INFORMATIVO MENSAL DO PROGRAMA "A GAZETA NA SALA DE AULA" - ANO 14 - Nº 121 - MAIO/2011 Leia o Informe na internet: www.gazetaonline.com.br/saladeaula O pedagogo Wesley Alexandre da Silva nos faz refletir sobre nossas ações e quais as marcas que deixaremos para as próximas gerações. Confira na seção “Educação”. Pág. 02 Como você quer ser lembrado? Como queremos ser lembrados? Recentemente ouvi o depoimento do falecido professor Paulo Freire. Durante uma entrevista o jornalista perguntou: “Paulo Freire, como você quer ser lembrado pelas pessoas?”. Ele, humildemente, respondeu com um sorriso no rosto: “Quero ser lembrado como alguém que amou profundamente o mundo, os animais, as árvores e a vida”. Quem conhece um pouco da história de Paulo Freire sabe: ele foi um homem que amou muito, conquistou o respeito e a admiração dos mais humildes, dos pobres, dos ricos, dos analfabetos que ele ajudou a alfabetizar, dos que se diziam intelectuais, dos políticos, dos professores, alunos, especialistas em educação, mestres, doutores... Enfim, propagou seus ensinamentos, suas pesquisas, sua forma de trabalho, que alguns chamam de “Método Paulo Freire”. Na verdade, é uma teoria do conhecimento, que tem como objetivo a conscientização e a libertação do ser humano. Freire coloca o sujeito como sendo o protagonista e o construtor da própria história e não um mero espectador no mundo, vítima do sistema capitalista que superva- loriza o “ter” em detrimento do “ser”. Em um de seus livros, “Educação como prática da liberdade”, um depoimento de uma analfabeta do Recife me chamou a atenção. Ao ser questionada sobre a importância da alfabetização na sua vida, respondeu com esperança: “Quero aprender a ler e a escrever para deixar de ser sombra dos outros”. Talvez ela estivesse tentando dizer que estava cansada de viver presa, aflita, sem prestígio social, dependente de outros, cansada de ser maltratada, oprimida, vencida, varrida, deixada de lado. Desejava uma vida livre, leve, bem sucedida, independente, uma vida onde fosse bem tratada pelos outros, onde fosse a protagonista de sua própria história. Paulo Freire é lembrado por mim, e por muitos que o conhecem, como alguém que durante sua existência “deu o melhor de si e procurou o melhor nos outros”. Freire procurou lutar pela causa dos oprimidos e dos analfabetos. Questiono-me quem são os analfabetos, pois existem muitos que, sabendo ler a palavra, não aprenderam a ler o mundo: ler o que está “Plágio na sala de aula: culpa também é do mau professor”. Considerado antiético, o plágio de textos acadêmicos tem levado a penalizações cada vez mais sérias de alunos, como reprovação e até mesmo expulsão da instituição. A matéria foi destaque no jornal A Gazeta, no dia 17/03/11. Confira o texto, na íntegra, no perfil A Gazeta na Sala de Aula no Orkut. nas entrelinhas, ler o que não está escrito, ler, tentar entender e intervir nos problemas sociais, ou mesmo nos problemas de nossa própria casa. Parece que existe muita gente analfabeta na vida que, achando que sabe e tendo o poder do conhecimento, maltrata o outro, oprime e aprisiona seu próximo. Segundo Paulo Freire, o apren- dizado e o conhecimento não se constroem somente na escola, se aprendem “no” e “com” o mundo, “na” e "para" a vida, ao nos relacionarmos com os outros em uma relação dialógica e horizontal, não de cima para baixo. Ao estudar seus livros e seus ensinamentos, percebo que sua verdadeira intenção é valorizar o ser humano como um ser pensante, ativo, participante dos problemas do mundo, protagonista e construtor de sua própria história. Enfim, Paulo Freire viveu e morreu defendendo a promoção da humanidade. Seu exemplo de vida