INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA
ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS
DE DRENAGEM URBANA
DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
OUTUBRO DE 2004
SCOMURBE – Secretaria Municipal da Coordenação de Política Urbana e Ambiental
SMEU – Secretaria Municipal de Estrutura Urbana
SMRU – Secretaria Municipal de Regulação Urbana
SMHAB – Secretaria Municipal da Habitação
SUDECAP – Superintendência de Desenvolvimento da Capital
URBEL – Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte
APRESENTAÇÃO
O setor de projetos, assim como toda a cadeia produtiva da construção civil, tem sido motivado a
dar início a um processo de modernização, visando não só atingir melhores condições de
qualidade e produtividade, mas sobretudo, melhorar a qualidade do projeto gerado, uma vez que
este é a ferramenta fundamental na otimização e alocação dos recursos financeiros e no
planejamento e controle das obras.
Esperamos, a partir da implementação deste documento, aumentar a conscientização da
importância e eficiência do projeto para contratantes e contratados, para obtermos obras com
mais qualidade e produtividade, e assim garantir os lucros necessários aos empreendedores e a
satisfação desejável aos consumidores e usuários.
Esta publicação, traduz o objetivo da atual administração de criar um mecanismo que, tendo como
espinha dorsal a padronização, garanta qualidade e credibilidade aos serviços, que a PBH presta
à comunidade.
O trabalho ora apresentado, é parte integrante de todos os editais e contratos da PBH referentes a
projetos como se neles estivesse transcrito.
Por citação expressa no corpo do edital de licitação, o conteúdo poderá ser alterado ou
complementado para inovação técnica que atenda especificamente a determinado projeto ou obra
e somente nesta circunstância.
A prevalência deste documento técnico, reporta a período temporário e deve acompanhar o
processo evolutivo de nossos dias, de modo a mantê-lo atual, através das inserções a serem
efetuadas, tendo em vista o surgimento de novos conhecimentos e inovações tecnológicas.
Para elaboração deste documento considerou-se indispensável o conhecimento das normas,
especificações, métodos, padronizações, classificações, terminologias, e simbologias
estabelecidas pelo CADERNO DE ENCARGOS DA SUDECAP e pela ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) direta ou indiretamente relacionadas com o sistema de drenagem,
como se aqui estivessem transcritas.
GRUPO DE TRABALHO
SMEU
Eliana Marzulo Ribeiro
Ilda Maria Carvalho Aguiar
José Martins Guimarães Ferreira
Maria de Lourdes do Prado Reis
Marisa Ferreira Furtado
Odília da Cunha Peixoto Cançado
Rosana Loureiro Cheib
Túlio Vanni
Vanessa Miranda Santana
SMRU
Denise Holl
Suzana Rachid Nunes
SUDECAP
José Roberto Borges Champs (GGPD)
Eduardo de Oliveira Bueno (GGPD)
Miriam Terezinha Bragança Lana Prata (GGSAN)
Sônia Mara Miranda Knauer (GGSAN)
URBEL / SMHAB
Leila Lustosa Cabral de Almeida
SCOMGER-PAMPULHA
Flávia Cerávolo Silva
COORDENAÇÃO
Gerência de Normas e Padrões
REDAÇÃO FINAL
José Roberto Borges Champs
ÍNDICE
Apresentação..........................................................................................................
3
1 – Objetivo e Aplicação.........................................................................................
9
2 – Parâmetros Hidrológicos ..................................................................................
13
2.1 – Parâmetros Hidrológicos Utilizados na Drenagem de Áreas
Urbanas .............................................................................................
2.1.1 – Área de drenagem (A) ............................................................
2.1.2 – Período de recorrência (T) .....................................................
2.1.3 – Tempo de concentração (tc) ...................................................
2.1.4 – Duração da chuva de projeto (D) ...........................................
2.1.5 – Intensidade da chuva de projeto (I) ........................................
2.1.6 – Coeficiente de escoamento superficial (C) .............................
2.1.7 – Vazão de projeto (Q) ..............................................................
15
15
15
15
16
16
19
20
2.2 – Parâmetros Hidrológicos Utilizados na Drenagem de Vias ...............
2.2.1 – Área de drenagem (A) ............................................................
2.2.2 – Período de recorrência (T) .....................................................
2.2.3 – Tempo de concentração (tc) ...................................................
2.2.4 – Duração da chuva de projeto (D) ...........................................
2.2.5 – Intensidade da chuva de projeto (I) ........................................
2.2.6 – Coeficiente de escoamento superficial (C) .............................
2.2.7 – Vazão específica em uma sarjeta (q) .....................................
20
21
21
21
21
22
22
22
3 – Parâmetros Hidráulicos ....................................................................................
25
3.1 – Cálculo das velocidades médias dos escoamentos
Superficiais (V)...................................................................................
27
3.2 – Velocidade máxima nas redes tubulares ..........................................
27
3.3 – Velocidade mínima nas redes tubulares ...........................................
27
3.4 – Velocidade máxima nas sarjetas de concreto ...................................
27
3.5 – Velocidade máxima nas galerias prismáticas de concreto ................
27
3.6 – Velocidade mínima nas galerias prismáticas de concreto ................
28
3.7 – Seção molhada da rede tubular ........................................................
28
3.8 – Capacidade das sarjetas ...................................................................
28
3.9 – Capacidade de engolimento das bocas-de-lobo ...............................
29
4 – Critérios para Elaboração de Projetos de Microdrenagem ..............................
37
4.1 –Rede Tubular ......................................................................................
39
4.2 – Diâmetros para a rede tubular ...........................................................
39
4.3 – Ramal de ligação da boca-de-lobo ....................................................
39
4.4 – Locação da rede tubular ....................................................................
39
4.5 – Cobrimento mínimo sobre a rede tubular ..........................................
39
4.6 – Dispositivos de captação, condução e lançamento das águas
pluviais ..............................................................................................
7
39
4.7 – Conexão dos ramais de ligação das bocas-de-lobo .........................
39
4.8 – Espaçamento máximo entre poços-de-visita ....................................
39
4.9 – Instalação de caixas-de-passagem ...................................................
40
4.10 – Escolha da sarjeta padronizada ......................................................
40
4.11 – Largura máxima do caudal do escoamento na sarjeta
junto ao meio-fio (faixa de alagamento) .........................................
40
4.12 – Locação da primeira boca-de-lobo ..................................................
40
4.13 – Locação das bocas-de-lobo em pontos baixos................................
40
4.14 – Locação das bocas-de-lobo nos cruzamentos das vias .................
40
4.15 – Locação das bocas-de-lobo intermediárias ....................................
41
4.16 – Depressão do pavimento adjacente às bocas-de-lobo ...................
45
4.17 – Critérios para elaboração de desenhos ..........................................
45
4.17.1 – Escalas..................................................................................
4.17.2 – Notação ................................................................................
4.17.3 – Legendas ..............................................................................
4.17.4 – Simbologia ............................................................................
45
45
46
49
Referências Bibliográficas......................................................................................
55
8
1. OBJETIVOS E APLICAÇÕES
9
Esta Instrução têm por objetivos:
•
estabelecer a padronização dos procedimentos técnicos para a elaboração de estudos e
projetos de microdrenagem no Município de Belo Horizonte;
•
estabelecer procedimentos para implantação de sistemas de drenagem urbana capazes de
oferecer aos munícipes condições favoráveis de conforto e segurança quando da ocorrência
de eventos chuvosos.
São aplicáveis aos sistemas de microdrenagem, compreendendo a parte da drenagem urbana
que consiste na coleta, na condução e no lançamento final dos deflúvios superficiais.
Os projetos de novos loteamentos e da expansão da malha viária urbana, bem como a reforma ou
melhoria do sistema atual de microdrenagem, estarão condicionados a estas Instruções.
Estas instruções serão aplicáveis nas áreas classificadas como ZEIS (Zonas de Especial
Interesse Social), de atuação da URBEL, exceto onde, em razão de suas características
urbanísticas, dispõem de instruções próprias para seus sistemas de microdrenagem.
11
2. PARÂMETROS HIDROLÓGICOS
13
2.1. PARÂMETROS
URBANIZADAS
HIDROLÓGICOS
UTILIZADOS
NA
DRENAGEM
DE
ÁREAS
Por drenagem de área urbanizada entende-se a interceptação e/ou captação dos escoamentos
superficiais de áreas urbanas desprovidas de infra-estrutura para drenagem, parceladas ou não.
