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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO
GABRIEL ARRUDA BURANI
A IMPORTÂNCIA DO TESTE DE ATENÇÃO NA RENOVAÇÃO DA
CNH DOS CONDUTORES.
MACEIÓ - AL
2014
2
GABRIEL ARRUDA BURANI
A IMPORTÂNCIA DO TESTE DE ATENÇÃO NA RENOVAÇÃO DA CNH DOS
CONDUTORES.
Monografia apresentada à Universidade
Paulista/UNIP, como parte dos requisitos
necessários para a conclusão do Curso
de Pós-Graduação “Lato Sensu” em
Psicologia do Trânsito.
Orientador: Prof.ª.
Gomes Calado
MACEIÓ - AL
2014
Esp.
Vera Cristina
3
GABRIEL ARRUDA BURANI
A IMPORTÂNCIA DO TESTE DE ATENÇÃO NA RENOVAÇÃO DA CNH DOS
CONDUTORES.
Monografia apresentada à Universidade
Paulista/UNIP, como parte dos requisitos
necessários para a conclusão do Curso
de Pós-Graduação “Lato Sensu” em
Psicologia do Trânsito.
APROVADO EM ____/____/____
_______________________________________________________
PROFA. ESP. VERA CRISTINA GOMES CALADO
ORIENTADORA
_______________________________________________________
PROF. DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA
BANCA EXAMINADORA
4
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Maria Ivani de Arruda Burani e Darci Burani, sempre ao meu lado e
fundamentais para meu sucesso pessoal e profissional.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço de forma sincera e amorosa aos meus pais Maria Ivani de Arruda
Burani e Darci Burani, pelo apoio irrestrito, oportunidades e confianças depositados
em mim para a realização deste curso e pesquisa para meu crescimento profissional
Agradeço à Samira de Oliveira Rodrigues, pelo carinho e apoio emocional.
Agradeço a Professora Vera Cristina Gomes Calado, minha orientadora, pela
orientação valiosa e ao Professor Manoel Nascimento, Coordenador do Curso.
Agradeço os colegas Beth (de São José dos Campos), Helena (de Itu), Denise (de
Sorocaba), Raellany (de Alagoas), Daniela (Sergipe), Ricardo (de Minas) e Taisa
(da Bahia) e tantos outros colegas com quem tive contato durante o curso.
A conclusão desta pesquisa não seria possível sem a participação dos 34
motoristas que cederam seus dados durante o processo da renovação da CNH em
2013. Agradeço a Deus pela força, oportunidade e pela Sua Luz.
6
RESUMO
Esta pesquisa buscou mensurar os níveis de atenção de condutores que exercem
atividade remunerada no município de Cerquilho-SP, e buscar a importância desta
característica ao motorista, na renovação da CNH. O trânsito é onde o individuo está
sempre em contato com outros motoristas, pedestres e vias. A atenção é um dos
requisitos a serem avaliados pelo psicólogo, segundo a determinação da Resolução
425/2012 do CONTRAN, uma vez que esta é a habilidade do indivíduo de focar e
determinar quais são suas ações em determinado contexto e suas consequências.
Autores como Rueda, Sisto, Cambraia, Silva, Bianchi entre outros, que contribuíram
para construção do embasamento teórico desta pesquisa. Na avaliação psicológica
para obtenção da CNH, é muito comum que a atenção concentrada, dentre tantas
outras categorias de atenção como sustentada, difusa e dividida, seja avaliada pelo
psicólogo perito. A atenção concentrada pode ser definida como a capacidade de o
indivíduo de focar em um estímulo, dentre tantos outros, durante determinado
tempo. Durante os meses de Agosto a Novembro de 2013, 34 motoristas que
exercem atividade remunerada foram avaliados na clínica do pesquisador com
objetivo de renovar a CNH. A bateria de testes avaliou os níveis de Atenção
Concentrada de cada participante, por meio dos testes AC e TEACO-FF. Os
participantes responderam a um questionário fechado, onde alem de identificação
pessoal, responderam sobre segurança no trânsito. Como resultado da pesquisa,
verificou-se que a atenção é um fator importante para o motorista, não só
teoricamente, mas como característica aferida e conscientizada. Dos 34
participantes 70% deles obtiveram resultado Medio nos resultados dos testes
realizados em uma única avaliação, enquanto outros 30% necessitaram realizar uma
reavaliação, para a aprovação e renovação da CNH. Todos os participantes
reconhecem a importância da atenção para a segurança no trânsito.
Palavras-chave:
Psicológica.
Motoristas
Profissionais,
Atenção
Concentrada,
Avaliação
7
ABSTRACT
This study aimed to measure the levels of attention from professional drivers in the
municipality of Cerquilho - SP and seek the importance of this feature to the driver to
the renew your CNH. The traffic is where the individual is always in contact with other
drivers, pedestrians and roads . Attention is one of the requirements to be evaluated
by a psychologist, according to the determination of Resolution 425/2012 CONTRAN
, since this is the individual's ability to focus and determine what your actions in a
particular context and its consequences . Authors such as Rueda, Sisto, Batiste,
Silva, Bianchi and others who contributed to building the theoretical foundation of this
research. In psychological assessment the license to drive it is very common the
expert psychologist to do the assessment for driver's focused attention, among many
other categories as sustained attention , divided and diffuse. Focused attention can
be defined as the ability of the individual to focus on a stimulus, among many others,
for a certain time. During the months of August to November 2013, 34 professional
drivers were evaluated in clinical researcher in order to renew the CNH . The test
battery assessed the levels of Sustained Attention to every participant through the
AC and TEACO - FF tests. The participants answered a questionnaire enclosed,
where in addition to personal identification, responded on traffic safety. As a result of
the research, it was found that attention is an important factor for the driver, not only
theoretically, but characteristically measured and conscious. Of the 34 participants
70 % obtained result Medio on the results of tests performed on a single evaluation,
while another 30 % required a re-evaluation for approval and renewal of CNH. All
participants recognize the importance of attention to traffic safety.
Keyword: Professional drivers, Sustained Attention, psychological evaluation.
8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico 01 - Percentil referente ao sexo dos 34 participantes. .................................. 35
Gráfico 02 - Percentil referente a idade dos 34 participantes. ................................... 36
Gráfico 03 - Percentil referente a escolaridade dos 34 participantes. ....................... 37
Gráfico 04 – Percentil referente a Categoria de Habilitação de cada um dos
34 participantes. ................................................................................... 38
Gráfico 05 - Percentil referente aos 34 participantes quanto o percentil
resultante do Teste AC......................................................................... 40
Gráfico 06 - Percentil referente aos 34 participantes quanto a classificação
resultante no Teste AC......................................................................... 41
Gráfico 07 - Percentil referente aos 34 participantes quanto o percentil
resultante do Teste TEACO-FF. ........................................................... 42
Gráfico 08 - Percentil referente aos 34 participantes quanto a classificação
resultante no Teste TEACO-FF. ........................................................... 44
Gráfico 09 - Classificação Geral dos Resultados – quanto a quantidade de
respostas de cada classificação. .......................................................... 45
Gráfico 10 – Resultado Geral de Classificação AC e TEACO-FF – quanto a
frequencia de resultados de cada participante. .................................... 46
9
LISTA DE ABREVIATURA DE SIGLAS
AC
Teste Atenção Concentrada
CFP
Conselho Federal de Psicologia
CNH
Carteira Nacional de Habilitação
CONTRAN
Conselho Nacional de Trânsito
CRP
Conselho Regional de Psicologia
CTB
Código de Trânsito Brasileiro
DETRAN
Departamento Estadual de Trânsito
SP
São Paulo
TEACO-FF
CIRETRAN
Teste de Atenção Concentrada - FF
Circuncisão Regional de Trânsito
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 13
2.1 Psicologia de Trânsito no Brasil ...................................................................... 13
2.2 Avaliação Psicológica ...................................................................................... 18
2.2.1 Avaliação Psicológica no Trânsito. .............................................................. 19
2.2.2 Condutores que exercem Atividade Remunerada. ...................................... 23
2.3 Atenção .............................................................................................................. 25
2.3.1 Ambiente e o Stress. ...................................................................................... 26
2.3.2 Avaliação de Atenção Concentrada.............................................................. 28
2.3.2.1 Teste AC – Atenção Concentrada .............................................................. 28
2.3.2.2 Teste TEACO-FF .......................................................................................... 30
2.3.3 Relação entre os Resultados do AC e TEACO-FF ....................................... 31
3 MATERIAIS E MÉTODO........................................................................................ 32
3.1 Ética .................................................................................................................... 32
3.2 Tipo de Pesquisa ............................................................................................... 32
3.3 Universo ............................................................................................................. 32
3.4 Sujeitos e Amostra ............................................................................................ 33
3.5 Instrumento de Coleta de Dados ..................................................................... 33
3.6 Procedimentos para Coleta de Dados ............................................................. 33
3.7 Procedimentos para Análise dos Dados ......................................................... 33
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 35
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 48
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 51
APÊNDICE ................................................................................................................ 55
ANEXO ..................................................................................................................... 56
11
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa buscou mensurar os níveis de atenção de condutores que
exercem atividade remunerada no município de Cerquilho-SP. Durante os meses de
Agosto a Novembro de 2013, 34 condutores que exercem atividade remunerada
foram avaliados na clínica do pesquisador com objetivo de renovar a CNH.
A bateria de testes avaliou os níveis de Atenção Concentrada de cada
participante por meio dos testes AC e TEACO-FF. Contando com um questionário
que auxiliou o pesquisador a obter informações sobre cada participante, foi possível
categorizar,
analisar
e
elaborar
resultados
que
permitissem
uma
melhor
compreensão dos dados obtidos durante a realização da avaliação psicológica para
a renovação da CNH dos participantes.
Os 34 condutores participantes são residentes e atuantes na cidade de
Cerquilho, de ambos os sexos, com idades entre 20 e 70 anos, conduzindo os mais
diversos veículos automotores e portando diversas categorias de Habilitação.
A pesquisa foi realizada em Cerquilho, uma cidade há 143 km de São Paulo,
com aproximadamente 40mil habitantes, concentrando 94,83% dos habitantes do
município em zona urbana. A cidade é cruzada pela Rodovia SP127 e acessível
pelas rodovias SP128 e SP 129. Cerquilho é uma cidade em que não há tráfego
pesado de veículos automotores, tampouco há a presença radares eletrônicos.