digna, sua história, seus ensinamentos, despertam em nós um profundo sentimento: Que o mundo não “é”, está “sendo”, e que é possível mudá-lo, a começar por nós mesmos. Isso é um pouco do legado deixado por Paulo Freire. E nós? Como queremos ser lembrados pelas pessoas? Que história estamos escrevendo? Quem estamos imitando? Quem estamos magoando? Quem estamos ajudando? Qual é nosso projeto de vida? Quando foi a última vez que demos uma boa gargalhada? Temos, em nossa agenda lotada de compromissos, tempo para aquelas pessoas que mais amamos? Estamos dando o melhor de nós e procurando o melhor nos outros? Como queremos ser lembrados? Wesley Alexandre da Silva é formado em Pedagogia e especialista em educação de jovens e adultos O livro de Hugo Assmann “Reencantar a Educação – Rumo à sociedade aprendente” nos questiona: será que ser educador/a é uma opção de vida entusiasmante? Dá para falar em reencantamento da educação sem se passar por ingênuo? No mundo de hoje, a privação da educação é uma causa mortis inegável. Como o prazer e a ternura na educação passam pela experiência sensorial do corpo, a morfogênese do conhecimento tem que ser dinâmica, prazerosa e criativa, com uma plurisensualidade que passe pelo cérebro, pelas emoções, e se expresse no corpo. Assim, o monopólio da educação visual-auditiva dará lugar a uma educação instrutiva e criativa, cheia de encantamentos e acessível, comprometida com o social e centrada no prazer de aprender e ensinar, e onde a educação se reveste novamente de encantos. Este eu indico a todos os educadores que querem reencantar a educação, e como diz Rubem Alves: “Educar tem tudo a ver com sedução”. Sonia Francisco Clen é monitora do A Gazeta na Sala de Aula em Alfredo Chaves 2 MAIO DE 2011 Criando bons leitores Uma pesquisa publicada no jornal A Gazeta, no dia 12/03/11, mostrou que os estudantes do país possuem, em média, menos de 10 livros em casa. O Informe conversou com duas professoras do programa para saber a opinião das docentes sobre o assunto e como elas incentivam o gosto pela leitura em seus alunos. Confira: “ Esse número é muito restrito, e o jovem tem um potencial de consumo grande, mas como a família lê pouco, não passa essa cultura de valorização do livro para os filhos. Dificilmente, um parente presenteia uma criança ou jovem com um livro. O professor e a escola são os maiores incentivadores. Esse incentivo se torna mais prazeroso quando o professor prepara a sequência didática para a leitura daquela obra. Eu busco trabalhar de forma lúdica a falta de interesse de alguns alunos. Fiz, por exemplo, um monólogo introduzindo a leitura do livro “O Sofá Estampado”, de Lygia Bojunga, para despertar o interesse pela leitura proposta. Isso é literatura com prazer. Se a aquisição do livro for simplesmente imposta, não se ensina o prazer pela leitura. É fundamental trabalhar a interdisciplinaridade. Literatura é uma forma de inclusão social. E quando o processo da Literatura é bem trabalhado o educando ganha em todos os âmbitos da vida.” Francisca Feres leciona na Escola Municipal Lacerda de Aguiar e na Escola Estadual de Ensino Médio Professora Filomena Quitiba, em Piúma. “A situação financeira de muitas famílias, uma vez que os livros são caros e há falta de incentivos, como a distribuição de livros gratuitamente ao público, reflete na quantidade de livros que os brasileiros possuem em casa. É preciso levar os livros às pessoas, mas quem tem interesse em ler vai até as bibliotecas. Tenho alunos que adoram ler, mas percebo também a falta de interesse pela leitura em muitos. Quando as pessoas não têm incentivo desde cedo, elas não aprendem a gostar de ler. Na escola em que