RELIGARE 101
INTERFACE
A RELAÇÃO DA RELIGIOSIDADE COM AS VISÕES DE MORTE
THE RELATION BETWEEN RELIGIOSITY AND DEATH VISIONS
Ana Carolina Diniz1
Thiago Antonio Avellar de Aquino2
Resumo: Este trabalho teve como objetivo conhecer as relações entre a religiosidade
e as concepções acerca da morte. Participaram do estudo 190 estudantes
universitários dos cursos de Direito, Educação Física, Fisioterapia e Psicologia de
ambos os sexos. A maioria destes participantes são do sexo feminino (68,9%) e de
religião católica (61,6%). Para a coleta de dados foram utilizados como
instrumentos o Questionário de Atitude Religiosa, o Questionário sobre Diversas
Perspectivas de Morte e um Questionário Sócio-demográfico. Os resultados
apontaram para a existência de correlações positivas entre religiosidade e vida do
além, coragem e fim natural. Por outro lado, a religiosidade se correlacionou
negativamente com a visão de morte como fracasso. As implicações desses
resultados são discutidas e pesquisas futuras sugeridas.
Palavras-chave: Religiosidade, visões de morte, estudantes
Abstract: This paper had as objective to know the relations between the religiosity and
the conceptions concerning the death. The participants of this study were 190 male and
female academical students from the courses of Law, Physical Education, Physiotherapy
and Psychology, most of the participants is female (68,9%) and Catholic (61,6%). For
the data collection were used as instruments the Questionnaire of Religious Attitude,
the Questionnaire on Several Perspectives of Death and a Social-demographic
Questionnaire. The results pointed for the existence of positive correlations between
religiosity and life from the beyond, courage and natural end. On the other hand the
religiosity was correlated negatively with the death vision as failure. The implications of
these results are discussed and future researches suggested.
Key-words: Religiosity, death visions, students
Introdução
As atitudes e as percepções sobre a morte sofreram grandes mudanças ao longo dos
séculos o que, por conseguinte, modificou a concepção da vida dos indivíduos (ARIÈS,
1977). De acordo com Moreira e Lisboa (2006), o ser humano sempre buscou desvelar
os mistérios que envolvem questões acerca do destino final da vida, e o saber religioso
1
Psicóloga clínica. Graduada pelo Centro Universitário de João Pessoa – Unipê.
Professor do Departamento de Ciências das Religiões da Universidade Federal da Paraíba, Doutor em
Psicologia Social pela UFPB.
2
RELIGARE – REVISTA DE CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES, Nº 6, 09/2009
102 RELIGARE
se encarregou de elaborar tais explicações. Já na modernidade, constata-se que o
desejo de conhecer a morte tem como escopo dominar e não mais aceitá-la como
sendo parte do ciclo natural da vida (KOVÁCS, 1992).
Segundo Kovács (1992) por via da tradição cultural, os indivíduos adquirem
concepções sobre a morte e o morrer, e a morte na sociedade ocidental é um ponto
central da existência humana, que geralmente está associada
à
tristeza
e
sofrimento. Historicamente, a morte foi percebida de diversas maneiras, por exemplo:
na Idade Média a morte era algo natural e esperado, possibilitando ao homem a
oportunidade de morrer em seu leito, confortado por familiares e amigos. O que era
temido era a morte súbita, pois privava o indivíduo de se preparar para a despedida
final. Essa visão foi sofrendo transformações no decorrer dos séculos em razão de
vários determinantes históricos e culturais (BOEMER, 1986).
Conforme Ariès (1977), nos séculos V e VI, a morte era concebida com pouca
dramaticidade e com simplicidade, visto que era um fenômeno que fazia parte do
cotidiano do ser humano. Nessa perspectiva, os familiares, amigos e até mesmo as
crianças ficavam em volta do caixão por vários dias, para um último adeus. Dessa
maneira, no período medieval, a morte era um fenômeno doméstico. Segundo Ariès
(1977), o moribundo se preparava para morrer e administrava a própria morte, ela não
representava uma ruptura definitiva com relação à vida. Conforme o mesmo autor, para
os cristãos a morte era a passagem para uma vida eterna, o que transmitia um
sentimento de conforto. Dessa maneira, a morte era percebida apenas como uma
separação temporária entre os familiares, pois prevalecia uma continuidade entre vivos
e mortos (ARIÈS, 1977).
