INFORMATIVO MENSAL DO PROGRAMA "A GAZETA NA SALA DE AULA" - ANO 14 - Nº 121 - MAIO/2011
Leia o Informe na internet: www.gazetaonline.com.br/saladeaula
O pedagogo Wesley Alexandre
da Silva nos faz refletir sobre
nossas ações e quais as marcas
que deixaremos para as próximas gerações. Confira na seção
“Educação”. Pág. 02
Como
você
quer ser
lembrado?
Como queremos ser lembrados?
Recentemente ouvi o depoimento do falecido professor Paulo
Freire. Durante uma entrevista o
jornalista perguntou: “Paulo Freire,
como você quer ser lembrado pelas pessoas?”. Ele, humildemente,
respondeu com um sorriso no rosto: “Quero ser lembrado como alguém que amou profundamente o
mundo, os animais, as árvores e a
vida”.
Quem conhece um pouco da
história de Paulo Freire sabe: ele
foi um homem que amou muito,
conquistou o respeito e a admiração dos mais humildes, dos pobres, dos ricos, dos analfabetos
que ele ajudou a alfabetizar, dos
que se diziam intelectuais, dos
políticos, dos professores, alunos,
especialistas em educação, mestres, doutores... Enfim, propagou
seus ensinamentos, suas pesquisas, sua forma de trabalho, que
alguns chamam de “Método Paulo Freire”. Na verdade, é uma teoria do conhecimento, que tem como objetivo a conscientização e a
libertação do ser humano. Freire
coloca o sujeito como sendo o
protagonista e o construtor da
própria história e não um mero
espectador no mundo, vítima do
sistema capitalista que superva-
loriza o “ter” em detrimento do
“ser”.
Em um de seus livros, “Educação como prática da liberdade”,
um depoimento de uma analfabeta do Recife me chamou a atenção. Ao ser questionada sobre a
importância da alfabetização na
sua vida, respondeu com esperança: “Quero aprender a ler e a
escrever para deixar de ser sombra dos outros”. Talvez ela estivesse tentando dizer que estava
cansada de viver presa, aflita, sem
prestígio social, dependente de
outros, cansada de ser maltratada,
oprimida, vencida, varrida, deixada de lado. Desejava uma vida
livre, leve, bem sucedida, independente, uma vida onde fosse
bem tratada pelos outros, onde
fosse a protagonista de sua própria história.
Paulo Freire é lembrado por
mim, e por muitos que o conhecem, como alguém que durante sua
existência “deu o melhor de si e
procurou o melhor nos outros”.
Freire procurou lutar pela causa
dos oprimidos e dos analfabetos.
Questiono-me quem são os analfabetos, pois existem muitos que,
sabendo ler a palavra, não aprenderam a ler o mundo: ler o que está
“Plágio na sala de aula: culpa
também é do mau professor”.
Considerado antiético, o plágio de textos
acadêmicos tem levado a penalizações
cada vez mais sérias de alunos, como
reprovação e até mesmo expulsão da
instituição. A matéria foi destaque no
jornal A Gazeta, no dia 17/03/11. Confira o
texto, na íntegra, no perfil A Gazeta na
Sala de Aula no Orkut.
nas entrelinhas, ler o que não está
escrito, ler, tentar entender e intervir nos problemas sociais, ou
mesmo nos problemas de nossa
própria casa. Parece que existe
muita gente analfabeta na vida que,
achando que sabe e tendo o poder
do conhecimento, maltrata o outro,
oprime e aprisiona seu próximo.
Segundo Paulo Freire, o apren-
dizado e o conhecimento não se
constroem somente na escola, se
aprendem “no” e “com” o mundo,
“na” e "para" a vida, ao nos relacionarmos com os outros em
uma relação dialógica e horizontal, não de cima para baixo.
Ao estudar seus livros e seus
ensinamentos, percebo que sua
verdadeira intenção é valorizar o
ser humano como um ser pensante, ativo, participante dos problemas do mundo, protagonista e
construtor de sua própria história.
