Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Universidade Federal de São João Del-Rei Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais André Luiz Paganotti Cálculo e Minimização de Campo Elétrico de Linhas de Transmissão Belo Horizonte 2012 Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Universidade Federal de São João Del-Rei Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais André Luiz Paganotti Cálculo e Minimização de Campo Elétrico de Linhas de Transmissão Texto da Dissertação de Mestrado Submetido à Banca Examinadora designada pelo Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, Associação Ampla entre a Universidade Federal de São João Del-Rei e o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais como requisito parcial para obtenção do tı́tulo de Mestre em Engenharia Elétrica. Linha de Pesquisa: Eletromagnetismo Aplicado. Orientador: Prof. Dr. Márcio Matias Afonso Co-Orientador: Prof. Dr. Marco Aurélio de Oliveira Schroeder Belo Horizonte 2012 ”Cálculo e Minimização de Campo Elétrico de Linhas de Transmissão” André Luiz Paganotti Texto da Dissertação de Mestrado Submetido à Banca Examinadora designada pelo Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, Associação Ampla entre a Universidade Federal de São João Del-Rei e o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais como requisito parcial para obtenção do tı́tulo de Mestre em Engenharia Elétrica. Apresentada em 13 de Julho de 2012. Banca Examinadora: Prof. Dr. Márcio Matias Afonso Orientador - PPGEL - CEFET -MG Prof. Dr. Marco Aurélio de Oliveira Schroeder Co-Orientador - PPGEL/UFSJ Prof. Dr. Rodney Rezende Saldanha PPGEE/UFMG Prof. Dr. Leônidas Chaves de Resende PPGEL - UFSJ Dedido este trabalho à memória de meu Pai Anézio Paganotti e à vida de Minha Mãe Maria Carmen Donateli Paganotti. iv vi Agradecimentos Agradeço: A Deus por ter me dado força para persistir diante das dificuldades, sabedoria e vontade de vencer; Aos professores que sempre foram meus incentivadores desde a graduação, Marco Aurélio de Oliveira Schroeder e Márcio Matias Afonso; Aos demais professores do Mestrado em Engenharia Elétrica do CEFET-MG, em especial à Professora Úrsula do Carmo Resende e ao Professor Valter Júnior de Souza Leite, pela dedicação e boa vontade na transmissão de seus conhecimentos; Ao professor Tarcı́sio Antônio Santos de Oliveira pelo incentivo; Ao professor Eduardo Nunes Gonçalves pelas valiosas discussões que contribuiram para o desenvolvimento deste trabalho; À minha famı́lia: Mãe, Arilson, Alexandre, Fernanda, Rose e Maria Vitória pelo apoio; À minha noiva Naiara pelo amor, carinho e força durante essa etapa de minha vida; Aos amigos de Mestrado Maicon, André Filipe, Camila, Lucas Resende, Rodrigo Guedes pela amizade e troca de experiências; Aos membros da banca examinadora pelos comentários, sugestões e contribuições, que ajudaram a melhorar a qualidade e a redação final do manuscrito; A Márcio dos Santos, do Leacopi/CEFET-MG pelo apoio; Aos amigos de São João Del Rei: Serginho, Silvan, Felipe e Cangeré pelo apoio e acolhimento; Ao CEFET-MG por ter me proporcionado uma formação colegial e acadêmica que me transformaram como pessoa e como profissional; A todos que contribuı́ram de alguma forma com a realização deste trabalho, meu muito obrigado. vii “A vontade de se preparar precisa ser maior que a vontade de vencer” Bob Knight “Quem acredita sempre alcança...” Renato Russo ix Resumo A necessidade de desenvolvimento de novas técnicas de transmissão de energia elétrica de maneira eficiente tem se tornado cada vez mais necessárias em função da crescente demanda no mercado consumidor e da relação desta capacidade de disponibilização de energia com o desenvolvimento econômico local. Este trabalho apresenta as diversas etapas para o desenvolvimento de uma ferramenta computacional para cálculo e minimização do campo elétrico ao nı́vel do solo e superficial de linhas de transmissão. Esta ferramenta é de fundamental importância na busca de novos métodos de recapacitação, como a Linha de Potência Natural Elevada - LPNE, que consiste numa técnica de recapacitação não convencional. Este desenvolvimento tem inı́cio a partir do conhecimento das grandezas eletromagnéticas associadas às linhas de transmissão e das técnicas de determinação e minimização dos nı́veis de campos elétricos observados. O desenvolvimento de um modelo eletromagnético é realizado a partir das leis fundamentais do eletromagnetismo e de literaturas referências no assunto. Este modelo propicia o cálculo do campo elétrico superficial, por meio do método das Imagens Sucessivas, e ao nı́vel do solo, para linhas de transmissão reais utilizadas pela CEMIG e FURNAS. Uma avaliação das metodologias de otimização atualmente empregadas, propicia a decisão de minimizar os campos elétricos a partir do método do Gradiente. Considera-se casos com altura fixa e variável ao longo do processo de otimização desenvolvido. Os campos elétricos ao nı́vel do solo, originais e otimizados são comparados com os valores dados por norma. Enquanto que os campos elétricos superficiais, originais e otimizados são comparados com valores limites em função do condutor considerado. Verifica-se que os campos elétricos ao nı́vel do solo otimizados apresentam valores inferiores aos observados inicialmente. De maneira análoga, os campos elétricos superficiais otimizados também apresentam ótimos minorados. Palavras-chave: Campo Elétrico Superficial, Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo, Linhas de Transmissão, Minimização do Campo Elétrico. xi Abstract The need to development of new techniques for transmission of electric energy efficiently is becoming increasingly necessary due to growing demand in the consumer market and the relationship of this ability to release energy to the local economic development. This work presents the various steps to develop a computational tool for calculating and minimizing the electric field at ground level and surface of the transmission lines. This tool is essential in the search for new methods of retraining, as High Surge Impendance Loading - HSIL, which is an unconventional technique for retraining. This development starts from the knowledge of the electromagnetic variables associated with transmission lines and techniques for determining and minimizing the levels of electric fields observed. The development of an electromagnetic model is realized using the basic laws of electromagnetism and literature references on the subject. This model provides the calculation of the surface electric field, by the method of successive images, and to ground level for the actual transmission lines used by CEMIG and FURNAS. An evaluation of optimization methods currently used, provides the decision to minimize the electric fields with the Gradient method. It is considered the cases with fixed height and variable during the optimization process developed. The electric fields at ground level, original and optimized values are compared with the data standard. While the surface electric fields, the original and optimized fields are compared to values in function of the conductor under consideration. It appears that the electric field at ground level have optimized values lower than those observed initially. Similarly, the surface electric fields values also have excellent optimized minimized. Key-words: Surface Electric Field, Electric Field at Ground Level, Transmission Lines, Minimization of the Electric Field. xiii Sumário Lista de Figuras xxv Lista de Tabelas xxx Lista de Acrônimos e Notação xxxi 1 Introdução 1.1 Relevância do Tema Sob Investigação 1.2 Contextualização da Dissertação . . . 1.3 Objetivos Gerais e Especı́ficos . . . . 1.3.1 Objetivos Gerais . . . . . . . 1.3.2 Objetivos Especı́ficos . . . . . 1.4 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . 1.5 Organização do Texto . . . . . . . . . . . . . . . 1 1 2 3 3 3 3 4 . . . . . . . . . . . . . 7 7 7 10 11 12 13 15 18 18 19 24 25 26 3 Ferramenta de Otimização 3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 27 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Modelagem Eletromagnética das Linhas de Transmissão 2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2 Linhas de Transmissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.3 Obtenção do Campo Elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.4 Natureza do Campo Elétrico de Linhas de Transmissão Trifásicas 2.5 Determinação da Carga Elétrica do Sistema . . . . . . . . . . . . 2.6 Determinação do Campo Elétrico Máximo . . . . . . . . . . . . . 2.7 Cálculo do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo . . . . . . . . . . . . 2.8 Cálculo do Campo Elétrico Superficial . . . . . . . . . . . . . . . 2.8.1 Método da Lei dos Cossenos . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.8.2 Método das Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . 2.9 Determinação do Campo Elétrico Crı́tico . . . . . . . . . . . . . . 2.9.1 Desempenho das Linhas quanto à Formação de Corona . . 2.10 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xv . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2 3.3 3.4 3.5 Formulação do Problema de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . . . . Método de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estratégia do Método de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Algoritmo do Gradiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.5.1 Metodologia de Cálculo do Gradiente . . . . . . . . . . . . . . . . 3.6 Otimização Unidimensional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.7 Função Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.8 Critério de Parada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.9 Tratamento de Restrições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.9.1 Método das Barreiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.10 Restrições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.10.1 Restrição 01 - Variação Horizontal da Posição dos Condutores . . 3.10.2 Restrição 02 - Distância Mı́nima Entre Fases Diferentes (dmf ) . . 3.10.3 Restrição 03 - Distância Mı́nima Entre Condutores da Mesma Fase 3.10.4 Restrição 04 - Regula a Sobreposição dos Condutores . . . . . . . 3.10.5 Restrição 05 - Altura Máxima Permitida . . . . . . . . . . . . . . 3.10.6 Restrição 06 - Altura Mı́nima Permitida . . . . . . . . . . . . . . 3.11 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (dmmf) . . . . . . . . . . . . . . . . 27 29 29 30 31 31 32 33 34 34 36 37 37 38 38 39 40 40 4 Resultados 4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2 Validação da Metodologia de Cálculo de Campo Elétrico Superficial . . . . . . . 4.2.1 LT 500 kV com Cinco Condutores por Fase . . . . . . . . . . . . . . . . 4.2.2 LT 735 kV com Quatro Condutores por Fase . . . . . . . . . . . . . . . 4.3 Obtenção dos Valores de Campos Elétricos Superficiais Para Diversas Configurações 4.3.1 Caso 01: Configuração com Um Condutor por Fase . . . . . . . . . . . . 4.3.2 Caso 02: Configuração com Dois Condutores por Fase . . . . . . . . . . . 4.3.3 Caso 03: Configuração com Três Condutores por Fase . . . . . . . . . . . 4.3.4 Caso 04: Configuração com Quatro Condutores por Fase . . . . . . . . . 4.4 Minimização do Campo Elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.5 Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.5.1 Caso 01: Configuração com Um Condutor por Fase . . . . . . . . . . . . 4.5.2 Caso 02: Configuração com Dois Condutores por fase . . . . . . . . . . . 4.5.3 Caso 03: Configuração com Três Condutores por Fase . . . . . . . . . . . 4.5.4 Caso 04: Configuração com Quatro Condutores por Fase . . . . . . . . . 4.6 Minimização do Campo Elétrico Superficial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.6.1 Caso 01: Configuração com Um Condutor por Fase . . . . . . . . . . . . 4.6.2 Caso 02: Configuração com Dois Condutores por Fase . . . . . . . . . . . 4.6.3 Caso 03: Configuração com Três Condutores por Fase . . . . . . . . . . . 4.6.4 Caso 04: Configuração com Quatro Condutores por Fase . . . . . . . . . 41 41 41 42 45 47 47 49 50 52 53 54 54 59 64 69 73 74 78 85 97 xvi 5 Conclusões 109 5.1 Sı́ntese da Dissertação e Principais Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109 5.2 Propostas de Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Referências Bibliográficas 112 A Obtenção da Distância Delta 117 B Ferramenta de Otimização B.1 Estrutura Básica do Algoritmo de Direção de Busca B.2 Algoritmo da Seção Áurea . . . . . . . . . . . . . . B.3 Critério de Parada . . . . . . . . . . . . . . . . . . B.3.1 Estabilização do Valor da Função Objetivo . B.4 Tratamento de Restrições . . . . . . . . . . . . . . B.4.1 Método das Penalidades . . . . . . . . . . . 121 121 122 124 124 124 124 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . C Validação da Metodologia de Cálculo de Campo Elétrico Superficial 127 D Verificação dos Potenciais Elétricos D.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D.2 LT 04 Condutores por Fase 735 kV . . . . . . . . . . . . D.3 Caso 01: Configuração Com Um Condutor por Fase . . . D.4 Caso 02: Configuração Com Dois Condutores por Fase . D.5 Caso 03: Configuração Com Três Condutores por Fase . D.6 Caso 04: Configuração Com Quatro Condutores por Fase . . . . . . 129 129 129 130 131 132 134 E Erro Entre as Metodologias de Cálculo de Campo Elétrico Superficial E.1 Caso 02: Configuração com Dois Condutores por Fase . . . . . . . . . . . . . . . E.2 Caso 03: Configuração com Três Condutores por Fase . . . . . . . . . . . . . . . E.3 Caso 04: Configuração com Quatro Condutores por Fase . . . . . . . . . . . . . 137 137 138 138 F Nı́veis de Referência de Campos Elétricos ao Nı́vel do Solo 141 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . G Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo G.1 Caso 02: Configuração com Dois Condutores por fase . . . . . . . . . G.1.1 Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo com Alturas dutores Fixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . G.1.2 Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo com Alturas dutores Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . G.2 Caso 03: Configuração com Três Condutores por fase . . . . . . . . . G.2.1 Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo com Alturas dutores Fixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . G.2.2 Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo com Alturas dutores Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . G.3 Caso 04: Configuração com Quatro Condutores por fase . . . . . . . . xvii . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 . . . . . . 143 dos Con. . . . . . 143 dos Con. . . . . . 144 . . . . . . 146 dos Con. . . . . . 147 dos Con. . . . . . 149 . . . . . . 150 G.3.1 Minimização do Campo Elétrico Ao Nı́vel do Solo com Alturas dos Condutores Fixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 G.3.2 Minimização do Campo Elétrico Ao Nı́vel do Solo Com Alturas dos Condutores Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 H Campo Elétrico Superficial e o Efeito Corona 153 I 155 155 Minimização do Campo Elétrico Superficial I.1 Caso 01: Configuração com Um Condutor por Fase . . . . . . . . . . . . . . . . I.1.1 Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Fixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I.1.2 Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I.2 Caso 02: Configuração com Dois Condutores por Fase . . . . . . . . . . . . . . . I.2.1 Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Fixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I.2.2 Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I.3 Caso 03: Configuração com Três Condutores por Fase . . . . . . . . . . . . . . . I.3.1 Minimização do Campo Elétrico Superficial Com Alturas dos Condutores Fixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I.3.2 Minimização do Campo Elétrico Superficial Com Alturas dos Condutores Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I.4 Caso 04: Configuração com Quatro Condutores por Fase . . . . . . . . . . . . . I.4.1 Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Fixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I.4.2 Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xviii 155 157 158 158 161 163 164 167 170 171 174 Lista de Figuras 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 2.10 2.11 2.12 2.13 2.14 2.15 2.16 2.17 2.18 2.19 2.20 2.21 Estrutura de Madeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estrutura de Concreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estrutura Metálica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Protótipo de Isoladores Compactos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cadeia de Suspensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ferragens para 4 Condutores Rail (954 MCM), respectivamente, 18”, LPNE/FEX do 2o Circuito de Interligação N-NE e LPNE/FEX regular . . . . . . . . . . . . Cabos Para-Raios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Condutor Cilı́ndrico no Espaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Superfı́cie Gaussiana Adotada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Representação do Campo Elétrico para um Ponto no Espaço . . . . . . . . . . . Ilustração do Método das Imagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sistema Fı́sico Equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sistema Fı́sico Trifásico Real Equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exemplo de Feixe de Condutores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Condutor Múltiplo com Dois Subcondutores Isolados . . . . . . . . . . . . . . . Cargas Imagem no Condutor A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Efeito da Introdução do Plano do Solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Segundo Estágio das Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Distâncias Entre Imagens Sucessivas e o Centro do Condutor . . . . . . . . . . . Sistema Fı́sico Resultante da Aplicação do Método das Imagens Sucessivas . . . 9 9 10 10 14 15 16 17 18 20 20 21 22 22 23 24 3.1 3.2 3.3 Exemplo da Função Barreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Restrições Adotadas Durante o Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . Restrições Adotadas Durante o Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . 36 36 38 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 Configuração 500 kV - 5 condutores por fase . . . . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 . . . . . . . . Pontos Considerados para Obtenção dos Potenciais Elétricos . . . LT 735 kV - 4 Condutores por Fase . . . . . . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico Superficial do Condutor 05 - LT 735 kV 43 43 44 46 46 xix . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 8 8 8 8 4.6 4.7 4.8 4.9 4.10 4.11 4.12 4.13 4.14 4.15 4.16 4.17 4.18 4.19 4.20 4.21 4.22 4.23 4.24 4.25 4.26 4.27 4.28 4.29 4.30 4.31 4.32 4.33 4.34 4.35 4.36 4.37 4.38 4.39 4.40 4.41 4.42 4.43 4.44 4.45 4.46 4.47 Configuração dos Condutores da LT 138 kV . . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico Superficial do Condutor da Fase do Meio . Configuração 345 kV - 2 Condutores por Fase . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico Superficial do Condutor 03 - Fase do Meio Configuração 500 kV - 3 Condutores por Fase . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico Superficial do Condutor 04 - Fase do Meio Configuração 500 kV - 4 Condutores por Fase . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico Superficial do Condutor 08 - Fase do Meio Configuração dos Condutores da LT 138 kV . . . . . . . . . . . . . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações . Configuração dos Condutores da LT 345 kV - CEMIG . . . . . . . . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações . Configuração dos Condutores da LT 500 kV - CEMIG . . . . . . . . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações . Configuração dos Condutores da LT 500 kV - Furnas . . . . . . . . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações . Configuração dos Condutores da LT 138 kV - CEMIG . . . . . . . . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 . . . . . . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 . . . . . . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 . . . . . . . . . . . . . . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 . . . . . . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 . . . . . . . . . . . . . . xx . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 48 49 49 51 51 52 52 54 56 56 57 57 58 58 59 60 60 61 61 63 63 64 65 65 66 66 68 68 69 70 70 72 72 74 75 75 76 76 77 77 77 4.48 4.49 4.50 4.51 4.52 4.53 4.54 4.55 4.56 4.57 4.58 4.59 4.60 4.61 4.62 4.63 4.64 4.65 4.66 4.67 4.68 4.69 4.70 4.71 4.72 4.73 4.74 4.75 4.76 4.77 4.78 4.79 4.80 4.81 4.82 4.83 4.84 4.85 4.86 4.87 4.88 4.89 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Configuração Original - LT 345 kV . . . . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . Vista Ampliada da Fase 01 . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 Campo Elétrico Superficial - Condutor 05 Campo Elétrico Superficial - Condutor 06 Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . Vista Ampliada da Fase 01 . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 Campo Elétrico Superficial - Condutor 05 Campo Elétrico Superficial - Condutor 06 Configuração Original - LT 500 kV . . . . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . Vista Ampliada da Fase 01 . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . Vista Ampliada da Fase 01 Resultante . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . xxi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase . . . . . . Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 01 01 02 02 02 03 03 03 . . . . 01 01 01 02 02 02 03 03 03 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 79 80 80 81 81 81 81 81 81 83 83 83 83 84 84 84 84 86 87 87 88 88 88 88 88 88 89 89 89 90 90 91 91 91 91 92 92 92 92 92 94 4.90 Vista Ampliada da Fase 01 Resultante . . . . . . . . 4.91 Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 01 . 4.92 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 01 . 4.93 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 01 . 4.94 Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 . 4.95 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 02 . 4.96 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 02 . 4.97 Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 03 . 4.98 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 03 . 4.99 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 03 . 4.100Configuração dos Condutores da LT 500 kV - Furnas 4.101Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . 4.102Vista Ampliada da Fase 01 Resultante . . . . . . . . 4.103Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 01 . 4.104Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 01 . 4.105Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 01 . 4.106Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 - Fase 01 . 4.107Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 . 4.108Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 02 . 4.109Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 02 . 4.110Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 - Fase 02 . 4.111Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 03 . 4.112Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 03 . 4.113Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 03 . 4.114Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 - Fase 03 . 4.115Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . 4.116Vista Ampliada da Fase 01 Resultante . . . . . . . . 4.117Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 01 . 4.118Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 01 . 4.119Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 01 . 4.120Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 - Fase 01 . 4.121Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 . 4.122Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 02 . 4.123Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 02 . 4.124Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 - Fase 02 . 4.125Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 03 . 4.126Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 03 . 4.127Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 03 . 4.128Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 - Fase 03 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 94 94 94 94 95 95 95 95 96 98 99 99 100 100 100 100 100 100 101 101 101 101 101 101 103 103 103 103 104 104 104 104 105 105 105 105 105 105 A.1 Cargas Filamentares de Sinais Opostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117 A.2 Ponto Genérico P Próximo as Linhas de Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 A.3 Representação da Equipotencial de Uma das Linhas de Carga . . . . . . . . . . 120 xxii B.1 Exemplo Função Penalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 C.1 Configuração 500 kV - 5 Condutores por Fase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 C.2 Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 . . . . . . . . . . . . . . . . 127 G.1 Configuração Original - LT 345 kV . . . . . . . . . . . G.2 Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . G.3 Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das G.4 Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . G.5 Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das G.6 Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . G.7 Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das G.8 Configuração dos Condutores da LT 500 kV - CEMIG G.9 Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . G.10 Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das G.11 Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . G.12 Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das G.13 Configuração dos Condutores da LT 500 kV - Furnas . G.14 Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . G.15 Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das G.16 Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . G.17 Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das . . . . . . . . . . . . Iterações . . . . . . Iterações . . . . . . Iterações . . . . . . . . . . . . Iterações . . . . . . Iterações . . . . . . . . . . . . Iterações . . . . . . Iterações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 144 144 145 145 146 146 147 148 148 149 149 150 151 151 152 152 I.1 I.2 I.3 I.4 I.5 I.6 I.7 I.8 I.9 I.10 I.11 I.12 I.13 I.14 I.15 I.16 I.17 I.18 I.19 I.20 I.21 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155 156 156 156 156 157 157 158 158 158 159 159 160 160 160 160 161 161 162 162 162 Configuração dos Condutores da LT 138 kV - CEMIG Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 . . . . . . . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 . . . . . . . Configuração Original - LT 345 kV . . . . . . . . . . . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . Vista em Detalhe da Fase 01 . . . . . . . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 05 . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 06 . . . . . . . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . . Vista Ampliada da Fase 01 Resultante . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 . . . . . . . xxiii . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I.22 I.23 I.24 I.25 I.26 I.27 I.28 I.29 I.30 I.31 I.32 I.33 I.34 I.35 I.36 I.37 I.38 I.39 I.40 I.41 I.42 I.43 I.44 I.45 I.46 I.47 I.48 I.49 I.50 I.51 I.52 I.53 I.54 I.55 I.56 I.57 I.58 I.59 I.60 I.61 I.62 I.63 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 05 . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 06 . . . . . . Configuração Original - LT 500 kV . . . . . . . . . . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . Vista em Detalhe da Fase 01 . . . . . . . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 01 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 01 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 01 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 02 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 02 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 03 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 03 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 03 . Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . Vista Ampliada da Fase 01 Resultante . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 01 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 01 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 01 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 02 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 02 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 03 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 03 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 03 . Configuração dos Condutores da LT 500 kV - Furnas Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . . . . . . . Vista Ampliada da Fase 01 Resultante . . . . . . . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 01 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 01 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 01 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 - Fase 01 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 02 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 02 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 - Fase 02 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 03 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 03 . Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 03 . xxiv . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 163 163 163 163 164 164 164 165 165 166 166 166 166 166 166 167 168 168 169 169 169 169 169 169 170 170 170 171 172 172 172 172 172 172 173 173 173 173 174 174 174 I.64 I.65 I.66 I.67 I.68 I.69 I.70 I.71 I.72 I.73 I.74 I.75 I.76 I.77 I.78 Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 Configuração Ótima Sugerida . . . . . . . Vista Ampliada da Fase 01 Resultante . . Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 - xxv Fase . . . . . . Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase Fase 03 . . . . 01 01 01 01 02 02 02 02 03 03 03 03 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174 175 175 176 176 176 176 177 177 177 177 177 177 178 178 xxvi Lista de Tabelas 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 4.8 4.9 4.10 4.11 4.12 4.13 4.14 4.15 4.16 4.17 4.18 4.19 Erros Obtidos na Obtenção de Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas Calculado e Valores da Referência . . . . . . . . . . . . . . Campos Elétricos Superficiais Máximos de Cada Condutor Calculado com os métodos da Carga Centrada e das Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo . Comparativo Valor Padrão e Valor Calculado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Comparativo Máximo da Figura 12 da Referência e Calculado . . . . . . . . . . Campos Elétricos Superficiais em Cada Um dos Condutores da LT Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada . . . . . . . . . . . . Erro Obtido na Obtenção dos Campos Elétricos Superficiais em Cada um dos Condutores da LT Via Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas . Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Campos Elétricos Superficiais Via Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Campos Elétricos Superficiais Via Método da Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Campos Elétricos Superficiais Obtidos Via Método das Imagens Sucessivas e Método da Carga Centrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Campos Elétricos Superficiais Via Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . Relação entre Valores Calculados e da Norma NBR 5422 para o Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xxvii 42 43 45 45 46 47 47 48 49 50 51 51 52 53 55 55 56 57 58 4.20 4.21 4.22 4.23 4.24 4.25 4.26 4.27 4.28 4.29 4.30 4.31 4.32 4.33 4.34 4.35 4.36 4.37 4.38 4.39 4.40 4.41 4.42 4.43 4.44 4.45 4.46 4.47 4.48 4.49 4.50 Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . 59 Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . 60 Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . 61 Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . 62 Relação entre Valores Calculados e da Norma NBR 5422 para o Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . 64 Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . 65 Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . 66 Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . 67 Relação entre Valores Calculados e da Norma NBR 5422 para o Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . 69 Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização . . . . . . . . . . . . . . . 70 Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . 71 Relação entre Valores Calculados e da Norma NBR 5422 para o Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . 74 Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização . . . . . . . . . . . . . . . 75 Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . 76 Relação entre Valores de Campos Elétricos Superficiais Máximos e Crı́ticos . . . 78 Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . 79 Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . 80 Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . 82 Relação entre Valores de Campos Elétricos Superficiais Máximos e Crı́ticos . . . 85 Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . 86 Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização . . . . . . . . . . . . . . . 87 Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . 90 Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização . . . . . . . . . . . . . . . 93 Relação entre Valores de Campos Elétricos Superficiais Máximos e Crı́ticos . . . 97 Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . 98 Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização . . . . . . . . . . . . . . . 99 Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . 102 Relação entre Valores de Campos Elétricos Superficiais Máximos e Crı́ticos . . . 107 A.1 Variação de h e de ro para Valores Caracterı́sticos de k . . . . . . . . . . . . . . 119 C.1 Comparativo dos Valores de Campos Elétricos Superficiais Referência e Valores Calculados - Utilizando o Método das Imagens Sucessivas - Próximo a Estrutura 128 C.2 Campo Elétrico Superficial de Cada Condutor Considerando a Carga Centrada e Erro Com Relação ao Método das Imagens Sucessivas- Próximo a Estrutura . 128 D.1 Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo D.2 Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo xxviii . 129 . 130 D.3 Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Carga Centrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D.4 Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D.5 Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D.6 Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Carga Centrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D.7 Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D.8 Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D.9 Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Carga Centrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D.10 Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D.11 Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores - Imagens Sucessivas D.12 Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Carga Centrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . D.13 Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . E.1 Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . E.2 Campos Elétricos Superficiais Via Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . E.3 Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . E.4 Campos Elétricos Superficiais Via Método da Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . E.5 Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . E.6 Campos Elétricos Superficiais Via Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130 131 131 131 132 132 133 133 134 134 135 137 137 138 138 139 139 F.1 Limites Propostos pela NBR 15145 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 G.1 G.2 G.3 G.4 G.5 G.6 G.7 Configuração Configuração Configuração Configuração Configuração Configuração Configuração Sugerida Sugerida Sugerida Sugerida Sugerida Sugerida Sugerida pelo pelo pelo pelo pelo pelo pelo Processo Processo Processo Processo Processo Processo Processo de de de de de de de Minimização Minimização Minimização Minimização Minimização Minimização Minimização xxix . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144 145 146 147 149 151 152 H.1 Campos Elétricos Crı́ticos - Fórmula de Peek I.1 I.2 I.3 I.4 I.5 I.6 I.7 I.8 Configuração Configuração Configuração Configuração Configuração Configuração Configuração Configuração Sugerida Sugerida Sugerida Sugerida Sugerida Sugerida Sugerida Sugerida pelo pelo pelo pelo pelo pelo pelo pelo Processo Processo Processo Processo Processo Processo Processo Processo de de de de de de de de xxx . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 Minimização Minimização Minimização Minimização Minimização Minimização Minimização Minimização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 157 159 161 165 168 171 175 Lista de Acrônimos e Notação LT SEP LPNE CEMIG CHESF FURNAS RECAP CA CC FEX SIL CEPEL ELETROBRAS IEEE ICNIRP EPRI CEP TEM Linha de Transmissão Sistema Elétrico de Potência Linha de Transmissão de Potência Natural Elevada Companhia Energética de Minas Gerais Companhia Hidrelétrica do São Francisco Centrais Elétricas S.A Recapacitação Corrente Alternada Corrente Contı́nua Feixe Expandido Surge Impedance Loading Centro de Pesquisa em Energia Elétrica Centrais Elétricas Brasileiras S.A Institute of Electrical and Electronics Engineers International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection Electric Power Research Institute Condutor Elétrico Perfeito Onda Transversal Eletromagnética xxxi Capı́tulo 1 Introdução 1.1 Relevância do Tema Sob Investigação Um paı́s de dimensões continentais como o Brasil, cuja principal matriz energética é de origem hidrelétrica, gera a necessidade da construção de linhas de transmissão (LT 0 s) muito extensas. Estes elementos do sistema elétrico de potência (SEP ) interligam os centros de geração aos centros de consumo. Além disso, o aumento acentuado na demanda de energia elétrica tem ocasionado a necessidade de transmissão eficiente de blocos de energia cada vez maiores [1]. Nota-se, também, uma grande dificuldade para a obtenção de novas faixas de passagem necessárias à implantação de novos corredores de energia elétrica [2]. Logo, se faz necessária a realização de estudos que propiciem um aumento na capacidade de transmissão das LT´s existentes, bem como o projeto de LT´s compactas (não convencionais) [3],[4] e [5]. Esse aumento pode ser alcançado por meio de técnicas de recapacitação das LT’s, tais como: recondutoramento com aumento da seção dos condutores; aumento do limite térmico; modificação da tensão operativa; lançamento de mais de um condutor por fase; entre outros [6], [7]. Uma das alternativas de recapacitação altamente viável, praticamente não utilizada no Estado de Minas Gerais, é a tecnologia LPNE (Linha de Transmissão de Potência Natural Elevada) [8],[9]. Esta tecnologia compreende basicamente o rearranjo ou aumento do número de subcondutores por fase com vistas a realizar uma equalização do campo elétrico superficial entre os subcondutores de cada fase [10]. A implementação da tecnologia LPNE tem como um de seus pilares a compreensão da variação do campo elétrico superficial em cada condutor e da análise da sensibilidade deste campo em relação à variação de parâmetros fı́sicos e geométricos da LT [11]. O entendimento da variação do campo elétrico superficial em linhas de transmissão também é de fundamental importância para que se possam determinar as geometrias que ocasionem uma minimização das perdas de energia decorrentes do efeito corona. Tal fenômeno é uma decorrência das intensidades do gradiente de potencial na superfı́cie dos condutores. Diversos pesquisadores têm desenvolvido técnicas de determinação destes gradientes ao longo dos últimos 50 anos [1]. 1 2 Capı́tulo 1. Introdução O cálculo dos campos elétricos associados às linhas de transmissão e a sua minimização são de grande interesse para as diversas áreas da engenharia que trabalham em sinergia para a implantação dos sistemas de transmissão. Para as concessionárias, este estudo pode representar o surgimento de possibilidades de aplicação de uma nova técnica de recapacitação, bem mais otimizada em resultados do que as técnicas atualmente empregadas [6], [7]. Para os órgãos ambientais, representa a possibilidade de redução de prejuı́zos à natureza, inerentes à obtenção de faixas de passagem para a construção de LT´s novas, que podem ser evitados mediante a recapacitação proporcionada pelas geometrias associadas aos campos elétricos minimizados. Além disso, os programas desenvolvidos podem servir como ferramentas a serem utilizadas durante a elaboração de projetos de linhas novas, de modo que estas sejam construı́das com seus campos elétricos otimizados. Uma outra aplicação da pesquisa, refere-se ao projeto de LT´s compactas, presentes em número cada vez maior em áreas urbanas com espaço relativamente reduzido para a implantação de LT´s convencionais [12]. As configurações de transmissão compactas possuem espaçamento entre fases reduzido e utiliza de espaçadores e isoladores especiais para que o isolamento das estruturas seja mantido. Os fatores descritos anteriormente ilustram a relevância e importância do tema desse trabalho. 1.2 Contextualização da Dissertação A necessidade de desenvolvimento de novas técnicas de transmissão de energia elétrica eficientes tem se tornado cada vez mais necessárias em função da crescente demanda no mercado consumidor e da relação desta capacidade de disponibilização de energia com o progresso econômico local. O conhecimento do campo elétrico gerado por uma LT é de fundamental importância para que o dimensionamento elétrico da mesma seja realizado de maneira adequada [13]. Distância entre condutores, altura cabo-solo e previsão da necessidade de implementação de compensações devido aos efeitos capacitivos, são exemplos de elementos presentes no dimensionamento das LT´s, que dependem do conhecimento da natureza do campo elétrico envolvido. Este contexto justifica o desenvolvimento de um trabalho com as seguintes caracterı́sticas: • i) Desenvolva uma compreensão e quantificação dos nı́veis de campos elétricos superficiais e ao nı́vel do solo em linhas de transmissão trifásicas aéreas de configurações geométricas diversas operando em regime permanente; • ii) Implemente uma ferramenta computacional para cálculo do campo elétrico superficial utilizando uma das principais metodologias existentes na literatura [14],[15],[1]; 1.3. Objetivos Gerais e Especı́ficos 3 • iii) Realize um estudo das técnicas de otimização atualmente empregadas e implemente uma delas para a determinação da localização ótima dos condutores em cada uma das LT´s analisadas [16], [15]e [17]. Os desenvolvimentos acima, permitem a realização da minimização da intensidade dos campos elétricos existentes, responsável pelas perdas de energia ao longo das linhas de transmissão e consequentemente a redução da exposição dos indivı́duos que vivem próximos das LT´s. 1.3 1.3.1 Objetivos Gerais e Especı́ficos Objetivos Gerais Esse trabalho tem como objetivo geral o entendimento e implementação do método das Imagens Sucessivas [18], [19] para a determinação das intensidades de campos elétricos superficiais de linhas de transmissão trifásicas reais. Esta metodologia é empregada para cômputo dos nı́veis de campo em algumas LT’s de geometrias adotadas na atualidade. Além disso, almeja-se também realizar um estudo das técnicas de otimização atualmente empregadas para otimização geométrica dos condutores e, por meio da adoção de uma determinada técnica, realizar uma minimização dos nı́veis de campos elétricos superficiais e ao nı́vel do solo encontrados nos sistemas de transmissão estudados. 1.3.2 Objetivos Especı́ficos A fim de alcançar o objetivo geral estabelecem-se os seguintes objetivos especı́ficos: • Modelagem eletromagnética e computacional das linhas de transmissão operando em regime permanente: cálculo dos nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo e superficiais; • Validação e análises de sensibilidade do modelo; • Estudo e aplicação das técnicas de otimização empregadas para a determinação da localização ótima dos condutores; • Validação e análises de sensibilidade da metodologia desenvolvida; • Estudo das normas que regem os nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo e valores limites dos campos elétricos superficiais com relação ao Efeito Corona, dados por [1],[20],[21] e [22]. 1.4 Metodologia A Metodologia adotada neste trabalho de pesquisa inclui os seguintes estudos e realizações: 4 Capı́tulo 1. Introdução • Revisão Bibliográfica - Estudo do Estado da Arte; • Caracterização do comportamento eletromagnético das linhas de transmissão, operando em regime permanente; • Caracterização das técnicas de recapacitação atualmente empregadas pelas concessionárias de energia, com ênfase na LPNE; • Estudo das técnicas de otimização atualmente empregadas em problemas relacionados à determinação da localização ótima de condutores: tais como o método do gradiente; • Desenvolvimento de programas para: (i) cálculo dos nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo e superficiais gerados pelas linhas de transmissão trifásicas de configurações diversas; (ii) aplicação de método de otimização para a minimização do campo elétrico ao nı́vel do solo e superficial obtido para a LT sob análise; (iii) otimização da LT considerando as restrições de caráter fı́sico e elétrico para a obtenção do dimensionamento ótimo que proporcione a obtenção do campo elétrico ao nı́vel do solo e superficial mı́nimo; • Validação dos programas desenvolvidos por meio de comparação com outras metodologias e com resultados da literatura [19] , [16] e [15]; • Análises de sensibilidade com relação às configurações geométricas das LT´s consideradas; • Avaliação dos efeitos da modificação sugerida pelo processo de otimização nos nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo e superficiais observados no sistema antes e depois do processo de otimização. As configurações ótimas sugeridas pelos desenvolvimentos deste trabalho não têm a aplicabilidade verificada do ponto de vista técnico e econômico. As soluções sugeridas são ótimas sob o ponto de vista dos campos elétricos superficiais e ao nı́vel do solo dos sistemas de transmissão analisados. Estudos de engenharia não são realizados para verificar se as configurações são viáveis sob os diversos aspectos de engenharia inerentes à implantação ou recapacitação de uma linha de transmissão. 1.5 Organização do Texto O presente trabalho está organizado em 5 capı́tulos, incluindo este capı́tulo introdutório. No capı́tulo 2 apresenta-se a metodologia de cálculo adotada neste trabalho. Inicialmente, é apresentado o modelo eletromagnético desenvolvido para a linha de transmissão. Em seguida, é apresentada a natureza do campo elétrico associado às linhas de transmissão trifásicas e a maneira de obtenção da carga elétrica do sistema. A formulação para a obtenção do campo elétrico máximo ao nı́vel do solo é apresentada. O processo de determinação do campo elétrico superficial é apresentado por meio da Lei dos Cossenos e do método das Imagens Sucessivas. Ao final do capı́tulo 3 é apresentado um breve estudo do comportamento dos campos elétricos 1.5. Organização do Texto 5 superficiais das linhas com relação à ocorrência do Efeito Corona. A técnica de otimização adotada é apresentada em detalhes no capı́tulo 3. Inicia-se o capı́tulo com uma discussão a respeito das técnicas de otimização atualmente empregadas na engenharia. Em seguida, discute-se em detalhes o método do Gradiente adotado neste trabalho. As restrições adotadas pelo algoritmo de otimização desenvolvido também são apresentadas. A minimização do campo elétrico ao nı́vel do solo e superficial, considerando-se altura dos condutores fixa e variável, são apresentados no capı́tulo 4. Inicialmente, a ferramenta de cálculo do campo elétrico superficial é validada. Os nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo antes e depois do processo de otimização são comparados com os valores máximos estabelecidos por norma. Enquanto que o campo elétrico superficial é comparado com valores limites à ocorrência do Efeito Corona. O capı́tulo 5 apresenta as conclusões obtidas a partir das análises realizadas e as propostas de continuidade vislumbradas a partir das possibilidades de desdobramentos do assunto obtidas a partir das implementações realizadas ao longo de todo o trabalho. 6 Capı́tulo 1. Introdução Capı́tulo 2 Modelagem Eletromagnética das Linhas de Transmissão 2.1 Introdução Este Capı́tulo apresenta a teoria eletromagnética necessária para a determinação do campo elétrico nas linhas de transmissão estudadas neste trabalho. Em seguida, apresentam-se as duas modelagens adotadas para a obtenção do campo elétrico superficial. Sendo a primeira a Lei dos Cossenos, citada nos trabalhos de Sarma, e a segunda, o método das Imagens Sucessivas, citada por diversos autores como a que possibilita a obtenção dos resultados mais precisos [23],[19],[24],[1]. As implicações advindas do Efeito Corona para o meio no qual a linha de transmissão está inserida são apresentadas. Finaliza-se o capı́tulo apresentando-se as conclusões obtidas. 2.2 Linhas de Transmissão As linhas de transmissão são elementos fundamentais do sistema elétrico de potência, pois são elas as responsáveis pela ligação e, consequentemente, o transporte de energia entre os centros de geração e os centros de consumo. Cada linha de transmissão apresenta, para o sistema no qual está inserida, uma assinatura dada pelas suas caracterı́sticas geométricas, mediante a localização de seus condutores e das distâncias entre os próprios condutores e entre os condutores e o solo. As linhas de transmissão constituem-se basicamente de cabos condutores metálicos sustentados por estruturas. Estas estruturas podem ser de concreto, madeira ou de metal, dependendo dos nı́veis de tensão adotados e da geografia na qual é inserida a linha de transmissão. As Figuras 2.1,2.2 e 2.3, ilustram linhas de transmissão que utilizam estruturas de madeira, estruturas de concreto e estruturas metálicas, respectivamente [25]. Os cabos condutores constituem os elementos ativos das linhas de transmissão. A determinação de qual tipo de condutor a ser utilizado é uma decisão de engenharia que leva em conta o 7 8 Figura 2.1: Madeira Capı́tulo 2. Modelagem Eletromagnética das Linhas de Transmissão Estrutura de Figura 2.2: Estrutura de ConFigura 2.3: Estrutura Metálica creto nı́vel de tensão adotado, a potência a ser transmitida e outros fatores econômicos relacionados às perdas elétricas que devem ser atendidos para que se possa adotar um condutor adequado para cada tipo de sistema. Os cabos, conforme pode ser observado nas Figuras 2.1 a 2.3, são sustentados pelas estruturas por meio de isoladores. Estes, como o próprio nome indica, têm a função de manter os condutores isolados eletricamente das estruturas. Estes elementos devem suportar esforços mecânicos realizados pelo peso dos cabos condutores e também resistir às solicitações elétricas. Geralmente, os isoladores são fabricados utilizando-se porcelana vitrificada, vidros temperados e, mais recentemente, vêm sendo testados isoladores feitos de materiais semicondutores. A Figura 2.4 ilustra dois tipos de isoladores adotados atualmente [25]. Figura 2.4: Protótipo de Isoladores Compactos Figura 2.5: Cadeia de Suspensão Além dos isoladores, tem-se também a cadeia de suspensão, mostrada na Figura 2.5, que deve suportar os condutores e ligá-los às cadeias de isoladores e estes às estruturas [25]. Nos casos em que se tem mais de um condutor por fase há também a utilização de ferragens. São elas quem ditam o formato do feixe de cada fase e a distância entre subcondutores adotada pelo 2.2. Linhas de Transmissão 9 sistema. A Figura 2.6 mostra uma ferragem adotada em sistemas de quatro condutores por fase utilizados pela CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) [12]. Nota-se na Figura 2.6, que as ferragens superiores apresentam distribuição simétrica dos condutores e as ferragens do meio e inferiores apresentam distribuição não simétrica dos condutores. Figura 2.6: Ferragens para 4 Condutores Rail (954 MCM), respectivamente, 18”, LPNE/FEX do 2o Circuito de Interligação N-NE e LPNE/FEX regular [12] Há também na parte superior das linhas de transmissão os cabos para-raios. Estes têm o objetivo de proteger os condutores fase da linha de transmissão contra a incidência de descargas atmosféricas. Geralmente, os cabos para-raios são mais finos que os condutores fase e adota-se na maioria dos casos um ou dois cabos. A Figura 2.7 ilustra o cabo para-raios de um sistema de transmissão. Figura 2.7: Cabos Para-Raios Uma vez apresentada a linha de transmissão e seus principais componentes, passa-se a discussão para a obtenção dos campos elétricos associados às linhas de transmissão. 10 2.3 Capı́tulo 2. Modelagem Eletromagnética das Linhas de Transmissão Obtenção do Campo Elétrico A determinação da expressão do campo elétrico e que é utilizada tanto para a obtenção do campo elétrico ao nı́vel do solo quanto para a determinação do campo elétrico superficial é obtida a seguir partindo-se de uma das leis fundamentais do eletromagnetismo, a Lei de Gauss. Considere um condutor cilı́ndrico reto, de raio r, de grande comprimento, de forma que se possa analisar um pedaço de comprimento l m de modo que não haja efeitos das extremidades. Assume-se que este condutor se encontra distante de quaisquer outros condutores ou planos condutores. Ele apresenta uma densidade linear de carga ρl C/m distribuı́da uniformemente na sua superfı́cie; o condutor é apresentado na Figura 2.8. Figura 2.8: Condutor Cilı́ndrico no Espaço Com vistas a se obter, por meio da Lei de Gauss, uma expressão para o cálculo do campo elétrico na superfı́cie do condutor adota-se a superfı́cie Gaussiana mostrada para o condutor da Figura 2.8. Figura 2.9: Superfı́cie Gaussiana Adotada [26] Observa-se, na Figura 2.9, os vetores unitários do sistema de coordenadas cilı́ndricas, o ~ juntamente com o vetor diferencial de área (dS), ~ ambos vetor densidade de fluxo elétrico (D) saindo da superfı́cie Gaussiana considerada. Uma vez que, devido à simetria, as componentes da densidade de fluxo elétrico se anulam ao longo do eixo z, não há campo elétrico nas áreas circulares da superfı́cie Gaussiana, se desprezado o efeito das bordas. Portanto, conclui-se que, neste caso, o campo elétrico possui componente somente na direção perpendicular ao eixo do condutor, ou seja, na direção de ~aρ . 2.4. Natureza do Campo Elétrico de Linhas de Transmissão Trifásicas 11 O elemento diferencial de área (dS) pode ser considerado como sendo o produto de ρdφdz, que corresponde ao elemento diferencial de superfı́cie na direção definida pelo vetor ~aρ . Considerando a superfı́cie Gaussiana envolvendo todo o condutor e desprezando-se o efeito das bordas a Lei de Gauss é aplicada e resulta: Z Z Z ~ · dS ~= D S Dρdφdz = Q (2.1) S Na equação 2.1, Q representa a carga elétrica encerrada pela Superfı́cie Gaussiana. As variáveis densidade de campo elétrico (D) e posição ρ não variam com as variáveis de integração, e podem ser consideradas constantes. Dessa forma, o resultado da expressão 2.1 integrando em φ, de 0 a 2π, e em z, de 0 até o comprimento da linha, resulta na expressão para o campo elétrico [27]: ~ = E ρl ~aρ 2πε0 ρ (2.2) Na equação 2.2, o termo ρl substitui a carga encerrada na superfı́cie, representando a densidade linear de carga do condutor. Esse parâmetro é obtido na divisão da carga pelo comprimento da linha. Além disso, ao invés de considerar o vetor densidade de campo elétrico, é apresentado −9 o vetor intensidade de campo elétrico, com o fator ε0 , correspondendo a 10 , evidenciando essa 36π mudança de variáveis. Nesse caso, a permissividade relativa do meio é considerada igual a 1, o que é válido quando o meio onde o campo é avaliado corresponde ao “ar” [27]. Sendo ρ a distância entre o ponto fonte de campo elétrico e o ponto de observação e ~aρ o vetor unitário correspondente. Esta expressão é obtida sem se considerar o efeito do solo, tal efeito será levado em consideração nos desenvolvimentos das próximas seções. Nota-se que esta expressão pode ser aplicada para pontos próximos à superfı́cie do condutor, ou seja, quando se tem ρ tendendo ao raio do condutor, e também pode ser aplicada para pontos distantes da superfı́cie do condutor, quando ρ tende a um valor muitas vezes superior ao raio do condutor. É visto nas próximas seções que esta expressão inicial não conduz a resultados satisfatórios para pontos de observação próximos à superfı́cie do condutor quando se leva em conta a presença do solo e dos demais condutores de um determinado sistema de transmissão. Esta discussão se inicia por meio do conhecimento da natureza dos campos elétricos associados aos sistemas de transmissão trifásicos. 2.4 Natureza do Campo Elétrico de Linhas de Transmissão Trifásicas ~ Q e V são Em linhas de transmissão trifásicas de configurações diversas as grandezas E, ~ além de fasor, é um vetor. Uma discussão da diferença grandezas fasoriais. O campo elétrico E, entre uma grandeza vetorial e uma grandeza fasorial pode ser encontrada em [23],[28]. 12 Capı́tulo 2. Modelagem Eletromagnética das Linhas de Transmissão Os componentes espaciais de um vetor podem ser fasores de diferentes ângulos no tempo. Tais vetores complexos ocorrem no estudo dos campos elétricos ao redor das linhas de transmissão trifásicas. O campo elétrico sob estudo, com variação senoidal em estado permanente, apresenta como cada componente espacial um fasor. Tais fasores são expressos por um valor rms (root mean square)(“magnitude”) e por uma fase (“ângulo no tempo”), como mostrado abaixo: − → E = ex (t)x̂ + ey (t)ŷ + ez (t)ẑ (2.3) Onde x̂,ŷ e ẑ são vetores unitários ao longo das direções X,Y e Z, respectivamente. E ex (t),ey (t) e ez (t), são os componentes senoidais no tempo. Assim, o componente ao longo do eixo X pode ser escrito como: ex (t) = Ex [cos(ωt) cos(φx) − sin(ωt) sin(φx)] (2.4) ex (t) = Ex,r cos(ωt) + Ex,i sin(ωt) (2.5) → − Em 2.4, Ex é a magnitude de E ao longo do eixo x, φx é o ângulo no tempo (a fase de ex (t)). Já em 2.5, Ex,r e Ex,i são, respectivamente, os componentes real e imaginário ao longo do eixo X. A componente imaginária “aparece” no domı́nio fasorial. Cada condutor de uma linha de transmissão é caracterizado por um fasor de tensão com parte real e parte imaginária, V = Vr + jVi e pelo seu diâmetro. Um vez conhecida como obter a expressão do campo elétrico em um ponto genérico do espaço e, sabendo da natureza fasorial deste campo associado às linhas de transmissão, faz-se necessário determinar a carga elétrica encerrada pela superfı́cie Gaussiana discutida na seção anterior. 2.5 Determinação da Carga Elétrica do Sistema As cargas nos condutores são determinadas por meio dos fasores tensão, que são na maioria dos casos os dados conhecidos sobre a linha de transmissão, e também por meio dos coeficientes potenciais de Maxwell. Tais coeficientes são funções exclusivamente de caracterı́sticas construtivas da LT. A relação entre estas grandezas pode ser matricialmente relacionada da seguinte forma [23],[28]: ρla Paa Pab Pac Van Vbn = Pba Pbb Pbc . ρlb ρlc Pca Pcb Pcc Vcn Onde, os elementos Pkm da matriz dos coeficientes potenciais de Maxwell, dados por: (2.6) 2.6. Determinação do Campo Elétrico Máximo 13 1 Hkm ln [m/F ] (2.7) 2π²0 Dkm Em 2.7, Hkm é a distância entre cada condutor e sua imagem, Dkm é o raio do condutor no caso em que k = m. Para k 6= m, Dkm é a distância entre os condutores k e m, e, Hkm é a distância entre o condutor k e a imagem de m. Pkm = Da igualdade matricial, dada em 2.6, e partindo da definição de capacitância que se segue: q = CV, (2.8) pode-se mostrar, mediante um algebrismo matricial, que: [ρl] = [P ]−1 [V ]. (2.9) Com base em 2.9 e considerando-se a natureza complexa da carga, pode-se escrever: [ρl] = [ρlr ] + j[ρli ] (2.10) [ρlr ] = [P ]−1 [Vr ] (2.11) [ρli ] = [P ]−1 [Vi ] (2.12) Onde ρlr e ρli são, respectivamente, a parcela real e imaginária do fasor densidade de carga elétrica. Por meio da resolução da equação matricial dada em 2.6, as cargas nos condutores são conhecidas. Logo, o campo em um ponto N de coordenadas (Xn , Yn ) no espaço, pode ser calculado aplicando a expressão 2.2 apresentada anteriormente. Uma vez conhecida a maneira como se determina a carga elétrica de um determinado sistema de transmissão e sabendo da natureza vetorial fasorial do campo elétrico obtido, faz-se necessário que se aplique uma metodologia que assegure a obtenção da máxima componente vetorial fasorial do campo elétrico analisado. 2.6 Determinação do Campo Elétrico Máximo É útil visualizar o vetor campo elétrico dado em 2.3, como um vetor se movendo no espaço. Pode ser mostrado que tal vetor rotaciona em um plano e descreve uma elipse [23], mostrado na Figura 2.10. Surge daı́ o nome método das elipses. O máximo componente fasorial do campo elétrico em um ponto no espaço é representado pela magnitude e direção do maior semi-eixo do campo. Uma taxa de variação nula da magnitude do campo com respeito ao ângulo no espaço, ou com respeito ao tempo, ocorre ao longo 14 Capı́tulo 2. Modelagem Eletromagnética das Linhas de Transmissão Figura 2.10: Representação do Campo Elétrico para um Ponto no Espaço [23] dos eixos da elipse [23],[28]. A componente do campo ao longo de uma direção definida pelo ângulo α, pode ser dada por [23],[28]: (Eα )2 = (Er,y sin(α) + Er,x cos(α))2 + (Ei,y sin(α) + Ei,x cos(α))2 (2.13) Para se determinar os ângulos correspondentes aos campos máximo e mı́nimo deriva-se 2.13, e iguala-se o resultado a zero: d(Eα )2 =0 dα (2.14) Após manipulações matemáticas adequadas, obtém-se uma equação quadrática, com tg(α) sendo a variável desconhecida [23],[28]: tg 2 (α)(Ery Erx + Eiy Eix ) + tg(α)(−Eiy 2 + Eix 2 + Ery 2 + Erx 2 ) − (Ery Erx + Eiy Eix ) = 0 (2.15) Em 2.15 há duas soluções, correspondendo ao maior e ao menor semi-eixos da elipse. As magnitudes dos semi-eixos são avaliadas pela substituição dos valores de α obtidos em 2.15 e depois em 2.13. O método das elipses é aplicado neste trabalho para a obtenção do campo elétrico 2.7. Cálculo do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo 15 resultante ao nı́vel do solo e também para o campo elétrico superficial resultante. Descreve-se a seguir a metodologia adotada para se obter o campo elétrico ao nı́vel do solo e, em seguida, a metodologia para a obtenção do campo elétrico superficial. 2.7 Cálculo do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo O cálculo do campo elétrico ao nı́vel do solo ocasionado por um sistema de transmissão é determinado ao longo de toda a faixa de servidão da linha de transmissão sob estudo a 1 m do solo. Uma vez que o condutor não se encontra em um meio composto apenas de ar e isolado no espaço, deve ser levado em conta os efeitos do solo no cálculo do campo elétrico resultante em um determinado ponto do espaço. O efeito do solo na determinação do campo elétrico é inserido por meio da aplicação do Método das Imagens [27]. O solo é considerado como sendo um condutor elétrico perfeito (CEP). Isso implica em considerar campo elétrico nulo em seu interior e que ele se comporta como uma superfı́cie equipotencial, ou seja, não há diferença de potencial entre dois pontos sobre este condutor [27]. O CEP apresenta resistividade nula (ρ = 0), ou condutividade infinita (σ = ∞), que com a observação de algumas fórmulas de uso corrente no eletromagnetismo asseguram a existência de campo elétrico nulo no interior de um condutor elétrico perfeito [27]. O Método das Imagens é desenvolvido com base nas condições de fronteira entre dois meios, e as relações entre os campos elétricos em cada um deles. Para os casos estudados neste trabalho, o cálculo do campo elétrico em um ponto genérico no espaço é efetuado levando-se em conta os efeitos de uma parcela direta de campo, oriundo da fonte de campo considerada (carga real) e de outra parcela ocasionada pela reflexão do campo elétrico na superfı́cie do solo, oriundo da carga imagem (carga de sinal contrário). A Figura 2.11 ilustra a aplicação do método das imagens a um condutor no espaço localizado próximo ao solo. Figura 2.11: Ilustração do Método das Imagens Na parte esquerda da Figura 2.11 verifica-se uma seção transversal do sistema real, no qual 16 Capı́tulo 2. Modelagem Eletromagnética das Linhas de Transmissão se tem um condutor posicionado a uma certa altura h em relação ao solo. Na parte direita da Figura 2.11 é mostrado o sistema equivalente obtido por meio da aplicação do Método das Imagens, onde o solo é considerado como sendo um condutor elétrico perfeito, e os dois meios passam a ser o ar. Devido à simetria dos sistemas de transmissão que são analisados neste trabalho, que são semelhantes à observada na Figura 2.11, o cálculo da intensidade de campo elétrico em um ponto genérico acima do nı́vel do solo, deve ser realizado mediante a substituição do sistema de coordenadas cilı́ndricas pelo cartesiano. Um sistema composto por um condutor ao longo do eixo z, localizado em (xi ,yi ,zi ) e sua imagem localizada em (xi ,−yi ,zi ), ocasionam um campo elétrico em um ponto genérico localizado em (x,y,zi ), mostrados na Figura 2.12; nota-se que a coordenada em z não interfere no cálculo realizado. Figura 2.12: Sistema Fı́sico Equivalente As mudanças de coordenadas obtidas a partir da observação da Figura 2.12 são apresentadas a seguir. ρreal = p (x − xi )2 + (y − yi )2 (x − xi )~ax ~aρreal = p (x − xi )2 + (y − yi )2 ρimag = (y − yi )~ay +p (x − xi )2 + (y − yi )2 p (x − xi )2 + (y + yi )2 (x − xi )~ax (y + yi )~ay ~aρimag = p +p (x − xi )2 + (y + yi )2 (x − xi )2 + (y + yi )2 (2.16) (2.17) (2.18) (2.19) Sendo: ρreal a distância entre a carga real e o ponto P, ~aρreal o vetor unitário partindo da carga real na direção do ponto P, ρimag a distância entre a carga imagem e o ponto P e ~aρimag 2.7. Cálculo do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo 17 o vetor unitário partindo da carga imagem na direção do ponto P. Aplica-se 2.17 e 2.19 em 2.2, obtém-se a expressão para o campo elétrico resultante para a configuração mostrada na Figura 2.12 por meio da seguinte equação [29],[30]: ¶ µ ρl (x − xi )~ax + (y − yi )~ay (x − xi )~ax + (y + yi )~ay ~ − (2.20) E= 2πε0 (x − xi )2 + (y − yi )2 (x − xi )2 + (y + yi )2 O primeiro termo da expressão 2.20 é ocasionado pelo condutor real e o segundo termo pelo condutor imagem. Observa-se que neste caso tem-se duas contribuições para a obtenção do campo elétrico no ponto P, uma dada pela carga real e outra por sua imagem. Para os casos onde existem mais de um condutor, como mostrado na Figura 2.13, a mesma metodologia pode ser aplicada para a obtenção do campo elétrico. Considerando que o meio em que se encontram as fontes de campo elétrico seja homogêneo, linear e isotrópico, aplica-se o princı́pio da superposição para obter o campo elétrico resultante ocasionado pelas diversas cargas reais e suas imagens do sistema elétrico. A Figura 2.13 apresenta um sistema trifásico com um condutor por fase. As cargas elétricas são consideradas como sendo filamentares e localizadas no centro dos condutores analisados. Figura 2.13: Sistema Fı́sico Trifásico Real Equivalente Aplica-se o princı́pio da superposição ao sistema apresentado na Figura 2.13, e o campo elétrico resultante passa a ser um somatório das contribuições de cada uma das cargas e de suas imagens. Neste caso os pontos de interesse Pn são posicionados ao longo de uma faixa que vai desde a localização do condutor mais à esquerda até a localização do condutor mais à direita. A expressão para o campo elétrico resultante ao nı́vel do solo para este caso é dado por: ~ = E µ ¶ n X c X (xp − xi )~ax + (yp − yi )~ay (xp − xi )~ax + (yp + yi )~ay ρli − 2 + (y − y )2 2πε (x − x ) (xp − xi )2 + (yp + yi )2 0 p i p i p=1 i=a (2.21) A equação 2.21 exemplifica a formulação adotada para a obtenção do campo elétrico ao nı́vel do solo. Na expressão 2.21, c é o número de condutores e p o número de pontos de observação 18 Capı́tulo 2. Modelagem Eletromagnética das Linhas de Transmissão considerados. Para cada tipo de linha de transmissão estudada, a expressão 2.21 é adaptada por meio da aplicação do princı́pio da superposição. Uma vez conhecida a maneira de se obter o campo elétrico ao nı́vel do solo parte-se agora para a determinação do campo elétrico superficial. 2.8 Cálculo do Campo Elétrico Superficial O cálculo do campo elétrico superficial é realizado nesta dissertação de três maneiras diferentes. Primeiramente, é calculado o campo na superfı́cie dos condutores com base na formulação desenvolvida na seção anterior deste capı́tulo. Em seguida, este campo elétrico superficial é obtido utilizando-se o método da Lei dos Cossenos [23]. Este método exige algumas condições para ser aplicado de maneira satisfatória e ele não leva em conta o efeito do solo e nem dos condutores das fases vizinhas. Finalmente, realiza-se o cálculo do campo elétrico superficial por meio do método das imagens sucessivas, que é tido como o método mais correto teoricamente e que conduz a resultados mais apurados, mesmo para sistemas multicondutores [19]. Apresentase a seguir o método da Lei dos Cossenos e o Método das Imagens Sucessivas. 