Segundo a percepção cristã, os sentimentos de dor e perda eram amenizados,
pois existia a esperança de um reencontro com os entes queridos. Ainda na Idade
Média surgem interrogações sobre a vida e a morte, sobre a ressurreição e a vida
eterna, fazendo com que os indivíduos começassem a temer pela morte e a ter um
amor pela vida, conforme afirma Santos (1993, citado por ESSLINGER, 2004). As
transformações foram operando e se reformulando com o desenvolvimento e
florescimento da burguesia, para a qual a separação corpo e alma, vida e morte se
integram ao pensamento binário da cultura ocidental.
Rodrigues (1995) assevera que os cemitérios ocupavam o centro da cidade, pois
os mortos não eram considerados como inconvenientes. Segundo este autor, no mundo
medieval a relação com o corpo era aberta, expansiva, indisciplinada, em oposição ao
mundo burguês que transformou o corpo humano como um meio para a produção de
bens.
Segundo Ariès (1977), com essas mudanças no modo de vida social e
econômico, a morte passa a ser exaltada e dramatizada, surgindo as cenas do choro e
cerimoniais de luto.
Nos dias atuais, por meio da tecnologia moderna, a morte passou de uma
condição doméstica para uma condição tecnicista do hospital, já que no leito de
hospital, a luz é artificial, a temperatura é climatizada artificialmente e a vida é mantida
por equipamentos técnicos (OLIVEIRA, 2002).
Percepções da morte em diferentes religiões
De acordo com Kovács (1992), o medo é a resposta psicológica mais comum
perante a morte tendo em vista que atinge todos os seres humanos. Kubler-Ross
RELIGARE – REVISTA DE CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES, Nº 6, 09/2009
RELIGARE 103
(1998) diz que a morte constitui, ainda, um acontecimento medonho, pavoroso, que
causa um medo universal, pois coloca à tona toda a fragilidade humana. Para essa
autora, a morte evoca sentimentos diferentes que vão desde a raiva, a tristeza, a
barganha, até a negação, podendo ser percebida de diferentes óticas, de acordo com a
história de vida, a religião e a cultura dos indivíduos.
Nessa perspectiva, Carvalho e colaboradores (2006) afirmam que os
valores e as crenças influenciam a sua preparação para morrer ou para aumentar a
dificuldade do enfrentamento da morte. O medo da morte pode influenciar a maneira
de agir do homem, tendo a religião um importante papel na maneira de fazê-lo se
posicionar perante a morte. Além disso, muitas religiões costumam dedicar ritos
sagrados para os seus mortos, pois acreditam que os indivíduos continuam a existir
depois de morrerem (COOGAN, 2007). Dessa forma, são os vários pontos de vista
sobre a morte nas diferentes religiões.
Para as religiões africanas, há um destino para cada ser humano (odu), que é
concluído na morte (Iku). Segundo Silveira (2007):
“É Xapanã quem traz Iku, a Morte, pela mão. O toque de Iku faz com que
Bará, o senhor do corpo, o abandone tornando-o imóvel. Emi, o sopro
divino, retorna para Olodumare, nosso único Deus. O Orixá ou Orixás
ligados a essa pessoa retornam ao Orixá geral e a sua alma é levada por
Iansã a um dos nove espaços de Orun, o mundo imaterial onde vivem os
Orixás, os ancestrais e Olodumare” (p.12).
Já para as religiões indianas os seres sofrem novos renascimentos, o que é
condicionado por meio das leis do Karma. Assim, os seres podem renascer como ser
infernal, espírito, animal, titã ou deuses (SCHERER, 2008). Para o Budismo, a morte
ocorre quando as oito partes da consciência deixam o corpo: as consciências dos cinco
sentidos – visão, audição, olfato, paladar e tato – mais a sexta, que é o sentido mental,
que formula as idéias a partir das mensagens recebidas pelos cincos sentidos; a sétima
é o centro do pensamento (manas) que pensa, deseja e raciocina, e a oitava é a
consciência (alaya). Assim, o processo da morte não acaba com a falência dos órgãos,
mas apenas quando a consciência deixa o corpo (YUN, 2008).
Numa perspectiva judaica, há uma grande graça para aqueles idosos que morrem
cercados por familiares e amigos e com o Shemah nos lábios (SCHERER, 2008).
Segundo Wilges (1986), é na terra que o homem decide para onde irá após a morte,
através da obediência ou não dos ensinamentos da Tora. Após a morte, os mortos vão
para o sheol ou lugar intermediário, e depois do juízo final os que procederam à
observância judaica da lei irão para o céu, e os que não obedeceram serão castigados.