Enfim, Paulo Freire viveu e morreu defendendo a promoção da
humanidade. Seu exemplo de vida
digna, sua história, seus ensinamentos, despertam em nós um
profundo sentimento: Que o
mundo não “é”, está “sendo”, e
que é possível mudá-lo, a começar por nós mesmos.
Isso é um pouco do legado deixado por Paulo Freire. E nós? Como queremos ser lembrados pelas
pessoas? Que história estamos escrevendo? Quem estamos imitando? Quem estamos magoando?
Quem estamos ajudando? Qual é
nosso projeto de vida? Quando foi
a última vez que demos uma boa
gargalhada? Temos, em nossa
agenda lotada de compromissos,
tempo para aquelas pessoas que
mais amamos? Estamos dando o
melhor de nós e procurando o
melhor nos outros? Como queremos ser lembrados?
Wesley Alexandre da Silva é
formado em Pedagogia e especialista em educação de jovens e
adultos
O livro de Hugo Assmann “Reencantar a Educação – Rumo à
sociedade aprendente” nos questiona: será que ser educador/a é uma opção de vida entusiasmante? Dá para falar
em reencantamento da educação sem se passar por ingênuo? No mundo de hoje, a privação da educação é uma
causa mortis inegável. Como o prazer e a ternura na
educação passam pela experiência sensorial do corpo, a
morfogênese do conhecimento tem que ser dinâmica, prazerosa e criativa, com uma plurisensualidade que passe
pelo cérebro, pelas emoções, e se expresse no corpo.
Assim, o monopólio da educação visual-auditiva dará lugar a uma educação instrutiva e criativa, cheia de encantamentos e
acessível, comprometida com o social e centrada no prazer de aprender e ensinar, e
onde a educação se reveste novamente de encantos. Este eu indico a todos os educadores que
querem reencantar a educação, e como diz Rubem Alves: “Educar tem tudo a ver com sedução”.
Sonia Francisco Clen é monitora do A Gazeta na Sala de Aula em Alfredo Chaves
2
MAIO DE 2011
Criando bons leitores
Uma pesquisa publicada no jornal A Gazeta, no dia 12/03/11, mostrou que os
estudantes do país possuem, em média, menos de 10 livros em casa.
O Informe conversou com duas professoras do programa para saber a
opinião das docentes sobre o assunto e como elas incentivam o gosto pela
leitura em seus alunos. Confira:
“ Esse número é muito restrito, e o jovem tem um potencial de consumo
grande, mas como a família lê pouco, não passa essa cultura de valorização
do livro para os filhos. Dificilmente, um parente presenteia uma criança ou
jovem com um livro. O professor e a escola são os maiores incentivadores.
Esse incentivo se torna mais prazeroso quando o professor prepara a
sequência didática para a leitura daquela obra. Eu busco trabalhar de forma
lúdica a falta de interesse de alguns alunos. Fiz, por exemplo, um monólogo
introduzindo a leitura do livro “O Sofá Estampado”, de Lygia Bojunga, para
despertar o interesse pela leitura proposta. Isso é literatura com prazer. Se a
aquisição do livro for simplesmente imposta, não se ensina o prazer pela
leitura. É fundamental trabalhar a interdisciplinaridade. Literatura é uma
forma de inclusão social. E quando o processo da Literatura é bem
trabalhado o educando ganha em todos os âmbitos da vida.”
Francisca Feres leciona na Escola Municipal Lacerda de Aguiar e na Escola
Estadual de Ensino Médio Professora Filomena Quitiba, em Piúma.
“A situação financeira de muitas famílias, uma vez que os livros são caros e
há falta de incentivos, como a distribuição de livros gratuitamente ao
público, reflete na quantidade de livros que os brasileiros possuem em
casa. É preciso levar os livros às pessoas, mas quem tem interesse em ler
vai até as bibliotecas. Tenho alunos que adoram ler, mas percebo também a
falta de interesse pela leitura em muitos. Quando as pessoas não têm
incentivo desde cedo, elas não aprendem a gostar de ler. Na escola em que
leciono, realizamos a leitura compartilhada. Cada aluno lê uma história
diferente a cada dia. Nós também colocamos os livros em uma “maletinha”,
na sala, para que os alunos tenham fácil acesso e os levem emprestados por
uma semana. Depois, discutimos com eles sobre a leitura realizada em
casa, se gostaram ou não. Nós trabalhamos para que nossos alunos
aprendam a ter prazer em ler.”
