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Edição 970
15 a 21 de outubro de 2014
Divulgados os finalistas do Esso
Correio Braziliense, Estadão e Zero Hora se destacam em número de indicações
n Foram anunciados nesta
3ª.feira (14/10) os 68 trabalhos
finalistas do 59º Prêmio Esso de
Jornalismo, de um total de 1.047
trabalhos inscritos, sendo 519
reportagens e séries de reportagens impressas, 175 trabalhos
fotográficos, 291 trabalhos de
criação gráfica (Jornal, Revista e
Primeira Página) e 62 trabalhos
de telejornalismo. Destes, foram
selecionados 35 de texto, 15 de
criação gráfica, dez de fotografia e oito de telejornalismo, e
entre eles serão escolhidos os
vencedores das 12 categorias (a
lista completa está no Portal dos
Jornalistas). Foram 31 os jurados
que participaram da Comissão de
Seleção.
u Além do prêmio principal, que
leva o nome do programa, fixado
em R$ 30 mil, e do Prêmio de
Telejornalismo, estabelecido em
R$ 20 mil, serão distribuídos
R$ 10 mil para as categorias de
Reportagem e Fotografia. As de
Informação Econômica; Informação Científica, Tecnológica ou
Ambiental; Educação; Criação
Gráfica Jornal e Revista; e Primeira Página receberão R$ 5 mil
cada e R$ 3 mil para cada um dos
quatro prêmios regionais. Todos
em valores brutos.
u Na Fotografia, o Estadão vem
com três candidatos, já que O
Globo preferiu inscrever o hors
concours Sebastião Salgado na
categoria Informação Ambiental.
A essas categorias temáticas
comparecem principalmente os
“jornalões”, mas estão na disputa
as revistas Exame, Época e Piauí.
Em ano de Copa do Mundo, é natural que o tema predominasse na
Primeira Página, e houve espaço
para a criatividade regional. E entre os Regionais, destacam-se em
número os finalistas do Correio
Braziliense, no Centro-Oeste, do
Estadão, no Sudeste, e da Zero
Hora, no Sul. Mais bem distribuídos estão os candidatos do Norte/
Nordeste, todos eles de veículos
diferentes. No Telejornalismo, Record e Band têm três indicações
cada, e disputam o prêmio com
trabalhos da TV Brasil e SBT.
u Os ganhadores desta edição
serão conhecidos no dia 15 de
novembro e a cerimônia de premiação está marcada para o dia
2 de dezembro, no Copacabana
Palace, no Rio de Janeiro.
uma empresa de medicina e saúde
imprensa: (11) 3897-4122
Xico Sá e Matheus Leitão Netto deixam a Folha de S.Paulo
n Por motivos e processos distintos, Xico Sá e Matheus Leitão
Netto deixaram na última semana a Folha de S.Paulo. Xico, há
mais de 20 anos no jornal (entre
muitas idas e vindas, como ele
próprio ressaltou), escrevia uma
coluna no caderno de Esporte e
decidiu sair depois de não poder
publicar uma crônica em que
criticava a cobertura eleitoral da
imprensa e declarava voto em
Dilma Rousseff. Matheus foi dispensado de surpresa após quatro
anos como repórter investigativo
do jornal na sucursal de Brasília.
Detalhes na pág. 2.
Ex-Bloch recebem parte dos direitos trabalhistas
Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro
n A Justiça liberou mais uma parcela da correção monetária a que
têm direito os ex-empregados da
Editora Bloch, habilitados como
principais credores da massa
falida. A determinação partiu da
juíza titular da 5ª Vara Empresarial
do Rio de Janeiro, Maria da Penha
Nobre Mauro. “Contamos muito
com a eficiência e dedicação da
juíza e do Ministério Público”,
diz José Carlos Jesus, representante da Comissão dos Ex-empregados da Bloch Editores
(Ceebe). E prossegue: “Essa é
uma conquista, pois temos no
Brasil vários indicativos de que
a coisa não anda, veja o Jornal
do Brasil, a Última Hora. Muitos
ficaram pelo meio do caminho;
nós, não”.
u Trata-se do terceiro rateio
realizado, e será feito, como
das vezes anteriores, por ordem
alfabética até o mês de novembro. Neste primeiro momento,
serão atendidos aqueles cujos
nomes começam com as letras
de A a D. A Ceebe emitiu um
comunicado em 10/10 convocando os credores e orientando
o recebimento:
• Comparecer de imediato a
uma agência do Banco do Brasil,
munidos de CPF e carteira de
identidade.
• Ali, informar claramente que
foram para “receber um mandado
de pagamento da Massa Falida de
Bloch Editores”.
• Se houver alguma dificuldade,
ir ao 4º andar do Fórum, na av.
Erasmo Braga, 115, no Centro do
Rio, e dirigir-se à agência local do
Banco do Brasil, que faz a coordenação geral da operação.
u O grupo marcou uma assembleia para o próximo dia 31 de
outubro. “Ainda temos muito
o que correr atrás, coisas que
dependem da Justiça, de modo
geral. Não da Justiça do Trabalho,
porque ali praticamente tudo foi
resolvido. Restam, no máximo,
uns dez processos, entre quase
2.500. Mas há outras questões”,
informa José Carlos.
u A empresa faliu em agosto do
ano 2000. A Massa Falida aguarda
atualmente, em Brasília, o julgamento de um recurso contra a
decisão da Justiça sobre as obras
de arte que deveriam ir a leilão. E
é preciso acelerar esse processo.
As obras estão armazenadas em
um local a que ninguém pode ter
acesso sem autorização judicial e,
até hoje, a Massa Falida já teve
uma despesa de R$ 2 milhões com
a guarda, conservação e seguro,
apenas para manter o valor de mercado de um material como esse.
u Outra pendência é o prédio
onde funcionavam os escritórios
da Bloch Editores e os estúdios
da TV Manchete em São Paulo,
no bairro do Limão, na Casa Verde, e que ainda não foi leiloado.
u Atenção, interessados, para a
convocação do dia 31 de outubro.
áreas de TI, administrativo, praças
e relações institucionais; André
Forastieri, diretor de Novos Negócios, responsável por toda receita não-publicitária, promoções
e eventos; Cláudia Caliente,
diretora de Parcerias e Projetos;
Luciano Vaz, diretor Comercial e
de Marketing; e Luiz Pimentel,
diretor de Conteúdo. Roberta
Lindenberg assume a Assessoria
da Direção Geral para acompanhar
o fluxo junto aos diretores. Enquanto o projeto é implementado,
Antonio Guerreiro, diretor geral
de Novas Mídias de Record e R7,
ocupará interinamente a diretoria
da R7TV, com o mesmo status das
demais. Segundo ele anunciou em
comunicado interno, algumas gerências e editorias também foram
alteradas e cada equipe será informada por seu respectivo diretor.
R7 muda estrutura para apostar em vídeos
n Após cinco anos de atividades,
o R7 mudou a estrutura de alguns
departamentos e criou novas
diretorias com foco principal na
utilização massiva de vídeos em
todas as suas áreas, principalmente na R7TV. Com isso, o Conselho
Diretor do portal passa a ser composto por Aline Sordili, diretora
de Operações, responsável pelas
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e concorra a
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Edição 970
Página 2
Nacionais
Xico Sá e Matheus Leitão – continuação da capa
Saída de Xico Sá explode nas redes sociais
n A notícia da saída de Xico
Sá da Folha de S.Paulo teve
repercussão imediata nas redes
sociais, suscitando inclusive
interpretações fantasiosas, o
que levou o cronista a tomar a
iniciativa de escrever um longo
texto no facebook para colocar
os pingos nos is.
u Sobre a saída dele, Sérgio
Dávila, editor executivo da Folha,
informou que “em sua última coluna semanal, que seria publicada
no sábado (11/10) no caderno Esporte, ele declarava voto num dos
candidatos à corrida presidencial,
o que fere a política do jornal, segundo a qual os colunistas devem
evitar fazer proselitismo eleitoral
em seus textos. Se quiserem,
podem escrever artigo em que
revelam seu voto e defendem
candidatura na página A3 da Folha. Esta opção foi dada a Xico Sá,
que recusou a oferta”.
u Em seu jocoso e ácido estilo,
Xico assinala, num dos trechos de
seu post no facebook:
“(...)3) Eis que na sexta-feira,
10/10, mandei a coluna em cima
da hora, só para variar. Nas linhas tortas – o velho Graça me
entenderia nessa hora, embora
corrigisse a minha escrita adjetivosa –, tratava do Fla-Flu eleitoral,
defendia que os jornais saíssem
do armário – como as publicações
americanas – e tecia queixas à
cobertura desequilibrada da Folha
e da imprensa no geral. E repare
que a Folha, senhoras e senhores,
é bem melhor em se comparando
aos outros jornalões, vide grande
revelação do aeroporto privado de
Aécio e o mínimo questionamento
do choque de gestão nas Gerais,
esse fetiche econômico insustentável até para a Velhinha de
Taubaté do meu amigo Veríssimo.
Bem, como eu ia falando, defendia na coluna que os jornais assumissem suas explícitas posições,
donde encerrei o desabafo gonzo-lírico-político usando o direito de
declarar minha preferência pela
Dilma.
4) A direção do jornal entendeu
que o texto feria um dos princípios da casa; o de não permitir
fazer proselitismo político ou
eleitoral em favor de nenhum candidato. Sugeriu, civilizadamente,
que alterasse o texto. Prosa vai,
prosa vem. Refleti e mantive a
escrita. Argumentei que outros
colunistas, de alguma forma,
feriam o princípio interno, no que
me acho prenhe de razão, né não?
Ou seriam textos inocentes?
5) Finquei pé, mais honra do que
birra, pantins e queixumes. A
direção do jornal sugeriu que eu
poderia publicar, porém na página
3 na segunda-feira. É a página de
‘tendências & debates’, na qual
convidados, não gente da casa,
manifesta livremente suas opiniões, inclusive de voto. Migrar
para um espaço de ‘forasteiros’
não me fez a cabeça, não achei
que fosse a solução para o impasse. Qual o faroeste dos irmãos
Cohen, achei que também teria
o direito de ser, pelo menos um
dublê, à esquerda, dos caras que
botam para quebrar nas suas
colunas da Folha. O faroeste moderno se chama ‘Onde os fracos
não têm vez’.