2.1.1. Área de drenagem (A)
A área objeto dos estudos será delimitada pelo método do “diagrama de telhado” quando as áreas
contíguas forem parceladas. Será delimitada segundo a geomorfologia (espigões) dos terrenos
contíguos quando estes não forem parcelados.
2.1.2. Período de recorrência (T)
Será adotado T = 10 anos
2.1.3. Tempo de concentração (tc)
O parâmetro “tempo de concentração” das áreas a serem drenadas deve ser calculado com base
em procedimentos diferenciados conforme as características da ocupação do solo. Assim devem
ser aplicados, neste caso, dois procedimentos distintos :
a) Para áreas de drenagem de até 5,00 km2 e com características naturais (sem parcelamentos),
e para loteamentos com sistema viário definido, o tempo de concentração deve ser calculado
pelas fórmulas de Kirpich e do California Culverts Practice.
Fórmula de Kirpich
t c = 3,989 × L0,77 × S −0,385
Sendo:
tc = tempo de concentração, em min
L = comprimento do talvegue, em km
S = declividade do talvegue, em m/m
Fórmula do Califórnia Culverts Practice
É a fórmula de Kirpich, em que S é substituído por
L3
t c = 57 ×  
H 
Sendo:
L
.
H
0,385
tc = tempo de concentração, em min
L = comprimento do talvegue, em km
H = diferença entre as cotas da seção de saída e o ponto mais
a montante da bacia, em m
15
b) Para canais revestidos, o tempo de concentração deve ser calculado pelo método cinemático.
Método Cinemático
L
t c = 16,67 × ∑  
V
Sendo:
tc = tempo de concentração, em min
L = comprimento do escoamento, em km
V = velocidade média no trecho, em m/s
A aplicação do método cinemático deve ser realizada com base na velocidade correspondente
a um escoamento em regime permanente e uniforme, supondo-se a área molhada à meia
seção. Para canais e galerias bem definidas deve ser usada a fórmula de Manning para
cálculo de V.
2.1.4. Duração da chuva de projeto (D)
A duração (D) da chuva de projeto deve igualar ao tempo de concentração (tc).
D = tc = 10 min
2.1.5. Intensidade da chuva de projeto ( I )
As intensidades deverão ser calculadas através da equação de chuvas intensas apresentada na
dissertação de mestrado de Márcia Maria Guimarães Pinheiro (Escola de Engenharia da UFMG,
Orientador: Prof. Mauro Naghettini, 1997) estabelecida com base nas relações intensidadeduração-frequência e de ietogramas típicos de distribuição temporal, para as precipitações
históricas da Região Metropolitana de BH.
A expressão geral da equação é:
IT,i = 0,76542 × D −0,7059 × P0,5360 × µT,d
IT,i é a estimativa da intensidade de chuva no local “i” associada ao período de retorno T (mm/h).
D é a duração da chuva (horas). P é a precipitação média anual no local “i” (mm). µT,d é o quantil
adimensional de frequência regional associado ao período de retorno T e à duração d (tabelado).
A precipitação média anual a ser adotada nos estudos e projetos de microdrenagem, no município
de Belo Horizonte, será de 1.500 mm.
Para as aplicações práticas da equação acima, elaborou-se as tabelas 1 e 2.
16
Tabela 1 – Quantis Adimensionais de Frequência Regional (µ
µT,d)
Duração
(min)
T=10
T=25
Duração
(min)
T=10
T=25
Duração
(min)
T=10
T=25
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
1,4233
1,4234
1,4235
1,4236
1,4237
1,4238
1,4238
1,4239
1,4240
1,4241
1,4242
1,4243
1,4244
1,4245
1,4246
1,4247
1,4247
1,4248
1,4249
1,4250
1,4251
1,4252
1,4253
1,4254
1,4255
1,4256
1,4256
1,4257
1,4258
1,4259
1,4260
1,4261
1,4262
1,4263
1,4264
1,4265
1,4265
1,6163
1,6164
1,6165
1,6166
1,6167
1,6168
1,6169
1,6170
1,6171
1,6172
1,6173
1,6174
1,6175
1,6176
1,6177
1,6178
1,6179
1,6180
1,6181
1,6182
1,6183
1,6184
1,6185
1,6186
1,6187
1,6188
1,6189
1,6190
1,6191
1,6192
1,6193
1,6194
1,6195
1,6196
1,6197
1,6198
1,6199
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
1,4266
1,4267
1,4268
1,4269
1,4270
1,4271
1,4272
1,4273
1,4274
1,4274
1,4275
1,4276
1,4277
1,4278
1,4279
1,4280
1,4281
1,4282
1,4283
1,4283
1,4284
1,4285
1,4286
1,4287
1,4288
1,4289
1,4290
1,4291
1,4292
1,4292
1,4293
1,4294
1,4295
1,4296
1,4297
1,4298
1,4299
1,6200
1,6201
1,6202
1,6203
1,6204
1,6205
1,6206
1,6207
1,6208
1,6209
1,6210
1,6211
1,6212
1,6213
1,6214
1,6215
1,6216
1,6217
1,6218
1,6219
1,6220
1,6221
1,6222
1,6223
1,6224
1,6225
1,6226
1,6227
1,6228
1,6229
1,6230
1,6231
1,6232
1,6233
1,6234
1,6235
1,6236
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
1,4300
1,4301
1,4301
1,4302
1,4303
1,4304
1,4305
1,4306
1,4307
1,4308
1,4309
1,4310
1,4310
1,4311
1,4312
1,4313
1,4314
1,4315
1,4316
1,4317
1,4318
1,4319
1,4319
1,4320
1,4321
1,4322
1,4323
1,4324
1,4325
1,4326
1,4327
1,4328
1,4328
1,4329
1,4330
1,4331
1,4332
1,6237
1,6238
1,6239
1,6240
1,6241
1,6242
1,6243
1,6244
1,6245
1,6246
1,6247
1,6248
1,6249
1,6250
1,6251
1,6252
1,6253
1,6254
1,6255
1,6256
1,6257
1,6258
1,6259
1,6260
1,6261
1,6262
1,6263
1,6264
1,6265
1,6266
1,6267
1,6268
1,6269
1,6270
1,6271
1,6272
1,6273
Elaborado pelo Grupo Gerencial do Plano Diretor de Drenagem
17
Tabela 2 – Estimativa de Intensidades Pluviométricas para intensidade média anual de 1500 mm
Duração
(min)
T=10
T=25
Duração
(min)
T=10
T=25
Duração
(min)
T=10
T=25
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
194,481
181,839
171,017
161,632
153,404
146,121
139,622
133,782
128,499
123,695
119,304
115,272
111,556
108,116
104,923
101,949
99,172
96,571
94,129
91,832
89,666
87,620
85,683
83,848
82,104
80,446
78,867
77,362
75,924
74,549
73,233
71,972
70,763
69,601
68,485
67,412
66,378
220,853
206,496
194,206
183,549
174,204
165,934
158,554
151,921
145,922
140,467
135,480
130,901
126,681
122,775
119,148
115,771
112,617
109,663
106,890
104,281
101,822
99,498
97,299
95,214
93,235
91,352
89,559
87,849
86,216
84,654
83,160
81,728
80,355
79,036
77,768
76,549
75,375
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
65,382
64,422
63,495
62,600
61,735
60,898
60,088
59,305
58,545
57,809
57,095
56,401
55,728
55,075
54,439
53,821
53,220
52,635
52,066
51,511
50,970
50,443
49,929
49,427
48,938
48,460
47,994
47,538
47,093
46,657
46,232
45,815
45,408
45,010
44,619
44,237
43,863
74,244
73,154
72,101
71,084
70,102
69,152
68,232
67,342
66,480
65,644
64,832
64,045
63,281
62,539
61,817
61,115
60,433
59,768
59,121
58,491
57,877
57,278
56,695
56,125
55,569
55,027
54,497
53,980
53,474
52,979
52,496
52,023
51,561
51,108
50,665
50,231
49,806
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
43,497
43,138
42,786
42,441
42,102
41,770
41,445
41,125
40,812
40,504
40,202
39,905
39,614
39,328
39,046
38,770
38,498
38,231
37,969
37,711
37,457
37,207
36,961
36,719
36,481
36,247
36,016
35,789
35,565
35,345
35,128
34,914
34,704
34,496
34,292
34,090
33,892
49,390
48,982
48,582
48,190
47,806
47,429
47,060
46,697
46,341
45,991
45,648
45,311
44,980
44,655
44,336
44,022
43,713
43,410
43,112
42,819
42,530
42,247
41,967
41,693
41,422
41,156
40,894
40,636
40,382
40,132
39,886
39,643
39,404
39,168
38,936
38,707
38,482
Elaborado pelo Grupo Gerencial do Plano Diretor de Drenagem
18
2.1.6. Coeficiente de Escoamento Superficial (C)
Para os estudos e projetos de drenagem em áreas com extensão superficial de porte, o
coeficiente de escoamento superficial (C) deverá ser estabelecido com base nas condições de uso
e ocupação do solo, conforme a Lei 7166 de 27 de agosto de 1996, do Parcelamento, Ocupação e
Uso do Solo, alterada pela Lei 8137 de 20/dezembro/2000.