As mudanças nas vias de trânsito se limitavam, basicamente, no controle de
sentido de vias, sinalização e manutenção de ruas e calçadas. O ano de 2012,
trouxe algumas mudanças no ambiente de trânsito da cidade: em janeiro foram
incorporadas às vias de trânsito “lombadas vermelhas” acessíveis aos deficientes
físicos. A instalação de semáforos em dezembro de 2012, foi motivada pelo
chamado “horário de pico” das 17h às 18h causando um dos poucos horários de
trânsito na cidade, onde que era possível ver uma fila de veículos automotores em
tráfego lento ou parados na cidade, ainda que por alguns minutos. Estas mudanças,
ainda que causassem estranheza aos condutores e pedestres, já demonstra sua
eficácia, segundo dados do CIRETRAN local.
Segundo dados do IBGE (2010), a cidade conta com uma frota de 21mil
veículos automotores, dentre eles automóveis, caminhões, motocicletas e tratores.
Uma cidade em que sua economia se baseia na indústria, comércio e agropecuária,
é comum encontrar condutores que exercem Atividade Remunerada prestando
12
serviços. Ainda que a cidade não apresente elementos que causem estresse nos
condutores como em cidades grandes como São Paulo, onde o trânsito e tráfego
pesado influenciam diretamente em ocorrência de infrações e acidentes, as
mudanças nas vias, o crescimento e desenvolvimento da cidade de Cerquilho, bem
como o tipo do veículo e atividade exercida pelo condutor que exerce Atividade
Remunerada, podem abalar seu nível de atenção nas vias de trânsito.
Em primeiro momento, esta pesquisa buscou mensurar os níveis de atenção
e stress de condutores voluntários, que exercem Atividade Remunerada de diversas
áreas de atuação (funcionário público, empresa privada, transporte de doentes,
transporte de pessoas) residente e atuante no município de Cerquilho – SP. Os
participantes eram poucos e o material de pesquisa era escasso, o que motivou o
pesquisador a ampliar o campo de pesquisa e restringir ainda mais o objetivo:
mensurar a atenção de condutores que exercem atividade remunerada em diversas
áreas de atuação no município de Cerquilho - SP que estiveram em processo de
renovação da CNH nos meses de agosto a novembro de 2013.
13
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Psicologia de Trânsito no Brasil
Em meados do século XX, quando estudiosos, como Patrizi, chamava
atenção da psicologia para o trânsito, iniciou-se no Brasil a invasão de veículos
automotores nas vias urbanas e rurais (BIANCHI, 2011), entretanto, as primeiras
intervenções de seleção com instrumentos da psicologia, realizadas em 1930,
tinham como objetivo avaliar condutores relacionados às ferrovias (SILVA e
ALCHIERI, 2007, 2010).
A obrigatoriedade de uma avaliação psicológica para conduzir um veículo
automotor se fazia presente na sociedade de diversos países nas primeiras décadas
do século XX, o que foi abandonado décadas mais tarde pelos mesmos países que
conceberam a psicologia para melhorias do ambiente viário. (BIANCHI, 2011)
A categorização como status social de um automóvel, advinda do pós-guerra
na metade do século XX, fez emergir a necessidade de criar medidas que
preventivas saudáveis ao trânsito no País. Inicialmente eram avaliados e restritos de
conduzir um veículo automotor, aquele que apresentasse propensão a envolver-se
em acidentes. Na década de 1950 surgiram as primeiras categorizações para
avaliação psicológica de condutores no Brasil. (SILVA e ALCHIERI, 2007, 2010)
Posteriormente, com a legalização da profissão de psicólogos, o DETRAN
(Departamento Nacional de Trânsito) institucionalizou a avaliação psicológica para
obtenção da CNH. (SILVA e GÜNTHER, 2009). A primeira metade do século XX foi
o marco para expansão da seleção de instrumentos para a avaliação psicológica no
Brasil. (SILVA, 2012)
A popularização do veículo automotor particular emergiu na década de 1990,
com amplo apoio do governo. Medidas econômicas como custo reduzido,
nacionalização de indústrias e popularização da imagem do carro favoreceram para
que o brasileiro almejasse seu próprio carro. A necessidade da Avaliação
psicológica para o contexto do trânsito cresceu (ELIAS, 2013).
O trânsito é um “uma “negociação” constante, coletiva e conflitiva, pelo
espaço” (RUENDA, 2010) um sistema onde circulam não só automóveis, mas
pedestres, animais e veículos que não os automotores (como bicicletas, carroças...).
Para que este conjunto de variáveis há uma disputa pelo espaço (RUEDA apud
14
Vasconcelos, 1998) e a psicologia do trânsito trabalha para que o ambiente de
trânsito flua de forma que não ocorram acidentes ou riscos. O outro se tornou um
agressor em potencial, fazendo com que o indivíduo procure por maior segurança.
(BOCK, FURTADO e TEIXEIRA, 1999, p. 444)
Em tempo, é importante destacar que o ambiente de trânsito deve ser
fiscalizado com muito rigor, uma vez que o homem acaba por se tornar especialistas
em fugir das punições que lhe devem ser aplicadas. (BOCK, FURTADO e
TEIXEIRA, 1999). O chamado “jeitinho brasileiro” compromete a segurança do
trânsito. O ato de dirigir um veículo automotor acaba tornando-se automático para
muitos condutores que sequer atentam-se ao seu próprio comportamento no
trânsito. Cabe ao psicólogo do trânsito criar ferramentas para que o trânsito e o
homem funcionem de forma harmoniosa.
Ainda que os comportamentos humanos no trânsito sejam muitos e sua
complexidade necessite de estudos que possam beneficiar o homem nesta via tão
comum e banalizada, existem outros fatores que devem ser levados em conta, como
fatores
internos
como
exemplos:
memória,
aprendizagem,
percepções,
personalidade. (THIELEN, 2011).
A institucionalização da Psicologia do Trânsito favoreceu centros de pesquisa
em todo país para desenvolver projetos que favoreçam o sistema de trânsito no
Brasil. Estudos demonstram que há relação entre o comportamento no trânsito e
fatores da personalidade. (TAWAMOTO e CAPITÃO, 2010).
A Psicologia toma a frente de participação de políticas públicas, o que
favorece na legitimação de seu lugar. Dentre as mudanças realizadas na Psicologia
estão a necessidade de Aprimoramento no âmbito do Transito (SILVA, 2012). A
qualificação profissional exigida para a Avaliação Psicológica de Trânsito, por
exemplo, sofreu diversas modificações com a passagem dos anos. A legitimidade do
trabalho do Psicólogo do trânsito, tem se dado a partir de uma serie de decretos,
resoluções e leis (SILVA, 2012).
Inicialmente era exigido um curso de Capacitação de 120 horas, para que o
psicólogo fosse credenciado no DETRAN, conforme pode-se ver na Resolução
nº80/1998 do CONTRAN, quanto ao Credenciamento:
5.1 – O credenciamento de entidades publicas ou privadas, consoante o
que estabelece o artigo 148 do CTB, será feito pelos Órgãos Estaduais de
15
Trânsito dos Estados e Distrito Federal , de acordo com os Critérios
estabelecidos no anexo II desta Resolução.
5.1.1 – os psicólogos já credenciados terão um prazo hábil de 2 (dois anos)
para se adaptarem ao artigo 148 do CTB , como sociedade civil ou Ltda.
5.2 – Os novos credenciamentos de psicólogos serão feitos segundo
critérios dos Órgãos Executivos de Trânsito das Unidades da Federação ou
Distrito Federal e de acordo com os critérios aqui estabelecidos:
5.2.1 - Os psicólogos responsáveis técnicos , deverão ter no mínimo 1(um)
ano de formado
5.2.2 – Estar com o registro de psicólogo atualizado no respectivo Conselho
Regional de Psicologia.
5.2.3 - Ter experiência de um ano na área de avaliação psicológica.
5.2.4 – Ter concluído o Curso de Capacitação para psicólogo responsável
pela avaliação psicológica e como Psicólogo Perito Examinador do Trânsito
, que será ministrado por Universidades e/ou Faculdades Públicas ou
Privadas reconhecidas pelo MEC, reconhecido a nível nacional,
independentemente do estado onde tenha sido realizado.
(...)
5.4 - A carga horária constará de 120 horas .
5.5 - Os psicólogos já credenciados têm prazo de 2 ( dois )anos para a
realização do "Curso de Capacitação para psicólogo responsável pela
avaliação psicológica e como Perito Examinador do Trânsito".
5.6 - O psicólogo credenciado deve reciclar-se periodicamente, elevando o
nível de conhecimento e a contribuição a oferecer aos sistemas de Trânsito
a critério dos setores de Psicologia de cada Unidade da Federação.
5.7 – Todos os exames de avaliação psicológica realizados, poderão ser
distribuídos eqüitativamente de acordo com normas estabelecidas pelos
Órgãos Estaduais de Trânsito da Unidade da Federação e do Distrito
Federal.
Foi exigida e regulamentada uma capacitação técnica dos psicologos
credenciados e a se credenciarem para realização da avaliação psicológica de
peritagem para o trânsito, de 120 horas. O conteúdo programático, abrangia
diversos temas pertinentes ao tema, conforme podemos ver no item 5.3, da
Resolução nº80/1999 do CONTRAN, quanto o Credenciamento:
5.3 - O conteúdo programático será multidiciplinar dentro das seguintes
áreas de estudo:
5.3.1 - Normas e Procedimentos da Avaliação Psicológica e Ética
profissional;
5.3.2 - Psicologia do Trânsito prevenção de acidentes:
5.3.3 - Inter – relação da Psicologia do Trânsito com :
5.3.3.1– Psicologia Social
– Medicina do Tráfego
- Engenharia do Trânsito
- Psicologia clínica – patologias específicas , distúrbios compartimentais e
psicossociais que determinam o impedimento à direção veicular
- Legislação de Trânsito
5.3.4 - Capacitação para o uso das técnicas e instrumentos exigidos na
Avaliação Psicológica, normas e procedimentos.
5.3.4.1 – Laudo , parecer e atestado
5.3.5 – Avaliação do candidato ou condutor usuário de álcool , drogas ou
portador de enfermidades que o impedem à direção veicular.
5.3.6 -. Noções básicas de Metodologia de Pesquisa na área.
5.3.7 – Peritagem – adequação e reabilitação
16
Uma capacitação multidisciplinar para o exercício da atividade foi ideal para
aquele momento. Entretanto, depois de uma década, foi necessára a revisão pelo
CONTRAN quanto a avaliação física e mental e avaliação psicológica do Art. 147 do
CTB. Mediante a Deliberação 65/2008 do CONTRAN, que alterou o art. 18 da
Resolução nº 267/2008 do CONTRAN, constou-se uma mudança quanto os critérios
de credenciamento do psicólogo:
Art 18. O credenciamento de médicos e psicólogos peritos examinadores de
trânsito será realizado pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
Estados e do Distrito Federal, observando-se os seguintes critérios:
(...)