6) Daí o meu pedido de desligamento como colunista do jornal,
função que exercia na figura de
PJ (pessoa jurídica mediante
nota fiscal), não como funcionário
contratado pelo grupo Folha (...).”
u Xico deve seguir atuando como
escritor (sua mais recente obra é
O livro das mulheres extraordinárias, editado pela Três Estrelas)
e com as participações nos programas Saia Justa (GloboNews),
Amor&Sexo (TV Globo), e Extra-Ordinários e Redação SporTV
(SporTV).
“Fiz um bom trabalho. Não entendi minha saída”, diz Matheus Leitão
Para o lugar dele chegou Gabriel Mascarenhas (ex-Veja)
n Surpreso com a dispensa repentina, Matheus Leitão Netto
disse a este J&Cia e ao Portal
dos Jornalistas: “Não entendi
direito, porque acho que fiz um
bom trabalho na Folha. Apesar
desse final, foi uma experiência
muito boa, pois tive a oportunidade de trabalhar com excelentes
profissionais, como Fernando
Rodrigues, Melchíades Filho –
que me levou para lá – e Rubens
Valente, entre tantos outros”.
u Com passagens por Correio
Braziliense, Época e iG – onde
foi editor-executivo –, Matheus
foi um dos cinco estrangeiros
selecionados a participar, de 2011
a 2012, do curso dirigido pelo len-
dário Lowell Bergman no Centro
de Jornalismo Investigativo da UC
Berkeley.
u Ao lado de Miriam Leitão, protagonizou em 2013, pela primeira
vez na história do Prêmio Esso,
mãe e filho como premiados
numa mesma cerimônia – ela na
categoria de Informação Científica, Tecnológica e Ambiental e
ele como integrante da equipe
do projeto Folha Transparência,
que recebeu a distinção de Melhor Contribuição à Imprensa. O
segundo Esso veio em 2003, com
a série sobre a Guerrilha do Araguaia, para o Correio Braziliense.
Ainda sobre o Esso, por causa da
série de reportagens do iG sobre
o Mensalão do DEM, a Comissão
de Seleção decidiu recomendar
aos patrocinadores do prêmio a
criação da categoria Jornalismo
Online, em 2010, com a finalidade de contemplar trabalhos
originais apresentados na internet
e que tenham tido repercussão
nacional. No trabalho, Matheus
postou em primeira mão vídeo
do ex-governador José Roberto
Arruda recebendo propina. Também venceu em 2009 o Grande
Prêmio Imprensa Embratel – Troféu Barbosa Lima Sobrinho com o
Caso Zoghbi, publicado na revista
Época.
u Outros importantes trabalhos
enriquecem o currículo dele,
como a série sobre passaportes
diplomáticos para filhos e netos
do presidente Lula; a invasão de
um hacker ao e-mail de Dilma; e
a série Os arquivos ocultos da
ditadura, com Rubens Valente.
u “Ainda estou me recuperando dessa saída repentina, mas
aberto a novos desafios neste inquieto mundo da Comunicação”,
finalizou. O contato pessoal de
Matheus é matheusleitaonetto@
gmail.com.
u Para o posto dele na cobertura
de Política chegou Gabriel Mascarenhas, que estava em Veja
escrevendo para a coluna Radar
Online, de Lauro Jardim, onde
ainda não foi substituído.
u Segundo Juliana Cézar Nunes, coordenadora da Radioagência, a perspectiva é ampliar
o serviço de forma a atender
melhor ao público, bem como
aumentar o intercâmbio de conteúdos: “Buscamos estimular que
as emissoras também contribuam com produção própria”. Para
esse fim, o site abre espaço para
conteúdos produzidos por outras
emissoras públicas, identificados
com a tag Antena Pública.
e pela Secom da Câmara. Conta
também com a parceria de diversas entidades, como FNDC,
Intervozes, Fenaj, Sindicato dos
Jornalistas do DF, Conselho
Curador da EBC, entre outros.
Depois de dois fóruns sobre
tevês públicas e outro de rádios
públicas, este será o primeiro encontro a reunir todos os setores.
No encerramento, as entidades
entregarão uma plataforma com
reivindicações ao presidente da
República eleito. As inscrições
serão abertas em breve no site da
Câmara (www2.camara.leg.br).
Radioagência Nacional comemora dez anos online
n Completou dez anos em 11/10 a
Radioagência Nacional, veículo que
oferece para download gratuito matérias, programetes, entrevistas,
spots e radionovelas produzidos
pelo Radiojornalismo da EBC, pelas
rádios EBC e pela Agência Brasil.
Ela soma atualmente 1.918 usuários cadastrados, entre emissoras
públicas, comunitárias, educativas,
livres, online e até mesmo comerciais. No total, o público conta com
uma produção que varia entre 60 e
80 conteúdos diários.
Brasília sediará Fórum de Comunicação Pública
n Com os objetivos de articular
emissoras do campo público e
capacitar organizações para intervir nas políticas públicas e na
regulação do setor, e visando ao
fortalecimento do sistema público
de comunicação no País, será
realizado em Brasília o Fórum
Prêmio Vladimir Herzog
Por lapso, deixamos de noticiar em J&Cia 968 que Marcelo
Carnaval, de O Globo, venceu a
categoria Fotografia do Prêmio
Vladimir Herzog, com a imagem
De herói a vilão. Publicada em
7/10/13, durante a cobertura da
passeata de professores em
greve, protesto que terminou
em confronto entre a polícia e
black blocs, mostra um homem
que comemora, um ônibus que
queima e a rua que espelha o
fogo. Diz Marcelo: “Acho que
reflete bem. Os caras começaram
tendo a simpatia da sociedade,
mas depois degringolou”.
Brasil de Comunicação Pública.
Marcado para 13 e 14/11 no auditório Nereu Ramos da Câmara
dos Deputados, o evento é organizado pela Frente Parlamentar
pela Liberdade de Expressão e
o Direito à Comunicação com
Participação Popular (FrenteCom)
Goiás
22/10 (4ª.feira) – n Caco Barcellos
participa do Congresso Brasileiro
de Auditoria Interna, em que exporá o caso do desvio de 200 milhões
de dólares das obras do Fórum
Trabalhista de São Paulo, que ele
denunciou. Mais informações pelo
www.conbrai.com.br.
Edição 970
Página 3
Nacionais – continuação
Semana pela democratização da mídia promove atos e debates em diversos estados
n Militantes, ativistas, entidades
e movimentos sociais e sindicais ligados à democratização da
comunicação mobilizam-se ao
longo desta semana, até sábado
(18/10), para realizar a Semana de
luta pela democratização da mídia.
Como no ano passado, o principal
objetivo das ações é dar visibilidade ao Projeto de Lei de Iniciativa
Popular da Mídia Democrática.
Além da coleta de assinaturas
para dar suporte ao PL, haverá
panfletagens, debates, atos pú-
blicos, seminários, passeatas e
protestos pelo fim do coronelismo
eletrônico, entre outras ações. Os
atos já estão confirmados em Rio
de Janeiro, São Paulo, Sergipe,
Alagoas, Pernambuco, Ceará, Rio
Grande do Norte, Mato Grosso
do Sul e no Distrito Federal. Na
6ª.feira (17/10), as atividades estarão concentradas no Dia nacional
de luta pela democratização da
comunicação.
u Da programação da semana
constam:
Alagoas
17/10 (6ª.feira) – n Às 14h, aula
pública sobre Coronelismo eletrônico, em frente à TV Gazeta/
Maceió.
Diretório Acadêmico Tristão de
Athayde/UFC; na 6ª.feira, 17/10,
aula pública sobre Coronelismo
Eletrônico, em frente à sede da
TV Jangadeiro/Fortaleza.
na Faculdade de Comunicação
da UnB.
Ceará
Distrito Federal
sobre Comunicação no Auditório
da Assembleia Legislativa.
16/10 (5ª.feira) – n Das 9h às
19h, Encontro cultural periférico
Noix por Poix, na Comunidade
do Detran em Recife.
17/10 (6ª.feira) – n Das 15h às
17h30, oficina Cineclubismo
e empreendedorismo, na Sala
da Tecnologia do Colégio João
Barbalho, em Recife; no mesmo
dia, às 19h, ato cultural Som na
rural especial, na praça da República; no mesmo horário, debate
sobre Comunicação Alternativa,
na Favip, em Caruaru.
15/10 (4ª.feira) – n Às 18h, debate sobre Espetacularização da
morte e da violência em programas de TV, organizado pela Liga
Experimental de Comunicação,
no Centro de Humanidades II
da UFC; na 5ª.feira (16), às 18h,
Conversa de Quintal sobre Democratização da Comunicação
e Coronelismo Eletrônico, no
Rio de Janeiro
15/10 (4ª.feira) – n Às 19h, debate
Homofobia e jornalismo, no Sindicato dos Jornalistas do Município.
16/10 (5ª.feira) – n Cinebar sobre Democratização na América
Latina, também no Sindicato dos
Jornalistas
18/10 (sábado) – n Às 13h, lançamento do Guia Mídia e Direitos
Humanos, no Museu da Maré.
Rio Grande do Norte
Até 17/10 (6ª.feira) – n Coleta de
assinaturas pelo Projeto de Lei da
Mídia Democrática, nos setores
de aulas da UFRN.
18/10 (sábado) – n Às 17h30,
panfletagem da campanha Fora
coronéis da mídia e Batucada pela
democratização da comunicação
em Natal, na esquina da rua
Para Bela Hammes
n Cida Damasco, editora-chefe
do Estadão, nos autorizou a reproduzir o texto abaixo, que ela
publicou no facebook em homenagem a Maria Isabel Hammes,
editora-executiva e colunista de
Economia de Zero Hora, falecida
em 5/10 (ver J&Cia 969):
Quando pisei pela primeira vez
na redação da Zero Hora, ansiosa
por conhecer a turma da Economia com a qual iria conviver dali
em diante, a Bela Hammes logo
me chamou atenção. Me recebeu
meio arisca, meio desconfiada, e
tive a impressão de que estaria
ali a primeira resistência para a
qual havia sido prevenida. Logo,
porém, senti que começava a
conquistar a confiança dela e
15/10 (4ª.feira) – n Ato pela democratização da mídia durante a
V plenária nacional do plebiscito
constituinte do sistema político.