No cristianismo, para que o ser humano obtenha a salvação de sua alma após a
morte, é necessário que ele se arrependa dos seus pecados e aceite os ensinamentos
de Jesus Cristo que sacrificou a sua vida para redimir os pecados da humanidade
(WILGES, 1986). A doutrina do cristianismo baseia-se na crença de que todo o ser
humano é eterno e que após a morte ressuscitará. (OLIVEIRA, 2008). O céu ou Paraíso
é a recompensa para aqueles que amaram e obedeceram à vontade de Deus, enquanto
que o inferno é reservado para aqueles que morreram em pecado mortal (WILGES,
1986).
Segundo a doutrina espírita, a morte seria uma espécie de ilusão, posto que o
espírito evolui por meio de constantes reencarnações. Segundo Wilges (1986), os
espíritos são criados de uma forma simples e ignorante, e evoluem intelectualmente e
RELIGARE – REVISTA DE CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES, Nº 6, 09/2009
104 RELIGARE
moralmente em cada reencarnação até alcançar a perfeição. Nessa perspectiva, não há
possibilidade de uma regressão e a rapidez da evolução do espírito dependerá
exclusivamente do esforço pessoal. Como foi observado, existem muitas formas de
conceber a morte por meio de diversas visões cosmológicas. Dessa forma, a presente
pesquisa teve como objetivo averiguar as relações entre as visões de morte e a
religiosidade em estudantes universitários.
Amostra
Esta pesquisa foi realizada por uma amostragem por conveniência, junto a 190
estudantes universitários, sendo 68,9% do sexo feminino. Os entrevistados eram
provenientes dos cursos de graduação em direito, educação física, fisioterapia e
psicologia de uma instituição de ensino particular da cidade de João Pessoa (PB). A
média de idade foi de 23,6 (DP = 7,0), com amplitude de 17 a 58 anos. Quanto à
denominação religiosa 61,6 % disseram participar da religião católica, 18,3 %
evangélica, 5,3 % espírita, 10,5 % nenhuma e 4,2% outras.
Instrumentos
Escala de Atitude Religiosa. Este instrumento, proposto inicialmente por Aquino
(2005), é composto por vinte itens distribuídos de acordo com os componentes de
atitude – afetivo-comportamental e cognitivo. Para responder a ele, a pessoa deve ler
cada item e indicar o valor atribuído numa escala intervalar com os seguintes valores: 1
= Nunca; 2 = Raramente; 3 = Às vezes; 4 = Freqüentemente e 5 = Sempre. O estudo
de Aquino (2005) indicou que a escala apresenta um único fator com uma consistência
interna, verificada através do Alfa de Cronbach, de 0,91. Entretanto, para a presente
pesquisa foram acrescidos cinco itens, referentes aos movimentos corporais
concernentes à expressões religiosas.
Questionário de Percepção de Morte. Foi originalmente construído por Spilka,
Stout; Minton e Sizemore (1977) adaptado por Barros-Oliveira e Neto (2004), possuindo
43 itens, que variam segundo o grau de valor do participante de: 1 = discordo
totalmente; 2 = discordo; 3 = discordo um pouco; 4 = nem concordo nem discordo; 5
= concordo um pouco; 6 = concordo e 7 = concordo totalmente. A escala possui oito
fatores com os seus respectivos alfa de Cronbach, que são: morte como sofrimento e
solidão (α = 0,83); morte como além da vida e recompensa (α = 0,94); indiferença em
face da morte (α = 0,84); morte como desconhecido (α = 0,86); morte como
abandono (α = 0,83); morte como coragem (α = 0,83); morte como fracasso
(α = 0,87) e morte como um fim natural (α = 0,78).
Questionário sócio-demográfico. Foi utilizado um conjunto de itens com a
finalidade de obtenção de características sócio-demográficas da população estudada. O
instrumento contém questões relativas ao sexo, idade, escolaridade, estado civil e
religião.
Procedimentos éticos
O projeto foi previamente submetido à apreciação do comitê de ética em
pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, tendo sido aprovado sob o protocolo
0020.0133.000-09. Durante a execução do mesmo, foram salvaguardados todos os
RELIGARE – REVISTA DE CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES, Nº 6, 09/2009
RELIGARE 105
procedimentos éticos para realização de pesquisas com seres humanos, previstos na
resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Procedimentos para a coleta de dados
A coleta de dados foi realizada de forma coletiva, em sala de aula, após a
permissão do professor. Os estudantes receberam instruções de como responder ao
questionário e foram informados da não obrigatoriedade da participação do estudo.