Guerlinda Westphal Passos é professora da Escola Adolfo Stange, em Santa
Maria de Jetibá
MAIO DE 2011
Saúde pública:
nota zero?
Converse com seus alunos sobre a atual situação da
saúde no Estado e questione se os direitos da população estão sendo desrespeitados.
n Promova uma pesquisa em jornais de diferentes datas
sobre o assunto. Aborde questões como a superlotação
e a falta de condições de trabalho em hospitais públicos, denunciada por usuários e divulgada nos veículos de comunicação da Rede Gazeta.
n Leia a matéria: “Vagas no interior e menos cirurgias”
publicada no jornal A Gazeta, no dia 01/04/11. (Confira
a matéria no perfil A Gazeta na Sala de Aula no Orkut)
n Converse sobre as medidas anunciadas pelo governo
para atender às demandas do SUS, sendo uma delas a
de que as cirurgias não-emergenciais devem ser suspensas para garantir o atendimento de urgência e
emergência.
n Pesquise se no seu município há hospitais suficientes para
atender a demanda e se há profissionais em todas as áreas.
n Procure saber se há pessoas que precisam viajar para
outros municípios em busca de atendimento médico.
Entreviste essas pessoas e descubra quais são as dificuldades encontradas nessa jornada para receber
atendimento.
n Converse sobre o funcionamento dos planos de saúde
particulares, questionando se são alternativas para fugir do atendimento público. Faça um levantamento do
custo desses planos, verificando se pessoas de baixa
renda teriam condições de usufruir desse benefício.
n Promova uma discussão sobre a saúde ser um direito
do cidadão, questionando se há falhas na gestão do
governo em relação a esse assunto.
n
Pesquise sobre o funcionamento do sistema público
de saúde nos países desenvolvidos e promova uma
comparação com o sistema que temos no Brasil, evidenciando semelhanças e diferenças e procurando refletir sobre os motivos que levam nosso país a estar em
uma situação de desvantagem nessa área.
n Convide os alunos a escreverem cartas para a seção
“Do Leitor”, do jornal A Gazeta, mostrando a opinião
deles sobre o assunto. Envie para carta@redegazeta.
com.br
n
3
Biscoitos geométricos X alimentos saudáveis
Objetivos:
n Promover a conscientização de consumir
alimentos saudáveis.
n Orientar bons hábitos e a boa alimentação.
n Explicar formas geométricas a partir dos
biscoitos.
Desenvolvimento:
e interpretação da matéria “Cuidados na hora de consumir pão integral”,
publicada no jornal A Gazeta, no dia
14/09/10.
n Roda de conversa sobre os alimentos que
fazem bem à saúde.
n Apresentação dos ingredientes da receita
n Leitura
dos “Biscoitos geométricos”
n Preparo da receita e confecção de figuras
geométricas.
n Degustação dos biscoitos.
Professora: Renata Mônica Salvador
Escola: Creche M. Pequerruchos
Série: Educação Infantil
Município: Alfredo Chaves
Fazer o bem, sem olhar a quem
Objetivos:
n Conhecer um verdadeiro exemplo de
dedicação e amor ao próximo.
n Conversar sobre atitudes positivas.
n Valorizar e respeitar as pessoas.
n Incentivar a solidariedade e o amor.
Desenvolvimento:
sobre a matéria “Valentes
noturnos”, publicada no jornal A Gazeta, no dia 11/10/09.
n Questionamento sobre situações semelhantes observadas na escola, nas
ruas, em casa, na televisão.
n Apresentação das palavras mágicas:
“Posso ajudá-lo?, bom dia, obrigado(a),
por favor e com licença”.
n Exposição de ideias através de ilustrações e relatos escritos sobre formas
de ajudar o próximo.
n Debate
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Valorizar e cuidar: respeitando
a família, os colegas e a natureza
Comentário:
“Os alunos ficaram muito empolgados em
fazer os biscoitos e colocarem a mão na
massa.”
n Confecção
de mensagens de soli-
Brasil: um país em nossas mãos
Objetivos:
n Despertar o senso crítico e construtivo diante dos problemas sociais.
n Desenvolver a leitura e a interpretação de textos.
n Socializar informações.
cussão do tema.
n Confecção de cartazes relacionados
ao assunto.
n Leitura e interpretação oral do texto
“O sonho dos ratos”.
n Dramatização.