leciono, realizamos a leitura compartilhada. Cada aluno lê uma história diferente a cada dia. Nós também colocamos os livros em uma “maletinha”, na sala, para que os alunos tenham fácil acesso e os levem emprestados por uma semana. Depois, discutimos com eles sobre a leitura realizada em casa, se gostaram ou não. Nós trabalhamos para que nossos alunos aprendam a ter prazer em ler.” Guerlinda Westphal Passos é professora da Escola Adolfo Stange, em Santa Maria de Jetibá MAIO DE 2011 Saúde pública: nota zero? Converse com seus alunos sobre a atual situação da saúde no Estado e questione se os direitos da população estão sendo desrespeitados. n Promova uma pesquisa em jornais de diferentes datas sobre o assunto. Aborde questões como a superlotação e a falta de condições de trabalho em hospitais públicos, denunciada por usuários e divulgada nos veículos de comunicação da Rede Gazeta. n Leia a matéria: “Vagas no interior e menos cirurgias” publicada no jornal A Gazeta, no dia 01/04/11. (Confira a matéria no perfil A Gazeta na Sala de Aula no Orkut) n Converse sobre as medidas anunciadas pelo governo para atender às demandas do SUS, sendo uma delas a de que as cirurgias não-emergenciais devem ser suspensas para garantir o atendimento de urgência e emergência. n Pesquise se no seu município há hospitais suficientes para atender a demanda e se há profissionais em todas as áreas. n Procure saber se há pessoas que precisam viajar para outros municípios em busca de atendimento médico. Entreviste essas pessoas e descubra quais são as dificuldades encontradas nessa jornada para receber atendimento. n Converse sobre o funcionamento dos planos de saúde particulares, questionando se são alternativas para fugir do atendimento público. Faça um levantamento do custo desses planos, verificando se pessoas de baixa renda teriam condições de usufruir desse benefício. n Promova uma discussão sobre a saúde ser um direito do cidadão, questionando se há falhas na gestão do governo em relação a esse assunto. n Pesquise sobre o funcionamento do sistema público de saúde nos países desenvolvidos e promova uma comparação com o sistema que temos no Brasil, evidenciando semelhanças e diferenças e procurando refletir sobre os motivos que levam nosso país a estar em uma situação de desvantagem nessa área. n Convide os alunos a escreverem cartas para a seção “Do Leitor”, do jornal A Gazeta, mostrando a opinião deles sobre o assunto. Envie para carta@redegazeta. com.br n 3 Biscoitos geométricos X alimentos saudáveis Objetivos: n Promover a conscientização de consumir alimentos saudáveis. n Orientar bons hábitos e a boa alimentação. n Explicar formas geométricas a partir dos biscoitos. Desenvolvimento: e interpretação da matéria “Cuidados na hora de consumir pão integral”, publicada no jornal A Gazeta, no dia 14/09/10. n Roda de conversa sobre os alimentos que fazem bem à saúde. n Apresentação dos ingredientes da receita n Leitura dos “Biscoitos geométricos” n Preparo da receita e confecção de figuras geométricas. n Degustação dos biscoitos. Professora: Renata Mônica Salvador Escola: Creche M. Pequerruchos Série: Educação Infantil Município: Alfredo Chaves Fazer o bem, sem olhar a quem Objetivos: n Conhecer um verdadeiro exemplo de dedicação e amor ao próximo. n Conversar sobre atitudes positivas. n Valorizar e respeitar as pessoas. n Incentivar a solidariedade e o amor. Desenvolvimento: sobre a matéria “Valentes noturnos”, publicada no jornal A Gazeta, no dia 11/10/09. n Questionamento sobre situações semelhantes observadas na escola, nas ruas, em casa, na televisão. n Apresentação das palavras mágicas: “Posso ajudá-lo?, bom dia, obrigado(a), por