www.portaldosjornalistas.com.br Edição 970 15 a 21 de outubro de 2014 Divulgados os finalistas do Esso Correio Braziliense, Estadão e Zero Hora se destacam em número de indicações n Foram anunciados nesta 3ª.feira (14/10) os 68 trabalhos finalistas do 59º Prêmio Esso de Jornalismo, de um total de 1.047 trabalhos inscritos, sendo 519 reportagens e séries de reportagens impressas, 175 trabalhos fotográficos, 291 trabalhos de criação gráfica (Jornal, Revista e Primeira Página) e 62 trabalhos de telejornalismo. Destes, foram selecionados 35 de texto, 15 de criação gráfica, dez de fotografia e oito de telejornalismo, e entre eles serão escolhidos os vencedores das 12 categorias (a lista completa está no Portal dos Jornalistas). Foram 31 os jurados que participaram da Comissão de Seleção. u Além do prêmio principal, que leva o nome do programa, fixado em R$ 30 mil, e do Prêmio de Telejornalismo, estabelecido em R$ 20 mil, serão distribuídos R$ 10 mil para as categorias de Reportagem e Fotografia. As de Informação Econômica; Informação Científica, Tecnológica ou Ambiental; Educação; Criação Gráfica Jornal e Revista; e Primeira Página receberão R$ 5 mil cada e R$ 3 mil para cada um dos quatro prêmios regionais. Todos em valores brutos. u Na Fotografia, o Estadão vem com três candidatos, já que O Globo preferiu inscrever o hors concours Sebastião Salgado na categoria Informação Ambiental. A essas categorias temáticas comparecem principalmente os “jornalões”, mas estão na disputa as revistas Exame, Época e Piauí. Em ano de Copa do Mundo, é natural que o tema predominasse na Primeira Página, e houve espaço para a criatividade regional. E entre os Regionais, destacam-se em número os finalistas do Correio Braziliense, no Centro-Oeste, do Estadão, no Sudeste, e da Zero Hora, no Sul. Mais bem distribuídos estão os candidatos do Norte/ Nordeste, todos eles de veículos diferentes. No Telejornalismo, Record e Band têm três indicações cada, e disputam o prêmio com trabalhos da TV Brasil e SBT. u Os ganhadores desta edição serão conhecidos no dia 15 de novembro e a cerimônia de premiação está marcada para o dia 2 de dezembro, no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. uma empresa de medicina e saúde imprensa: (11) 3897-4122 Xico Sá e Matheus Leitão Netto deixam a Folha de S.Paulo n Por motivos e processos distintos, Xico Sá e Matheus Leitão Netto deixaram na última semana a Folha de S.Paulo. Xico, há mais de 20 anos no jornal (entre muitas idas e vindas, como ele próprio ressaltou), escrevia uma coluna no caderno de Esporte e decidiu sair depois de não poder publicar uma crônica em que criticava a cobertura eleitoral da imprensa e declarava voto em Dilma Rousseff. Matheus foi dispensado de surpresa após quatro anos como repórter investigativo do jornal na sucursal de Brasília. Detalhes na pág. 2. Ex-Bloch recebem parte dos direitos trabalhistas Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro n A Justiça liberou mais uma parcela da correção monetária a que têm direito os ex-empregados da Editora Bloch, habilitados como principais credores da massa falida. A determinação partiu da juíza titular da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Maria da Penha Nobre Mauro. “Contamos muito com a eficiência e dedicação da juíza e do Ministério Público”, diz José Carlos Jesus, representante da Comissão dos Ex-empregados da Bloch Editores (Ceebe). E prossegue: “Essa é uma conquista, pois temos no Brasil vários indicativos de que a coisa não anda, veja o Jornal do Brasil, a Última Hora. Muitos ficaram pelo meio do caminho; nós, não”. u Trata-se do terceiro rateio realizado, e será feito, como das vezes anteriores, por ordem alfabética até o mês de novembro. Neste primeiro momento, serão atendidos aqueles cujos nomes começam com as letras de A a D. A Ceebe emitiu um comunicado em 10/10 convocando os credores e orientando o recebimento: • Comparecer de imediato a uma agência do Banco do Brasil, munidos de CPF e carteira de identidade. • Ali, informar claramente que foram para “receber um mandado de pagamento da Massa Falida de Bloch Editores”. • Se houver alguma dificuldade, ir ao 4º andar do Fórum, na av. Erasmo Braga, 115, no Centro do Rio, e dirigir-se à agência local do Banco do Brasil, que faz a coordenação geral da operação. u O grupo marcou uma assembleia para o próximo dia 31 de outubro. “Ainda temos muito o que correr atrás, coisas que dependem da Justiça, de modo geral. Não da Justiça do Trabalho, porque ali praticamente tudo foi resolvido. Restam, no máximo, uns dez processos, entre quase 2.500. Mas há outras questões”, informa José Carlos. u A empresa faliu em agosto do ano 2000. A Massa Falida aguarda atualmente, em Brasília, o julgamento de um recurso contra a decisão da Justiça sobre as obras de arte que deveriam ir a leilão. E é preciso acelerar esse processo. As obras estão armazenadas em um local a que ninguém pode ter acesso sem autorização judicial e, até hoje, a Massa Falida já teve uma despesa de R$ 2 milhões com a guarda, conservação e seguro, apenas para manter o valor de mercado de um material como esse. u Outra pendência é o prédio onde funcionavam os escritórios da Bloch Editores e os estúdios da TV Manchete em São Paulo, no bairro do Limão, na Casa Verde, e que ainda não foi leiloado. u Atenção, interessados, para a convocação do dia 31 de outubro. áreas de TI, administrativo, praças e relações institucionais; André Forastieri, diretor de Novos Negócios, responsável por toda receita não-publicitária, promoções e eventos; Cláudia Caliente, diretora de Parcerias e Projetos; Luciano Vaz, diretor Comercial e de Marketing; e Luiz Pimentel, diretor de Conteúdo. Roberta Lindenberg assume a Assessoria da Direção Geral para acompanhar o fluxo junto aos diretores. Enquanto o projeto é implementado, Antonio Guerreiro, diretor geral de Novas Mídias de Record e R7, ocupará interinamente a diretoria da R7TV, com o mesmo status das demais. Segundo ele anunciou em comunicado interno, algumas gerências e editorias também foram alteradas e cada equipe será informada por seu respectivo diretor. R7 muda estrutura para apostar em vídeos n Após cinco anos de atividades, o R7 mudou a estrutura de alguns departamentos e criou novas diretorias com foco principal na utilização massiva de vídeos em todas as suas áreas, principalmente na R7TV. Com isso, o Conselho Diretor do portal passa a ser composto por Aline Sordili, diretora de Operações, responsável pelas Prepare sua pauta e concorra a R$ 25 mil Faça sua inscrição Edição 970 Página 2 Nacionais Xico Sá e Matheus Leitão – continuação da capa Saída de Xico Sá explode nas redes sociais n A notícia da saída de Xico Sá da Folha de S.Paulo teve repercussão imediata nas redes sociais, suscitando inclusive interpretações fantasiosas, o que levou o cronista a tomar a iniciativa de escrever um longo texto no facebook para colocar os pingos nos is. u Sobre a saída dele, Sérgio Dávila, editor executivo da Folha, informou que “em sua última coluna semanal, que seria publicada no sábado (11/10) no caderno Esporte, ele declarava voto num dos candidatos à corrida presidencial, o que fere a política do jornal, segundo a qual os colunistas devem evitar fazer proselitismo eleitoral em seus textos. Se quiserem, podem escrever artigo em que revelam seu voto e defendem candidatura na página A3 da Folha. Esta opção foi dada a Xico Sá, que recusou a oferta”. u Em seu jocoso e ácido estilo, Xico assinala, num dos trechos de seu post no facebook: “(...)3) Eis que na sexta-feira, 10/10, mandei a coluna em cima da hora, só para variar. Nas linhas tortas – o velho Graça me entenderia nessa hora, embora corrigisse a minha escrita adjetivosa –, tratava do Fla-Flu eleitoral, defendia que os jornais saíssem do armário – como as publicações americanas – e tecia queixas à cobertura desequilibrada da Folha e da imprensa no geral. E repare que a Folha, senhoras e senhores, é bem melhor em se comparando aos outros jornalões, vide grande revelação do aeroporto privado de Aécio e o mínimo questionamento do choque de gestão nas Gerais, esse fetiche econômico insustentável até para a Velhinha de Taubaté do meu amigo Veríssimo. Bem, como eu ia falando, defendia na coluna que os jornais assumissem suas explícitas posições, donde encerrei o desabafo gonzo-lírico-político usando o direito de declarar minha preferência pela Dilma. 4) A direção do jornal entendeu que o texto feria um dos princípios da casa; o de não permitir fazer proselitismo político ou eleitoral em favor de nenhum candidato. Sugeriu, civilizadamente, que alterasse o texto. Prosa vai, prosa vem. Refleti e mantive a escrita. Argumentei que outros colunistas, de alguma forma, feriam o princípio interno, no que me acho prenhe de razão, né não? Ou seriam textos inocentes? 5) Finquei pé, mais honra do que birra, pantins e queixumes. A direção do jornal sugeriu que eu poderia publicar, porém na página 3 na segunda-feira. É a página de ‘tendências & debates’, na qual convidados, não gente da casa, manifesta livremente suas opiniões, inclusive de voto. Migrar para um espaço de ‘forasteiros’ não me fez a cabeça, não achei que fosse a solução para o impasse. Qual o faroeste dos irmãos Cohen, achei que também teria o direito de ser, pelo menos um dublê, à esquerda, dos caras que botam para quebrar nas suas colunas da Folha. O faroeste moderno se chama ‘Onde os fracos não têm vez’. 