Os valores de C devem ser obtidos através do coeficiente volumétrico C2, onde
C = 0,67.C2
de acordo com a tabela 3 abaixo:
Tabela 3 – Coeficiente Volumétrico
em função do zoneamento urbano
N.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
Zoneamento
urbano
Zona de Preservação
Ambiental
Zona de Proteção – 1
Zona de Proteção – 2
Zona de Proteção – 3
Zona de Adensamento
Restrito – 1
Zona de Adensamento
Restrito – 2
Zona Adensada
Zona de Adensamento
Preferencial
Zona Hipercentro
Zona Central do Barreiro
Zona Central de
Belo Horizonte
Zona Central de Venda
Nova
Zona de Especial Interesse
Social
Zona de Grandes
Equipamentos
19
Código
da Zona
C2
ZPAM
0,20-0,90
ZP – 1
0,30-0,50
ZP – 2
0,50
ZP – 3
0,60
ZAR – 1
0,70
ZAR – 2
0,75
ZA
1,00
ZAP
0,80
ZHIP
1,00
ZCBA
1,00
ZCBH
1,00
ZCVN
1,00
ZEIS
0,70
ZE
0,30-0,90
A critério da consultoria e supervisão da PBH, para projetos de drenagem em áreas restritas com
uso e/ou ocupação específicos, podem ser utilizados os valores de C indicados na Tabela 4.
Tabela 4 – Valores de C para áreas urbanas restritas
C
Características da Área
mínimo
máximo
Pátios e estacionamentos
0,90
0,95
Áreas cobertas
0,75
0,95
Lotes urbanos grandes
0,30
0,45
Parques e cemitérios
0,10
0,25
Terreno rochoso montanhoso
0,50
0,85
Relvado arenoso plano
0,05
0,10
Referência: Deflúvios Superficiais no Estado de Minas Gerais
Hidrosistemas / Copasa – 1993
2.1.7. Vazão De Projeto (QP)
Por vazão de projeto entende-se o valor instantâneo de pico (ou o hidrograma de cheia), calculado
indiretamente à partir da transformação da chuva de projeto em vazão do escoamento superficial.
As vazões de projeto para o sistema de microdrenagem serão calculadas pelo Método Racional,
empregando-se a seguinte fórmula :
Q p = 0,00278 × C × I × A
Onde:
Qp = Vazão de projeto, em m3/s
C = Coeficiente de escoamento superficial
I = Intensidade da chuva de projeto, em mm/h
A = Área de drenagem, em ha
2.2. PARÂMETROS HIDROLÓGICOS UTILIZADOS NA DRENAGEM DE VIAS URBANAS
Em Belo Horizonte, adota-se o limite de 1,67 m para a largura de alagamento nas sarjetas. Uma
exceção é admitida para os trechos iniciais (trecho entre o divisor de águas e a primeira boca-delobo) das vias locais (vias com até 15 m de largura), onde se adota uma largura de alagamento
máxima de 2,17 m para o caudal de escoamento.
Figura 1– seção típica de uma via
20
Em função da faixa de alagamento e do padrão da sarjeta, as alturas “y” da lâmina d’água nas
guias dos passeios alcançarão os valores indicados na Tabela 5.
Tabela 5 –Altura da lâmina d’água nas guias dos passeios
Sarjeta
padrão
A
B
C
Altura “y” (cm)
Largura do alagamento na sarjeta (m)
1,67
2,17
5,0
6,5
11,0
12,5
16,0
17,5
2.2.1. Área de drenagem (A)
A definição de uma área de drenagem de uma via levará em conta a faixa da pista que contribui
para o escoamento em uma sarjeta (sua largura é igual a “F/2”, sendo “F” a largura total da via) e
uma faixa da quadra lindeira (com largura “a”).
Figura 2
Tabela 6 - Valores de “a” em função de “F”
a (m)
20
30
F (m)
≤ 18
> 18
2.2.2. Período de recorrência (T)
Será adotado T = 10 anos
2.2.3. Tempo de concentração (tc)
Será adotado tc = 10 min
2.2.4. Duração da chuva de projeto (D)
Será adotada a duração D igual ao tempo de concentração tc
D = tc = 10 min
21
2.2.5. Intensidade da chuva de projeto ( I )
Para a duração D adotada (igual a 10 minutos) e Tempo de Recorrência também pré-fixado (T =
10 anos), vem que a intensidade da chuva de projeto pela equação IDF Pinheiro-Naghettini é:
I = 194,50 mm/h
2.2.6. Coeficiente de Escoamento Superficial (C)
Serão adotados os seguintes coeficientes :
C = 0,70 para as faixas lindeiras das quadras
C = 0,90 para a faixa da meia largura da via
2.2.7 – Vazão Específica em uma Sarjeta (q)
É a vazão em marcha segundo a geometria da via, por metro linear, expressa em l/s.m.
A vazão específica é a vazão por metro linear dos escoamentos superficiais diretos oriundos da
meia largura da via e da largura “a” da quadra lindeira de acordo com a classificação da via
frontal, conforme tabela 6.
q = q1 + q2
Seja q1 a vazão específica da faixa de largura “a” da quadra, em l/s.m:
q1 = 2,78 × C × I × A × 10 −4
Sendo:
C = coeficiente de escoamento superficial = 0,70
I = Intensidade da chuva de projeto para T = 10 anos
e duração (D) de 10 min = 194,5 mm/h
A = a x 1 m, em m2, sendo a = largura da faixa
lindeira da quadra, em m.
Logo:
q1 = 0,0378 × a
Seja q2 a vazão específica da meia pista do logradouro:
q2 = 2,78 × C × I × A × 10 −4
Sendo:
C = coeficiente de escoamento superficial = 0,90
I = Intensidade da chuva de projeto para T = 10 anos
e duração (D) de 10 min = 194,5 mm/h
A = F/2 x 1 m, em m2, sendo F = largura da via em m.
22
Logo:
q2 = 0,0243 × F
e:
q = 0,0378 × a + 0,0243 × F
A Tabela 7 apresenta os valores de q para as diferentes larguras F das vias conforme
estabelecido pela Lei 7166 de 27/08/1996.
Tabela 7 – Valores da vazão específica “q”
Largura da via
(m)
(10)*
(12)*
15
18
20
25
30
Vazão
específica
0,95
1,05
1,12
1,19
1,62
1,74
1,86
q (l/s.m)
* larguras de vias existentes (não previstas na Lei 7166 de 27/agosto/1996 alterada pela
Lei 8137 de 20/dezembro/2000).
23
3. PARÂMETROS HIDRÁULICOS
25
3.1. CÁLCULO DAS VELOCIDADES MÉDIAS DOS ESCOAMENTOS SUPERFICIAIS (V)
Os escoamentos superficiais serão considerados como permanentes e uniformes. Neste caso,
aplicar-se-á a fórmula de Manning para cálculo de suas velocidades.
As velocidades médias deverão ser limitadas a valores máximos tendo em vista a proteção das
estruturas contra os efeitos da abrasão, e a valores mínimos para a garantia da auto limpeza
destes condutos.
Fórmula de Manning
1
(R )3 × i 2
V= H
2
n
Sendo:
V= velocidade média, em m/s
RH = raio hidráulico, em m
i = declividade média do conduto, em m/m
n = coeficiente de rugosidade (tabelado)
Os valores de “n” a serem adotados nos estudos e projetos de microdrenagem urbana, deverão
ser aqueles indicados na Tabela 8.