2.8.1 Método da Lei dos Cossenos A formulação desenvolvida anteriormente para a obtenção do campo elétrico ao nı́vel do solo não é adequada para o cálculo do campo elétrico superficial em sistemas de transmissão multicondutores. Ou seja, a consideração da carga elétrica concentrada no centro do condutor analisado deixa de ser adequada à medida que o raio do condutor passa a não ser desprezı́vel em relação à distância entre condutores de uma mesma fase [19]. Uma solução para este problema é o método da Lei dos Cossenos que consiste na adoção de uma formulação que leva em conta a variação do campo elétrico ocorrida na periferia dos condutores por meio da lei dos cossenos [23]. Esta é aplicável apenas em sistemas nos quais os condutores estão simetricamente arranjados em um cı́rculo [23]. Figura 2.14: Exemplo de Feixe de Condutores 2.8. Cálculo do Campo Elétrico Superficial 19 A Figura 2.14 exemplifica um arranjo de condutores com distribuição circular simétrica dos condutores. O campo elétrico superficial em sistemas multicondutores varia com o ângulo θ e a partir dos parâmetros discriminados abaixo pode ser dado por [23]: d π E(θ) = Emédio (1 + (N − 1) sin( ) cos(θ)) s N (2.22) Alternativamente, 2.22 pode ser escrita como: E(θ) = Emédio (1 + d (N − 1) cos(θ)) D (2.23) Onde d é o diâmetro do condutor fase, s é a distância entre condutores do feixe, N é o número de subcondutores por fase, D é o diâmetro do feixe condutor e Emédio , o módulo da equação 2.2 considerando o ponto P sobre a superfı́cie do condutor, ou seja: ρl . (2.24) 2πε0 r A equação 2.22 tem como limitação o fato dos condutores terem que estar simetricamente arranjados [23]. O método da Lei dos Cossenos leva em conta a proximidade dos subcondutores no feixe, mas desconsidera o efeito da existência das outras fases, dos cabos para-raios e do solo [19]. Uma outra maneira de se obter o campo elétrico ao longo da periferia dos condutores de sistemas multicondutores é discutida a seguir. Emédio = 2.8.2 Método das Imagens Sucessivas O método das Imagens Sucessivas aplica o método das imagens a um sistema de condutores cilı́ndricos paralelos, de raios finitos e com nı́veis de tensão conhecidos. Resumidamente este método consiste em [19]: • Substituir a distribuição real da carga da superfı́cie dos condutores por uma série de cargas lineares paralelas ao plano do solo; • Calcular a distribuição do campo considerando o sistema de cargas imagens. Para avaliação do campo elétrico, considera-se um sistema de dois subcondutores cilı́ndricos A e B, distantes do solo, equidistantes com relação a origem do sistema de coordenadas, separados de uma distância s entre eixos, como pode ser observado na Figura 2.15. Considerando +Q a carga de cada condutor, admite-se que a carga complementar dos dois subcondutores seja −2Q e esteja a uma distância infinitamente grande dos mesmos. Se for 20 Capı́tulo 2. Modelagem Eletromagnética das Linhas de Transmissão Figura 2.15: Condutor Múltiplo com Dois Subcondutores Isolados considerado que a relação s/r (distância de separação das cargas e raio do cilindro condutor) é muito grande, pode-se calcular o campo nas imediações do subcondutor A admitindo-se que a carga +Q do subcondutor B está concentrada em seu centro e vice versa [19]. Para que a superfı́cie do condutor A seja mantida como uma superfı́cie equipotencial, uma carga de −2Q deve ser posicionada no infinito e sua respectiva imagem +2Q colocada no centro do condutor A. Além disso, a carga +Q deve ser posicionada no centro do condutor B e sua imagem −Q, no ponto indicado do condutor A como mostrado na Figura 2.16 [18] e [19]. Figura 2.16: Cargas Imagem no Condutor A A carga lı́quida original de cada um dos condutores deve ser mantida. Logo, a carga lı́quida no subcondutor A continua sendo +Q. A distância entre as cargas +2Q e −Q no subcondutor A é dada por δ1 = r2 /s [19]. A obtenção da expressão de δ pode ser verificada no Apêndice A deste trabalho. Um sistema análogo de cargas mantém o subcondutor B também como uma superfı́cie equipotencial. A presença do solo pode ser computada por meio do efeito dos condutores imagens. Cada condutor imagem tem uma carga −Q, que acarreta em cargas iguais a −2Q no centro do con- 2.8. Cálculo do Campo Elétrico Superficial 21 dutor A ou B e cargas imagem +Q, deslocadas do centro sobre os raios que ligam o condutor A com sua imagem. A influência no condutor A da imagem do condutor B é obtida da mesma maneira [19]. Assim, tem-se no condutor A três cargas imagens. Sendo uma −Q a δ de seu centro e duas +Q devido às cargas imagens. A Figura 2.17 mostra o sistema resultante devido a influência do plano do solo no sistema. Figura 2.17: Efeito da Introdução do Plano do Solo A partir da Figura 2.17 pode-se inferir que para um sistema condutor múltiplo com n subcondutores, se considerado a presença do solo, haverá em cada subcondutor (2n − 1) cargas lineares imagem [19]. Para os casos em que a relação s/r for pequena, ou seja, for menor do que 10, o processo até agora descrito é considerado insuficiente [19]. Logo, necessita-se neste caso de um método mais exato e eficiente que consiste no método das Imagens Sucessivas [19]. Dependendo do valor da relação s/r adotada, são introduzidas tantas imagens sucessivas quantas forem necessárias para se conseguir a convergência para um único ponto, onde será colocada a imagem definitiva +Q. Para explicar o método das Imagens Sucessivas, considere novamente o condutor A mostrado na Figura 2.18. O condutor B é representado, por duas cargas lineares +2Q e −Q, ao invés de uma carga +Q admitida anteriormente como colocada em seu centro. A imagem da carga complementar −2Q não é naturalmente afetada. O sistema de imagens no condutor A agora é aquele mostrado na Figura 2.18 [19]. Esse processo pode ser continuado até que a distribuição das cargas seja representada corretamente por uma série de cargas lineares. A precisão com que a distribuição das cargas é representada aumenta à medida que a distância entre as imagens sucessivas for diminuindo, como pode ser observado na Figura 2.19 [19]. 22 Capı́tulo 2. Modelagem Eletromagnética das Linhas de Transmissão Figura 2.18: Segundo Estágio das Imagens Sucessivas Figura 2.19: Imagens Sucessivas Logo, sendo k o número de imagens sucessivas adotado para um sistema de n subcondutores, há nk imagens em cada subcondutor. Se o plano do solo for levado em consideração, então haverá (2n − 1)k imagens por subcondutor. A obtenção de uma representação absolutamente precisa pode ser obtida através da adoção de uma série infinita de imagens. Isto é necessário nos casos em que se têm valores baixos da relação s/r, ou seja, inferiores a 10 [19]. Para feixe de 2 ou mais condutores, o número de imagens sucessivas necessárias para representar os condutores adequadamente depende da sua proximidade relativa. Se a distância entre quaisquer dois condutores do sistema é grande, o processo de imagens sucessivas pode parar na primeira ou segunda iteração. Já para condutores com elevada proximidade, pode ser necessário prosseguir com o processo de imagens para estágios superiores. A Figura 2.20, extraı́da da literatura, apresenta o número de imagens sucessivas necessárias para um determinado condutor em função da relação s/r [19]. Nesta Figura a relação s/r é representada por D/r. O eixo das abcissas informam a ordem das imagens sucessivas e o eixo das ordenadas indica a distância da imagem sucessiva ao centro do condutor. Observa-se que para valores de D/r maiores do que 10 a distância das imagens ao centro do condutor é muito pequena e a carga pode ser considerada centrada. Neste caso, uma única 2.8. Cálculo do Campo Elétrico Superficial 23 Figura 2.20: Distâncias Entre Imagens Sucessivas e o Centro do Condutor [19] imagem é suficiente para a obtenção da convergência do sistema. Verifica-se que mesmo com apenas uma imagem, o método apresentado conduz a resultados mais exatos do que os obtidos pelos métodos que consideram apenas uma carga linear concentrada no centro dos condutores [19]. Conhecida a carga, o gradiente de potencial ou campo elétrico pode ser calculado por meio da expressão 2.25: ~ = E m 1 X Qi − → ri 2π²0 i=1 |ri |2 (2.25) − Onde m representa o número total de cargas imagens lineares no sistema, → r i o raio do vetor de cada uma das cargas lineares ao ponto em que cada uma das quantidades acima são calculadas, Qi a carga elétrica da carga imagem e ²0 a permissividade elétrica do vácuo. O método apresentado permite a obtenção do campo elétrico com qualquer grau de precisão desejado, ficando condicionado apenas ao número de imagens sucessivas empregado. Este método pode ser considerado geral, pois se aplica a condutores distribuı́dos de maneira circular ou de maneira não regular. Além disso, é aplicável para a consideração de cargas iguais ou diferentes na superfı́cie dos subcondutores [19]. O sistema de cargas imagens lineares resultantes tem como objetivo manter a superfı́cie dos condutores originais equipotenciais. Esta condição pode ser verificada na seção 1 do capı́tulo 5 e também no Apêndice D deste trabalho. Para ilustrar o sistema fı́sico resultante da aplicação do método das Imagens Sucessivas quando da determinação do campo elétrico em um ponto 24 Capı́tulo 2. Modelagem Eletromagnética das Linhas de Transmissão P, têm-se ao final do processo de imagem sucessiva de primeira ordem, o sistema mostrado na Figura 2.21. Figura 2.21: Sistema Fı́sico Resultante da Aplicação do Método das Imagens Sucessivas Esta Figura mostra a complexidade computacional envolvida no método das Imagens Sucessivas para a determinação da localização das linhas de carga imagens e para a superposição dos efeitos de cada uma das fontes de campos elétricos consideradas no sistema equivalente. A partir do momento em que se conhece uma maneira satisfatória de se obter o campo elétrico superficial, pode-se determinar outras grandezas que se relacionam com o campo elétrico superficial e que estão intimamente ligadas ao Efeito Corona [19]. 2.9 Determinação do Campo Elétrico Crı́tico Sabe-se que o gradiente crı́tico disruptivo do ar atmosférico é da ordem de 30, 5 kV/cm, em atmosfera padrão de 20◦ C e pressão barométrica de 760 mmHg [18]. Para corrente alternada, o valor eficaz do gradiente disruptivo é igual a 21, 6 kV/cm. O fenômeno das descargas de corona somente se inicia com valores de gradientes mais elevados nas superfı́cies dos condutores, quando também se iniciam as manifestações luminosas. Este fenômeno é denominado de gradiente crı́tico visual [18],[31],[23]. O gradiente crı́tico visual é atingido quando o gradiente crı́tico disruptivo é alcançado a uma certa distância da superfı́cie do condutor, o que é necessário para que o campo acumule energia suficiente para desencadear o processo. A distância de energia, em atmosfera padrão é igual a [18],[31],[23]: 0, 301 d = √ [cm] r (2.26) 2.9. Determinação do Campo Elétrico Crı́tico 25 Onde r[cm] é o raio do condutor. Embora existam métodos mais elaborados para calcular o valor do gradiente crı́tico visual adota-se ainda, em muitos casos, a seguinte equação empı́rica [18],[31],[23]: µ ECRVMáx 0, 301 = 30, 5 1 + √ r ¶ (2.27) Em termos de valores eficazes a equação 2.27 toma a seguinte forma: µ ECRV rms 0, 301 = 21, 6 1 + √ r ¶ (2.28) Pretende-se, com os estudos de determinação do campo elétrico superficial e sua minimização, obter nı́veis de campos elétricos superficiais inferiores aos estabelecidos como sendo os limitantes a um funcionamento satisfatório dos sistemas de transmissão sob o ponto de vista de perdas por Efeito Corona e que são apresentados na próxima seção. 2.9.1 Desempenho das Linhas quanto à Formação de Corona O Efeito Corona aparece na superfı́cie dos condutores de uma linha de transmissão quando seu campo elétrico superficial excede o campo elétrico crı́tico disruptivo do ar. O Efeito Corona se manifesta liberando o excesso de energia oriundo do campo elétrico superficial elevado, por meio do calor, luz, energia acústica e radiações eletromagnéticas [18]. Toda a energia liberada ou irradiada a partir da linha de transmissão deve provir do campo elétrico da linha e consequentemente do sistema alimentador, para o qual representa perda de energia e prejuı́zos à concessionária de energia. Os fatores determinantes para a ocorrência do Efeito Corona estão relacionados com a geometria dos condutores, com a tensão de operação do sistema, com os campos elétricos superficiais existentes e também com as condições meteorológicas do ambiente em que a linha de transmissão está inserida. As descargas individuais ocasionadas pelo Efeito Corona provocam pulsos de tensões e correntes de curta duração ao longo das linhas, resultando na propagação de campos eletromagnéticos em suas imediações. Estes campos irradiados interferem na rádio recepção nas faixas de frequência das transmissões em amplitude modulada (AM). Eflúvios de Corona também podem ocorrer em outros componentes das linhas tais como ferragens e isoladores. Estes eflúvios ocasionam interferência nas faixas de frequência de FM e de TV [18]. 26 Capı́tulo 2. Modelagem Eletromagnética das Linhas de Transmissão Outra implicação do Efeito Corona e que compromete os direitos individuais das pessoas que vivem relativamente próximas dos sistemas de transmissão é o ruı́do audı́vel, que caso se propague além da faixa de servidão da linha de transmissão podem gerar desconforto aos moradores da região. Para que uma LT tenha um comportamento satisfatório face ao fenômeno do Corona faz-se necessário que o campo elétrico na superfı́cie dos condutores, ou subcondutores, seja inferior ao valor do gradiente crı́tico visual ou seja: E < ECRV . (2.29) Estudos realizados em LT´s em operação mostram que gradientes de potencial da ordem de 15 kV/cm são obtidos para a LT em funcionamento satisfatório [18]. Estudos mais recentes mostram que, no que diz respeito a perdas, devido ao nı́vel de radiointerferência, um desempenho satisfatório é alcançado para E < 17 kV/cm, [18],[31],[23]. A ocorrência do efeito Corona nos sistemas de transmissão ocasionam uma série de consequências negativas ao sistema de transmissão e ao meio no qual este sistema está inserido [18]. Verifica-se a partir das implicações da ocorrência do Efeito Corona a importância de se quantificar os nı́veis de campos elétricos superficiais e de se estudar meios de se mitigar estes campos elétricos superficiais. 2.10 Conclusões Neste capı́tulo é possı́vel obter um modelo eletromagnético para a obtenção do campo elétrico das linhas de transmissão a partir da Lei de Gauss. O campo elétrico máximo ao nı́vel do solo é obtido considerando-se a carga elétrica concentrada no eixo do condutor. Aplica-se também o método das imagens e o princı́pio da superposição nesta análise. Enquanto que o campo elétrico superficial é obtido por meio do método das Imagens Sucessivas ou por meio da Lei dos Cossenos. Nota-se que a consideração da carga elétrica centrada nos condutores se torna inadequada para a determinação do campo elétrico superficial à medida que os condutores se tornam mais próximos uns dos outros. Verifica-se que a ocorrência do Efeito Corona está intimamente ligada com os nı́veis de campos elétricos superficiais existentes no condutor. Percebe-se a partir dos desenvolvimentos deste capı́tulo a necessidade em se estudar técnicas de otimização que acarretem a minimização dos nı́veis de campos elétricos superficiais e ao nı́vel do solo das linhas de transmissão. A técnica de otimização adotada neste trabalho e a otimização implementada são apresentadas nos capı́tulos 3 e 4, a seguir. Capı́tulo 3 Ferramenta de Otimização 3.1 Introdução Este capı́tulo apresenta os elementos constituintes do processo de minimização do campo elétrico desenvolvido neste trabalho. Inicialmente, são descritos de maneira sucinta os componentes de um processo de otimização. Em seguida, discute-se a estratégia de direção de busca adotada. Além disso, são apresentadas as etapas do algoritmo aplicado e as restrições consideradas durante o processo de minimização. Finaliza-se o capı́tulo com as conclusões. 3.2 Formulação do Problema de Otimização A otimização é aplicada aos mais diversos segmentos da engenharia e de outros ramos da ciência. O processo de otimização é composto por um conjunto de métodos capazes de determinar as melhores configurações possı́veis para a construção ou o funcionamento de sistemas de interesse para o ser humano [17]. Independente do contexto em que é aplicada a otimização, a partir do modelo do problema, obtém-se na grande maioria das vezes a formulação caracterı́stica do problema dada por [17]: x∗ = arg min(f (x)) (3.1) g(x) ≤ 0 (3.2) h(x) = 0 (3.3) Sujeito a: Sendo: x∗ o argumento que minimiza a função objetivo f (x), g(x) uma restrição de desigualdade e h(x) uma restrição de igualdade. Cada um destes elementos são discutidos a seguir. Em 3.1, 3.2 e 3.3 as letras em negrito são vetores, ou seja, representam conjuntos de vários valores, já as letras sem negrito são grandezas escalares, ou seja, encerra um único valor. 27 28 Capı́tulo 3. Ferramenta de Otimização O vetor x é o vetor de variáveis de otimização, que representa o conjunto das variáveis cujos valores se busca especificar por meio do processo de otimização. Ainda, ao se analisar 3.1, tem-se a função objetivo f (.). Esta expressão representa o ı́ndice de desempenho do sistema, a qual almeja-se a obtenção do mı́nimo valor para que se atinja o desempenho ótimo do sistema. Uma vez que a função objetivo está muitas vezes relacionada à obtenção de custos mı́nimos de produção, ela é chamada por alguns autores de função custo. Convenciona-se sempre formular o problema de otimização como sendo um problema de minimização. Nos casos em que se deseja maximizar uma determinada grandeza, basta que se minimize a função que se deseja maximizar multiplicada por −1. Supondo que o vetor de variáveis de otimização x seja composto de variáveis reais, existem inúmeras maneiras diferentes de se especificar este vetor. Qual a maneira de se verificar a melhor especificação possı́vel para x∗ ? Esta é a questão que a otimização busca encontrar por meio de suas técnicas. Ao se retomar a expressão dada por 3.1 tem-se que [17]: O vetor ótimo x∗ é igual ao argumento da função f (.) que faz com que essa função atinja seu mı́nimo valor. As equações 3.2 e 3.3 apresentam uma desigualdade e uma igualdade a que está sujeito o resultado da otimização. Elas são as restrições do problema e ditam o que o resultado do projeto deve atender para ser aceitável como solução. Alguns tipos de restrição são bastante óbvias, por exemplo, na otimização das dimensões de uma peça de um motor, mesmo que se conduza a valores da função objetivo menores, uma dimensão negativa não é realizável. Outros tipos de restrição, embora não estejam relacionadas com a impossibilidade de implementação, igualmente barram a solução se a restrição for violada. Cita-se como exemplo, o projeto de um carro com custo mı́nimo de fabricação, mas que deve emitir um determinado valor máximo de poluentes. Os dois exemplos de restrição citados anteriormente, são representáveis por: g(x) ≤ 0 (3.4) Convenciona-se que as restrições sejam expressadas conforme 3.4. Nos casos em que se deseja uma restrição que seja maior ou igual a zero, basta que se proceda similarmente ao tratamento da função objetivo para a maximização, ou seja, multiplica-se g(x) por −1. Na maioria das vezes g(x) será um vetor, pois em boa parte dos problemas considerados, a função objetivo está sujeito a diversas restrições. Tem-se ainda em 3.5, a restrição de igualdade dada por: h(x) = 0 (3.5) 3.3. Método de Otimização 29 Este tipo de restrição ocorre quando há a necessidade que certas variáveis assumam precisamente certos valores. 3.3 Método de Otimização Os principais métodos de otimização atualmente empregados são determinı́sticos ou estocásticos. Dentre eles citam-se: os métodos de direção de busca, os métodos de exclusão de regiões e os métodos das populações [17][32]. Devido à simplicidade, opta-se pela adoção do método do Gradiente. Este se enquadra nos algoritmos que utilizam como estratégia de solução a direção de busca. Esta escolha se fundamenta no menor custo computacional envolvido durante a formulação do problema. Este trabalho tem como objetivo ser o primeiro de uma série de outros estudos a serem desenvolvidos, que visam estudar o problema de minimização de campos elétricos associados aos sistemas de transmissão, por meio das diferentes estratégias de otimização apresentadas por [17]. 3.4 Estratégia do Método de Otimização Os métodos pioneiros de minimização de funcionais não lineares são desenvolvidos a partir da ideia de fazer com que o algoritmo evolua, encontrando novos pontos situados em direções para as quais o funcional decresça em relação ao ponto corrente [17]. A versão mais primitiva dessa famı́lia de métodos vem a ser o algoritmo do Gradiente. Neste algoritmo, dado um ponto inicial do espaço de busca, obtém-se um novo ponto situado sobre a reta definida por este ponto e pelo gradiente da função objetivo. O sentido contrário ao do gradiente é a direção para a qual, localmente, a função decresce mais rapidamente. O novo ponto é determinado como sendo aquele em que a função objetivo atinge o mı́nimo sobre essa reta. A partir desse novo ponto, repete-se o processo, até que seja satisfeito um critério de convergência [17]. Ao longo das décadas de 50 e 60 do século XX, este método básico foi aperfeiçoado com o intuito de que a direção de busca na qual é feito a busca unidimensional sofresse uma correção. Esta correção além da informação do gradiente leva em conta a curvatura da função [17]. A estrutura básica do algoritmo de direção de busca pode ser observada em detalhes no Apêndice B. O que difere um algoritmo de direção de busca do outro é a maneira como se calcula a direção de busca dk , ou seja, na escolha dessa função. No caso do algoritmo do Gradiente, tem-se simplesmente que: dk = −∇f (xk ) (3.6) O gradiente da função é determinado por meio de diversas avaliações da função f(x). Os elementos que formam os algoritmos de direção de busca são, portanto, dados por um método 30 Capı́tulo 3. Ferramenta de Otimização de cálculo das direções de busca, possivelmente envolvendo o cálculo de estimativas para o gradiente da função objetivo; um método de minimização de funções unidimensional e um critério de convergência para a parada do algoritmo. Esses elementos são discutidos nas próximas seções deste capı́tulo. 3.5 Algoritmo do Gradiente Uma escolha razoável para uma direção de busca dk é a da direção contrária a do gradiente da função no ponto corrente xk . Essa escolha se fundamenta na constatação de que, localmente, essa é a direção na qual a função decresce mais rapidamente. O algoritmo do gradiente é apresentado a seguir [17]: Algoritmo do Gradiente: k←0 enquanto(não critério de parada) gk ← gradiente(f (.), xk ) dk ← −gk αk ← arg minf (xk + αdk ) xk+1 ← xk + αk dk k ←k+1 fim-enquanto Sendo: k o contador de iterações, gk o gradiente da função objetivo no ponto xk , αk o passo ao longo da direção dada pelo gradiente e xk+1 é o novo ponto obtido aplicando-se a direção e o passo obtidos anteriormente. O algoritmo do Gradiente apresentado acima, se baseia na informação local a respeito da variação da função em todas as direções do espaço (sintetizado no gradiente da função). A única suposição implı́cita na aplicação desse algoritmo é a de que a função f(x) seja diferenciável. 3.6. Otimização Unidimensional 3.5.1 31 Metodologia de Cálculo do Gradiente O cálculo do gradiente da função objetivo é realizado numericamente. Ele é decorrência imediata da definição do gradiente de uma função, sendo a fórmula diferencial substituı́da por diferenças finitas. Seja X ∈ Rn o vetor de variáveis de otimização, e seja ei o vetor definido por: 0 .. . 0 ei = 1 0 . .. 0 (3.7) Sendo i a i-ésima posição. Considere-se um certo δ> 0, tal que δ≈ 0. O algoritmo de cálculo do vetor gradiente g no ponto x pode ser definido por [17]: Algoritmo de Cálculo do Gradiente: para i de 1 até n faça gi ← fim-para 3.6 f (x + δei ) − f (x) δ g1 g ← ... gn Otimização Unidimensional Uma vez estabelecida a direção na qual o algoritmo deve caminhar, obtido por meio do cálculo do gradiente da função objetivo, se faz necessário a determinação de quanto se deve caminhar ao longo desta direção, até que o ponto de mı́nimo seja obtido. A seguinte linha do algoritmo, responsável por determinar os passos ao longo da direção dada pelo gradiente da função objetivo é avaliada nesta seção: αk = arg minf (xk ) + αdk (3.8) O cálculo de αk é feito fixando-se o ponto atual xk e uma direção de busca dk . Isso faz com que a função objetivo, f (x), que originalmente seria de n variáveis (ou seja, dependeria de um 32 Capı́tulo 3. Ferramenta de Otimização vetor x de dimensão n) torne-se agora uma função de uma única variável real, α [17]. A otimização de funções em uma única dimensão é tarefa substancialmente mais simples que a otimização em diversas dimensões. Uma premissa dos métodos unidimensionais é que a função possua um único mı́nimo local no domı́nio em questão [17]. Neste trabalho adota-se a Seção Áurea em função do menor esforço computacional envolvido e pelo fato deste método reduzir o problema da otimização de n variáveis para um problema de otimização unidimensional. O algoritmo da Seção Áurea pode ser visto em detalhes no Apêndice B. 3.7 Função Objetivo A função objetivo deste trabalho é a expressão para o cálculo do campo elétrico obtida no capı́tulo 3. Verifica-se que o processo de minimização dos nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo são realizados considerando-se como função objetivo a expressão que calcula o campo elétrico em um determinado ponto do espaço elevada ao quadrado [33]. Enquanto que no processo de minimização do campo elétrico superficial considera-se a expressão de cálculo do campo elétrico sem ser elevada ao quadrado. É obtida no capı́tulo 3 uma expressão geral para a obtenção do campo elétrico resultante em um determinado ponto no espaço ocasionado por um sistema de n condutores e por suas imagens. Esta expressão é novamente apresentada a seguir: ¶ µ n X q (x − x ) a ~ + (y − y ) a ~ (x − x ) a ~ + (y + y ) a ~ i i x i y i x i y ~ = E − 2πε0 (x − xi )2 + (y − yi )2 (x − xi )2 + (y + yi )2 i=1 (3.9) Sendo n o número de condutores reais do sistema, qi a carga elétrica com componente real e imaginária de cada condutor, ε0 é a permissividade elétrica do meio, (x, y) são as coordenadas do ponto de interesse e (xi , yi ) as coordenadas dos condutores, fontes de campo elétrico. Uma vez que são aplicados os conceitos de otimização escalar ou mono-objetivo inicia-se a determinação de uma função escalar que represente os efeitos do campo elétrico da expressão 3.9. Os efeitos ocasionados pelas componentes real e imaginária do campo elétrico ao longo dos eixos de coordenadas podem ser agrupados e dados por: ~ = (E ~ x,r + j E ~ x,i ) + (E ~ y,r + j E ~ y,i ) E (3.10) ~ x,r a componente real do campo ao longo de x e E ~ x,i é a componente imaginária do Sendo E ~ y,r é a componente real do campo ao longo de y e E ~ y,i é a componente campo ao longo de x. E E imaginária do campo ao longo de y. A resultante das componentes em cada uma das direções é obtida por meio da expressão: ~ =( E q ~ x,r |2 + |E ~ x,i |2 )a~x + ( |E q ~ y,r |2 + |E ~ y,i |2 )a~y |E (3.11) 3.8. Critério de Parada 33 O módulo da função campo elétrico pode ser obtida de maneira semelhante a que é utilizada para obter a resultante em cada eixo de coordenadas, sendo dada por: rq q 2 2 2 ~ ~ ~ ~ y,r |2 + |E ~ y,i |2 )2 |E| = ( |Ex,r | + |Ex,i | ) + ( |E (3.12) Que pode ser reescrita como: ~ = |E| q ~ x,r |2 + |E ~ y,r |2 + |E ~ x,i |2 + |E ~ y,i |2 |E (3.13) A equação 3.13 pode ser reescrita após se elevar ambos os lados ao quadrado: ~ 2 = |E ~ x,r |2 + |E ~ y,r |2 + |E ~ x,i |2 + |E ~ y,i |2 |E| (3.14) Para uma configuração de n condutores, obtém-se após a substituição dos elementos da equação 3.14, a função objetivo utilizada neste trabalho: f (x, y) = " n X Re{qi } µ ¶#2 (x − xi ) (x − xi ) − + 2 + (y − y )2 2 + (y + y )2 2πε (x − x ) (x − x ) 0 i i i i i=1 " n ¶#2 X Imag{qi } µ (x − xi ) (x − xi ) − + 2πε0 (x − xi )2 + (y − yi )2 (x − xi )2 + (y + yi )2 i=1 " n ¶#2 X Re{qi } µ (y − yi ) (y + yi ) − + 2 + (y − y )2 2 + (y + y )2 2πε (x − x ) (x − x ) 0 i i i i i=1 " n ¶#2 X Imag{qi } µ (y − yi ) (y + yi ) − 2 2 2πε0 (x − xi ) + (y − yi ) (x − xi )2 + (y + yi )2 i=1 (3.15) Tem-se com a função objetivo dada em 3.15 que ao se minimizar o quadrado da função objetivo, minimiza-se também a própria função objetivo. Uma vez definida a estratégia de otimização a ser adotada e a função objetivo do problema a ser minimizada, se faz necessário a determinação de um critério de parada para o algoritmo. 3.8 Critério de Parada Após a avaliação da função objetivo ao longo da faixa de variação das variáveis de otimização, espera-se que o algoritmo de otimização empregado conduza ou se aproxime do mı́nimo local da função. Uma vez que esta aproximação se realiza assintoticamente, é necessário que se 34 Capı́tulo 3. Ferramenta de Otimização defina um critério de parada para o algoritmo, sendo o valor aproximado obtido adotado como o valor ótimo conseguido. Neste trabalho, adota-se o critério de decisão chamado de estabilização do valor da função objetivo [17]. Uma discussão detalhada do critério de parada pode ser observado no Apêndice B. 3.9 Tratamento de Restrições Considere-se agora o problema restrito original dado por: x∗ = arg minf (x) (3.16) g(x) ≤ 0 (3.17) h(x) = 0 (3.18) Sujeito a: Uma vez que se pretende resolver o problema de otimização restrito utilizando-se um algoritmo de otimização irrestrita do tipo “direção de busca”, faz-se necessário a adoção de métodos que transformam o problema restrito em problemas irrestritos aproximadamente (ou assintoticamente equivalentes). Os principais métodos com esta finalidade atualmente utilizados são o método das barreiras e o método das penalidades. O problema original é transformado num problema equivalente, dado por: min φ(x, rp ) = f (x) + rp P (x) (3.19) Onde φ(x, rp ) é a função pseudo-objetivo; f (x) é a função objetivo original; rp é o parâmetro de penalização das restrições a ser utilizado no método das barreiras ou das penalidades e P (x) é a função de penalidade definida conforme o método empregado. É discutido a seguir, o método das Barreiras. O método das Penalidades é apresentado no Apêndice B. 3.9.1 Método das Barreiras Este método também é denominado por alguns autores como o método de pontos interiores ou também como o método de penalidade interior [34]. Ao se aplicar o método da Barreira, a função objetivo é penalizada na região viável quando o ponto x se aproxima da fronteira que limita esta região. Neste caso, as funções de restrições não são violadas. Ao se interromper o processo, a solução encontrada é viável. 3.9. Tratamento de Restrições 35 Durante a aplicação do método da Barreira obtém-se uma sequência de soluções viáveis melhores, mas, no entanto, o problema de minimização irrestrita é mais complicado. No caso do método da Barreira a função de penalização P(x) é definida por: P (x) = m X j=1 − 1 gj (x) (3.20) Com o intuito de se obter um melhor condicionamento numérico, a função P(x), proposta por alguns autores, é dada por [34], [32]: P (x) = m X − log (gj (x)) (3.21) j=1 O método da Barreira é indicado para os casos em que se tem restrição de desigualdade. Enquanto que nos casos em que se tem apenas restrições de igualdade o método das penalidades, apresentado no Apêndice B, deve ser utilizado. Logo, a função pseudo-objetivo é definida como: n X 1 [hk (x)]2 φ(x, rp , rp ) = f (x) + rp − + rp g (x) j j=1 k=1 0 0 m X (3.22) Onde gj (x) são as restrições de desigualdade e hk (x) as restrições de igualdade. Nota-se a partir de 3.22 que a função Barreira tende a ∞ quando gj (x) tende a 0− . O termo de ajuste da função barreira rp deve ser inicializado com um determinado valor, entre 0 e 1, e ser decrescido ao longo das iterações do algoritmo. A Figura 3.1 ilustra a aplicação do método das Barreiras para uma função exemplo dada por [32]. Têm-se no eixo das ordenadas a função de penalização do método da Barreira dada por (1/cB(x)), que corresponde ao termo rp P (x) dado por 3.19, e no eixo das abcissas têm-se o intervalo de soluções viáveis delimitado pela Barreira. O termo c corresponde ao termo rp também visto em 3.19. Nota-se a partir da Figura 3.1 que à medida que a função barreira exemplo se aproxima dos limites a e b da região factı́vel, ela tende a infinito. É importante salientar que os pontos obtidos até se alcançar a solução ótima estão todos dentro da região factı́vel. Neste trabalho todas as restrições existentes são de desigualdade, logo o método das barreiras é adotado. As restrições bem como a maneira em que são escritas ao longo do algoritmo de minimização são apresentadas na próxima seção. 36 Capı́tulo 3. Ferramenta de Otimização Figura 3.1: Exemplo da Função Barreira [32] 3.10 Restrições A Figura 3.2 mostra uma seção transversal de uma linha de transmissão com um condutor por fase. Ela é apresentada com o objetivo de facilitar a determinação das restrições deste trabalho. Podem ser observados, nesta Figura, os limites laterais de variação das posições horizontais dos condutores dados por xe e xd . Também são expressas as distâncias entre fases diferentes D12, distância entre as fases um e dois, D13, distância entre as fases um e três, e D23, distância entre as fases dois e três. Mostra-se também as posições horizontais e verticais originais dos condutores (xn ,hn ), sendo n o número de condutores do sistema. Figura 3.2: Restrições Adotadas Durante o Processo de Otimização 3.10. Restrições 3.10.1 37 Restrição 01 - Variação Horizontal da Posição dos Condutores Limite Esquerdo A partir da Figura 3.2, é possı́vel obter as seguintes relações para o limite esquerdo: x1 > xe x2 > xe x3 > xe (3.23) Após simples manipulação algébrica, resulta: xe − x1 < 0 xe − x2 < 0 xe − x3 < 0 (3.24) Logo, ao se aplicar a função Barreira, sendo i o indicador da iteração considerada, obtém-se: ¶ µ 1 (3.25) rp 01e = rp (i) − xe − xn Limite Direito A partir da Figura 3.2, é possı́vel obter as seguintes relações para o limite direito: x1 < xd x2 < xd x3 < xd (3.26) Após simples manipulação algébrica, resulta: x1 − xd < 0 x2 − xd < 0 x3 − xd < 0 (3.27) Logo, ao se aplicar a função Barreira, sendo i o indicador da iteração considerada, obtém-se: µ ¶ 1 rp 01d = rp (i) − (3.28) xn − xd 3.10.2 Restrição 02 - Distância Mı́nima Entre Fases Diferentes (dmf ) A partir da Figura 3.2, é possı́vel obter as seguintes relações entre as distâncias D12, D23 e D13: D12 > dmf D23 > dmf D13 > 2dmf (3.29) Portanto, ao se aplicar a função Barreira, sendo i o indicador da iteração considerada, obtémse: µ rp 2 = rp (i) − 1 1 1 − − dmf − D12 dmf − D23 2dmf − D13 ¶ (3.30) 38 Capı́tulo 3. Ferramenta de Otimização Para os casos com mais de um condutor por fase, além das restrições citadas anteriormente, são necessárias a definição de outras. Para esta situação considera-se a Figura 3.3 que mostra a seção transversal de uma linha de transmissão com dois condutores por fase. Figura 3.3: Restrições Adotadas Durante o Processo de Otimização Nesta Figura têm-se os limites laterais da posição horizontal dos condutores xe e xd ; as posições horizontais e verticais de cada um dos n condutores (xn , yn ); as distâncias entre condutores de mesma fase (d1 , d2 , d3 ) e as distâncias entre condutores de fases diferentes (Dn ). 3.10.3 Restrição 03 - Distância Mı́nima Entre Condutores da Mesma Fase (dmmf) Com base na Figura 3.3, é possı́vel definir as seguintes relações entre as distâncias d1, d2 e d3: d1 > dmmf d2 > dmmf d3 > dmmf (3.31) Após manipulação algébrica, resulta: dmmf − d1 < 0 dmmf − d2 < 0 dmmf − d3 < 0 (3.32) Logo, ao se aplicar a função Barreira, sendo i o indicador da iteração considerada, obtém-se: µ ¶ 1 1 1 − − rp 3 = rp (i) − (3.33) dmmf − d1 dmmf − d2 dmmf − d3 3.10.4 Restrição 04 - Regula a Sobreposição dos Condutores A partir da Figura 3.3, é possı́vel obter as seguintes relações entre as posições dos condutores: 3.10. Restrições 39 x2 − x1 < 0 x3 − x1 < 0 x4 − x1 < 0 x5 − x1 < 0 x6 − x1 < 0 x3 − x2 < 0 x4 − x2 < 0 x5 − x2 < 0 x6 − x2 < 0 x4 − x3 < 0 x5 − x3 < 0 x6 − x3 < 0 x5 − x4 < 0 x6 − x4 < 0 x6 − x5 < 0 (3.34) Portanto, ao se aplicar a função Barreira, sendo i o indicador da iteração considerada, obtémse: rp 4 = 1 1 1 1 1 1 − − − − − x2 − x1 x3 − x1 x4 − x1 x5 − x1 x6 − x1 x3 − x2 1 1 1 1 1 1 − − − − − − x4 − x2 x5 − x2 x6 − x2 x4 − x3 x5 − x3 x6 − x3 1 1 1 − − − ) x5 − x4 x6 − x4 x6 − x5 rp (i)(− Embora as restrições apresentadas terem sido obtidas para os casos com um e dois condutores por fase, elas são adaptáveis para os casos com n condutores por fase. Ao se permitir que a altura dos condutores possa ser modificada pelo processo de otimização, se faz necessário a inserção de mais duas restrições. Elas são discutidas a seguir. 