favor e com licença”. n Exposição de ideias através de ilustrações e relatos escritos sobre formas de ajudar o próximo. n Debate 4 Valorizar e cuidar: respeitando a família, os colegas e a natureza Comentário: “Os alunos ficaram muito empolgados em fazer os biscoitos e colocarem a mão na massa.” n Confecção de mensagens de soli- Brasil: um país em nossas mãos Objetivos: n Despertar o senso crítico e construtivo diante dos problemas sociais. n Desenvolver a leitura e a interpretação de textos. n Socializar informações. cussão do tema. n Confecção de cartazes relacionados ao assunto. n Leitura e interpretação oral do texto “O sonho dos ratos”. n Dramatização. Desenvolvimento: n Leitura e comentários sobre a matéria “Os sete pecados eleitorais dos candidatos na campanha eleitoral”, publicada no jornal A Gazeta, no dia 08/08/10. n Produção e ilustração do texto. n Leitura do texto “O analfabeto político”. n Socialização da reportagem e dis- Comentário: “No país em que vivemos é de suma importância formar cidadãos conscientes para uma melhor vida em sociedade”. Objetivos: n Valorizar a composição da família. n Conhecer os direitos e deveres do aluno. n Incentivar o respeito entre os colegas de sala. n Promover a oralidade, a interação e a afetividade. n Valorizar o gosto pela leitura e escrita. n Conhecer diferentes tipos de textos. Professora: Lidiana Leal Nunes Escola: Emília Ana de Lyrio Série: 3º ao 5º ano Município: Guarapari dariedade. n Confecção de um mural com as palavras mágicas. Desenvolvimento n Leitura da matéria “Natureza morta – UFES perde mais de 100 árvores”, publicada no jornal A Gazeta, no dia 25/05/10. n Confecção de uma história coletiva a partir da imagem retirada do jornal. n Confecção de painel coletivo. n Leitura da matéria “Dia de adoção: 148 crianças esperam por um lar no Estado”, publicada no jornal A Ga- Comentário: “Foi muito importante mostrar para os alunos a importância de fazer o bem ao próximo sem nenhuma distinção. O jornal como fonte preciosa de informação, nos fez refletir que existem amigos que são como os anjos noturnos, apresentados na matéria”. Professores: Sueli Alves, Ricardo Quaresma, Maria Neuzi, Carla Andréia Batista Escola: EUME Fazenda Santa Helena Séries: 1ª à 4ª Município: São Domingos do Norte MAIO DE 2011 zeta, no dia 25/05/10. n Conversa informal sobre a família de cada um e ilustração. n Leitura da matéria “Lista da Copa fica difícil de engolir”, publicada no jornal A Gazeta, no dia 12/05/10. n Conversa sobre a amizade. n Bate-papo sobre a composição de um time de futebol. Comentário: “As atividades coletivas foram as mais prazerosas e colaboraram para interação dos alunos. Eles ficaram maravilhados com o resultado do trabalho”. Professora: Rosilene Aparecida Ferreira Escola: CMEI Benedito Ribeiro de Almeida Série: 4ª Município: Cariacica Amor pela natureza Objetivos: n Relatar ações favoráveis à natureza. n Compreender a germinação das sementes. n Registrar a relação natureza-aluno. n Enumerar o ciclo de vida dos frutos. n Conhecer a história do crescimento da árvore. n Leirtura de matérias do jornal A GAZETA relacionadas ao tema. Desenvolvimento: sobre a forma de interação com a natureza. n Ilustração de desenhos sobre o tema. n Relatos sobre como cuidar da natureza. n Contação de história sobre o ciclo de vida do ser hun Bate-papo mano. n Apreciação da árvore frutífera e observação de seus frutos. n Enumeração do processo de germinação das sementes. n Confecção coletiva de uma história narrada pelos alunos. Comentário: “A atividade estimulou o trabalho de preservação ao meio ambiente, principalmente no que diz respeito ao mor pela natureza. Foi enriquecedor”. Professora: Elaine Cristina Santana Escola: Centro Educacional Praia da Costa Série: Maternal B Município: Vila Velha 5 Educação no convívio social: uma questão de valor Objetivos: n Mostrar o porquê da existência de regras no convívio social. n Refletir sobre ações positivas e negativas na vida pessoal e social do ser humano. n Estimular a cordialidade entre as pessoas. n Mostrar a importância dos valores que são passados pela família, escola e sociedade. n Estabelecer relações de respeito entre as pessoas. Desenvolvimento: e discussão sobre a matéria “A cada degrau um pedido de gentileza”, publicada no jornal A Gazeta, no dia 08/08/10. n Listagem dos valores e levantamento de situações relacionadas ao tema. n Produção de palavras e frases cordiais para confecção n Exploração de cartaz. n Produção de mensagens “Recadinho do coração”, para funcionários, alunos e professores. n Análise das mensagens recebidas. n Palestra sobre Valores. n Confecção do “Mapa do coração” com o nome das pessoas que mais gostam. Comentário: “A atividade contribuiu para promover a cordialidade entre as pessoas que frequentam e trabalham na instituição. Motivou alunos, profissionais, família e a comunidade, contribuindo para o desenvolvimento da leitura e escrita”. Professora: Delizete da Costa Lahass Escola: APAE Município: Domingos Martins O mundo que eu quero ler Objetivos: n Estimular a leitura e a interpretação de textos. n Promover a produção textual. n Diagnosticar o nível de escrita dos alunos. n Promover o reconhecimento da ordem alfabética. n Criar condições de aprendizagem de novos vocabulários. n Promover o desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Desenvolvimento: do jornal A Gazeta. n Construção de uma manchete coletiva. n Pesquisa das letras do alfabeto. n Escrita coletiva das palan Manuseio vras encontradas. n Pesquisa em dicionário para identificar os significados das palavras selecionadas. Professora: Marilene dos Santos Domingues Escola: EMEB São Francisco de Assis Série: 2º ano Município: Cachoeiro de Itapemirim Projeto: O mundo encantado da leitura Objetivos: n ¸Contribuir para a difusão de práticas de leitura para a formação de uma sociedade leitora. n Criar espaços/ambientes de práticas e de produção de leitura. n Valorizar e incentivar a leitura de jornal como fonte de informação. n Dinamizar a contação de histórias na escola. Desenvolvimento: do jornal A Gazeta. n Seleção das notícias e reportagens do jornal. n Pesquisa no jornal A Gazeta de matérias relacionadas à culinária. n Roda de conversa sobre a comida preferida. n Confecção de livro com as receitas enviadas pelas mães. n Escolha e preparo da receita preferida dos alunos. n Conversa informal sobre esportes e sobre a importância da leitura de jornal. n Apresentação 6 MAIO DE 2011 n Torneio de futebol entre as escolas: Quarteirão e Vital Lucas. n Reescrita de matérias de jornal em contos de fadas. n Intercâmbio entre escolas para difusão de leitura. n Dramatização da história escolhida. n Apresentação dos trabalhos desenvolvidos no “Dia D da leitura” Comentário: “Todas as atividades desenvolvidas buscaram resgatar e traba- lhar o imaginário das crianças. Essa experiência foi mágica para todos, pois foi um trabalho que partiu das necessidades das crianças. A participação da comunidade escolar contribuiu para o resgate de valores dentro da escola”. Professora: Renata de Cássia dos Santos Mameri Escola: EMPEIEF Quarteirão Série: Educação Infantil Município: Rio Novo do Sul Alto Rio Novo e Paz nas escolas O município de Alto Rio Novo recebeu o I Encontro de Estudos do Programa A Gazeta na Sala de Aula. O evento foi realizado no dia 17 de março, nas dependências da SEMED e contou com a participação da secretária de Educação Ângela Amélia Caseli e da monitora do programa Modestina Vargas. Diretores, professores e estudantes de Pedagogia discutiram o tema do ano: “Paz nas escolas”. “Nosso objetivo é fazer uma reflexão sobre a paz, que começa em nós, dentro de cada um”, conta Modestina. Na programação, um esquete foi apresentado com o tema “Se eu não fosse professor, o que eu seria?”