Tabela 8 – Coeficiente de rugosidade “n” de Manning
Coeficiente de
rugosidade n
0,014
0,010
Tipo de superfície
tubo de concreto
tubo PVC helicoidal
3.2. VELOCIDADE MÁXIMA NAS REDES TUBULARES
tubo de concreto Vmax = 8 m/s
tubos de PVC helicoidal: DN ≥ 1200 Vmax = 5,0 m/s
DN < 1200 Vmax = 7,00 m/s
3.3. VELOCIDADE MÍNIMA NAS REDES TUBULARES
Vmin = 0,75 m/s
3.4. VELOCIDADE MÁXIMA NAS SARJETAS DE CONCRETO
A velocidade limite nas sarjetas de concreto será de 4 m/s. Os pavimentos poliédricos,
desprovidos de revestimento de concreto, também seguirão o mesmo critério de limite de
velocidade nas faixas das sarjetas.
V ≤ 4 m/s
3.5. VELOCIDADE MÁXIMA NAS GALERIAS PRISMÁTICAS DE CONCRETO
Vmax = 12 m/s
27
3.6. VELOCIDADE MÍNIMA NAS GALERIAS PRISMÁTICAS DE CONCRETO
Vmin = 0,75 m/s
3.7. SEÇÃO MOLHADA DA REDE TUBULAR
A seção transversal molhada máxima a ser adotada para a rede tubular corresponde à seção com
altura da lâmina d’água (y) igual a 80% do diâmetro nominal da respectiva rede.
y = 0,80 × DN
3.8. CAPACIDADE DAS SARJETAS
As sarjetas objeto desta verificação são aquelas padronizadas no Caderno de Encargos de
Infraestrutura Urbana elaborado pela SUDECAP.
A capacidade de escoamento das sarjetas é determinada pela fórmula de Izzard
8
1
z
Q S = 0,00175 × × (y )3 × (i)2
n
Sendo:
Qs =capacidade (vazão) da sarjeta, em l/s
y = altura máxima da lâmina d’água na sarjeta junto ao meio-fio
de acordo com a Tabela 4
Z = inverso da declividade transversal, em m/m
i = declividade longitudinal da via, em m/m
n = coeficiente de rugosidade média de Manning (adotado n = 0,015)
Resulta, portanto, os valores da capacidade (vazão Qs) das diferentes sarjetas e respectivas
velocidades (Vs) para faixa de inundação T = 1,67m, conforme indicado na tabela 9.
Tabela 9 – Capacidade das sarjetas
Tipo de sarjeta
Vazão (Qs)
(l/s)
Velocidade (Us)
(m/s)
A
284,429.( i )1/2
6,913.( i )1/2
B
553,766.( i )1/2
9,762.( i )1/2
C
855,946.( i )1/2
12,364.( i )1/2
28
3.9 – CAPACIDADE DE ENGOLIMENTO DAS BOCAS-DE-LOBO (BL)
Para as BL localizadas em pontos baixos (inclusive nos cruzamentos das vias) deverá ser adotado
o método baseado nas experiências do U.S. Army Corps of Engineers, sendo utilizado o seguinte
formulário :
Vazão de engolimento de uma grelha para boca de lobo simples :
Q = 2,383 × y1,5
Sendo :
Q = vazão de engolimento, em l/s
y = carga hidráulica sobre a grelha, em cm
Vazão de engolimento das grelhas de uma boca de lobo dupla :
Q = 4,766 × y1,5
Vazão de engolimento da cantoneira de uma boca de lobo simples(fórmula válida para valores de
y < 12 cm):
Q = 1,7 × y1,5 × L × 10 3
Sendo :
Q = vazão de engolimento da cantoneira, em l/s
y = carga hidráulica sobre a grelha, em m
L = comprimento da abertura da cantoneira, em m
Vazão de engolimento da cantoneira de uma boca de lobo dupla (fórmula válida para valores de y
< 12 cm):
Q = 3,4 × y1,5 × L × 103
Para valores de “y” superiores a 12 cm, deve ser adotado o nomograma da página 293 do livro
“Drenagem Urbana – Manual de Projeto”, 2ª Edição, agosto de 1980, DAEE / CETESB, São
Paulo.
Para as aplicações práticas nos estudos e projetos de microdrenagem, foram elaboradas as
tabelas 10 (BL de grelha), 11 (BL de cantoneira) e 12 (BL combinada) para faixa de alagamento
de 1,67 m, e tabelas 13 (BL de grelha), 14 (BL de cantoneira) e 15 (BL combinada) para faixa de
alagamento de 2,17 m, para bocas de lobo em ponto baixo.
y
5
10
11
16
Tabela 10 – Capacidade das BL de Grelha (l/s)
Faixa da alagamento de 1,67 m
Boca de Lobo localizada em ponto baixo da via
Ferro Fundido
Concreto
simples
dupla
simples
dupla
26
52
27
53
74
148
75
151
85
170
87
174
149
299
153
305
29
y
5
10
11
16
y
5
10
11
16
y
6,5
11,5
12,5
17,5
Tabela 11 – Capacidade das BL de Cantoneira (l/s)
Faixa da alagamento de 1,67 m
Boca de Lobo localizada em ponto baixo da via
Ferro Fundido
Concreto
simples
dupla
simples
dupla
16
32
17
33
46
91
47
95
53
105
55
109
65
130
65
130
Tabela 12 – Capacidade das BL Combinadas (l/s)
Faixa de alagamento de 1,67 m
Boca de Lobo localizada em ponto baixo da via
Ferro Fundido
Concreto
simples
dupla
simples
dupla
42
84
43
87
119
239
123
245
138
276
142
283
214
429
218
435
Tabela 13 – Capacidade das BL de Grelha (l/s)
Faixa de alagamento de 2,17 m
Boca de Lobo localizada em ponto baixo da via
Ferro Fundido
Concreto
simples
dupla
simples
dupla
39
77
39
79
91
182
93
186
103
206
105
211
171
342
174
349
Tabela 14 – Capacidade das BL de Cantoneira (l/s)
Faixa de alagamento de 2,17 m
Boca de Lobo localizada em ponto baixo da via
y
Ferro Fundido
Concreto
simples
dupla
simples
dupla
6,5
24
48
25
45
11,5
56
113
58
106
12,5
64
128
66
120
17,5
78
156
77
154
y
6,5
11,5
12,5
17,5
Tabela 15 – Capacidade das BL Combinadas (l/s)
Faixa de alagamento de 2,17 m
Boca de Lobo localizada em ponto baixo da via
Ferro Fundido
Concreto
simples
dupla
simples
Dupla
63
125
64
124
147
295
151
292
167
334
171
331
249
498
251
503
30
Para as primeiras BL e intermediárias (localizadas ao longo das sarjetas das vias) o método a ser
adotado é o método denominado The Design of Storm Water Inlets, que consubstancia os estudos
feitos pela Universidade Johns Hopkins (U.S.A.) conforme descrito no livro “Drenagem Urbana –
Manual de Projeto”, 2ª Edição, agosto de 1980, DAEE / CETESB, São Paulo, página 315.
Para boca – de – lobo localizada em ponto baixo deve-se aplicar coeficiente de redução de 35%
(sessenta por cento) sobre os valores teóricos calculados para respectiva capacidade de
engolimento.
Para as aplicações práticas nos estudos e projetos de microdrenagem, foram elaboradas as
tabelas 16 para faixa de alagamento de 1,67 m, e tabela 17 para faixa de alagamento de 2,17 m,
para bocas de lobo em greide contínuo.