Após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido, os respondentes
iniciaram a responder aos instrumentos que foram anexados em formato de caderno. O
tempo médio de resposta foi de 25 minutos.
Procedimentos para a análise dos dados
Após a coleta dos dados, foram codificados os mesmos no programa estatístico
SPSS, versão 16. Posteriormente foram verificados a fatorabilidade das escalas bem
como as suas precisões através do alfa de Cronbach. Após este procedimento, realizouse o teste de correlação de Pearson.
Resultados
Tendo em vista que as escalas aqui utilizadas são pouco conhecidas no contexto
em que foram aplicadas, optou-se inicialmente em verificar as propriedades
psicométricas das mesmas.
Escala das visões de morte
Inicialmente para a observação dos resultados das visões de morte verificou-se a
adequação de se realizar uma análise fatorial no conjunto de 43 itens que compõem a
escala, o que foi confirmado através dos índices de KMO = 0,77 e o teste de
Esfericidade de Bartlett, x² (300) = 3854,59, p < 0, 0001. Dessa forma, procedeu-se a
uma análise dos componentes principais com rotação varimax fixando oito
componentes. Conforme a figura 1, a escala parece ser multidimensional. Assim, oito
componentes atenderam ao critério Kaise, apresentando Eigenvalues superiores a 1. Já
o critério de Cattell, indicado na Figura 1, sugere a presença de oito componentes,
parecendo plausível assumir uma estrutura com oito componentes, o que juntos
explicam 58,84% da variância total (tabela 1).
Figura 1. Representação gráfica dos eigenvalue visões de morte
8
Eigenvalue
6
4
2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43
Número de componentes
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106 RELIGARE
Tabela 1. Estrutura fatorial da escala de visões de morte
Conteúdo dos Itens
09. A própria ressurreição e recompensa.
08. Um limpar e renascer de si mesmo.
12. A porta de entrada no céu e felicidade plena.
11. Oportunidade de deixar esta vida em troca de outra
melhor.
07. A entrada num lugar de total satisfação.
10. União com Deus e eterna ventura.
19. O maior dos mistérios.
22. Um ponto de interrogação.
21. Algo sobre que devemos dizer “não sei”.
18. A maior das incertezas.
20. O fim do conhecido e o principio do desconhecido.
23. A maior ambiguidade entre as complexidades da vida.
25. Abandonar aqueles que amamos.
26. Razão para se sentir culpado por não poder continuar a
ajudar a família.
28. Deixar a família entregue à sorte.
27. Razão para se sentir culpado.
24. Deixar os que dependem de nós sujeitos às dificuldades
da vida.
35. Um acontecimento que impede realização do potencial.
32. Uma oportunidade para uma grande realização.
33. Um tempo para recusar a humilhação e a derrota.
34. Um teste ao compromisso em relação aos valores
pessoais da vida.
31. Um grande momento de verdade para si mesmo.
29. Uma oportunidade para provar que lutamos por algo na
vida.
30. Uma ocasião para mostrar como podemos enfrentar o
último teste da vida.
05. A última angústia e tormento.
01. O último momento de agonia.
04. O destino de cair na beira da estrada.
03. A última miséria.
02. O fim de um tempo de isolamento.
37. O fracasso pessoal na procura do sentido da vida.
38. A destruição da última oportunidade de plena
realização.
39. A derrota na luta por ser bem sucedido e alcançar os
objetivos.
36. O fim das nossas esperanças.
06. Uma experiência de solidão.
41. O ato final de harmonia com a existência.
42. Um aspecto natural da vida.
43. Parte do ciclo da vida.
40. Uma experiência que chega a todos devido à passagem
natural do tempo.