6) Daí o meu pedido de desligamento como colunista do jornal, função que exercia na figura de PJ (pessoa jurídica mediante nota fiscal), não como funcionário contratado pelo grupo Folha (...).” u Xico deve seguir atuando como escritor (sua mais recente obra é O livro das mulheres extraordinárias, editado pela Três Estrelas) e com as participações nos programas Saia Justa (GloboNews), Amor&Sexo (TV Globo), e Extra-Ordinários e Redação SporTV (SporTV). “Fiz um bom trabalho. Não entendi minha saída”, diz Matheus Leitão Para o lugar dele chegou Gabriel Mascarenhas (ex-Veja) n Surpreso com a dispensa repentina, Matheus Leitão Netto disse a este J&Cia e ao Portal dos Jornalistas: “Não entendi direito, porque acho que fiz um bom trabalho na Folha. Apesar desse final, foi uma experiência muito boa, pois tive a oportunidade de trabalhar com excelentes profissionais, como Fernando Rodrigues, Melchíades Filho – que me levou para lá – e Rubens Valente, entre tantos outros”. u Com passagens por Correio Braziliense, Época e iG – onde foi editor-executivo –, Matheus foi um dos cinco estrangeiros selecionados a participar, de 2011 a 2012, do curso dirigido pelo len- dário Lowell Bergman no Centro de Jornalismo Investigativo da UC Berkeley. u Ao lado de Miriam Leitão, protagonizou em 2013, pela primeira vez na história do Prêmio Esso, mãe e filho como premiados numa mesma cerimônia – ela na categoria de Informação Científica, Tecnológica e Ambiental e ele como integrante da equipe do projeto Folha Transparência, que recebeu a distinção de Melhor Contribuição à Imprensa. O segundo Esso veio em 2003, com a série sobre a Guerrilha do Araguaia, para o Correio Braziliense. Ainda sobre o Esso, por causa da série de reportagens do iG sobre o Mensalão do DEM, a Comissão de Seleção decidiu recomendar aos patrocinadores do prêmio a criação da categoria Jornalismo Online, em 2010, com a finalidade de contemplar trabalhos originais apresentados na internet e que tenham tido repercussão nacional. No trabalho, Matheus postou em primeira mão vídeo do ex-governador José Roberto Arruda recebendo propina. Também venceu em 2009 o Grande Prêmio Imprensa Embratel – Troféu Barbosa Lima Sobrinho com o Caso Zoghbi, publicado na revista Época. u Outros importantes trabalhos enriquecem o currículo dele, como a série sobre passaportes diplomáticos para filhos e netos do presidente Lula; a invasão de um hacker ao e-mail de Dilma; e a série Os arquivos ocultos da ditadura, com Rubens Valente. u “Ainda estou me recuperando dessa saída repentina, mas aberto a novos desafios neste inquieto mundo da Comunicação”, finalizou. O contato pessoal de Matheus é matheusleitaonetto@ gmail.com. u Para o posto dele na cobertura de Política chegou Gabriel Mascarenhas, que estava em Veja escrevendo para a coluna Radar Online, de Lauro Jardim, onde ainda não foi substituído. u Segundo Juliana Cézar Nunes, coordenadora da Radioagência, a perspectiva é ampliar o serviço de forma a atender melhor ao público, bem como aumentar o intercâmbio de conteúdos: “Buscamos estimular que as emissoras também contribuam com produção própria”. Para esse fim, o site abre espaço para conteúdos produzidos por outras emissoras públicas, identificados com a tag Antena Pública. e pela Secom da Câmara. Conta também com a parceria de diversas entidades, como FNDC, Intervozes, Fenaj, Sindicato dos Jornalistas do DF, Conselho Curador da EBC, entre outros. Depois de dois fóruns sobre tevês públicas e outro de rádios públicas, este será o primeiro encontro a reunir todos os setores. No encerramento, as entidades entregarão uma plataforma com reivindicações ao presidente da República eleito. As inscrições serão abertas em breve no site da Câmara (www2.camara.leg.br). Radioagência Nacional comemora dez anos online n Completou dez anos em 11/10 a Radioagência Nacional, veículo que oferece para download gratuito matérias, programetes, entrevistas, spots e radionovelas produzidos pelo Radiojornalismo da EBC, pelas rádios EBC e pela Agência Brasil. Ela soma atualmente 1.918 usuários cadastrados, entre emissoras públicas, comunitárias, educativas, livres, online e até mesmo comerciais. No total, o público conta com uma produção que varia entre 60 e 80 conteúdos diários. Brasília sediará Fórum de Comunicação Pública n Com os objetivos de articular emissoras do campo público e capacitar organizações para intervir nas políticas públicas e na regulação do setor, e visando ao fortalecimento do sistema público de comunicação no País, será realizado em Brasília o Fórum Prêmio Vladimir Herzog Por lapso, deixamos de noticiar em J&Cia 968 que Marcelo Carnaval, de O Globo, venceu a categoria Fotografia do Prêmio Vladimir Herzog, com a imagem De herói a vilão. Publicada em 7/10/13, durante a cobertura da passeata de professores em greve, protesto que terminou em confronto entre a polícia e black blocs, mostra um homem que comemora, um ônibus que queima e a rua que espelha o fogo. Diz Marcelo: “Acho que reflete bem. Os caras começaram tendo a simpatia da sociedade, mas depois degringolou”. Brasil de Comunicação Pública. Marcado para 13 e 14/11 no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, o evento é organizado pela Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (FrenteCom) Goiás 22/10 (4ª.feira) – n Caco Barcellos participa do Congresso Brasileiro de Auditoria Interna, em que exporá o caso do desvio de 200 milhões de dólares das obras do Fórum Trabalhista de São Paulo, que ele denunciou. Mais informações pelo www.conbrai.com.br. Edição 970 Página 3 Nacionais – continuação Semana pela democratização da mídia promove atos e debates em diversos estados n Militantes, ativistas, entidades e movimentos sociais e sindicais ligados à democratização da comunicação mobilizam-se ao longo desta semana, até sábado (18/10), para realizar a Semana de luta pela democratização da mídia. Como no ano passado, o principal objetivo das ações é dar visibilidade ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática. Além da coleta de assinaturas para dar suporte ao PL, haverá panfletagens, debates, atos pú- blicos, seminários, passeatas e protestos pelo fim do coronelismo eletrônico, entre outras ações. Os atos já estão confirmados em Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Na 6ª.feira (17/10), as atividades estarão concentradas no Dia nacional de luta pela democratização da comunicação. u Da programação da semana constam: Alagoas 17/10 (6ª.feira) – n Às 14h, aula pública sobre Coronelismo eletrônico, em frente à TV Gazeta/ Maceió. Diretório Acadêmico Tristão de Athayde/UFC; na 6ª.feira, 17/10, aula pública sobre Coronelismo Eletrônico, em frente à sede da TV Jangadeiro/Fortaleza. na Faculdade de Comunicação da UnB. Ceará Distrito Federal sobre Comunicação no Auditório da Assembleia Legislativa. 16/10 (5ª.feira) – n Das 9h às 19h, Encontro cultural periférico Noix por Poix, na Comunidade do Detran em Recife. 17/10 (6ª.feira) – n Das 15h às 17h30, oficina Cineclubismo e empreendedorismo, na Sala da Tecnologia do Colégio João Barbalho, em Recife; no mesmo dia, às 19h, ato cultural Som na rural especial, na praça da República; no mesmo horário, debate sobre Comunicação Alternativa, na Favip, em Caruaru. 15/10 (4ª.feira) – n Às 18h, debate sobre Espetacularização da morte e da violência em programas de TV, organizado pela Liga Experimental de Comunicação, no Centro de Humanidades II da UFC; na 5ª.feira (16), às 18h, Conversa de Quintal sobre Democratização da Comunicação e Coronelismo Eletrônico, no Rio de Janeiro 15/10 (4ª.feira) – n Às 19h, debate Homofobia e jornalismo, no Sindicato dos Jornalistas do Município. 16/10 (5ª.feira) – n Cinebar sobre Democratização na América Latina, também no Sindicato dos Jornalistas 18/10 (sábado) – n Às 13h, lançamento do Guia Mídia e Direitos Humanos, no Museu da Maré. Rio Grande do Norte Até 17/10 (6ª.feira) – n Coleta de assinaturas pelo Projeto de Lei da Mídia Democrática, nos setores de aulas da UFRN. 18/10 (sábado) – n Às 17h30, panfletagem da campanha Fora coronéis da mídia e Batucada pela democratização da comunicação em Natal, na esquina da rua Para Bela Hammes n Cida Damasco, editora-chefe do Estadão, nos autorizou a reproduzir o texto abaixo, que ela publicou no facebook em homenagem a Maria Isabel Hammes, editora-executiva e colunista de Economia de Zero Hora, falecida em 5/10 (ver J&Cia 969): Quando pisei pela primeira vez na redação da Zero Hora, ansiosa por conhecer a turma da Economia com a qual iria conviver dali em diante, a Bela Hammes logo me chamou atenção. Me recebeu meio arisca, meio desconfiada, e tive a impressão de que estaria ali a primeira resistência para a qual havia sido prevenida. Logo, porém, senti que começava a conquistar a confiança dela e 15/10 (4ª.feira) – n Ato pela democratização da mídia durante a V plenária nacional do plebiscito constituinte do sistema político. No dia seguinte (16), tuitaço e facebucaço sobre Lei da mídia e Coronelismo eletrônico. 