31
Tabela 16 – Capacidade das BL para greide contínuo - Faixa de alagamento de 2,17 m
Declividade
(m/m)
Qo (l/s)
0,002
0,004
0,005
0,006
0,008
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,035
0,040
0,050
0,060
0,070
0,080
0,090
0,100
0,110
0,120
0,130
0,140
0,150
0,160
0,170
0,180
0,190
0,200
0,210
0,220
0,230
0,240
25,4
36,0
40,2
44,0
50,9
56,9
69,6
80,4
89,9
98,5
106,4
113,7
127,2
139,3
150,5
160,8
170,6
179,8
188,6
197,0
205,0
212,8
220,2
227,5
234,5
241,3
247,9
254,3
260,6
266,7
272,7
278,6
SARJETA A
BLS
Vo (m/s)
Q (l/s)
0,36
25,2
0,51
34,8
0,57
38,4
0,62
41,5
0,72
47,2
0,81
52,1
0,99
62,7
1,14
71,6
1,27
79,4
1,40
86,5
1,51
93,0
1,61
99,1
1,80
110,2
1,98
120,2
2,13
129,4
2,28
138,0
2,42
146,1
2,55
153,7
2,67
161,0
2,79
167,9
2,91
174,5
3,02
180,9
3,12
187,1
3,23
193,1
3,32
198,9
3,42
204,5
3,51
209,9
3,61
215,3
3,69
220,5
3,78
225,5
3,87
230,5
3,95
235,3
BLD
Q (l/s)
25,4
36,0
40,2
44,0
50,9
56,9
67,8
76,7
84,6
91,6
98,2
104,2
115,3
125,4
134,6
143,2
151,2
158,8
166,1
173,0
179,7
186,1
192,2
198,2
204,0
209,6
215,1
220,4
225,6
230,7
235,6
240,5
Qo (l/s)
39,4
55,8
62,4
68,3
78,9
88,2
108,0
124,7
139,5
152,8
165,0
176,4
197,2
216,0
233,4
249,5
264,6
278,9
292,5
305,5
318,0
330,0
341,6
SARJETA B
BLS
Vo (m/s)
Q (l/s)
0,46
36,7
0,65
48,2
0,73
52,9
0,80
57,1
0,92
64,6
1,03
71,1
1,26
85,2
1,46
97,0
1,63
107,4
1,79
116,8
1,93
125,5
2,07
133,5
2,31
148,2
2,53
161,6
2,73
*158,0
2,92
*113,8
3,10
*80,6
3,27
*54,5
3,42
*33,6
3,58
*16,3
3,72
*1,6
3,86
0,0
4,00
0,0
* Adotar boca – de – lobo dupla
32
BLD
Q (l/s)
39,4
55,8
61,6
65,8
73,3
79,9
93,9
105,7
116,1
125,6
134,2
142,3
157,0
170,3
182,6
194,0
204,7
214,8
224,4
233,6
242,4
250,9
259,1
Qo (l/s)
54,0
76,3
85,3
93,5
108,0
120,7
147,8
170,7
190,8
209,0
225,8
241,4
269,9
295,6
319,3
341,4
362,1
381,7
SARJETA C
BLS
Vo (m/s)
Q (l/s)
0,55
49,0
0,78
65,6
0,87
72,3
0,95
78,4
1,10
89,2
1,23
98,7
1,51
118,9
1,74
135,9
1,95
150,9
2,13
164,5
2,30
*163,4
2,46
*120,9
2,75
*64,2
3,02
*27,9
3,26
*2,3
3,48
0,0
3,69
0,0
3,89
0,0
BLD
Q (l/s)
54,0
74,4
81,1
87,1
97,9
107,4
127,6
144,7
159,7
173,2
185,7
197,3
218,5
237,7
255,4
271,8
287,2
301,8
Tabela 17 – Capacidade das BL para greide contínuo - Faixa de alagamento de 1,67 m
Declividade
(m/m)
Qo (l/s)
0,002
0,004
0,005
0,006
0,008
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,035
0,040
0,050
0,060
0,070
0,080
0,090
0,100
0,110
0,120
0,130
0,140
0,150
0,160
0,170
0,180
0,190
0,200
0,210
0,220
0,230
0,240
0,250
0,260
0,270
0,280
0,290
0,300
12,7
18,0
20,1
22,0
25,4
28,4
34,8
40,2
45,0
49,3
53,2
56,9
63,6
69,7
75,3
80,4
85,3
89,9
94,3
98,5
102,6
106,4
110,2
113,8
117,3
120,7
124,0
127,2
130,3
133,4
136,4
139,3
142,2
145,0
147,8
150,5
153,2
155,8
SARJETA A
BLS
Vo (m/s)
Q (l/s)
0,30
0,43
0,48
0,53
0,61
0,68
0,83
0,96
1,08
1,18
1,27
1,36
1,52
1,67
1,80
1,93
2,04
2,15
2,26
2,36
2,46
2,55
2,64
2,73
2,81
2,89
2,97
3,05
3,12
3,20
3,27
3,34
3,41
3,47
3,54
3,61
3,67
3,73
12,7
17,8
19,3
20,7
23,1
25,2
29,7
33,5
36,9
39,9
42,7
45,3
50,1
54,4
58,3
62,0
65,4
68,7
71,8
74,7
77,6
80,3
83,0
85,5
88,0
90,4
92,7
95,0
97,2
99,4
101,5
103,6
105,6
107,6
109,6
111,5
113,4
115,2
BLD
Q (l/s)
12,7
18,0
20,1
22,0
25,4
28,4
34,8
38,7
42,0
45,1
47,9
50,4
55,2
59,5
63,4
67,1
70,5
73,8
76,9
79,9
82,7
85,5
88,1
90,6
93,1
95,5
97,9
100,1
102,4
104,5
106,6
108,7
110,7
112,7
114,7
116,6
118,5
120,3
Qo (l/s)
24,8
35,0
39,2
42,9
49,5
55,4
67,8
78,3
87,6
95,9
103,6
110,8
123,8
135,6
146,5
156,6
166,1
175,1
183,7
191,8
199,7
207,2
214,5
221,5
SARJETA B
BLS
Vo (m/s)
Q (l/s)
0,44
0,62
0,69
0,76
0,87
0,98
1,20
1,38
1,54
1,69
1,83
1,95
2,18
2,39
2,58
2,76
2,93
3,09
3,24
3,38
3,52
3,65
3,78
3,90
* Adotar boca – de – lobo dupla
33
24,5
32,6
35,8
38,8
44,0
48,5
58,3
66,5
73,8
80,3
86,4
92,0
102,2
111,5
120,0
127,9
*120,7
*96,6
*77,6
*62,1
0,0
0,0
0,0
0,0
BLD
Q (l/s)
24,8
35,0
39,2
42,9
49,1
53,7
63,4
71,7
78,9
85,5
91,5
97,1
107,3
116,6
125,1
133,1
140,5
147,6
154,3
160,7
166,8
172,7
178,4
183,9
Qo (l/s)
38,3
54,1
60,5
66,3
76,6
85,6
104,8
121,0
135,3
148,3
160,1
171,2
191,4
209,7
226,5
242,1
256,8
270,7
SARJETA C
BLS
Vo (m/s)
Q (l/s)
0,55
0,78
0,87
0,96
1,11
1,24
1,51
1,75
1,95
2,14
2,31
2,47
2,76
3,03
3,27
3,50
3,71
3,91
36,6
49,7
54,9
59,7
68,1
75,6
91,4
104,8
116,5
127,1
136,9
*120,0
*75,1
*47,0
*27,7
*13,6
*2,7
0,0
BLD
Q (l/s)
38,3
54,1
60,1
64,8
73,3
80,7
96,5
109,9
121,6
132,3
142,1
151,2
167,8
182,8
196,6
209,5
221,6
233,0
4. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE
PROJETOS DE MICRODRENAGEM
35
4.1. REDE TUBULAR
A rede tubular será em tubos de concreto armado, providos de ponta e bolsa, classe PA-1, PA-2
ou PA-3, conforme as cargas solicitantes com indicação em projeto, salvo exceção para situações
especiais em que poderão ser utilizados tubos de PVC helicoidal.
4.2. DIÂMETROS PARA A REDE TUBULAR
Serão adotados os seguintes diâmetros nominais para os tubos de concreto: 500, 600, 800, 1000,
1200 e 1500 mm.
4.3. RAMAL DE LIGAÇÃO DA BOCA-DE-LOBO
Será em tubo de concreto armado, classe PA-1, ponta e bolsa, diâmetro nominal de 400 mm e
declividade mínima de 3%.
4.4. LOCAÇÃO DA REDE TUBULAR
A rede tubular deverá ser projetada e locada no eixo da pista. No caso de avenidas, a rede deverá
preferencialmente ser projetada sob o canteiro central.
4.5. COBRIMENTO MÍNIMO SOBRE A REDE TUBULAR
Para rede com tubos de concreto, o cobrimento mínimo sobre a geratriz externa superior será de
0,80 m.
Para tubos de PVC helicoidal, deverão ser seguidas as indicações dos fabricantes.