. Seguido de uma apresentação de slides com a mensagem “Se Você” e uma reflexão da mensagem “Fotos importantes”. Segundo Modestina Vargas também foi feita uma abordagem sobre o funcionamento do programa. Novos participantes do A Gazeta na Sala de Aula estiveram presentes entre os 44 inscritos no encontro. Divulgação Trava-línguas O trava-línguas é uma forma divertida para estimular a leitura e melhorar a dicção. Consiste em fazer com que a pessoa leia com clareza e rapidez a frase ou o verso escrito. Você que gosta de enfrentar desafios, aproveite alguns exemplos, divirta-se e boa sorte! “Três tigres tristes para três pratos de trigo Três pratos de trigo para três tigres tristes” “O tempo perguntou ao tempo, Quanto tempo o tempo tem, O tempo respondeu ao tempo, Que não tinha tempo, De ver quanto tempo, O tempo tem” “Sabendo o que sei e sabendo O que sabes e o que não sabes E o que não sabemos, ambos saberemos Se somos sábios, sabidos Ou simplesmente saberemos Se somos sabedores” “Em um ninho de mafagafos havia sete mafagafinhos; quem amafagafar mais mafagafinhos, bom amagafanhador será.” “Disseram que na minha rua Tem paralelepípedo feito De paralelogramos. Seis paralelogramos Tem um paralelepípedo. Mil paralelepípedos Tem uma paralelepípedovia. Uma paralelepípedovia Tem mil paralelogramos Então uma paralelepípedovia É uma paralelogramolândia?” ENCONTRO. Diretores, professores e estudantes de Pedagogia discutiram o tema do ano: “Paz nas escolas” A Gazeta na Sala de Aula In- [email protected] forme é uma publicação men- Hot site: www.gazetaonline. sal da Gerência de Comuni- com.br/saladeaula cação Empresarial da Rede Jornalista Responsável: Mo- Gazeta niky Koscky (MTB ES Coordenação do projeto 01456JP) Educar: Letícia Paoliello Lin- Diagramação: Obadias Alves denberg de Azevedo dos Santos Coordenação do programa A Ilustração: Genildo e Gilson Gazeta na Sala de Aula: Cris- Colaboração: Carolina Bra- tina Barbiero Moraes gio, Ana Paula Trindade, Bar- Telefone: (27) 3321-8456 bara Tavares e Amanda Léllis E-mail:agazetanasaladeau* Acesse nosso perfil no Orkut: A Gazeta na Sala de aula * Mande sugestões para: [email protected] * Entre em contato pelo MSN: [email protected] MAIO DE 2011 7 De que forma você trabalha com crianças especiais? O trabalho com as crianças especiais, ou como eu prefiro dizer, com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação, ao contrário do que muita gente pensa, não é difícil. É a mesma coisa que trabalhar com uma criança sem deficiência, só que, às vezes, requer mais tempo, mais recursos e, principalmente, mais paciência e um olhar apurado para perceber que cada conquista, por menor que seja, é um grande avanço da criança em seu processo de desenvolvimento. Por isso, costumo trabalhar com todas as crianças, com e sem deficiência, com muitos materiais interessantes: livros, revistas, recorte, colagens, pintura, música, produção de textos. Enfim, trabalho tentando transformar o processo de ensino-aprendizagem em algo que seja ao mesmo tempo interessante e agradável para mim e para as crianças. Além disso, tento trabalhar para que a criança, ao mesmo tempo em que se apropria do conhecimento já produzido, produza suas impressões sobre este conhecimento. Explique