III – o psicólogo deve ter Título de Especialista em Psicologia do Trânsito
reconhecido pelo Conselho Federal de Psicologia - CFP, ou ter concluído
com aproveitamento o curso “Capacitação para Psicólogo Perito
Examinador de Trânsito” (Anexo XVII).
(...)
§ 3º Será assegurado ao psicólogo credenciado que até a data da
publicação desta Deliberação tenha concluído e sido aprovado no “Curso de
Capacitação para Psicólogo Responsável pela Avaliação Psicológica e
como Psicólogo Perito Examinador de Trânsito”, com carga horária mínima
de 120 horas/aula, o direito de continuar a exercer a função de perito
examinador.
§ 4º Será assegurado ao psicólogo que até a data da publicação desta
Deliberação tenha iniciado ou concluído o “Curso de Capacitação para
Psicólogo Responsável pela Avaliação Psicológica e como Psicólogo Perito
Examinador de Trânsito”, com carga horária mínima de 120 horas/aula, nos
termos da Resolução nº 80, de 19 de novembro de 1998, do CONTRAN, o
direito de solicitar o credenciamento até 15 de fevereiro de 2010.
§ 5º Será assegurado ao psicólogo que até 14 de fevereiro de 2013 tenha
concluído o “Curso de Capacitação para Psicólogo Perito Examinador de
Trânsito, com carga horária mínima de 180 horas/aula, o direito de solicitar
o credenciamento.
§ 6º A partir de 15 de fevereiro de 2013 serão credenciados apenas os
psicólogos
portadores de Título de Especialista em Psicologia do Trânsito reconhecido
pelo CFP.
§ 7º Os Cursos de Capacitação para Psicólogo Perito Examinador de
Trânsito serão ministrados por Instituições de Ensino Superior de
Psicologia, reconhecidas pelo Ministério da Educação.
§ 8º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do
Distrito Federal deverão remeter ao DENATRAN, anualmente, a relação dos
profissionais médicos e psicólogos credenciados com seus respectivos
certificados de conclusão dos Cursos de Capacitação”.
A Resolução CONTRAN Nº 267/08, e dentre outros pontos, a alteração
quanto a necessidade da Especialização em Psicologia do Trânsito se faz presente.
Uma dúvida pairava sobre os psicólogos perito-examinadores de trânsito
quanto ao Artigo 18. A priori, o direito do psicólogo Perito-Examinador de Trânsito
em exercício ou mesmo aqueles que pleiteavam credenciamento junto ao DETRAN
17
de seu estado, restringiria o credenciamento apenas aos Especialistas em
Psicologia do Trânsito a partir de fevereiro 2013.
A Resolução 425/12 do CONTRAN veio em resposta, como podemos ver no
Artigo 18, quanto ao credenciamento e habilitação do profissional apto a exercer a
função de Avaliação Psicológica no contexto do Trânsito:
Art. 18. O credenciamento de médicos e psicólogos peritos examinadores
será realizado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal, observados os seguintes critérios:
I – médicos e psicólogos deverão ter, no mínimo, dois anos de formados e
estar regularmente inscritos no respectivo Conselho Regional;
(...)
III – o psicólogo deve ter Título de Especialista em Psicologia do Trânsito
reconhecido pelo CFP ou ter concluído com aproveitamento o curso
“Capacitação Para Psicólogo Perito Examinador de Trânsito” (Anexo XVII).
(...)
§ 2º Até quatorze de fevereiro de 2015, será assegurado ao psicólogo que
tenha concluído e sido aprovado no curso de “Capacitação para Psicólogo
Perito Examinador de Trânsito”, de 180 (cento e oitenta) horas ou curso de
“Especialista em Psicologia do Trânsito”, o direito de solicitar
credenciamento ou de continuar a exercer a função de perito examinador.
§ 3º A partir de 15 de fevereiro de 2015, a solicitação para o
credenciamento só será permitida aos psicólogos portadores de Título de
Especialista em Psicologia do Trânsito reconhecido pelo CFP.
O que se pode perceber é a extensão de mais dois anos para realização do
curso de Especialista do Trânsito, de forma que o profissional possa se preparar e
atualizar profissionalmente e, posterior ao dia 15 de fevereiro de 2015, a prática da
Avaliação Psicológica do âmbito do Trânsito se dará apenas aos especialistas.
Assim como o imbróglio criado quanto a necessidade da Especialização,
outros movimentos na própria classe tomam forma no fortalecimento da Psicologia
do Trânsito.
Ainda sobre a questão do ambiente em que o Psicólogo do Trânsito está
inserido, dele podem surgir dados importantes para o desenvolvimento do transito
não só local. Seu resultado pode ser instrumento comparativo e/ou releituras de
ideias antigas. São diversos artigos e propostas publicadas por pesquisadores todo
Brasil, que colaboram para o conhecimento do panorama da psicologia do trânsito
pelo país, e na elaboração e validação de instrumentos para avaliação psicológica.
Atualmente o psicólogo do Trânsito atua não só como avaliador dos
comportamentos e personalidade de condutores, mas como pesquisador e
desenvolvedor de um ambiente das vias de trânsito adequadas e saudáveis.
18
No futuro, o psicólogo deverá criar instrumentos que contemplem não só o
motorista como outros usuários do ambiente de trânsito, para melhoria deste
ambiente social (SILVA, 2012).
2.2 Avaliação Psicológica
No século XIX a Avaliação Psicológica foi utilizada como um dos instrumentos
para a legitimação da Psicologia como ciência. Seu objetivo era a avaliação do
psiquismo humano. Foram utilizadas três frentes para esta avaliação: a construção
de testes por amostragem de processos, construção de testes com base em grupos
e a analise de fantasias. A primeira construção de testes, por processos, avaliava o
processo envolvido e as operações para a resposta do sujeito pesquisas envolvendo
determinado teste apresenta resultados eficazes ou não, caberá ao CFP a
divulgação de seus resultados.
A construção de testes por base em grupos, relacionado a psicometria,
ganhava vulto a medida que os testes evoluíam e eram adaptados a população.
Estes eram os testes de questionários e inventários. Por fim havia os testes
projetivos, que se baseava na analise das fantasias do sujeito. Em suma: a
avaliação
psicológica
sempre
esteve
embasada
em
questões
científicas.
(TAVARES, 2010). Uma recente nota do CFP (2013) nos trás a definição de
Avaliação Psicológica:
A avaliação psicológica é entendida como o processo técnico-científico de
coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos
fenômenos psicológicos, que são resultantes da relação do indivíduo com a
sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias psicológicas – métodos,
técnicas e instrumentos.
Desde 2003, Conselho Federal de Psicologia regularmente aprova ou
desaprova determinados testes, por meio do Sistema de Avaliação dos Testes
Psicológicos (Satepsi). A importância de uma reavaliação dos testes psicológicos
regularmente se faz presente, à medida que estudos e adaptações ao meio se
modificam com o tempo.
É importante ressaltar que não há um consenso na comunidade cientifica
sobre a validação das avaliações psicológicas, o que faz a necessidade da avaliação
psicológica estar sempre sendo reinventada, aprimorada. Da mesma forma que esta
19
necessidade se faz presente é indiscutível a necessidade da avaliação psicológica
ser aplicada e realizada. A formação profissional, uma vez que a avaliação
psicológica é restritiva apenas a aplicação pelo psicólogo e a atualização
profissional, são instrumentos a favorecerem a legitimidade desta avaliação.
(NORONHA e REPPOLD, 2010). O CFP e os CRPs têm trabalhado continuamente
para que a informação e a qualificação profissional sejam difundidas entre os
profissionais da classe (SILVA, 2012).
O psicólogo deve reconhecer os limites de seu trabalho, respeitar os limites
de sua atuação, mantendo-se atualizado e comprometido de forma íntegra e
respeitosa quanto ao bem-estar do outro. O rigor e a atualização profissional são
imprescindíveis, uma vez que “avaliar é uma atividade que implica juízo de valores e
requer atenção por parte dos profissionais.” (ANACHE e REPPOLD, 2010).
A avaliação psicológica encontra-se em todos os lugares de atuação da
Psicologia: nos hospitais, nas clínicas, no judiciário, nas escolas... e no trânsito.
2.2.1 Avaliação Psicológica no Trânsito.
Inicialmente utilizada para seleção de funcionários para as ferrovias no Brasil,
a avaliação psicológica no Trânsito ganhou força na primeira metade do século XX.
Com as políticas públicas legitimando decretos-lei, leis, portarias e resoluções, a
psicologia do Trânsito tornou-se não só uma ferramenta avaliativa, mas uma forma
de auxiliar o ambiente de trânsito.
Em diversos momentos da história do Trânsito no Brasil, a importância da
Avaliação psicológica foi questionada. A obrigatoriedade da Avaliação Psicológica
na obtenção, renovação ou mudança de categoria na CNH, uma exigência ainda
incompreendida pelos usuários do Trânsito. m pesquisa realizada em 2011, Burani
investigou a concepção da população quanto a importancia da avaliação psicológica.
Durante seis meses, foi perguntado a internautas, por meio de um questionário
online, aspectos sobre sua experiência com a avaliação psicológica do trânsito e sua
importância.
A população participante consistiu 80% por jovens adultos, que não são
condutores que exercem atividade remunerada, mas estão ativamente no ambiente
do trânsito e que não vêem qualquer importancia na avaliação psicológica para o
trânsito. Ainda é obscuro a população os motivos desta avaliação psicológica.
20
Para muitos “é uma forma de arrancar dinheiro do povo”; para outros “é um
apsso para comprir a lei”. Entretanto, é necessário investigar se este pensamento é
o mesmo que povoa o imaginário do condutor que exerce atividade remunerada, em
especial em relação a atenção.
Um artigo publicado pelo CRP-08 e DETRAN/PR responde a uma questão
que os usuários do transito sempre se fazem: Por que a avaliação Psicológica é
obrigatória na obtenção do CNH?
O ato de dirigir é complexo, envolve diversas competências, habilidades e
atitudes e requer do motorista um bom nível de maturidade emocional e
capacidade intelectual, as quais lhe permitem interpretar estímulos e reagir
estrategicamente no trânsito (...) a avaliação psicológica tem por finalidade
contribuir para promover a segurança dos motoristas.
(CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DO PARANÁ)
É importante que o condutor perceba a relevância da avaliação psicológica
para sua própria segurança no transito.
A avaliação psicológica no trânsito tem como função principal a classificação
do condutor como apto ou inapto para dirigir ou conduzir veículo automotor. È
regularizar as ações do homem no ambiente viário. A inexixtencia de um perfil para
o motorista faz com que a tarefa de selecionar quem está apto ou não, árdua.