16. Nem temida nem bem-vinda.
17. Coisa indiferente de uma forma ou de outra.
15. Algo pelo que devemos ficar indiferentes e esquecer.
13. Pouco importante tendo em conta todo o resto.
14. De poucas consequências.
Número de Itens
Eigenvalue
% de variância explicada
Alfa de Cronbach (α)
Componentes
I
0,81*
0,74*
0, 77*
II
0,70
0,13
-0, 93
III
- 0, 22
- 0,63
0, 17
IV
0, 98
0,17
0, 22
V
0,06
0, 59
0, 53
0, 76*
0, 73*
0,71*
0, 13
-0, 10
-0,01
-0,04
0,10
0,07
0,04
- 0, 16
0, 26
-0, 12
0, 13
0,07
0, 05
0, 84*
0, 80*
0,78*
0,75*
0,67*
0,65*
0,10
- 0, 08
0, 09
0, 08
0, 10
0,06
0,04
0,13
0,17
0,73*
0, 14
0, 22
0, 03
0,04
-0,03
-0,04
0,07
0,25
0,07
0, 08
0, 13
0, 13
-0,01
-0,03
0,03
0,01
0,10
-0,01
0,02
0,07
0,73*
0,18
0,01
0,11
-0,01
0,02
0,14
0,69*
0,65*
0,06
0,10
0,01
0,06
VI
0, 05
- 0, 19
- 0,49
VII
0, 11
0, 82
0, 12
VIII
0, 17
0, 60
0, 05
-0, 30
0, 11
-0, 03
- 0, 01
- 0, 09
- 0, 04
0,15
0,21
-0,17
0,20
0,09
0,17
- 0, 07
0, 12
0, 13
0,13
-0,11
0,06
0,12
0,10
0,14
0, 04
- 0,01
0, 01
0,12
0,12
0,14
-0,12
0,12
-0,19
0,28
-0,15
0,18
0,19
0,10
-0,18
-0,21
0,01
0,21
0,10
0,17
0,59*
-0,05
0,07
-0,03
0,14
0,12
-0,02
0,39
-0,06
0,10
-0,02
-0,08
0,49
-0,09
0,11
0,06
0,75*
0,69*
0,18
0,04
0,19
0,40
0,06
0,09
0,13
-0,04
0,03
-0,05
0,06
0,07
0,10
0,08
0,20
0,68*
0,20
0,02
0,23
-0,06
0,42
0,03
-0,01
0,62*
0,14
-0,01
0,17
-0,06
0,24
0,25
0,16
0,58*
-0,03
0,05
-0,01
0,14
0,37
0,18
0,02
0,49
0,16
0,16
0,16
0,01
0,20
0,21
0,04
-0,03
0,02
-0,05
-0,02
0,11
0,05
-0,07
0,10
0,06
0,04
0,07
-0,09
0,15
0,05
0,18
-0,07
-0,04
0,28
0,18
0,24
0,08
0,79*
0,72*
0,69*
0,66*
0,63*
0,03
0,13
0,12
0,14
0,07
-0,01
0,77*
0,03
0,07
-0,09
-0,11
-0,08
-0,10
0,10
0,04
0,24
0,10
0,11
0,08
-0,06
0,04
0,32
-0,02
0,24
0,75*
0,06
0,02
-0,08
0,08
0,08
0,21
0,14
0,72*
-0,02
0,08
-0,09
0,17
0,19
0,10
0,12
0,09
0,29
0,16
0,05
0,13
0,28
-0,17
0,04
-0,08
-0,09
-0,22
0,23
0,20
0,03
0,12
0,06
0,36
-0,07
-0,06
-0,06
0,59*
0,40
0,30
0,02
-0,03
0,10
-0,04
0,25
0,90*
0,85*
0,12
0,06
0,10
0,06
0,06
0,14
0,134
0,05
0,14
-0,04
0,05
0,70*
-0,09
-0,05
-0,03
-0,03
0,13
0,05
6
7,3
17,2
0,85
0,17
0,11
0,16
-0,08
0,01
6
4,6
10,0
0,86
0,18
0,25
-0,15
-0,02
0,11
6
3,4
7,8
0,77
-0,11
0,10
-0,03
0,07
0,08
6
2,7
6,2
0,79
0,15
0,15
0,13
-0,06
0,15
5
2,1
4,9
0,79
-0,02
-0,05
0,12
0,27
0,10
5
2,0
4,6
0,78
0,22
-0,06
-0,13
0,01
0,05
3
1,8
4,1
0,80
0,68*
0,68*
0,67*
0,66*
0,60*
5
1,5
3,5
0,72
Notas: * [0,50] (carga fatorial mínima considerada para interpretação dos componentes). Identificação dos
componentes: I= vida do além; II = desconhecido; III = abandono; IV = coragem; V = dor e solidão; VI = fracasso;
VII = fim natural e VIII = indiferença.
O primeiro componente reuniu 6 itens, com saturação variando de 0,81 (A
própria ressurreição e recompensa) a 0,71 (União com Deus e eterna ventura).
Apresentou valor próprio de 7,3; explicando 17,2% da variância total. A consistência
interna deste fator foi aferida através do alfa de Cronbach, que resultou num
coeficiente de 0,85. Denominando este componente vida do além.