No dia seguinte (16), tuitaço e
facebucaço sobre Lei da mídia
e Coronelismo eletrônico.
17/10 (6ª feira) – n Às 10h,
debate sobre Coronelismo eletrônico, eleições e democracia,
Mato Grosso
do
Sul
15 a 17/10 (4ª a 6ª.feiras) – n Em
Campo Grande, Encontro regional Centro-Oeste de adolescentes e jovens comunicadoras e
comunicadores; Construindo
pontes, aproximando ações.
Pernambuco
15/10 (4ª.feira) – n Às 17h, projeção e coleta de assinaturas
para a Lei da Mídia Democrática,
no Centro de Artes e Comunicação da UFPE; e às 19h, debate
15/10 (4ª.feira) – n Às 19h, seminário Economia política da
música, no Intera Criativa.
16/10 (5ª.feira) – n Às 8h30,
debate Comunicação pública em
Sergipe e no Brasil, na Fundação
Aperipê.
17/10 (6ª.feira) – n Às 9h, audiência pública sobre Políticas
de comunicação em Sergipe:
possibilidades e desafios, na
Assembleia Legislativa.
u O Dia nacional de luta pela democratização da comunicação é
comemorado desde 2003 e está
relacionado ao Media Democracy
Day, ou Dia da democracia na
mídia (numa tradução livre), que
em vários países ocorre em 18
de outubro. Rosane Bertotti,
coordenadora-geral do Fórum
Nacional pela Democratização da
Comunicação, lembra que quatro
dos cinco artigos da Constituição
sobre Comunicação ainda não foram regulamentados: “Com isso,
os avanços que obtivemos em
1988 ainda não vigoram. A lei de
1962, que trata de televisão e rá-
dio, além de estar desatualizada,
não estabelece garantias mínimas
para pluralidade e diversidade no
setor”.
u O que o movimento pela democratização da mídia no Brasil
reivindica não é mais novidade
em muitos países, inclusive aqueles que são exemplo de nações
democráticas, como Reino Unido,
França e Estados Unidos. Nesses
três, a regulação democrática não
é impedimento à liberdade de
expressão. “Ao contrário, é sua
garantia. O mercado, por seus
próprios meios, não garante diversidade e pluralidade. Por isso,
nosso PL da Mídia Democrática
é mais do que atual, ele é necessário para que prossigamos aprofundando nossa democracia”,
destaca Rosane.
que acabaríamos formando uma
boa e sólida parceria. E foi assim
mesmo nos dois anos de ZH e
de Porto Alegre. A lealdade e a
generosidade da Bela ajudaram
a me sentir “adotada” tanto pela
redação como pela cidade nova.
Nunca vou me esquecer do
dia em que voltei para São Paulo,
uma manhã chuvosa de sábado.
Eu já tinha participado de vários
encontros de despedida e me
dividia entre a felicidade de voltar
para casa e a tristeza de deixar
para trás o jornal, a cidade e
principalmente os amigos. Já no
aeroporto, quase na hora do embarque, Bela chegou esbaforida
para me dar um beijo de despedida e um presentinho.
Já se vão quase 20 anos desse
dia: voltei a Porto Alegre várias
vezes e, em cada uma delas, Bela
fazia questão de reunir os amigos
para falar dos velhos tempos,
quase sempre à volta de um prato
de “turbante”, sua especialidade
“gastronômica”, regado a muita
cerveja e muito vinho.
As vezes ficávamos algum tempo sem nos falar até que um dia
Bela ligava para uma rápida consulta sobre trabalho ou simplesmente para saber como ia minha
vida. A conversa começava com
um invariável “e aí, guria?” e fluía
sem atropelos, como se tivesse
sido interrompida na véspera.
No meu aniversário, era das
primeiras a me cumprimentar e
geralmente cobrar uma visita a
Porto Alegre. Termino esse texto
exatamente no dia do meu aniversário, o primeiro sem receber
parabéns da Bela.
Não consegui vê-la nesses
tempos difíceis e, há pouco mais
de um mês, quando falei com ela
pelo telefone, senti que poderia
ser a última vez.
Um forte e emocionado abraço
no Carlinhos, nos “meninos”, e na
enorme “família” que a Bela deixou espalhada por aí, saudosa do
seu riso aberto, da sua fala direta
e sobretudo do seu imenso amor.
PS: Se eu vou me conformar
fácil com a partida dela? Capaz!
Como diria a Bela, no mais perfeito gauchês.
Raimundo Chaves, Candelária,
Edifício Jacumã.
21 a 24/10 – n Coleta de assinaturas pelo PL, mostra de vídeos e
debates pela Democratização da
Comunicação no Estande do Projeto de Lei da Mídia Democrática, no
pavilhão de exposições da Cientec/
UFRN, Praça Cívica do Campus.
22/10 – n Às 18h30, aula pública
sobre Coronelismo midiático no
estande do PL, também no Cientec/UFRN.
Sergipe
São Paulo
Eduardo Belo está de volta ao Valor, pela terceira vez. Claudia Facchini deixa o jornal
n Eduardo Belo regressou nesta
4ª.feira, 15/10, ao Valor Econômico, na editoria de Brasil, onde
havia trabalhado em 2000. Mas
esta é sua terceira passagem pelo
jornal e ali chega para substituir
por um ano Luciano Máximo,
que está em Londres para uma
temporada de estudos. Eduardo
fica na pauta e Lígia Guimarães
passa para a reportagem. Nos últimos cinco anos ele se dedicou à
Belaletra Editora, da qual foi sócio
até dezembro passado.
u Ainda no Valor, Cláudia Facchini deixa a casa para tocar projetos
pessoais e para seu lugar, na
cobertura de Energia no caderno
Empresas, foi deslocada Natalia
Viri, que estava na editoria de S/A
do Valor PRO.
n Na Folha de S.Paulo, Heloisa
Brenha saiu de Cotidiano, onde
era repórter, e passou a adjunta
de Treinamento, no lugar de Alessandra Balles, agora editora da revista sãopaulo. Uma curiosidade: o
marido dela, Daniel Bergamasco,
é editor da concorrente Veja SP.
n Novidades também na Record
News: a editora de texto do Jornal
da Record News Daniela do Can-
to deixou a emissora de mudança
para o interior de São Paulo. Para
sua vaga chega Matheus Wilson Rodrigues, transferido do
Departamento de Comunicação
da Record.
São Paulo – Interior
n Adolpho Queiroz, professor
da Universidade Mackenzie e
membro da Intercom, Evaldo
Vicente, presidente do 41º Salão Internacional de Humor de
Piracicaba, e Leticia Ciasi, aluna
do curso de Publicidade da Universidade Mackenzie, lançaram
em Piracicaba o livro Cáxara de
Forfe. A obra é composta por 45
artigos, escritos por integrantes
do Conselho Consultivo do Salão,
jornalistas editores de cultura,
e professores universitários e
pesquisadores do assunto. Os
textos são análises de obras
premiadas nos 40 anos da exposição, que teve sua 41ª edição
encerrada no domingo, 12 de
outubro. O título, em “caipirês”
de Piracicaba, significa Caixa de
fósforos. Mais informações no
19-3403-2600.
Edição 970
Página 4
São Paulo – continuação
Agenda-SP
Joaquim Maria Botelho lança Costelas de Heitor Batalha
n O presidente da UBE – União
Brasileira de Escritores Joaquim
Maria Botelho lança na próxima
4ª.feira, 22/10, o romance Costelas de Heitor Batalha – Os prazeres
e as dores de um anti-herói, pela
Generale. A partir das 19h, na
Livraria Cultura do Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073).
16/10 (5ª.feira) – n A Abracom
promove o curso Contratos com
Base no Guia de Produtos e Serviços para gestores de agências
de comunicação, com a advogada
Vanessa Álvares. Das 9h às 16h,
na sede da entidade (rua Pedroso Alvarenga, 584, conj. 51).
Informações e inscrições pelo
[email protected] ou 113079-6839.
18/10 (sábado) – n Para celebrar
seis anos de vida, o programa
Caminhos Alternativos, da CBN,
prepara uma edição especial ao
vivo e com plateia. Com apresentação de Fabíola Cidral e Petria
Chaves, receberá convidados
especiais, como o sócio e cofundador da Natura Luiz Seabra, o
professor Tião Rocha, o escritor
Satyaprem e o urbanista Edgard
Gouveia Júnior. A partir das 9h,
no Itaú Cultural (av. Paulista, 149).
Os ingressos, gratuitos, serão
distribuídos com uma hora de
antecedência.
n No mesmo dia, das 9h30 às 12h,
a Câmara Municipal de São Paulo
promove a palestra O profissional
de relações públicas e a atuação
no setor público. O encontro faz
parte do Ciclo de Debates em
Comunicação promovido pelo
órgão. Na Sala Sérgio Vieira de
Melo (viaduto Jacareí, 100). A
entrada é franca.
21/10 (3ª.feira) – n A Associação
Brasileira dos Anunciantes realiza
o VII Fórum ABA de Relações
Governamentais. Das 9h às 13h,
no Auditório da ABA (av. Paulista, 352, 6º). Informações pelos
11-3283-4588 ou eventos@aba.
com.br.
n Também a partir das 9h, e até
às 17h, a Associação Brasileira de
Previdência Privada promove na
Fundação SP-Prevcom (rua Bela
Cintra, 934) seu 1º Workshop
de Comunicação e Marketing.
Gratuito, o encontro debaterá,
entre outros temas, os planos de
previdência e finanças. A divulga-
ção é da Tamer Comunicação. Inscrições pelo www.abrapp.org.br.
n Das 13h30 às 17h30, no Auditório da Unidade Berrini da FGV
(av. das Nações Unidas, 12.495 –
anexo 1, 2º), durante o workshop
IR Magazine Brazil Awards 2014,
o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores organiza
a apresentação das empresas
vencedoras da 10ª edição do IR
Magazine Brazil Awards, uma das
premiações de maior destaque da
área de Relações com Investidores no mundo e que reconhece
a excelência em transparência e
comunicação com investidores.