4.6. DISPOSITIVOS DE CAPTAÇÃO, CONDUÇÃO E LANÇAMENTO DAS ÁGUAS PLUVIAIS
Os dispositivos que integram a infra-estrutura para drenagem urbana encontram-se detalhados e
especificados no Caderno de Encargos de Infra-estrutura Urbana elaborado pela SUDECAP em
novembro de 2.000, devendo ser adotados nos projetos de microdrenagem. Não serão aceitos,
nestes projetos, elementos estruturais que não estejam previstos neste Caderno.
4.7. CONEXÃO DOS RAMAIS DE LIGAÇÃO DAS BOCAS-DE-LOBO
As conexões destes ramais poderão ser feitas:
•
•
•
em Poços de Visita, em número máximo de 4 (quatro)
em caixas de passagem, em número máximo de 4 (quatro)
em outra boca-de-lobo somente será aceita se projetada sob o passeio e quando não for
possível outro tipo de conexão conforme descrito anteriormente.
4.8. ESPAÇAMENTO MÁXIMO ENTRE POÇOS DE VISITA
O espaçamento entre dois poços de visita depende do diâmetro nominal da rede tubular projetada
neste trecho e de acordo com a Tabela 18.
Tabela 18 – EspaçamentoMáximo entre Poços de Visita
DN (mm)
Espaçamento
Máximo (m)
500
100
800
120
1000
120
1200
150
1500
200
37
4.9. INSTALAÇÃO DE CAIXAS-DE-PASSAGEM
As caixas-de-passagem destinam-se a receber conexões de ramais de bocas-de-lobo, mudanças
na declividade e rebaixamento da rede tubular.
Será permitida a instalação de somente uma caixa de passagem entre dois poços-de-visita.
4.10. ESCOLHA DA SARJETA PADRONIZADA
•
sarjeta A : serão instaladas em vias com declividades longitudinais maiores do que 16%;
•
sarjeta B : nas vias com declividade maior ou igual a 0,5% e igual ou inferior a 16%;
•
sarjeta C : em locais a serem definidos pela SUPERVISÃO do projeto.
4.11. LARGURA MÁXIMA DO CAUDAL DO ESCOAMENTO NA SARJETA JUNTO AO MEIOFIO (FAIXA DE ALAGAMENTO)
Serão utilizados três critérios, a saber:
•
faixa de alagamento de 1,67 m para o caso geral;
•
faixa de alagamento de 2,17 m: trechos iniciais das vias locais, situado entre o divisor de
águas e a primeira boca-de-lobo;
•
faixa de alagamento para vias arteriais a ser definida pela gerência da PBH.
4.12. LOCAÇÃO DA PRIMEIRA BOCA-DE-LOBO
A primeira boca-de-lobo deverá ser locada à partir do divisor de águas até a seção da sarjeta
onde a faixa de alagamento atinge o limite estabelecido em 4.11.
Para se calcular o comprimento da sarjeta em que o caudal varia de uma largura de zero até o
limite de alagamento, chamado de comprimento útil (Lu), aplica-se a seguinte relação:
Lu =
Qs
q
Onde:
Lu = comprimento útil, em m
Qs = capacidade de escoamento na sarjeta, em função da declividade
longitudinal e do tipo de sarjeta, em l/s
q = vazão específica da via, em l/s.m conforme tabela 7
4.13.LOCAÇÃO DAS BOCAS-DE-LOBO EM PONTOS BAIXOS
Os pontos baixos nos greides das vias devem ser providos de caixas de captação (bocas-de-lobo
combinadas), obrigatoriamente.
4.14. LOCAÇÃO DE BOCAS-DE-LOBO NOS CRUZAMENTOS DAS VIAS
A locação destas bocas-de-lobo deve ser imediatamente à montante dos pontos de tangência ou
de curvatura dos passeios situados nos cruzamentos, preservando os rebaixos para passagem de
pedestres.
38
REBAIXO PARA PASSAGEM
DE PEDESTRES
BOCA-DE-LOBO
4.15. LOCAÇÃO DE BOCAS-DE-LOBO INTERMEDIÁRIAS
As bocas-de-lobo intermediárias serão locadas com auxílio das tabelas para determinação dos
comprimentos úteis (Lu). Entretanto, é conveniente que os espaçamentos sejam igualados à partir
da primeira BL, de maneira a equalizar os caudais dos escoamentos.
A seguir apresentam-se as tabelas 19 (sarjeta tipo A), 20 (sarjeta tipo B), 21 (sarjeta tipo C) para
faixa de alagamento de até 1,67 m, e também tabelas 22 (sarjeta tipo A), 23 (sarjeta tipo B) para
faixa de alagamento de 2,17 m, que fornecem os diversos valores dos comprimentos úteis Lu para
as diferentes condições de geometria e declividade apresentadas pelas vias urbanas.
39
Tabela 19 - Capacidade das Sarjetas Tipo A
Comprimento Útil - Lu (m)
i (m/m)
0,005
0,006
0,008
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,035
0,040
0,050
0,060
0,070
0,080
0,090
0,100
0,110
0,120
0,130
0,140
0,150
0,160
0,170
0,180
0,190
0,200
0,220
0,240
0,260
0,280
0,300
0,320
Faixa de alagamento de 1,67
Largura da pista (F) /
contribuição específica q (l/s.m)
Vs
Qp (l/s)
(m/s)
10
12
15
18
20
25
0,95
1,05
1,12
1,19
1,62
1,74
0,49
20,11
19,7
18,8
17,6
16,6
12,2
11,4
0,54
22,03
21,6
20,6
19,3
18,2
13,4
12,4
0,62
25,44
24,9
23,8
22,3
21,0
15,4
14,4
0,69
28,44
27,9
26,6
24,9
23,5
17,2
16,1
0,85
34,84
34,2
32,6
30,6
28,8
21,1
19,7
0,98
40,22
39,4
37,6
35,3
33,2
24,4
22,7
1,09
44,97
44,1
42,0
39,4
37,2
27,3
25,4
1,20
49,26
48,3
46,0
43,2
40,7
29,9
27,8
1,29
53,21
52,2
49,7
46,7
44,0
32,2
30,1
1,38
56,89
55,8
53,2
49,9
47,0
34,5
32,1
1,55
63,60
62,4
59,4
55,8
52,6
38,5
35,9
1,69
69,67
68,3
65,1
61,1
57,6
42,2
39,4
1,83
75,25
73,8
70,3
66,0
62,2
45,6
42,5
1,96
80,45
78,9
75,2
70,6
66,5
48,8
45,5
2,07
85,33
83,7
79,7
74,9
70,5
51,7
48,2
2,19
89,94
88,2
84,1
78,9
74,3
54,5
50,8
2,29
94,33
92,5
88,2
82,7
78,0
57,2
53,3
2,39
98,53
96,6
92,1
86,4
81,4
59,7
55,7
2,49 102,55 100,5
95,8
90,0
84,8
62,2
57,9
2,59 106,42 104,3
99,5
93,4
88,0
64,5
60,1
2,68 110,16 108,0 103,0
96,6
91,0
66,8
62,2
2,77 113,77 111,5 106,3
99,8
94,0
69,0
64,3
2,85 117,27 115,0 109,6 102,9
96,9
71,1
66,3
2,93 120,67 118,3 112,8 105,9
99,7
73,1
68,2
3,01 123,98 121,5 115,9 108,8 102,5
75,1
70,0
3,09 127,20 124,7 118,9 111,6 105,1
77,1
71,9
3,24 133,41 130,8 124,7 117,0 110,3
80,9
75,4
3,39 139,34 136,6 130,2 122,2 115,2