3.10.5 Restrição 05 - Altura Máxima Permitida Considerando-se novamente a Figura 3.3, tem-se que a altura h dos condutores devem ser inferiores a uma altura máxima hmáx que será determinada em função do sistema de transmissão em análise: h1 < hmáx h2 < hmáx h3 < hmáx h4 < hmáx h5 < hmáx h6 < hmáx (3.35) Após simples manipulação algébrica, ao se aplicar a função Barreira, sendo i o indicador da iteração considerada, obtém-se: µ ¶ 1 1 1 1 1 1 rp 5 = rp (i) − − − − − − h1 − hmáx h2 − hmáx h3 − hmáx h4 − hmáx h5 − hmáx h6 − hmáx (3.36) 40 3.10.6 Capı́tulo 3. Ferramenta de Otimização Restrição 06 - Altura Mı́nima Permitida Considerando-se novamente a Figura 3.3, tem-se que a altura h dos condutores devem ser maiores do que um determinado hmin definido pela NBR 5422 em função do nı́vel de tensão do sistema de transmissão sob análise [21]: h1 > hmin h2 > hmin h3 > hmin h4 > hmin h5 > hmin h6 > hmin (3.37) Após simples manipulação algébrica, ao se aplicar a função Barreira, sendo i o indicador da iteração considerada, obtém-se: ¶ 1 1 1 1 1 1 rp 6 = rp (i) − − − − − − hmin − h1 hmin − h2 hmin − h3 hmin − h4 hmin − h5 hmin − h6 (3.38) µ 3.11 Conclusão Verifica-se que os métodos de otimização são atualmente empregados nos mais diversos ramos da ciência de maneira satisfatória. Além disso, neste capı́tulo é possı́vel tomar conhecimento da formulação matemática envolvida durante o processo de otimização. A adoção do método do gradiente é justificada a partir do fato de representar um algoritmo considerado primitivo, mas que apresenta potencial para solucionar os problemas deste trabalho. Nota-se que para que o método de otimização funcione de maneira a conduzir a resultados satisfatórios, deve-se ter restrições que atuem sobre a função objetivo e um método de parada do algoritmo que funcionem corretamente. Verifica-se que é possı́vel se adaptar um problema restrito por um problema irrestrito por meio da adoção do método das Barreiras. No próximo capı́tulo, obtémse os resultados a partir da aplicação das teorias e métodos descritos no capı́tulo 2 e neste capı́tulo. Capı́tulo 4 Resultados 4.1 Introdução Neste capı́tulo são apresentados os resultados obtidos por meio da aplicação dos conteúdos dos capı́tulos 2 e 3. Inicialmente é validada a ferramenta de cálculo do campo elétrico superficial desenvolvida. Esta validação é obtida por meio da comparação dos resultados obtidos neste trabalho com aqueles obtidos por Fuchs, Sérgio e Sarma [18],[19] e [16]. Em seguida, aplica-se a ferramenta de minimização do campo elétrico ao nı́vel do solo. Primeiro considera-se sistemas com altura fixa e em seguida sistemas de alturas variáveis. Após a minimização do campo elétrico ao nı́vel do solo, parte-se para a minimização do campo elétrico superficial. Novamente são tratados sistemas com alturas fixas e variáveis durante a minimização. Devido ao grande número de resultados obtidos opta-se em apresentar alguns deles nos Apêndices. Ao final da minimização dos campos elétricos, para cada caso, compara-se os valores obtidos com valores tidos como referências. Sendo no caso superficial, o campo elétrico crı́tico dado por Peek [18]. Já no caso, ao nı́vel do solo, os valores referências adotados são dados pela norma NBR 5422 [21]. Finaliza-se o capı́tulo apresentando-se as conclusões. 4.2 Validação da Metodologia de Cálculo de Campo Elétrico Superficial Os valores de campos elétricos superficiais são obtidos por meio de três metodologias diferentes. A primeira consiste na metodologia do método das Imagens Sucessivas. A segunda consiste na consideração da Carga Centrada. A terceira consiste no método conhecido como Lei dos Cossenos, ou método clássico, e que é aplicado apenas nos casos em que a simetria da silhueta sob estudo permita tal implementação. O erro percentual entre as metodologias de cálculo adotadas para este primeiro caso e para 41 42 Capı́tulo 4. Resultados os demais casos apresentados neste capı́tulo, são obtidos por meio da utilização da expressão: Erro Percentual = Metotodologia Referência − Metodologia(02 ou 03) .100 Metotodologia Referência (4.1) Na expressão anterior, a metodologia Referência é a que utiliza o método das Imagens Sucessivas, a segunda metodologia é a que utiliza o método da Carga Centrada e a terceira metodologia é a que utiliza o método da Lei dos Cossenos. Estas três metodologias são descritas em detalhes no capı́tulo 3. Todas as simulações realizadas ao longo deste capı́tulo são implementadas utilizando-se como plataforma o “software” Matlab. Considerações a respeito do custo computacional envolvido são apresentadas em cada caso. A validação da ferramenta de cálculo e minimização dos nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo e superficiais desenvolvida neste trabalho é iniciada a seguir. 4.2.1 LT 500 kV com Cinco Condutores por Fase Para validação da formulação do método das Imagens Sucessivas, o campo elétrico superficial máximo calculado para uma linha de transmissão de 500 kV com 5 condutores Cucko de raio = 0.0139 m por fase é comparado com os resultados obtidos por [16]. Estes valores de campos elétricos superficiais máximos e as respectivas posições são listadas na Tabela 4.1. Tabela 4.1: Erros Obtidos na Obtenção de Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas Calculado e Valores da Referência Fase 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 Condutor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 x[m] h[m] -5,854 -5,029 -5,344 -6,364 -6,679 0,000 -0,465 -0,288 0,288 0,465 5,854 5,029 5,344 6,364 6,679 10,000 10,648 11,696 11,696 10,648 12,454 12,788 13,328 13,328 12,788 10,000 10,648 11,696 11,696 10,648 Ângulo do Campo Máximo Calculado [◦ ] 293,000 346,000 52,000 115,000 226,000 255,000 225,000 119,000 51,000 338,000 284,000 207,000 126,000 57,000 342,000 Valor Campo Máximo Calculado [kV /cm] 16,2325 17,5307 17,6696 15,6224 14,4296 17,8446 16,8434 16,7150 16,9084 17,5368 16,1893 17,1682 17,6089 15,7026 14,8395 Ângulo do Campo Máximo [◦ ] [16] -81,2 -11,4 45,1 118,4 -161,1 -90,0 -160,3 128,9 51,1 -19,7 -98,8 191,4 134,9 61,6 -18,9 Valor Campo Máximo [kV /cm] [16] 16,20 17,80 17,80 15,68 14,86 17,80 17,79 16,93 16,93 17,79 16,20 17,80 17,80 15,68 14,86 Erro Percentual Campo Máximo 0,2006 1,5129 0,7326 0,3673 2,8964 0,2506 5,3210 1,2699 0,1276 1,4233 0,0660 3,5494 1,0736 0,1441 0,1380 4.2. Validação da Metodologia de Cálculo de Campo Elétrico Superficial 43 Observa-se que o erro percentual máximo é da ordem de 5% e ocorre para o condutor 7. A disposição geométrica para os condutores é mostrada na Figura 4.1. O perfil do campo elétrico superficial, para o condutor extremo inferior da fase central, é apresentado na Figura 4.2. Figura 4.1: Configuração 500 kV - 5 condutores por fase Figura 4.2: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 Os campos elétricos superficiais máximos também são obtidos considerando-se a carga elétrica centrada em cada um dos condutores. As magnitudes e os erros obtidos com relação ao método das Imagens Sucessivas podem ser observados na Tabela 4.2. Tabela 4.2: Campos Elétricos Superficiais Máximos de Cada Condutor Calculado com os métodos da Carga Centrada e das Imagens Sucessivas Fase 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 Condutor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 x[m] -5,854 -5,029 -5,344 -6,364 -6,679 0,000 -0,465 -0,288 0,288 0,465 5,854 5,029 5,344 6,364 6,679 h[m] 10,000 10,648 11,696 11,696 10,648 12,454 12,788 13,328 13,328 12,788 10,000 10,648 11,696 11,696 10,648 Ângulo do Campo Máximo [◦ ] 280,000 350,000 46,000 119,000 200,000 271,000 201,000 130,000 52,000 341,000 262,000 192,000 136,000 63,000 342,000 Campo Máximo C. Centrada [kV /cm] 16,3190 17,8654 17,8641 15,8111 15,0046 17,4961 17,4809 16,6725 16,6725 17,4809 16,3190 17,8654 17,8641 15,8111 15,0046 Campo Máximo Via M.I.S [kV /cm] 16,2325 17,5307 17,6696 15,6224 14,4296 17,8446 16,8434 16,7150 16,9084 17,5368 16,1893 17,1682 17,6089 15,7026 14,8395 Erro % 0,5329 1,9092 1,1008 1,2079 3,9849 1,9530 3,7849 0,2543 1,3952 0,3188 0,8011 4,0610 1,4493 0,6910 1,1126 A geometria da configuração adotada na validação aqui realizada não possibilita a realização dos cálculos dos campos elétricos superficiais considerando a formulação simplificada, denominada Lei dos Cossenos, que será aplicada aos demais casos analisados neste capı́tulo. Outra 44 Capı́tulo 4. Resultados validação realizada para a configuração de cinco condutores, anteriormente apresentada, consiste na determinação do campo elétrico máximo próximo às estruturas. Esta validação também obteve resultados praticamente iguais aos obtidos pela referência e pode ser observada em detalhes no Apêndice C. Como uma maneira de se verificar se a localização das cargas lineares equivalentes, obtidas pelo método das Imagens Sucessivas, estão em posições satisfatórias, opta-se por se obter o potencial elétrico ao nı́vel do solo e na superfı́cie dos condutores de cada uma das linhas de transmissão. A Figura 4.3 mostra os pontos considerados para a determinação do potencial elétrico neste caso. Figura 4.3: Pontos Considerados para Obtenção dos Potenciais Elétricos A Tabela 4.3 apresenta o potencial elétrico obtido ao nı́vel do solo e na superfı́cie de cada um dos condutores da configuração de cinco condutores por fase apresentada anteriormente. Verifica-se a partir dos valores de potencial elétrico obtidos para pontos situados ao longo da superfı́cie dos condutores e ao nı́vel do solo, mostrados na Tabela 4.3, que a metodologia adotada respeita a condição de potencial nulo na superfı́cie do solo e de potencial elétrico nominal √ dividido por 3 na superfı́cie de cada um dos condutores. Uma segunda validação é realizada a partir da comparação dos resultados obtidos neste trabalho e os apresentados no artigo em que se propõe o método das Imagens Sucessivas[19]. 4.2. Validação da Metodologia de Cálculo de Campo Elétrico Superficial 45 Tabela 4.3: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Pontos Considerados P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28 P29 P30 4.2.2 Condutor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 x[m] h[m] -5,854 -5,029 -5,344 -6,364 -6,679 0,000 -0,465 -0,288 0,288 0,465 5,854 5,029 5,344 6,364 6,679 -5,854 -5,029 -5,344 -6,364 -6,679 0,000 -0,465 -0,288 0,288 0,465 5,854 5,029 5,344 6,364 6,679 10,000 10,648 11,696 11,696 10,648 12,454 12,788 13,328 13,328 12,788 10,000 10,648 11,696 11,696 10,648 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 Valor Esperado [V ] 2,8868E+05 2,8868E+05 2,8868E+05 2,8868E+05 2,8868E+05 2,8868E+05 2,8868E+05 2,8868E+05 2,8868E+05 2,8868E+05 2,8868E+05 2,8868E+05 2,8868E+05 2,8868E+05 2,8868E+05 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 Valor Obtido [V ] 2,8833E+05 2,8837E+05 2,8854E+05 2,8853E+05 2,8799E+05 2,8786E+05 2,8717E+05 2,8813E+05 2,8856E+05 2,8833E+05 2,8817E+05 2,8779E+05 2,8831E+05 2,8852E+05 2,8865E+05 4,3004E-08 4,6773E-08 4,3584E-08 4,2235E-08 4,5158E-08 4,0284E-08 4,6552E-08 4,3971E-08 4,2963E-08 4,4743E-08 4,4963E-08 4,7210E-08 4,2601E-08 4,3848E-08 4,5349E-08 Erro % 0,1108 0,1005 0,0416 0,0416 0,2182 0,2598 0,4815 0,1490 0,0312 0,0797 0,1663 0,2875 0,1108 0,0450 0,0000 LT 735 kV com Quatro Condutores por Fase A Figura 4.4 mostra a localização dos condutores para a LT Quebec-Hydro’s de 735 kV[19]. A tensão considerada para este caso nas análises realizadas é de 789.6 kV. O perfil do campo elétrico obtido para o condutor cinco da LT sob análise pode ser observado na Figura 4.5. A primeira validação pretendida consiste na obtenção do valor de campo elétrico máximo para o condutor cinco da LT 735 kV - Quebec-Hydro’s apresentada na referência [18]. Calcula-se neste trabalho o campo elétrico em pontos considerados na superfı́cie do condutor analisado, considera-se um total de 360 pontos. O valor calculado neste trabalho e o valor padrão apresentado pela referência podem ser observados na Tabela 4.4 [18]. Tabela 4.4: Comparativo Valor Padrão e Valor Calculado Condutor 5 - Fase 02 [kV/cm] Calculado 17,2343 Fuchs [18] 17,225 46 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.4: LT 735 kV - 4 Condutores por Fase Figura 4.5: Perfil do Campo Elétrico Superficial do Condutor 05 - LT 735 kV Outra validação consiste na comparação entre o campo elétrico superficial máximo calculado pela ferramenta desenvolvida e o valor apresentado na referência [19]. Para se fazer esta comparação considera-se que a fase 2, fase do meio, tem um potencial de 1V enquanto que as demais fases 1 e 3, tem potenciais iguais a −0.5V de maneira semelhante a realizada na referência [19]. A Tabela 4.5, mostra os valores máximos calculado e o apresentado na referência. Tabela 4.5: Comparativo Máximo da Figura 12 Condutor 5 - Fase 02 Valor Calculado Valor Máximo Figura 12 [19] da Referência e Calculado [kV/cm] 0,04057 0,04100 Os erros obtidos entre os campos elétricos superficiais máximos obtidos para cada um dos condutores da LT, utilizando-se o método das Imagens Sucessivas e o método da Carga Centrada podem ser observados na Tabela 4.6. Verifica-se a partir da Tabela 4.6 que o erro existente em se adotar o método da carga centrada para a obtenção do campo elétrico superficial máximo pode chegar até a 9%, para a configuração da referência [19]. Diante desta magnitude de erro encontrada, justifica-se neste caso a adoção do Método das Imagens Sucessivas. Desprezando-se a existência das outras fases e do solo, ou seja, aplicando o método da Lei dos Cossenos, obtém-se os valores de campos elétricos superficiais apresentados na Tabela 4.7 [23]. Verifica-se a partir dos erros mostrados na Tabela 4.7, que erros da ordem de até 15 % foram obtidos entre a adoção da metodologia das imagens sucessivas e da Lei dos Cossenos. De maneira análoga ao caso anterior, obtém-se para a configuração adotada, o potencial elétrico na superfı́cie de cada um dos condutores da LT e também ao nı́vel do solo. É verificado que os potenciais obtidos na superfı́cie dos condutores e ao nı́vel do solo estão bem próximos dos 4.3. Obtenção dos Valores de Campos Elétricos Superficiais Para Diversas Configurações 47 Tabela 4.6: Campos Elétricos Superficiais em Cada Um dos Condutores da LT Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada Fase Condutor 1 1 1 1 2 2 2 2 3 3 3 3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 x[m] h[m] -15,4686 -15,4686 -15,0114 -15,0114 -0,2286 -0,2286 0,2286 0,2286 15,0114 15,0114 15,4686 15,4686 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 Campo Máximo Via M.I.S. [kV /cm] Ângulo [◦ ] 155,000 110,000 316,000 290,000 157,000 112,000 315,000 283,000 178,000 113,000 314,000 177,000 15,7960 16,8501 17,8401 15,4759 17,2343 18,3390 18,9618 16,4863 16,3320 17,1869 17,4538 15,1704 Ângulo [◦ ] 227,000 135,000 317,000 45,000 226,000 136,000 316,000 46,000 225,000 137,000 315,000 47,000 Campo Máximo Via C. Centrada [kV /cm] 15,8696 15,8298 16,2380 16,2009 17,2600 17,2509 17,2600 17,2509 16,2380 16,2009 15,8696 15,8298 Erro % 0,4659 6,0552 8,9803 4,6847 0,1491 5,9333 8,9749 4,6378 0,5756 5,7369 9,0765 4,3466 Tabela 4.7: Erro Obtido na Obtenção dos Campos Elétricos Superficiais em Cada um dos Condutores da LT Via Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas Fase 1 1 1 1 2 2 2 2 3 3 3 3 Condutor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 x[m] h[m] -15.4686 -15.4686 -15.0114 -15.0114 -0.2286 -0.2286 0.2286 0.2286 15.0114 15.0114 15.4686 15.4686 19.5814 20.0386 19.5814 20.0386 19.5814 20.0386 19.5814 20.0386 19.5814 20.0386 19.5814 20.0386 Campo Via Lei dos Cossenos [kV /cm] 14.6658 15.9745 15.0150 14.9831 15.9745 15.9667 15.9745 15.9667 15.0150 14.9831 14.6997 14.6658 Campo Via M.I.S. [kV /cm] 15,7960 16,8501 17,8401 15,4759 17,2343 18,3390 18,9618 16,4863 16,3320 17,1869 17,4538 15,1704 Erro % 7,1550 5,1964 15,8357 3,1843 7,3098 12,9358 15,7543 3,1517 8,0639 12,8226 15,7794 3,3262 valores esperados. Os potenciais elétricos obtidos podem ser observados no Apêndice D deste trabalho. 4.3 4.3.1 Obtenção dos Valores de Campos Elétricos Superficiais Para Diversas Configurações Caso 01: Configuração com Um Condutor por Fase Para esta análise é utilizada a LT de 138 kV da Cemig, com um condutor por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura 4.6 [35]. O perfil do campo elétrico superficial observado para o condutor da fase do meio pode ser observado na Figura 4.7. Utiliza-se 48 Capı́tulo 4. Resultados para que se tenha as situações de maiores intensidades de campos elétricos superficiais a tensão máxima operativa do sistema que é de 145 kV. Figura 4.6: Configuração dos Condutores da LT 138 kV Figura 4.7: Perfil do Campo Elétrico Superficial do Condutor da Fase do Meio Os valores dos campos elétricos superficiais obtidos para cada um dos condutores da LT utilizando-se o método das Imagens Sucessivas e o método da Carga Centrada, e também os erros obtidos podem ser observados na Tabela 4.8. Tabela 4.8: Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada Fase 1 2 3 Condutor 1 2 3 x[m] -3 0 3 h[m] 14,01 14,01 14,01 Angulo [◦ ] 1,000 170,000 181,000 Campo Via M.I.S. [kV /cm] 15,0117 16,1561 15,0117 Angulo [◦ ] Campo Via C. Centrada [kV /cm] 1,000 12,000 181,000 14,9761 16,1555 14,9761 Erro % 0,2371 0,0037 0,2371 Verifica-se a partir da Tabela 4.8 que no caso em que se tem apenas um condutor por fase, as distâncias entre condutores são muitas vezes maiores do que os raios dos condutores envolvidos. Isso implica numa relação d/r (distância entre condutores/raio do condutor) muito maior do que 10. Esta constatação assegura que neste caso a adoção do método de cálculo considerando a carga centrada conduz a resultados satisfatórios, conforme pode ser observado na Tabela 4.8. Neste caso como não se tem um feixe de condutores por fase, ou seja, não há como distribuir os condutores da fase analisada ao longo de um cı́rculo imaginário. A partir deste fato não se aplica o método da Lei dos Cossenos com um condutor por fase. 4.3. Obtenção dos Valores de Campos Elétricos Superficiais Para Diversas Configurações 49 Resultados adicionais para este caso, como a verificação dos potenciais ao nı́vel do solo e na superfı́cie de cada um dos condutores, podem ser encontrados no Apêndice D. 4.3.2 Caso 02: Configuração com Dois Condutores por Fase Para esta análise é utilizada a LT São Gotardo 02 - Três Marias, de 345 kV da Cemig, dois condutores por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura 4.8 [36]. O perfil do Campo Elétrico Superficial para o condutor 03, ou seja, o condutor a esquerda na fase do meio pode ser observado na Figura 4.9. Utiliza-se para que se tenha a situação de maior intensidade de campos elétricos superficiais a tensão de operação máxima do sistema de 345 kV que é de 362 kV. Figura 4.8: Configuração 345 kV - 2 Condutores por Fase Figura 4.9: Perfil do Campo Elétrico Superficial do Condutor 03 - Fase do Meio Os erros máximos e mı́nimos obtidos na determinação das intensidades de campos elétricos superficiais em cada um dos condutores da LT de 345 kV por meio do método das Imagens Sucessivas e do método da Carga Centrada, podem ser observados na Tabela 4.9. Tabela 4.9: Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada Fase 1 3 Condutor 1 5 x[m] -10,478 10,021 h[m] 14,290 14,290 Ângulo [◦ ] 181,000 181,000 Campo Via M.I.S [kV /cm] 15,0148 15,2506 Ângulo [◦ ] 181,000 181,000 Campo Via C. Centrada [kV /cm] 14,2443 14,4287 Erro % [kV /cm] 5,1316 5,3893 Verifica-se através da Tabela 4.9 que para o caso com dois condutores por fase, o erro encontrado ao se adotar as diferentes metodologias é bem mais expressivo do que no caso com apenas 50 Capı́tulo 4. Resultados um condutor por fase. O campo elétrico superficial também é calculado por meio do método da Lei dos Cossenos, os erros máximos e mı́nimos observados em relação a metodologia referência podem ser observados na Tabela 4.10. Tabela 4.10: Campos Elétricos Superficiais Via Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas Fase 1 3 Condutor 1 5 x[m] -10,478 10,021 h[m] 14,290 14,290 Campo Via Lei dos Cossenos [kV /cm] Campo Via M.I.S. [kV /cm] 13,4636 13,6070 15,0148 15,2506 Erro% 10,3311 10,7773 Verifica-se que a adoção da metodologia da Lei dos Cossenos, com relação ao método das Imagens Sucessivas, conduz mesmo para um sistema com apenas dois condutores por fase a erros da ordem de 10%. Os potenciais elétricos nas superfı́cies de cada um dos condutores e ao nı́vel do solo também são calculados e podem ser observados no Apêndice D. As Tabelas completas com as magnitudes de campos elétricos superficiais de cada um dos condutores e com os erros obtidos podem ser observados no Apêndice E. 4.3.3 Caso 03: Configuração com Três Condutores por Fase Para esta análise é utilizada a LT São Gonçalo do Pará - Ouro Preto de 500 kV da Cemig, três condutores por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura 4.10 [37]. O perfil do Campo Elétrico Superficial para o condutor 04, ou seja, o condutor a esquerda na fase do meio pode ser observado na Figura 4.11. Utiliza-se para que se tenha a situação de maior intensidade de campos elétricos superficiais a tensão de operação máxima do sistema que, para a LT de 500 kV, é de 525 kV. Os erros máximos e mı́nimos obtidos na determinação dos campos elétricos superficiais máximos de cada um dos condutores da LT de 500 kV, obtidos por meio do método das Imagens Sucessivas e do método da Carga Centrada são apresentados na Tabela 4.11. Verifica-se que para três condutores por fase, os erros obtidos entre o método das Imagens Sucessivas e o método da Carga Centrada, são superiores aos obtidos nos casos anteriores com um e dois condutores por fase. Considerando-se apenas o efeito dos condutores do mesmo feixe, obtém-se os seguintes erros máximos e mı́nimos de gradientes de potencial superficiais, mostrados na Tabela 4.12. 4.3. Obtenção dos Valores de Campos Elétricos Superficiais Para Diversas Configurações Figura 4.10: Configuração 500 kV - 3 Condutores por Fase 51 Figura 4.11: Perfil do Campo Elétrico Superficial do Condutor 04 - Fase do Meio Tabela 4.11: Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada Fase 3 3 Condutor 7 8 x[m] 10,021 10,250 h[m] 16,530 16,758 Angulo [◦ ] 224,000 68,000 Campo Via M.I.S. [kV /cm] 17,8590 16,6382 Angulo [◦ ] Campo Via C. Centrada [kV /cm] 204,000 93,000 17,4993 15,4523 Erro % 2,0141 7,1276 Tabela 4.12: Campos Elétricos Superficiais Via Método da Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas Fase 2 3 Condutor 5 8 x[m] 0 10,250 h[m] 16,758 16,758 Campo Via Lei dos Cossenos [kV /cm] Campo Via Lei M.I.S. [kV /cm] 16,4289 14,4279 17,5067 16,6382 Erro % 6,1565 13,2845 Verifica-se a partir dos valores de erros apresentados na Tabela 4.12, que para o caso com três condutores por fase, os valores são maiores do que os obtidos para os casos com um e dois condutores por fase. Resultados adicionais para este caso, como a verificação dos potenciais ao nı́vel do solo e na superfı́cie de cada um dos condutores, podem ser encontrados no Apêndice D. O campo elétrico superficial obtido para cada um dos condutores da LT e o respectivo erro podem ser encontrados no Apêndice E. 52 Capı́tulo 4. Resultados 4.3.4 Caso 04: Configuração com Quatro Condutores por Fase Para esta análise é utilizada uma LT de 500 kV, quatro condutores por fase, do sistema de Furnas, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura 4.12 [38]. O perfil do Campo Elétrico Superficial para o condutor 08, ou seja, o condutor inferior esquerdo na fase do meio pode ser observado na Figura 4.13. Figura 4.12: Configuração 500 kV - 4 Condutores por Fase Figura 4.13: Perfil do Campo Elétrico Superficial do Condutor 08 - Fase do Meio Os erros máximos e mı́nimos obtidos pela metodologia das Imagens Sucessivas e a metodologia da Carga Centrada são apresentados na Tabela 4.13. Utiliza-se, para que se tenha a situação de maior intensidade de campos elétricos superficiais, a tensão de operação máxima para este sistema, que é de 525 kV. Tabela 4.13: Campos Elétricos Superficiais Obtidos Via Método das Imagens Sucessivas e Método da Carga Centrada Fase 1 3 Condutor 1 9 x[m] -7,975 7,025 h[m] 18,45 18,45 Angulo [◦ ] 122,000 130,000 Campo Via M.I.S. [kV /cm] 14,4394 15,4303 Angulo [◦ ] 131,000 137,000 Campo Via C. Centrada [kV /cm] 14,0938 14,8712 Erro % 2,3935 3,6234 O campo elétrico superficial também é obtido pelo método da Lei dos Cossenos. Os erros máximos e mı́nimos obtidos com esta metodologia, podem ser observados na Tabela 4.14. Verifica-se que neste caso, a adoção da metodologia da Lei dos Cossenos, ou seja, que desconsidera o efeito do solo e das demais fases acarreta erros de 5 a 10% com relação aos valores obtidos pelo Método das Imagens Sucessivas. Resultados adicionais para este caso, como a 4.4. Minimização do Campo Elétrico 53 Tabela 4.14: Campos Elétricos Superficiais Via Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas Fase 1 3 Condutor 4 12 x[m] -7,975 7,025 h[m] 17,5 17,5 Campo Via Lei dos Cossenos [kV /cm] Campo Via M.I.S. [kV /cm] 13,2961 13,2961 14,0804 14,8099 Erro % 5,5702 10,2215 verificação dos potenciais ao nı́vel do solo e na superfı́cie de cada um dos condutores, podem ser encontrados no Apêndice D. O campo elétrico superficial obtido para cada um dos condutores da LT e o respectivo erro podem ser encontrados no Apêndice E. Uma vez determinado os nı́veis de campos elétricos superficiais das configurações originais utilizando-se dos conhecimentos do capı́tulo 3 parte-se, na próxima seção, para a aplicação da ferramenta de minimização dos nı́veis de campos elétricos nas configurações anteriormente apresentadas. 4.4 Minimização do Campo Elétrico Durante o processo de minimização do campo elétrico, o efeito dos cabos para-raios, das estruturas das LT´s e de quaisquer outros elementos próximos as LT´s são desprezados. Verifica-se que a presença dos cabos para-raios alteram em muito pouco os cálculos realizados. A partir da literatura verifica-se que erros da ordem de no máximo 2% são obtidos ao se desprezar o efeito dos cabos para-raios [30] [23]. O método de otimização adotado é o método do Gradiente que é descrito em detalhes no capı́tulo 4. O parâmetro da precisão adotada é modificado em alguns dos casos para que se tenha uma convergência com um menor número de iterações. No entanto, esta adequação não compromete os resultados obtidos. Outro parâmetro que é alterado, de um caso para o outro, é o passo a ser adotado pelo algoritmo da Seção Áurea. Esta adequação se faz necessária, pois em alguns casos um valor elevado do passo pode acarretar em soluções em que a função barreira não atua e as restrições não são respeitadas. Utiliza-se para a determinação do campo elétrico ao nı́vel do solo o método da Carga Centrada e para a determinação do gradiente de tensão superficial é utilizado o método das Imagens Sucessivas de primeira ordem. As distâncias entre condutores e, entre condutores e solo, adotadas através das restrições do problema de otimização, são obtidas a partir das referências [21][15]. Estas distâncias são apresentadas nas seções a seguir. 54 4.5 Capı́tulo 4. Resultados Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo O processo de minimização ao nı́vel do solo é inicialmente realizado com altura dos condutores fixa e em seguida é permitido que a altura dos condutores seja modificada pelo processo de otimização. Nas subseções a seguir são apresentados os resultados obtidos para linhas de transmissão reais com um, dois, três e quatro condutores por fase. Os nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo obtidos para os sistemas originais e otimizados são comparados com os valores limites adotados por normas brasileiras ao final de cada uma das seções a seguir. Verifica-se, se a configuração sugerida apresenta nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo aceitáveis. Os nı́veis de referência adotados para o processo de minimização do campo elétrico ao nı́vel do solo, podem ser verificados no Apêndice F. O tempo gasto pelo algoritmo desenvolvido é da ordem de poucos segundos, em cada um dos casos analisados a seguir. O estudo da viabilidade técnica e econômica das soluções ótimas sugeridas pelo processo de otimização implementado não são realizadas nesta dissertação. 4.5.1 Caso 01: Configuração com Um Condutor por Fase Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo com Alturas dos Condutores Fixas Para esta análise é utilizada a LT de 138 kV da Cemig, com um condutor por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura 4.14 [35]. Figura 4.14: Configuração dos Condutores da LT 138 kV Considera-se a altura dos condutores constante ao longo do processo de otimização. Conforme visto no capı́tulo 4, o passo da otimização no algoritmo da Seção Áurea desempenha um papel importante durante o processo de minimização realizado a partir do método do Gradiente. É este parâmetro que garante que o algoritmo respeite as restrições dadas pelas funções barreiras utilizadas. O valor do passo da Seção Áurea adotado é de 0, 2. Os parâmetros que são utilizados nesta seção, tais como: nı́vel de tensão adotado(VF F ); número de condutores por fase (ns ); distância mı́nima entre fases adotadas(dmf); limites laterais (xe e xd ) e limites verticais 4.5. Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo 55 (Hmin e Hmáx ) podem ser observados na Tabela 4.15. Tabela 4.15: Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização VF F [kV ] ns dmf [m] xe [m] xd [m] Hmin[m] Hmáx[m] 138 1 1,5 - 1,2 -3 3 7 15,01 As posições sugeridas pelo processo de otimização e o campo elétrico máximo ao longo do processo de minimização do campo elétrico ao nı́vel do solo podem ser observados na Tabela 4.16. Tabela 4.16: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 103 x1 [m] -3 -1,5710 x2 [m] 0 0,0238 x3 [m] 3 1,6666 Emáx [V/m] 459,24 252,67 Na Tabela 4.16, tem-se na primeira coluna a indicação da iteração considerada. Nas colunas centrais tem-se as posições horizontais sugeridas pelo algoritmo, e na última coluna tem-se o valor de campo elétrico máximo ao nı́vel do solo obtido na respectiva iteração. A configuração inicial e a final, sugerida pelo processo de otimização, podem ser observadas na Figura 4.15. Nota-se a partir da Figura 4.15 que a configuração sugerida atende as restrições implementadas no algoritmo e que são apresentadas anteriormente na Tabela 4.15. Os perfis de campos elétricos ao nı́vel do solo ao longo do processo de minimização podem ser observados na Figura 4.16. É mostrado na Figura 4.16 o perfil do campo elétrico original ao nı́vel do solo, dado pela linha formada de ◦. Em uma linha contı́nua de cor mais clara o resultado final do processo de minimização é apresentado. Verifica-se, por meio da observação dos perfis de campos elétricos apresentados na Figura 4.16, que há uma redução significativa dos nı́veis de campos elétricos originalmente observados. Nota-se que o campo máximo passa de próximo de 430 V/m para 250 V/m. Para valores do passo do algoritmo da Seção Áurea superiores a 0, 2, para este caso, observa-se que as restrições não são atendidas. Isso acontece, pois a partir de um determinado valor de passo as funções barreiras não conseguem atuar. Ainda para o caso com um condutor por fase, considera-se uma nova situação em que é permitida uma maior compactação da LT. Permite-se ao algoritmo que se atinja uma distância 56 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.16: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações Figura 4.15: Configuração Ótima Sugerida mı́nima entre fases diferentes(dmf) reduzida igual a 1, 2 m. Neste caso, o passo adotado no algoritmo da Seção Áurea continua sendo 0, 2. As posições sugeridas ao longo das iterações e o campo máximo podem ser observados na Tabela 4.17. Tabela 4.17: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 103 x1 [m] -3 -1,2725 x2 [m] 0 0,0264 x3 [m] 3 1,6666 Emáx [V/m] 458,96 216,01 A configuração final obtida pelo processo de minimização e o perfil do campo elétrico obtido ao longo do processo de minimização podem ser observados nas Figuras 4.17 e 4.18, respectivamente. É mostrado na Figura 4.18 o perfil do campo elétrico ao nı́vel do solo, dado pela linha formada de ◦. O resultado final do processo de minimização é apresentado pela linha contı́nua clara. Pode ser verificado que a adoção da distância mı́nima entre fases reduzida, que passa de 1, 5 m para 1, 2 m, ocasiona maiores reduções dos nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo, conforme se observa na Figura 4.18. Nota-se que o campo elétrico máximo que antes está próximo de 430 V/m passa a ter um valor próximo de 210 V/m. Em função do grande número de resultados obtidos, algumas das análises das próximas seções deste capı́tulo, são apresentadas nos Apêndices G e I. Após se realizar a minimização do campo elétrico ao nı́vel do solo com altura dos condutores fixas, surge o questionamento de qual o efeito de se ter a altura modificada pelo processo de otimização implementado. Logo, realiza-se ainda para o caso com um condutor por fase o processo de minimização com altura 4.5. Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo Figura 4.17: Configuração Ótima Sugerida 57 Figura 4.18: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações variável. Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo com Alturas dos Condutores Variáveis Os parâmetros e distâncias considerados são aqueles encontrados na Tabela 4.15. A altura é permitido variar de 7 a 15, 01 m. O passo do algoritmo da Seção Áurea adotado é de 0, 1. As posições sugeridas ao longo do processo de otimização e o campo elétrico máximo obtido podem ser observados na Tabela 4.18. Tabela 4.18: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 200 x1 [m] -3 -2,1836 x2 [m] 0 0,1864 x3 [m] 3 2,9195 h1 [m] h2 [m] 14,0100 14,8260 14,0100 14,1960 h3 [m] 14,0100 13,9290 Emáx [V/m] 458,60 426,44 Tem-se na Tabela 4.18 na primeira coluna as iterações consideradas. Nas três primeiras colunas centrais a esquerda tem-se as posições horizontais sugeridas pelo algoritmo. Nas outras três colunas centrais a direita tem-se as posições verticais sugeridas pelo algoritmo, e na última coluna tem-se os campos elétricos máximos ao nı́vel do solo respectivos a cada iteração mostrada. A configuração ótima sugerida pode ser visualizada na Figura 4.19 e os perfis do campo elétrico ao longo das iterações podem ser verificados na Figura 4.20. Verifica-se a partir da Figura 4.20, que há uma redução do campo elétrico ao nı́vel do solo. No entanto, esta redução é menos significativa do que a redução obtida com altura fixa para o mesmo caso. 58 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.19: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.20: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações Constata-se que para valores do passo da Seção Áurea superiores ao considerado no caso com altura variável, ou seja, superior a 0, 1, ocasiona em reduções mais significativas do campo elétrico. No entanto, as configurações sugeridas não atendem as restrições impostas pelo algoritmo. A Tabela 4.19, apresenta uma relação dos máximos campos elétricos ao nı́vel do solo obtidos com relação ao valor referência dado pela NBR 5422 [21]. Tabela 4.19: Relação entre Valores Calculados e da Norma NBR 5422 para o Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo Altura Fixa Altura Variável Emáx Original [kV/m] Emáx Otimizado [kV/m] Emáx Original [kV/m] Emáx Otimizado [kV/m] Emáx Referência [kV/m] Análise 01 0,4235 0,2526 0,4235 0,4264 5 Análise 02 0,4235 0,2160 Na Tabela 4.19, tem-se com altura dos condutores fixas, a Análise 01 realizada com distância entre condutores diferentes(dmf) de 1, 5 m e na Análise 02, considera-se uma distância entre condutores diferentes de 1, 2 m. Nas Análises 01 e 02 com altura fixa o passo do algoritmo da Seção Áurea adotado é 0, 1. Já no caso com altura variável, a Análise 01 corresponde ao caso com passo da Seção Áurea de 0, 1 e dmf de 1, 5 m. Verifica-se a partir da Tabela 4.19 que os perfis dos campos elétricos ao nı́vel do solo obtidos antes e após o processo de minimização do 4.5. Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo 59 campo elétrico estão abaixo do valor máximo estabelecido pela norma NBR 5422 [21]. 