do axônio possui mielina; no entanto, existem regiões de descontinuidade do axônio (sem o estrato mielínico), que formam um estrangulamento denominado nó neurofibroso (nódulo de Ranvier). Nesses locais, podem ser detectadas as transmissões dos impulsos nervosos. Isso acontece nas regiões dos nós, porque o estrato mielínico atua como um isolante elétrico, não sendo possível a despolarização da membrana do neurônio nesses locais. Dessa forma, o impulso nervoso salta de um nó para outro. Essa espécie de condução denomina-se saltatória e é extremamente rápida. Observe o esquema sobre a esclerose: 2 As citocinas, que deveriam reconhecer e combater vírus e bactérias 1 Na esclerose múltipla o sistema de defesa passam a atacar a mielina, uma substância que reveste e protege neurônios do cérebro, dos nervos ópticos e da medula espinhal. do corpo (imunológico) fica desregulado, fazendo com que o organismo produza um excesso de citocinas (proteínas envolvidas na defesa). Neurônio Mielina Sistema nervoso central 3 A inflamação da mielina afetada pelas citocinas forma uma espécie de cicatriz (lesão), que os médicos chamam de esclerose, daí o nome da doença. Divo. 2011. 3D. Medula espinhal 4 Quando a mielina é atingida ou destruída, neurônios também são afetados, e isso altera ou interrompe os impulsos nervosos entre eles, provocando os sintomas da doença. Mielina Que tipo de consequência poderá ocorrer ao organismo quando ocorre desmielinização dos neurônios? Justifique. 42 11. Tecidos musculares e tecido nervoso Sinapse Divo. 2010. 3D. Uma das características mais fantásticas do sistema nervoso deriva da interação entre os neurônios, o que possibilita regular a atividade glandular, o aprendizado, a memorização, entre outras sensações nervosas. Tudo isso ocorre devido à região de aproximação existente entre um neurônio e outro (ou outra célula), facilitando a condução do impulso nervoso de uma célula para outra. Essa região é a sinapse. A sinapse não é uma região de continuidade citoplasmática, ou seja, não existe contato físico entre as células. Para que ocorra a transmissão nervosa, é necessário que uma mensagem química seja liberada para que haja a excitação da célula seguinte. Essas mensagens nada mais são do que substâncias denominadas neurotransmissores, neurormônios ou mediadores químicos, que são secretados no espaço existente entre as duas células, denominado fenda sináptica. A célula que envia a mensagem se designa pré-sináptica e a que recebe se chama pós-sináptica. Regiões sinápticas (setas) entre os neurônios pré e pós-sinápticos Funcionamento da sinapse Estrutura da sinapse nervosa @BIO307 Excitação e inibição da atividade sináptica @BIO328 Na região terminal do axônio, próxima à fenda sináptica, existem ramificações contendo numerosas vesículas com neurotransmissores. Entre os neurotransmissores estão: adrenalina, acetilcolina, noradrenalina, dopamina, serotonina, endorfina, encefalina, etc. Após a chegada do impulso nervoso à região final do axônio, as vesículas se fundem com a membrana pré-sináptica, liberando o neurotransmissor para a fenda sináptica. A membrana pós-sináptica contém receptores específicos para a molécula neurotransmissora secretada, cuja ligação vai provocar a abertura momentânea dos canais de sódio e a formação de um novo potencial de ação. Assim, o impulso nervoso é conduzido ao longo da célula seguinte. Após a transmissão do impulso nervoso, o neurotransmissor é recaptado pelo neurônio que o liberou e, com isso, pode ser utilizado novamente para a propagação de outros impulsos nervosos. Luis Moura. 2011. Digital. Axônio (final do nervo) Mitocôndria Vesícula sináptica Esquema de uma sinapse Local de liberação Receptores de acetilcolina (Neurotransmissor) Neurotransmissor 11 Biologia 2.a série – 3.o volume 43 ZIMMER Carl. 100 trilhões de conexões. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/100_trilhoes_de_conexoes_imprimir.html>. Acesso em: 23 maio 2011. De acordo com o que se afirma no texto e os seus conhecimentos, responda: a) A que tipo de sinapse o texto faz referência? Justifique. b) Explique o funcionamento de uma sinapse química, considerando sua ocorrência na placa motora. 2. Algumas pessoas passam a modelar seus corpos, aparentemente saudáveis, usando esteroides anabolizantes sintéticos. Essas substâncias são medicamentos que agem como verdadeiras “fábricas de proteínas”, pois o corpo passa a sintetizar mais proteínas, pelo estímulo dos hormônios. Qual o motivo dessa rápida hipertrofia muscular nessas pessoas? 3. (UFOP – MG) Para um indivíduo sedentário, fazer uma caminhada é um exercício muito intenso. Nesse caso, a quantidade de gás oxigênio que chega aos músculos não é suficiente para suprir as necessidades respiratórias das fibras musculares do sujeito. Considerando esses dados, responda às seguintes questões: a) O indivíduo sentirá dor muscular? Justifique sua resposta. b) Com base nas seguintes figuras, defina as estruturas do músculo esquelético reapresentadas pelas letras a, b e c. A figura (I) ou a figura (II) representa um músculo relaxado? Justifique sua resposta. 44 11. Tecidos musculares e tecido nervoso a b c (I) (II) 4. A imagem a seguir representa o que acontece durante a atividade sináptica normal (a) e durante a miastenia gravis (b), uma doença neuromuscular que causa fraqueza e fadiga anormalmente rápida dos músculos voluntários. Eduardo Borges. 2011. Digital. 