Desenvolvimento:
n Leitura e comentários sobre a matéria “Os sete pecados eleitorais dos
candidatos na campanha eleitoral”, publicada no jornal A Gazeta, no dia
08/08/10.
n Produção e ilustração do texto.
n Leitura do texto “O analfabeto político”.
n Socialização da reportagem e dis-
Comentário:
“No país em que vivemos é de suma
importância formar cidadãos conscientes para uma melhor vida em sociedade”.
Objetivos:
n Valorizar
a composição da família.
n Conhecer os direitos e deveres do
aluno.
n Incentivar o respeito entre os colegas de sala.
n Promover a oralidade, a interação e
a afetividade.
n Valorizar o gosto pela leitura e escrita.
n Conhecer diferentes tipos de textos.
Professora: Lidiana Leal Nunes
Escola: Emília Ana de Lyrio
Série: 3º ao 5º ano
Município: Guarapari
dariedade.
n Confecção de um mural com as palavras mágicas.
Desenvolvimento
n Leitura
da matéria “Natureza morta
– UFES perde mais de 100 árvores”,
publicada no jornal A Gazeta, no dia
25/05/10.
n Confecção de uma história coletiva
a partir da imagem retirada do jornal.
n Confecção de painel coletivo.
n Leitura da matéria “Dia de adoção:
148 crianças esperam por um lar no
Estado”, publicada no jornal A Ga-
Comentário:
“Foi muito importante mostrar para
os alunos a importância de fazer o
bem ao próximo sem nenhuma distinção. O jornal como fonte preciosa
de informação, nos fez refletir que
existem amigos que são como os anjos
noturnos, apresentados na matéria”.
Professores: Sueli Alves, Ricardo
Quaresma, Maria Neuzi, Carla Andréia
Batista
Escola: EUME Fazenda Santa Helena
Séries: 1ª à 4ª
Município: São Domingos do Norte
MAIO DE 2011
zeta, no dia 25/05/10.
n Conversa informal sobre a família
de cada um e ilustração.
n Leitura da matéria “Lista da Copa
fica difícil de engolir”, publicada no
jornal A Gazeta, no dia 12/05/10.
n Conversa sobre a amizade.
n Bate-papo sobre a composição de
um time de futebol.
Comentário:
“As atividades coletivas foram as
mais prazerosas e colaboraram para
interação dos alunos. Eles ficaram
maravilhados com o resultado do trabalho”.
Professora: Rosilene Aparecida Ferreira
Escola: CMEI Benedito Ribeiro de
Almeida
Série: 4ª
Município: Cariacica
Amor pela natureza
Objetivos:
n Relatar ações favoráveis à
natureza.
n Compreender a germinação
das sementes.
n Registrar a relação natureza-aluno.
n Enumerar o ciclo de vida
dos frutos.
n Conhecer a história do
crescimento da árvore.
n Leirtura de matérias do jornal A GAZETA relacionadas
ao tema.
Desenvolvimento:
sobre a forma de
interação com a natureza.
n Ilustração de desenhos sobre o tema.
n Relatos sobre como cuidar
da natureza.
n Contação de história sobre
o ciclo de vida do ser hun Bate-papo
mano.
n Apreciação da árvore frutífera e observação de seus
frutos.
n Enumeração do processo de
germinação das sementes.
n Confecção coletiva de uma
história narrada pelos alunos.
Comentário:
“A atividade estimulou o
trabalho de preservação ao
meio ambiente, principalmente no que diz respeito ao
mor pela natureza. Foi enriquecedor”.