O segundo componente agrupou seis itens, com saturação de 0,84 (O maior dos
mistérios) a 0,65 (A maior ambigüidade entre as complexidades da vida). Seu valor
próprio foi de 4,6 e explicou 10% da variância total. A consistência interna deste fator
(alfa de Cronbach) foi de 0,86, sendo concebido desconhecido.
RELIGARE – REVISTA DE CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES, Nº 6, 09/2009
RELIGARE 107
O terceiro componente agrupou cinco itens, tendo a saturação de 0,73
(Abandonar aqueles que amamos) a 0,59 (Deixar os que dependem de nós sujeitos às
dificuldades da vida). Seu valor próprio foi de 3,4 explicando 7,8% da variância. A
consistência interna (alfa de Cronbach) foi 0,77, sendo esse componente denominado
de abandono.
O quarto componente reuniu cinco itens, com saturação de 0,75 (Uma
oportunidade para uma grande realização) a 0,58 (Uma oportunidade para provar que
lutamos por algo na vida). Seu valor próprio foi de 2,7 explicando 6,2% da variância.
Seu alfa de Cronbach foi de 0,79, concebido coragem.
O quinto componente também reuniu cinco itens, com saturação de 0,79 (A
última angústia e tormento) a 0,63 (O fim de um tempo de isolamento). Seu valor
próprio foi de 2,1 e explicou 4,9% da variância. Seu alfa de Crombach foi de 0,79 e foi
denominado esse componente dor e solidão.
O sexto componente reuniu quatro itens, com saturação que variam de 0,77 (O
fracasso pessoal na procura do sentido da vida) a 0,59 (O fim das nossas esperanças).
Seu valor próprio foi de 2,0 explicando 4,6% da variância. Seu alfa de Cronbach foi de
0,78. Esse componente foi denominado fracasso.
O sétimo componente agrupou três itens, com saturação variando de 0,90 (Um
aspecto natural da vida) a 0,70 (Uma experiência que chega a todos devido à
passagem natural do tempo). Tendo como valor próprio 1,8; explicando 4,1% da
variância. Seu alfa de Crombach foi de 0,80. Sendo esse componente concebido fim
natural.
O oitavo componente agrupou 5 itens, com saturação variando de 0,69 (Nem
temida nem bem vinda) a 0,60 (De poucas conseqüências). Seu valor próprio foi de
1,5, explicando 3,5% da variância. O seu alfa de Crombach foi de 0,72, sendo
denominado indiferença.
Escala de Atitude Religiosa
Para a análise dos resultados da religiosidade, foi verificada inicialmente a
adequação de se realizar uma análise fatorial do conjunto de 20 itens que compõem a
escala, o que foi confirmado através dos índices de KMO = 0,93, e o teste de
Esfericidade de Bartlett, x² (190) = 2397,06, p < 0,001. Dessa forma, procedeu-se a
uma análise dos componentes principais com rotação varimax sem fixar o número de
dimensões a priori.
Conforme a figura 2, a escala parece ser unidimensional. Assim, o componente
atendeu ao critério Kaise, apresentando Eigenvalues superiores a 1. Já o critério de
Catell, indicado, na figura 2, sugere a presença de um componente 1, parecendo
plausível assumir uma estrutura com 1 componente, o que explica 48,42% da variância
total (tabela 2).
A escala de religiosidade reuniu 20 itens, com saturação variando de 0,80
(Participo das reuniões coletivas da minha religião/religiosidade) a 0,58 (Costumo ler
livros que falam sobre religiosidade). Apresentou valor próprio de 9,7; explicando
48,4% da variância total. A consistência interna desse componente foi aferida através
do alfa de Cronbach, que resultou em 0,94.
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Figura 2. Representação gráfica dos eigenvalue de religiosidade
10
Eigenvalue
8
6
4
2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Número de componentes
Tabela 2: Estrutura fatorial da escala de Atitude religiosa
Componente
Itens
09. Participo das orações coletivas da minha religião/religiosidade.
16. Costumo levantar os braços em momentos de louvores.
10. Freqüento as celebrações da minha religião/religiosidade.
03. Procuro conhecer as doutrinas ou preceitos da minha
religião/religiosidade.
13. Extravaso a tristeza ou alegria através das músicas religiosas.
18. Bato palmas nos momentos dos cânticos religiosos.
08. A religião/religiosidade influencia nas minhas decisões sobre o
que eu devo fazer.