(SAMPAIO, 2012).
A Avaliação Psicológica no Trânsito busca não só selecionar os condutores
aptos como coletar dados concretos para melhorar a qualidade das vias de trânsito,
como a prevenção de acidentes, e a busca de soluções para problemas de campo
(BIANCHI, 2011). É a Psicologia do Trânsito responsável pelo estudo e prevenção
dos acidentes de trânsito, elaboração de ações psicossociais e da relação do
homem com o transito (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2010).
Durante a avaliação psicológica do candidato a CNH, deverão ser aferidos a
tomada de informação e seu processamento, tomada de decisão, o comportamento,
orientação espacial e traços de personalidade (controle emocional, ansiedade,
impulsividade e agressividade), atenção (difusa, concentrada, distribuída), detecção,
discriminação, identificação, conhecimento cognitivo, identificação significativa,
memória, inteligência, julgamento e juízo crítico. (CONTRAN, 2012)
No Artigo 6º da Resolução 425/21 do CONTRAN, quanto as técnicas e
instrumentos para se realizar a Avaliação psicológica, temos:
21
I - entrevistas diretas e individuais (Anexo XIV);
II - testes psicológicos, que deverão estar de acordo com resoluções
vigentes do
Conselho Federal de Psicologia - CFP, que definam e regulamentem o uso
de testes psicológicos;
III - dinâmicas de grupo;
IV - escuta e intervenções verbais.
Como se pode perceber, os testes são a ferramenta de trabalho principal do
psicólogo de trânsito, uma vez que sua aplicabilidade é fundamental para aferir as
competências do condutor; “o teste psicológico é um instrumento de avaliação que
tem como objetivo obter, num mínimo de tempo, um máximo de informações sobre o
examinado” (WERLANG, VILLEMOR-AMARAL & NASCIMENTO, 2010) o resultado
dos testes psicológicos são apreciados posteriormente pelo aplicador e então
corrigido e comparado a outros resultados previamente determinados, ante a uma
pesquisa teórica que o embasou e legitimou como apropriado.
Caberá ao psicólogo a responsabilidade técnica dos instrumentos utilizados
em cada população que atende (ANACHE & REPPOLD, 2010). Isto é, existem
testes cujo elemento a ser avaliado é o mesmo, e o psicólogo perito avaliador de
trânsito deverá conhecer uma diversidade de para melhor aplicar e favorecer a
qualidade do Trânsito no ambiente que está inserido.
O psicólogo deve ter autonomia para escolher os testes que melhor se
apliquem a suas necessidades profissionais e sociais (SILVA, 2012). Em todos os
casos, o psicólogo deve estar atento ao ambiente em que está inserido ao tratar do
trânsito e na aplicação de uma avaliação psicológica para obtenção da CNH. Um
mesmo teste poderá ser de fácil entendimento para determinada população,
enquanto seu grau de dificuldade para outra é maior.
Existem discuções quanto o uso de determinados testes em avaliações,
entretanto um dos fatores mais comuns entre o uso de determinado teste e,
surpreendentemente, o preço e não sua eficácia para aquela população.
Por isso é necessário cuidado, para que não seja infringido o código de Ética
do Psicólogo (CFP, 2005) quanto:
Art 1º - São deveres fundamentais do psicólogo:
(...)
Prestar serviços psicológicso de qualidade, em condições de trabalho
dignas e apropriadas à natureza destes serviços, utilizando princípios,
22
conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência
psicológica, na ética e na legislação profissional;
É dever ético do psicólogo prezar pela qualidade, condições e natureza dos
serviços, pricípios, conhecimentos e técnicas que respeitem a ciência psicológica,
ética e legislação profissional.
A importância da avaliação psicológica no ambiente do Trânsito e a repetição
exaustiva dos mesmos testes psicológicos utilizados durante anos devem servir de
alerta. É necessária a urgente reavaliação dos instrumentos utilizados para
verificação e validação, bem como uma maior produção científica na área. (ANACHE
& CORRÊA 2010) É o escasso material destinado ao ambito do trânsito e as
pesquisas que buscam melhorar a qualidade dos materiais, bem como a
disponibilidade da bibliografia sobre o tema.
Aos poucos emergem testes e pesquisas específicos para o trânsito e aos
poucos os psicólogos de trânsito vão se apropriando dos materiais e de seu uso.
Os manuais dos testes regulamentados, determinam uma classificação e
percentil que, de certa forma, determinam uma “média” resultante: Inferior, Médio
Inferior, Médio, Médio Superior e Superior. A categoria, em geral, classifica o
percentil de pessoas que, ao participarem dos estudos psicométricos da validade
dos testes, atingiu um percentil em relação ao total.
Existem testes psicológicos, como o caso do teste AC em que a classificação
Médio equivale a 30% enquanto o teste TEACO-FF considera 40% um percentil para
a classificação Médio. Mas o que isso significa? Um percentil 30% por exemplo,
significa que o avaliado atingiu a mesma pontuação que ao menos 30% dos
participantes da pesquisa.
Segundo exigência da Resolução nº80/1998 do CONTRAN, é definido como
Resultado da Avaliação Psicológica:
3 – Do Resultado da Avaliação Psicológica
3.1 – O candidato a CNH ou condutor de veículo automotor, conforme Item
1 deste Anexo. será considerado segundo o parecer do psicólogo:
3.1.1 – APTO quando apresentar desempenho condizente na Avaliação
Psicológica para a condução de veículo automotor na categoria pretendida.
3.1.2 – APTO COM RESTRIÇÃO quando apresentar distúrbios ou
comprometimento psicológico, que estejam no momento temporariamente
sob controle, fazendo constar o prazo de validade para a revalidação da
CNH.
3.1.3 - INAPTO TEMPORARIAMENTE quando apresentar alguma
deficiência psicológica nos aspectos psicológicos avaliados, que sejam
porém passíveis de recuperação ou correção
23
3.1.4 – INAPTO quando apresentar inadequação nas áreas avaliadas que
estejam fora dos padrões da normalidade e de natureza não recuperável .
3.2 – Na permissão para conduzir veículos o condutor receberá , no caso de
aprovação, o resultado de apto temporariamente por 1 (um ) ano.
Ao psicólogo perito examinador, é necessário classificar os condutores como
apto, apto com restrição, inapto temporário e inapto. Em termos gerais, a primeira
classificação ocorre quando o candidato condutor atingiu a pontuação mínima
necessária nos testes psicométricos e, que também estando apto nos outros
requisitos da avaliação, está apto para obter, mudar ou renovar a CNH. O candidato
com aptidão restrita é aquele que, embora apresente algum disturbio, este está
controlado o que permite que ele esteja apto, entretanto sendo passível uma nova
avaliação. Um candidato inapto temporário, é aquele que apresentou algum
problema durante a avaliação, como uma pontuação e classificação baixa em um ou
mais testes psicológicos durante a avaliação, mas que tem possibilidades de
melhorar e, que depois de determinado tempo pode ser avaliado novamente. O
inapto é aquele que não está apto, para neste caso, conduzir o veículo automotor.
Todos os laudos e material da avaliação devem ser arquivados e
armazenados em local seguro, por determinado prazo. conforme determina o
Conselho Federal de Psicologia.
2.2.2 Condutores que exercem Atividade Remunerada.
Condutores que exercem atividade remunerada são todos aqueles que, uma
vez habilitados e cumprido as exigências do Código de Trânsito Brasileiro e das
Resoluções do CONTRAN, estão aptos utilizar sua CNH como instrumento de
trabalho. No Argito 147 do CTB define as condições acerca da Habilitaçao,
encontramos uma especificação quanto a identificação do condutor que exerce
atividade remunerada:
§ 5º O condutor que exerce atividade remunerada ao veículo terá essa
informação incluída na sua Carteira Nacional de Habilitação, conforme
especificações do Conselho Nacional de Trânsito – Contran.
(Incluído pela Lei nº 10.350, de 2001)
Exercer atividade remunerada é um direito do cidadão que cumpre as
exigencias da lei. Entretanto, é necessária a regulamentação e o controle deste tipo
24
de condutor. Ainda segundo Artigo 147 do CTB, é definido que todo candidato a
condutor deve se submeter a exames realizados por orgãos executivos de trânsito.
São estes exames de aptidão física e mental, bem como avaliação psicológica.
Dentre os itens do artigo, emergem o seguinte parágrafo, onde nos atentaremos ao
foco desta pesquisa que é o condutor que exerce atividade remunerada:
§ 3º O exame previsto no § 2º incluirá avaliação psicológica preliminar e
complementar sempre que a ele se submeter o condutor que exerce
atividade remunerada ao veículo, incluindo-se esta avaliação para os
demais candidatos apenas no exame referente à primeira habilitação.
(Redação dada pela Lei nº 10.350, de 2001)
Somente pela leitura deste parágrafo é possivel perceber que ao condutor
que exerce atividade remunerada é necessária a submissão de exames
complementares. O que nos trás a pergunta: quando o condutor que exerce
atividade remunerada deve ser reavaliado? O artigo 147 do CTB define:
§ 2º O exame de aptidão física e mental será preliminar e renovável a cada
cinco anos, ou a cada três anos para condutores com mais de sessenta e
cinco anos de idade, no local de residência ou domicílio do examinado.
(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
O texto do parágrafo § 3º em complemento ao § 2º definem que a avaliação
psicológica também seja complementar à renovação da CNH junto dos demais
exames. A Resolução Contran nº. 168/2004, define que:
§2º A Avaliação Psicológica será exigida quando da:
a) obtenção da ACC e da CNH;
b) renovação caso o condutor exercer serviço remunerado de transporte de
pessoas ou bens;
c) substituição do documento de habilitação obtido em país estrangeiro;
d) por solicitação do perito examinador.
O condutor que exerce atividade remunerada é submetido a uma nova
avaliação psicológica a cada vez que renova sua habilitação, a cada cinco anos, ou
a cada três anos se possuir mais de 65 anos.
Como a população desta pesquisa é constituída de condutores que exercem
atividade remunerada, em processo de renovação da CNH e que por este motivo
passaram por avaliação psicológica pericial.
25
Ao se tratar de pessoas que dependem da CNH para uso profissional, não é
incomum que o condutor venha depois do expediente para realização da avaliação.
Muitos são os casos de condutores que, depois de uma longa viagem e um cochilo,
vão à clinica credenciada para realização da avaliação psicológica.