Professora: Elaine Cristina
Santana
Escola: Centro Educacional
Praia da Costa
Série: Maternal B
Município: Vila Velha
5
Educação no convívio social:
uma questão de valor
Objetivos:
n Mostrar o porquê da existência de regras no convívio
social.
n Refletir sobre ações positivas
e negativas na vida pessoal e
social do ser humano.
n Estimular a cordialidade entre
as pessoas.
n Mostrar a importância dos
valores que são passados pela
família, escola e sociedade.
n Estabelecer relações de respeito entre as pessoas.
Desenvolvimento:
e discussão sobre
a matéria “A cada degrau um
pedido de gentileza”, publicada
no jornal A Gazeta, no dia
08/08/10.
n Listagem dos valores e levantamento de situações relacionadas ao tema.
n Produção de palavras e frases cordiais para confecção
n Exploração
de cartaz.
n Produção de mensagens “Recadinho do coração”, para funcionários, alunos e professores.
n Análise das mensagens recebidas.
n Palestra sobre Valores.
n Confecção do “Mapa do coração” com o nome das pessoas que mais gostam.
Comentário:
“A atividade contribuiu para
promover a cordialidade entre
as pessoas que frequentam e
trabalham na instituição. Motivou alunos, profissionais, família e a comunidade, contribuindo para o desenvolvimento
da leitura e escrita”.
Professora: Delizete da Costa
Lahass
Escola: APAE
Município: Domingos Martins
O mundo que eu quero ler
Objetivos:
n Estimular a leitura e a interpretação de textos.
n Promover a produção textual.
n Diagnosticar o nível de escrita dos alunos.
n Promover o reconhecimento da ordem alfabética.
n Criar condições de aprendizagem de novos vocabulários.
n Promover o desenvolvimento da linguagem oral e
escrita.
Desenvolvimento:
do jornal A Gazeta.
n Construção de uma manchete coletiva.
n Pesquisa das letras do alfabeto.
n Escrita coletiva das palan Manuseio
vras encontradas.
n Pesquisa em dicionário para
identificar os significados das
palavras selecionadas.
Professora: Marilene dos
Santos Domingues
Escola: EMEB São Francisco
de Assis
Série: 2º ano
Município: Cachoeiro de Itapemirim
Projeto: O mundo encantado da leitura
Objetivos:
n ¸Contribuir para a difusão de
práticas de leitura para a formação de uma sociedade leitora.
n Criar espaços/ambientes de práticas e de produção de leitura.
n Valorizar e incentivar a leitura
de jornal como fonte de informação.
n Dinamizar a contação de histórias na escola.
Desenvolvimento:
do jornal A Gazeta.
n Seleção das notícias e reportagens do jornal.
n Pesquisa no jornal A Gazeta de
matérias relacionadas à culinária.
n Roda de conversa sobre a comida preferida.
n Confecção de livro com as receitas enviadas pelas mães.
n Escolha e preparo da receita
preferida dos alunos.
n Conversa informal sobre esportes e sobre a importância da leitura de jornal.
n Apresentação
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MAIO DE 2011
n Torneio
de futebol entre as escolas: Quarteirão e Vital Lucas.
n Reescrita de matérias de jornal
em contos de fadas.
n Intercâmbio entre escolas para
difusão de leitura.
n Dramatização da história escolhida.
n Apresentação dos trabalhos desenvolvidos no “Dia D da leitura”
Comentário:
“Todas as atividades desenvolvidas buscaram resgatar e traba-
lhar o imaginário das crianças. Essa experiência foi mágica para todos, pois foi um trabalho que
partiu das necessidades das crianças. A participação da comunidade
escolar contribuiu para o resgate
de valores dentro da escola”.
Professora: Renata de Cássia dos
Santos Mameri
Escola: EMPEIEF Quarteirão
Série: Educação Infantil
Município: Rio Novo do Sul
Alto Rio Novo e Paz nas escolas
O município de Alto Rio Novo recebeu
o I Encontro de Estudos do Programa A
Gazeta na Sala de Aula. O evento foi
realizado no dia 17 de março, nas dependências da SEMED e contou com a
participação da secretária de Educação
Ângela Amélia Caseli e da monitora do
programa Modestina Vargas.
Diretores, professores e estudantes de
Pedagogia discutiram o tema do ano: “Paz
nas escolas”.