4.5.2 Caso 02: Configuração com Dois Condutores por fase Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo com Alturas dos Condutores Fixas Para esta análise é utilizada a LT São Gotardo 02 - Três Marias, de 345 kV da Cemig, dois condutores por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura 4.21 [36]. Figura 4.21: Configuração dos Condutores da LT 345 kV - CEMIG As dimensões e parâmetros que são utilizados pelo algoritmo de minimização do campo elétrico, com altura dos condutores fixa, para o caso com dois condutores por fase, podem ser observados na Tabela 4.20. Tabela 4.20: Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização VF F [kV ] ns dmf [m] dmmf [m] xe [m] xd [m] hmin [m] hmáx [m] 345 2 8,1 0,225 -10,59 10,36 8,10 15,29 Na Tabela 4.20 apresenta-se o nı́vel de tensão adotado(VF F ), o número de condutores por fase (ns ), a distância mı́nima entre fases diferentes(dmf), a distância mı́nima entre condutores da mesma fase(dmmf), os limites laterais (xe e xd ) e limites verticais (hmin e hmáx ). Considera-se nesta primeira análise, um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 3, e a faixa de variação dos parâmetros geométricos na LT conforme apresentados na Tabela 4.20. Esta primeira análise é realizada com a altura dos condutores mantida fixa. As posições sugeridas pelo processo de otimização e o campo elétrico máximo ao nı́vel do solo em cada iteração pode 60 Capı́tulo 4. Resultados ser verificado na Tabela 4.21. Tabela 4.21: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 103 x1 [m] -10,593 -8,290 x2 [m] -10,364 -4,145 x3 [m] -0,114 -0,869 x4 [m] 0,114 0,381 x5 [m] 0,130 4,122 x6 [m] 10,364 7,960 Emáx [V/m] 6377,7 2068,6 Na Tabela 4.21, tem-se na primeira coluna a indicação da iteração considerada. Nas colunas centrais tem-se as posições horizontais sugeridas pelo algoritmo, e na última coluna tem-se o valor de campo elétrico máximo ao nı́vel do solo obtido na respectiva iteração. A configuração ótima sugerida e os perfis do campo elétrico ao nı́vel do solo podem ser observados nas Figuras 4.22 e 4.23. Figura 4.22: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.23: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações É mostrado na Figura 4.23 o perfil do campo elétrico original ao nı́vel do solo, dado pela linha formada de ◦. O resultado final do processo de minimização é apresentado pela linha contı́nua mais clara. Verifica-se por meio da observação da Figura 4.22 que a configuração ótima sugerida está dentro dos limites compreendidos pelos condutores extremos laterais da LT. No entanto, a distância mı́nima entre fases adotada neste caso não é respeitada. Este fato, exige que o resultado apresentado antes de ser aplicado passe por estudos que verifiquem se a distância obtida não acarreta em problemas de caráter de isolamento elétrico entre as fases. Ao se constatar, em análises anteriores, que a redução da distância entre fases ocasiona em reduções do campo elétrico ao nı́vel do solo mais significativas do que aquelas com as distâncias convencionais. Este fato, demonstra uma das tendências atuais da compactação das 4.5. Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo 61 linhas de transmissão que consiste na redução das distâncias entre fases. Logo, decide-se novamente realizar o processo de minimização do campo elétrico com o passo da Seção Áurea de 0, 1, distância mı́nima entre fases diferentes(dmf ) de 7 m e distância mı́nima entre condutores na mesma fase(dmmf) de 0, 225. As posições sugeridas pelo processo de minimização e o campo elétrico ao nı́vel do solo máximo em cada iteração podem ser verificados na Tabela 4.22. Tabela 4.22: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 103 x1 [m] -10,593 -10,694 x2 [m] -10,364 -6,563 x3 [m] -0,114 -0,529 x4 [m] 0,114 0,293 x5 [m] 10,136 6,627 x6 [m] 10,364 10,464 Emáx [V/m] 6370,3 2640,5 A configuração ótima sugerida e os perfis do campo elétrico obtido ao longo do processo de minimização podem ser observados nas Figuras 4.24 e 4.25, respectivamente. Figura 4.24: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.25: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações Neste caso, verifica-se a partir da Figura 4.24 que a localização dos condutores atende as restrições impostas pelo algoritmo de minimização do campo elétrico. Nota-se que há uma tendência em se aumentar a distância entre os condutores de mesma fase e diminuir a distância entre fases diferentes. Estas duas modificações observadas, são as bases das linhas de potência natural elevada, que por meio destas modificações, podem acarretar em aumentos significativos da potência natural dos sistemas de transmissão. Resultados adicionais para este caso, obtidos com os mesmos parâmetros da Tabela 4.20, porém, com um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 1 podem ser verificados no Apêndice G. 62 Capı́tulo 4. Resultados Após se realizar a minimização do campo elétrico com passos do algoritmo da Seção Áurea diferentes e também com distância mı́nima entre fases diferentes, surge o questionamento de qual resultado é obtido se for permitido ao algoritmo de otimização modificar a altura dos condutores do sistema sob análise. Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo com Alturas dos Condutores Variáveis A variação da altura e as distâncias mı́nimas adotadas são aquelas dadas na Tabela 4.20. A altura é permitida variar de 8, 10 a 15, 29 m. A minimização do campo elétrico é realizada com um passo da Seção Áurea de 0, 01. A distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) considerada é de 8, 10 m e a distância mı́nima entre condutores na mesma fase(dmmf) adotada é de 0, 225. As posições sugeridas pelo algoritmo e o campo máximo obtido ao longo do processo de minimização podem ser observados na Tabela 4.23. Tabela 4.23: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 100 Iteração 1 100 x1 [m] -10,593 -10,106 h1 [m] 14,29 14,776 x2 [m] -10,364 -9,6488 h2 [m] 14,29 15,005 x3 [m] -0,1143 -0,0678 h3 [m] 14,29 14,336 x4 [m] 0,1143 0,4419 h4 [m] 14,29 14,618 x5 [m] 10,136 10,048 h5 [m] 14,29 14,202 x6 [m] 10,364 10,333 h6 [m] 14,29 14,258 Emáx [V/m] 6375,3 3004 Emáx [V/m] 6375,3 3004 Tem-se na Tabela 4.23, na primeira coluna a indicação da iteração considerada e na última coluna o campo elétrico máximo ao nı́vel do solo obtido em cada iteração. Ainda na Tabela anterior, nas linhas dois e três tem-se as posições horizontais e nas linhas cinco e seis as posições verticais, ambas sugeridas pelo algoritmo. A configuração ótima sugerida e os perfis do campo elétrico podem ser observadas nas Figuras 4.26 e 4.27, respectivamente. Verifica-se a partir da Figura 4.26 que a configuração sugerida atende a todas as restrições, o que demonstra que as funções barreira atuam de maneira satisfatória. Nota-se na Figura 4.27 que a redução do campo elétrico ao nı́vel do solo é menos significativa neste caso ao se adotar um passo do algoritmo da Seção Áurea menor. Resultados adicionais para este caso, com a realização da minimização do campo elétrico ao nı́vel do solo, considerando-se um passo do algoritmo de minimização maior e uma distância entre fases diferentes reduzida, podem ser encontradas no Apêndice G. A Tabela 4.24 mostra uma relação entre os campos máximos ao nı́vel do solo obtidos e o valor máximo determinado 4.5. Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo Figura 4.26: Configuração Ótima Sugerida 63 Figura 4.27: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações por norma. Tem-se na Tabela a seguir as Análises 01 e 03 realizadas com altura fixa, que adotam distância mı́nima entre fases diferentes(dmf ) de 7 m e distância mı́nima entre condutores da mesma fase(dmmf ) de 0, 225 m e são obtidas com passo da Seção Áurea de 0, 3 e 0, 1, respectivamente. Já a Análise 02 com altura fixa, e 03 com altura variável, adotam dmf de 7 m e dmmf de 0, 225 m, ambos com passo do algoritmo de otimização igual a 0, 1. Enquanto que as Análises 01 e 02 de altura variável, são obtidas com passos de 0, 1 e 0, 01, respectivamente. Ambas considerando dmf de 8, 10 m e dmmf de 0, 225 m. Tabela 4.24: Relação entre Valores Calculados e da Norma NBR 5422 para o Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo Altura Fixa Altura Variável Emáx Original [kV/m] Emáx Otimizado [kV/m] Emáx Original [kV/m] Emáx Otimizado [kV/m] Emáx Referência [kV/m] Análise 01 3,0561 2,7938 3,0561 3,0026 5 Análise 02 3,0561 2,0686 3,0561 3,0040 5 Análise 03 3,0561 2,6405 3,0561 2,9116 5 Nota-se a partir da Tabela 4.24 que neste caso com 2 condutores por fase o campo elétrico ao nı́vel do solo, antes e após a otimização, estão dentro dos limites estabelecidos pela NBR 5422[21]. 64 4.5.3 Capı́tulo 4. Resultados Caso 03: Configuração com Três Condutores por Fase Para esta análise é utilizada a LT São Gonçalo do Pará - Ouro Preto de 500 kV da Cemig, três condutores por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura 4.28 [37]. Figura 4.28: Configuração dos Condutores da LT 500 kV - CEMIG As distâncias mı́nimas e máximas adotadas pelo processo de minimização podem ser observadas na Tabela 4.25 [15]. Tabela 4.25: Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização VF F [kV ] ns dmf [m] dmmf [m] xe [m] xd [m] hmin [m] hmáx [m] 500 3 CV - CP 10 - 5,5 0.35 -10,47 10,47 8,50 17,76 Na Tabela 4.25, apresenta-se o nı́vel de tensão adotado(VF F ), o número de condutores por fase (ns ), a distância mı́nima entre fases diferentes(dmf), a distância mı́nima entre condutores da mesma fase(dmmf ), os limites laterais (xe e xd ) e limites verticais (hmin e hmáx ). Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo com Alturas dos Condutores Fixas São analisadas para este caso com três condutores por fase, uma distância mı́nima entre fases com um valor intermediário entre o valor convencional e o compacto mostrado na Tabela 4.25, adota-se 8, 5 m e também é adotado o valor da configuração compacta, ou seja, de 5, 5 m. Nesta primeira análise, adota-se uma distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) de 8, 5 4.5. Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo 65 m, distância entre condutores da mesma fase(dmmf) de 0, 35 m e passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 4. A configuração sugerida pelo algoritmo e o campo elétrico máximo obtido ao longo do processo de otimização podem ser verificados na Tabela 4.26. Sendo xn a posição horizontal de cada um dos condutores determinada pelo algoritmo de minimização do campo elétrico. As iterações são mostradas na primeira coluna da Tabela e o campo elétrico máximo ao nı́vel do solo é mostrado na última coluna da Tabela. Nas colunas intermediárias da Tabela tem-se as posições horizontais sugeridas pelo algoritmo. Tabela 4.26: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 103 x1 [m] x2 [m] -10,479 -9,5726 -10,25 -9,1707 x3 [m] -10,022 -8,7342 x4 [m] -0,2285 -0,4594 x5 [m] 0 0,0654 x6 [m] 0,2285 0,0442 x7 [m] 10,022 8,796 x8 [m] 10,25 9,1833 x9 [m] 10,479 9,5132 Emáx [V/m] 4275,4 3687,6 A configuração ótima sugerida e os perfis do campo elétrico ao nı́vel do solo obtidos podem ser observados nas Figuras 4.29 e 4.30. Figura 4.29: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.30: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações Nota-se na Figura 4.30 que o perfil do campo elétrico original é apresentado por meio das ◦, enquanto que o campo elétrico resultante é representado pela linha contı́nua clara. Verifica-se a partir da Figura 4.29 que uma vez que o algoritmo só pode modificar a posição dos condutores horizontalmente ele tende a compactar as dimensões da linha de transmissão. Nota-se na Figura 4.30 que a nova configuração sugerida acarreta em redução dos nı́veis de campo elétrico ao nı́vel do solo. 66 Capı́tulo 4. Resultados Resultados adicionais para este caso, com a realização da minimização do campo elétrico ao nı́vel do solo, considerando-se as mesmas distâncias adotadas anteriormente mas com um passo da Seção Áurea de 0, 9 podem ser encontradas no Apêndice G. A partir das caracterı́sticas dos resultados apresentados anteriormente para este caso com três condutores por fase analisa-se agora o caso adotando-se como parâmetros a distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) como sendo 5, 5 m, distância entre condutores de mesma fase(dmmf) de 0, 65 m e o passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 4. A configuração sugerida e o máximo campo elétrico obtidos ao longo do processo de minimização podem ser observados na Tabela 4.27. Tabela 4.27: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 103 x1 [m] -10,479 -7,0629 x2 [m] -10,25 -6,223 x3 [m] -10,022 -5,4228 x4 [m] -0,2285 -0,5157 x5 [m] 0 0,1601 x6 [m] 0,2285 0,3010 x7 [m] 10,022 5,8746 x8 [m] 10,25 6,6126 x9 [m] 10,479 6,8175 Emáx [V/m] 4416,6 2885,8 A configuração ótima sugerida e os perfis de campo elétrico ao nı́vel do solo obtidos podem ser observados nas Figuras 4.31 e 4.32, respectivamente. Figura 4.31: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.32: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações Verifica-se a partir da Figura 4.31 que as restrições são todas respeitadas pelo processo de minimização. Nota-se que neste caso a configuração ótima acarreta em uma redução expressiva do campo elétrico ao nı́vel do solo. Nota-se na Figura 4.32 que o campo elétrico máximo passa de 4000 V/m para próximo de 2800 V/m. Considera-se que as dimensões compactas são aceitáveis do ponto de vista do isolamento elétrico entre as fases. 4.5. Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo 67 A partir das análises realizadas até o momento para o caso com três condutores por fase surge novamente a hipótese de se verificar o efeito da inclusão no algoritmo desenvolvido da possibilidade da modificação da altura original dos condutores. Esta hipótese é verificada na próxima seção deste trabalho. Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo Com Alturas dos Condutores Variáveis Nesta primeira análise com altura variável considera-se distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) de 8, 5 m, distância mı́nima entre condutores da mesma fase(dmmf) de 0, 35 m e um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 4. A altura dos condutores é permitida variar de 8, 5 a 17, 76 m. As posições dos condutores sugeridas ao longo do algoritmo e o campo máximo obtido podem ser observados na Tabela 4.28. Tem-se na Tabela a seguir, na primeira coluna a indicação da iteração considerada e na última coluna o campo elétrico máximo ao nı́vel do solo obtido em cada iteração. Ainda na Tabela , nas linhas dois e três tem-se as posições horizontais e nas linhas cinco e seis as posições verticais, ambas sugeridas pela otimização. Tabela 4.28: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 200 Iteração 1 200 x1 [m] -10,479 -9,9106 x2 [m] -10,25 -9,432 x3 [m] -10,022 -9,3420 x4 [m] -0,2285 -0,2172 x5 [m] 0 0,3488 x6 [m] 0,2285 0,4992 x7 [m] x8 [m] 10,022 10,0206 10,25 10,3658 x9 [m] 10,479 10,434 Emáx [V/m] 4269 3916,55 h1 [m] h2 [m] h3 [m] h4 [m] h5 [m] h6 [m] h7 [m] h8 [m] h9 [m] Emáx [V/m] 16,53 17,0979 16,759 17,5765 16,53 17,2095 16,53 16,5413 16,759 17,1074 16,53 16,8007 16,53 16,5291 16,759 16,8743 16,53 16,4855 4269 3916,55 A configuração ótima obtida e os perfis do campo elétrico ao nı́vel do solo podem ser verificados nas Figuras 4.33 e 4.34. Nota-se que a Figura 4.33 sugere uma configuração nem um pouco convencional. No entanto, suas dimensões atendem as restrições adotadas pelo processo de minimização do campo elétrico. Verifica-se na Figura 4.34 que o perfil do campo elétrico ao nı́vel do solo apresenta uma pequena redução para este primeiro caso analisado com altura variável. Resultados adicionais para este caso, são obtidos adotando-se uma distância mı́nima entre fases(dmf) de 5, 5 m, distância entre condutores de mesma fase(dmmf) de 0, 65 m e o passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 4. As posições obtidas ao longo do processo de otimização e o campo máximo obtido podem ser observados no Apêndice G. 68 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.33: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.34: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações Uma análise entre os nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo obtidos anteriormente nesta seção e o limite estabelecido por norma, dado pelo Apêndice F, pode ser verificado na Tabela 4.29. Tem-se nesta Tabela as Análises 01 e 02, realizadas com altura dos condutores fixas, distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) de 8, 5 m, distância entre condutores de mesma fase(dmmf) de 0, 35 m e passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 40 e 0, 9, respectivamente. Já as Análises 03 com altura fixa e a Análise 02 com altura variável consideram dmf de 5, 5 m, dmmf de 0, 65 m e passo da Seção Áurea de 0, 40. Ainda na Tabela tem-se a Análise 01 de altura variável que é obtida com uma dmf de 8, 5 m, uma dmmf de 0, 35 m e um passo do algoritmo de otimização de 0, 35. Tabela 4.29: Relação entre Valores Calculados e da Norma NBR 5422 para o Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo Altura Fixa Altura Variável Emáx Original [kV/m] Emáx Otimizado [kV/m] Emáx Original [kV/m] Emáx Otimizado [kV/m] Emáx Referência [kV/m] Análise 01 3,9647 3,6876 3,9647 3,9165 5 Análise 02 3,9647 3,5756 3,9647 3,7043 5 Análise 03 3,9647 2,8858 5 Por meio da Tabela 4.29 nota-se que todos os perfis de campos elétricos ao nı́vel do solo 4.5. Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo 69 originais e otimizados estão abaixo do valor limite estabelecido por norma [21]. 4.5.4 Caso 04: Configuração com Quatro Condutores por Fase Para esta análise é utilizada uma LT de 500 kV, quatro condutores por fase, do sistema de Furnas, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura 4.35 [38]. Figura 4.35: Configuração dos Condutores da LT 500 kV - Furnas Esta configuração é denominada por alguns autores de configuração triângulo e é fruto de estudos relacionados ao melhoramento do comportamento do sistema de transmissão com relação as perdas ocasionadas por Efeito Corona e capacidade de transmissão do sistema. A Tabela 4.30 resume os parâmetros e distâncias utilizadas ao longo do processo de otimização. Tabela 4.30: Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização VF F [kV ] ns dmf [m] dmmf [m] xe [m] xd [m] hmin [m] hmáx [m] 500 3 CV - CP 10 - 5,5 0,90 -7,98 7,98 8,50 26,95 Na Tabela 4.30, apresenta-se o nı́vel de tensão adotado(VF F ), o número de condutores por fase (ns ), a distância mı́nima entre fases diferentes(dmf); a distância mı́nima entre condutores da mesma fase(dmmf ), os limites laterais (xe e xd ) e limites verticais (hmin e hmáx ). 70 Capı́tulo 4. Resultados Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo Com Alturas dos Condutores Fixas Adota-se na análise a seguir, uma distância mı́nima entre fases mı́nima(dmf) de 5, 5 m e uma distância entre condutores de mesma fase(dmmf) de 0, 9 m. Adota-se nesta primeira análise um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 5. As posições sugeridas pelo processo de minimização e o campo elétrico ao nı́vel do solo obtidos podem ser observados na Tabela 4.31. Tabela 4.31: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração x1 [m] x2 [m] x3 [m] x4 [m] x5 [m] x6 [m] x7 [m] x8 [m] x9 [m] x10 [m] x11 [m] x12 [m] Emáx [V/m] 1 200 -7,975 -6,995 -7,025 -5,831 -7,025 -4,998 -7,975 -7,567 -0,475 -1,985 0,475 0,4216 0,475 2,132 -0,475 -0,292 7,025 6,213 7,975 7,448 7,975 6,531 7,025 5,249 5234 3963,5 Tem-se na Tabela anterior, na primeira coluna a indicação da iteração considerada, nas colunas intermediárias as posições horizontais sugeridas pelo algoritmo e na última coluna o campo máximo ao nı́vel do solo obtido. A configuração ótima sugerida e os perfis do campo elétrico obtido, podem ser observados nas Figuras 4.36 e 4.37, respectivamente. Figura 4.36: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.37: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações Verifica-se a partir da Figura 4.36 que a configuração sugerida atende as restrições do algoritmo. Nota-se pequenas mudanças nas posições dos condutores que apontam para uma tendência de maior compactação da linha de transmissão. Nota-se na Figura 4.37 que o perfil do campo elétrico original é apresentado por meio das ◦, enquanto que o campo elétrico resultante é representado pela linha contı́nua clara. Na Figura 4.37 nota-se que há melhorias no perfil do campo elétrico ao nı́vel do solo com relação aos máximos apresentados anteriormente 4.5. Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo 71 e uma pequena piora com relação ao mı́nimo apresentado inicialmente. A configuração original é uma configuração tı́pica dos sistemas de Furnas em 500 kV e é fruto de pesquisas realizadas entre pesquisadores de Furnas e do CEPEL [38]. No entanto, acredita-se já se tratar de uma configuração com dimensões da linha e localizações dos condutores já obtidos através de algum processo de otimização utilizado pelos projetistas. Resultados adicionais para este caso são obtidos considerando-se a mesma distância entre fases diferentes(dmf) de 5, 5 m e uma distância entre condutores da mesma fase(dmmf) igual a 0, 475 m. Neste caso é adotado um passo da Seção Áurea de 0, 5. As posições dos condutores sugeridas ao longo do processo de minimização e o campo máximo obtido podem ser observados no Apêndice G. Após a realização destas duas simulações falta averiguar qual o efeito de se permitir que a altura dos condutores também seja determinada pelo processo de minimização. Esta verificação é realizada na próxima seção. Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo Com Alturas dos Condutores Variáveis Considera-se o mesmo sistema de quatro condutores descrito anteriormente. Adota-se uma altura dos condutores variável de 8, 5 a 26, 95 m. De maneira análoga à simulação feita com altura não variável é adotado uma distância entre condutores de fases diferentes(dmf) de 5, 5 m e uma distância entre condutores da mesma fase(dmmf) de 0, 90 m. São testados diversos valores do passo do algoritmo da Seção Áurea, dentre os valores testados o valor que conduz a uma solução em que as restrições são respeitadas é de 0, 01. As posições sugeridas e o campo elétrico máximo obtido, ao longo do processo de otimização, podem ser observados na Tabela 4.32. Tabela 4.32: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 200 Iteração 1 200 x1 [m] x2 [m] x3 [m] x4 [m] x5 [m] -7,975 -7,579 -7,025 -6,282 -7,025 -6,619 -7,975 -7,866 -0,475 -0,482 h1 [m] h2 [m] h3 [m] h4 [m] h5 [m] h6 [m] h7 [m] 18,45 18,846 18,45 19,193 17,5 17,905 17,5 17,609 25,95 25,943 25,95 26,328 25 24,987 x6 [m] 0,475 0,853 x7 [m] 0,475 0,461 x8 [m] -0,475 -0,875 h8 [m] 25 24,6 x9 [m] 7,025 6,935 h9 [m] 18,45 18,36 x10 [m] x11 [m] x12 [m] Emáx [V/m] 7,975 7,968 7,975 7,889 7,025 6,753 5237,3 4301,8 h10 [m] h11 [m] h12 [m] Emáx [V/m] 18,45 18,444 17,5 17,415 17,5 17,228 5237,3 4301,8 Tem-se na Tabela 4.32, na primeira coluna a indicação da iteração considerada e na última coluna tem-se o valor de campo elétrico máximo ao nı́vel do solo obtido na respectiva iteração. 72 Capı́tulo 4. Resultados Na mesma Tabela, nas linhas 02 e 03, tem-se as posições horizontais, e nas linhas 05 e 06 as posições verticais, sugeridas. A configuração ótima sugerida e os perfis do campo elétrico ao nı́vel do solo obtidas podem ser observados nas Figuras 4.38 e 4.39, respectivamente. Figura 4.38: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.39: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações Na Figura 4.38 verifica-se uma pequena variação da posição dos condutores. Isto já é esperado em função do passo pequeno adotado pelo algoritmo de otimização. Na Figura 4.39 nota-se uma pequena redução do perfil do campo ao nı́vel do solo e uma pequena elevação do valor mı́nimo do campo elétrico. Adota-se a seguir uma distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) de 5 m e mantém-se a distância entre subcondutores(dmmf) sendo 0, 90 m. Neste caso o passo do algoritmo da Seção Áurea adotado é de 0, 05. As posições dos condutores sugeridas pelo processo de minimização e o campo elétrico máximo obtido podem ser observados no Apêndice G. Uma análise entre os nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo obtidos anteriormente nesta seção e o limite estabelecido por norma pode ser verificado na Tabela 4.33. A Análise 01 e 02 realizadas com altura fixa, consideram passo da Seção Áurea de 0, 5, distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) de 5, 5 m, e distância mı́nima entre condutores de mesma fase(dmmf) de 0, 9 e 0, 475 m, respectivamente. Nas Análises 01 e 02 com altura variável, tem-se passo da Seção Áurea de 0, 01 e 0, 05, respectivamente. As distâncias mı́nimas entre condutores de mesma fase adotadas é de 0, 90 m nos dois casos e adota-se uma distância mı́nima entre fases diferentes de 5, 5 e 5, 0 m, respectivamente. Por meio da Tabela 4.33 nota-se que todos os perfis de campos elétricos ao nı́vel do solo originais e otimizados estão abaixo do valor limite estabelecido pela NBR 5422. No entanto, caso seja adotado como referência os valores apresentados na proposta da NBR 15145, verifica-se que há uma pequena violação para este sistema de quatro condutores por fase. 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 73 Tabela 4.33: Relação entre Valores Calculados e da Norma NBR 5422 para o Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo Altura Fixa Altura Variável Emáx Original [kV/m] Emáx Otimizado [kV/m] Emáx Original [kV/m] Emáx Otimizado [kV/m] Emáx Referência [kV/m] Análise 01 4,2442 3,9635 4,2442 4,3018 5 Análise 02 4,2442 3,9127 4,2442 4,2361 5 4.6 Minimização do Campo Elétrico Superficial A minimização do campo elétrico superficial é realizada primeiramente considerando-se a altura dos condutores fixa. Em seguida, implementa-se a minimização com a altura dos condutores variável. São minimizados nas próximas seções os campos elétricos superficiais de linhas de transmissão com um, dois, três e quatro condutores por fase. Durante o processo de minimização, o campo elétrico superficial é calculado ao longo de toda a superfı́cie de cada um dos condutores, de cada uma das linhas de transmissão. O campo elétrico é obtido em 360 pontos, ou seja, o campo elétrico superficial é calculado a cada 1 grau ao longo da circunferência do condutor. Utiliza-se o método das Imagens Sucessivas de primeira ordem, descrito em detalhes no capı́tulo 3, para se obter o campo elétrico superficial em cada um dos pontos considerados. Uma vez que são analisadas os nı́veis de campos elétricos superficiais em cada um dos condutores dos sistemas de transmissão, opta-se por uma avaliação dos nı́veis de campos elétricos superficiais obtidos com relação ao campo elétrico crı́tico. Este campo crı́tico é obtido através da fórmula empı́rica de Peek [18], mostrada no capı́tulo 3. Espera-se que os sistemas otimizados apresentem um campo elétrico superficial máximo inferior ao campo elétrico crı́tico, para que se tenha deste modo um comportamento satisfatório com relação a ocorrência do Efeito Corona. Uma breve discussão a respeito do campo elétrico superficial e do Efeito Corona é apresentado no Apêndice H. O custo computacional envolvido em cada uma das simulações realizadas é apresentada ao longo das seções a seguir. O estudo da viabilidade técnica e econômica das soluções ótimas sugeridas pelo processo de otimização implementado não são realizadas nesta dissertação. 74 4.6.1 Capı́tulo 4. Resultados Caso 01: Configuração com Um Condutor por Fase Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Fixas Para esta análise é utilizada a LT de 138 kV da Cemig, com um condutor por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura 4.40 [35]. Figura 4.40: Configuração dos Condutores da LT 138 kV - CEMIG Os parâmetros e distâncias considerados ao longo do processo de otimização podem ser observados na Tabela 4.34. Os parâmetros que são utilizados nesta seção, são: nı́vel de tensão adotado(VF F ), número de condutores por fase (ns ), distância mı́nima entre fases diferentes adotadas(dmf), limites laterais (xe e xd ) e limites verticais (Hmin e Hmáx ). Tabela 4.34: Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização VF F [kV ] ns dmf [m] xe [m] xd [m] Hmin[m] Hmáx[m] 145 1 1,5 - 1,2 -3 3 7 15,01 Nesta primeira análise, a altura do condutor é mantida fixa. Adota-se uma distância mı́nima entre fases(dmf) de 1, 5 m e um passo do Algoritmo de Otimização de 0, 1. A posição sugerida e o campo máximo superficial obtido podem ser observados na Tabela 4.35. Tem-se na Tabela a seguir, na primeira coluna a iteração considerada, da segunda até a quarta coluna são apresentadas as posições horizontais sugeridas, e nas três últimas colunas são apresentados o campo elétrico superficial máximo obtido em cada um dos condutores. O algoritmo gasta 1 minuto e 43 segundos para convergir neste caso. 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 75 Tabela 4.35: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 100 x1 [m] -3 -3,5496 x3 [m] x2 [m] 0 -0,3426 3 2,9843 E1máx [kV/cm] 14,996 14,983 E2máx [kV/cm] 16,14 16,142 E3máx [kV/cm] 14,99 14,982 A partir da Tabela 4.35, verifica-se que o algoritmo coloca um dos condutores fora do limite dado por xe. Ao se observar os máximos obtidos ao longo da superfı́cie de cada um dos condutores dados pela Tabela 4.35, não se tem uma noção exata da modificação realizada no perfil do campo elétrico superficial resultante. A configuração ótima sugerida pode ser observada na Figura 4.41. Figura 4.41: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.42: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 Logo, nas Figuras 4.42, 4.43 e 4.44 mostra-se os perfis dos campos elétricos superficiais das configurações antes e após a aplicação do processo de minimização. A linha mais espessa formada por ◦ indica o perfil do campo elétrico superficial original do sistema. Já a linha contı́nua mais clara indica o perfil do campo elétrico superficial otimizado. Verifica-se a partir das Figuras 4.42, 4.43 e 4.44 que o processo de minimização fornece uma configuração que apresenta um perfil do campo elétrico superficial ligeiramente menor do que a do sistema original. Resultados adicionais para este caso, com vistas a obtenção de uma configuração que atenda as restrições, podem ser observadas no Apêndice I. Surge o questionamento do efeito sob os nı́veis de campos elétricos superficiais se for permitido ao algoritmo que altere as alturas originais dos condutores. Na próxima seção esta possibilidade é estudada. 76 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.43: Campo Elétrico Superficial - Figura 4.44: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 Condutor 03 Minimização do Campo Elétrico Superficial Com Alturas dos Condutores Variáveis Nesta análise considera-se a mesma configuração inicial estudada anteriormente considerando agora a altura dos condutores variáveis. É permitido a altura variar de 7 a 15, 01 m. Considerase, nesta análise inicial, uma distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) de 1, 2 m e passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 01. As posições sugeridas e o campo elétrico superficial máximo obtidos ao longo do processo de minimização podem ser observados na Tabela 4.36.O algoritmo gasta 1 minuto e 23 segundos para convergir neste caso. Tabela 4.36: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 100 x1 [m] -3 -3,0262 x2 [m] 0 -0,02058 x3 [m] 3 2,9983 h1 [m] 14,01 13,984 h2 [m] 14,01 13,989 h3 [m] 14,01 14,008 E1máx [kV/cm] 14,996 14,977 E2máx [kV/cm] 16,14 16,129 E3máx [kV/cm] 14,99 14,974 Na Tabela 4.36, tem-se na primeira coluna a indicação da iteração considerada. Nas colunas 2 até 4 tem-se as posições horizontais sugeridas e nas colunas 5 a 7 as posições verticais também sugeridas. As três ultimas colunas indicam os campos elétricos superficiais máximos obtidos em cada um dos condutores. A configuração ótima sugerida pelo processo de otimização pode ser observada na Figura 4.45. Nota-se a partir da Figura 4.45 que houve uma redução da altura dos condutores. Tal redução respeita a altura mı́nima dada pela NBR 5422 que é de 7 m para sistemas de 138 kV nominais [21]. Os perfis do campo elétrico superficial em cada um dos condutores podem ser observados nas Figuras 4.46, 4.47 e 4.48. 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 77 Figura 4.46: Campo Elétrico Superficial Figura 4.45: Configuração Ótima Sugerida Condutor 01 Figura 4.47: Campo Elétrico Superficial - Figura 4.48: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 Condutor 03 Verifica-se que a configuração sugerida pelo processo de otimização, dada pela Figura 4.45, acarreta em redução dos nı́veis de campos elétricos superficiais em todos os condutores do sistema sob análise. Resultados adicionais para este caso são obtidos, mantém-se as mesmas distâncias adotadas anteriormente, no entanto é adotado um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 1. As posições sugeridas pelo processo de minimização e o campo elétrico superficial máximo obtido podem ser observados no Apêndice I. É realizada uma análise de sensibilidade do algoritmo de minimização e verifica-se que para valores de passo do algoritmo da Seção Áurea superiores a 0, 1 obtém-se reduções mais significativas dos perfis dos campos elétricos superficiais. No entanto, nestes casos as configurações sugeridas não respeitam as restrições do problema, violam fortemente as restrições. Isto ocorre em função do passo adotado no processo de minimização, que faz com que as funções barreiras 78 Capı́tulo 4. Resultados não atuem corretamente. Uma relação das magnitudes de campos elétricos superficiais obtidos e o campo elétrico crı́tico máximo para esta configuração, apresentada no Apêndice H, pode ser observada na Tabela 4.37. Tabela 4.37: Relação entre Valores de Campos Elétricos Superficiais Máximos e Crı́ticos Condutor 1 2 3 Emáx Crı́tico [kV/cm] Emáx Sup. Original [kV/cm] 15, 008 16,161 15,008 40,094 Altura Fixa Análise 01 Emáx Sup. Otimizado [kV/cm] 14, 983 16,142 14,982 40,094 Análise 02 Emáx Sup. Otimizado [kV/cm] 14, 982 16,142 14,986 40,094 Altura Variável Análise 01 Emáx Sup. Otimizado [kV/cm] 14, 977 16,129 14,974 40,094 Análise 02 Emáx Sup. Otimizado [kV/cm] 14, 756 15,889 14,809 40,094 Verifica-se, a partir da Tabela 4.37 que os valores máximos dos campos elétricos superficiais estão abaixo do valor obtido pela expressão de Peek [1]. Nota-se também que os nı́veis de campos elétricos superficiais otimizados apresentam reduções em relação aos nı́veis originais. 4.6.2 Caso 02: Configuração com Dois Condutores por Fase Para esta análise é utilizada a LT São Gotardo 02 - Três Marias de 345 kV da Cemig, dois condutores por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura 4.49 [36]. As dimensões e parâmetros que são utilizados pelo algoritmo de otimização do campo elétrico, podem ser observados na Tabela 4.38. 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 79 Figura 4.49: Configuração Original - LT 345 kV Tabela 4.38: Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização VF F [kV ] ns dmf [m] dmmf [m] xe [m] xd [m] hmin [m] hmáx [m] 362 2 8,1 0,225 -10,59 10,36 8,10 15,29 Os parâmetros e distâncias considerados ao longo do processo de minimização podem ser observados na Tabela 4.38. Os parâmetros que são utilizados nesta seção, são: nı́vel de tensão adotado(VF F ), número de condutores por fase (ns ), distância mı́nima entre fases diferentes adotadas(dmf), distância mı́nima entre condutores de mesma fase(dmmf), limites laterais (xe e xd ) e limites verticais (hmin e hmáx ). Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Fixas Inicialmente os condutores são considerados com altura fixa durante todo o processo de minimização. Adota-se nesta primeira análise uma distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) de 8, 10 m e uma distância entre condutores de mesma fase(dmmf) de 0, 225. O passo do algoritmo da Seção Áurea adotado é de 0, 01. Nesta seção adota-se um critério de precisão inferior aos adotados anteriormente para obter uma convergência mais rápida dos sistemas analisados. As posições sugeridas pelo processo de otimização e os campos elétricos superficiais máximos obtidos podem ser observados na Tabela 4.39. O algoritmo gasta 20 segundos para convergir neste caso. Na Tabela 4.39 tem-se na primeira coluna a indicação da iteração considerada. Nas linhas 2 e 3 tem-se as posições horizontais sugeridas e nas linhas 5 e 6 as posições verticais sugeridas. A configuração ótima sugerida e uma vista em detalhe de uma das fases podem ser observadas 80 Capı́tulo 4. Resultados Tabela 4.39: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 6 Iteração 1 6 x1 [m] -10,479 -10,458 E1máx [kV/cm] 30,666 14,753 x3 [m] x2 [m] -10,250 -10,26 -0,228 -0,213 E2máx [kV/cm] 20,896 15,575 0 -0,015 E3máx [kV/cm] 15,650 14,458 x4 [m] E4máx [kV/cm] 14,925 14,457 x5 [m] 10,022 10,023 E5máx [kV/cm] 14,566 15,556 x6 [m] 10,250 10,241 E6máx [kV/cm] 15,367 14,613 nas Figuras 4.50 e 4.51. Figura 4.50: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.51: Vista Ampliada da Fase 01 Verifica-se a partir das Figuras 4.50 e 4.51 que a configuração resultante não extrapola os limites laterais xe e xd considerados. Os perfis de campos elétricos superficiais obtidos a partir da configuração ótima sugerida podem ser verificadas nas Figuras a seguir. Nota-se na Figura 4.52 que o perfil do campo elétrico original é dado pela linha formada por ◦. A linha contı́nua mais clara indica o perfil do campo elétrico otimizado. Verifica-se a partir das Figuras 4.52 e 4.53 que há na fase 01 uma diminuição dos máximos e uma elevação dos mı́nimos ao longo dos perfis dos campos elétricos superficiais observados. Verifica-se nas Figuras 4.54 e 4.55 que nesta fase há uma redução significativa dos máximos observados na configuração original. O comportamento do campo elétrico superficial da fase três é semelhante ao observado para a fase 01, ou seja, obteve-se uma redução dos máximos e uma elevação dos mı́nimos. Diante dos 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial Figura 4.52: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 81 Figura 4.53: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 Figura 4.54: Campo Elétrico Superficial - Figura 4.55: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 Condutor 04 Figura 4.56: Campo Elétrico Superficial - Figura 4.57: Campo Elétrico Superficial Condutor 05 Condutor 06 82 Capı́tulo 4. Resultados resultados apresentados, opta-se em se realizar mais uma simulação com dimensões mais compactas entre fases e menos compactas entre os condutores de uma mesma fase para se observar a minimização que é obtida. Resultados adicionais são obtidos para este caso, adota-se um passo do algoritmo de minimização de 0, 1. A distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) adotada é de 7 m e a distância mı́nima entre subcondutores(dmmf) é de 0, 45 m. As posições sugeridas ao longo do processo de minimização e os campos máximos obtidos podem ser observados no Apêndice I. Diante das simulações realizadas para o caso com dois condutores por fase surge o questionamento do efeito de se permitir que o processo de otimização determine a altura dos condutores resultante. Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Variáveis A configuração para a minimização do campo elétrico superficial com alturas dos condutores variáveis é a mesma considerada a pouco com altura não variável. A variação da altura considerada é de 8, 10 a 15, 29 m. Adota-se como distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) 8, 1 m e como distância mı́nima entre condutores da mesma fase (dmmf) 0, 225 m. As posições sugeridas e o campo elétrico superficial máximo obtidos ao longo do processo de minimização com o passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 1, podem ser observados na Tabela 4.40. O algoritmo gasta 35, 5 segundos para convergir neste caso. Tabela 4.40: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 8 Iteração 1 8 Iteração 1 8 x1 [m] -10,479 -10,168 h1 [m] 14,29 14,60 E1máx [kV/cm] 20,896 13,624 x2 [m] -10,250 -10,459 h2 [m] 14,29 14,081 E2máx [kV/cm] 15,65 14,561 x3 [m] -0,228 -0,2823 h3 [m] 14,29 14,236 E3máx [kV/cm] 14,925 14,075 x4 [m] 0 0,0534 h4 [m] 14,29 14,343 E4máx [kV/cm] 14,566 14,072 x5 [m] 10,022 9,8331 h5 [m] 14,29 14,102 E5máx [kV/cm] 15,367 14,658 x6 [m] 10,250 10,431 h6 [m] 14,29 14,471 E6máx [kV/cm] 30,666 13,745 Nota-se na Tabela 4.40, que na primeira coluna é apresentada a iteração considerada, nas linhas 2 e 3 as posições horizontais sugeridas são apresentadas, nas linhas 5 e 6 tem-se as posições verticais sugeridas e nas linhas 8 e 9 os campos elétricos superficiais máximos obtidos em cada 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 83 condutor. A configuração ótima sugerida pode ser observada na Figura 4.58 e uma vista ampliada da fase 01 pode ser verificada na Figura 4.59. Figura 4.58: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.59: Vista Ampliada da Fase 01 Verifica-se a partir da Tabela 4.40 que o algoritmo sugere que o condutor 02 da fase 01 troque de lugar com o condutor 01. Nota-se a partir da Figura 4.58 que um dos condutores da Fase 03 extrapola o limite direito em poucos centimetros. Os perfis dos campos elétricos superficiais obtidos podem ser observados nas Figuras 4.60 a 4.65. Figura 4.60: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 Figura 4.61: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 Verifica-se a partir das Figuras 4.60 e 4.61 que através do método de minimização implementado consegue-se para os condutores da fase 01 uma variação bem menor dos nı́veis de campos elétricos superficiais observados. Verifica-se nas Figuras 4.62 e 4.63 que na fase central consegue-se por meio da minimização implementada obter uma redução dos campos elétricos superficiais máximos existentes na con- 84 Figura 4.62: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.63: Campo Elétrico Superficial Condutor 04 figuração original. Figura 4.64: Campo Elétrico Superficial Condutor 05 Figura 4.65: Campo Elétrico Superficial Condutor 06 Nota-se nas Figuras 4.64 e 4.65 que na fase 03 há uma redução menos expressiva dos máximos observados na configuração original. Verifica-se nesta fase uma diminuição da variação do perfil do campo elétrico superficial apresentado. Uma segunda análise, para a mesma configuração de dois condutores por fase é realizada. Adota-se no entanto uma distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) de 7 m e uma distância mı́nima entre condutores da mesma fase (dmmf) de 0, 45 m. O passo do algoritmo da Seção Áurea adotado é de 0, 1. As posições sugeridas ao longo do processo de minimização e o campo elétrico superficial máximo calculado podem ser observados no Apêndice I. Com o intuito de se verificar o comportamento da linha de transmissão com relação ao Efeito Corona, uma relação entre os perfis de campos elétricos superficiais obtidos e o campo elétrico 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 85 crı́tico, obtido a partir do Apêndice H, é apresentado na Tabela 4.41. Tabela 4.41: Relação entre Valores de Campos Elétricos Superficiais Máximos e Crı́ticos Condutor 1 2 3 4 5 6 Emáx Crı́tico [kV/cm] Emáx Sup. Original [kV/cm] 14, 990 15,221 16,103 16,098 15,224 14,997 38,158 Altura Fixa Análise 01 Emáx Sup. Otimizado [kV/cm] 14, 753 15,575 14,458 14,457 15,556 14,613 38,158 Análise 02 Emáx Sup. Otimizado [kV/cm] 13, 884 14,786 14,378 14,376 14,764 13,856 38,158 Altura Variável Análise 01 Emáx Sup. Otimizado [kV/cm] 13, 624 14,561 14,075 14,072 14,658 13,745 38,158 Análise 02 Emáx Sup. Otimizado [kV/cm] 13, 641 14,574 14,374 14,374 14,630 13,713 38,158 Nota-se pela observação da Tabela 4.41 que os valores dos campos elétricos superficiais resultantes são inferiores ao campo elétrico crı́tico, obtido para os condutores desta linha de transmissão. 4.6.3 Caso 03: Configuração com Três Condutores por Fase Para esta análise é utilizada a LT São Gonçalo do Pará - Ouro Preto de 500 kV da Cemig, três condutores por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura 4.66 [37]. As distâncias mı́nimas e máximas adotadas pelo processo de otimização implementado podem ser observadas na Tabela 4.42. Nota-se duas distâncias(dmf) entre condutores de fases diferentes sendo mostradas. Sendo CV a distância convencional e CP a distância adotada por um sistema compacto, obtido da referência [15]. 86 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.66: Configuração Original - LT 500 kV Tabela 4.42: Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização VF F [kV ] ns dmf [m] dmmf [m] xe [m] xd [m] hmin [m] hmáx [m] 525 3 CV - CP 10 - 5,5 0,35 -10,47 10,47 8,50 17,76 Os parâmetros e distâncias considerados ao longo do processo de minimização podem ser observados na Tabela 4.42. Os parâmetros que são utilizados nesta seção, são: nı́vel de tensão adotado(VF F ), número de condutores por fase (ns ), distância mı́nima entre fases diferentes adotadas(dmf), distância mı́nima entre condutores de mesma fase(dmmf), limites laterais (xe e xd ) e limites verticais (hmin e hmáx ). Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Fixas Uma primeira análise do campo elétrico superficial da LT de três condutores por fase com altura dos condutores fixa durante o processo de minimização é apresentada a seguir. Considerase uma distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) de 8, 5 m e uma distância mı́nima entre condutores de mesma fase(dmmf) de 0, 35 m. As posições sugeridas pelo processo de otimização implementado, considerando-se um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 25 e o campo elétrico superficial máximo obtido em cada condutor podem ser observados na Tabela 4.43. O algoritmo gasta 1 minuto e 31 segundos para convergir neste caso. Na Tabela 4.43, as iterações consideradas estão na primeira coluna. Na mesma Tabela, nas linhas 2 e 3 são apresentadas as posições horizontais sugeridas pela otimização. E nas linhas 5 e 6 os campos elétricos superficiais máximos são apresentados. A configuração ótima sugerida e uma vista ampliada da fase 01 podem ser observadas nas Figuras 4.67 e 4.68, respectivamente. 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 87 Tabela 4.43: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 6 -10,479 -10,323 Iteração 1 6 x1 [m] E1máx [kV/cm] 53,738 15,932 x2 [m] -10,25 -10,555 E2máx [kV/cm] 17,62 17,455 x3 [m] -10,022 -9,6225 E3máx [kV/cm] 17,011 16,415 x4 [m] -0,2285 -0,2182 E4máx [kV/cm] 14,84 14,913 x5 [m] 0 0,0001 E5máx [kV/cm] 15,662 15,671 x6 [m] 0,2285 0,2186 E6máx [kV/cm] 14,867 14,933 x7 [m] 10,022 9,8263 E7máx [kV/cm] 16,997 16,758 x8 [m] 10,25 10,428 E8máx [kV/cm] 17,633 17,541 x9 [m] 10,479 10,245 E9máx [kV/cm] 73,77 16,1965 Nota-se nestas Figuras que o perfil do campo elétrico superficial original é dado por uma linha formada por ◦. Enquanto que o perfil do campo elétrico otimizado é dado pela linha contı́nua mais fina. Figura 4.67: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.68: Vista Ampliada da Fase 01 Os perfis dos campos elétricos superficiais de cada um dos condutores antes e após o processo de minimização do campo elétrico superficial podem ser observados nas Figuras 4.69 a 4.76. Verifica-se na Figura 4.70 que no condutor 02, ou seja, no condutor central da fase 01, que não há redução do campo elétrico superficial. No entanto, os condutores 01 e 03 da fase 01, apresentam uma redução dos nı́veis de campos elétricos superficiais máximos, mostrados nas Figuras 4.69 e 4.71. Nota-se que nos condutores da fase 02, ou seja, nas Figuras 4.72, 4.73 e 4.74, que há uma redução considerável nos nı́veis de campos elétricos máximos superficiais obtidos em cada um dos condutores da fase central. Por meio das Figuras 4.75, 4.76 e 4.77 nota-se um comportamento dos campos elétricos 88 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.69: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 01 Figura 4.70: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 - Fase 01 Figura 4.71: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 - Fase 01 Figura 4.72: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 02 Figura 4.73: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 - Fase 02 Figura 4.74: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 - Fase 02 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial Figura 4.75: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 03 89 Figura 4.76: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 - Fase 03 Figura 4.77: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 03 superficiais máximos observados semelhantes aos observados para os condutores da fase 01. Nota-se uma redução dos perfis dos campos elétricos dos condutores laterais e aumento do perfil do campo elétrico superficial no condutor central da fase 03. Resultados adicionais para este caso, são obtidos no Apêndice I, adota-se uma distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) de 5, 5 m e uma distância mı́nima entre condutores de mesma fase (dmmf) de 0, 65 m e um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 2. Após a realização das análises anteriores surge o questionamento do efeito de se permitir que o algoritmo varie a posição vertical dos condutores ao longo do processo de minimização. Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Variáveis A configuração para a minimização do campo elétrico superficial com altura dos condutores variável é a mesma considerada a pouco com altura não variável. A altura é permitido variar 90 Capı́tulo 4. Resultados de 8, 50 a 17, 76 m. É adotado nesta primeira análise com altura variável uma distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) de 8, 5 m e uma distância mı́nima entre condutores da mesma fase(dmmf) de 0, 35 m. O passo do algoritmo da Seção Áurea adotado é de 0, 1. As posições sugeridas ao longo do processo de minimização e os campos elétricos superficiais máximos obtidos podem ser observados na Tabela 4.44. O algoritmo gasta 1 minuto e 57 segundos para convergir neste caso. Tabela 4.44: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração 1 7 Iteração 1 7 Iteração 1 7 x1 [m] x2 [m] -10,479 -10,506 -10,25 -10,141 h1 [m] h2 [m] x3 [m] -10,022 -10,007 h3 [m] x4 [m] -0,2285 -0,2474 h4 [m] x5 [m] 0 0,0186 h5 [m] x6 [m] 0,2285 0,2287 h6 [m] x7 [m] 10,022 10,013 h7 [m] x8 [m] 10,25 10,161 h8 [m] x9 [m] 10,479 10,42 h9 [m] 16,53 16,503 16,759 16,868 16,53 16,545 16,53 16,511 16,759 16,777 16,53 16,53 16,53 16,522 16,759 16,669 16,53 16,471 E1máx [kV/cm] E2máx [kV/cm] E3máx [kV/cm] E4máx [kV/cm] E5máx [kV/cm] E6máx [kV/cm] E7máx [kV/cm] E8máx [kV/cm] E9máx [kV/cm] 53,739 20,799 17,62 22,7197 17,011 20,426 14,84 19,11 15,662 20,699 14,867 18,684 16,997 20,519 17,633 21,758 73,77 19,878 Nota-se na Tabela 4.44, que na primeira coluna é apresentada a iteração considerada, nas linhas 2 e 3 as posições horizontais sugeridas são apresentadas, nas linhas 5 e 6 tem-se as posições verticais sugeridas e nas linhas 8 e 9 os campos elétricos superficiais máximos obtidos em cada condutor. A configuração sugerida pelo processo de minimização implementado e uma vista ampliada da fase 01, podem ser observados nas Figuras 4.78 e 4.79, respectivamente. Figura 4.78: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.79: Vista Ampliada da Fase 01 Resultante 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 91 A Figura 4.78 mostra que a configuração sugerida atende as restrições estabelecidas inicialmente. Além disso, percebe-se que a solução apresentada consiste numa configuração com distribuição de condutores em cada fase não simétrica. Os perfis dos campos elétricos superficiais obtidos em cada um dos condutores podem ser observados nas Figuras 4.80 a 4.88. Figura 4.80: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 01 Figura 4.81: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 - Fase 01 Figura 4.82: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 - Fase 01 Figura 4.83: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 02 Verifica-se a partir das Figuras 4.80 a 4.82 que na fase 01 houve redução em alguns pontos ao longo do perfil do campo elétrico superficial originalmente observado. Nota-se a partir das Figuras 4.83 a 4.85 que na fase 02 a redução do campo elétrico superficial obtida é mais significativa do que a obtida para os condutores da fase 01. Nos condutores da fase 03, obteve-se redução do campo elétrico superficial nos condutores 01 e 03, mostrados nas Figuras 4.86 e 4.88, respectivamente. Enquanto que no condutor dois da 92 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.84: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 - Fase 02 Figura 4.85: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 - Fase 02 Figura 4.86: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 03 Figura 4.87: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 - Fase 03 Figura 4.88: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 03 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 93 fase 03, mostrado na Figura 4.87 não é possı́vel verificar melhorias do perfil do campo elétrico superficial apresentado originalmente. Resultados adicionais para este caso, são apresentados no Apêndice I, considerando-se as mesmas distâncias mı́nimas entre fases diferentes e entre condutores de mesma fase, adotadas durante a primeira análise, mas com um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 2. Uma terceira simulação para o caso com três condutores por fase é realizada, no entanto considerando-se uma distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) de 5, 5 m e uma distância mı́nima entre condutores de mesma fase (dmmf) de 0, 65 m. O passo do algoritmo da Seção Áurea considerado é de 0, 15. As posições sugeridas ao longo do processo de minimização e o campo elétrico superficial máximo obtido para cada um dos condutores, podem ser observados na Tabela 4.45. O algoritmo gasta 2 minutos e 22 segundos para convergir neste caso. Tabela 4.45: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 9 Iteração 1 9 Iteração 1 9 x1 [m] x2 [m] -10,479 -10,659 -10,25 -9,7252 h1 [m] h2 [m] x3 [m] -10,022 -10,217 h3 [m] x4 [m] -0,2285 -0,2312 h4 [m] x5 [m] 0 0,0004 h5 [m] x6 [m] 0,2285 0,2316 h6 [m] x7 [m] 10,022 9,8257 h7 [m] x8 [m] 10,25 10,543 h8 [m] x9 [m] 10,479 10,214 h9 [m] 16,53 16,35 16,759 17,283 16,53 16,335 16,53 16,527 16,759 16,759 16,53 16,533 16,53 16,334 16,759 17,052 16,53 16,266 E1máx [kV/cm] E2máx [kV/cm] E3máx [kV/cm] E4máx [kV/cm] E5máx [kV/cm] E6máx [kV/cm] E7máx [kV/cm] E8máx [kV/cm] E9máx [kV/cm] 53,739 16,069 17,62 17,271 17,011 16,386 14,84 14,959 15,662 15,644 14,867 14,937 16,997 16,627 17,633 17,321 73,77 16,092 A configuração ótima sugerida e uma vista ampliada da fase 01, podem ser observadas nas Figuras 4.89 e 4.90, respectivamente. Nota-se que a configuração ótima sugerida apresenta praticamente todos os condutores dentro da área de variação permitida pelo algoritmo, apenas o condutor 01 da fase 01 extrapola o limite em 0, 02 m, diante das dimensões da faixa de passagem da linha de transmissão este valor passa a ser desprezı́vel. Os perfis dos campos elétricos superficiais obtidos para cada um dos condutores podem ser observados nas Figuras 4.91 a 4.99. Nota-se nestas Figuras que o perfil do campo elétrico superficial original é dado por uma linha espessa formada por ◦. Enquanto que o perfil do campo elétrico superficial otimizado é dado pela linha contı́nua mais fina. Verifica-se nas Figuras 4.91 a 4.93 que de maneira semelhante ao que ocorre na análise anterior, há redução no perfil do campo elétrico superficial nos condutores 01 e 03. Enquanto que 94 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.89: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.90: Vista Ampliada da Fase 01 Resultante Figura 4.91: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 01 Figura 4.92: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 - Fase 01 Figura 4.93: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 - Fase 01 Figura 4.94: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 02 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 95 no condutor 02 não é observado redução do perfil do campo elétrico superficial. Figura 4.95: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 - Fase 02 Figura 4.96: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 - Fase 02 Na fase 02, os perfis dos campos elétricos superficiais observados nas Figuras 4.94 a 4.96 apresentam redução expressiva em relação ao campo elétrico originalmente obtido. Figura 4.97: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 03 Figura 4.98: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 - Fase 03 Embora a fase 03 resultante apresente configuração diferente da fase 01 obtida nota-se que houve um comportamento semelhante dos perfis de campos elétricos superficiais observados. Nota-se redução dos nı́veis de campos elétricos superficiais nos condutores 01 e 03 da fase 03 e elevação no condutor 02. Na Tabela 4.46 se relaciona os máximos campos elétricos superficiais obtidos com o campo elétrico crı́tico calculado em função do raio do condutor adotado. 96 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.99: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 03 Verifica-se neste caso, a partir dos dados da Tabela 4.46, que o campo elétrico superficial máximo não é superior ao campo elétrico crı́tico. No entanto, conforme descrito no capı́tulo 3, é desejado que para que o sistema tenha um comportamento satisfatório com relação as perdas por Efeito Corona que se tenha um campo elétrico superficial máximo inferior a 17 kV/cm, o que não ocorre em alguns dos condutores deste sistema. 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 97 Tabela 4.46: Relação entre Valores de Campos Elétricos Superficiais Máximos e Crı́ticos Condutor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Emáx Crı́tico [kV/cm] Emáx Sup. Original [kV /cm] 17, 523 15,951 18,020 18,556 17,528 19,176 17,358 16,134 17,489 38,158 Altura Fixa Análise 01 Emáx Sup. Otimizado [kV/cm] 15,932 17,455 16,415 14,913 15,671 14,933 16,758 17,541 16,196 38,158 Análise 02 Emáx Sup. Otimizado [kV/cm] 16,563 18,566 16,364 14,891 16,560 14,370 16,816 18,104 16,173 38,158 Altura Variável Condutor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Emáx Crı́tico [kV /cm] Análise 01 Emáx Sup. Otimizado [kV /cm] 20,799 22,719 20,426 19,110 20,699 18,684 20,519 21,758 19,878 38,158 Análise 02 Emáx Sup. Otimizado [kV /cm] 16,007 17,295 16,332 14,607 15,676 14,729 16,503 17,302 15,975 38,158 Análise 03 Emáx Sup. Otimizado [kV /cm] 16,269 17,476 16,622 14,809 15,541 14,849 16,924 17,552 16,427 38,158 4.6.4 Caso 04: Configuração com Quatro Condutores por Fase Para esta análise é utilizada uma LT de 500 kV, quatro condutores por fase, do sistema de Furnas, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura 4.100 [38]. Esta configuração denominada por alguns autores de configuração triângulo é fruto de estu- 98 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.100: Configuração dos Condutores da LT 500 kV - Furnas dos relacionados ao melhoramento do comportamento do sistema de transmissão com relação ao Efeito Corona e de melhoramento com relação a capacidade de transmissão do sistema. A Tabela 4.47 resume os parâmetros e distâncias utilizadas ao longo do processo de otimização. Tabela 4.47: Distâncias e Parâmetros Adotados pelo Processo de Otimização VF F [kV ] ns dmf [m] dmmf [m] xe [m] xd [m] hmin [m] hmáx [m] 525 4 CV - CP 10 - 5,5 0,90 -7,98 7,98 8,50 26,95 Os parâmetros e distâncias considerados ao longo do processo de otimização podem ser observados na Tabela 4.47. Os parâmetros que são utilizados nesta seção, são: nı́vel de tensão adotado(VF F ); número de condutores por fase (ns ); distância mı́nima entre fases diferentes adotadas(dmf); distância mı́nima entre condutores de mesma fase(dmmf); limites laterais (xe e xd ) e limites verticais (hmin e hmáx ). Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Fixas A primeira análise do campo elétrico superficial com altura dos condutores fixa é realizada considerando-se uma distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) de 5, 5 m e uma distância mı́nima entre condutores de mesma fase (dmmf) de 0, 90 m. O passo do algoritmo da Seção Áurea adotado é de 0, 1. As posições sugeridas ao longo do processo de minimização e o campo elétrico superficial máximo obtido podem ser observados na Tabela 4.48. O algoritmo gasta 3 minutos e 10 segundos para convergir neste caso. 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 99 Tabela 4.48: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração x1 [m] x2 [m] x3 [m] x4 [m] x5 [m] x6 [m] x7 [m] x8 [m] x9 [m] x10 [m] x11 [m] x12 [m] 1 7 -7,975 -8,057 -7,025 -7,024 -7,025 -6,950 -7,975 -8,139 -0,475 -0,479 0,475 0,478 0,475 0,478 -0,475 -0,478 7,025 6,964 7,975 8,143 7,975 8,163 7,025 6,874 Iteração E1máx E2máx E3máx E4máx E5máx E6máx E7máx E8máx E9máx E10máx E11máx E12máx [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] 1 7 45,027 14,703 14,429 14,234 16,656 15,742 31,68 15,705 16 15,996 14,455 14,39 15,402 15,338 15,078 15,058 17,199 15,747 45,746 15,236 48,576 16,103 15,333 14,943 A configuração ótima sugerida e uma vista ampliada da fase 01 podem ser verificadas nas Figuras 4.101 e 4.102, respectivamente. Figura 4.101: Configuração Ótima Sugerida Figura 4.102: Vista Ampliada da Fase 01 Resultante Os perfis dos campos elétricos superficiais podem ser observados nas Figuras 4.103 a 4.114. Verifica-se a partir das Figuras 4.103 a 4.106 que na fase 01, há redução do campo elétrico superficial nos condutores 02 e 03, enquanto que nos condutores 01 e 04 há redução em pequenas regiões do perfil do campo elétrico superficial obtido. Nota-se a partir das Figuras 4.107 a 4.110 que há na fase 02, alteração de todos os perfis de campos elétricos observados. Em todos os condutores observa-se redução do campo elétrico superficial máximo, exceto no condutor 01 desta fase. Na fase 03, cujos perfis de campos elétricos superficiais obtidos são apresentados nas Figuras 4.111 a 4.114, nota-se que há alteração dos perfis dos campos elétricos superficiais originais. No entanto, em alguns dos condutores a modificação ocasiona em aumento do campo elétrico 100 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.103: Campo Elétrico Superficial - Figura 4.104: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 01 Condutor 02 - Fase 01 Figura 4.105: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 - Fase 01 Figura 4.106: Campo Elétrico Superficial Condutor 04 - Fase 01 Figura 4.107: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 02 Figura 4.108: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 - Fase 02 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 101 Figura 4.109: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 - Fase 02 Figura 4.110: Campo Elétrico Superficial Condutor 04 - Fase 02 Figura 4.111: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 03 Figura 4.112: Campo Elétrico Superficial Condutor 02 - Fase 03 Figura 4.113: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 - Fase 03 Figura 4.114: Campo Elétrico Superficial Condutor 04 - Fase 03 102 Capı́tulo 4. Resultados superficial máximo. Resultados adicionais para este caso, podem ser verificados no Apêndice I, obtidos com uma distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) de 5, 5 m e uma distância mı́nima entre condutores da mesma fase (dmmf) de 0, 475 m. O passo do algoritmo da Seção Áurea considerado é de 0, 1. Diante das análises anteriormente apresentadas, falta verificar qual o efeito da inclusão da variação da posição vertical dos condutores ao algoritmo de minimização. Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Variáveis Considera-se a mesma configuração de quatro condutores por fase analisada anteriormente. Nesta primeira análise com altura dos condutores sendo determinada pelo processo de minimização, considera-se uma distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) de 5, 5 m e uma distância mı́nima entre condutores da mesma fase(dmmf) de 0, 90 m. A altura dos condutores é permitida variar de 8, 5 a 26, 95 m. O passo do algoritmo da Seção Áurea adotado é de 0, 1. As posições sugeridas pelo processo e o campo elétrico superficial máximo obtido podem ser observados na Tabela 4.49. O algoritmo gasta 3 minutos e 15 segundos para convergir neste caso. Tabela 4.49: Configuração Sugerida pelo Processo de Otimização Iteração x1 [m] x2 [m] x3 [m] x4 [m] x5 [m] x6 [m] x7 [m] x8 [m] x9 [m] x10 [m] x11 [m] x12 [m] 1 6 -7,975 -8,048 -7,025 -7,024 -7,025 -6,953 -7,975 -8,142 -0,475 -0,475 0,475 0,476 0,475 0,474 -0,475 -0,476 7,025 7,026 7,975 8,101 7,975 8,121 7,025 6,950 Iteração h1 [m] h2 [m] h3 [m] h4 [m] h5 [m] h6 [m] h7 [m] h8 [m] h9 [m] h10 [m] h11 [m] h12 [m] 1 6 18,45 18,376 18,45 18,451 17,5 17,571 17,5 17,332 25,95 25,95 25,95 25,952 25 25 25 24,998 18,45 18,451 18,45 18,576 17,5 17,646 17,5 17,425 Iteração E1máx E2máx E3máx E4máx E5máx E6máx E7máx E8máx E9máx E10máx E11máx E12máx [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] 1 6 45,027 14,919 14,429 14,032 16,656 15,711 31,68 15,573 15,999 15,989 14,455 14,342 15,401 15,297 15,077 15,051 17,2 16,186 45,746 15,508 48,576 16,323 15,33 14,835 Nota-se na Tabela 4.49, que na primeira coluna é apresentada a iteração considerada, nas linhas 2 e 3 as posições horizontais sugeridas são apresentadas, nas linhas 5 e 6 tem-se as posições verticais sugeridas e nas linhas 8 e 9 os campos elétricos superficiais máximos obtidos em cada condutor. Verifica-se a partir da Tabela 4.49 que o resultado obtido é praticamente o mesmo obtido com altura fixa durante o processo de otimização. Este fato pode ser explicado em razão de se adotar um passo do algoritmo da Seção Áurea pequeno. Esta consideração objetiva que as posições sugeridas atendam as restrições inicialmente consideradas. Outra hipótese que se infere é o fato da configuração originalmente adotada já ser uma configuração otimizada, o que 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 103 acarreta ao algoritmo poucas modificações a serem sugeridas. A configuração ótima sugerida é apresentada na Figura 4.115 e uma vista ampliada da fase 01 é dada na Figura 4.116. Figura 4.116: Vista Ampliada da Fase 01 ReFigura 4.115: Configuração Ótima Sugerida sultante Os perfis dos campos elétricos superficiais de cada um dos condutores da linha de transmissão são apresentados a seguir. Figura 4.117: Campo Elétrico Superficial - Figura 4.118: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 01 Condutor 02 - Fase 01 Verifica-se que nos condutores 01 e 02, mostrados nas Figuras 4.117 e 4.118, que há redução do campo elétrico superficial máximo nos dois condutores. Nos condutores 03 e 04, mostrados nas Figuras 4.119 e 4.120, nota-se que há redução do campo elétrico superficial em alguns pontos, mas ocorre elevação do máximo campo elétrico superficial observado. 104 Capı́tulo 4. Resultados Figura 4.119: Campo Elétrico Superficial - Figura 4.120: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 - Fase 01 Condutor 04 - Fase 01 Figura 4.121: Campo Elétrico Superficial - Figura 4.122: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 02 Condutor 02 - Fase 02 Nos condutores 01 e 02 da segunda fase percebe-se comportamentos diferentes dos perfis dos campos elétricos superficiais. No condutor 01 da fase 02, mostrado na Figura 4.121, há uma redução do campo elétrico superficial em boa parte da superfı́cie do condutor, mas há um novo máximo, superior ao original. Enquanto que no condutor 02 da segunda fase, é obtida uma redução do perfil do campo elétrico superficial, inclusive do máximo inicialmente observado. Verifica-se que o máximo campo elétrico superficial nos condutores 03 e 04 da segunda fase são reduzidos, como pode ser observado nas Figuras 4.123 e 4.124. Nas Figuras 4.125 e 4.126, têm-se os perfis dos campos elétricos superficiais dos condutores 01 e 02 da terceira fase. Verifica-se que não houve redução do campo elétrico superficial máximo nestes dois condutores. Verifica-se nas Figuras 4.127 e 4.128, que há nos condutores 03 e 04 da terceira fase, uma 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 105 Figura 4.123: Campo Elétrico Superficial - Figura 4.124: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 - Fase 02 Condutor 04 - Fase 02 Figura 4.125: Campo Elétrico Superficial - Figura 4.126: Campo Elétrico Superficial Condutor 01 - Fase 03 Condutor 02 - Fase 03 Figura 4.127: Campo Elétrico Superficial - Figura 4.128: Campo Elétrico Superficial Condutor 03 - Fase 03 Condutor 04 - Fase 03 106 Capı́tulo 4. Resultados mudança do perfil do campo elétrico superficial dos condutores, sendo reduzido em alguns pontos. Observa-se que os condutores, em que o perfil do campo elétrico superficial, obtido ao final do processo de minimização não têm seus máximos reduzidos são os condutores que violam levemente as posições máximas horizontais e que são penalizados pelas funções barreiras inseridas no algoritmo de minimização. Uma segunda análise é realizada a partir da mesma configuração original adotada anteriormente. Mantêm-se a distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) de 5, 5 m e reduz-se a distância mı́nima entre condutores da mesma fase (dmmf) para 0, 475 m . Utiliza-se neste caso um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 1. A configuração ótima sugerida e os perfis de campos elétricos superficiais minimizados podem ser observados no Apêndice I. Os campos elétricos superficiais obtidos nas análises anteriores realizadas nesta seção devem estar abaixo de determinados valores, dados pelo campo elétrico crı́tico, calculado no Apêndice H, para que se tenha um comportamento satisfatório com relação ao Efeito Corona. A Tabela 4.50 apresenta uma relação entre estas magnitudes. Verifica-se a partir da Tabela 4.50 que os nı́veis de campos elétricos superficiais em cada um dos condutores analisados não apresenta nı́veis de campos elétricos superficiais superiores ao campo elétrico crı́tico. 4.6. Minimização do Campo Elétrico Superficial 107 Tabela 4.50: Relação entre Valores de Campos Elétricos Superficiais Máximos e Crı́ticos Condutor Emáx Sup. Original [kV /cm] 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 14, 559 15,479 15,025 14,171 14,704 14,828 15,743 15,647 15,548 14,662 14,288 14,899 Emáx Crı́tico [kV /cm] 37,762 Altura Fixa Análise 01 Emáx Sup. Otimizado [kV /cm] Análise 02 Emáx Sup. Otimizado [kV /cm] 14,703 14,234 15,742 15,705 15,996 14,390 15,338 15,058 15,747 15,236 16,103 14,943 14,714 13,839 15,735 15,715 15,964 14,307 15,258 15,050 15,703 15,222 16,077 14,918 37,762 37,762 Altura Variável Condutor Análise 01 Emáx Sup. Otimizado [kV /cm] Análise 02 Emáx Sup. Otimizado [kV /cm] 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 14,919 14,032 15,711 15,573 15,989 14,342 15,297 15,051 16,186 15,508 16,323 14,835 14,927 13,842 15,705 15,582 15,982 14,313 15,259 15,058 15,585 15,151 15,972 14,663 Emáx Crı́tico [kV /cm] 37,762 37,762 108 Capı́tulo 4. Resultados Capı́tulo 5 Conclusões 5.1 Sı́ntese da Dissertação e Principais Resultados Neste trabalho são determinados os campos elétricos superficiais e ao nı́vel do solo de linhas de transmissão trifásicas reais com um, dois, três e quatro condutores por fase. Em seguida estes nı́veis de campos elétricos obtidos são otimizados. A determinação do campo elétrico ao nı́vel do solo é realizada considerando-se a carga concentrada no eixo dos condutores. Esta consideração se torna não adequada para a determinação do campo elétrico superficial, pois a medida que o raio dos condutores deixa de ser desprezı́vel com relação a distância entre os condutores, as metodologias que consideram a carga concentrada no centro dos condutores deixa de conduzir a bons resultados. Ao se avaliar o campo elétrico superficial por meio do método da Lei do Cossenos, do método da Carga Centrada e do método das Imagens Sucessivas, nota-se que a medida que o número de condutores é aumentado, os erros obtidos entre as diferentes metodologias aumenta. Isto ocorre em função do aumento da proximidade entre os condutores da mesma fase, que ocorre a medida que o número de subcondutores do feixe aumenta. Os erros obtidos neste trabalho justificam a adoção do método das Imagens Sucessivas para os sistemas que tem a partir de dois condutores por fase. Embora neste trabalho o método das Imagens Sucessivas tenha sido aplicado inclusive no caso com um condutor por fase. Durante as otimizações realizadas neste trabalho é possı́vel notar a grande influência de alguns parâmetros do processo de otimização para com os resultados encontrados. Verifica-se que a escolha do passo do algoritmo da Seção Áurea, adotado pelo algoritmo de otimização unidimensional, é de fundamental importância para a obtenção de resultados satisfatórios. Isso ocorre, pois dependendo da magnitude do passo adotado o algoritmo do Gradiente extrapola as restrições consideradas inicialmente. Caso ele seja muito pequeno, as soluções sugerem mudanças geométricas muito pequenas. Caso ele seja elevado, as restrições não são atendidas. Portanto, busca-se um valor de passo que ocasione uma solução efetiva, mas que acarrete uma solução dentro das restrições inicialmente consideradas. Outro fator importante durante o processo de otimização realizado são as restrições. Nota-se que para um mesmo caso, adotando-se um mesmo passo da Seção Áurea, distâncias mı́nimas e máximas diferentes adotadas ocasionam em soluções diferentes, seja para o campo elétrico superficial ou ao nı́vel do solo. 109 110 Capı́tulo 5. Conclusões Na otimização ao nı́vel do solo, verifica-se que nos casos em que se manteve a altura não variável ao longo da otimização, que há uma tendência a compactação das linhas. No caso de um condutor por fase, as maiores reduções dos nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo são obtidas considerando-se altura constante dos condutores. As configurações ótimas sugeridas com altura constante também propiciam melhores resultados, para o caso com dois condutores por fase. De maneira semelhante aos casos anteriores, no sistema com três condutores por fase, a maior redução de campo elétrico observada é obtida na condição de maior compactação da linha e altura fixa dos condutores. Para quatro condutores por fase, a minimização ao nı́vel do solo, com altura fixa ou variável, são praticamente as mesmas. Nota-se que para a minimização do campo elétrico ao nı́vel do solo, para as configurações analisadas neste trabalho, que os melhores resultados são obtidos considerando-se altura fixa dos condutores. Os perfis de campos elétricos máximos obtidos ao nı́vel do solo, estão abaixo do valor limite dado pela NBR 5422. Na otimização do campo elétrico superficial verifica-se que, em alguns casos, o comportamento dos perfis dos campos elétricos superficiais otimizados são diferentes para cada condutor de uma mesma fase. Para um condutor por fase, considerando-se altura constante, as soluções obtidas permitindo-se maior compactação da linha acarretam campo elétrico superficial levemente reduzido em todos os condutores do sistema. Verifica-se que neste caso, ao se permitir a variação vertical da posição dos condutores obtém-se uma redução bem mais significativa do campo elétrico superficial, do que a observada anteriormente. No caso de dois condutores por fase, com altura fixa, nota-se uma suavização dos perfis originalmente observados de todos os condutores. Ao se permitir a variação da altura dos condutores, tem-se um comportamento semelhante. Observa-se uma tendência a se obter um perfil mais suave do campo elétrico superficial. Para três condutores por fase, considerando altura fixa, tem-se uma minimização mais efetiva na fase central. Ela também ocorre nas fases laterais, exceto nos condutores centrais destas fases. Ao se permitir a variação da altura dos condutores neste caso, nota-se que há uma redução do campo elétrico superficial em algumas regiões do perfil apresentado. Observa-se que, no caso com quatro condutores por fase e altura fixa, há também uma maior minimização na fase central da linha. Neste caso, nas fases laterais também há redução em regiões dos perfis de todos os condutores. Ao se permitir que a altura varie é obtida a diminuição em algumas regiões dos perfis originalmente observados. Do ponto de vista do comportamento com relação ao Efeito Corona nota-se que das configurações analisadas, apenas a de três condutores por fase apresenta em alguns de seus condutores um campo elétrico superficial superior ao desejável. 