Rombaldi, C.V. A pós-colheita de frutos(as), hortaliças e flores frente aos desafios e oportunidades. In: Congresso Brasileiro de Processamento mínimo e Pós-colheita de frutas, flores e hortaliças, 001. Anais... Aracaju-SE. 1 2 A pós-colheita de frutos(as), hortaliças e flores frente aos desafios e oportunidades. Cesar V. Rombaldi1 3 4 1 5 RESUMO 6 Há consenso de que perdas na produção agrícola, na faixa de 25 a 30%, representam 7 “quebras” de safra impactantes, em geral decorrentes de interferentes abióticos (seca, 8 granizo, geadas, etc...) ou bióticos (fitopatias). No entanto, no Brasil, historicamente, se 9 têm perdas após a colheita de vegetais que atingem facilmente tais valores, e isso é 10 entendido como “normal”. De fato, a situação é mais grave, pois nesses níveis não se 11 está inserindo as perdas qualitativas. Essa acomodação precisa, de modo urgente e 12 inadiável, ser rompida. Como ações estratégicas que podem contribuir para prevenir 13 esses problemas, estão: i) a capacitação de pessoas; ii) a implantação e implementação 14 de infraestruturas e as tecnologias já validadas; 15 programas de pesquisa científica e tecnológica (P & D). Na atualidade, no que tange à 16 primeira ação (capacitação), seja no nível técnico, no de graduação e/ou no de pós- 17 graduação, pode-se observar que houve incremento de cursos, programas e grupos de 18 pesquisa atuantes em pós-colheita. A título de exemplo, na década de 90, tinha-se 19 aproximadamente 40 programas de pós-graduação (PPG) (Agronomia, Fisiologia 20 Vegetal, Ciência e Tecnologia de Alimentos) com linha de pesquisa em pós-colheita, e, 21 hoje (2015), são 120 PPG. No entanto, no âmbito dos cursos de graduação que mais têm 22 vínculo e atuação profissional com a temática, a maioria dos projetos político- 23 pedagógicos aborda a temática com pouca abrangência e profundidade. Em relação à 24 segunda ação, os avanços são dependentes de decisões político-econômicas, tendo em 25 vista que o conhecimento e as tecnologias já estão disponibilizadas. É amplamente 26 sabido que qualidade de estradas, equipamentos de transporte, embalagens e cadeia de 27 frio, quando associadas, resultam, de imediato, em menores perdas após a colheita. No 28 que tange à pesquisa científica, tecnológica e inovação (terceira ação - P & D), o Brasil 29 avançou marcadamente, provavelmente como consequência da primeira ação. Mesmo 30 assim, pelas dimensões territoriais, particularidades ecobiológicas de cada região e pelas 31 oportunidades de negócio, há demandas variadas de P & D. Nessas prioridades estão: i) 32 a prospecção de genótipos, a domesticação e valoração agronômica; ii) a pesquisa UFPel – Universidade Federal de Pelotas, Campus Universitário, Sn, CP 354, 96010960 Pelotas – RS [email protected] e, na vanguarda, iii) projetos e Anais 1o Congresso Brasileiro de Processamento mínimo e Pós-colheita de frutas, flores e hortaliças (CD ROM), Maio de 2015. Rombaldi, C.V. A pós-colheita de frutos(as), hortaliças e flores frente aos desafios e oportunidades. In: Congresso Brasileiro de Processamento mínimo e Pós-colheita de frutas, flores e hortaliças, 001. Anais... Aracaju-SE. 33 botton-top, partindo de conhecimento científico fundamental, com o intuito de explicar 34 eventos bioquímico-fisiológicos aplicáveis na geração de tecnologia; iii) a pesquisa top- 35 botton, com a finalidade de, a partir de uma solução tecnológica vigente, desvendar os 36 mecanismos, de modo a aplicá-los em outros modelos; iv) a construção de programas e 37 projetos que integrem o melhoramento genético e as práticas agronômicas, em sistemas 38 integrados de avaliação que incluam variáveis modernas de avaliação, como é o caso 39 das ômicas. Essas ideias serão desdobradas, com exemplos, e dicussão, durante a 40 manifestação e interação pública. 41 42 PALAVRAS-CHAVE: capacitação de pessoal; infraestrutura, pesquisa científica e 43 tecnológica, inovação 44 Anais 1o Congresso Brasileiro de Processamento mínimo e Pós-colheita de frutas, flores e hortaliças (CD ROM), Maio de 2015.