2.3 Atenção
Sendo a atenção um fator importante em nosso cotidiano (BRAGA, 2007), a
atenção pode ser considerada a habilidade do indivíduo de focar e determinar quais
são suas ações em determinado contexto e suas consequências. (FILHO &
ABDALLA, 2008), É o ato de selecionar, interpretar e ponderar as ações, com base
em experiências do passado e a capacidade da mente em decidir o que fazer frente
a estes estímulos (BALBINOTA, TIMMC e ZAROB 2011). Os autores definem como
tipos de atenção: atenção seletiva, vigilância, sondagem, e atenção dividida.
Existem diversas teorias de atenção que tentam explicar este processo
cognitivo de forma que o defina. Citando como exemplo, a teoria do filtro em que
dois estímulos são apresentados, e a tomada de atenção é vinculada inicialmente a
apenas um deles, percebe-se que a atenção torna-se controladora da percepção
(BRAGA apud Broadbent, 2007). Ao passo que, segundo a teoria de Treisman, a
atenção não elimina o segundo estímulo, mas a ele não dá importância. Existe
também a teoria bottleneck onde todos os estímulos são percebidos, mas a eles é
dada uma resposta por vez, ou seja, são percebidos os estímulos e a necessidade
de lhes dar atenção. Há também a teoria dos recursos de atenção; esta teoria
defende que a atenção é dividida na quantidade de estímulos presentes... e a
complexidade de cada um determina a intensidade da atenção. As diversas teorias
de atenção não se excluem, mas se completam (BRAGA, 2007).
Este estudo focou-se na atenção seletiva, onde o indivíduo exerce a
capacidade de se concentrar em determinada atividade em detrimento de outra.
Neste caso na habilidade de conduzir o veículo automotor. Ao motorista cabe
selecionar as informações do ambiente viário, tomando ciência destes estímulos
(como placas de sinalização) sem ocasionar prejuízos a atividade que exerce e ao
outro usuário da via. O condutor está passível de encontrar adversidades na via e
caberá a ele a tomada de decisões quanto a atitude que tomará. O ambiente viário
apresenta inúmeros estímulos que possam fazer com que sua atenção seja
26
prejudicada (BALBINOTA, TIMMC & ZAROB, 2011). Segundo estudos realizados
por Rozestraten, a maioria de acidentes ocorridos está relacionada com a falta de
atenção do condutor e/ou do pedestre. (BRAGA, 2007)
A atenção concentrada é capacidade do indivíduo de selecionar determinado
estímulo e dirigir sua atenção a este, por determinado tempo. A atenção
concentrada é necessária para o bom aproveitamento do trabalho (CAMBRAIA,
2009), no caso de condutores na atividade de dirigir o veículo automotor.
2.3.1 Ambiente e o Stress.
As condições de trabalho e ambientais interferem no trabalho do condutor e
em sua saúde física e psicológica: irritabilidade e concentração são exemplos de
elementos que sofrem alteração em conformidade com as condições ambientais. Os
contínuos deslocamentos do motorista faz com que sofra diversos tipos de pressões
ambientais. (BATTISTON, CRUZ e HOFFMANN, 2006)
O relacionamento interpessoal no trabalho é importante para o condutor.
Existem condutores que dirigem sozinhos, enquanto outros dirigem a companhia de
um ajudante ou mesmo de passageiros. Ele assume decisões e responsabilidades
por sua vida e daquele que transporta, bem como dos outros usuários nas vias de
trânsito. É uma atividade solitária, uma vez que é dele a tomada de decisão, e o bom
relacionamento interpessoal (entre o condutor e passageiros, outros condutores e
outros usuários do trânsito) tendem a influenciar também eu sua concentração e
stress durante a jornada de trabalho. (BATTISTON, CRUZ e HOFFMANN, 2006)
A fadiga do motorista com a perda da atenção concentrada. Não só a fadiga,
como a idade do condutor também é fator importante em relação a atenção. Aos
motoristas é indiscutível o fato de que é necessário que seja mantido o foco
(atenção) no momento da direção, para evitar acidentes (próprios e de terceiros)
bem como evitar infrações e para primar o bom ambiente do trânsito. (RUEDA &
SISTO apud Campagne, Pebayle & Muzet, 2009).
Um dos fatores que podem influenciar no comportamento do individuo no
transito é o sofrimento psíquico. Existem indivíduos que apresentam adaptação a
este sofrimento e seu comportamento é adaptado e coerente, nos mais diversos
ambientes, enquanto outros encontram dificuldades em se comportar. Situações
estressantes, como o trânsito, influências externas (como estímulos visuais e
27
sonoros) bem como influências internas (sofrimento psíquico) podem desencadear
reações diversas que devem ser prevenidas em prol do bem-estar psicológico.
(BOCK, FURTADO e TEIXEIRA, 1999). Medo é um elemento que influencia na
tomada de decisões e na fluência do ambiente de trânsito, bem como nas escolhas
do motorista. (BATTISTON, CRUZ e HOFFMANN, 2006)
Existem diversos estudos acerca do estresse no trabalho, ou o chamado de
estresse laboral. Os fatores causadores do estresse são muitos: medo,
agressividade, problemas pessoais, dificuldades na via, relacionamento interpessoal,
entre outros fatores que, psíquica e metabolicamente causam mudanças no
comportamento do ser humano, neste caso do motorista. (BAPTISTA, RUEDA,
SISTO, 2008)
Embora existam estudos, nenhum deles confirma que o stress e a atenção
tenham uma ligação entre si. O que se sabe, porém, é que os níveis de atenção
podem ser afetados pelo stress. (BAPTISTA, RUEDA, SISTO, 2008)
Considerando que o ambiente e o stress são fatores de influência direta na
vida do condutor que exerce atividade remunerada, estando presentes no dia-a-dia
do exercício de sua função, é necessário notar que estes também são fatores
importantes. A atenção vem de encontro sendo esta uma habilidade que ajudará o
motorista a enfrentar as adversidades que vir a encontrar no ambiente viário.
A Resolução nº 425/2012 do CONTRAN, elenca uma série de habilidades
que devem ser avaliadas no candidato a CNH, pelo Psicólogo perito Avaliador de
Trânsito ou Especialista em psicologia do Trânsito, devidamente credenciados junto
ao DETRAN de seu estado. Dentre as características que deve apresentar,
destacam-se:
1. Tomada de informação;
2. Processamento de informação;
3. Tomada de decisão;
4. Comportamento;
5. Traços de Personalidade.
(Resolução Nº 425/2012, CONTRAN)
Tomando como objetivo deste estudo a Tomada de Informação (Atenção) e o
Comportamento do condutor, é importante avaliar sua atenção e concentração.
Conforme foi citado, são diversos os tipos de atenção a serem avaliadas, e uma
grande gama de testes psicológicos aprovados pelo CFP.
28
2.3.2 Avaliação de Atenção Concentrada
A avaliação de atenção concentrada emerge em 1895, possivelmente ao
passo que a Psicologia se firmava como ciência. Composta por um texto em que o
avaliado necessitava assinalar todas as letras “a”, o teste foi modificado e dele
emergiram diversos outros como o famoso teste de Toulouse-Pierón e de Bourdon,
que embasou a criação do teste de Atenção Concentrada de Cambraia.
(CAMBRAIA, 2009)
É importante salientar que, ainda que muito utilizado no campo da avaliação
psicológica para o Trânsito, o teste AC de Cambraia não foi criado para esta
finalidade, ao passo que o teste TEACO-FF de Rueda de Sisto, sim. Para a presente
pesquisa, foram utilizados estes dois testes para avaliação dos candidatos e
obtenção dos resultados.
2.3.2.1 Teste AC – Atenção Concentrada
Dentre muitos testes aprovados para aplicação e uso pelo CFP, está o teste
AC de Suzy Vijande Cambraia. Segundo o autor:
Atenção concentrada pode ser definida como a capacidade de selecionar
uma fonte de informação(...), entre todas as que estão disponíveis em um
determinado momento e conseguir dirigir sua atenção (...) para este
estímulo ou tarefa a ser realizada no decorrer do tempo.
(CAMBRAIA, 2009)
Em outras palavras: a atenção concentrada é definida pela tomada de
informação e o foco no estímulo durante a tarefa ou o tempo definido.
Este teste consiste em localizar dentre 441 estímulos, três símbolos pré
determinados (uma seta negra voltada para direita, uma seta apontando para baixo
com um ponto no centro e uma seta branca para esquerda), totalizando 147
marcações, ou sete marcações por linha. O avaliado tem cinco minutos para realizar
esta tarefa. A correção consiste em localizar os símbolos corretos assinalados e
descontar destes os erros e omissões.
Publicado pela primeira vez em 1967, o teste consistia em reavaliar os
candidatos que já haviam sido testados pelo teste de Toulouse-Pierón, o então único
teste de atenção concentrada no Brasil. Depois de alguns estudos optou-se pela
29
utilização de um símbolo comum: um triangulo estilizado que era graficamente
representado por uma ponta de flecha nas direções baixo, cima, esquerda e direita.
Também foi definido que existiram setas brancas, pretas e com um ponto no centro.
Destas doze combinações foram escolhidas três que formariam os estímulos do
teste que é utilizado hoje em dia.
Como citado anteriormente, o Teste AC não foi criado exclusivamente para o
uso para Avaliação Psicológica de trânsito, mas para uma avaliação geral.
Entretanto, o teste é amplamente difundido na Avaliação Psicológica no contexto do
trânsito. Para este teste é utilizada a escolaridade do avaliado como base para
correção.
Desde sua criação e publicação em 1967, foram realizadas diversas
pesquisas: 1974, 1992, 1995. Em 2001, a Editora Vetor, que detém os direitos de
publicação do Teste AC, realizou um estudo de padronização em diversos estados
brasileiros: São Paulo, Rio Grande do Norte, Paraná, Espírito Santo.
Foram detectadas diferenças estatísticas nos resultados e cada estado e para
isso foram padronizadas tabelas de correção para cada população. Entre 2008 e
2009 uma nova pesquisa de padronização foi realizada, agora nos estados de São
Paulo, Amazonas, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Desta padronização emergiu
uma tabela geral provisória com os resultados obtidos.
Uma vez que todos os testes psicológicos necessitam uma validade de
precisão, a mais recente avaliação de precisão em 2003, o qual foi optado testereteste com uma população de 62 candidatos. Foi resultante um melhor
desempenho dos candidatos neste processo.
Nos últimos anos, foi realizada a correlação do Teste AC com outros testes
que avaliam a Atenção Concentrada. Em 1999, foi realizada uma correlação do
Teste AC com os testes TACOM A e TACOM B (TONGUET, 1999), estes para o
contexto do trânsito. Obteve-se uma correlação satisfatória entre ambos, entretanto
uma correlação maior entre os testes foi impossível de aferir, uma vez que o tempo
de aplicação dos testes é diferente.