como o uso de materiais de estimulação favorece o desenvolvimento de crianças com necessidades especiais. Dê exemplos dos que são apropriados para cada tipo de deficiência. O uso de materiais concretos é benéfico para as crianças em todas as esferas do conhecimento e etapas da educação. Para o trabalho com as crianças especiais, este recurso passa a ter uma importância ainda maior, pelo fato de que, dependendo da deficiência ou característica da criança, ela precisará tocar, sentir mais o material do que outras crianças. Ter um número muito grande de recursos auditivos, visuais, táteis, olfativos e gustativos ao alcance pode levá-las a um me- 8 Todos são especiais Rogério Drago é formado em Pedagogia, Mestre em Educação e Doutor em Ciências Humanas – Educação. Ele desenvolve estudos nas áreas de educação infantil, especial e inclusiva. É professor adjunto do Departamento de Teorias do Ensino e Práticas Educacionais e do Programa de Pós-Graduação em Educação, do Centro de Educação da UFES, e está vinculado à linha de pesquisa sobre práticas educacionais inclusivas. Divulgação volvimento dessas pessoas. Hoje, graças a estes avanços, vemos pessoas com deficiência visual, auditiva, física, múltiplas e mentais chegando ao ensino superior, saindo dos guetos e das escolas e instituições especiais e segregacionistas para o convívio total com a sociedade comum. Se antigamente essas pessoas não podiam casar, trabalhar, estudar, constituir família, hoje a história tem mudado. Se não fosse o uso de recursos tecnológicos e de estimulação, talvez não tivéssemos tantos talentos sendo revelados cotidianamente. lSEMINÁRIO Data: 28/06 Horário: 8h20 às 15h50 Local: Centro de Convenções de Vila Velha lOFICINA B “IGUAIS NA DIFERENÇA” Grupo 3 (Linhares e Sooretama) Data: 08/06 Horário: 13h às 17h Local: Sooretama Grupo 4 (Itarana, Santa Maria de Jetibá e Itaguaçu) Data: 09/06 Horário: 13h às 17h Local: Santa Maria de Jetibá Para o doutor em Ciências Humanas, nunca é tarde para se iniciar o trabalho de estimulação com as pessoas lhor desenvolvimento de suas capacidades e, consequentemente, a uma ampliação positiva de suas funções. No trabalho com a deficiência visual, quanto maior o número e o tipo de materiais que estimulem a audição, o tato e o olfato, melhor. Em nosso trabalho, temos observado que materiais como livros de EVA, livros de tecido, letras em relevo, jogos, objetos em miniatura, teclados de computador, fantoches, papéis coloridos e de diferentes texturas, canetas coloridas, rádio, televisão, pincéis e tintas, jornais, e outros tantos, quando utilizados desde a mais tenra idade, podem auxiliar o docente em seu trabalho. Há uma faixa etária específica para iniciar o trabalho de estimulação? Não. Quanto antes iniciar, melhor. Se puder iniciar no dia em que a criança nasceu, melhor. O importante é ter claro que nunca é tarde para se iniciar MAIO DE 2011 o trabalho de estimulação com as pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação, assim como também nunca se deve parar com o trabalho de estimulação. Que tipo de avanço já foi medido em alunos após o uso sistemático desses recursos? Medido não é bem a palavra certa. Temos observado um avanço significativo no desen- Grupo 5 (São Gabriel da Palha e Colatina) Data: 13/06 Horário: 13h às 17h Local: Colatina Grupo 6 (Alto Rio Novo, São Domingos do Norte e Pancas) Município: Pancas Data: 14/06 Horário: 13h às 17h Município: Domingos Martins Data: 15/06 Horário: 13h às 17h Município: Vila Velha Data: 16/06 Horário: 7h30 às 11h30 e 13h às 17h Município: Vitória Data: 22/06 Horário: 18h às 22h Município: Cariacica Data: 21/06 Horário: 7h30 às 11h30 e 13h às 17h