84,4
78,7
3,52 145,03 142,2 135,5 127,2 119,9
87,9
81,9
3,66 150,51 147,6 140,7 132,0 124,4
91,2
85,0
3,79 155,79 152,7 145,6 136,7 128,8
94,4
88,0
3,91 160,90 157,7 150,4 141,1 133,0
97,5
90,9
40
30
1,86
10,9
11,9
13,8
15,4
18,8
21,7
24,3
26,6
28,8
30,8
34,4
37,7
40,7
43,5
46,1
48,6
51,0
53,3
55,4
57,5
59,5
61,5
63,4
65,2
67,0
68,8
72,1
75,3
78,4
81,4
84,2
87,0
i
(m/m)
Vs
Qs (l/s)
(m/s)
0,005
0,006
0,008
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,035
0,040
0,050
0,060
0,070
0,080
0,090
0,100
0,110
0,120
0,130
0,140
0,150
0,160
0,69
0,76
0,87
0,98
1,20
1,38
1,54
1,69
1,83
1,95
2,18
2,39
2,58
2,76
2,93
3,09
3,24
3,38
3,52
3,65
3,78
3,90
39,16
42,89
49,53
55,38
67,82
78,31
87,56
95,92
103,60
110,75
123,83
135,64
146,51
156,63
166,13
175,12
183,66
191,83
199,66
207,20
214,47
221,51
Tabela 20 - Capacidade das Sarjetas Tipo B
Comprimento Útil - Lu (m)
Faixa de alagamento de 1,67 m
Largura da pista (F) /
Contribuição Específica q (l/s.m)
10
12
15
18
20
25
0,95
1,05
1,12
1,19
1,62
1,74
38,4
36,6
34,4
32,4
23,7
22,1
42,0
40,1
37,6
35,4
26,0
24,2
48,6
46,3
43,4
40,9
30,0
28,0
54,3
51,8
48,6
45,8
33,6
31,3
66,5
63,4
59,5
56,0
41,1
38,3
76,8
73,2
68,7
64,7
47,5
44,2
85,8
81,8
76,8
72,4
53,1
49,5
94,0
89,6
84,1
79,3
58,1
54,2
101,6
96,8
90,9
85,6
62,8
58,5
108,6 103,5
97,1
91,5
67,1
62,6
121,4 115,7 108,6 102,3
75,0
70,0
133,0 126,8 119,0 112,1
82,2
76,6
143,6 136,9 128,5 121,1
88,8
82,8
153,6 146,4 137,4 129,4
94,9
88,5
162,9 155,3 145,7 137,3 100,7
93,9
171,7 163,7 153,6 144,7 106,1
98,9
180,1 171,6 161,1 151,8 111,3 103,8
188,1 179,3 168,3 158,5 116,3 108,4
195,7 186,6 175,1 165,0 121,0 112,8
203,1 193,6 181,8 171,2 125,6 117,1
210,3 200,4 188,1 177,2 130,0 121,2
217,2 207,0 194,3 183,1 134,2 125,1
Tabela 21 - Capacidade das Sarjetas Tipo C
Comprimento Útil - Lu (m)
Faixa de alagamento de 1,67 m
Largura da pista (F)/
Contribuição Específica q (l/s.m)
i
Vs
Qs
(m/m) (m/s) (l/s)
10
12
15
18
20
25
0,95
1,05
1,12
1,19
1,62
1,74
0,005 0,87 60,52
59,3
56,6
53,1
50,0
36,7
34,2
0,006 0,96 66,30
65,0
62,0
58,2
54,8
40,2
37,5
0,008 1,11 76,56
75,1
71,6
67,2
63,3
46,4
43,3
0,010 1,24 85,59
83,9
80,0
75,1
70,7
51,9
48,4
0,015 1,51 104,83 102,8
98,0
92,0
86,6
63,5
59,2
0,020 1,75 121,05 118,7 113,1 106,2 100,0
73,4
68,4
0,025 1,95 135,34 132,7 126,5 118,7 111,9
82,0
76,5
0,030 2,14 148,25 145,3 138,6 130,0 122,5
89,8
83,8
0,035 2,31 160,13 157,0 149,7 140,5 132,3
97,0
90,5
0,040 2,47 171,19 167,8 160,0 150,2 141,5 103,8
96,7
0,050 2,76 191,40 187,6 178,9 167,9 158,2 116,0 108,1
0,060 3,03 209,66 205,5 195,9 183,9 173,3 127,1 118,5
0,070 3,27 226,46 222,0 211,6 198,6 187,2 137,2 127,9
0,080 3,50 242,10 237,4 226,3 212,4 200,1 146,7 136,8
0,090 3,71 256,78 251,7 240,0 225,2 212,2 155,6 145,1
0,100 3,91 270,67 265,4 253,0 237,4 223,7 164,0 152,9
41
30
1,86
21,2
23,2
26,8
29,9
36,7
42,3
47,3
51,8
56,0
59,9
66,9
73,3
79,2
84,7
89,8
94,7
99,3
103,7
107,9
112,0
115,9
119,7
30
1,86
32,7
35,8
41,4
46,3
56,7
65,4
73,2
80,1
86,6
92,5
103,5
113,3
122,4
130,9
138,8
146,3
Tabela 22 - Capacidade das Sarjetas Tipo A
Comprimento Útil - Lu (m)
Faixa de alagamento de 2,17m
Largura da via /
q (l/s.m)
i
Vs
Qs
(m/m) (m/s)
(l/s)
10
12
15
0,95
1,05
1,12
0,005
0,57
40,46
39,7
37,8
35,5
0,006
0,63
44,32
43,5
41,4
38,9
0,008
0,73
51,18
50,2
47,8
44,9
0,010
0,81
57,22
56,1
53,5
50,2
0,015
0,99
70,08
68,7
65,5
61,5
0,020
1,15
80,92
79,3
75,6
71,0
0,025
1,28
90,47
88,7
84,6
79,4
0,030
1,41
99,11
97,2
92,6
86,9
0,035
1,52 107,05 105,0 100,0
93,9
0,040
1,62 114,44 112,2 107,0 100,4
0,050
1,81 127,95 125,4 119,6 112,2
0,060
1,99 140,16 137,4 131,0 122,9
0,070
2,15 151,39 148,4 141,5 132,8
0,080
2,29 161,84 158,7 151,3 142,0
0,090
2,43 171,66 168,3 160,4 150,6
0,100
2,57 180,95 177,4 169,1 158,7
0,110
2,69 189,78 186,1 177,4 166,5
0,120
2,81 198,22 194,3 185,3 173,9
0,130
2,93 206,31 202,3 192,8 181,0
0,140
3,04 214,10 209,9 200,1 187,8
0,150
3,14 221,61 217,3 207,1 194,4
0,160
3,25 228,88 224,4 213,9 200,8
0,170
3,35 235,92 231,3 220,5 206,9
0,180
3,44 242,76 238,0 226,9 212,9
0,190
3,54 249,42 244,5 233,1 218,8
0,200
3,63 255,90 250,9 239,2 224,5
0,220
3,81 268,39 263,1 250,8 235,4
0,240
3,97 280,32 274,8 262,0 245,9
42
Tabela 23 - Capacidade das Sarjetas Tipo B
Comprimento Útil - Lu (m))
i
(m/m)
0,005
0,006
0,008
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,035
0,040
0,050
0,060
0,070
0,080
0,090
0,100
0,110
0,120
0,130
0,140
0,150
Faixa de alagamento de 2,17m
Largura da via /
q (l/s.m)
Vs
Qs
(m/s)
(l/s)
10
12
15
0,95
1,05
1,12
0,73
62,36
61,1
58,3
54,7
0,80
68,32
67,0
63,9
59,9
0,92
78,88
77,3
73,7
69,2
1,03
88,20
86,5
82,4
77,4
1,26 108,02 105,9 101,0
94,8
1,46 124,73 122,3 116,6 109,4
1,63 139,45 136,7 130,3 122,3
1,79 152,76 149,8 142,8 134,0
1,93 165,00 161,8 154,2 144,7
2,06 176,39 172,9 164,9 154,7
2,31 197,21 193,3 184,3 173,0
2,53 216,03 211,8 201,9 189,5
2,73 233,34 228,8 218,1 204,7
2,92 249,45 244,6 233,1 218,8
3,09 264,59 259,4 247,3 232,1
3,26 278,90 273,4 260,7 244,6
3,42 292,51 286,8 273,4 256,6
3,57 305,52 299,5 285,5 268,0
3,72 317,99 311,8 297,2 278,9
3,86 330,00 323,5 308,4 289,5
3,99 341,58 334,9 319,2 299,6
4.16 – DEPRESSÃO DO PAVIMENTO ADJACENTE ÀS BOCAS-DE-LOBO
É desejável que todas as bocas-de-lobo sejam instaladas com depressão no pavimento adjacente,
conforme padronização especificada no Caderno de Encargos de Infra-estrutura Urbana, exceto
onde a sarjeta adotada seja do tipo C.