17/10 (6ª feira) – n Às 10h, debate sobre Coronelismo eletrônico, eleições e democracia, Mato Grosso do Sul 15 a 17/10 (4ª a 6ª.feiras) – n Em Campo Grande, Encontro regional Centro-Oeste de adolescentes e jovens comunicadoras e comunicadores; Construindo pontes, aproximando ações. Pernambuco 15/10 (4ª.feira) – n Às 17h, projeção e coleta de assinaturas para a Lei da Mídia Democrática, no Centro de Artes e Comunicação da UFPE; e às 19h, debate 15/10 (4ª.feira) – n Às 19h, seminário Economia política da música, no Intera Criativa. 16/10 (5ª.feira) – n Às 8h30, debate Comunicação pública em Sergipe e no Brasil, na Fundação Aperipê. 17/10 (6ª.feira) – n Às 9h, audiência pública sobre Políticas de comunicação em Sergipe: possibilidades e desafios, na Assembleia Legislativa. u O Dia nacional de luta pela democratização da comunicação é comemorado desde 2003 e está relacionado ao Media Democracy Day, ou Dia da democracia na mídia (numa tradução livre), que em vários países ocorre em 18 de outubro. Rosane Bertotti, coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, lembra que quatro dos cinco artigos da Constituição sobre Comunicação ainda não foram regulamentados: “Com isso, os avanços que obtivemos em 1988 ainda não vigoram. A lei de 1962, que trata de televisão e rá- dio, além de estar desatualizada, não estabelece garantias mínimas para pluralidade e diversidade no setor”. u O que o movimento pela democratização da mídia no Brasil reivindica não é mais novidade em muitos países, inclusive aqueles que são exemplo de nações democráticas, como Reino Unido, França e Estados Unidos. Nesses três, a regulação democrática não é impedimento à liberdade de expressão. “Ao contrário, é sua garantia. O mercado, por seus próprios meios, não garante diversidade e pluralidade. Por isso, nosso PL da Mídia Democrática é mais do que atual, ele é necessário para que prossigamos aprofundando nossa democracia”, destaca Rosane. que acabaríamos formando uma boa e sólida parceria. E foi assim mesmo nos dois anos de ZH e de Porto Alegre. A lealdade e a generosidade da Bela ajudaram a me sentir “adotada” tanto pela redação como pela cidade nova. Nunca vou me esquecer do dia em que voltei para São Paulo, uma manhã chuvosa de sábado. Eu já tinha participado de vários encontros de despedida e me dividia entre a felicidade de voltar para casa e a tristeza de deixar para trás o jornal, a cidade e principalmente os amigos. Já no aeroporto, quase na hora do embarque, Bela chegou esbaforida para me dar um beijo de despedida e um presentinho. Já se vão quase 20 anos desse dia: voltei a Porto Alegre várias vezes e, em cada uma delas, Bela fazia questão de reunir os amigos para falar dos velhos tempos, quase sempre à volta de um prato de “turbante”, sua especialidade “gastronômica”, regado a muita cerveja e muito vinho. As vezes ficávamos algum tempo sem nos falar até que um dia Bela ligava para uma rápida consulta sobre trabalho ou simplesmente para saber como ia minha vida. A conversa começava com um invariável “e aí, guria?” e fluía sem atropelos, como se tivesse sido interrompida na véspera. No meu aniversário, era das primeiras a me cumprimentar e geralmente cobrar uma visita a Porto Alegre. Termino esse texto exatamente no dia do meu aniversário, o primeiro sem receber parabéns da Bela. Não consegui vê-la nesses tempos difíceis e, há pouco mais de um mês, quando falei com ela pelo telefone, senti que poderia ser a última vez. Um forte e emocionado abraço no Carlinhos, nos “meninos”, e na enorme “família” que a Bela deixou espalhada por aí, saudosa do seu riso aberto, da sua fala direta e sobretudo do seu imenso amor. PS: Se eu vou me conformar fácil com a partida dela? Capaz! Como diria a Bela, no mais perfeito gauchês. Raimundo Chaves, Candelária, Edifício Jacumã. 21 a 24/10 – n Coleta de assinaturas pelo PL, mostra de vídeos e debates pela Democratização da Comunicação no Estande do Projeto de Lei da Mídia Democrática, no pavilhão de exposições da Cientec/ UFRN, Praça Cívica do Campus. 22/10 – n Às 18h30, aula pública sobre Coronelismo midiático no estande do PL, também no Cientec/UFRN. Sergipe São Paulo Eduardo Belo está de volta ao Valor, pela terceira vez. Claudia Facchini deixa o jornal n Eduardo Belo regressou nesta 4ª.feira, 15/10, ao Valor Econômico, na editoria de Brasil, onde havia trabalhado em 2000. Mas esta é sua terceira passagem pelo jornal e ali chega para substituir por um ano Luciano Máximo, que está em Londres para uma temporada de estudos. Eduardo fica na pauta e Lígia Guimarães passa para a reportagem. Nos últimos cinco anos ele se dedicou à Belaletra Editora, da qual foi sócio até dezembro passado. u Ainda no Valor, Cláudia Facchini deixa a casa para tocar projetos pessoais e para seu lugar, na cobertura de Energia no caderno Empresas, foi deslocada Natalia Viri, que estava na editoria de S/A do Valor PRO. n Na Folha de S.Paulo, Heloisa Brenha saiu de Cotidiano, onde era repórter, e passou a adjunta de Treinamento, no lugar de Alessandra Balles, agora editora da revista sãopaulo. Uma curiosidade: o marido dela, Daniel Bergamasco, é editor da concorrente Veja SP. n Novidades também na Record News: a editora de texto do Jornal da Record News Daniela do Can- to deixou a emissora de mudança para o interior de São Paulo. Para sua vaga chega Matheus Wilson Rodrigues, transferido do Departamento de Comunicação da Record. São Paulo – Interior n Adolpho Queiroz, professor da Universidade Mackenzie e membro da Intercom, Evaldo Vicente, presidente do 41º Salão Internacional de Humor de Piracicaba, e Leticia Ciasi, aluna do curso de Publicidade da Universidade Mackenzie, lançaram em Piracicaba o livro Cáxara de Forfe. A obra é composta por 45 artigos, escritos por integrantes do Conselho Consultivo do Salão, jornalistas editores de cultura, e professores universitários e pesquisadores do assunto. Os textos são análises de obras premiadas nos 40 anos da exposição, que teve sua 41ª edição encerrada no domingo, 12 de outubro. O título, em “caipirês” de Piracicaba, significa Caixa de fósforos. Mais informações no 19-3403-2600. Edição 970 Página 4 São Paulo – continuação Agenda-SP Joaquim Maria Botelho lança Costelas de Heitor Batalha n O presidente da UBE – União Brasileira de Escritores Joaquim Maria Botelho lança na próxima 4ª.feira, 22/10, o romance Costelas de Heitor Batalha – Os prazeres e as dores de um anti-herói, pela Generale. A partir das 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073). 16/10 (5ª.feira) – n A Abracom promove o curso Contratos com Base no Guia de Produtos e Serviços para gestores de agências de comunicação, com a advogada Vanessa Álvares. Das 9h às 16h, na sede da entidade (rua Pedroso Alvarenga, 584, conj. 51). Informações e inscrições pelo [email protected] ou 113079-6839. 18/10 (sábado) – n Para celebrar seis anos de vida, o programa Caminhos Alternativos, da CBN, prepara uma edição especial ao vivo e com plateia. Com apresentação de Fabíola Cidral e Petria Chaves, receberá convidados especiais, como o sócio e cofundador da Natura Luiz Seabra, o professor Tião Rocha, o escritor Satyaprem e o urbanista Edgard Gouveia Júnior. A partir das 9h, no Itaú Cultural (av. Paulista, 149). Os ingressos, gratuitos, serão distribuídos com uma hora de antecedência. n No mesmo dia, das 9h30 às 12h, a Câmara Municipal de São Paulo promove a palestra O profissional de relações públicas e a atuação no setor público. O encontro faz parte do Ciclo de Debates em Comunicação promovido pelo órgão. Na Sala Sérgio Vieira de Melo (viaduto Jacareí, 100). A entrada é franca. 21/10 (3ª.feira) – n A Associação Brasileira dos Anunciantes realiza o VII Fórum ABA de Relações Governamentais. Das 9h às 13h, no Auditório da ABA (av. Paulista, 352, 6º). Informações pelos 11-3283-4588 ou eventos@aba. com.br. n Também a partir das 9h, e até às 17h, a Associação Brasileira de Previdência Privada promove na Fundação SP-Prevcom (rua Bela Cintra, 934) seu 1º Workshop de Comunicação e Marketing. Gratuito, o encontro debaterá, entre outros temas, os planos de previdência e finanças. A divulga- ção é da Tamer Comunicação. Inscrições pelo www.abrapp.org.br. n Das 13h30 às 17h30, no Auditório da Unidade Berrini da FGV (av. das Nações Unidas, 12.495 – anexo 1, 2º), durante o workshop IR Magazine Brazil Awards 2014, o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores organiza a apresentação das empresas vencedoras da 10ª edição do IR Magazine Brazil Awards, uma das premiações de maior destaque da área de Relações com Investidores no mundo e que reconhece a excelência em transparência e comunicação com investidores. Credenciamento na Digital, com Rodney Vergili, Jonathas Ruiz ou Letícia Silvi (11-5081-6064 / 5574-1103 / 5572-4563). Comunicação Corporativa-SP nalismo da FIAM/FAAM-FMU e para buscar novas oportunidades profissionais em redação. n A Note (11-3796-9067) é a nova agência responsável pelo relacionamento com a mídia da Nexto, empresa de investimentos que atua na gestão de patrimônio empresarial. O