Credenciamento na Digital, com
Rodney Vergili, Jonathas Ruiz
ou Letícia Silvi (11-5081-6064 /
5574-1103 / 5572-4563).
Comunicação Corporativa-SP
nalismo da FIAM/FAAM-FMU e
para buscar novas oportunidades
profissionais em redação.
n A Note (11-3796-9067) é a
nova agência responsável pelo
relacionamento com a mídia da
Nexto, empresa de investimentos
que atua na gestão de patrimônio
empresarial. O atendimento
terá coordenação de Danieli
Massone (danieli.massone@
notecomunicacao.com.br)
e direção geral de Fernanda
Pancheri (fernanda.pancheri@).
Curtas-SP
n O Museu da Língua Portuguesa
(praça da Luz, s/nº) inaugurou nesta
3ª.feira (14/10) a mostra Este jornal
também é uma piada, que marca
os 50 anos do golpe de 1964 com
17 obras selecionadas do Salão
Internacional de Humor de Piracicaba. A exposição ficará aberta
no saguão do 3º andar até 30 de
novembro. O museu funciona de
3ª a domingo, das 10h às 18 horas.
n Para marcar a inauguração
de seu novo escritório, o Grupo
Attitude decidiu transformar o
ambiente da agência em uma
Galeria de Arte Urbana e para
isso convidou 25 artistas. A ideia,
segundo o CEO Rodolfo Zabisky,
era “fazer algo diferente no novo
espaço, de forma a torná-lo mais
aconchegante aos mais de 250
colaboradores da agência, assim
como incentivar criatividade e
inovação no relacionamento com
os clientes”. O resultado pode
ser conferido no youtube. O novo
endereço da agência é rua Verbo
Divino, 2.001 – CEP 04719-002.
O telefone segue 11-3529-3777.
n Letícia Orlandi deixa nesta
4ª.feira (15/10) a equipe do Saúde
Plena do Portal UAI e assume a
Supervisão de Jornalismo do Sesc-MG. No Saúde Plena (sites.uai.
com.br/saudeplena), sugestões sobre saúde e bem-estar podem ser
encaminhas para Valéria Mendes
([email protected]).
n Marina Schettinni, editora de
Cidades do O Tempo, está de férias
até a primeira quinzena de novembro. Nesse período, Flaviane Paixão
recebe sugestões de pauta pelo
[email protected].
n Já na BandNews FM quem tira
um período de repouso, até 7/11,
é a âncora Lilavati Oliveira. Júlio
Vieira ([email protected]) a
substitui.
Curtas-MG
reportagens do Estado de Minas
Ameaçados ao nascer, assinada
por Mateus Parreiras em coautoria com Leandro Couri, está entre
os cinco finalistas do tema Sustentabilidade – Mudanças Ambientais, categoria Linguagem Escrita
– Impresso Nacional e Regional.
Na mesma categoria, concorre
também O Tempo, com a série
Um mineroduto que passou em
minha vida, de Ana Paula Pedrosa
e Queila Ariadne e da fotógrafa
Mariela Guimarães. Os trabalhos
foram escolhidos entre mais de
duas mil matérias participantes,
1.575 somente nesse tema.
n O Estado de Minas concorre ain-
da na 11ª edição do Prêmio Líbero
Badaró de Jornalismo, no qual se
classificou na categoria Primeira
Página, com a capa em alusão às
manifestações de rua em 7/9, de
autoria de Júlio Moreira, Carlos
Marcelo Carvalho, Ney Soares
Filho e Rafael Alves. Nesta edição, o prêmio ultrapassou a marca
de 1,8 mil trabalhos inscritos, de
todas as regiões do Brasil.
n A arquiteta Lilian Fajardo
estreia a coluna Arquitetando no
programa Revista BH News, da
TV BH News (canal 9 da NET).
Com exibições nas noites de
5ª.feira, desvendará os mitos da
decoração, com conselhos e dicas
simples para mudar o ambiente. A
BH News pode ser acessada ao
vivo no www.bhnews.tv.br.
n Na TV UM, em Ubá, a apresentadora Adriana Jacob mantém
até o final do mês uma série de
reportagens com o tema Outubro
Rosa no quadro Vitrine na TV,
exibido toda 5ª.feira no programa
Conexão Diária. Profissionais
da área médica participam a fim
de informar sobre prevenção e
combate do câncer de mama. O
Conexão Diária vai ao ar diariamente, ao vivo, às 11h15, com reprises
às 18h15, 22h15 e às 7h15 da manhã. Mais informações na página
do facebook TvUmConexaoDiaria.
n Prestes a completar dois anos
na JAC Motors, grande parte
como estagiário na Assessoria
de Imprensa, na equipe de
Eduardo Pincigher, Gabriel
Gilio ([email protected]
e 11-979-791-450) despediu-se
da empresa em 30 de setembro.
Desde maio ele vinha atuando
como analista de Redes Sociais
no Departamento de Marketing
Digital, e agora se afasta para
finalizar seu Trabalho de Conclusão de Curso na turma de Jor-
Minas Gerais (*)
n O Diário do Comércio estreou
em parceria com a Federação
das Associações Comerciais do
Estado de Minas Gerais (Federaminas) a coluna semanal Negócios em Foco, que toda 5ª.feira
trará notícias e informações
das associações comerciais e
industriais do Estado. O objetivo
é promover as riquezas dos mais
de 850 munícipios mineiros, uma
vez que a entidade tem filiadas
em mais de 300 cidades. Mais
informações aqui.
n Dois dos 45 finalistas do 8º
Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo são mineiros. A série de
(*) Com a colaboração de Admilson Resende ([email protected] – 31- 8494-9605), da Zoom Comunicação (31-2511-3111 / 8111)
Ceará (*)
n Repórteres novos na TV Jangadeiro (afiliada da Band no
Ceará): Poliana Costa, Pamela
Marinho, Amanda Sobreira e
Fernando Benevides.
n Com as férias da titular Edgony
Bezerra, Diego Borges é editor
interino do caderno Tur do Diário
do Nordeste.
n O programa Entre Ideias, da TV
Ceará, apresentou o tema Ensino
de Jornalismo no Ceará. Participaram do debate Samira de
Castro, presidente do Sindicato
dos Jornalistas, e os professores Lauriberto Braga e Dilson
Alexandre. O apresentador foi
Olavo Fernandes, estudante de
Jornalismo do Centro Universitário Estácio do Ceará.
n O radialista Alano Maia foi
agraciado, no último dia 10/10,
com a medalha Boticário Ferreira
(maior comenda da municipalidade de Fortaleza), em cerimônia
realizada na Câmara Municipal.
Na mesma Câmara Municipal e
no mesmo dia 10, porém pela
manhã, a homenagem foi para
os 78 anos do jornal O Estado,
na figura de seu superintendente,
Ricardo Palhano.
n O Povo lançou em 12/10 o
caderno Empregos & Carreiras,
que publicará semanalmente
conteúdos sobre profissões, concursos, capacitações, mercado
corporativo e vagas de emprego.
Ele é produzido pela equipe do
Núcleo de Negócios do jornal.
(*) Colaboração de Lauriberto Braga ([email protected] e 85-9139-3235), com Rendah Mkt & Com ([email protected] e 85-3231-4239).
Leia na edição 277
n O fórum que Quatro Rodas prepara para debater o futuro do mercado automotivo; o anúncio dos vencedores do Prêmio Moto do Ano, da Duas Rodas; e a ação promovida pela Autoesporte, que aproximou
redação e leitores durante um dia. A edição traz ainda detalhes para o Salão do Automóvel de São
Paulo que a Reed adiantou durante coletiva; o crescimento no valor de marca das empresas automotivas na pesquisa da Interbrand; e a
saída de Gabriel Gilio da JAC Motors.
Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva – todas as 6ªs.feiras nas mesas e computadores
dos principais jornalistas e assessores de imprensa ligados ao setor automotivo.
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Edição 970
Página 5
Rio de Janeiro
Muda muita coisa no Jornalismo da Globo
n Gerou comentários, sem confirmação pela emissora, a saída
de Mariana Godoy da Rede
Globo, em data incerta este
mês. Escalada para apresentar as
eleições, deixou o posto já no dia
3/10, conforme noticiou Daniel
Castro na Folha, porque aceitou
discutir uma proposta que teria
recebido da Rede Record. As
especulações não param por aí:
com o desligamento da Globo, ela
pode vir a assumir um programa
vespertino na Record, canal que
foi anunciado formalmente e com
antecedência, em direção à área
de entretenimento, talvez não
continue na Globo.
u A emissora, porém, confirma
mudanças na programação jornalística. Um novo telejornal deve
estrear até o final do ano, de 2ª a
6ª feiras, das 5h às 6h da manhã.
Ao vivo, em tom informal e bem-humorado, com os assuntos
mais importantes, do Brasil e do
mundo, da noite anterior, e as
cotações dos produtos agrícolas,
visa ao público que acorda e sai
mais cedo para trabalhar. Como
adiantou o Portal dos Jornalistas,
será feito pela equipe do Globo
Rural, que deixará de ser exibido
nos dias úteis, mantendo apenas sua edição de domingo. A
apresentadora seria Monalisa
Perrone. A decisão de alterar a
grade do início da manhã teria
partido da constatação de que o
Globo Rural eventualmente perde
audiência para o telejornal do SBT
exibido no mesmo horário.
direção da agência Plano & Mídia
desde 2000, e também fez parte
da equipe do jornal O Dia e das
revistas IstoÉ, Vogue, Marie Claire, Caras e Quem.
u De origem sueca, a Kreab
Gavin Anderson presta serviços
para cerca de 500 clientes em
25 países. Sua experiência, de
mais de quatro décadas, tem o
apoio de 400 especialistas em
comunicação de 40 nacionalida-
des diferentes. O escritório do
Rio é o terceiro da agência no
Brasil, com presença nas áreas
de Comunicação Corporativa,
Comunicação Financeira e Public
Affairs. “Nosso portfólio no Brasil
e no Rio é ainda mais completo.