5.2 Propostas de Continuidade A partir das análises realizadas verifica-se a existência de lacunas que podem ser abordadas em trabalhos futuros. Dentre os assuntos a ser estudados, destacam-se: • Análise da capacidade de transmissão das linhas de transmissão originais e otimizadas; • Aplicação da otimização multiobjetivo para os campos elétricos superficiais e ao nı́vel do 5.2. Propostas de Continuidade 111 solo; • Aplicação de outros métodos de otimização mais robustos, tais como os métodos de exclusão de semi-espaços e os métodos de populações; • Estudo do Método das Imagens Sucessivas para ordens superiores ou de outras técnicas numéricas para avaliação de sistemas de transmissão com elevado número de subcondutores por fase; • Inserção no processo de otimização de outros parâmetros da linha de transmissão, além das posições geométricas, tais como: nı́vel de tensão aplicado, número de condutores e raio dos condutores; • Estudo técnico e econômico da engenharia envolvida na implantação das configurações ótimas sugeridas pelo atual processo de otimização; • Estudo de planejamento e expansão do sistema de energia elétrica considerando as configurações antes e após o processo de otimização; • Inserção de padrões de assimetria a serem seguidos ao longo do processo de otimização geométrica dos condutores. 112 Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas [1] R. D. Fuchs. Transmissão de Energia Elétrica. LTC, 1979. [2] L.C.C. Da Silva Junior and M.A.O. Schroeder. Relatório Técnico de Estágio Supervisionado: Projeto de Recapacitação de Linhas de Transmissão de 138 kV. CEFET-MG, Outubro 2006. [3] E. Cecchetti, P.L. Noferi, M. Barbarito, A. Clerici, L. Paris, and P. Pelachi. Compact Lines For Urban Areas: A New Solution. International Conference on Electricity Distribution, 1989. [4] M. O. B. C. Melo, L. C. A. Fonseca, E. Fontana, and S. R. Naidu. Electric and Magnetic Fields of Compact Transmission Lines. IEEE Transactions On Power Delivery, January 1999. [5] Z.V. Bin, C. Wenhui, and H. Jiayu. Typical Models of Compact Transmission Lines and Application Prospect in 500 kV AC System of China. IEEE Transactions On Power Delivery, 1998. [6] R. S. Alı́pio. Relatório Técnico de Estágio Supervisionado: Influência do Limite Térmico na Capacidade de uma Linha de Transmissão. CEFET-MG, Outubro 2006. [7] O. R. Junior, A. P. Neto, R. L. Silva, and M. A. 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Medição e Nı́veis de Referência para Exposição a Campos Elétricos e Magnéticos. Revista Eletricidade Moderna, número 390, Junho 2007. Apêndice A Obtenção da Distância Delta Considere inicialmente duas linhas de carga representadas por cilindros com seções infinitesimais, infinitamente longos, paralelos entre si, separados por uma distância 2d e cada um possuindo uma densidade linear de carga de módulo ql e de sinais contrários, como mostrado na Figura A.1. Figura A.1: Cargas Filamentares de Sinais Opostos Considerando-se a referência de potencial a uma distância r1 de ql+ em um ponto a uma distância d1 da mesma, o potencial elétrico V é dada por [39]: Z d1 V = r1 V = ql 1 dr 2πε0 r ql r1 ln 2πε0 d1 (A.1) (A.2) Por superposição é possı́vel calcular o potencial produzido pelas duas linhas de carga em um ponto situado a d1 de ql+ e a d2 de ql−, sendo o referencial de potencial considerado no infinito: Z d1 V = r1 ql 1 dr − 2πε0 r 117 Z r1 d2 ql 1 dr 2πε0 r (A.3) 118 V = ql d2 ln 2πε0 d1 (A.4) Verifica-se que para os pontos em que d1 = d2 o potencial será nulo (plano médio entre as linhas de carga), considerando o referencial de potencial no infinito. As linhas equipotenciais são definidas como o lugar geométrico em que o potencial é constante. Para se obter este lugar geométrico faz-se V constante e manipula-se a equação anterior, tendo-se então: d2 = kd1 (A.5) Sendo k uma constante positiva para qualquer ponto do espaço considerado. Considerandose a Figura A.2 nota-se que para pontos do espaço esquerdo ao plano médio que divide a Figura, tem-se k maior do que 1 (d1 < d2) e para o lado direito tem-se k maior que 0 e menor do que 1. No plano médio tem-se k = 1, pois neste caso d1 = d2. Figura A.2: Ponto Genérico P Próximo as Linhas de Carga Para um ponto P genérico de coordenadas (x,y), como mostrado pela Figura A.2, as distâncias d1 e d2 podem ser obtidas como: d1 = d2 = p (d + x)2 + (y)2 p (d − x)2 + (y)2 Sabendo- se que: d2 = kd1 d2 2 = k 2 d1 2 119 Substitui-se as expressões anteriores e obtém-se: (d − x)2 + (y)2 = k 2 ((d + x)2 + (y)2 ) Desenvolve-se essa equação obtendo: ((d)2 + (x)2 + (y)2 )(k 2 − 1) + 2dx(k 2 + 1) = 0 Dividindo a equação anterior por (k 2 − 1) e reescrevendo a equação têm-se: ((x − h)2 + (y)2 ) = r0 Sendo h dado por: h = d. k2 + 1 k2 − 1 Sendo r0 dado por: r02 = h2 − d2 Nota-se a partir das expressões obtidas que o lugar geométrico das equipotenciais são circunferências de raios r0 , com cada centro em x = h e y = 0. Uma análise de sensibilidade para as expressões de h e r0 , para valores de k caracterı́sticos pode ser observado na Tabela??. Tabela A.1: Variação de h e de ro para Valores Caracterı́sticos de k k h ro 0 -d 0 1 Inf Inf Inf d 0 A partir da observação da Figura A.3, novas variáveis podem ser definidas. Define-se a distância Delta (4) como: 4=h−d (A.6) A distância D entre uma das linhas de carga e o centro de uma equipotencial, é dado por: D =h+d (A.7) 120 Figura A.3: Representação da Equipotencial de Uma das Linhas de Carga Após substituições na fórmula de Delta tem-se: p h2 − ro2 (A.8) h2 − ro 2 = (h − ∆)2 (A.9) ∆2 − 2∆h2 + ro 2 = 0 (A.10) ∆=h− Das equações anteriores tem-se que: h= D+∆ 2 (A.11) A substituição de h acarreta em: ∆2 − 2∆ D+∆ + ro 2 = 0 2 (A.12) Ao se resolver esta equação obtém-se: ro 2 (A.13) D Logo, obtém-se a expressão para cálculo de Delta (∆) que é utilizada durante o processo de implementação do método de Imagens Sucessivas para o cálculo do campo elétrico superficial realizado no capı́tulo 5 deste trabalho. ∆= Apêndice B Ferramenta de Otimização B.1 Estrutura Básica do Algoritmo de Direção de Busca Dado o problema de otimização mono-objetivo irrestrito: x∗ = arg minf (x) (B.1) E dado um ponto inicial x0 6= x∗ , obtém-se uma sequência xk tal que xk tende a x∗ (xk 7→ x∗ ). A famı́lia dos algoritmos de direção de busca apresenta a estrutura dada por [17]: Algoritmo de Direção de Busca: k←0 enquanto(não critério de parada) dk ← h(x1 , ..., xk , f (x1 ), ..., f (xk )) αk ← arg minf (xk + αdk ) xk+1 ← xk + αk dk k ←k+1 fim-enquanto Sendo: k o contador de iterações, dk a direção de busca dada pela avaliação de f (xk ), αk fornece o passo a ser tomado na direção determinada por dk e xk+1 é o novo ponto obtido a partir da aplicação de dk e de αk ao ponto inicial considerado xk . No Algoritmo de Direção de Busca, tem-se uma função recursiva h(., ..., .), que não depende explicitamente dos pontos anteriores, mas armazena a influência deles em variáveis intermediárias [17]. 121 122 B.2 Algoritmo da Seção Áurea O algoritmo da Seção Áurea utilizado neste trabalho é obtido a partir do teorema a seguir [17]: Sejam uma função f (.) : R 7→ R. Seja um domı́nio [a, b] ⊂ R, no qual f possui um único mı́nimo local x∗ . Sejam ainda dois pontos xa e xb , tais que: a < x a < xb < b (B.2) f (xa ) < f (xb ) (B.3) Se ocorrer: Então a solução minimizante x∗ não se encontra no intervalo [xb , b], e se ocorrer: f (xa ) > f (xb ) (B.4) Então a solução minimizante x∗ não se encontra no intervalo [a, xa ]. A partir deste teorema é possı́vel construir um algoritmo que se baseia na lógica de excluir, a cada passo, um trecho do segmento considerado, de forma a fazê-lo contrair-se. A convergência para o ponto de mı́nimo ocorre quando o segmento estiver suficientemente pequeno, ou seja, quando o critério de parada tiver sido atendido. As maneiras de se escolher os pontos xa e xb dentro do segmento, com o intuito de se minimizar o número de iterações necessário para se atingir determinada precisão é definida pela Seção Áurea [17]. Escolhem-se xa e xb de forma que: xb − a = 0.618(b − a) (B.5) b − xa = 0.618(b − a) (B.6) O fator 0.618 corresponde à “Razão Aúrea”, utilizada pelos antigos gregos para definir a razão dos lados adjacentes de um retângulo que é “perfeita” sob o ponto de vista estético [17]. Adotando-se a Razão Aúrea, o algoritmo de minimização de uma função real no intervalo [a, b] para se atingir uma precisão de ε/2 pode ser definido pelo algoritmo [17]: Algoritmo da Seção Áurea xa ← b − 0.618(b − a) xb ← a + 0.618(b − a) 123 fa ← f (xa ) fb ← f (xb ) enquanto b−a>ε se fa < f b então b ← xb xb ← xa xa ← b − 0.618(b − a) fb ← fa fa ← f (xa ) senão a ← xa xa ← xb xb ← a + 0.618(b − a) fa ← fb fb ← f (xb ) fim-se fim-enquanto α← a+b 2 Outros algoritmos, mais eficientes podem ser construidos, para a otimização de funções de uma única variável, apresentados em detalhes por [32]. 124 B.3 B.3.1 Critério de Parada Estabilização do Valor da Função Objetivo Ao se avaliar a função objetivo, em um certo número de iterações, e se verificar que não há uma variação maior que certo percentual da diferença entre seu valor máximo ocorrido em todo o processo de otimização e seu valor mı́nimo verificado também em todo o processo, é possı́vel interromper o algoritmo a partir da constatação de que dificilmente pode ocorrer melhorias significativas da função objetivo com a continuidade do algoritmo [17]. O algoritmo do critério de parada adotado neste trabalho pode ser observado a seguir [17]: Critério de Parada: Função Objetivo ∆f ← fmáx − fmin f5+ ← máx (f (xk ), f (xk−1 ), f (xk−2 ), f (xk−3 ), f (xk−4 ), f (xk−5 )) f5− ← min (f (xk ), f (xk−1 ), f (xk−2 ), f (xk−3 ), f (xk−4 ), f (xk−5 )) δf ← f5+ − f5− se δf < 0, 001∆f então parada ← verdadeiro senão parada ← falso O algoritmo mostrado acima, exemplifica o critério de parada adotado neste trabalho, que consiste na consideração da função objetivo estabilizada, como sendo aquela que varia nas últimas 5 iterações menos de 0, 1% da amplitude ∆f da função objetivo, sendo fmáx e fmin respectivamente o máximo e o mı́nimo valor ocorrido para a função objetivo durante toda a implementação do algoritmo de otimização. Tem-se também que f5+ e f5− , são os valores máximos e mı́nimos obtidos nas últimas cinco iterações do algoritmo, e 0, 001 é o critério de precisão adotado. B.4 B.4.1 Tratamento de Restrições Método das Penalidades Este método também é denominado de método de penalidade exterior [34]. A função objetivo é penalizada na região inviável, ou seja, somente quando alguma restrição é violada. Neste 125 caso, a função P (x) é dada por: P (x) = m n X X {máx[0, gj (x)]}2 + [hk (x)]2 j=1 (B.7) k=1 Onde gj (x) são as restrições de desigualdade e hk (x) as restrições de igualdade. Quando todas as restrições são satisfeitas P (x) = 0, e neste caso a função pseudo-objetivo equivale à função objetivo original. Se uma ou mais restrições são violadas o quadrado dessas funções é adicionado à função pseudo-objetivo. Eleva-se as restrições ao quadrado para se assegurar que a tangente à função de penalidade seja nula sobre a fronteira da região viável. Com isto pode-se assegurar a continuidade da derivada da função pseudo-objetivo. Este método é considerado um dos mais fáceis de ser incorporado ao processo de otimização [34]. A Figura B.1, ilustra a função penalidade para uma determinada função exemplo dada por [32]. Têm-se no eixo das ordenadas, a função penalidade multiplicada pelo fator de penalização c, que equivale ao parâmetro rp . No eixo das abcissas têm-se a região de atuação das funções penalidades. Figura B.1: Exemplo Função Penalidade [32] Nota-se, a partir da Figura B.1, que o aumento de c ocasiona em uma maior proximidade da região factı́vel. Idealmente quando c 7→ ∞ o ponto de solução da função penalidade convergirá para a solução do problema restrito [32]. 126 Apêndice C Validação da Metodologia de Cálculo de Campo Elétrico Superficial A configuração utilizada para validação da ferramenta computacional desenvolvida é obtida dos trabalhos de Sérgio [16], a configuração e o perfil do campo elétrico para o condutor 01 da fase 02 são apresentados a seguir. Figura C.1: Configuração 500 kV - 5 Condutores por Fase Figura C.2: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 Para se analisar o campo próximo as estruturas soma-se as alturas consideradas anteriormente uma flecha de 15 m. A Tabela C.1 apresenta um comparativo entre os valores obtidos pelo programa desenvolvido neste trabalho e os apresentados por Sérgio[16]. Verifica-se que os erros obtidos são aceitáveis do ponto de vista da engenharia, o erro máximo observado na Tabela C.1 é de pouco mais de 5%. O campo elétrico superficial próximo às estruturas também é calculado considerando-se a carga elétrica centrada. O erro obtido entre a adoção da metodologia da carga centrada e por meio do método das Imagens Sucessivas podem ser observados na Tabela C.2. 127 128 Tabela C.1: Comparativo dos Valores de Campos Elétricos Superficiais Referência e Valores Calculados - Utilizando o Método das Imagens Sucessivas - Próximo a Estrutura Fase 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 Condutor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 X[m] Y[m] -5,854 -5,029 -5,344 -6,364 -6,679 0,000 -0,465 -0,288 0,288 0,465 5,854 5,029 5,344 6,364 6,679 10,000 10,648 11,696 11,696 10,648 12,454 12,788 13,328 13,328 12,788 10,000 10,648 11,696 11,696 10,648 Ângulo Calculado [◦ ] 293,000 347,000 52,000 115,000 223,000 255,000 225,000 119,000 51,000 338,000 283,000 204,000 126,000 59,000 343,000 Campo Máximo Calculado [kV /cm] 15,4380 16,9968 17,2430 15,0693 13,6711 18,1317 17,0875 16,9275 17,1318 17,7938 15,3913 16,6689 17,2013 15,1325 14,0496 Campo Máximo [kV /cm] [16] Ângulo [◦ ] [16] -79,6 -10,3 44,9 116,8 -161,9 -90 -160,2 128,9 51,1 -19,8 -100,4 190,3 135,1 63,2 -18,1 15,41 17,28 17,38 15,12 14,07 18,08 18,05 17,15 17,15 18,05 15,41 17,28 17,38 15,12 14,07 Erro % 0,1817 1,6389 0,7883 0,3353 2,8351 0,2860 5,3324 1,2974 0,1061 1,4194 0,1213 3,5365 1,0282 0,0827 0,1450 Tabela C.2: Campo Elétrico Superficial de Cada Condutor Considerando a Carga Centrada e Erro Com Relação ao Método das Imagens Sucessivas- Próximo a Estrutura Fase 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 Condutor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 X[m] -5,854 -5,029 -5,344 -6,364 -6,679 0,000 -0,465 -0,288 0,288 0,465 5,854 5,029 5,344 6,364 6,679 Y[m] 10,000 10,648 11,696 11,696 10,648 12,454 12,788 13,328 13,328 12,788 10,000 10,648 11,696 11,696 10,648 Ângulo [◦ ] Campo Máximo C. Centrada [kV /cm] 281,000 351,000 46,000 118,000 199,000 271,000 201,000 130,000 52,000 341,000 261,000 191,000 136,000 64,000 343,000 14,7874 16,5148 16,6101 14,5120 13,5363 16,9294 16,8895 16,0877 16,0877 16,8895 14,7874 16,5148 16,6101 14,5120 13,5363 Campo Máximo Via M.I.S [kV /cm] 15,4380 16,9968 17,2430 15,0693 13,6711 18,1317 17,0875 16,9275 17,1318 17,7938 15,3913 16,6689 17,2013 15,1325 14,0496 Erro % 4,2143 2,8358 3,6705 3,6982 0,9860 6,6309 1,1587 4,9612 6,0945 5,0821 3,9236 0,9245 3,4369 4,1004 3,6535 Nota-se a partir da Tabela C.2 que neste caso a adoção do método da carga centrada acarreta em um erro um pouco mais elevado do que o obtido adotando-se o método das Imagens Sucessivas. Apêndice D Verificação dos Potenciais Elétricos D.1 Introdução Neste Apêndice são apresentados os potenciais elétricos obtidos para a configuração de quatro condutores por fase 735 kV e para as configurações com um, dois, três e quatro condutores por fase também analisadas ao longo do capı́tulo 5 [19] . D.2 LT 04 Condutores por Fase 735 kV A Tabela D.1 apresenta o potencial elétrico considerando-se um ponto na superfı́cie de cada condutor e ao nı́vel do solo, para a LT de quatro condutores por fase, 735 kV [19]. Tabela D.1: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Pontos Considerados P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 Condutor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 X[m] -15,4686 -15,4686 -15,0114 -15,0114 -0,2286 -0,2286 0,2286 0,2286 15,0114 15,0114 15,4686 15,4686 -15,4686 -15,0114 -0,2286 0,2286 15,0114 15,4686 Y[m] 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 129 Valor Esperado [V ] Valor Obtido [V ] 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 0,0000E+00 0,0000E+00 0,0000E+00 0,0000E+00 0,0000E+00 0,0000E+00 4,5958E+05 4,5980E+05 4,5866E+05 4,5473E+05 4,5866E+05 4,5887E+05 4,5770E+05 4,5336E+05 4,5905E+05 4,5982E+05 4,5868E+05 4,5475E+05 1,6247E-07 1,6374E-07 1,6379E-07 1,6412E-07 1,6386E-07 1,6179E-07 Erro % 0,8116 0,8599 0,6098 0,2523 0,6098 0,6559 0,3992 0,5528 0,6954 0,8643 0,6142 0,2479 130 Ao se considerar pontos ao longo de toda a superfı́cie dos condutores, obtém-se os valores de potencial elétrico apresentados na Tabela D.2. Tabela D.2: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Pontos Considerados P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 D.3 Condutor X[m] 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 -15,4686 -15,4686 -15,0114 -15,0114 -0,2286 -0,2286 0,2286 0,2286 15,0114 15,0114 15,4686 15,4686 Y[m] 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 19,5814 20,0386 Valor Esperado [V ] 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 4,5588E+05 Valor Obtido [V ] Erro % 4,5418E+05 4,5682E+05 4,5742E+05 4,5318E+05 4,5289E+05 4,5565E+05 4,5635E+05 4,5169E+05 4,5499E+05 4,5675E+05 4,5735E+05 4,5317E+05 1,3293 0,8950 0,6625 1,5991 1,1714 0,6910 0,4628 1,4631 1,1648 0,8950 0,6734 1,5969 Caso 01: Configuração Com Um Condutor por Fase Considerando a Carga Elétrica Centrada nos Condutores, obtém-se os potenciais mostrados na Tabela D.3: Tabela D.3: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Carga Centrada Pontos Considerados Condutor P1 P2 P3 P4 P5 P6 1 2 3 Solo Solo Solo X[m] -3 0 3 -3 0 3 Y[m] 14,01 14,01 14,01 0 0 0 Valor Esperado [V ] 7,9674E+04 7,9674E+04 7,9674E+04 0 0 0 Valor Obtido [V ] 7,9704E+04 7,9611E+04 7,9704E+04 1,1400E-06 1,1400E-06 1,1400E-06 Erro % 0,0377 0,0791 0,0377 Para o mesmo caso, mas através do método das Imagens Sucessivas de primeira ordem, considerando-se apenas o potencial em um ponto da superfı́cie de cada um dos condutores. Os resultados obtidos podem ser observados na TabelaD.4. De maneira análoga, utilizando-se do método das Imagens Sucessivas de primeira ordem, e percorrendo pontos ao longo de toda a superfı́cie do condutor, obtém-se os resultados apresentados na Tabela D.5. 131 Tabela D.4: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Imagens Sucessivas Pontos Considerados Condutor P1 P2 P3 P4 P5 P6 1 2 3 Solo Solo Solo X[m] -3 0 3 -3 0 3 Y[m] 14,01 14,01 14,01 0 0 0 Valor Esperado [V ] 7,9674E+04 7,9674E+04 7,9674E+04 0 0 0 Valor Obtido [V ] 7,9704E+04 7,9611E+04 7,9704E+04 1,1524E-08 1,1595E-08 1,1488E-08 Erro % 0,0377 0,0791 0,0377 Tabela D.5: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Imagens Sucessivas D.4 Pontos Considerados Condutor P1 P2 P3 1 2 3 X[m] -3 0 3 Y[m] 14,01 14,01 14,01 Valor Esperado [V ] 8,3715E+04 8,3715E+04 8,3715E+04 Valor Obtido [V ] 8,3747E+04 8,3649E+04 8,3747E+04 Erro % 0,0382 0,0788 0,0382 Caso 02: Configuração Com Dois Condutores por Fase Considerando a Carga Elétrica Centrada nos Condutores, obtém-se os potenciais mostrados na Tabela D.6: Tabela D.6: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Carga Centrada Pontos Considerados Condutor P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 1 2 3 4 5 6 Solo Solo Solo Solo Solo Solo X[m] -10,478 -10,250 -0,228 0,000 10,021 10,250 -10,478 -10,250 -0,228 0,000 10,021 10,250 Y[m] 14,290 14,290 14,290 14,290 14,290 14,290 0 0 0 0 0 0 Valor Esperado [V ] 1,9918E+05 1,9918E+05 1,9918E+05 1,9918E+05 1,9918E+05 1,9918E+05 0 0 0 0 0 0 Valor Obtido [V ] 1,9914E+05 1,9914E+05 1,9914E+05 1,9914E+05 1,9914E+05 1,9914E+05 4,6000E-03 4,6000E-03 4,6000E-03 4,6000E-03 4,6000E-03 4,6000E-03 Erro % 0,0201 0,0201 0,0201 0,0201 0,0201 0,0201 Para o mesmo caso, com dois condutores por fase, mas através do método das Imagens 132 Sucessivas de primeira ordem, considerando-se apenas o potencial em um ponto da superfı́cie de cada um dos condutores. Os resultados obtidos podem ser observados na Tabela D.7. Tabela D.7: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Imagens Sucessivas Pontos Considerados Condutor P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 1 2 3 4 5 6 Solo Solo Solo Solo Solo Solo X[m] -10,478 -10,250 -0,228 0,000 10,021 10,250 -10,478 -10,250 -0,228 0,000 10,021 10,250 Y[m] 14,290 14,290 14,290 14,290 14,290 14,290 0 0 0 0 0 0 Valor Esperado [V ] 1,9918E+05 1,9918E+05 1,9918E+05 1,9918E+05 1,9918E+05 1,9918E+05 0 0 0 0 0 0 Valor Obtido [V ] 1,9944E+05 1,9944E+05 1,9934E+05 1,9943E+05 1,9948E+05 1,9948E+05 3,7673E-08 3,7218E-08 3,7935E-08 3,7608E-08 3,8251E-08 3,7882E-08 Erro % 0,1305 0,1305 0,0803 0,1255 0,1506 0,1506 De maneira análoga, utilizando-se do método das imagens sucessivas de primeira ordem, e percorrendo pontos ao longo de toda a superfı́cie do condutor, obtém-se os resultados apresentados na Tabela D.8. Tabela D.8: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Imagens Sucessivas D.5 Pontos Considerados Condutor P1 P2 P3 P4 P5 P6 1 2 3 4 5 6 X[m] -10,478 -10,250 -0,228 0,000 10,021 10,250 Y[m] 14,290 14,290 14,290 14,290 14,290 14,290 Valor Esperado [V ] 2,0900E+05 2,0900E+05 2,0900E+05 2,0900E+05 2,0900E+05 2,0900E+05 Valor Obtido [V ] 2,0927E+05 2,0927E+05 2,0926E+05 2,0926E+05 2,0932E+05 2,0932E+05 Erro % 0,1292 0,1292 0,1244 0,1244 0,1531 0,1531 Caso 03: Configuração Com Três Condutores por Fase Considerando a Carga Elétrica Centrada nos Condutores, em um ponto da superfı́cie dos condutores, obtém-se os potenciais mostrados na Tabela D.9. Para o mesmo caso, com três condutores por fase, mas através do método das Imagens Sucessivas de primeira ordem, considerando-se apenas o potencial em um ponto da superfı́cie de cada um dos condutores. Os resultados obtidos podem ser observados na Tabela D.10. 133 Tabela D.9: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Carga Centrada Pontos Considerados Condutor P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 X[m] -10,478 -10,250 -10,021 -0,228 0 0,228 10,021 10,250 10,478 -10,478 -10,250 -10,021 -0,228 0 0,228 10,021 10,250 10,478 Y[m] 16,530 16,758 16,530 16,530 16,758 16,530 16,530 16,758 16,530 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Valor Esperado [V ] 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Valor Obtido [V ] 2,9227E+05 2,9971E+05 2,9758E+05 2,8736E+05 2,8948E+05 2,8736E+05 2,9758E+05 2,9971E+05 2,9727E+05 9,0810E-03 9,0810E-03 9,0810E-03 9,0810E-03 9,0810E-03 9,0810E-03 9,0810E-03 9,0810E-03 9,0810E-03 Erro % 1,2471 3,8244 3,0866 0,4538 0,2806 0,4538 3,0866 3,8244 2,9792 Tabela D.10: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Imagens Sucessivas Pontos Considerados Condutor P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 X[m] -10,478 -10,250 -10,021 -0,228 0 0,228 10,021 10,250 10,478 -10,478 -10,250 -10,021 -0,228 0 0,228 10,021 10,250 10,478 Y[m] 16,530 16,758 16,530 16,530 16,758 16,530 16,530 16,758 16,530 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Valor Esperado [V ] 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 2,8867E+05 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Valor Obtido [V ] 2,9783E+05 2,9821E+05 2,9814E+05 2,8791E+05 2,8794E+05 2,8802E+05 2,9810E+05 2,9825E+05 2,9788E+05 9,1467E-08 9,2015E-08 9,0698E-08 9,0696E-08 9,1117E-08 9,0732E-08 9,0079E-08 8,9978E-08 9,1416E-08 Erro % 3,1732 3,3048 3,2806 0,2633 0,2529 0,2252 3,2667 3,3187 3,1905 De maneira análoga, utilizando-se do método das imagens sucessivas de primeira ordem, e percorrendo pontos ao longo de toda a superfı́cie dos condutores, obtém-se os resultados apresentados na Tabela D.11. 134 Tabela D.11: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores - Imagens Sucessivas D.6 Pontos Considerados Condutor P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 X[m] -10,478 -10,250 -10,021 -0,228 0 0,228 10,021 10,250 10,478 Y[m] 16,530 16,758 16,530 16,530 16,758 16,530 16,530 16,758 16,530 Valor Esperado [V ] 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 Valor Obtido [V ] 3,1269E+05 3,1311E+05 3,1312E+05 3,0363E+05 3,0382E+05 3,0228E+05 3,1429E+05 3,1460E+05 3,1280E+05 Erro % 3,1606 3,2991 3,3024 0,1716 0,2342 0,2738 3,6884 3,7907 3,1969 Caso 04: Configuração Com Quatro Condutores por Fase Considerando a Carga Elétrica Centrada nos Condutores, em um ponto da superfı́cie dos condutores, obtém-se os potenciais mostrados na Tabela D.12. Tabela D.12: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Carga Centrada Pontos Considerados Condutor P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Solo Solo Solo Solo Solo Solo X[m] -7,975 -7,025 -7,025 -7,975 -0,475 0,475 0,475 -0,475 7,025 7,975 7,975 7,025 -7,975 -7,025 -0,475 0,475 7,025 7,975 Y[m] 18,45 18,45 17,5 17,5 25,95 25,95 25 25 18,45 18,45 17,5 17,5 0 0 0 0 0 0 Valor Esperado [V ] 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 0 0 0 0 0 0 Valor Obtido [V ] 2,9778E+05 2,9648E+05 2,9678E+05 2,9806E+05 3,2743E+05 3,2624E+05 3,2516E+05 3,2637E+05 2,9773E+05 2,9681E+05 2,9709E+05 2,9802E+05 0,0642 0,0642 0,0642 0,0642 0,0642 0,0642 Erro % 1,7584 2,1873 2,0870 1,6657 8,0226 7,6303 7,2743 7,6732 1,7733 2,0778 1,9861 1,6796 De maneira análoga, utilizando-se do método das Imagens Sucessivas de primeira ordem, e percorrendo pontos ao longo de toda a superfı́cie dos condutores, obtém-se os resultados apresentados na Tabela D.13. 135 Tabela D.13: Potencial Elétrico Calculado na Superfı́cie dos Condutores e ao Nı́vel do Solo Imagens Sucessivas Pontos Considerados Condutor P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 X[m] -7,975 -7,025 -7,025 -7,975 -0,475 0,475 0,475 -0,475 7,025 7,975 7,975 7,025 Y[m] 18,45 18,45 17,5 17,5 25,95 25,95 25 25 18,45 18,45 17,5 17,5 Valor Esperado [V ] 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 3,0311E+05 Valor Obtido [V ] 2,9757E+05 2,9718E+05 2,9745E+05 2,9787E+05 3,2718E+05 3,2691E+05 3,2586E+05 3,2608E+05 2,9732E+05 2,9731E+05 2,9759E+05 2,9772E+05 Erro % 1,8267 1,9571 1,8660 1,7268 7,9411 7,8526 7,5046 7,5775 1,9099 1,9115 1,8208 1,7769 136 Apêndice E Erro Entre as Metodologias de Cálculo de Campo Elétrico Superficial E.1 Caso 02: Configuração com Dois Condutores por Fase Tabela E.1: Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada Fase 1 1 2 2 3 3 Condutor 1 2 3 4 5 6 X[m] -10,478 -10,250 -0,228 0,000 10,021 10,250 Y[m] 14,290 14,290 14,290 14,290 14,290 14,290 Ângulo [◦ ] 181,000 1,000 181,000 1,000 181,000 1,000 Campo Via M.I.S [kV /cm] 15,0148 15,2456 16,1193 16,1144 15,2506 15,0240 Ângulo [◦ ] 181,000 1,000 181,000 1,000 181,000 1,000 Campo Via C. Centrada [kV /cm] 14,2443 14,4265 15,2685 15,2684 14,4287 14,2466 Erro % [kV /cm] 5,1316 5,3727 5,2781 5,2500 5,3893 5,1744 Tabela E.2: Campos Elétricos Superficiais Via Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas Fase 1 1 2 2 3 3 Condutor 1 2 3 4 5 6 X[m] -10,478 -10,250 -0,228 0,000 10,021 10,250 Y[m] 14,290 14,290 14,290 14,290 14,290 14,290 137 Campo Via Lei dos Cossenos [kV /cm] Campo Via M.I.S. [kV /cm] 13,4636 13,6049 14,4146 14,4146 13,6070 13,4658 15,0148 15,2456 16,1193 16,1144 15,2506 15,0240 Erro% 10,3311 10,7618 10,5755 10,5483 10,7773 10,3714 138 E.2 Caso 03: Configuração com Três Condutores por Fase Tabela E.3: Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada Fase 1 1 1 2 2 2 3 3 3 Condutor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 X[m] -10,478 -10,250 -10,021 -0,228 0 0,228 10,021 10,250 10,478 Y[m] 16,530 16,758 16,530 16,530 16,758 16,530 16,530 16,758 16,530 Angulo [◦ ] 206,000 90,000 337,000 225,000 68,000 335,000 224,000 68,000 335,000 Campo Via M.I.S. [kV /cm] 17,9847 16,4480 18,5411 18,5336 17,5067 19,1524 17,8590 16,6382 17,9504 Angulo [◦ ] Campo Via C. Centrada [kV /cm] 206,000 89,000 338,000 205,000 205,000 337,000 204,000 93,000 336,000 16,9503 15,4523 17,4993 18,1613 18,1613 18,1613 17,4993 15,4523 16,9503 Erro % 5,7516 6,0536 5,6189 2,0088 3,7391 5,1748 2,0141 7,1276 5,5715 Tabela E.4: Campos Elétricos Superficiais Via Método da Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas Fase 1 1 1 2 2 2 3 3 3 E.3 Condutor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 X[m] -10,478 -10,250 -10,021 -0,228 0 0,228 10,021 10,250 10,478 Y[m] 16,530 16,758 16,530 16,530 16,758 16,530 16,530 16,758 16,530 Campo Via Lei dos Cossenos [kV /cm] Campo Via Lei M.I.S. [kV /cm] 15,9593 14,4279 16,4289 17,0717 16,4289 17,0717 16,4289 14,4279 15,9593 17,9847 16,4480 18,5411 18,5336 17,5067 19,1524 17,8590 16,6382 17,9504 Erro % 11,2618 12,2817 11,3920 7,8878 6,1565 10,8639 8,0077 13,2845 11,0922 Caso 04: Configuração com Quatro Condutores por Fase 139 Tabela E.5: Campos Elétricos Superficiais Via Método das Imagens Sucessivas e Via Método da Carga Centrada Fase 1 1 1 1 2 2 2 2 3 3 3 3 Condutor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 X[m] -7,975 -7,025 -7,025 -7,975 -0,475 0,475 0,475 -0,475 7,025 7,975 7,975 7,025 Y[m] 18,45 18,45 17,5 17,5 25,95 25,95 25 25 18,45 18,45 17,5 17,5 Angulo [◦ ] 122,000 45,000 319,000 240,000 128,000 45,000 313,000 236,000 130,000 51,000 313,000 232,000 Campo Via M.I.S. [kV /cm] 14,4394 15,3608 14,9342 14,0804 15,4100 15,5410 16,3018 16,1976 15,4303 14,5407 14,1949 14,8099 Angulo [◦ ] 131,000 45,000 321,000 228,000 140,000 42,000 313,000 229,000 137,000 51,000 314,000 221,000 Campo Via C. Centrada [kV /cm] 14,0938 14,8712 14,4361 13,7415 15,0347 15,0347 15,7931 15,7931 14,8712 14,0938 13,7415 13,7415 Erro % 2,3935 3,1873 3,3353 2,4069 2,4354 3,2578 3,1205 2,4973 3,6234 3,0734 3,1941 2,5240 Tabela E.6: Campos Elétricos Superficiais Via Lei dos Cossenos e Via Método das Imagens Sucessivas Fase 1 1 1 1 2 2 2 2 3 3 3 3 Condutor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 X[m] -7,975 -7,025 -7,025 -7,975 -0,475 0,475 0,475 -0,475 7,025 7,975 7,975 7,025 Y[m] 18,45 18,45 17,5 17,5 25,95 25,95 25 25 18,45 18,45 17,5 17,5 Campo Via Lei dos Cossenos [kV /cm] Campo Via M.I.S. [kV /cm] 13,6192 14,3288 13,9322 13,2961 14,5363 14,5363 15,2294 15,2294 14,3288 13,6192 13,2961 13,2961 14,4394 15,3608 14,9342 14,0804 15,4100 15,5410 16,3018 16,1976 15,4303 14,5407 14,1949 14,8099 Erro % 5,6803 6,7184 6,7094 5,5702 5,6697 6,4648 6,5784 5,9774 7,1386 6,3374 6,3319 10,2215 140 Apêndice F Nı́veis de Referência de Campos Elétricos ao Nı́vel do Solo No Brasil, existem algumas publicações que tratam da questão dos limites dos nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo ao longo da faixa de servidão da linha de transmissão. É adotada neste trabalho como referência as considerações apresentadas na NBR 5422 - “Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica”, de 1985, publicada pela ABNT [21]. Esta norma estabelece no item 12.5.1 que: “O valor do campo elétrico ao nı́vel do solo, no limite da faixa de segurança, não deve ultrapassar 5 kV/m”. Em 2006, é proposta a NBR 15145 - “Métodos de Medição e Nı́veis de Referência para Exposição a Campos Elétricos e Magnéticos na Frequência de 50 e 60 Hz” [20]. Nesta proposta não se define o limite de exposição para o público ocupacional, pois, diz tratar-se de responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego nas suas normas regulamentadoras. Na proposta na NBR - 15145, utiliza-se como referência os valores sugeridos pela ICNIRP (International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection) para definição dos limites de exposição do público geral, em torno das instalações de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica [40]. Para campos de 60 Hz, que são os estudados nesta dissertação, os valores sugeridos são apresentados na Tabela F.1. Tabela F.1: Limites Propostos pela NBR 15145 Valores Limites Intensidade Intensidade E [kV/m] H [A/m] Fluxo B[µT ] [41] Público em Geral 4,16 66,67 83,33 Ao final de cada uma das seções do capı́tulo 5, onde teremos a determinação dos nı́veis de campos elétricos antes e após a aplicação do processo de minimização, as magnitudes dos campos 141 142 elétricos ao nı́vel do solo encontrados são comparados com os valores de referência determinados a pouco. Apêndice G Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo G.1 Caso 02: Configuração com Dois Condutores por fase Para esta análise é utilizada a LT São Gotardo 02 - Três Marias de 345 kV da Cemig, dois condutores por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura G.1 [36]. Figura G.1: Configuração Original - LT 345 kV G.1.1 Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo com Alturas dos Condutores Fixas Considera-se nesta análise, um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 1. A distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) considerada é de 8, 10 m e a distância mı́nima entre condutores na mesma fase (dmmf) adotada é de 0, 225 m. Esta análise é realizada com a altura dos condutores fixa ao longo do processo de minimização. As posições sugeridas pelo processo de otimização e o campo elétrico máximo ao nı́vel do solo em cada iteração podem ser verificados na Tabela G.1. 