atendimento terá coordenação de Danieli Massone (danieli.massone@ notecomunicacao.com.br) e direção geral de Fernanda Pancheri (fernanda.pancheri@). Curtas-SP n O Museu da Língua Portuguesa (praça da Luz, s/nº) inaugurou nesta 3ª.feira (14/10) a mostra Este jornal também é uma piada, que marca os 50 anos do golpe de 1964 com 17 obras selecionadas do Salão Internacional de Humor de Piracicaba. A exposição ficará aberta no saguão do 3º andar até 30 de novembro. O museu funciona de 3ª a domingo, das 10h às 18 horas. n Para marcar a inauguração de seu novo escritório, o Grupo Attitude decidiu transformar o ambiente da agência em uma Galeria de Arte Urbana e para isso convidou 25 artistas. A ideia, segundo o CEO Rodolfo Zabisky, era “fazer algo diferente no novo espaço, de forma a torná-lo mais aconchegante aos mais de 250 colaboradores da agência, assim como incentivar criatividade e inovação no relacionamento com os clientes”. O resultado pode ser conferido no youtube. O novo endereço da agência é rua Verbo Divino, 2.001 – CEP 04719-002. O telefone segue 11-3529-3777. n Letícia Orlandi deixa nesta 4ª.feira (15/10) a equipe do Saúde Plena do Portal UAI e assume a Supervisão de Jornalismo do Sesc-MG. No Saúde Plena (sites.uai. com.br/saudeplena), sugestões sobre saúde e bem-estar podem ser encaminhas para Valéria Mendes ([email protected]). n Marina Schettinni, editora de Cidades do O Tempo, está de férias até a primeira quinzena de novembro. Nesse período, Flaviane Paixão recebe sugestões de pauta pelo [email protected]. n Já na BandNews FM quem tira um período de repouso, até 7/11, é a âncora Lilavati Oliveira. Júlio Vieira ([email protected]) a substitui. Curtas-MG reportagens do Estado de Minas Ameaçados ao nascer, assinada por Mateus Parreiras em coautoria com Leandro Couri, está entre os cinco finalistas do tema Sustentabilidade – Mudanças Ambientais, categoria Linguagem Escrita – Impresso Nacional e Regional. Na mesma categoria, concorre também O Tempo, com a série Um mineroduto que passou em minha vida, de Ana Paula Pedrosa e Queila Ariadne e da fotógrafa Mariela Guimarães. Os trabalhos foram escolhidos entre mais de duas mil matérias participantes, 1.575 somente nesse tema. n O Estado de Minas concorre ain- da na 11ª edição do Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo, no qual se classificou na categoria Primeira Página, com a capa em alusão às manifestações de rua em 7/9, de autoria de Júlio Moreira, Carlos Marcelo Carvalho, Ney Soares Filho e Rafael Alves. Nesta edição, o prêmio ultrapassou a marca de 1,8 mil trabalhos inscritos, de todas as regiões do Brasil. n A arquiteta Lilian Fajardo estreia a coluna Arquitetando no programa Revista BH News, da TV BH News (canal 9 da NET). Com exibições nas noites de 5ª.feira, desvendará os mitos da decoração, com conselhos e dicas simples para mudar o ambiente. A BH News pode ser acessada ao vivo no www.bhnews.tv.br. n Na TV UM, em Ubá, a apresentadora Adriana Jacob mantém até o final do mês uma série de reportagens com o tema Outubro Rosa no quadro Vitrine na TV, exibido toda 5ª.feira no programa Conexão Diária. Profissionais da área médica participam a fim de informar sobre prevenção e combate do câncer de mama. O Conexão Diária vai ao ar diariamente, ao vivo, às 11h15, com reprises às 18h15, 22h15 e às 7h15 da manhã. Mais informações na página do facebook TvUmConexaoDiaria. n Prestes a completar dois anos na JAC Motors, grande parte como estagiário na Assessoria de Imprensa, na equipe de Eduardo Pincigher, Gabriel Gilio ([email protected] e 11-979-791-450) despediu-se da empresa em 30 de setembro. Desde maio ele vinha atuando como analista de Redes Sociais no Departamento de Marketing Digital, e agora se afasta para finalizar seu Trabalho de Conclusão de Curso na turma de Jor- Minas Gerais (*) n O Diário do Comércio estreou em parceria com a Federação das Associações Comerciais do Estado de Minas Gerais (Federaminas) a coluna semanal Negócios em Foco, que toda 5ª.feira trará notícias e informações das associações comerciais e industriais do Estado. O objetivo é promover as riquezas dos mais de 850 munícipios mineiros, uma vez que a entidade tem filiadas em mais de 300 cidades. Mais informações aqui. n Dois dos 45 finalistas do 8º Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo são mineiros. A série de (*) Com a colaboração de Admilson Resende ([email protected] – 31- 8494-9605), da Zoom Comunicação (31-2511-3111 / 8111) Ceará (*) n Repórteres novos na TV Jangadeiro (afiliada da Band no Ceará): Poliana Costa, Pamela Marinho, Amanda Sobreira e Fernando Benevides. n Com as férias da titular Edgony Bezerra, Diego Borges é editor interino do caderno Tur do Diário do Nordeste. n O programa Entre Ideias, da TV Ceará, apresentou o tema Ensino de Jornalismo no Ceará. Participaram do debate Samira de Castro, presidente do Sindicato dos Jornalistas, e os professores Lauriberto Braga e Dilson Alexandre. O apresentador foi Olavo Fernandes, estudante de Jornalismo do Centro Universitário Estácio do Ceará. n O radialista Alano Maia foi agraciado, no último dia 10/10, com a medalha Boticário Ferreira (maior comenda da municipalidade de Fortaleza), em cerimônia realizada na Câmara Municipal. Na mesma Câmara Municipal e no mesmo dia 10, porém pela manhã, a homenagem foi para os 78 anos do jornal O Estado, na figura de seu superintendente, Ricardo Palhano. n O Povo lançou em 12/10 o caderno Empregos & Carreiras, que publicará semanalmente conteúdos sobre profissões, concursos, capacitações, mercado corporativo e vagas de emprego. Ele é produzido pela equipe do Núcleo de Negócios do jornal. (*) Colaboração de Lauriberto Braga ([email protected] e 85-9139-3235), com Rendah Mkt & Com ([email protected] e 85-3231-4239). Leia na edição 277 n O fórum que Quatro Rodas prepara para debater o futuro do mercado automotivo; o anúncio dos vencedores do Prêmio Moto do Ano, da Duas Rodas; e a ação promovida pela Autoesporte, que aproximou redação e leitores durante um dia. A edição traz ainda detalhes para o Salão do Automóvel de São Paulo que a Reed adiantou durante coletiva; o crescimento no valor de marca das empresas automotivas na pesquisa da Interbrand; e a saída de Gabriel Gilio da JAC Motors. Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva – todas as 6ªs.feiras nas mesas e computadores dos principais jornalistas e assessores de imprensa ligados ao setor automotivo. Clique aqui e faça já a sua assinatura Edição 970 Página 5 Rio de Janeiro Muda muita coisa no Jornalismo da Globo n Gerou comentários, sem confirmação pela emissora, a saída de Mariana Godoy da Rede Globo, em data incerta este mês. Escalada para apresentar as eleições, deixou o posto já no dia 3/10, conforme noticiou Daniel Castro na Folha, porque aceitou discutir uma proposta que teria recebido da Rede Record. As especulações não param por aí: com o desligamento da Globo, ela pode vir a assumir um programa vespertino na Record, canal que foi anunciado formalmente e com antecedência, em direção à área de entretenimento, talvez não continue na Globo. u A emissora, porém, confirma mudanças na programação jornalística. Um novo telejornal deve estrear até o final do ano, de 2ª a 6ª feiras, das 5h às 6h da manhã. Ao vivo, em tom informal e bem-humorado, com os assuntos mais importantes, do Brasil e do mundo, da noite anterior, e as cotações dos produtos agrícolas, visa ao público que acorda e sai mais cedo para trabalhar. Como adiantou o Portal dos Jornalistas, será feito pela equipe do Globo Rural, que deixará de ser exibido nos dias úteis, mantendo apenas sua edição de domingo. A apresentadora seria Monalisa Perrone. A decisão de alterar a grade do início da manhã teria partido da constatação de que o Globo Rural eventualmente perde audiência para o telejornal do SBT exibido no mesmo horário. direção da agência Plano & Mídia desde 2000, e também fez parte da equipe do jornal O Dia e das revistas IstoÉ, Vogue, Marie Claire, Caras e Quem. u De origem sueca, a Kreab Gavin Anderson presta serviços para cerca de 500 clientes em 25 países. Sua experiência, de mais de quatro décadas, tem o apoio de 400 especialistas em comunicação de 40 nacionalida- des diferentes. O escritório do Rio é o terceiro da agência no Brasil, com presença nas áreas de Comunicação Corporativa, Comunicação Financeira e Public Affairs. “Nosso portfólio no Brasil e no Rio é ainda mais completo. Vamos atuar fortemente também nas áreas digital, de eventos e na produção de conteúdo, inclusive análises setoriais”, explica Adriana Baggio. u Estarão presentes Andrew Greenlees, vice-presidente da CDN, e Charbelly Estrella, chefe da Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Fazenda do Rio. Rafael Williamson, diretor de Assuntos Corporativos da Chevron Brasil, e Risoletta Miranda, diretora da FSB Digital, também participam da discussão. Os painéis serão moderados por Ricardo Benevides, pesquisador e professor da Faculdade de Comunicação da UERJ e da Facha. Outras informações no www. amchamrio.com. Curta-RJ que nunca foram feitas, com personagens que já se foram. Assim, ele repete a interjeição de