Em 2011, foi realizada uma nova correlação agora entre o AC e o Teste de
Atenção Concentrada D2 (BRIKENKAMP, 1990). Nesta ocasião, pode-se afirmar
que ambos os testes avaliam a mesma característica.
30
Sendo este um teste amplamente estudado, válido e coerente com o objetivo
desta pesquisa optou-se utilizá-lo como elemento de coleta de dados desta
pesquisa.
2.3.2.2 Teste TEACO-FF
Elaborado com a finalidade de avaliar a Atenção Concentrada de motoristas,
o teste TEACO-FF, de Fábian Javier Marín Rueda e Fermino Fernandes Sisto,
“avalia a capacidade de uma pessoa em selecionar apenas uma fonte de informação
diante de vários estímulos distratores em um tempo pré-determinado..” (RUEDA &
SISTO, 2009).
O teste consiste na apresentação de 500 estímulos, separados em 20 colunas
com 25 estímulos distintos, onde o avaliado deve localizar uma “cruz com quatro
pontos em volta”, totalizando 180 alvos, em 4 minutos de aplicação. O resultado
emerge da contagem dos estímulos alvo assinalados pelo avaliado, bem como a
subtração de estímulos omitidos erros.
Estudos psicométricos realizados em 1058 sujeitos, contando com estudantes
universitários e motoristas (estes totalizando 460 participantes). Foi analisado o
construto por sexo, idade, em razão da escolaridade e estado. Com a avaliação
psicológica pericial dos motoristas emergiu a variável categoria da CNH e atividade
remunerada e não-remunerada.
Estudos de correlação entre testes psicológicos que avaliam Atenção
Concentrada e o TEACO-FF foram realizados ao longo dos anos. Um estudo de
correlação convergente como Teste AC de CAMBRAIA (2003), que embora tenham
encontrado correlações formou-se uma dúvida por parte dos autores quanto o foco
da característica aferida pelo teste AC, afirmando a quantidade de estímulos do AC
ser caracterizado por um teste de atenção dividida.
Foram avaliadas outras correlações com testes como Atenção Sustentada –
AS (SISTO, NORONHA, LAMOUNIER, RUEDA & BARTHOLOMEU, 2006), Atenção
Dividida – AD (SISTO, NORONHA, LAMOUNIER, RUEDA & BARTHOLOMEU,
2006), Teste Conciso de Raciocínio – TRC (SISTO, 2006), Teste Pictórico de
Memória – TEPIC-M (RUEDA & SISTO, 2007), Escala de Vulnerabilidade ao
Estresse no Trabalho – EVENT (SISTO, BAPTISTA, NORONHA & SANTOS, 2007)
31
que comprovaram a validade do TEACO-FF. O estudo de precisão realizado teve
índices de precisão considerados excelentes para o CFP em 2003.
Segundo a Tabela 29 do livro Teste de Atenção Concentrada – TEACO-FF de
Rueda & Sisto 2009, os resultados dos testes aplicados nos participantes da
pesquisa base foram mensurados segundo o exercício ou não de Atividade
Remunerada. Esta foi a tabela eleita para que os resultados da aplicação do teste
TEACO-FF sejam corrigidos, nesta pesquisa.
2.3.3 Relação entre os Resultados do AC e TEACO-FF
Ainda que sejam utilizados dois testes para avaliação psicológica dos
participantes, este não se trata de um estudo de correlação psicométrica. Não foi
buscado uma eficácia iou mesmo comparação de um teste sobre o outro, ou mesmo
retomar questionamentos de determinado autor.
Ao analisar as respostas, tabelas e estudos que embasaram a validade dos
testes, bem como mecanismos de correção, este estudo usará os dados
psicométricos como ponto base para investigar nos níveis de atenção concentrada
dos conbdutores envolvidos no processo de renovação da CNH.
Como foi citado, é importante medir os níves de atenção do condutor e
descobrir qual sua concepção quanto a avaliação psicológica, em relação a sua
atenção.
32
3 MATERIAIS E MÉTODO
3.1 Ética
Conforme a resolução do Conselho Federal de Psicologia, os dados que
embasaram a realização desta pesquisa, fazem parte do arquivo de uma clínica de
perícia de Avaliação Psicológica para o DETRAN. Para tanto foi elaborado um
Termo de Compromisso de Utilização de Dados (Anexo). Todos os dados foram
coletados visando o objetivos da pesquisa, que não incorriam em nenhum tipo de
risco, atendendo assim à Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, do
Ministério da Saúde, que tem nos Comitês de Ética em Pesquisa com Seres
Humanos o atendimento aos 4 princípios da Bioética, a saber, autonomia,
beneficência, não-maleficência e justiça.
3.2 Tipo de Pesquisa
A metodologia escolhida para a presente pesquisa foi a análise de dados,
posterior a coleta de dados de participantes que compareceram para avaliação
psicológica para renovação da CNH. Os dados obtidos são resultado de um
questionário e uma avaliação psicológica com a aplicação de testes psicológicos
com objetivo de avaliar importância da atenção dos participantes.
A pesquisa foi realizada em três fases antes da análise dos dados:

Questionário Padrão;

Aplicação do teste de atenção TEACO-FF

Aplicação do teste de atenção AC.
Os dados foram avaliados qualitativa para obtenção de um resultado. A
pesquisa Qualitativa parece ter vocação para mergulhar na profundidade dos
fenômenos. Os resultados auxiliam o planejamento de ações coletivas e produz
resultados passíveis de generalização, principalmente quando as populações
pesquisadas representam com fidelidade o coletivo. (BIGNARD, 2001).
3.3 Universo
Este estudo abrange a cidade de Cerquilho – SP.
33
3.4 Sujeitos e Amostra
Durante os meses de Agosto a Novembro de 2013, foram avaliados 34
condutores que exercem Atividade Remunerada, com idades entre 20 e 70 anos,
residentes e atuantes no município de Cerquilho – SP.
3.5 Instrumento de Coleta de Dados
Para realização da pesquisa foi utilizado um questionário fechado que foi
disponibilizado aos participantes, antes da realização dos testes, e por meio destes
foram levantadas questões pessoais e sobre o trânsito (Apêndice).
A atenção de cada condutor foi avaliada pelo pesquisador, por meio de dois
testes de atenção concentrada: TAECO-FF e AC.
Por não ser um teste comum nas avaliações psicológicas no ambiente em
que estão inseridos os participantes, foi escolhido o teste TAECO-FF para uma
precisa avaliação de atenção concentrada. Ao passo que o AC é um teste cuja
familiaridade com a população é comum, uma vez que este é mais comumente
aplicado em situações de avaliação psicológica.
É possível perceber que os testes escolhidos têm o mesmo objetivo de
avaliação o que tornará precisa a obtenção dos resultados e sua análise.
3.6 Procedimentos para Coleta de Dados
Foi realizada a aplicação questionário em momento anterior a testagem. Com
os dados obtidos na entrevista, foi possível determinar características da população.
Uma vez preenchido o questionário, os participantes realizaram os testes de
atenção concentrada. Primeiro o TAECO-FF e logo em seguida, o teste AC. Os
dados obtidos foram armazenados para posterior análise.
3.7 Procedimentos para Análise dos Dados
Uma vez realizado o encontro com os participantes e a aplicação dos testes,
os testes foram corrigidos e os dados compilados para obtenção de um resultado
global. Para correção dos testes psicológicos:
34
AC – Tabela de Pesquisas 2011 - Percentil em função da escolaridade, de
Cambraia 2009, página 58.
TEACO-FF – Tabela 29 do livro Teste de Atenção Concentrada – TEACO-FF
de Rueda e Sisto 2009, página 86.
35
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos de cada um dos 34 participantes estão relacionados no
quadro abaixo, de forma bem simples em primeiro momento. Para melhor análise
dos resultados foram elaborados 10 gráficos que serão apresentados a seguir.
Questionário
Em momento anterior à aplicação dos testes, cada participante que se
encaminhou a avaliação psicológica para Renovação da CNH respondeu um
questionário sobre suas informações pessoais. Dentre os dados obtidos, foram
selecionados alguns deles para compor a presente pesquisa, sendo estes: Sexo,
Idade, Escolaridade e Categoria da CNH.
Sexo dos Participantes
Um importante dado nesta pesquisa é quanto ao sexo dos participantes. A
predominância masculina como condutor com atividade remunerada é evidente,
somando 97% dos participantes (correspondendo a 33 pessoas). Apenas uma
mulher compareceu à clinica para renovação da CNH, o que corresponde a 03% do
total de participantes.
Gráfico 01 - Percentil referente ao sexo dos 34 participantes.
Fonte: Dados da Pesquisa. Cerquilho – SP. 2013.
36
Idades dos Participantes
As idades dos participantes variou entre 21 a 65 anos. Para favorecer a
análise dos dados obtidos as idades foram classificadas como 21-30 anos, 31-40
anos, 41-50 anos, 51-60 anos e 60 anos ou mais.
Gráfico 02 - Percentil referente a idade dos 34 participantes.
Fonte: Dados da Pesquisa. Cerquilho – SP. 2013.
Assim, obteu-se o resultado: 21-30 anos corresponde a 12% (4 participantes);
31-40 anos corresponde a 41% (14 participantes); 41-50 anos corresponde a 35%
(12 participantes), 51-60 anos e e 60 anos ou mais correspondem cada um a 6% (2
participantes). Pode-se então afirmar que mais da metade dos participantes (53%)
tem idades entre 21 e 40 anos.
Escolaridade dos Participantes
Uma categoria muito importante e sempre presente nos estudos dos mais
variados testes psicológicos é a escolaridade. Neste estudo, foram detectadas
escolaridades diversificadas: Fundamental Ciclo 1 (1ª a 4ª série), Fundamental Ciclo
2 (5ª a 8ª série), Ensino Médio (2º Grau) e Ensino Superior.
37
Gráfico 03 - Percentil referente a escolaridade dos 34 participantes.
Fonte: Dados da Pesquisa. Cerquilho – SP. 2013.
Obteve-se o seguintes resultados quanto a escolaridade dos participantes,
conforme apresentado no Gráfico 3: Fundamental Ciclo 1 (1ª a 4ª série) corresponde
a 24% (8 participantes), Fundamental Ciclo 2 (5ª a 8ª série) corresponde a 35% (12
participantes),
Ensino Médio (2º Grau) corresponde a 35% (12 participantes); e
Ensino Superior corresponde a 6% (2 participantes).