143 144 Tabela G.1: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 103 x1 [m] -10,593 -10,139 x2 [m] -10,364 -8,1685 x3 [m] -0,1143 -0,4944 x4 [m] 0,1143 0,1885 x5 [m] 10,136 8,2182 x6 [m] 10,364 9,9141 Emáx [V/m] 6433 2803,1 A configuração sugerida e os perfis do campo elétrico podem ser observados nas Figuras G.2 e G.3, respectivamente. Figura G.2: Configuração Ótima Sugerida Figura G.3: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações Verifica-se a partir da Figura G.2 que os condutores da fase do meio praticamente permanecem com suas posições inalteradas enquanto que os condutores das fases laterais tem suas posições modificadas. Nota-se a partir da Figura G.3 que há redução dos nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo. G.1.2 Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo com Alturas dos Condutores Variáveis Em continuação ao estudo da minimização do campo elétrico ao nı́vel do solo com altura dos condutores variável. Considera-se uma distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) de 8, 10 m e uma distância entre condutores de mesma fase (dmmf) de 0, 225 m. A altura pode variar de 8, 10 a 15, 29 m. A configuração sugerida pelo processo de minimização e o campo elétrico máximo ao nı́vel do solo em cada iteração, obtidos com passo do algoritmo da Seção Áurea igual a 0, 1, podem ser observados na Tabela G.2. A configuração ótima sugerida e o perfis do campo elétrico podem ser observados nas Figuras 145 Tabela G.2: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 100 Iteração 1 100 x1 [m] -10,593 -9,826 h1 [m] 14,29 15,056 x2 [m] -10,364 -9,489 h2 [m] 14,29 15,164 x3 [m] -0,1143 0,1847 h3 [m] 14,29 14,589 x4 [m] 0,1143 0,6884 h4 [m] 14,29 14,864 x5 [m] 10,136 10,299 h5 [m] 14,29 14,453 x6 [m] 10,364 11,299 h6 [m] 14,29 15,225 Emáx [V/m] 6430,6 2861,7 Emáx [V/m] 6430,6 2861,7 G.4 e G.5. Figura G.4: Configuração Ótima Sugerida Figura G.5: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações Verifica-se a partir da Figura G.4 que a configuração ótima sugerida apresenta o condutor lateral direito fora dos limites. Isso ocorre pois mesmo devido ao pequeno valor do passo da Seção Áurea considerado, a função barreira não consegue atuar satisfatoriamente neste condutor. No entanto, verifica-se que as alturas sugeridas pelo processo de minimização atendem aos limites estabelecidos pelas restrições do algoritmo. Na Figura G.5, observa-se uma redução do campo elétrico ao nı́vel do solo inferior a obtida com os condutores de altura fixa. De maneira análoga ao caso com altura fixa, realiza-se também uma minimização do campo elétrico ao nı́vel do solo, considerando-se uma distância entre fases diferentes reduzida, ou seja, adota-se (dmf ) sendo 7 m. As posições ótimas sugeridas e o perfil do campo elétrico ao nı́vel do solo resultante podem ser observados na Tabela G.3. A configuração ótima sugerida e os perfis do campo elétrico ao nı́vel do solo, podem ser observados nas Figuras G.6 e G.7. Verifica-se a partir da Figura G.6 que a configuração sugerida adotando-se uma distância 146 Tabela G.3: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 100 Iteração 1 100 x1 [m] -10,593 -10,659 h1 [m] 14,29 14,224 x2 [m] -10,364 -9,4423 h2 [m] 14,29 15,212 x3 [m] -0,1143 -0,05073 h3 [m] 14,29 14,354 Figura G.6: Configuração Ótima Sugerida x4 [m] 0,1143 0,3198 h4 [m] 14,29 14,496 x5 [m] 10,136 10,266 h5 [m] 14,29 14,42 x6 [m] 10,364 11,25 h6 [m] 14,29 15,176 Emáx [V/m] 6423,2 2913,2 Emáx [V/m] 6423,2 2913,2 Figura G.7: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações entre fases reduzida é praticamente a mesma obtida com a distância entre fases convencional adotada anteriormente. Nota-se que o perfil do campo elétrico ao nı́vel do solo apresentado na Figura G.7 ocasiona em uma redução dos nı́veis de campos elétricos não muito expressivas. G.2 Caso 03: Configuração com Três Condutores por fase Para esta análise é utilizada a LT São Gonçalo do Pará - Ouro Preto de 500 kV da Cemig, três condutores por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura G.8 [37]. 147 Figura G.8: Configuração dos Condutores da LT 500 kV - CEMIG G.2.1 Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo com Alturas dos Condutores Fixas Considera-se nesta segunda análise, uma distância mı́nima entre fases diferente (dmf) de 8, 5 m, distância entre condutores da mesma fase (dmmf) de 0, 35 m e passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 9. As posições sugeridas ao longo do processo de otimização e o campo elétrico máximo ao nı́vel do solo podem ser observados na Tabela G.4. Tabela G.4: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 Iteração 103 x1 [m] -10,479 x2 [m] -10,25 x1 [m] x2 [m] -9,5966 -9,2423 x3 [m] -10,022 x3 [m] -7,8106 x4 [m] -0,2285 x4 [m] -0,4762 x5 [m] 0 x6 [m] 0,2285 x5 [m] 0,4852 x6 [m] 0,9587 x7 [m] 10,022 x7 [m] 6,5329 x8 [m] 10,25 x8 [m] 9,8555 x9 [m] 10,479 x9 [m] 9,2702 Emáx [V/m] 4275,4 Emáx [V/m] 3575,6 A configuração ótima sugerida e os perfis do campo elétrico obtidos ao longo do processo de minimização do campo elétrico podem ser observados nas Figuras G.9 e G.10. Verifica-se a partir da Figura G.9 que neste caso a configuração obtida apresenta um maior espaçamento entre os condutores de uma mesma fase. Nota-se que com esta modificação sugerida pelo algoritmo juntamente com a aproximação entre as diferentes fases que é possı́vel obter uma maior redução do campo elétrico ao nı́vel do solo. Esta verificação pode ser feita por meio da Figura G.10. 148 Figura G.9: Configuração Ótima Sugerida Figura G.10: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações 149 G.2.2 Minimização do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo com Alturas dos Condutores Variáveis De maneira análoga ao caso com altura não variável adota-se uma distância mı́nima entre fases (dmf) de 5, 5 m, distância entre condutores de mesma fase (dmmf) de 0, 65 m e o passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 4. As posições obtidas ao longo do processo de otimização e o campo máximo obtido podem ser observados na Tabela G.5. Tabela G.5: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 200 Iteração 1 200 x3 [m] x1 [m] x2 [m] -10,479 -9,9620 -10,25 -9,3259 h1 [m] h2 [m] h3 [m] 16,53 17,0464 16,759 17,6826 16,53 17,5961 -10,022 -8,9554 x4 [m] -0,2285 -0,1294 h4 [m] 16,53 16,629 x5 [m] 0 0,4874 h5 [m] 16,759 17,246 x6 [m] 0,2285 1,2076 h6 [m] 16,53 17,509 x7 [m] x8 [m] 10,022 10,4528 10,25 11,1716 h7 [m] h8 [m] 16,53 16,961 16,759 17,680 x9 [m] 10,479 10,386 h9 [m] 16,53 16,4375 4410,4 3790,8 Emáx [V/m] 4410,4 3790,8 A configuração ótima sugerida e os perfis do campo elétrico ao nı́vel do solo podem ser observados nas Figuras G.11 e G.12. Figura G.11: Configuração Ótima Sugerida Figura G.12: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações Nota-se na Figura G.11 que a configuração sugerida apresenta uma das fases praticamente com o mesmo aspecto da fase original, mas deslocada da sua posição original. Verifica-se em uma das fases a violação do limite direito da faixa de variação horizontal. A partir da Figura G.12 é percebida uma redução maior do campo elétrico ao nı́vel do solo comparando-se com a situação anteriormente analisada. É possı́vel notar também que diante da possibilidade da 150 variação horizontal da posição dos condutores o algoritmo não realiza a compactação do sistema sob análise como havia sido observado nos casos com altura não variável. G.3 Caso 04: Configuração com Quatro Condutores por fase Para esta análise é utilizada uma LT de 500 kV, quatro condutores por fase, do sistema de Furnas, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura G.13 [38]. Figura G.13: Configuração dos Condutores da LT 500 kV - Furnas G.3.1 Minimização do Campo Elétrico Ao Nı́vel do Solo com Alturas dos Condutores Fixas Como forma de se verificar o efeito da modificação das restrições adotadas considera-se nesta análise a mesma distância entre fases diferentes (dmf) sendo 5, 5 m e uma distância entre condutores da mesma fase (dmmf) igual a 0, 475 m. Neste caso é adotado um passo da Seção Áurea de 0, 5. As posições dos condutores sugeridas ao longo do processo de minimização e o campo máximo obtido podem ser observados na Tabela G.6. A configuração ótima sugerida e os perfis do Campo Elétrico podem ser observados nas Figuras G.14 e G.15. A configuração ótima sugerida pela Figura G.14 mostra que o algoritmo mantém a organização das fases laterais e compacta a linha de transmissão. Enquanto que na fase central realiza um afastamento entre os condutores desta fase. Na Figura G.15 nota-se que há uma redução 151 Tabela G.6: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração x1 [m] x2 [m] x3 [m] x4 [m] x5 [m] x6 [m] x7 [m] x8 [m] x9 [m] x10 [m] x11 [m] x12 [m] Emáx [V/m] 1 200 -7,975 6,5117 -7,025 -5,669 -7,025 -5,657 -7,975 -6,505 -0,475 -1,668 0,475 0,5697 0,475 1,844 -0,475 -0,415 7,025 5,614 7,975 6,502 7,975 6,503 7,025 5,596 4329,9 3911,8 Figura G.14: Configuração Ótima Sugerida Figura G.15: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações dos nı́veis de campos elétricos ao nı́vel do solo em boa parte do perfil do campo elétrico do sistema original. G.3.2 Minimização do Campo Elétrico Ao Nı́vel do Solo Com Alturas dos Condutores Variáveis Adota-se a seguir uma distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) de 5 m e mantém-se a distância entre subcondutores (dmmf) sendo 0, 90 m. Neste caso o passo do algoritmo da Seção Áurea adotado é de 0, 05. As posições dos condutores sugeridas pelo processo de minimização e o campo elétrico máximo obtido podem ser observados na Tabela G.7. A configuração ótima sugerida e os perfis do campo elétrico podem ser observados nas Figuras G.16 e G.17. Verifica-se por meio da Figura G.16 que a configuração sugerida é bem próxima da obtida anteriormente. No entanto, devido a pequenas diferenças nas distâncias obtidas pelo processo de minimização obtém-se uma ligeira melhora do perfil do campo elétrico ao nı́vel do solo, como pode ser observado na Figura G.17. 152 Tabela G.7: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração x1 [m] x2 [m] x3 [m] x4 [m] x5 [m] x6 [m] x7 [m] x8 [m] x9 [m] x10 [m] x11 [m] x12 [m] Emáx [V/m] 1 200 -7,975 -7,421 -7,025 -6,043 -7,025 -6,445 -7,975 -7,787 -0,475 -0,489 0,475 0,9034 0,475 0,4509 -0,475 -0,945 7,025 6,9283 7,975 7,9866 7,975 7,8839 7,025 6,7556 5226,2 4236,1 Iteração h1 [m] h2 [m] h3 [m] h4 [m] h5 [m] h6 [m] h7 [m] h8 [m] h9 [m] h10 [m] h11 [m] h12 [m] Emáx [V/m] 1 200 18,45 19,003 18,45 19,431 17,5 18,08 17,5 17,688 25,95 25,936 25,95 26,378 25 24,976 25 24,529 18,45 18,353 18,45 18,462 17,5 17,409 17,5 17,231 5226,2 4236,1 Figura G.16: Configuração Ótima Sugerida Figura G.17: Perfil do Campo Elétrico ao Nı́vel do Solo ao Longo das Iterações Apêndice H Campo Elétrico Superficial e o Efeito Corona Uma vez que são analisadas no capı́tulo 5 os nı́veis de campos elétricos superficiais em cada um dos condutores dos sistemas de transmissão analisados. Opta-se em se fazer ao final de cada uma das seções uma avaliação dos nı́veis de campos elétricos superficiais obtidos com relação ao campo elétrico crı́tico. Este campo crı́tico é obtido através da fórmula empı́rica de Peek, mostrada no capı́tulo 3 [18]. Espera-se que os sistemas otimizados apresentem um campo elétrico superficial máximo inferior ao campo elétrico crı́tico, para que se tenha deste modo um comportamento satisfatório com relação a ocorrência do Efeito Corona. A Tabela H.1 mostra o campo elétrico crı́tico obtido para cada um dos sistemas de transmissão analisados neste trabalho, que como pode ser observado no capı́tulo 3 depende do raio do condutor adotado. Tabela H.1: Campos Elétricos Crı́ticos - Fórmula de Peek Nı́vel de Tensão raio [cm] Emáx Crı́tico [kV /cm] 138 0,9155 40,0948 345 1,4370 38,1584 500 1,4370 38,1584 500 1,5980 37,7624 [18] Nas seções do capı́tulo 5, referentes a minimização do campo elétrico superficial, os perfis dos campos elétricos superficiais antes e após o processo de minimização são analisados com relação aos valores de campos elétricos crı́ticos obtidos na Tabela H.1. 153 154 Apêndice I Minimização do Campo Elétrico Superficial I.1 Caso 01: Configuração com Um Condutor por Fase Para esta análise é utilizada a LT de 138 kV da Cemig, com um condutor por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura I.1 [35]. Figura I.1: Configuração dos Condutores da LT 138 kV - CEMIG I.1.1 Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Fixas Como forma de se tentar obter uma configuração que atenda as restrições, analisa-se novamente a mesma configuração mostrada no capı́tulo 5, no entanto adota-se uma distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) de 1, 2 m e o passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 1. As posições sugeridas e os campos superficiais máximos obtidos ao longo do processo de minimização podem ser observados na Tabela I.1. O algoritmo gasta 1 minuto e 56 segundos para convergir neste caso. 155 156 Tabela I.1: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 100 x1 [m] -3 -3,5574 x2 [m] 0 -0,3260 x3 [m] 3 2,964 E1máx [kV/cm] 14,996 14,982 E2máx [kV/cm] 16,14 16,141 E3máx [kV/cm] 14,99 14,982 A configuração ótima sugerida pode ser observada na Figura I.2. Figura I.2: Configuração Ótima Sugerida Figura I.3: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Figura I.4: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.5: Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 dutor 03 Verifica-se a partir das Figuras I.3 a I.5 que neste caso, obteve-se praticamente a mesma redução observada para a situação anterior, apresentada no capı́tulo 5. No entanto, nesta análise embora também haja violação de um dos limites de variação horizontal dos condutores, têm-se 157 uma violação inferior a observada anteriormente para o mesmo caso analisado. I.1.2 Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Variáveis A minimização do campo elétrico superficial é novamente realizada, mantém-se as mesmas distâncias adotadas anteriormente, ou seja, distância mı́nima entre fases diferentes(dmf) de 1, 2 m. No entanto é adotado um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 1. As posições sugeridas pelo processo de minimização e o campo elétrico superficial máximo obtido podem ser observados na Tabela I.2. O algoritmo gasta 2 minutos e 3 segundos para convergir neste caso. Tabela I.2: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 100 x1 [m] -3 -3,3049 x2 [m] 0 0,021773 x3 [m] 3 3,22 h1 [m] 14,01 13,705 h2 [m] 14,01 14,032 h3 [m] 14,01 14,23 E1máx [kV/cm] 14,996 14,756 E2máx [kV/cm] 16,14 15,889 E3máx [kV/cm] 14,99 14,809 A configuração ótima sugerida pode ser observada na Figura I.6. Figura I.6: Configuração Ótima Sugerida Figura I.7: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Os perfis de campo elétrico superficial podem ser observados nas Figuras I.7,I.8 e I.9. Nota-se a partir da Figura I.6 que a configuração sugerida viola um pouco os limites laterais xe e xd, considerados inicialmente. É possı́vel verificar que neste caso a adoção do passo do algoritmo de 0, 1 ocasiona em uma redução significativa dos nı́veis de campos elétricos superficiais em cada um dos condutores na linha sob estudo. Este fato é evidenciado nas Figuras I.7, I.8 e 158 Figura I.8: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.9: Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 dutor 03 I.9 apresentadas a pouco. I.2 Caso 02: Configuração com Dois Condutores por Fase Para esta análise é utilizada a LT São Gotardo 02 - Três Marias de 345 kV da Cemig, dois condutores por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura I.10 [36]. Figura I.10: Configuração Original - LT 345 kV I.2.1 Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Fixas Realiza-se novamente a minimização, no entanto adota-se um passo do algoritmo de minimização de 0, 1. A distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) adotada é de 7 m e a distância 159 mı́nima entre subcondutores (dmmf) é de 0, 45 m. As posições sugeridas ao longo do processo de minimização e os campos máximos obtidos podem ser observados na Tabela I.3. O algoritmo gasta 37 segundos para convergir neste caso. Tabela I.3: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 9 Iteração 1 9 x1 [m] -10,479 -10,579 E1máx [kV/cm] 30,162 13,884 x3 [m] x2 [m] -10,250 -10,049 -0,228 -0,22819 E2máx [kV/cm] 20,518 14,786 E3máx [kV/cm] 15,434 14,378 x4 [m] 0 -0,0002 E4máx [kV/cm] 14,36 14,376 x5 [m] 10,022 9,8068 E5máx [kV/cm] 14,366 14,764 x6 [m] 10,250 10,36 E6máx [kV/cm] 15,441 13,856 A configuração ótima sugerida pode ser visualizada na Figura I.11. Uma ampliação para que se possa visualizar a configuração sugerida em uma das fases, pode ser verificada na Figura I.12. Figura I.11: Configuração Ótima Sugerida Figura I.12: Vista em Detalhe da Fase 01 Verifica-se a partir da Figura I.11 e I.12 que os condutores extremos a direita e a esquerda da linha de transmissão sob análise estão levemente fora dos limites estabelecidos. No entanto, esta configuração permite obter os perfis de campo elétricos superficiais apresentados nas Figuras I.13 a I.18. Verifica-se a partir das Figuras I.13 e I.14 que o perfil do campo elétrico superficial dos condutores da fase 01 tem um perfil mais comportado. Ou seja, verifica-se uma diminuição do campo elétrico superficial máximo e uma elevação do mı́nimo. 160 Figura I.13: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Figura I.14: Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 Figura I.15: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Figura I.16: Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 A partir das Figuras I.15 e I.16 nota-se que há uma redução significativa dos máximos do perfil do campo elétrico superficial obtido em ambos os condutores. Nas Figuras I.17 e I.18 percebe-se um comportamento semelhante ao obtido na primeira fase. Há uma redução dos máximos e um aumento dos mı́nimos observados ao longo dos perfis de campos elétricos superficiais obtidos. 161 Figura I.17: Campo Elétrico Superficial - Condutor 05 I.2.2 Figura I.18: Campo Elétrico Superficial - Condutor 06 Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Variáveis A configuração utilizada para a minimização do campo elétrico superficial com altura dos condutores variável é a mesma considerada a pouco com altura não variável. Nesta análise para a mesma configuração de dois condutores por fase, adota-se no entanto uma distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) de 7 m e uma distância mı́nima entre condutores da mesma fase (dmmf) de 0, 45 m. O passo do algoritmo da Seção Áurea adotado é de 0, 1. As posições sugeridas ao longo do processo de minimização e o campo elétrico superficial máximo calculado podem ser observados na Tabela I.4. O algoritmo gasta 46 segundos para convergir neste caso. Tabela I.4: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 13 Iteração 1 13 Iteração 1 13 x1 [m] -10,479 -10,182 h1 [m] 14,29 14,586 E1máx [kV/cm] 20,518 13,641 x2 [m] -10,250 -10,445 h2 [m] 14,29 14,095 E2máx [kV/cm] 15,434 14,574 x3 [m] -0,228 -0,2281 h3 [m] 14,29 14,29 E3máx [kV/cm] 14,36 14,374 x4 [m] 0 -0,0004 h4 [m] 14,29 14,29 E4máx [kV/cm] 14,366 14,374 x5 [m] 10,022 9,809 h5 [m] 14,29 14,077 E5máx [kV/cm] 15,441 14,63 x6 [m] 10,250 10,458 h6 [m] 14,29 14,498 E6máx [kV/cm] 30,162 13,713 A configuração ótima sugerida e uma visão ampliada da fase 01 podem ser observadas nas Figuras I.19 e I.20, respectivamente. 162 Figura I.19: Configuração Ótima Sugerida Figura I.20: Vista Ampliada da Fase 01 Resultante Neste caso, novamente tem-se a partir da Tabela I.4 a constatação de que um dos condutores da fase da direita extrapola a fronteira lateral direita, mas de maneira branda. Novamente, é sugerido pelo algoritmo a troca de posições entre os subcondutores da fase 01. Os perfis do campo elétrico em cada um dos condutores podem ser observados nas Figuras I.21 a I.26. Figura I.21: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 Figura I.22: Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 Na fase 01, que tem os perfis obtidos apresentados nas Figuras I.21 e I.22, nota-se uma redução da variação dos nı́veis de campos elétricos superficiais ao longo dos condutores analisados. Na fase central, cujos perfis podem ser observados nas Figuras I.23 e I.24, nota-se que há uma redução significativa dos valores de máximos campos elétricos superficiais observados para os condutores desta fase. 163 Figura I.23: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 Figura I.24: Campo Elétrico Superficial - Condutor 04 Figura I.25: Campo Elétrico Superficial - Condutor 05 Figura I.26: Campo Elétrico Superficial - Condutor 06 Verifica-se nas Figuras I.25 e I.26 que neste caso há uma redução na variação do campo elétrico ao longo da superfı́cie do condutor considerado. I.3 Caso 03: Configuração com Três Condutores por Fase Para esta análise é utilizada a LT São Gonçalo do Pará - Ouro Preto de 500 kV da Cemig, três condutores por fase, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura I.27 [37]. 164 Figura I.27: Configuração Original - LT 500 kV I.3.1 Minimização do Campo Elétrico Superficial Com Alturas dos Condutores Fixas Nesta segunda análise considera-se a mesma configuração inicial adotada anteriormente. No entanto, neste caso, adota-se uma distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) de 5, 5 m e uma distância mı́nima entre condutores de mesma fase (dmmf) de 0, 65 m. Nesta análise adota-se um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 2. A configuração ótima sugerida e uma vista em detalhe da terceira fase, podem ser observadas nas Figuras I.28 e I.29. Figura I.28: Configuração Ótima Sugerida Figura I.29: Vista em Detalhe da Fase 01 Verifica-se nas Figuras I.28 e I.29 que o condutor central da terceira fase troca de lugar com o condutor extremo da direita da terceira fase. Nota-se na Figura I.29 que na primeira fase, um dos condutores extrapola levemente o limite lateral esquerdo(xe). As posições sugeridas ao longo do processo de minimização e os campos elétricos superficiais máximos obtidos podem ser observados na Tabela I.5. O algoritmo gasta 1 minuto e 28 segundos para convergir neste caso. 165 Tabela I.5: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 6 Iteração 1 6 x1 [m] -10,479 -10,522 E1máx [kV/cm] 53,906 16,563 x2 [m] -10,25 -10,155 E2máx [kV/cm] 17,611 18,566 x3 [m] -10,022 -9,873 E3máx [kV/cm] 17,069 16,364 x4 [m] -0,2285 -0,2249 E4máx [kV/cm] 14,937 14,891 x5 [m] 0 -0,0015 E5máx [kV/cm] 15,645 16,56 x6 [m] 0,2285 0,2271 E6máx [kV/cm] 14,926 14,37 x7 [m] 10,022 9,8904 E7máx [kV/cm] 17,095 16,816 x8 [m] 10,25 10,452 E8máx [kV/cm] 17,618 18,104 x9 [m] 10,479 10,211 E9máx [kV/cm] 73,98 16,1731 Os perfis dos campos elétricos superficiais obtidos em cada um dos condutores do sistema de transmissão estudado podem ser observados nas Figuras I.30 a I.38. Figura I.30: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 01 Figura I.31: Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 01 Verifica-se a partir das Figuras I.30, I.31 e I.32 o comportamento do perfil do campo elétrico superficial nos condutores da fase 01. Nota-se que em dois dos condutores da fase há redução do campo elétrico superficial máximo, enquanto que no condutor central da primeira fase não há melhorias observadas. Percebe-se nas Figuras I.33, I.34 e I.35 que na fase do meio é possı́vel obter redução dos nı́veis dos campos elétricos superficiais nos três condutores. Nota-se que a redução é mais acentuada nos condutores laterais, onde há redução do máximo e do mı́nimo campo elétrico superficial originalmente observado. 166 Figura I.32: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 01 Figura I.33: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 Figura I.34: Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 02 Figura I.35: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 02 Figura I.36: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 03 Figura I.37: Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 03 167 Figura I.38: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 03 Nos condutores da fase 03, verifica-se a partir das Figuras I.36, I.37 e I.38 um comportamento análogo ao observado para os condutores da primeira fase. Nota-se uma redução do perfil do campo elétrico superficial nas Figuras I.36 e I.38. Enquanto que na Figura I.37 o perfil do campo elétrico obtido não apresenta melhorias em relação ao campo elétrico original. I.3.2 Minimização do Campo Elétrico Superficial Com Alturas dos Condutores Variáveis A configuração utilizada para a minimização do campo elétrico superficial com altura dos condutores variável é a mesma considerada a pouco com altura não variável. Realiza-se nesta segunda análise a minimização do campo elétrico superficial, considerando-se as mesmas distâncias mı́nimas entre fases diferentes e entre condutores de mesma fase, adotadas durante a primeira análise. Adota-se distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) de 8, 5 m e uma distância mı́nima entre condutores da mesma fase (dmmf) de 0, 35 m. No entanto com um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 2. As posições sugeridas pelo processo de minimização e os campos elétricos superficiais máximos calculados podem ser observados na Tabela I.6. O algoritmo gasta 1 minuto e 52 segundos para convergir neste caso. A configuração ótima sugerida e uma vista ampliada da fase 01, podem ser verificadas nas Figuras I.39 e I.40. Deve ser observado que o algoritmo sugere a troca de posições entre os condutores 02 e 03 da fase 01 e entre os condutores 02 e 03 da terceira fase. Verifica-se a partir das Figuras I.39 e I.40, que os condutores extremos laterais extrapolam um pouco os limites estabelecidos pelo algoritmo. No entanto, como pode ser observado nas Figuras I.41 a I.49, nota-se que com o passo considerado neste caso, a redução do perfil do campo elétrico superficial é substancialmente superior ao obtido anteriormente. Verifica-se a partir das Figuras I.41 a I.43 que a configuração otimizada acarreta em redução 168 Tabela I.6: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração 1 7 Iteração 1 7 Iteração 1 7 x1 [m] x2 [m] -10,479 -10,606 -10,25 -9,8078 h1 [m] h2 [m] x3 [m] -10,022 -10,137 h3 [m] x4 [m] -0,2285 -0,2743 h4 [m] x5 [m] 0 0,0662 h5 [m] x6 [m] 0,2285 0,2090 h6 [m] x7 [m] 10,022 9,7819 h7 [m] x8 [m] 10,25 10,542 h8 [m] x9 [m] 10,479 10,224 h9 [m] 16,53 16,402 16,759 17,201 16,53 16,415 16,53 16,484 16,759 16,825 16,53 16,511 16,53 16,29 16,759 17,051 16,53 16,275 E1máx [kV/cm] E2máx [kV/cm] E3máx [kV/cm] E4máx [kV/cm] E5máx [kV/cm] E6máx [kV/cm] E7máx [kV/cm] E8máx [kV/cm] E9máx [kV/cm] 53,739 16,007 17,62 17,295 17,011 16,332 14,84 14,607 15,662 15,676 14,867 14,729 16,997 16,503 17,633 17,302 73,77 15,975 Figura I.39: Configuração Ótima Sugerida Figura I.40: Vista Ampliada da Fase 01 Resultante dos nı́veis de campos elétricos superficiais nos condutores 01 e 03, enquanto que no condutor 02 a minimização não acarreta em redução do perfil do campo elétrico superficial observado. Nota-se nas Figuras I.44 a I.46 que o perfil do campo elétrico superficial na fase do meio apresenta redução dos nı́veis de campos elétricos superficiais nos três condutores. Verifica-se nas Figuras I.47 a I.49 que de maneira semelhante ao observado na fase 01, há redução do perfil do campo elétrico superficial nos condutores 01 e 03 e elevação dos nı́veis de campos elétricos superficiais no condutor 02. 169 Figura I.41: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 01 Figura I.42: Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 01 Figura I.43: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 01 Figura I.44: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 Figura I.45: Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 02 Figura I.46: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 02 170 Figura I.47: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 03 Figura I.48: Campo Elétrico Superficial - Condutor 02 - Fase 03 Figura I.49: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 03 I.4 Caso 04: Configuração com Quatro Condutores por Fase Para esta análise é utilizada uma LT de 500 kV, quatro condutores por fase, do sistema de Furnas, cuja configuração geométrica pode ser observada na Figura I.50 [38]. 171 Figura I.50: Configuração dos Condutores da LT 500 kV - Furnas I.4.1 Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Fixas Uma segunda análise é apresentada a seguir. Considera-se uma distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) de 5, 5 m e uma distância mı́nima entre condutores da mesma fase (dmmf) de 0, 475 m. O passo do algoritmo da Seção Áurea considerado é de 0, 1. As posições sugeridas pelo processo de otimização e o campo elétrico superficial máximo obtido podem ser observados na Tabela I.7. O algoritmo gasta 3 minutos e 49 segundos para convergir neste caso. Tabela I.7: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração x1 [m] x2 [m] x3 [m] x4 [m] x5 [m] x6 [m] x7 [m] x8 [m] x9 [m] x10 [m] x11 [m] x12 [m] 1 7 -7,975 -8,056 -7,025 -7,025 -7,025 -6,950 -7,975 -8,139 -0,475 -0,475 0,475 0,4749 0,475 0,4749 -0,475 -0,474 7,025 6,9644 7,975 8,1426 7,975 8,1651 7,025 6,876 Iteração E1máx E2máx E3máx E4máx E5máx E6máx E7máx E8máx E9máx E10máx E11máx E12máx [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] 1 7 45,456 14,714 13,844 13,839 16,651 15,735 32,112 15,715 15,943 15,964 14,302 14,307 15,263 15,258 15,059 15,05 17,159 15,703 46,262 15,222 49,081 16,077 15,301 14,918 A configuração ótima sugerida e uma vista ampliada da fase 01 resultante pode ser verificada nas Figuras I.51 e I.52, respectivamente. Os perfis dos campos elétricos superficiais de cada um dos condutores da configuração original, e da configuração ótima sugerida podem ser visualizados nas Figuras I.53 a I.64. 172 Figura I.51: Configuração Ótima Sugerida Figura I.52: Vista Ampliada da Fase 01 Resultante Figura I.53: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.54: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 01 dutor 02 - Fase 01 Figura I.55: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.56: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 01 dutor 04 - Fase 01 173 Nota-se a partir das Figuras I.53 a I.56 que na fase 01 os condutores apresentam comportamentos diferentes com relação ao processo de otimização implementado. Verifica-se que no condutor 01 há uma inversão entre as regiões de máximos e mı́nimos. No condutor 02 conseguese uma redução expressiva do perfil do campo elétrico superficial. Enquanto que nos condutores 03 e 04 é possı́vel obter melhora em pequenas regiões dos perfis originalmente observados. Figura I.57: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.58: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 dutor 02 - Fase 02 Figura I.59: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.60: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 02 dutor 04 - Fase 02 Verifica-se a partir das Figuras I.57 a I.60 que o máximo campo elétrico superficial originalmente observado é reduzido em três dos quatro condutores da segunda fase. Verifica-se a partir das Figuras I.61 a I.64 que na fase 03 há uma inversão entre a localização de máximos e mı́nimos nos condutores 02, 04 e 04. Em todos os condutores da terceira fase observa-se redução dos perfis dos campos elétricos ao longo de algumas regiões do perfil originalmente observado. 174 Figura I.61: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.62: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 03 dutor 02 - Fase 03 Figura I.63: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.64: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 03 dutor 04 - Fase 03 I.4.2 Minimização do Campo Elétrico Superficial com Alturas dos Condutores Variáveis Considera-se a mesma configuração de quatro condutores por fase analisada anteriormente com a altura dos condutores fixa durante o processo de minimização. Nesta segunda análise, mantêm-se a distância mı́nima entre fases diferentes (dmf) de 5, 5 m e reduz-se a distância mı́nima entre condutores da mesma fase (dmmf) para 0, 475 m. Utiliza-se neste caso um passo do algoritmo da Seção Áurea de 0, 1. As posições sugeridas pelo processo de minimização e o campo elétrico máximo obtido podem ser observados na Tabela I.8. O algoritmo gasta 3 minutos e 59 segundos para convergir neste caso. A configuração ótima sugerida e uma vista ampliada da fase 01, podem ser visualizadas nas Figuras I.65 e I.66. 175 Tabela I.8: Configuração Sugerida pelo Processo de Minimização Iteração x1 [m] x2 [m] x3 [m] x4 [m] x5 [m] x6 [m] x7 [m] x8 [m] x9 [m] x10 [m] x11 [m] x12 [m] 1 7 -7,975 8,0568 -7,025 -7,024 -7,025 -6,950 -7,975 -8,139 -0,475 -0,475 0,475 0,474 0,475 0,4749 -0,475 -0,474 7,025 6,9539 7,975 8,1497 7,975 8,1664 7,025 6,8775 Iteração h1 [m] h2 [m] h3 [m] h4 [m] h5 [m] h6 [m] h7 [m] h8 [m] h9 [m] h10 [m] h11 [m] h12 [m] 1 7 18,45 18,368 18,45 18,45 17,5 17,574 17,5 17,335 25,95 25,95 25,95 25,95 25 25 25 25 18,45 18,379 18,45 18,625 17,5 17,691 17,5 17,353 Iteração E1máx E2máx E3máx E4máx E5máx E6máx E7máx E8máx E9máx E10máx E11máx E12máx [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] [kV/cm] 1 7 45,466 14,927 13,831 13,842 16,651 15,705 32,122 15,582 15,941 15,982 Figura I.65: Configuração Ótima Sugerida 14,3 14,313 15,26 15,259 15,058 15,058 17,16 15,585 46,274 15,151 49,092 15,972 15,3 14,663 Figura I.66: Vista Ampliada da Fase 01 Resultante Os perfis dos campos elétricos superficiais antes e após o processo de minimização do campo elétrico superficial, podem ser verificados nas Figuras I.67 a I.78. Verifica-se nas Figuras I.67 a I.70 que o comportamento do perfil do campo elétrico superficial de cada um dos condutores depois do processo de minimização é diferenciado. No condutor 01, mostrado na Figura I.67, há uma inversão do perfil do campo elétrico superficial, com mudança entre a região de máximos e mı́nimos. No condutor 02, mostrado na Figura I.68, nota-se que há uma redução considerável do perfil do campo elétrico superficial. Nos condutores 03 e 04, mostrados nas Figuras I.69 e I.70, obteve-se uma redução do perfil do campo elétrico superficial em poucos pontos. 176 Figura I.67: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.68: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 01 dutor 02 - Fase 01 Figura I.69: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.70: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 01 dutor 04 - Fase 01 Nota-se que o perfil do campo elétrico superficial de cada um dos condutores da segunda fase, mostrados nas Figuras I.71 a I.74, apresentam um máximo campo elétrico superficial inferior ao máximo apresentado pelo sistema inicial, exceto no condutor 01. Verifica-se a partir das Figuras I.75 a I.78 que o perfil do campo elétrico superficial nos condutores 01 e 04 apresentam uma redução mais significativa do que a redução observada para os condutores 02 e 03. 177 Figura I.71: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.72: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 02 dutor 02 - Fase 02 Figura I.73: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.74: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 02 dutor 04 - Fase 02 Figura I.75: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.76: Campo Elétrico Superficial - Condutor 01 - Fase 03 dutor 02 - Fase 03 178 Figura I.77: Campo Elétrico Superficial - Con- Figura I.78: Campo Elétrico Superficial - Condutor 03 - Fase 03 dutor 04 - Fase 03