Michelangelo e dá a palavra aos precisos perfis traçados, desde Glauber Rocha, Salvador Allende e Velasco Alvarado até Mossadegh – o primeiro-ministro do Irã deposto pela CIA em 1953, por ter nacionalizado o petróleo do país – entre outros. Jakobskind é também autor de Líbia – Barrados na fronteira e Cuba – Apesar do bloqueio. Às 19h, no Café Doce Momento (rua Domingos Ferreira, 178-A). do DF sob o título Três olhares fotográficos do mais tradicional festival de música de Brasília, o Porão do Rock, exibiu trabalhos de três repórteres fotográficos que cobriram o evento: Alessandro Dantas, da liderança do PT no Senado; Gerdan Wesley de Oliveira, da liderança do PSDB, também no Senado; e Clausem Bonifácio, especialista em fotografia de arquitetura. n A CUT Brasília anunciou nesta 2ª.feira (13/10), em cerimônia no Teatro dos Bancários, os vencedores do 1º Prêmio Luiz Gushiken de Jornalismo Sindical e Popular, que teve mais de cem inscritos em sete categorias: Artes, Fotografia, Televisão e Vídeos, Rádio, Jornalismo impresso, Internet e Especial. Não houve inscrição válida em Produção estudantil. Dois dos ganhadores receberam premiação especial. A primeira colocação ficou com a equipe formada por Paula Rocha Nogueira, Diego Castro, Agostinho Reis, Rachel Porto e Paulo Miranda, vencedora em Televisão e Víde- os, que produziu Escola de Mídia Comunitária – Turma 3, programa veiculado pela TV Comunitária de Brasília com alunos de uma escola da rede pública. Eles receberam duas passagens para Porto Seguro, com estadia paga, e um cheque de R$ 2.500. O segundo lugar foi para Dia da Mulher, um conjunto de trabalhos de Artes de Valdo Virgo para o Sindicato dos Bancários de Brasília, que ganhou um prêmio de R$ 1.500. Os demais vencedores foram: Fotografia: Wagner Fraga Friaça, da Exposição Talentos do Senado, com Trabalhador; Impresso: Eliceuda França, Neliane Cunha e Vilamara Carmo, da Revista Sinpro Mulher, da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres do Sinpro-DF; Internet: Juliana Oliveira, Eduardo Antero e Cláudio Antunes, do site do Sinpro-DF; Rádio: Lucas Scherer, Natália Godoy, Rodrigo Nunes, Rodrigo Orengo e Weverton Borges, da BandNews FM Brasília, com Os filhos da ditadura – 50 anos para não esquecer; e Categoria Especial: Samira de Castro Cunha, do Sindicato dos Jornalistas do Ceará, com Campanha de segurança dos Jornalistas. O prêmio foi criado como parte das comemorações dos 30 anos de fundação da CUT. de ensino, pesquisa e extensão. O protocolo foi assinado pelo presidente executivo da ARI, João Batista Filho, e pelo reitor Carlos Alexandre Netto. u Ainda na ARI, a Chapa Homo- gênea foi a única inscrita para concorrer à eleição de seus novos Conselhos Deliberativo, Fiscal e de Ética. O prazo para inscrição encerrou-se nesta 2ª.feira (13/10), e no próximo dia 20 será realizada a assembleia geral para eleição desses conselheiros. O Conselho Deliberativo é formado por 60 sócios, com seus respectivos suplentes. briga com o SBT nesse horário. u Mariana estava na Globo desde 1992. Passou por Jornal Hoje, Bom Dia São Paulo e SP-TV. Há quatro anos, mudou-se para o Rio, transferida para a Globo News, para ancorar o Jornal das Dez. Voltou agora a morar em São Paulo, onde ficou sua família. O marido Dalcides Biscalquin é apresentador de um programa na emissora católica Rede Vida. u Também Patrícia Poeta, cujo afastamento do Jornal Nacional Comunicação Corporativa-RJ Kreab Gavin Anderson abre escritório no Rio n Marco Antonio Sabino, Marcela Esteves e Adriana Baggio unem-se para lançar a Kreab Gavin Anderson Rio de Janeiro (212256-4347). Sabino é Managing Partner da Kreab para a América do Sul. As sócias Marcela (mes [email protected]) e Adriana ([email protected]) serão as responsáveis pela operação e desenvolvimento de negócios do escritório carioca. Antes disso, Sabino foi da TV Globo, da Band e superintendente de Comunicação da Telefônica na América Latina. Adriana era diretora de Novos Negócios da S2 Publicom, do grupo Interpublic, onde esteve por 19 anos, e ali atuou como consultora em crises e instrutora de media training, e também executou projetos de comunicação para clientes de diferentes segmentos. Marcela traz na bagagem a AmCham discute gestão de crises n A Câmara de Comércio Americana (AmCham Rio) realiza na próxima semana, dia 24/10, o seminário Gestão de crises: sua empresa está preparada? O encontro vai abordar maneiras de preservar a reputação e evitar riscos de exposição negativa de imagem para as empresas em todo o mundo, diante do atual imediatismo das informações. E apontar as melhores práticas do gerenciamento de crises na comunicação corporativa e entender como os mecanismos de prevenção colaboram para reconstruir a credibilidade de uma organização. n Um assunto que, infelizmente, preocupa: funcionários do Jornal do Commercio reclamam que o salário deste mês não tinha sido pago até esta 3ª.feira, 14 de outubro. A isso, soma-se o problema de estarem trabalhando em más condições, no prédio que continua em obras. Agenda-RJ 17/10 (6ª.feira) – n Mário Augusto Jakobskind autografa seu livro Parla!. Definida pelo próprio como “política em formato jornalístico”, a obra traz entrevistas Brasília n Deixaram o Correio Braziliense os repórteres Clara Campoli, de Cidades; Flávia Franco, de Mundo & Variedades; e Mariana Niederauer, de Superesportes. Ainda por lá, Bernardo Bittar, que atuava como frila em Cultura, foi efetivado em Cidades. Curtas-DF n O Sindicato dos Jornalistas do DF lançou nesta 3ª feira (14/10), juntamente com a nova edição do jornal NR, uma cartilha com a Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2016. A medida é mais uma ação da campanha de extensão da CCT, que foi criada pelo Sindicato com a intenção de cobrar o cumprimento das cláusulas das empresas de rádio, tevê, jornais e revistas filiadas ou não ao sindicato patronal (Sinterj/DF). A campanha também tem o objetivo de fiscalizar se as empresas estão respeitando a nova Convenção. n A edição de outubro do projeto Cozinha Fotográfica, realizada em 13/10 no Sindicato dos Jornalistas Rio Grande do Sul (*) n A Associação Riograndense de Imprensa e a UFRGS firmaram um protocolo de intenções para desenvolvimento de atividades integradas, que possibilitará a realização de ações nas áreas (*) Com o portal Coletiva.Net (www.coletiva.net) Agenda-DF 16/10 (5ª.feira) – n A TV Câmara estreia, às 22h, Casa das Palavras, programa dirigido por Jorge Cartaxo e Paulo José Cunha, este também apresentador, que engloba todo o mercado editorial livreiro, com lançamentos, autores, tendências, obras clássicas de diversas áreas e eventos como bienais e feiras do livro. Semanal, com meia hora de duração e reprise aos sábados, às 22h, tem já oito edições gravadas. O lançamento foi nesta 4ª (15/10), às 16h, no auditório da emissora, com uma palestra do jornalista e escritor Lira Neto sobre sua mais recente obra, Getúlio – Do governo provisório à ditadura do Estado Novo (1930-1945). Ponto de vista n Ainda sobre o Dia da Comunicação Empresarial, comemorado em 8/10, que foi objeto de um suplemento conjunto de J&Cia e Jornal da Comunicação Corporativa encartado em J&Cia 969, recebemos da Approach o artigo que reproduzimos a seguir: Comunicação corporativa: trabalho para jornalista, sim senhor Comunicação Empresarial Dia da Edição 970 Página 6 Por Monique Cardoso (*) Desde que deixei a rotina de redações de grandes veículos para me dedicar à Comunicação Corporativa noto que é difícil explicar aos colegas de profissão o que eu faço. No imaginário geral da área, aí incluindo meu próprio círculo de amigos, todo jornalista que troca o noticiário por outro ramo da comunicação torna-se, de forma unânime e genérica, assessor de imprensa. Alguns sim, isso renderia assunto para outro artigo inteiro. Mas a distorção que considero mais grave é que geralmente se ouve: “Abandonou o jornalismo?”