Categoria de Habilitação dos Participantes
As categorias de Habilitação permitem classificar quais os tipos de veículos
cada condutor está apto e habilitado a conduzir. A categoria AC corresponde
veículos motorizados de uma ou duas rodas, bem como veículo motorizado com
transporte de cargas, cujo peso bruto total corresponda a 3mil toneladas, exemplos:
moto, motoneta e caminhão não articulado, trator, veículos para atividade agrícola
e/ou construção; A categoria AD corresponde veículos motorizados de uma ou duas
rodas, além de veículo motorizado utilizado em transporte de passageiros,
exemplos: van, onibus não articulado, microonibus, transporte escolar, até oito
lugares, além do motorista; A categoria AE corresponde veículos motorizados de
uma ou duas rodas, e quando a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C e
38
D, mas que seja acoplado reboque, carreta, com mais de 6 toneladas ou que leve
passageiros com mais de 8 lugares, ou mesmo trailler, temos como exemplos:
onibus de viagem, trailer caminhões de garga.
As categorias D e E também correspondem: categoria D a veículo motorizado
utilizado em transporte de passageiros, exemplos: van, onibus não articulado,
microonibus, transporte escolar, até oito lugares, além do motorista; e categoria E
veículos motorizados de uma ou duas rodas, e quando a unidade tratora se
enquadre nas categorias B, C e D, mas que seja acoplado reboque, carreta, com
mais de 6 toneladas ou que leve passageiros com mais de 8 lugares.
As categorias de CNH dos participantes foram: AC, AD, AE, D e E, conforme
pode-se analisar no Gráfico 4:
Gráfico 04 – Percentil referente a Categoria de Habilitação de cada um dos 34 participantes.
Fonte: Dados da Pesquisa. Cerquilho – SP. 2013.
Para cada categoria, foi obtido os seguintes resultados: participantes com
categoria de CNH AC corresponde a 23% (8 participantes); participantes com
categoria de CNH AD corresponde a 26% (9 participantes); participantes com
categoria de CNH AE corresponde a 12% (4 participantes);
participantes com
categoria de CNH D corresponde a 18% (6 participantes); participantes com
categoria de CNH E corresponde a 21% (7 participantes).
39
Segurança no Trânsito
Ainda que não seja possível mensurar com tabelas e gráficos, durante o
questionário foi perguntado aos participantes tópicos sobre o ambiente de trânsito.
Dentre eles, uma questão sobre acidente de trânsito: “c) O que significa para você o
acidente de trânsito?” e outro sobre a segurança “d) O que significa para você a
segurança no trânsito?”. (Apêndice)
Todos os condutores responderam que para a primeira questão que o
acidente ocorre por falta de atenção do motorista e por imprudência. Já para a
segunda
questão,
sobre
a
segurança,
as
respostas
englobaram
desde
equipamentos de segurança (cinto de segurança, respeitar as sinalizações) como o
uso da atenção durante todo o exercício da profissão.
Conclui-se que a atenção é uma habilidade que está conscientemente ligada
ao uso da CNH aos condutores participantes.
Testes de Atenção Concentrada
Nos tópicos seguintes, serão apresentados os Gráficos representando o
Percentil dos Resultados em cada teste, bem como sua Classificação. Seguindo as
Classificações dos resultados de acordo com as Tabelas dos respetcivos manuais
dos testes, obteve-se dois gráficos com a apresentação desta classificação segundo
as respostas dos condutores. São as classificações: Inferior, Médio Inferior, Médio,
Médio Superior e Superior.
Teste AC
Para interpretação dos dados obtidos com a aplicação do teste AC foi
utilizada a Tabela de Pesquisas 2011 - Percentil em função da escolaridade, do
Manual do Teste (CAMBRAIA, 2009). No Gráfico 5, foram apresentados os percentis
resultantes do teste AC realizados pelos condutores. Os resultados dos percentis
equivalem de 0 a 100%, e foram classificados em grupos decimais para melhor
distribuição e visualização dos resultados.
40
Gráfico 05 - Percentil referente aos 34 participantes quanto o percentil resultante do Teste AC.
Fonte: Dados da Pesquisa. Cerquilho – SP. 2013.
Logo, pode-se observar quanto ao percentil resultante do teste AC: 28% dos
condutores obteve um percentil entre 0-10% (10 participantes); 6% dos condutores
obteve um percentil entre 11-20% (02 participantes); 6% dos condutores obteve um
percentil entre 21-30% (02 participantes); 17% dos condutores obteve um percentil
entre 31-40% (06 participantes); 14% dos condutores obteve um percentil entre4150% (05 participantes); 6% dos condutores obteve um percentil entre 51-60% (02
participantes); 6% dos condutores obteve um percentil entre 61-70% (02
participante); 3% dos condutores obteve um percentil entre 71-80% (01 participante);
8% dos condutores obteve um percentil entre 81-90% (03 participantes); 6% dos
condutores obteve um percentil entre 91-100% (02 participantes).
Em suma: os resultados entre 0-30% foram obtivos por 38% dos contudotes
(14 participantes). Os resultados entre 31-70% foram obtivos por 44% dos
condutores (15 participantes). Por fim, os resultados entre 71-90% foram obtidos por
18% dos condutores (06 participantes). Conclui-se assim que 60% dos participantes
obtiveram resultado maior ou igual a 30% o que o classificaria como Apto, segundo
o manual do teste AC.
41
Uma vez sendo a base do teste AC a escolaridade dos participantes, foi
utilizada a tabela da pesquisa de 2001 como base para análise dos resutlados de
classificação, conforme apresentado no Gráfico 6.
Gráfico 06 - Percentil referente aos 34 participantes quanto a classificação resultante no Teste
AC.
Fonte: Dados da Pesquisa. Cerquilho – SP. 2013.
Assim sendo, obteve-se como resultado quanto a categoria das respostas no
teste AC: 15% dos condutores classificados como Inferior (05 participantes); 26%
dos condutores classificados como Médio Inferior (09 participantes); 41% dos
condutores classificados como Médio (14 participantes); 12% dos condutores
classificados como Médio Superior (04 participantes); 6% dos condutores
classificados como Superior (02 participante).
Os condutores com resultados Inferior e Médio Inferior equivalem a 41% do
total (14 participantes). Os condutores com resultados entre Médio e Médio Superior
equivalem a 53% do total (18 participantes). Os condutores com resultado
classificado como Superior equivalem a 6% do total (02 participantes). Conclui-se
assim que 59% dos participantes obtiveram resultado mínimo a classificação Médio
o que categoriza como Apto, segundo o manual do teste AC.
42
Teste TEACO-FF
Para interpretação dos dados do teste TEACO-FF, foi utilizada a Tabela 29 do
livro Teste de Atenção Concentrada – TEACO-FF de RUENDA e SISTO 2009. A
referida tabela foi eleita como base da interpretação dos dados, por conter ali as
estatísticas, percentis e classificação de atenção concentrada para atividade
remunerada o que cabe a esta pesquisa. No Gráfico 7, foram apresentados os
percentis resultantes do teste TEACO-FF realizados pelos condutores.
Gráfico 07 - Percentil referente aos 34 participantes quanto o percentil resultante do Teste
TEACO-FF.
Fonte: Dados da Pesquisa. Cerquilho – SP. 2013.
Os resultados dos percentis equivalem de 0 a 90%, e foram classificados em
grupos decimais para melhor distribuição e visualização dos resultados. Logo, podese observar que: 9% dos condutores obteve um percentil entre 0-10% (03
participantes); 9% dos condutores obteve um percentil entre 11-20% (03
participantes); 20% dos condutores obteve um percentil entre 21-30% (07
participantes); 17% dos condutores obteve um percentil entre 31-40% (06
participantes);
9%
dos
condutores
obteve
um
percentil
entre41-50%
(03
participantes); 15% dos condutores obteve um percentil entre 51-60% (05
43
participantes); 3% dos condutores obteve um percentil entre 61-70% (01
participante); 12% dos condutores obteve um percentil entre 71-80% (04
participantes); 6% dos condutores obteve um percentil entre 81-90% (02
participantes).
Em suma: os resultados entre 0-30% foram obtivos por 38% dos contudotes
(13 participantes). Os resultados entre 31-70% foram obtivos por 44% dos
condutores (15 participantes). Por fim, os resultados entre 71-90% foram obtidos por
18% dos condutores (6 participantes). Conclui-se assim que 62% dos participantes
obtiveram resultado maior ou igual a 40% o que o classificaria como Apto, segundo
o manual do teste TEACO-FF.
Segundo a Tabela 29 do livro Teste de Atenção Concentrada – TEACO-FF de
RUENDA e SISTO 2009, os resultados dos testes aplicados nos participantes foram
mensurados segundo o exercício ou não de Atividade Remunerada. Se realizada a
verificação e classificação dos resultados segundo a Tabela 27 do manual do
TEACO-FF, onde os resultados são classificados segundo: Obtenção, Mudança ou
Renovação de CNH as classificações teriam uma diferença de 10% para mais ou
para menos, dependendo da pontuação obtida pelo participante.
Uma vez que esta pesquisa prima a atividade remunerada como requisito
principal para os resultados que se quiseram obter, opto-se pela Tabela 29 como
base para correção. Assim, os resultados obtidos foram: 9% dos condutores
classificados como Inferior (03 participantes); 29% dos condutores classificados
como Médio Inferior (10 participantes); 38% dos condutores classificados como
Médio (13 participantes); 21% dos condutores classificados como Médio Superior
(07 participantes); 3% dos condutores classificados como Superior (01 participante).
Os condutores com resultados Inferior e Médio Inferior equivalem a 37% do total (13
participantes).
44
Gráfico 08 - Percentil referente aos 34 participantes quanto a classificação resultante no Teste
TEACO-FF.
Fonte: Dados da Pesquisa. Cerquilho – SP. 2013.
Os condutores com resultados entre Médio e Médio Superior equivalem a
59% do total (20 participantes). Por fim, com o resultado de classificação Superior
equivale a 3% dos condutores totais, temos 1 participante. Conclui-se assim que
62% dos participantes obtiveram resultado mínimo a classificação Médio o que
categoriza como Apto, segundo o manual do teste TEACO-FF.
Classificação Geral dos Resultados
Com intuito de realizar uma única categoria dos resultados obtidos nos dois
testes de Atenção utilizados nesta pesquisa, AC e TEACO-FF, optou-se em agregar
todos os resultados quanto a sua Classificação, surgindo assim o Gráfico 9:
45
Gráfico 09 - Classificação Geral dos Resultados – quanto a quantidade de respostas de cada
classificação.
Fonte: Dados da Pesquisa. Cerquilho – SP. 2013.