1. [...] Os neurônios formam redes estendendo axônios, que fazem contato com outros neurônios. Quando isso ocorre, um sinal que se propaga por uma célula nervosa pode disparar uma onda de corrente em outros neurônios. Como cada célula pode se unir a milhares de outras – tanto as próximas como as que se encontram do outro lado do cérebro –, as redes neurais podem assumir um incrível número de arranjos. A forma como uma determinada rede se organiza tem enormes implicações no funcionamento do cérebro. [...] Com base na imagem, explique os sintomas da miastenia gravis. 5. Num certo dia de inverno, em que o termômetro marcava 4°C, dois colegas de classe resolveram participar de uma partida de futebol. No início do jogo, eles estavam bem agasalhados. Depois de 20 minutos de bate bola, tiraram seus agasalhos e ficaram apenas de camisa de mangas curtas. Com base nesse fato, justifique o aumento do calor no corpo desses jovens e qual a importância da secreção do suor nesse caso. 6. Alguns autores costumam comparar a transmissão do impulso nervoso à queda sequencial de uma fileira de peças de dominó colocadas em pé. Ao cair, cada uma das peças provoca a queda da peça vizinha. Na membrana do neurônio, a inversão de polaridade de uma área provoca a inversão da área vizinha, fazendo com que o impulso nervoso siga o seu caminho no sentido: dendritos, corpo celular e axônio. Por que essa comparação poderia ser ainda melhor se cada peça do dominó se levantasse imediatamente após a queda? 7. (UECE) Além de participar da construção do corpo dos organismos, as proteínas exercem diversas funções. Podemos afirmar, corretamente, que as proteínas actina e miosina estão envolvidas no processo de: a) transporte de oxigênio no tecido sanguíneo. b) cobertura protetora da pele. X c) contração muscular. d) sinapse nas terminações nervosas. 8. Os jogadores de futebol que têm chutes potentes constituem um seleto grupo de atletas que podem decidir importantes partidas. A velocidade de contração do sistema muscular desses jogadores é extremamente alta. Eles já nasceram com a herança genética para desenvolverem músculos potentes, embora um bom programa de treinamento possa aumentar consideravelmente a potência de um jogador, bem como de qualquer atleta. Considerando essas informações, assinale a alternativa correta. a) A potência do chute independe da quantidade de miofibrilas existentes em cada grupo de miócitos. b) O mesmo tipo de miócito que possibilita o chute também pode ser encontrado no miocárdio. X c) O atleta pode aumentar sua potência muscular por meio de atividades físicas que provocam o aumento do volume dos miócitos. d) Quando uma pessoa está dormindo, todos seus neurônios ligados aos miócitos se mantêm em repouso, pois nesses momentos não ocorrem potenciais de ação. e) O desenvolvimento muscular de um atleta não tem relação com a placa motora. 9. (UFSC) Para o alto e avante! Mecanismo único permite que um inseto salte mais de cem vezes sua própria altura. Um inseto de apenas seis milímetros de comprimento é capaz de pular proporcionalmente mais alto que qualquer outro animal na natureza. O salto da cigarra da espuma (Philaenus spumarius) pode chegar a 70 centímetros – mais de 100 vezes sua própria altura. Isso seria o equivalente a um homem que saltasse uma altura de 200 metros, ou um prédio de cerca de 70 andares. A execução dos enormes saltos da cigarra da espuma requer uma grande quantidade de energia, que não pode ser obtida pela contração direta dos músculos em um curto espaço de tempo. A força muscular do inseto é gerada lentamente antes do pulo e é estocada. Assim que os músculos da cigarra geram força suficiente para o salto, ela “solta” suas pernas, que disparam como um gatilho e a projetam no ar. Disponível em: <http://www.cienciahoje.uol.com.br/3819>. Acesso em: 15 set. 2009. (Adaptação) Sobre o assunto do texto, assinale a(s) proposição(ões) correta(s): (01) A energia necessária para o movimento descrito é gerada pela musculatura do tipo lisa, já que o movimento é lento e contínuo. X (02) A fonte primária de energia dos músculos provém da molécula de adenosina trifosfato (ATP), presente nas células. (04) A cigarra mencionada no texto (Philaenus spumarius) é um artrópode, pertencente ao grupo dos aracnídeos. (08) Os mecanismos de produção de energia na célula envolvem a participação direta de organelas celulares, como os lisossomos. (16) O exemplo de movimento citado no texto (salto) é incomum e pode parecer desnecessário entre os insetos, já que todos possuem asas e podem voar. X (32) Em geral uma contração muscular é resultado da interação entre filamentos contráteis que deslizam em sentidos contrários. 10. (UDESC) O bolo alimentar passa do esôfago para o estômago com o auxílio de movimentos peristálticos. No estômago, ele sofre a quimificação e, no intestino delgado, transforma-se em quilo (produto final da digestão), quando a maior parte dos nutrientes começa a ser absorvida pelas células que revestem o intestino. Assinale a alternativa correta que contém o tecido responsável pelos movimentos peristálticos e o tecido das células absortivas do intestino, respectivamente. a) Tecido epitelial estratificado pavimentoso e tecido epitelial simples prismático. b) Tecido muscular esquelético e tecido epitelial estratificado cúbico. X c) Tecido muscular liso e tecido epitelial simples prismático. d) Tecido muscular liso e tecido epitelial estratificado pavimentoso. e) Tecido muscular esquelético e tecido epitelial simples. Biologia 2.a série – 3.o volume 45