. Vê-se, então, que boa parte dos colegas não enxerga a ampla gama de atividades do universo da comunicação empresarial como um mercado para trabalhar, se desenvolver e obter realização profissional. Vamos a um rápido leque de atuação que existe fora da mídia impressa e eletrônica. Em Comunicação Corporativa, um jornalista atua produzindo informação qualificada e conteúdo para plataformas bem variadas, o que ocorre, talvez, de maneira mais natural do que numa redação: texto impresso, imagem, vídeo, sites, aplicativos, campanhas públicas ou privadas de diferentes portes, entidades do Terceiro Setor, produtos culturais, esportivos e de entretenimento, eventos e toda a sorte de organização constituída em nossa sociedade. Não funciona como atividade-fim na maior parte dos casos, mas como atividade meio, com status de departamento, área, gerência e até uma diretoria executiva, com time e orçamento próprios. Também é uma área amplamente atendida pelas agências de comunicação, que prestam múltiplos serviços para dar suporte ao principal papel da comunicação nas organizações, que é construir reputação a partir do diálogo que elas têm com seus públicos de relacionamento. Também preciso explicar que público é esse – afinal, um dos grandes dilemas de qualquer jornalista é reinterpretar rotineiramente quem é o seu leitor. Variando apenas a empresa ou organização, são funcionários, consumidores, fornecedores, representantes do poder público em todas as esferas, investidores e acionistas, entidades de classe, enfim, todo mundo que se relaciona com uma determinada marca. Nosso “leitor” quase nunca é uma massa amorfa. Seu perfil é bem mapeado, temos como saber se, por meio daquela revista ou hotsite, estamos falando de comunicação, eventos e muitos outros formatos. Os propósitos também são bastante semelhantes aos da imprensa comum: informar, educar, entreter, mobilizar, alertar, desmitificar, entre tantas outras formas de abordagem. Na Comunicação Corporativa, o que nossos chefes e clientes esperam é que sejamos, sim, bons jornalistas – com faro para a notícia e curiosidade para entender do que vamos falar, que tenhamos aquela gana de investigar de tudo e saber antes . Mas contam que sejamos mais do que redatores talentosos. Nosso papel é pensar os conteúdos estrategicamente. Está nas nossas mãos decidir como embalar a informação para entregar ao nosso leitor/receptor final e essa fórmula não vem pronta. Sim, o excesso de notícias circulando no mundo também impacta nosso público-alvo, precisamos ser criativos para competir à altura por atenção e fidelizar o leitor. E, claro, nós também queremos que eles interajam, comentem, façam a própria avaliação crítica, sugiram pautas e novas iniciativas. E para quem de fato a gente trabalha e com quem a gente fala? A Comunicação Corporativa está presente dentro instituições, empresas com homens de 35 a 45 anos, com nível de escolaridade alto e renda superior a cinco salários mínimos ou com jovens de 18 a 24 anos com ensino médio completo e formação técnica. Por fim, esqueça aquele house organ feioso e chapa branca de que você ouviu falar na faculdade e pense mais num jornalismo segmentado, direcionado. As empresas e organizações de todos os segmentos econômicos já perceberam que investir em comunicação, em todas as frentes, é fundamental para ajudar o negócio a crescer, já que ela auxilia todos os tipos de inter-relações. Nosso meio tem espaço para pessoas vindas de publicidade, relações públicas, mas a maioria esmagadora é de formados em jornalismo, com diferentes backgrounds. Estamos falando aqui de um mercado imenso: somente a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial – Aberje tem hoje quase 600 empresas e agências associadas. Esses são os empregadores, meus caros. A ordem de grandeza de profissionais atuando nesse segmento da comunicação é muito maior. (*) Gerente de Comunicação Institucional da Approach Comunicação Integrada Prêmios IstoÉ premia empresas que adotam capitalismo consciente A Editora Três, por meio da IstoÉ, reconhecerá e homenageará corporações que impulsionam o novo modelo de desenvolvimento, baseado no capitalismo consciente n A entrega do prêmio IstoÉ As empresas + conscientes será no próximo dia 23/10, no Espaço Rosa Rosarum, em São Paulo (SP). Dezenove companhias de pequeno, médio e grande portes serão reconhecidas pela sua forma de fazer negócios no Brasil. A premiação abrange melhor pontuação geral; melhor pontuação nas categorias Pequena (receita bruta de até R$ 16 milhões), Média (até R$ 300 milhões) e Grande (acima de R$ 300 milhões); e melhores empresas nas três categorias, em cada uma das cinco dimensões de avaliação (Governança, Modelo de negócios de impacto, Recursos Humanos, Relacionamento com a comunidade e Meio ambiente). “IstoÉ é uma revista que se envolve com o País. Informa, investiga e estimula a reflexão das pessoas para a construção de um Brasil e mundo melhores”, disse em nota Carlos José Marques, diretor Editorial da Editora Três. Prêmio Engenho define finalistas n O Prêmio Engenho divulgou os finalistas de sua 11a edição. A festa de premiação – que reconhece os profissionais que mais se destacaram no jornalismo de Brasília – será no dia 19/11, na Embaixada de Portugal. u A comissão julgadora desta edição foi formada por Marco Aurélio Mello (ministro do STF e presidente do júri), José Múcio (ministro do TCU), Alexandre Camanho (presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República), Adelmir Santana (presidente da Fecomércio-DF) e Alexandre Kieling (diretor da Universidade Católica de Brasília e representante da iniciativa acadêmica). Para o prêmio não há inscrições. É a própria comissão que faz as indicações, escolhe três finalistas em cada categoria e, desse grupo, define o vencedor. São dez categorias, além de uma Homenagem especial, este ano dedicada a Heraldo Pereira, da TV Globo. u Conheça os finalistas: Melhor apresentador(a) / Âncora – Luiz Carlos Braga (DF Record –TV Record), Viviane Costa (Globo Esporte – TV Globo) e Antonio de Castro (DF TV 2ª Edição – TV Globo); Melhor programa de rádio – Gente Brasília (Bandnews), CBN Brasília (CBN) e Revista Brasil (Rádio Nacional); Melhor coluna – Denise Rothemburg (Correio Braziliense), Luiz Carlos Azedo (Correio Braziliense) e Cláudio Humberto (Diário do Poder); Blog de Política – Josias de Sousa (UOL), Congresso em Foco e Drive Político, de Fernando Rodrigues; Melhor Programa de TV – Bom Dia DF, DF TV – 2ª Edição e DF Record; Inovação Jornalística – programa Participação Popular (TV Câmara), programa Transitando (Rádio Transamérica) e Jota (site noticias sobre o Judiciário); Veículo Impresso – Correio Braziliense, revista Encontro e revista Vip Comunidade; Iniciativa Acadêmica u As concorrentes começaram a ser avaliadas em junho, por meio da metodologia do B Lab, organização norte-americana criada para certificar corporações alinhadas ao lema “não ser apenas as melhores do mundo, mas as melhores para o mundo”. Os questionários abordaram as cinco dimensões e as respostas geraram pontuação que deu origem ao ranking. A pontuação obtida foi analisada pelo Conselho Consultivo do Prêmio, composto por especialistas com experiência nos temas e nesse tipo de avaliação, levando em conta a média histórica global das mais de mil empresas que já responderam ao questionário. u Uma reportagem especial detalhando o estudo será apresentada no evento e chegará às bancas juntamente com a IstoÉ em 25 de outubro. Profissionais interessados em cobrir o evento devem enviar as solicitações pelo http:// goo.gl/forms/mmIRQnDsxC. – UnB, Uniceub e Unip; Cobertura de Brasília – revista Veja Brasília, TV Globo e TV Bandeirantes; e Melhor site – G1-DF, GPS e R7. u O prêmio tem patrocínio de Banco de Brasília, Embraer, confeitaria Sweet Cake, Via Empreendimentos e Petrobras; apoio institucional de Associação Comercial do Distrito Federal, Sistema Fecomércio-DF, Conselho Federal da OAB, Embaixada de Portugal e Conselho Federal de Corretores de Imóveis; e ainda apoio das empresas Vintage Vinhos, Hplus, Digitrack, CasaPark, Ipiranga e Instituto Brasiliense de Direito Público. n A Associação Brasileira de Psiquiatria realiza nesta 4ª feira (15/10) cerimônia para entrega do 1º Prêmio ABP de Jornalismo. Será durante o 32º Congresso Brasileiro de Psiquiatria, às 20h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães (SDC – Eixo Monumental, Lote 5), em Brasília. O prêmio se destina a valorizar o trabalho jornalístico para informar a população de maneira correta sobre as doenças mentais, a dependência química e a psiquiatria, trabalhando tanto contra o preconceito quanto aos doentes mentais. Houve 157 inscrições – sobre um tema muito presente mas pouco abordado. u Os vencedores são: na categoria Impresso, Vinicius Sassine, de O Globo, com Retratos da vida insana no cárcere; na Online, Robson Fernandes e Ricardo Brandt, do Estadão.com.br, por Crack – A invasão da droga nos rincões do sossego; em Rádio, Liriane Rodrigues, chefe de Reportagem da CBN Rio, com Transtornos mentais e tratamento dos pacientes no Brasil, sobre o atendimento na rede pública de saúde; em TV, William Miranda, do programa Bem estar da TV Globo, por Esquizofrênicos sofrem alucinações e não conseguem distinguir a realidade. Edição 970 Página 7 Curtas Mudanças no Bate Bola da ESPN n Desde 13/10 a segunda edição do vespertino Bate Bola, da ESPN, tem dois apresentadores. Bruno Vicari e Marcela Rafael. Vicari (ex-Jovem Pan), que assinou com a ESPN em setembro, concilia o novo posto com apresentação e comentários sobre Esporte no SBT. Marcela, prata da casa, deixa de vez a reportagem de rua para ficar responsável pelas interações nas redes sociais durante o programa. Com eles, também estão os comentaristas Mauro Cézar, Leonardo Bertozzi e Alexandre Oliveira. Estadão adota sistema de paywall n O site do Estadão, que até agora limitava o acesso a não-assinantes, passou nesta 3ª.feira (14/10) a cobrar por seu conteúdo. A partir de agora, os leitores que não são assinantes da versão impressa ou digital poderão acessar até 20 reportagens por mês, sendo que a partir da quinta será necessário preencher um cadastro que libera o acesso às 15 restantes. O valor cobrado será de R$ 1,90 no primeiro mês e a partir do segundo mês o usuário terá a opção de seguir com dois diferentes planos: um, de R$ 9,90, dá acesso limitado ao conteúdo do portal; no outro, de R$ 