06. Assisto a programas de televisão sobre assuntos religiosos.
19. Faço movimentos corporais para expressar a minha união com
Deus.
17. Ajoelho-me para fazer minha oração pessoal a Deus.
12. Ajo de acordo com a minha religião/religiosidade prescreve
como sendo correto.
01. Leio as escrituras sagradas (bíblia, ou outro livro sagrado).
05. Converso com a minha família sobre assuntos religiosos.
20. Danço com as músicas religiosas nas ocasiões de
contemplações.
07. Converso com os meus amigos sobre as minhas experiências
religiosas.
15. Quando entro numa igreja ou templo, despertam-me emoções.
11. Faço orações pessoais (comunicações espontâneas com Deus).
04. Participo dos debates sobre assuntos que dizem respeito à
religião/religiosidade.
14. Sinto-me unido a um ser maior.
02. Costumo ler livros que falam sobre a religiosidade.
Número de itens
Eigenvalue
% da variância explicada
Alfa de Cronbach
1
0,80
0,80
0,79
0,75
0,74
0,74
0,72
0,72
0,71
0,70
0,69
0,68
0,67
0,66
0,65
0,64
0,63
0,61
0,60
0,58
20
9,7
48,41
0,94
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RELIGARE 109
Matriz Correlacional
Após definir as variáveis do estudo, procurou-se verificar as relações existentes
entre as escalas de visões de morte e religiosidade (tabela 3).
Tabela 3: Correlação entre religiosidade e visões de morte
Religiosidade
Vida do além
0,53***
Desconhecido
-0,05
Abandono
-0,07
Coragem
0,26***
Dor e solidão
0,10
Fracasso
-0,19**
Fim natural
0,17*
Indiferença
-0,01
*p < 0,05; **p < 0,001; ***p < 0,0001
Com base na observação da tabela 3, verificou-se a existência de uma correlação
positiva entre a religiosidade e a vida do além (r = 0,53; p < 0,0001), religiosidade e
coragem (r = 0,26; p < 0,0001) e religiosidade e fim natural (r = 0,17; p < 0,05).
Também foi constatada correlação negativa entre os componentes religiosidade e
fracasso (r = -0,19; p < 0,001).
Discussão
Este estudo teve como finalidade observar as relações entre religiosidade e as
visões de morte. Dessa forma, verificou-se uma correlação positiva entre a religiosidade
e a morte como vida do além (r = 0,53; p < 0,0001). As religiões, de diferentes
maneiras, procuram explicar a origem do ser humano, de onde vem, e o seu fim, para
onde vai, advogando a crença em uma vida pós-morte bem como atribuindo uma
conotação positiva à morte. Por exemplo, o cristianismo, que acredita na vida eterna
após a morte física, alicerçando-se na doutrina de que todo ser humano é eterno
(WILGES, 1986). Especificamente para a concepção cristã, Oliveira (2008) assevera que
a morte é uma passagem para uma vida eterna e feliz. Martins (2007) relata que o
homem através da sua fé em Deus encontra subsídios para acreditar que a morte traz
alegria e felicidade, pois será o dia em que terá o encontro com o seu criador.
Resultados semelhantes foram encontrados no estudo realizado por Nogueira e
Pereira (2006) no qual encontraram associações positivas entre a crença na vida após a
morte e o nível de religiosidade. Assim, compreende-se que um fator relevante que
pode explicar esta associação diz respeito à especificidade da própria amostra, que foi
constituída por 61,6% de católicos e 18,4% de evangélicos. Esses grupos, geralmente
professam uma crença na vida eterna e concebem a morte de maneira positiva.
Um estudo realizado por Barros-Oliveira e Neto (2004) junto a freiras, estudantes
de Teologia, estudantes de Educação Física e professores de ensino básico, constatou
que a amostra de religiosos possuía uma maior crença em uma vida após a morte
quando comparados aos estudantes de educação física e aos professores, atribuindo à
religiosidade um papel preponderante.
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110 RELIGARE
Outra correlação observada no presente estudo foi entre a religiosidade e a
subescala morte como coragem (r = 0,26; p < 0,0001). Aquelas pessoas que obtiveram
altas pontuações na escala de atitude religiosa, também apresentaram maiores
pontuações na visão da morte como coragem, ou seja a morte como: Uma
oportunidade para uma grande realização, Um tempo para recusar a humilhação e a
derrota, Um teste ao compromisso em relação aos valores pessoais da vida, Um grande
momento de verdade para si mesmo e Uma oportunidade para provar que lutamos por
algo na vida.