Vamos atuar fortemente também
nas áreas digital, de eventos e na
produção de conteúdo, inclusive
análises setoriais”, explica Adriana Baggio.
u Estarão presentes Andrew
Greenlees, vice-presidente da
CDN, e Charbelly Estrella, chefe
da Assessoria de Comunicação
da Secretaria Municipal de Fazenda do Rio. Rafael Williamson,
diretor de Assuntos Corporativos
da Chevron Brasil, e Risoletta
Miranda, diretora da FSB Digital,
também participam da discussão.
Os painéis serão moderados por
Ricardo Benevides, pesquisador
e professor da Faculdade de Comunicação da UERJ e da Facha.
Outras informações no www.
amchamrio.com.
Curta-RJ
que nunca foram feitas, com
personagens que já se foram.
Assim, ele repete a interjeição de
Michelangelo e dá a palavra aos
precisos perfis traçados, desde
Glauber Rocha, Salvador Allende
e Velasco Alvarado até Mossadegh – o primeiro-ministro do Irã
deposto pela CIA em 1953, por
ter nacionalizado o petróleo do
país – entre outros. Jakobskind é
também autor de Líbia – Barrados
na fronteira e Cuba – Apesar do
bloqueio. Às 19h, no Café Doce
Momento (rua Domingos Ferreira, 178-A).
do DF sob o título Três olhares fotográficos do mais tradicional festival
de música de Brasília, o Porão do
Rock, exibiu trabalhos de três repórteres fotográficos que cobriram
o evento: Alessandro Dantas, da
liderança do PT no Senado; Gerdan
Wesley de Oliveira, da liderança
do PSDB, também no Senado; e
Clausem Bonifácio, especialista
em fotografia de arquitetura.
n A CUT Brasília anunciou nesta
2ª.feira (13/10), em cerimônia no
Teatro dos Bancários, os vencedores do 1º Prêmio Luiz Gushiken
de Jornalismo Sindical e Popular,
que teve mais de cem inscritos
em sete categorias: Artes, Fotografia, Televisão e Vídeos, Rádio,
Jornalismo impresso, Internet
e Especial. Não houve inscrição
válida em Produção estudantil.
Dois dos ganhadores receberam
premiação especial. A primeira
colocação ficou com a equipe formada por Paula Rocha Nogueira,
Diego Castro, Agostinho Reis,
Rachel Porto e Paulo Miranda,
vencedora em Televisão e Víde-
os, que produziu Escola de Mídia
Comunitária – Turma 3, programa
veiculado pela TV Comunitária
de Brasília com alunos de uma
escola da rede pública. Eles receberam duas passagens para Porto
Seguro, com estadia paga, e um
cheque de R$ 2.500. O segundo
lugar foi para Dia da Mulher, um
conjunto de trabalhos de Artes
de Valdo Virgo para o Sindicato
dos Bancários de Brasília, que
ganhou um prêmio de R$ 1.500.
Os demais vencedores foram:
Fotografia: Wagner Fraga Friaça,
da Exposição Talentos do Senado,
com Trabalhador; Impresso: Eliceuda França, Neliane Cunha e
Vilamara Carmo, da Revista Sinpro Mulher, da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres do
Sinpro-DF; Internet: Juliana Oliveira, Eduardo Antero e Cláudio
Antunes, do site do Sinpro-DF;
Rádio: Lucas Scherer, Natália
Godoy, Rodrigo Nunes, Rodrigo
Orengo e Weverton Borges, da
BandNews FM Brasília, com Os
filhos da ditadura – 50 anos para
não esquecer; e Categoria Especial: Samira de Castro Cunha, do
Sindicato dos Jornalistas do Ceará,
com Campanha de segurança dos
Jornalistas. O prêmio foi criado
como parte das comemorações
dos 30 anos de fundação da CUT.
de ensino, pesquisa e extensão.
O protocolo foi assinado pelo
presidente executivo da ARI,
João Batista Filho, e pelo reitor
Carlos Alexandre Netto.
u Ainda na ARI, a Chapa Homo-
gênea foi a única inscrita para
concorrer à eleição de seus
novos Conselhos Deliberativo,
Fiscal e de Ética. O prazo para
inscrição encerrou-se nesta
2ª.feira (13/10), e no próximo dia
20 será realizada a assembleia
geral para eleição desses conselheiros. O Conselho Deliberativo
é formado por 60 sócios, com
seus respectivos suplentes.
briga com o SBT nesse horário.
u Mariana estava na Globo desde
1992. Passou por Jornal Hoje,
Bom Dia São Paulo e SP-TV.
Há quatro anos, mudou-se para
o Rio, transferida para a Globo
News, para ancorar o Jornal das
Dez. Voltou agora a morar em São
Paulo, onde ficou sua família. O
marido Dalcides Biscalquin é
apresentador de um programa
na emissora católica Rede Vida.
u Também Patrícia Poeta, cujo
afastamento do Jornal Nacional
Comunicação Corporativa-RJ
Kreab Gavin Anderson abre escritório no Rio
n Marco Antonio Sabino, Marcela Esteves e Adriana Baggio
unem-se para lançar a Kreab Gavin Anderson Rio de Janeiro (212256-4347). Sabino é Managing
Partner da Kreab para a América
do Sul. As sócias Marcela (mes
[email protected]) e Adriana
([email protected]) serão as
responsáveis pela operação e
desenvolvimento de negócios do
escritório carioca. Antes disso,
Sabino foi da TV Globo, da Band e
superintendente de Comunicação
da Telefônica na América Latina.
Adriana era diretora de Novos Negócios da S2 Publicom, do grupo
Interpublic, onde esteve por 19
anos, e ali atuou como consultora
em crises e instrutora de media
training, e também executou
projetos de comunicação para
clientes de diferentes segmentos. Marcela traz na bagagem a
AmCham discute gestão de crises
n A Câmara de Comércio Americana (AmCham Rio) realiza
na próxima semana, dia 24/10,
o seminário Gestão de crises:
sua empresa está preparada? O
encontro vai abordar maneiras
de preservar a reputação e evitar
riscos de exposição negativa de
imagem para as empresas em
todo o mundo, diante do atual
imediatismo das informações. E
apontar as melhores práticas do
gerenciamento de crises na comunicação corporativa e entender
como os mecanismos de prevenção colaboram para reconstruir a
credibilidade de uma organização.
n Um assunto que, infelizmente,
preocupa: funcionários do Jornal
do Commercio reclamam que
o salário deste mês não tinha
sido pago até esta 3ª.feira, 14
de outubro. A isso, soma-se o
problema de estarem trabalhando
em más condições, no prédio que
continua em obras.
Agenda-RJ
17/10 (6ª.feira) – n Mário Augusto Jakobskind autografa seu
livro Parla!. Definida pelo próprio
como “política em formato jornalístico”, a obra traz entrevistas
Brasília
n Deixaram o Correio Braziliense
os repórteres Clara Campoli,
de Cidades; Flávia Franco, de
Mundo & Variedades; e Mariana
Niederauer, de Superesportes.
Ainda por lá, Bernardo Bittar, que
atuava como frila em Cultura, foi
efetivado em Cidades.
Curtas-DF
n O Sindicato dos Jornalistas do
DF lançou nesta 3ª feira (14/10),
juntamente com a nova edição
do jornal NR, uma cartilha com a
Convenção Coletiva de Trabalho
2014/2016. A medida é mais uma
ação da campanha de extensão
da CCT, que foi criada pelo Sindicato com a intenção de cobrar o
cumprimento das cláusulas das
empresas de rádio, tevê, jornais
e revistas filiadas ou não ao sindicato patronal (Sinterj/DF). A
campanha também tem o objetivo
de fiscalizar se as empresas estão
respeitando a nova Convenção.
n A edição de outubro do projeto
Cozinha Fotográfica, realizada em
13/10 no Sindicato dos Jornalistas
Rio Grande do Sul (*)
n A Associação Riograndense de
Imprensa e a UFRGS firmaram
um protocolo de intenções para
desenvolvimento de atividades
integradas, que possibilitará a
realização de ações nas áreas
(*) Com o portal Coletiva.Net (www.coletiva.net)
Agenda-DF
16/10 (5ª.feira) – n A TV Câmara
estreia, às 22h, Casa das Palavras, programa dirigido por Jorge
Cartaxo e Paulo José Cunha,
este também apresentador, que
engloba todo o mercado editorial
livreiro, com lançamentos, autores, tendências, obras clássicas
de diversas áreas e eventos como
bienais e feiras do livro. Semanal, com meia hora de duração
e reprise aos sábados, às 22h,
tem já oito edições gravadas. O
lançamento foi nesta 4ª (15/10),
às 16h, no auditório da emissora,
com uma palestra do jornalista
e escritor Lira Neto sobre sua
mais recente obra, Getúlio – Do
governo provisório à ditadura do
Estado Novo (1930-1945).
Ponto de vista
n Ainda sobre o Dia da Comunicação Empresarial, comemorado em 8/10, que foi objeto de um suplemento conjunto de J&Cia e Jornal da Comunicação Corporativa encartado em J&Cia 969, recebemos
da Approach o artigo que reproduzimos a seguir:
Comunicação corporativa: trabalho para jornalista, sim senhor
Comunicação
Empresarial
Dia da
Edição 970
Página 6
Por Monique Cardoso (*)
Desde que deixei a rotina de redações de
grandes veículos para me dedicar à Comunicação
Corporativa noto que é difícil explicar aos colegas
de profissão o que eu faço. No imaginário geral da
área, aí incluindo meu próprio círculo de amigos,
todo jornalista que troca o noticiário por outro
ramo da comunicação torna-se, de forma unânime
e genérica, assessor de imprensa. Alguns sim, isso renderia assunto
para outro artigo inteiro. Mas a distorção que considero mais grave é
que geralmente se ouve: “Abandonou o jornalismo?”. Vê-se, então,
que boa parte dos colegas não enxerga a ampla gama de atividades do
universo da comunicação empresarial como um mercado para trabalhar,
se desenvolver e obter realização profissional.
