Que Grande Abóbora Mimi! Valerie Thomas e Korky Paul Mimi comia muitos legumes. Gostava de brócolos, couve-flor, repolho e nabos. E também de ervilhas, cenouras, feijões, batatas e espinafres. E adorava abóbora! Adorava sopa de abóbora, tarte de abóbora e scones de abóbora com sementes de abóbora por cima. Mas do que ela gostava mais era abóbora assada. O Rogério, o gato preto da Mimi, também gostava de sopa de abóbora. Sobretudo se tivesse muitas natas… Todos os sábados de manhã, a Mimi saltava para a sua vassoura, o Rogério saltava para o ombro da Mimi, e voavam os dois até ao mercado para comprar legumes. Era muito simples. Voltar para casa é que não era assim tão simples. Era difícil manter o equilíbrio numa vassoura com um gato, abóboras e muitos outros legumes. Uuups! E lá começavam a chover couves de bruxelas e tomates sobre o mercado. – Com mil vassouras! – exclamou a Mimi. E, de repente, teve uma boa ideia. – Vou cultivar os meus próprios legumes – decidiu. A Mimi cavou então um canteiro no seu jardim. O Rogério ajudou. Plantou muitos, muitos legumes. Regou as plantas e arrancou as ervas daninhas. O Rogério ajudou. Mas as plantas cresciam muito devagar. E quando finalmente cresciam, as lagartas e os coelhos comiam-nas. – Oh, céus! – queixou-se a Mimi. É muito difícil ter uma horta. Vou experimentar um feitiço para ajudar as plantas a crescer mais depressa. Agitou a varinha mágica, gritou: … e não aconteceu nada. Lá fora, o feitiço começou a fazer efeito. – Que maçada, não funcionou. Vou consultar o Grande Livro dos Feitiços. Mas a Mimi tinha entrado em casa cedo demais. Dentro de casa ficou tudo muito escuro. – Desculpa, Rogério – disse a Mimi. - Não te vi. Está tão escuro aqui dentro! Deve vir aí uma tempestade. Olhou pela janela. Não vinha lá nenhuma tempestade. Era a horta da Mimi. As plantas estavam a crescer tão depressa que já tapavam todas as janelas. – É melhor ir lá fora quebrar o feitiço! – observou a Mimi. Mas não era possível abrir a porta: havia um enorme repolho a impedir a passagem. A Mimi subiu as escadas a correr, trepou para a janela da casa de banho e escorregou por um pé de feijão gigante. Miaaauu! O Rogério escorregou logo a seguir. “Isto é divertido”, pensou ele. Até dar de focinhos com uma lagarta gigante. Tudo estava enorme, gigantesco e assombroso na horta da Mimi! O pé de feijão crescia em direção às nuvens. Os repolhos eram grandes como vacas. Os coelhos eram maiores que vacas. E ali mesmo, no meio do telhado, estava uma enorme abóbora. – Oh, não! – exclamou a Mimi. – A abóbora vai esmagar a minha casa! Agitou a sua varinha mágica. Mas no momento em que gritava… …a abóbora gigante caiu no meio do chão. O enorme e assombroso jardim da Mimi voltou a ser com antes. Mas a abóbora que tinha caído do telhado era ainda: gigantesca, extraordinária, assombrosa. A Mimi recortou uma entrada até ao interior da abóbora. Fez tartes de abóbora, scones de abóbora, sopa de abóbora com natas para o Rogério e um enorme prato de abóbora assada. Mas ainda sobrava imensa abóbora! A Mimi decidiu então pôr um aviso no portão. As pessoas começaram a aparecer com panelas, cestos e até carrinhos de mão. A abóbora ficou rapidamente vazia. “O que é que eu vou fazer com a casca da abóbora?”, pensou então a Mimi. “Daria uma boa casa, mas eu já tenho uma casa. Uma vez, uma das minhas amigas transformou uma abóbora numa carruagem. Mas isso foi para uma ocasião especial! E os cavalos podiam tornar-se um problema.” Foi nessa altura que a Mimi teve uma excelente ideia. – Boa! – disse ela. – É precisamente com isso que se parece. É claro! Agitou a sua varinha mágica, bateu com o pé no chão e gritou: E no jardim da Mimi apareceu um luzidio helicóptero cor-de-laranja. Agora, quando a Mimi e o Rogério vão ao mercado, a Mimi pode comprar todas as abóboras que quer. Perlimpimpim a história chegou ao fim!