“Nosso objetivo é fazer uma reflexão
sobre a paz, que começa em nós, dentro
de cada um”, conta Modestina.
Na programação, um esquete foi apresentado com o tema “Se eu não fosse
professor, o que eu seria?”. Seguido de
uma apresentação de slides com a mensagem “Se Você” e uma reflexão da mensagem “Fotos importantes”. Segundo Modestina Vargas também foi feita uma abordagem sobre o funcionamento do
programa.
Novos participantes do A Gazeta na
Sala de Aula estiveram presentes entre os
44 inscritos no encontro.
Divulgação
Trava-línguas
O trava-línguas é uma forma divertida para estimular a
leitura e melhorar a dicção. Consiste em fazer com que
a pessoa leia com clareza e rapidez a frase ou o verso
escrito. Você que gosta de enfrentar desafios, aproveite
alguns exemplos, divirta-se e boa sorte!
“Três tigres tristes para três pratos de trigo
Três pratos de trigo para três tigres tristes”
“O tempo perguntou ao tempo,
Quanto tempo o tempo tem,
O tempo respondeu ao tempo,
Que não tinha tempo,
De ver quanto tempo,
O tempo tem”
“Sabendo o que sei e sabendo
O que sabes e o que não sabes
E o que não sabemos, ambos saberemos
Se somos sábios, sabidos
Ou simplesmente saberemos
Se somos sabedores”
“Em um ninho de mafagafos havia sete mafagafinhos;
quem amafagafar mais mafagafinhos, bom amagafanhador será.”
“Disseram que na minha rua
Tem paralelepípedo feito
De paralelogramos.
Seis paralelogramos
Tem um paralelepípedo.
Mil paralelepípedos
Tem uma paralelepípedovia.
Uma paralelepípedovia
Tem mil paralelogramos
Então uma paralelepípedovia
É uma paralelogramolândia?”
ENCONTRO. Diretores,
professores e estudantes de Pedagogia discutiram o tema do ano:
“Paz nas escolas”
A Gazeta na Sala de Aula In-
[email protected]
forme é uma publicação men-
Hot site: www.gazetaonline.
sal da Gerência de Comuni-
com.br/saladeaula
cação Empresarial da Rede
Jornalista Responsável: Mo-
Gazeta
niky Koscky (MTB ES
Coordenação do projeto
01456JP)
Educar: Letícia Paoliello Lin-
Diagramação: Obadias Alves
denberg de Azevedo
dos Santos
Coordenação do programa A
Ilustração: Genildo e Gilson
Gazeta na Sala de Aula: Cris-
Colaboração: Carolina Bra-
tina Barbiero Moraes
gio, Ana Paula Trindade, Bar-
Telefone: (27) 3321-8456
bara Tavares e Amanda Léllis
E-mail:agazetanasaladeau* Acesse nosso perfil no Orkut: A Gazeta na Sala de aula
* Mande sugestões para: [email protected]
* Entre em contato pelo MSN: [email protected]
MAIO DE 2011
7
De que forma você trabalha
com crianças especiais?
O trabalho com as crianças
especiais, ou como eu prefiro
dizer, com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
ou altas habilidades/superdotação, ao contrário do que muita
gente pensa, não é difícil. É a
mesma coisa que trabalhar com
uma criança sem deficiência, só
que, às vezes, requer mais tempo, mais recursos e, principalmente, mais paciência e um
olhar apurado para perceber
que cada conquista, por menor
que seja, é um grande avanço da
criança em seu processo de desenvolvimento. Por isso, costumo trabalhar com todas as
crianças, com e sem deficiência,
com muitos materiais interessantes: livros, revistas, recorte,
colagens, pintura, música, produção de textos. Enfim, trabalho
tentando transformar o processo de ensino-aprendizagem em
algo que seja ao mesmo tempo
interessante e agradável para
mim e para as crianças. Além
disso, tento trabalhar para que a
criança, ao mesmo tempo em
que se apropria do conhecimento já produzido, produza suas
impressões sobre este conhecimento.
Explique como o uso de
materiais de estimulação favorece o desenvolvimento de
crianças com necessidades
especiais. Dê exemplos dos
que são apropriados para cada tipo de deficiência.