Vamos a um rápido leque de atuação que existe fora da mídia impressa e eletrônica. Em Comunicação Corporativa, um jornalista atua
produzindo informação qualificada e conteúdo para plataformas bem
variadas, o que ocorre, talvez, de maneira mais natural do que numa
redação: texto impresso, imagem, vídeo, sites, aplicativos, campanhas
públicas ou privadas de diferentes portes, entidades do Terceiro Setor,
produtos culturais, esportivos e de entretenimento, eventos e toda a
sorte de organização constituída em nossa sociedade. Não funciona
como atividade-fim na maior parte dos casos, mas como atividade
meio, com status de departamento, área, gerência e até uma diretoria executiva, com time e orçamento próprios. Também é uma área
amplamente atendida pelas agências de comunicação, que prestam
múltiplos serviços para dar suporte ao principal papel da comunicação
nas organizações, que é construir reputação a partir do diálogo que elas
têm com seus públicos de relacionamento.
Também preciso explicar que público é esse – afinal, um dos grandes
dilemas de qualquer jornalista é reinterpretar rotineiramente quem é o
seu leitor. Variando apenas a empresa ou organização, são funcionários,
consumidores, fornecedores, representantes do poder público em todas
as esferas, investidores e acionistas, entidades de classe, enfim, todo
mundo que se relaciona com uma determinada marca. Nosso “leitor”
quase nunca é uma massa amorfa. Seu perfil é bem mapeado, temos
como saber se, por meio daquela revista ou hotsite, estamos falando
de comunicação, eventos e muitos outros formatos. Os propósitos
também são bastante semelhantes aos da imprensa comum: informar,
educar, entreter, mobilizar, alertar, desmitificar, entre tantas outras
formas de abordagem.
Na Comunicação Corporativa, o que nossos chefes e clientes esperam é que sejamos, sim, bons jornalistas – com faro para a notícia e
curiosidade para entender do que vamos falar, que tenhamos aquela
gana de investigar de tudo e saber antes . Mas contam que sejamos
mais do que redatores talentosos. Nosso papel é pensar os conteúdos
estrategicamente. Está nas nossas mãos decidir como embalar a informação para entregar ao nosso leitor/receptor final e essa fórmula não
vem pronta. Sim, o excesso de notícias circulando no mundo também
impacta nosso público-alvo, precisamos ser criativos para competir à
altura por atenção e fidelizar o leitor. E, claro, nós também queremos
que eles interajam, comentem, façam a própria avaliação crítica, sugiram
pautas e novas iniciativas.
E para quem de fato a gente trabalha e com quem a gente fala? A
Comunicação Corporativa está presente dentro instituições, empresas
com homens de 35 a 45 anos, com nível de escolaridade alto e renda
superior a cinco salários mínimos ou com jovens de 18 a 24 anos com
ensino médio completo e formação técnica.
Por fim, esqueça aquele house organ feioso e chapa branca de que
você ouviu falar na faculdade e pense mais num jornalismo segmentado, direcionado. As empresas e organizações de todos os segmentos
econômicos já perceberam que investir em comunicação, em todas as
frentes, é fundamental para ajudar o negócio a crescer, já que ela auxilia
todos os tipos de inter-relações.
Nosso meio tem espaço para pessoas vindas de publicidade, relações
públicas, mas a maioria esmagadora é de formados em jornalismo, com
diferentes backgrounds. Estamos falando aqui de um mercado imenso:
somente a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial – Aberje
tem hoje quase 600 empresas e agências associadas. Esses são os
empregadores, meus caros. A ordem de grandeza de profissionais
atuando nesse segmento da comunicação é muito maior.
(*)
Gerente de Comunicação Institucional da Approach Comunicação Integrada
Prêmios
IstoÉ premia empresas que adotam capitalismo consciente
A Editora Três, por meio da IstoÉ, reconhecerá e homenageará corporações
que impulsionam o novo modelo de desenvolvimento, baseado no capitalismo consciente
n A entrega do prêmio IstoÉ As
empresas + conscientes será no
próximo dia 23/10, no Espaço
Rosa Rosarum, em São Paulo
(SP). Dezenove companhias de
pequeno, médio e grande portes
serão reconhecidas pela sua forma de fazer negócios no Brasil. A
premiação abrange melhor pontuação geral; melhor pontuação nas
categorias Pequena (receita bruta
de até R$ 16 milhões), Média (até
R$ 300 milhões) e Grande (acima
de R$ 300 milhões); e melhores
empresas nas três categorias,
em cada uma das cinco dimensões de avaliação (Governança,
Modelo de negócios de impacto,
Recursos Humanos, Relacionamento com a comunidade e
Meio ambiente). “IstoÉ é uma
revista que se envolve com o
País. Informa, investiga e estimula a reflexão das pessoas para a
construção de um Brasil e mundo
melhores”, disse em nota Carlos
José Marques, diretor Editorial
da Editora Três.
Prêmio Engenho define finalistas
n O Prêmio Engenho divulgou os finalistas de sua 11a edição. A festa de
premiação – que reconhece os profissionais que mais se destacaram
no jornalismo de Brasília – será no
dia 19/11, na Embaixada de Portugal.
u A comissão julgadora desta edição foi formada por Marco Aurélio
Mello (ministro do STF e presidente
do júri), José Múcio (ministro do
TCU), Alexandre Camanho (presidente da Associação Nacional
dos Procuradores da República),
Adelmir Santana (presidente da
Fecomércio-DF) e Alexandre Kieling
(diretor da Universidade Católica de
Brasília e representante da iniciativa
acadêmica). Para o prêmio não há
inscrições. É a própria comissão que
faz as indicações, escolhe três finalistas em cada categoria e, desse
grupo, define o vencedor. São dez
categorias, além de uma Homenagem especial, este ano dedicada a
Heraldo Pereira, da TV Globo.
u Conheça os finalistas: Melhor
apresentador(a) / Âncora – Luiz
Carlos Braga (DF Record –TV
Record), Viviane Costa (Globo
Esporte – TV Globo) e Antonio
de Castro (DF TV 2ª Edição – TV
Globo); Melhor programa de rádio
– Gente Brasília (Bandnews), CBN
Brasília (CBN) e Revista Brasil
(Rádio Nacional); Melhor coluna
– Denise Rothemburg (Correio
Braziliense), Luiz Carlos Azedo
(Correio Braziliense) e Cláudio
Humberto (Diário do Poder);
Blog de Política – Josias de Sousa
(UOL), Congresso em Foco e Drive
Político, de Fernando Rodrigues;
Melhor Programa de TV – Bom
Dia DF, DF TV – 2ª Edição e DF
Record; Inovação Jornalística –
programa Participação Popular (TV
Câmara), programa Transitando
(Rádio Transamérica) e Jota (site
noticias sobre o Judiciário); Veículo
Impresso – Correio Braziliense,
revista Encontro e revista Vip Comunidade; Iniciativa Acadêmica
u As concorrentes começaram
a ser avaliadas em junho, por
meio da metodologia do B Lab,
organização norte-americana
criada para certificar corporações
alinhadas ao lema “não ser apenas as melhores do mundo, mas
as melhores para o mundo”. Os
questionários abordaram as cinco
dimensões e as respostas geraram pontuação que deu origem
ao ranking. A pontuação obtida
foi analisada pelo Conselho Consultivo do Prêmio, composto por
especialistas com experiência
nos temas e nesse tipo de avaliação, levando em conta a média
histórica global das mais de mil
empresas que já responderam ao
questionário.
u Uma reportagem especial detalhando o estudo será apresentada
no evento e chegará às bancas
juntamente com a IstoÉ em 25
de outubro. Profissionais interessados em cobrir o evento devem
enviar as solicitações pelo http://
goo.gl/forms/mmIRQnDsxC.
– UnB, Uniceub e Unip; Cobertura
de Brasília – revista Veja Brasília, TV
Globo e TV Bandeirantes; e Melhor
site – G1-DF, GPS e R7.
u O prêmio tem patrocínio de
Banco de Brasília, Embraer, confeitaria Sweet Cake, Via Empreendimentos e Petrobras; apoio
institucional de Associação Comercial do Distrito Federal, Sistema
Fecomércio-DF, Conselho Federal
da OAB, Embaixada de Portugal e
Conselho Federal de Corretores
de Imóveis; e ainda apoio das
empresas Vintage Vinhos, Hplus,
Digitrack, CasaPark, Ipiranga e Instituto Brasiliense de Direito Público.
n A Associação Brasileira de
Psiquiatria realiza nesta 4ª feira
(15/10) cerimônia para entrega do
1º Prêmio ABP de Jornalismo. Será
durante o 32º Congresso Brasileiro
de Psiquiatria, às 20h, no Centro de
Convenções Ulysses Guimarães
(SDC – Eixo Monumental, Lote 5),
em Brasília. O prêmio se destina a
valorizar o trabalho jornalístico para
informar a população de maneira
correta sobre as doenças mentais,
a dependência química e a psiquiatria, trabalhando tanto contra
o preconceito quanto aos doentes
mentais. Houve 157 inscrições –
sobre um tema muito presente
mas pouco abordado.
u Os vencedores são: na categoria
Impresso, Vinicius Sassine, de O
Globo, com Retratos da vida insana
no cárcere; na Online, Robson
Fernandes e Ricardo Brandt,
do Estadão.com.br, por Crack – A
invasão da droga nos rincões do
sossego; em Rádio, Liriane Rodrigues, chefe de Reportagem da
CBN Rio, com Transtornos mentais
e tratamento dos pacientes no
Brasil, sobre o atendimento na rede
pública de saúde; em TV, William
Miranda, do programa Bem estar
da TV Globo, por Esquizofrênicos
sofrem alucinações e não conseguem distinguir a realidade.
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Curtas
Mudanças no Bate Bola da ESPN
n Desde 13/10 a segunda edição do vespertino Bate Bola, da
ESPN, tem dois apresentadores.
Bruno Vicari e Marcela Rafael.
Vicari (ex-Jovem Pan), que assinou com a ESPN em setembro,
concilia o novo posto com apresentação e comentários sobre
Esporte no SBT. Marcela, prata
da casa, deixa de vez a reportagem de rua para ficar responsável pelas interações nas redes
sociais durante o programa. Com
eles, também estão os comentaristas Mauro Cézar, Leonardo
Bertozzi e Alexandre Oliveira.
