JOGANDO E APRENDENDO: TABELA PERIÓDICA PARA ALUNOS SURDOS
Rosângela da Silva Cerqueira1, Priscila da Silva Nascimento de Araujo2, Luciene Pereira do Santos3,
Aline Cruz Porto Silva4, Alexandra Souza de Carvalho5
1
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano/Licencianda em Química/ IFBAIANO Campus Catu
Licenciatura em Química/[email protected]
2,
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano/ Licencianda em Química/ IFBAIANO Campus Catu
Licenciatura em Química/[email protected]
3,
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano/Licencianda em Química/ IFBAIANO Campus Catu
Licenciatura em Química/[email protected]
4,
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano/Professora Mestra em LIBRAS e Educação Inclusiva/
IFBAIANO Campus Catu Licenciatura em Química/[email protected]
5
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano/Professora Doutora em Química/IFBAIANO Campus
Catu Licenciatura em Química/[email protected]
Palavras-Chave: tabela periódica para surdos, educação para surdos, Jogos educativos
INTRODUÇÃO:
MATERIAL E MÉTODOS:
O presente trabalho visa facilitar o acesso ao
conhecimento do ensino em química, mais
especificamente para os alunos surdos, uma vez que o
ensino para os alunos não portadores de alguma
deficiência já é precário e para aqueles a situação é
ainda mais difícil.
Então, o projeto aborda o conhecimento acerca da
tabela periódica com ênfase nos alunos deficientes
auditivos do nono e da primeira série do ensino médio,
estimulando o conhecimento sobre alguns elementos
químicos, trazendo informações destes relacionando
com cotidiano, ou seja, apresenta a tabela periódica de
forma lúdica e com uma simples linguagem.
A química por ser considerada de difícil entendimento
para muitos alunos, por apresentar conteúdos em sua
maioria complexos necessita-se de contextualizada.
E a complexidade fica maior ao aproximar esses
conteúdos para a realidade dos alunos surdos.
Ao observar a turma do nono ano do ensino
fundamental da Escola Municipal Professor Raimundo
Mata no município de Catu Bahia, que é uma escola
inclusiva, a ter uma oportunidade de proporcionar de
forma lúdica, ter um ensino aprendizagem significativa
do ensino de química para os alunos surdos.
Sabendo disso, criou-se um projeto com enfoque a
construção de uma tabela periódica de baixo custo e
um jogo de cartas, objetivando mostrar que a Química
está em todo lugar e a todo tempo.
É de extrema importância que o aluno detenha alguma
noção sobre a tabela periódica para facilitar a
assimilação dos assuntos vindouros, tendo em vista
que seus estudos sejam ampliados.
Mostrar, de forma lúdica e clara, alguns conceitos
referentes à tabela periódica como período, grupo ou
famílias, número atômico e número de massa, assim
como curiosidades a respeito de alguns elementos
químicas presentes no cotidiano.
Portanto, esse projeto visa preparar os alunos para o
futuro próximo, dotando-os de um conhecimento básico
que será requisitado para o aprendizado de novos
assuntos no decorrer da jornada escolar de cada
discente.
A tabela foi construída com isopor, cola, palitos e bolas
de isopor coloridos com tinta guache e cartas com
perguntas e informações sobre os elementos químicos.
Como o tema tabela periódica é vasto, foi proposto o
ensino dos conceitos de período, grupo ou famílias,
número atômico e número de massa, assim como
curiosidades a respeito de alguns elementos químicas
presentes no dia a dia.
Antes e depois da aplicação dos jogos era para ser
aplicado um questionário com conteúdos da Tabela
Periódica para assim avaliar a aprendizagem.
Imagem1
Fonte:(Imagem retirada do nosso arquivo pessoal2015)
RESULTADOS E DISCUSSÃO OU RESULTADOS
ESPERADOS:
Os jogos sempre fizeram parte da vida do ser humano
seja como elemento de disputa, de diversão ou como
forma de aprendizado.
De acordo com Kishimoto (1994) e Soares (2008), o
jogo educativo deve ser caracterizado por uma função
lúdica e outra educativa, possuindo, ambas, funções
imprescindíveis no processo de aquisição do saber, ou
seja, este tipo de jogo deve ser pensado e trabalhado
de forma contextualizada, interativa e inclusiva onde os
agentes participativos possam a partir deste
instrumento didático correlacionar questões do dia-adia aos conteúdos trabalhados no jogo.
Nesta perspectiva, o presente trabalho visa facilitar o
acesso ao conhecimento do ensino em química, mais
especificamente para os alunos surdos, uma vez que, o
processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos
químicos é muito complexo, por ser considerada, a
química, uma ciência muito abstrata, para o surdo essa
complexidade é potencializada.