Este resultado corrobora com o estudo de Barros-Oliveira e Neto (2004) quando
admitem que a religião pode amenizar o medo da morte. As pessoas religiosas
percebem a morte com menos ansiedade, dessa forma, atribuem esse momento como
uma possibilidade de transformar a morte em uma realização humana.
Verificou-se também uma correlação negativa entre a morte como fracasso e
religiosidade para a amostra estudada: quanto maior o nível de religiosidade menor o
grau de compreensão da morte como um fracasso (r = -0,19, p < 0,001), o que se
assemelha com os resultados da pesquisa de Wink e Scott (2005). Para o ser humano
pouco religioso, a morte é associada a um momento de fracasso, ou seja, o fracasso
pessoal na procura do sentido da vida, a destruição da última oportunidade de plena
realização, a derrota na luta por ser bem sucedido e alcançar os objetivos e o fim das
nossas esperanças.
A maioria das doutrinas religiosas concebe a morte como um momento
fundamental da vida do ser humano, pois determina a passagem para o além. Por outro
lado, para o ser humano menos religioso, a morte pode tolher as realizações pessoais
bem como seus projetos de vida. Segundo Frankl (2003), a morte em vez de aniquilar o
sentido da vida, estimularia as ações responsáveis do ser humano, tendo em vista que
a consciência da finitude faz com que o ser humano aproveite as possibilidades de
sentido da vida alertando a consciência de não deixar passar os momentos em vão,
aproveitando ao máximo as suas escolhas.
Para Valle (2005, p. 105):
A espiritualidade madura supõe conhecimento e aceitação dos próprios
limites e possibilidades. Não é um ato de designação e sim uma atitude
corajosa e humilde de alguém que sabe que sua vida é um projeto aberto
ao ser mais, ao comungar mais, ao cuidar daquilo que precisa ser cuidado.
A morte teria uma função positiva: a de impulsionar o ser humano para a
construção de um projeto de vida que tem sua completude na morte. Outra correlação
encontrada foi entre a religiosidade e a percepção de morte como fim natural (r = 0,17;
p < 0,05). O ser humano ao encontrar na religiosidade um sentido para a sua
existência e finitude, abre-se para novas possibilidades e percepções, entendendo a
morte, como já foi descrita anteriormente, de forma positiva. Ao tomar consciência da
sua própria finitude, o ser religioso passa a entender a morte como um fim natural, tem
em mente que a sua hora de partir chegará, pois isso faz parte do seu ciclo de vida.
Quanto maior o grau de religiosidade, maior a concepção de que a morte é uma
experiência que chega para todos devido à passagem natural do tempo. Frankl (2003)
aventa que ao nascer, o indivíduo é uma substância em sua totalidade, mas à medida
que o tempo passa, perde-se cada vez mais a substância, e esta, por sua vez, vai se
convertendo em fatos, vivências e sofrimentos, até chegar ao fim que se dá através da
morte. Assim, quando o homem aceita a sua própria finitude através das doutrinas da
RELIGARE – REVISTA DE CIÊNCIAS DAS RELIGIÕES, Nº 6, 09/2009
RELIGARE 111
sua religião, ele entende que a vida precisa realmente ser vivida até o fim do seu ciclo.
Para tanto, a religiosidade pode ajudar o ser humano a conceber a morte como um
processo natural da vida.
Nogueira e Pereira (2006) concebem que as várias religiões oferecem diversos
ângulos de perceber a morte. Dessa forma, a religiosidade tem cumprido um papel
preponderante nas questões relativas às visões de morte, oferecendo aos indivíduos
visões positivas da morte, tais como: vida do além, coragem e fim natural,
proporcionando também uma menor percepção da morte como fracasso, o que
conferiria um sentido para a morte.
Considerações Finais
Embora se considere que o objetivo da pesquisa tenha sido alcançado, torna-se
necessário, neste momento, apontar algumas limitações do presente estudo. Considerase que a amostra, por ter sido por conveniência, composta basicamente por estudantes
universitários, não permite generalizações dos resultados aqui obtidos. Para tanto,
sugere-se que este estudo seja replicado com outras amostras com o intuito de
confirmar as associações aqui encontradas, bem como a inclusão de participantes de
outros grupos religiosos. Pesquisas futuras podem investigar as relações entre
ansiedade perante a morte e o nível de religiosidade, bem como as associações entre
as diversas perspectivas de morte e a percepção de sentido da vida.
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