Estadão adota sistema de paywall
n O site do Estadão, que até
agora limitava o acesso a não-assinantes, passou nesta 3ª.feira
(14/10) a cobrar por seu conteúdo. A partir de agora, os leitores
que não são assinantes da versão impressa ou digital poderão
acessar até 20 reportagens por
mês, sendo que a partir da quinta
será necessário preencher um
cadastro que libera o acesso às
15 restantes. O valor cobrado
será de R$ 1,90 no primeiro
mês e a partir do segundo mês
o usuário terá a opção de seguir
com dois diferentes planos: um,
de R$ 9,90, dá acesso limitado ao
conteúdo do portal; no outro, de
R$ 29,90, o usuário terá acesso
a diversos produtos, como o Estadão premium (versão do jornal
para tablet) e o Estadão noite.
n O jornal também anunciou esta
semana a criação do Prêmio Desafio Estadão, que escolherá as
agências e os anunciantes que
desenvolverem a melhor campanha publicitária multiplataforma
em cinco diferentes categorias
– Mercado Imobiliário, Varejo,
Indústria, Serviços e Branded
Content –, além de eleger o Mídia
do Ano. Ele distribuirá ao todo 16
viagens a Cannes, que incluem
passagem aérea, hospedagem
e inscrição no Cannes Lions. Em
breve os interessados poderão
buscar mais informações na página oficial do prêmio.
n O Comunique-se Educação
laçou um curso no formato e-learning sobre Comunicação,
Marketing e Jornalismo no Agronegócio que apresenta uma radiografia do que é o agronegócio
brasileiro, desafios e tendências
para o setor, e pesquisas de percepção e imagem no segmento.
A coordenação é do secretário-executivo da Sociedade Rural
Brasileira Ronaldo Luiz Mendes
Araujo (ex-revista Terra Viva e iG).
n Autora de Assim nascem os
heróis, livro que aborda a internação, cirurgia e retorno ao lar de
uma criança cardiopata, Cláudia
Coriolano lançou uma fanpage
no facebook sobre o tema. “Esse
é um problema que acomete uma
a cada cem crianças nascidas
vivas, ou seja, de grande importância também, a esse público”,
explica Cláudia.
n A CBN está de cara nova nos
smartphones. A nova versão do
aplicativo da rádio, já disponível
u João Carlos Albuquerque,
até então apresentador do programa, passa a ancorar a terceira edição, às 19h, ao lado dos
comentaristas Paulo Vinícius
Coelho, Paulo Calçade e Juan
Pablo Sorín. Willian Tavares segue na apresentação da primeira
edição do BB, com comentários
de Zé Elias e Gustavo Hofman.
A emissora anunciou ainda a
chegada do apresentador Rafael
Ribeiro, mas não divulgou onde
ele será alocado.
nas App Store e Play Store, foi
desenhada para aproveitar as
recentes mudanças no sistema
operacional da Apple. Ele permite
ao usuário ouvir ao vivo as rádios
CBN de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, e
mandar mensagens diretamente
para os âncoras que estão no ar.
Outra novidade é a possibilidade
de baixar os podcasts dos comentaristas e dos programas e ouvi-los
a qualquer hora, direto do celular
ou do tablet.
n A Forbes Brasil está se deparando com um assunto até certo ponto
inusitado: há alguns meses, vários
empresários e executivos começaram a ser procurados pela empresa
inglesa Forbes CMS, encarregada
de vender informes publicitários
para a publicação americana, o que
provocou uma grande confusão
no mercado sobre as práticas da
revista. Por isso, a redação brasileira está tomando a iniciativa de
informar que somente jornalistas
que constem de seu expediente,
ou devidamente autorizados por
um e-mail de sua redação, têm
permissão para pedir entrevista
em nome da revista ou da edição
publicada nos Estados Unidos.
u Segundo apurou este J&Cia, os
emissários da CMS procuram as
empresas e assessorias com um
pedido de entrevista em nome da
revista. O encontro é marcado.
Chegando lá, os representantes da
empresa fazem algumas perguntas e, ao final, dizem que o texto
só será publicado nos Estados
Unidos mediante a venda de um
anúncio. Na maioria dos casos,
não se esclarece que o que está
à venda é um espaço no informe publicitário (prática legal em
qualquer publicação) e não numa
reportagem.
u “Trata-se de um esquema condenável, que denigre a imagem
dos veículos jornalísticos e dos
jornalistas em si”, disse fonte da
Forbes Brasil a este J&Cia, assegurando que já entrou em contato
com a Forbes Inc. e esta garantiu
estar tomando providências para
acabar com essa abordagem de
caráter duvidoso da CMS. Essa
fonte recomenda: “Se alguma
assessoria tiver dúvidas quanto
à veracidade de algum pedido
de entrevista, deve ligar para 113078-7711 ou mandar um e-mail
para o diretor de Redação Ronny
Hein ([email protected]).
Movimento Landell de Moura
Santa Maria (RS) recebe peça sobre Landell neste final de semana
n Destaque da temporada teatral em Porto Alegre, a peça
Landell de Moura – O incrível padre inventor, dirigida por Camilo de
Lélis, realiza curta temporada em Santa Maria, no interior do Rio
Grande do Sul. O projeto Palco Aberto leva ao Theatro Treze de
Maio, nestes sábado e domingo (18 e 19), às 20h, a montagem da
Cia. Face & Carretos, feita a partir de texto do dramaturgo gaúcho
Hércules Grecco, que narra a epopeia de Landell, desde a juventude
até o final de sua vida, quando tem uma revelação fantástica sobre
sua missão espiritual e científica. O elenco conta, entre outros, com
as participações de Leonardo Barison, Renata de Lélis e Luis Franke.
O teatro fica na praça Saldanha Marinho, s/nº.
Livros
Brado retumbante, de Paulo Markun, traz documentos inéditos sobre a ditadura
n Está chegando às livrarias Brado retumbante (Benvirá), nova
obra de Paulo Markun que cobre
o período do golpe de 1964 às
Diretas Já. Nele, o autor visita
momentos-chave da história do
Brasil, desde os bastidores da
reunião do Conselho de Segurança Nacional que desenhou os detalhes do AI-5, seis meses antes
de o ato ser decretado por Costa
e Silva, até a preparação da posse
de José Sarney como presidente
da República. A obra conta com
documentos inéditos, como os
do Cenimar sobre o Congresso
da UNE de 1967, pouco conhecido mas decisivo para os grupos
que embarcaram na luta armada.
Dividida em dois volumes – Na lei
ou na marra (1964-1968) e Farol
alto sobre as diretas (1969-1984)
–, é resultado de quatro anos de
pesquisa e mais de 70 entrevistas
com personalidades que marcaram a redemocratização brasileira, compondo um abrangente
painel da história política recente
do País. O lançamento será em
23/10, a partir das 19h, na Saraiva
do Shopping Pátio Higienópolis,
em São Paulo.
n A Summus lança Rádio – Teoria
e prática, de Luiz Artur Ferraretto, obra que apresenta os principais padrões para a produção
de conteúdo no meio, passando
desde uma explanação sobre
sua linguagem ao planejamento
da programação e à produção de
conteúdos. O preço sugerido é de
R$ 78,10 para o livro impresso e
R$ 49,70 para o e-book.
Focada (Américas), com a campanha #Isleepwithoutpanties.
u Em Companhia/Organização,
a Ambev faturou ouro na subcategoria Programa de Responsabilidade Social Corporativa do
Ano no México, América Central
e do Sul. Na categoria Serviço ao
Consumidor, Monica Gomes, diretora de Serviço ao Consumidor
da DHL, levou um bronze como
Executiva do Ano. E em Novos
Produtos & Gerenciamento de
Produtos, a Oi recebeu bronze
na subcategoria Serviço do Ano
– Software.
Internacionais
Nove trabalhos brasileiros ganham o Stevie Awards
n Foram entregues em 10/10,
em Paris, os prêmios do Stevie
Awards 2014. Um dos principais
reconhecimentos internacionais
no segmento da comunicação
empresarial, a iniciativa entregou
nesta edição nove medalhas para
trabalhos produzidos no Brasil.
u Na categoria Comunicações,
Relações Públicas & Relações
com Investidores, o Grupo Máquina foi o principal premiado, com
quatro medalhas. Em parceria com
a espanhola Llorente&Cuenca, a
agência faturou um ouro com o
case World Cup Pre-Campaign
– Brazil 2014, na subcategoria
Programa do Ano – Eventos e
Observâncias (Europa); outro
ouro veio em Programa do Ano
– Reputação/Gerenciamento de
Marcas (Américas), pelo case da
Agência de Notícias Abear; em
Programa do Ano – Comunicação
de Crise, o case Rolezinho, para a
Associação Brasileira de Shopping
Centers, rendeu uma prata; e em
Programa do Ano – Gerenciamento de Problemas, a agência faturou
bronze pelo projeto Dashboard
Copa 2014. Ainda nessa categoria, a Imagem Corporativa levou
um bronze em Agência de Relações Públicas do Ano no México,
América Central e do Sul, com
a campanha interna Um ano de
desafios no Brasil, realizada com
funcionários e colaboradores; e a
Starbrands faturou um ouro em
Programa do Ano – Mídia Social
Eu apoio a inclusão do nome
do inventor brasileiro
Roberto Landell de Moura
no currículo obrigatório
do Ensino Fundamental
21/1/1861 – 30/6/1928
Valter Nagelstein
Vereador na Câmara Municipal de Porto Alegre
Edição 970
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Pernambuco
Abraji realiza Seminário Regional de Jornalismo Investigativo no sábado
n A Abraji realiza neste sábado
(18/10) o quarto Seminário Regional de Jornalismo Investigativo,
no Recife. O evento será na
sede da Universidade Católica de
Pernambuco, das 9h às 17h30.
Estudantes não associados à
Abraji pagam ingresso de R$
50 e profissionais não-sócios,
R$ 75. Serão abordados temas
como grandes reportagens, reportagens multimídia, jornalismo
policial e jornalismo de dados.
O palestrante Alex Howard, do
Tow Center for Digital Journalism
at Columbia Journalism School,
apresentará novidades e técnicas
para trabalhar com jornalismo de
dados.