O uso de materiais concretos
é benéfico para as crianças em
todas as esferas do conhecimento e etapas da educação. Para o
trabalho com as crianças especiais, este recurso passa a ter
uma importância ainda maior,
pelo fato de que, dependendo da
deficiência ou característica da
criança, ela precisará tocar, sentir mais o material do que outras
crianças.
Ter um número muito grande de
recursos auditivos, visuais, táteis, olfativos e gustativos ao
alcance pode levá-las a um me-
8
Todos são especiais
Rogério Drago é formado em Pedagogia, Mestre em Educação e
Doutor em Ciências Humanas – Educação. Ele desenvolve estudos
nas áreas de educação infantil, especial e inclusiva. É professor
adjunto do Departamento de Teorias do Ensino e Práticas
Educacionais e do Programa de Pós-Graduação em Educação, do
Centro de Educação da UFES, e está vinculado à linha de pesquisa
sobre práticas educacionais inclusivas.
Divulgação
volvimento dessas pessoas. Hoje, graças a estes avanços, vemos
pessoas com deficiência visual,
auditiva, física, múltiplas e mentais chegando ao ensino superior, saindo dos guetos e das
escolas e instituições especiais e
segregacionistas para o convívio total com a sociedade comum. Se antigamente essas pessoas não podiam casar, trabalhar, estudar, constituir família,
hoje a história tem mudado. Se
não fosse o uso de recursos
tecnológicos e de estimulação,
talvez não tivéssemos tantos talentos sendo revelados cotidianamente.
lSEMINÁRIO
Data: 28/06
Horário: 8h20 às 15h50
Local: Centro de Convenções
de Vila Velha
lOFICINA B “IGUAIS NA DIFERENÇA”
Grupo 3 (Linhares e Sooretama)
Data: 08/06
Horário: 13h às 17h
Local: Sooretama
Grupo 4 (Itarana, Santa Maria
de Jetibá e Itaguaçu)
Data: 09/06
Horário: 13h às 17h
Local: Santa Maria de Jetibá
Para o doutor em Ciências Humanas, nunca é tarde para se iniciar o trabalho de estimulação com as pessoas
lhor desenvolvimento de suas
capacidades e, consequentemente, a uma ampliação positiva
de suas funções. No trabalho
com a deficiência visual, quanto
maior o número e o tipo de
materiais que estimulem a audição, o tato e o olfato, melhor.
Em nosso trabalho, temos observado que materiais como livros de EVA, livros de tecido,
letras em relevo, jogos, objetos
em miniatura, teclados de computador, fantoches, papéis coloridos e de diferentes texturas,
canetas coloridas, rádio, televisão, pincéis e tintas, jornais, e
outros tantos, quando utilizados
desde a mais tenra idade, podem
auxiliar o docente em seu trabalho.
Há uma faixa etária específica para iniciar o trabalho
de estimulação?
Não. Quanto antes iniciar,
melhor. Se puder iniciar no dia
em que a criança nasceu, melhor. O importante é ter claro
que nunca é tarde para se iniciar
MAIO DE 2011
o trabalho de estimulação com
as pessoas com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação, assim como
também nunca se deve parar
com o trabalho de estimulação.
Que tipo de avanço já foi
medido em alunos após o uso
sistemático desses recursos?
Medido não é bem a palavra
certa. Temos observado um
avanço significativo no desen-
Grupo 5 (São Gabriel da Palha e
Colatina)
Data: 13/06
Horário: 13h às 17h
Local: Colatina
Grupo 6 (Alto Rio Novo, São
Domingos do Norte e Pancas)
Município: Pancas
Data: 14/06
Horário: 13h às 17h
Município: Domingos Martins
Data: 15/06
Horário: 13h às 17h
Município: Vila Velha
Data: 16/06
Horário: 7h30 às 11h30 e 13h às 17h
Município: Vitória
Data: 22/06
Horário: 18h às 22h
Município: Cariacica
Data: 21/06
Horário: 7h30 às 11h30 e 13h às 17h
Download

O pedagogo Wesley Alexandre da Silva nos faz refletir sobre