29,90, o usuário terá acesso a diversos produtos, como o Estadão premium (versão do jornal para tablet) e o Estadão noite. n O jornal também anunciou esta semana a criação do Prêmio Desafio Estadão, que escolherá as agências e os anunciantes que desenvolverem a melhor campanha publicitária multiplataforma em cinco diferentes categorias – Mercado Imobiliário, Varejo, Indústria, Serviços e Branded Content –, além de eleger o Mídia do Ano. Ele distribuirá ao todo 16 viagens a Cannes, que incluem passagem aérea, hospedagem e inscrição no Cannes Lions. Em breve os interessados poderão buscar mais informações na página oficial do prêmio. n O Comunique-se Educação laçou um curso no formato e-learning sobre Comunicação, Marketing e Jornalismo no Agronegócio que apresenta uma radiografia do que é o agronegócio brasileiro, desafios e tendências para o setor, e pesquisas de percepção e imagem no segmento. A coordenação é do secretário-executivo da Sociedade Rural Brasileira Ronaldo Luiz Mendes Araujo (ex-revista Terra Viva e iG). n Autora de Assim nascem os heróis, livro que aborda a internação, cirurgia e retorno ao lar de uma criança cardiopata, Cláudia Coriolano lançou uma fanpage no facebook sobre o tema. “Esse é um problema que acomete uma a cada cem crianças nascidas vivas, ou seja, de grande importância também, a esse público”, explica Cláudia. n A CBN está de cara nova nos smartphones. A nova versão do aplicativo da rádio, já disponível u João Carlos Albuquerque, até então apresentador do programa, passa a ancorar a terceira edição, às 19h, ao lado dos comentaristas Paulo Vinícius Coelho, Paulo Calçade e Juan Pablo Sorín. Willian Tavares segue na apresentação da primeira edição do BB, com comentários de Zé Elias e Gustavo Hofman. A emissora anunciou ainda a chegada do apresentador Rafael Ribeiro, mas não divulgou onde ele será alocado. nas App Store e Play Store, foi desenhada para aproveitar as recentes mudanças no sistema operacional da Apple. Ele permite ao usuário ouvir ao vivo as rádios CBN de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, e mandar mensagens diretamente para os âncoras que estão no ar. Outra novidade é a possibilidade de baixar os podcasts dos comentaristas e dos programas e ouvi-los a qualquer hora, direto do celular ou do tablet. n A Forbes Brasil está se deparando com um assunto até certo ponto inusitado: há alguns meses, vários empresários e executivos começaram a ser procurados pela empresa inglesa Forbes CMS, encarregada de vender informes publicitários para a publicação americana, o que provocou uma grande confusão no mercado sobre as práticas da revista. Por isso, a redação brasileira está tomando a iniciativa de informar que somente jornalistas que constem de seu expediente, ou devidamente autorizados por um e-mail de sua redação, têm permissão para pedir entrevista em nome da revista ou da edição publicada nos Estados Unidos. u Segundo apurou este J&Cia, os emissários da CMS procuram as empresas e assessorias com um pedido de entrevista em nome da revista. O encontro é marcado. Chegando lá, os representantes da empresa fazem algumas perguntas e, ao final, dizem que o texto só será publicado nos Estados Unidos mediante a venda de um anúncio. Na maioria dos casos, não se esclarece que o que está à venda é um espaço no informe publicitário (prática legal em qualquer publicação) e não numa reportagem. u “Trata-se de um esquema condenável, que denigre a imagem dos veículos jornalísticos e dos jornalistas em si”, disse fonte da Forbes Brasil a este J&Cia, assegurando que já entrou em contato com a Forbes Inc. e esta garantiu estar tomando providências para acabar com essa abordagem de caráter duvidoso da CMS. Essa fonte recomenda: “Se alguma assessoria tiver dúvidas quanto à veracidade de algum pedido de entrevista, deve ligar para 113078-7711 ou mandar um e-mail para o diretor de Redação Ronny Hein ([email protected]). Movimento Landell de Moura Santa Maria (RS) recebe peça sobre Landell neste final de semana n Destaque da temporada teatral em Porto Alegre, a peça Landell de Moura – O incrível padre inventor, dirigida por Camilo de Lélis, realiza curta temporada em Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul. O projeto Palco Aberto leva ao Theatro Treze de Maio, nestes sábado e domingo (18 e 19), às 20h, a montagem da Cia. Face & Carretos, feita a partir de texto do dramaturgo gaúcho Hércules Grecco, que narra a epopeia de Landell, desde a juventude até o final de sua vida, quando tem uma revelação fantástica sobre sua missão espiritual e científica. O elenco conta, entre outros, com as participações de Leonardo Barison, Renata de Lélis e Luis Franke. O teatro fica na praça Saldanha Marinho, s/nº. Livros Brado retumbante, de Paulo Markun, traz documentos inéditos sobre a ditadura n Está chegando às livrarias Brado retumbante (Benvirá), nova obra de Paulo Markun que cobre o período do golpe de 1964 às Diretas Já. Nele, o autor visita momentos-chave da história do Brasil, desde os bastidores da reunião do Conselho de Segurança Nacional que desenhou os detalhes do AI-5, seis meses antes de o ato ser decretado por Costa e Silva, até a preparação da posse de José Sarney como presidente da República. A obra conta com documentos inéditos, como os do Cenimar sobre o Congresso da UNE de 1967, pouco conhecido mas decisivo para os grupos que embarcaram na luta armada. Dividida em dois volumes – Na lei ou na marra (1964-1968) e Farol alto sobre as diretas (1969-1984) –, é resultado de quatro anos de pesquisa e mais de 70 entrevistas com personalidades que marcaram a redemocratização brasileira, compondo um abrangente painel da história política recente do País. O lançamento será em 23/10, a partir das 19h, na Saraiva do Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo. n A Summus lança Rádio – Teoria e prática, de Luiz Artur Ferraretto, obra que apresenta os principais padrões para a produção de conteúdo no meio, passando desde uma explanação sobre sua linguagem ao planejamento da programação e à produção de conteúdos. O preço sugerido é de R$ 78,10 para o livro impresso e R$ 49,70 para o e-book. Focada (Américas), com a campanha #Isleepwithoutpanties. u Em Companhia/Organização, a Ambev faturou ouro na subcategoria Programa de Responsabilidade Social Corporativa do Ano no México, América Central e do Sul. Na categoria Serviço ao Consumidor, Monica Gomes, diretora de Serviço ao Consumidor da DHL, levou um bronze como Executiva do Ano. E em Novos Produtos & Gerenciamento de Produtos, a Oi recebeu bronze na subcategoria Serviço do Ano – Software. Internacionais Nove trabalhos brasileiros ganham o Stevie Awards n Foram entregues em 10/10, em Paris, os prêmios do Stevie Awards 2014. Um dos principais reconhecimentos internacionais no segmento da comunicação empresarial, a iniciativa entregou nesta edição nove medalhas para trabalhos produzidos no Brasil. u Na categoria Comunicações, Relações Públicas & Relações com Investidores, o Grupo Máquina foi o principal premiado, com quatro medalhas. Em parceria com a espanhola Llorente&Cuenca, a agência faturou um ouro com o case World Cup Pre-Campaign – Brazil 2014, na subcategoria Programa do Ano – Eventos e Observâncias (Europa); outro ouro veio em Programa do Ano – Reputação/Gerenciamento de Marcas (Américas), pelo case da Agência de Notícias Abear; em Programa do Ano – Comunicação de Crise, o case Rolezinho, para a Associação Brasileira de Shopping Centers, rendeu uma prata; e em Programa do Ano – Gerenciamento de Problemas, a agência faturou bronze pelo projeto Dashboard Copa 2014. Ainda nessa categoria, a Imagem Corporativa levou um bronze em Agência de Relações Públicas do Ano no México, América Central e do Sul, com a campanha interna Um ano de desafios no Brasil, realizada com funcionários e colaboradores; e a Starbrands faturou um ouro em Programa do Ano – Mídia Social Eu apoio a inclusão do nome do inventor brasileiro Roberto Landell de Moura no currículo obrigatório do Ensino Fundamental 21/1/1861 – 30/6/1928 Valter Nagelstein Vereador na Câmara Municipal de Porto Alegre Edição 970 Página 8 Pernambuco Abraji realiza Seminário Regional de Jornalismo Investigativo no sábado n A Abraji realiza neste sábado (18/10) o quarto Seminário Regional de Jornalismo Investigativo, no Recife. O evento será na sede da Universidade Católica de Pernambuco, das 9h às 17h30. Estudantes não associados à Abraji pagam ingresso de R$ 50 e profissionais não-sócios, R$ 75. Serão abordados temas como grandes reportagens, reportagens multimídia, jornalismo policial e jornalismo de dados. O palestrante Alex Howard, do Tow Center for Digital Journalism at Columbia Journalism School, apresentará novidades e técnicas para trabalhar com jornalismo de dados. Memórias da redação Pedimos aos leitores que voltem a nos enviar colaborações para esta seção, pois temos apenas mais três histórias para publicar. n Recebemos a história desta semana pelas mãos de Cláudio Amaral ([email protected]), nosso assíduo colaborador. Ela é de autoria de Apóllo Natali ([email protected]), que por mais de 30 anos atuou no Estadão, 20 deles pela Agência