Memórias da redação
Pedimos aos leitores que voltem a nos enviar colaborações para esta seção, pois temos apenas
mais três histórias para publicar.
n Recebemos a história desta semana pelas mãos de Cláudio Amaral ([email protected]), nosso assíduo colaborador. Ela é de autoria de Apóllo Natali ([email protected]), que por mais de 30 anos
atuou no Estadão, 20 deles pela Agência Estado, e há outros 20 escreve crônicas “nesse milagre que é
a internet”. Passou também por Folha da Tarde, Diário do Grande ABC e Revista dos Municípios. Tem um livro de crônicas inédito: Audácia
de jogar conversa fora, segundo ele “metáfora do livro de Obama, A audácia da esperança (quando a vaca vai para o brejo sempre aparece
um salvador falando em esperança)”. É colaborador do site Quem tem medo da democracia? (QTMD), onde mantém a coluna Desabafos de
um ancião. Uma curiosidade: ele se formou em Jornalismo aos 71 anos, após quatro décadas de atuação na imprensa.
A vida do jornalista antes do computador
Em um tempo em que os
computadores ainda não haviam
chegado às redações, um grande avanço tecnológico interno
aconteceu no Jornal da Tarde.
Foi o seguinte: os contínuos
desperdiçavam tempo precioso
em verdadeiras maratonas, dia
e noite, noite e dia, sobe escada, desce escada, para fazer as
matérias caminharem rápido da
redação até a impressão, naquele
edifício imponente do bairro do
Limão. Lá onde fica o Brasil, como
dizia Marina Mesquita. Redação,
impressão, limão, rimou. Fazer o
quê? Elevador nem pensar, atraso de vida. Num dado momento
prenderam na cintura daqueles
simpáticos contínuos atletas um
aparelho que media os quilômetros por eles percorridos a partir
do 6º andar, corredores e escadas
abaixo. Cada um malhava mais de
seis quilômetros por expediente.
Já ouviram falar em salário medido por quilometragem? Prontas
as matérias, gritos histéricos
de editores ecoavam naquela
redação mágica: “Desce!” Era
a senha para o contínuo pegar
cada matéria e bater o recorde
de velocidade até a impressão.
Qual o avanço tecnológico então
conquistado? As lajes foram
furadas a partir do 6º andar e por
esses furos passava um tubo de
plástico, por onde escorregavam
as matérias vertiginosamente até
a impressão.
Vertiginosamente? Mas lógico
que um dia aquele tubo, que um
dia acabaria com o emprego dos
contínuos, iria entupir na parte
encurvada. Algumas matérias pararam no meio do caminho e obstruíram a passagem das demais.
Pânico na redação. Toda uma
edição empacada. Um daqueles
contínuos, inteiramente humilde
diante dos editores sobressaltados, pediu permissão para arremessar no tubo uma pesada bola
de papel comprimido, enlaçada e
endurecida com fita adesiva. No
fim teve até choro depois daquele
parto feliz. Sabe essa bola? Com
ela jogávamos futebol em plena
redação enquanto esperávamos,
para fechar as páginas, a chegada
das matérias enviadas por repórteres, sucursais e correspondentes. Esperar matérias? Aqui é que
o bicho pegava.
Frustrante não poder contar
nestas poucas linhas, um por
um, nomes e sobrenomes, por
falta de papel e de memória, pois
estou perto dos 80 anos, caros
colegas, as tantas aventuras vividas por centenas desses seres
especiais chamados repórteres
para fazerem chegar às mãos
das editorias, a tempo, cada
reportagem, cada entrevista,
cada denúncia, cada recorte da
realidade daquela época de vacas
gordas em salários e empregos e
magras em exercícios de direitos.
A liberdade não abria suas asas
sobre nós.
A determinação de não aborrecer nunca o leitor – esse sempre
foi meu lema durante 50 anos em
que atuei na imprensa escrita; me
belisca para ver se estou vivo –
igualmente me obriga a contar
agora apenas alguns pequenos
casos da turbulenta vida do repórter sem computador.
O jornalista aventureiro Renato
Santana, isso faz 40 anos, sem
conhecer nada nem ninguém
numa região inóspita bem no
meio desse Brasilsão, sem dinheiro (porque tinha gastado
tudo em uísque) do jornal para a
viagem, sem telefone (naquele
tempo você pedia uma ligação
hoje e ela era completada amanhã), partiu de carona de uma
cidade minúscula para outra um
pouco maior, onde conseguiu
que a rádio local transmitisse sua
longa matéria para a redação em
São Paulo. Voltou para casa, mil
quilômetros, também de carona,
morto de fome e de sede. Para
me contar com incríveis minúcias essa sua deliciosa aventura
ele papeou uma hora e meia na
poltrona de sua confortável casa
na Mooca, com peixe frito, bom
vinho e café.
“Um homem desesperado
espera a morte no meio da Transamazônica, enquanto vigia de
ladrões 100 toneladas de ferro
velho, o que restou das máquinas
da Construtora Rabello, que há
exatamente dez anos abriu aqui
parte dessa fantástica estrada
na selva. Não que esse homem
tema a morte. O que ele mais
teme é morrer sozinho e ser
devorado pelos urubus, pois não
haverá ninguém para enterrá-lo”.
Dessa maneira Luiz Fernando
Emediato começa a contar seu
feito arriscado de percorrer a
Transamazônica de ponta a ponta dez anos depois de iniciada.
Tudo abandonado. A estrada se
resumia a um interminável rasgo
estreito na floresta fechada. Seis
capítulos que distribuí então para
todo o Brasil pelo formidável circuito da Agência Estado. Guardo
há 40 anos cópia – datilografada
– de seu trabalho. Quem quiser,
envio pelo correio. Emediato e
seu companheiro repórter-fotográfico Claudinei Petroli dormiam
na ameaçadora selva escura e fria
em cabines de tratores abandonados, barracões apodrecidos, sob
ameaça de feras, insetos peçonhentos e assaltantes, que esses
estão por toda a parte. Nada de
proteção contra mosquitos. O
que mais nos interessa neste
lenga-lenga: sem tecnologia de
transmissão nenhuma, Emediato
escreveu sua matéria em São
Paulo e Claudinei revelou suas
fotos no Estadão, pelo antigo
paradigma de se revelarem fotos
quimicamente.
A seguinte aventura vivi eu:
minhas matérias sobre futebol
eram transmitidas diretamente
para a redação, já das arquibancadas, por um aparelho enorme, um
rádio movido a manivela. O Jajá,
o bondoso, o querido, o negrão
sempre saudosamente lembrado,
Jair Moreira, interrompeu a transmissão e chorou. Num side, eu
contava a história de um reserva
de pegador de bola filho de índia
com baiano. Ganhava seu dinheirinho quando o titular faltava ou
ficava doente. Dava para a mãe
os cinco mangos que recebia ao
final da partida. Recebia de volta
da mãe um trocadinho para tomar
um refresco com os amigos num
boteco da Vila Sônia. Ia e voltava
a pé de casa até o Pacaembu.
Nessa, a garganta do Jajá, pai de
um monte de filhos, apertou.
Agora, o Estadão.
Raul Martins Bastos, chefe da
produção de matérias, lamentava-se pela velocidade de carroça
com que as matérias eram recebidas e transmitidas por teletipo.
Para quem não sabe, e hoje poucos devem saber, o teletipo era
uma máquina de ferro pequena,
dura de teclar, parecendo uma
locomotiva antiga, inventada na
Guerra da Secessão americana,
em que os textos eram escritos
em fitas de papel perfuradas.
Tinha teletipista que lia o texto
olhando cada sequência de furos.
Três em sequência era o A, dois
era o B – estou inventando... – e
assim por diante. A máquina não
tinha as letras estampadas nas
teclas. Por isso eram chamadas
de “ceguinhas”. Os teletipistas
trabalhavam como morcegos. A
fita perfurada escrevia 50 letras
por minuto. Tec, tec, tec... Num
posterior importante avanço
tecnológico em comunicação,
escrevia 75 letras por minuto. As
batidas nas teclas eram chamadas de bounds em inglês. Uma
batida, um bound. Desesperadora
tecnologia de transmitir notícias.
Um mundo de repórteres daquela época tem mais de uma
aventura para contar em seus
esforços para fazerem suas matérias chegar ao solo sagrado da
vida que é uma redação. Já disse
que não tenho papel suficiente
nem memória para enfileirar todos neste rápido bate-papo. Mas
claro que não vou deixar de falar
da Agência Estado, onde trabalhei desde sua fase embrionária,
quando a AE era uma pequena
mesa, uma velha Olivetti e eu,
os três enclausurados numa redoma de vidro de um metro por
dois, um dos poucos espaços
que eram usados para recepção de noticiário. Por telefone.
Permitam-me: dessa redoma
eu enviava sorrateiramente aos
assinantes as matérias censuradas. Mal sabiam os censores
quem era eu naquela fase de
chumbo. Pensavam certamente
que se tratava de um batedor de
carimbos e me deixavam em paz.
Daquela redoma eu me divertia
vendo aqueles fabulosos, corajosos jornalistas do Estadão, que
me deram sempre ricas aulas de
capacidade de trabalho e competência, vaiando os censores a
cada matéria proibida.
Pois bem. Na minha época o Estadão tinha uma gigantesca rede
de sucursais e correspondentes
pelo Brasil e mundo afora. Cópias
de cada matéria destinada ao jornalão caiam na minha mesa da AE
como uma chuvarada. Medíamos
os espaços por centímetros. De altura. A transmissão aos assinantes
era obstruída pelos 50 bounds de
velocidade do teletipo, 50 batidas
na tecla por minuto. Era de se
puxar os cabelos. O trabalho de
reescrever e enxugar cada texto
para que chegassem em maior
número e mais rapidamente aos
assinantes era exaustivo. Terminávamos de língua de fora o expediente noite a dentro, o Sircarlos
Parra Cruz, Eidi Cescato e eu,
subeditor. Hoje arrogo-me o direito de ter sido, de me proclamar,
supersubeditor, de tanto ter me
ralado no trabalho. Emperrados
por aquelas medievais condições
de comunicação, dessa maneira
nós três, Sircarlos, Eidi e eu, carregamos a AE nas costas durante
20 anos. Esse mundo que se
arrastava ganhou passos rápidos
quando começaram a ser abertas
as primeiras caixas lotadas de
computadores.
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