Uma vez que os percentis dos testes acabam por diferir entre um resultado e
outro (no teste AC 30% é considerado resultado Médio, enquanto no TEACO-FF
este mesmo percentil é considerado Médio-Inferior), o pesquisador optou em utilizar
a classificação (Inferior, Médio Inferior, Médio, Médio Superior e Superior) para
ilustrar melhor o resultado geral desta pesquisa: 12% dos condutores foram
classificados como Inferior; 28% dos condutores foram classificados como Médio
Inferior; 40% dos condutores foram classificados como Médio; 16% dos condutores
foram classificados como Médio Superior; 4% dos condutores foram classificados
como Superior. Como resultado Geral, é possível observar que 40% dos resultados
dos testes tem suas respostas classificadas como Inferior ou Médio Inferior; 56% dos
resultados dos testes têm suas respostas classificadas como Médio ou Médio
Superior e 4% dos resultados dos testes tem suas respostas classificadas como
Superior. Em suma: 60% das respostas dos testes classificariam como Aptos seus
executores.
Entretanto, se faz necessária a visualização das respostas de cada
participante quanto a sua atenção, agora classificados conforme as categorizações:
Inferior, Médio Inferior, Médio, Médio Superior e Superior. Para isso foi elaborado e é
46
apresentado o Gráfico 10 onde está o Resultado Geral de Classificação quanto à
frequência de resultados de cada participante.
Gráfico 10 – Resultado Geral de Classificação AC e TEACO-FF – quanto a frequencia de
resultados de cada participante.
Fonte: Dados da Pesquisa. Cerquilho – SP. 2013.
Foram classificados os dois resultados obtidos em cada teste, de forma que
permita a visualização geral desta bateria de testes de Atenção. Foram
categorizados os condutores que obtiveram classificação Inferior em ambos os
testes; classificação Inferior e Médio Inferior; Inferior e Médio; Médio Inferior em
ambos; Médio Inferior e Médio; Médio Inferior e Médio Superior; Médio Inferior e
Superior; Médio em ambos os testes; Médio e Médio Superior; Médio Superior em
ambos os testes; e Superior em ambos os testes. Nenhum participante obteve
Inferior e Médio Superior ou Superior, tampouco Médio e Superior ou Médio Superior
e Superior. Os resultados obtidos nesta análise foram: 3% obtiveram classificação
Inferior nos dois testes (01 participante); 12% obtiveram classificação Inferior / Médio
Inferior (04 participantes); 6% obtiveram classificação Inferior / Médio (02
participantes); 9% obtiveram classificação Médio Inferior / Médio Inferior (03
participantes); 17% obtiveram classificação Médio Inferior / Médio (06 participantes);
6% obtiveram classificação Médio Inferior / Médio Superior (02 participantes); 3%
47
obtiveram classificação Médio Inferior / Superior (01 participante); 18% obtiveram
classificação Médio nos dois testes (06 participantes); 20% obtiveram classificação
Médio / Médio Superior (07 participantes); 3% obtiveram classificação Médio
Superior nos dois testes (01 participante); 3% obtiveram classificação Superior nos
dois testes (01 participante).
Com as classificações apresentadas é possível concluir que 76% dos
condutores obtiveram ao menos uma classificação Médio nos testes, o que o
categorizou como Apto a renovação da CNH, no quesito de Atenção, enquanto 24%
dos condutores obteve a classificação Inapto para renovação da CNH, no quesito da
Atenção. Estes condutores inaptos expressaram diversos motivos por sua inaptidão:
esquecimento de óculos, fadiga, longa jornada de trabalho, problemas pessoais.
Estes participantes foram encaminhados para reteste e apenas um deles não
conseguiu uma pontuação necessária para classificação mediana, tendo de repetir
os testes mais uma vez.
48
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A cidade de Cerquilho-SP é um a cidade considerada pequena por órgão
oficias do Governo, como o IBGE, entretanto já sofre com diversos malefícios do
trânsito como em cidades maiores: engarrafamentos em horário de pico, problemas
com sinalização e manutenção de vias e uma expressiva frota de veículos.
Contando com CIRETRAN próprio e com três psicólogos credenciados pelo
DETRAN, os candidatos a obtenção, mudança e renovação de CNH são
encaminhados a estes três profissionais mensalmente.
Quando proposta esta pesquisa, a cidade não contava com algumas
melhorias no trânsito, como a instalação se sinais (farol) e o recapeamento de vias,
o que facilitou e favoreceu o ambiente viário. Também quanto a proposta inicial
desta pesquisa visava medir os níveis de estresse dos candidatos, entretanto a
dificuldade em obter material bibliográfico de pesquisa, tornaria este trabalho
teoricamente pobre. Optou-se, então focar em um requisito importante no ambiente
de trânsito: a atenção.
Durante os meses de Agosto a Novembro de 2013, 34 condutores que
exercem atividade remunerada foram avaliados na clínica do pesquisador com
objetivo de renovar a CNH. Durante a bateria de testes foi avaliado os níveis de
Atenção Concentrada de cada participante por meio dos testes TEACO-FF e AC.
Contando com um questionário que auxiliou o pesquisador a obter informações
sobre cada participante, foi possível categorizar, analisar e elaborar resultados que
permitissem uma melhor compreensão dos dados obtidos durante a realização da
avaliação psicológica para a renovação da CNH dos participantes.
Os 34 condutores participantes são residentes e atuantes na cidade de
Cerquilho, de ambos os sexos, com idades entre 20 e 70 anos. A maioria dos
condutores que exercem atividade remunerada e que compareceram para Avaliação
Psicológica para renovação da CNH no município de Cerquilho, é composta por
homens, com escolaridade entre o Ensino Fundamental Ciclo 2 e o Ensino Médio,
com categorias de habilitação diversas. Todos os condutores participantes têm
consciência que a atenção é importante no ambiente de trânsito.
49
Destes participantes 24 foram considerados Aptos para renovação da CNH,
enquanto 7 foram reprovados e necessitaram realizar um reteste depois de 1 mês de
sua reprovação.
Quanto os resultados isolados obtidos em cada teste, obtivemos resultados
muito próximos em cada um. No teste TEACO-FF, concluiu-se que 62% dos
participantes obtiveram resultado maior ou igual a 40% (Médio) o que os classificaria
como Apto, segundo o manual do teste; e no teste AC, 60% dos participantes
obtiveram resultado maior ou igual a 30% (Médio) o que os classificaria como Apto,
segundo o manual do teste AC. Os condutores participantes obtiveram melhores
resultados na execução do teste de atenção concentrada TEACO-FF, onde 62% dos
participantes obtiveram resultado mínimo a classificação Médio o que categoriza
como Apto, segundo o manual do teste TEACO-FF, ainda que a diferença de
resultados com o teste de Atenção Concentrada AC, seja cerca de 2%.
Foi necessária uma análise mais pontual quanto a classificação obtida por
cada participante em ambos os testes. Uma vez realizada a mensuração da
freqüência de respostas que cada candidato expressou nos testes, chegou-se a
conclusão de que 76% dos condutores obtiveram ao menos uma classificação Médio
nos testes, o que o categorizou como Apto a renovação da CNH, no quesito de
Atenção, enquanto 24% dos condutores obteve a classificação Inapto para
renovação da CNH, no quesito da Atenção.
Estes condutores inaptos expressaram diversos motivos por sua inaptidão:
esquecimento de óculos, fadiga, longa jornada de trabalho, problemas pessoais.
Estes participantes foram encaminhados para reteste e apenas um deles não
conseguiu uma pontuação necessária para classificação mediana, tendo de repetir
os testes mais uma vez.
Uma vez que condutores que realizam atividade remunerada, seja
transportando cargas ou vidas, são cidadão que participam ativamente do ambiente
de trânsito, níveis de atenção médios a superiores são primordiais. Os condutores
avaliados, em sua maioria apresentaram níveis considerados medianos seja na
primeira ou na segunda bateria de testes o que os manteve aptos para renovação da
CNH. Os fatores para os resultados inaptos foram muitos, o que levanta o
questionamento se o fato de conduzir não tenha se tornado uma atividade mecânica
e sem importância. A reprovação do candidato na Avaliação Psicológica mostrou-se
50
positiva, uma vez que no reteste os condutores apresentaram suas dificuldades
anteriores e obtiveram um melhor desempenho.
Uma vez que os condutores participantes têm consciência de que a atenção é
importante para segurança no ambiente de trânsito, se comprova a importância da
avaliação psicológica para condutores que exercem atividade remunerada. Os
condutores que exercem atividade remunerada em Cerquilho-SP apresentam, em
sua maioria, níveis adequados de atenção no exercício de sua profissão.
51
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Psicologia, 2010 1ª Edição.
55
APÊNDICE
Questionário
IDENTIFICAÇÃO PESSOAL
Nome: _______________________________________________________________
Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino - Estado civil: __________________________
Nascido em: ___/___/___ Cidade de Nasc.: _______________ Estado: _________
R.G.:_________________________ CPF:___________________________________
Endereço Residencial: _________________________________________________
Bairro: _____________ Cep: ___________ Cidade: __________________________
Telefone(s): __________________________________________________________
Escolaridade: __________________________ Curso:________________________
Profissão: _____________________________ Cargo: ________________________
Mão que usa para escrever: (
) Direita (
) Esquerda
(
) Ambas
SOBRE O TRÂNSITO
a) Porque pretende obter ou renovar/mudar a categoria da CNH?
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
b) Como você pretende utilizar sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH)?
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
c) O que significa para você o acidente de trânsito?
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
d) O que significa para você a segurança no trânsito?
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
e) Acrescente outras informações que julgar importantes (Opcional):
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
56
ANEXO
TERMO DE COMPROMISSO DE UTILIZAÇÃO DE DADOS
Eu Gabriel Arruda Burani, abaixo assinado, pesquisador envolvido no projeto
de título: A IMPORTÂNCIA DO TESTE DE ATENÇÃO NA RENOVAÇÃO DA CNH
DOS CONDUTORES, me comprometo a manter a confidencialidade sobre os dados
coletados nos arquivos da clínica BURANI – Clínica de Psicologia e
Desenvolvimento Humano bem como a privacidade de seus conteúdos, como
preconizam os Documentos Internacionais e a Resolução CNS nº 196/96 do
Ministério da Saúde.
Informo que os dados a serem coletados dizem respeito da Avaliação
Psicológica para Renovação da CNH (Carteira Nacional de Habilitação)
ocorridos entre as datas de: Agosto 2013 a Novembro 2013.
Cerquilho, ___ de _________ de 2013
____________________
Gabriel Arruda Burani
R.G.:34.564.001-9
C.P.F.:353.084.858-10
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MONOGRAFIA DE GABRIEL FINAL