VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013
Florianópolis - Santa Catarina - Brasil
QUALIDADE E SEGURANÇA AO NEONATO NO MANEJO DO CATETER CENTRAL
DE INSERÇÃO PERIFÉRICA PELO ENFERMEIRO¹
Marcia Luna do Nascimento²
Ângela Maria La Cava³
Introdução: O cateter central de inserção periférica (PICC) é um componente essencial
para terapia intravenosa e amplamente utilizado em unidades neonatais. Segundo a
Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) Nº 258 de 2001, o enfermeiro
tem respaldo legal para inserir o PICC e em seus artigos 1º e 2º, diz que para realizar tal
procedimento deverá ter qualificação e/ou capacitação. Considerando que não existe
risco zero na assistência à saúde, a utilização do PICC pode provocar eventos adversos.
Diante dessa realidade, a ênfase ao uso do PICC vem somar ao que a Organização
Mundial da Saúde (2009, apud ZAMBON, 2010) adotou como meta, que é a questão da
segurança do paciente. Objetivos: caracterizar a representação do enfermeiro sobre a
utilização do cateter central de inserção periférica (PICC) no cuidado ao neonato; analisar
as estratégias utilizadas por estes profissionais visando à qualidade e segurança na
utilização do PICC no neonato e discutir as implicações das estratégias utilizadas para o
cuidado de enfermagem seguro a esta clientela. Método: Estudo aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa, em 02 de janeiro de 2012, ata nº 0052/2011. Desenvolvido através
da abordagem qualitativa; para a produção de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada, com enfermeiros que atuam no manejo do cateter PICC em neonatos de um
hospital pediátrico privado, no período de fevereiro a junho de 2012. Resultados: Através
das falas das enfermeiras, identificou-se que elas possuem especialização em
¹Monografia. Pesquisa realizada por Marcia Luna do Nascimento, enquanto acadêmica de
Enfermagem da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), com bolsa Iniciação
Científica-UNIRIO, no período de setembro de 2011 até fevereiro de 2013.
²Bacharel em Enfermagem pela UNIRIO, Residente em Enfermagem Obstétrica da Escola de
Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense. E-mail:
[email protected]
³Doutora em Enfermagem. Professor Associado do Departamento de Enfermagem Materno
Infantil, da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro. Membro do Núcleo de Pesquisa, Experimentação e Estudos na área da Mulher e da
Criança. Orientadora. E-mail: [email protected]
Neonatologia e curso de capacitação para manejo do PICC, ou seja, em sua maioria os
profissionais buscam aprimorar conhecimentos em áreas específicas, para assim
executarem melhores práticas na assistência em saúde. Para análise dos dados foram
delineadas duas categorias do estudo: Categoria 1 – Representação do PICC no cuidado
ao neonato na ótica do enfermeiro e Categoria 2 – Estratégias utilizadas pelo enfermeiro
no manejo do cateter epicutâneo para garantir qualidade e segurança. Quanto à
representação, as enfermeiras referiram que o PICC possibilitar um menor índice de
infecção, possibilita longa permanência e menor agressão a criança. Dentre as
estratégias utilizadas para garantir a qualidade e segurança ao neonato foram
mencionadas, a técnica asséptica na inserção, a realização de cuidados de enfermagem
para manutenção do cateter e educação em serviço. Em contraponto, poucos fizeram
menção a ações essenciais no cuidar ao neonato em uso do PICC, como por exemplo, o
controle de infecção e o uso de ferramentas para avaliação do procedimento. Conclusão:
Com base nas falas, se denota a necessidade de acesso dos enfermeiros a informação
sobre as ações cuidativas e gerenciais implantadas na instituição; elaboração e
seguimento de protocolos para manuseio do cateter central de inserção periférica;
incentivo à educação do paciente e família e; uso de indicadores de qualidade. Tais
práticas, certamente possibilitarão ao neonato um cuidado com maiores benefícios e
redução de sua exposição ao risco de eventos adversos e; para a Instituição e
profissionais de saúde, a possibilidade de consecução e otimização de políticas e
processos que estimulem a melhoria contínua e sustentada para uma prática cada vez
mais segura.
Descritores: Enfermagem Pediátrica; Segurança; Tecnologia.
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Marcia Luna do Nascimento² Ângela Maria La Cava³