Estado, e há outros 20 escreve crônicas “nesse milagre que é a internet”. Passou também por Folha da Tarde, Diário do Grande ABC e Revista dos Municípios. Tem um livro de crônicas inédito: Audácia de jogar conversa fora, segundo ele “metáfora do livro de Obama, A audácia da esperança (quando a vaca vai para o brejo sempre aparece um salvador falando em esperança)”. É colaborador do site Quem tem medo da democracia? (QTMD), onde mantém a coluna Desabafos de um ancião. Uma curiosidade: ele se formou em Jornalismo aos 71 anos, após quatro décadas de atuação na imprensa. A vida do jornalista antes do computador Em um tempo em que os computadores ainda não haviam chegado às redações, um grande avanço tecnológico interno aconteceu no Jornal da Tarde. Foi o seguinte: os contínuos desperdiçavam tempo precioso em verdadeiras maratonas, dia e noite, noite e dia, sobe escada, desce escada, para fazer as matérias caminharem rápido da redação até a impressão, naquele edifício imponente do bairro do Limão. Lá onde fica o Brasil, como dizia Marina Mesquita. Redação, impressão, limão, rimou. Fazer o quê? Elevador nem pensar, atraso de vida. Num dado momento prenderam na cintura daqueles simpáticos contínuos atletas um aparelho que media os quilômetros por eles percorridos a partir do 6º andar, corredores e escadas abaixo. Cada um malhava mais de seis quilômetros por expediente. Já ouviram falar em salário medido por quilometragem? Prontas as matérias, gritos histéricos de editores ecoavam naquela redação mágica: “Desce!” Era a senha para o contínuo pegar cada matéria e bater o recorde de velocidade até a impressão. Qual o avanço tecnológico então conquistado? As lajes foram furadas a partir do 6º andar e por esses furos passava um tubo de plástico, por onde escorregavam as matérias vertiginosamente até a impressão. Vertiginosamente? Mas lógico que um dia aquele tubo, que um dia acabaria com o emprego dos contínuos, iria entupir na parte encurvada. Algumas matérias pararam no meio do caminho e obstruíram a passagem das demais. Pânico na redação. Toda uma edição empacada. Um daqueles contínuos, inteiramente humilde diante dos editores sobressaltados, pediu permissão para arremessar no tubo uma pesada bola de papel comprimido, enlaçada e endurecida com fita adesiva. No fim teve até choro depois daquele parto feliz. Sabe essa bola? Com ela jogávamos futebol em plena redação enquanto esperávamos, para fechar as páginas, a chegada das matérias enviadas por repórteres, sucursais e correspondentes. Esperar matérias? Aqui é que o bicho pegava. Frustrante não poder contar nestas poucas linhas, um por um, nomes e sobrenomes, por falta de papel e de memória, pois estou perto dos 80 anos, caros colegas, as tantas aventuras vividas por centenas desses seres especiais chamados repórteres para fazerem chegar às mãos das editorias, a tempo, cada reportagem, cada entrevista, cada denúncia, cada recorte da realidade daquela época de vacas gordas em salários e empregos e magras em exercícios de direitos. A liberdade não abria suas asas sobre nós. A determinação de não aborrecer nunca o leitor – esse sempre foi meu lema durante 50 anos em que atuei na imprensa escrita; me belisca para ver se estou vivo – igualmente me obriga a contar agora apenas alguns pequenos casos da turbulenta vida do repórter sem computador. O jornalista aventureiro Renato Santana, isso faz 40 anos, sem conhecer nada nem ninguém numa região inóspita bem no meio desse Brasilsão, sem dinheiro (porque tinha gastado tudo em uísque) do jornal para a viagem, sem telefone (naquele tempo você pedia uma ligação hoje e ela era completada amanhã), partiu de carona de uma cidade minúscula para outra um pouco maior, onde conseguiu que a rádio local transmitisse sua longa matéria para a redação em São Paulo. Voltou para casa, mil quilômetros, também de carona, morto de fome e de sede. Para me contar com incríveis minúcias essa sua deliciosa aventura ele papeou uma hora e meia na poltrona de sua confortável casa na Mooca, com peixe frito, bom vinho e café. “Um homem desesperado espera a morte no meio da Transamazônica, enquanto vigia de ladrões 100 toneladas de ferro velho, o que restou das máquinas da Construtora Rabello, que há exatamente dez anos abriu aqui parte dessa fantástica estrada na selva. Não que esse homem tema a morte. O que ele mais teme é morrer sozinho e ser devorado pelos urubus, pois não haverá ninguém para enterrá-lo”. Dessa maneira Luiz Fernando Emediato começa a contar seu feito arriscado de percorrer a Transamazônica de ponta a ponta dez anos depois de iniciada. Tudo abandonado. A estrada se resumia a um interminável rasgo estreito na floresta fechada. Seis capítulos que distribuí então para todo o Brasil pelo formidável circuito da Agência Estado. Guardo há 40 anos cópia – datilografada – de seu trabalho. Quem quiser, envio pelo correio. Emediato e seu companheiro repórter-fotográfico Claudinei Petroli dormiam na ameaçadora selva escura e fria em cabines de tratores abandonados, barracões apodrecidos, sob ameaça de feras, insetos peçonhentos e assaltantes, que esses estão por toda a parte. Nada de proteção contra mosquitos. O que mais nos interessa neste lenga-lenga: sem tecnologia de transmissão nenhuma, Emediato escreveu sua matéria em São Paulo e Claudinei revelou suas fotos no Estadão, pelo antigo paradigma de se revelarem fotos quimicamente. A seguinte aventura vivi eu: minhas matérias sobre futebol eram transmitidas diretamente para a redação, já das arquibancadas, por um aparelho enorme, um rádio movido a manivela. O Jajá, o bondoso, o querido, o negrão sempre saudosamente lembrado, Jair Moreira, interrompeu a transmissão e chorou. Num side, eu contava a história de um reserva de pegador de bola filho de índia com baiano. Ganhava seu dinheirinho quando o titular faltava ou ficava doente. Dava para a mãe os cinco mangos que recebia ao final da partida. Recebia de volta da mãe um trocadinho para tomar um refresco com os amigos num boteco da Vila Sônia. Ia e voltava a pé de casa até o Pacaembu. Nessa, a garganta do Jajá, pai de um monte de filhos, apertou. Agora, o Estadão. Raul Martins Bastos, chefe da produção de matérias, lamentava-se pela velocidade de carroça com que as matérias eram recebidas e transmitidas por teletipo. Para quem não sabe, e hoje poucos devem saber, o teletipo era uma máquina de ferro pequena, dura de teclar, parecendo uma locomotiva antiga, inventada na Guerra da Secessão americana, em que os textos eram escritos em fitas de papel perfuradas. Tinha teletipista que lia o texto olhando cada sequência de furos. Três em sequência era o A, dois era o B – estou inventando... – e assim por diante. A máquina não tinha as letras estampadas nas teclas. Por isso eram chamadas de “ceguinhas”. Os teletipistas trabalhavam como morcegos. A fita perfurada escrevia 50 letras por minuto. Tec, tec, tec... Num posterior importante avanço tecnológico em comunicação, escrevia 75 letras por minuto. As batidas nas teclas eram chamadas de bounds em inglês. Uma batida, um bound. Desesperadora tecnologia de transmitir notícias. Um mundo de repórteres daquela época tem mais de uma aventura para contar em seus esforços para fazerem suas matérias chegar ao solo sagrado da vida que é uma redação. Já disse que não tenho papel suficiente nem memória para enfileirar todos neste rápido bate-papo. Mas claro que não vou deixar de falar da Agência Estado, onde trabalhei desde sua fase embrionária, quando a AE era uma pequena mesa, uma velha Olivetti e eu, os três enclausurados numa redoma de vidro de um metro por dois, um dos poucos espaços que eram usados para recepção de noticiário. Por telefone. Permitam-me: dessa redoma eu enviava sorrateiramente aos assinantes as matérias censuradas. Mal sabiam os censores quem era eu naquela fase de chumbo. Pensavam certamente que se tratava de um batedor de carimbos e me deixavam em paz. Daquela redoma eu me divertia vendo aqueles fabulosos, corajosos jornalistas do Estadão, que me deram sempre ricas aulas de capacidade de trabalho e competência, vaiando os censores a cada matéria proibida. Pois bem. Na minha época o Estadão tinha uma gigantesca rede de sucursais e correspondentes pelo Brasil e mundo afora. Cópias de cada matéria destinada ao jornalão caiam na minha mesa da AE como uma chuvarada. Medíamos os espaços por centímetros. De altura. A transmissão aos assinantes era obstruída pelos 50 bounds de velocidade do teletipo, 50 batidas na tecla por minuto. Era de se puxar os cabelos. O trabalho de reescrever e enxugar cada texto para que chegassem em maior número e mais rapidamente aos assinantes era exaustivo. Terminávamos de língua de fora o expediente noite a dentro, o Sircarlos Parra Cruz, Eidi Cescato e eu, subeditor. Hoje arrogo-me o direito de ter sido, de me proclamar, supersubeditor, de tanto ter me ralado no trabalho. Emperrados por aquelas medievais condições de comunicação, dessa maneira nós três, Sircarlos, Eidi e eu, carregamos a AE nas costas durante 20 anos. Esse mundo que se arrastava ganhou passos rápidos quando começaram a ser abertas as primeiras caixas lotadas de computadores.