Então, o projeto aborda o conhecimento acerca da
tabela periódica com adaptações para os alunos
deficientes auditivos da primeira série do ensino médio,
com o objetivo de estimular o conhecimento sobre
alguns elementos químicos, trazendo informações
destes e relacionando-os com cotidiano, ou seja,
apresenta a tabela periódica de forma lúdica e com
uma simples linguagem.
A falta de um sentido, neste caso audição, não é a
condição para dizer se um individua aprende ou não,
afinal esse não é o único meio de comunicação, como
diz Santaella (1983),
“A comunicação humana também se dá através de
imagens, gráficos, sinais, luzes, cores, objetos, sons
entre tantas outras possibilidades. Somos uma espécie
animal tão complexa quanto são complexas e plurais,
com intrincadas combinações de signos, as linguagens
que nos constituem como seres simbólicos, isto é,
seres de linguagem.”
A química faz parte do nosso cotidiano e é impossível
viver sem ter ao nosso lado um fenômeno químico
acontecendo. No entanto, o trabalho visa facilitar o
acesso ao conhecimento do ensino em química, mais
especificamente para tabela periódica, ou seja, a tabela
periódica está apresentada de forma lúdica e de
simples linguagem.
Portanto, é de extrema importância que o aluno surdo
detenha alguma informação sobre a tabela periódica
para a assimilação dos assuntos vindouros, tendo em
vista que seus estudos sejam ampliados.
CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES:
O trabalho elaborado teve como aplicação dos jogos de
baralho referente à Tabela Periódica aplicado para
alunos com surdez, apesar de não ter conhecimento
sobre a tabela periódica. Foi observado que o jogo
aguçou a curiosidade dos alunos a respeito dos
elementos químicos e seus símbolos, tornando-se mais
significativa a aprendizagem.
No jogo de baralho foram feitas perguntas com dicas e
curiosidade para as descobertas dos elementos na
tabela periódica usando elementos mais comuns ao
cotidiano: hidrogênio (H), cálcio (Ca), sódio (Na),
carbono (C), nitrogênio (N), cloro (Cl) e flúor (F), Ferro
(Fe), Cobre (Cu) entre outros para completar a tabela e
pôde ser bem dinâmico.
A maior dificuldade desses alunos surdos estava em
não saber relacionar elementos que tinha tanto
conhecimento.
Antes e depois da aplicação do jogo era para ser
aplicado um questionário com conteúdos da Tabela
Periódica para assim avaliar a aprendizagem.
Foi então excluído a aplicação do questionário antes do
jogo ser iniciado. No lugar, foi ministrada uma aula
introdutória sobre o que é a disciplina química, e a
tabela periódica essencialmente.
Então foi adaptado objetos do cotidiano tais como:
palito de fósforo e associamos com o elemento
Fósforo, o Oxigênio com o ar que respiramos e o Flúor
e com o creme dental.
Após a explicação foi continuado o planejamento
seguindo com o jogo.
Além de existir uma maior socialização entre os
colegas de turma, o jogo foi em dupla, mas quem
estava torcendo para quem fosse o ganhador poderia
ajudar, ganhava quem conseguisse preencher a tabela
primeira.
Os jogos quando usados como atividade didática
mostraram sua capacidade e efetividade em envolver e
estimular o pensamento, pois no momento que o aluno
está diretamente envolvido na ação fica mais fácil a
compreensão do assunto.
E assim conseguimos uma compreensão e uma
aprendizagem significativa para os alunos.
AGRADECIMENTOS:
Agradecemos a todo corpo docente da Escola
Municipal Professor Raimundo Mata que nos
proporcionou a aplicação do nosso projeto. A
Professora Dra Alexandra Souza de Carvalho com todo
seu apoio na disciplina práticas pedagógicas IV e a
professora Mestra Aline da Cruz Porto Silva e toda
orientação no campo de LIBRAS. Obrigada por nos
orientar com tanta dedicação nesse projeto. E ao
CAPES por nos proporcionar a oportunidade de ter
contato com o ambiente escolar através do PIBID.
REFERÊNCIAS:
FELTRE. Ricardo. Química. 6º Ed. Moderna, São Paulo
2004
LOPES, M. G. Jogos na educação: Criar, fazer e jogar.
6 ed. Cortez, São Paulo , 2005.
BERTOLDI. M. A escolha dos jogos definida pelas
dificuldades específicas de cada criança. Curitiba,
2003.
Download

attach_file Clique aqui para visualizar