4.17 – CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DOS DESENHOS
4.17.1. Escalas
•
Escala das plantas: 1:1000 ou 1:500, a critério da SUPERVISÃO
•
Escala dos perfis: H:1000 e V:100 ou H:500 e V: 50, a critério da SUPERVISÃO
4.17.2. Notação
a) Notação dos trechos de rede em planta:
diâmetro (DN, em mm) – extensão eixo a eixo (L, em m)
declividade (i, em m/m)
43
b) Notação para poços-de-visita
PV no. (numeração da caixa)
T - Elevação da tampa
F - Elevação da saída do fundo
c) Notação nos perfis
Os perfis deverão ter anotados os seguintes dados, por trecho de rede:
−
Diâmetro nominal DN, em mm
−
Extensão eixo a eixo L, em m
−
Elevação da tampa do PV, em m
−
Elevação da saída do fundo do PV, em m
−
Elevação da saída da caixa de passagem, em m
−
Declividade média do trecho “i”, em m/m
−
Vazão Q, em l/s
4.17.3. Legendas
A
Água
AP
Águas Pluviais
ALA
Ala de Galeria / Ala de Rede Tubular
BCS
Bueiro Celular Simples
BCD
Bueiro Celular Duplo
BCT
Bueiro Celular Triplo
BTS
Bueiro Tubular Simples
BTD
Bueiro Tubular Duplo
BTT
Bueiro Tubular Triplo
BLS
Boca-de-Lobo Simples
BLD
Boca-de-Lobo Dupla
CAN
Canal / Canalização
CANLN
Canal em Leito Natural
CANRA
Canalização Revestida Aberta
CANRF
Canalização Revestida Fechada
44
CE
CEMIG (rede de energia elétrica)
CPA
Caixa de Passagem tipo A
CPB
Caixa de Passagem tipo B
CPC
Caixa de Passagem tipo C
D
Dreno
DA
Dreno de Alívio
DDTC
Descida de Água tipo Calha
DDTD
Descida de Água tipo Degrau
DG
Dreno de Galeria
DN
Diâmetro Nominal
DRE
Drenagem
ES
Esgoto
i
Declividade
JUS
Jusante
MF
Meio Fio
MON
Montante
PAVASF
Pavimentação Asfáltica
PAVCON
Pavimentação em Concreto
PAVPOL
Pavimentação em Pedras Poliédricas
PVA
Poço de Visita tipo A
PVB
Poço de Visita tipo B
PVC
Poço de Visita tipo C
PVCAN
Poço de Visita de Canal
RCC
Reservatório de Controle de Cheias
RN
Referência de Nível
RTC
Rede Tubular de Concreto
RTM
Rede Tubular Metálica
RTPVC
Rede Tubular de PVC
45
SA
Sarjeta tipo A
SB
Sarjeta tipo B
SC
Sarjeta tipo C
T
Terra
TL
Cablagem de Telecomunicação
VAR
Variável
46
4.17.4. Simbologia
ITEM
CONVENÇÃO
ESP. DO TRAÇO
ATERRO
0,1
CORTE
0,1
EROSÃO
0,1
ESTRADA DE
RODAGEM
( ASF. = ASFALTO )
( TER.= TERRA )
0,3
ESTRADA DE FERRO
0,2
TÚNEL
0,2
PONTE
0,2
0,1 - 0,2 e 0,3
VIA SOBRE REPRESA
LAGOA
0,1 e 0,2
0,2
REPRESA
AÇUDE
01 e 0,2
RIO
0,2
BREJO
0,2
ALAGADO
0,2
CÓRREGO
0,3
LACRIMAL
0,2
47
ITEM
CONVENÇÃO
ESP. DO TRAÇO
PINGUELA
0,2
SENTIDO DE FLUXO
0,2
MATO
M
0,2
MACEGA
m
0,2
BOSQUE
Bos.
0,2
CULTURA
CL
0,2
ÁRVORES
A
0,2
POMAR
P
0,2
BANANAL
0,1
Ban.
AREIA
0,2
PEDRA
0,1
EDIFICAÇÃO
0,1 e 0,4
EDIFICAÇÃO EM CONSTRUÇÃO
0,1 e 0,3
RUÍNA OU ALICERCE
0,2
CAMINHO
0,3
CERCA DE ARAME
x
48
x
x
x
x
x
x
0,1
ITEM
CONVENÇÃO
ESP. DO TRAÇO
LINHA DE ENERGIA
ou
0,1
TORRE DE RÁDIO
ou
0,1
AEROPORTO
0,2
CEMITÉRIO
0,2
IGREJA
0,4
PRAÇA DE ESPORTES
0,1
PRAÇA
0,2
MONUMENTO
0,1
POSTE
0,1
HIDRANTE
0,2
MURO
0,1
BORDO EXISTENTE
0,4
BORDO PROJETADO
0,4
DESCIDA D'ÁGUA PROJETADA
TIPO DEGRAU
0,4
DESCIDA D'ÁGUA PROJETADA
TIPO CALHA
0,4
BOCA DE LOBO SIMPLES EXISTENTE
0,2
49
ITEM
CONVENÇÃO
ESP. DO TRAÇO
BOCA DE LOBO DUPLA EXISTENTE
0,2
BOCA DE LOBO SIMPLES PROJETADA
0,2
BOCA DE LOBO DUPLA PROJETADA
0,2
ALA DE GALERIA EXISTENTE
0,2
ALA DE GALERIA PROJETADA
0,4
MEIO FIO EXISTENTE
0,2
MEIO FIO PROJETADO
0,1
SARJETA EXISTENTE
0,2
SARJETA PROJETADA
0,2
TAIPA
0,1
VALA
0,1
REDES EXISTENTES
A
AP
ES
TL
CE
= ÁGUA
= ÁGUA PLUVIAL
= ESGOTO
= TELEMIG
= CEMIG
A
AP
ES
TL
CE
REDES PROJETADAS
0,4
0,6
ex:
NÚMERO DA QUADRA
10
0,2 e 0,4
10
0,4
ex:
NÚMERO DO LOTE
50
CONVENÇÃO
o
o
o
o
REFERÊNCIA DE NÍVEL
o
LINHA DIVISÓRIA
ESP. DO TRAÇO
o
ITEM
0,3
0,2
CURVAS DE NÍVEL
0,1 e 0,3
PONTO DE APARELHO
0,1
PONTO DE CAMPO
0,4
LANÇAMENTO CP
0,2
PV EXISTENTE
A
ES
AP
TL
CE
= ÁGUA
= ESGOTO
= ÁGUA PLUVIAL
= TELEMIG
= CEMIG
A
0,2
PV PROJETADO
A
ES
AP
TL
CE
= ÁGUA
= ESGOTO
= ÁGUA PLUVIAL
= TELEMIG
= CEMIG
A
0,2
GRELHA DE PV DE
CANAL EXISTENTE
0,2
GRELHA DE PV DE
CANAL PROJETADO
0,4
PV EXISTENTE NO PERFIL
0,2
PV PROJETADO NO PERFIL
0,2
CAIXA DE PASSAGEM EXISTENTE
0,2
CAIXA DE PASSAGEM PROJETADA
0,2
51
ITEM
CONVENÇÃO
ESP. DO TRAÇO
CAIXA DE PASSAGEM
EXISTENTE NO PERFIL
CAIXA DE PASSAGEM
PROJETADA NO PERFIL
0,2
CAIXAS D'ÁGUA
0,2
GALERIA OU CANAL EXISTENTE
0,2
GALERIA PROJETADA
0,4
DRENO PROJETADO
0,2
ALA DE REDE TUBULAR
PROJETADA
0,4
ASFALTO EXISTENTE (cor 254)
0,2
POLIÉDRICO EXISTENTE
0,2
TERRA
0,2
ORLA
0,2
LIGAÇÃO ENTRE REDE E
BOCA DE LOBO
0,2
52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. DAEE / CETESB – Drenagem Urbana, Manual de Projeto, 2ª Edição, agosto de 1980, São
Paulo;
2. Município de Belo Horizonte – Lei 7166 de 27 de agosto de 1996, “do Parcelamento,
Ocupação e Uso do Solo”;
3. PINHEIRO, M.M.G., Estudo de Chuvas Intensas na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Dissertação de mestrado, Escola de Engenharia da UFMG, (1.997), Belo Horizonte, MG.
4. RAMOS, M.H.D., Drenagem Urbana: Aspectos Urbanísticos, Legais e Metodológicos em Belo
Horizonte. (1.998), dissertação de mestrado (EE-UFMG), Belo Horizonte, MG.
5. Wilken, P.S., Engenharia de Drenagem Superficial, 1978, BNH / ABES / CETESB, São Paulo;
53
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Instrução tecnica para elaboração de estudos