Falando de anticoncepção Uma pergunta freqüente que as mães e os pais nos fazem é: como devo falar sobre anticoncepcionais com meus filhos? Profissionais que lidam com educação sexual são unânimes em afirmar que a melhor forma de abordar este tema é sendo o mais natural possível. Afinal, os métodos anticoncepcionais estão aí e dificilmente seus filhos e suas filhas nunca ouviram falar deles. De maneira geral, os adolescentes e as adolescentes sentem muita necessidade de conversar com seus pais sobre a sua sexualidade. Querem ser escutados e esclarecidos e não julgados. Por isso, o melhor caminho é ser simples e responder àquilo que foi perguntado. Agindo assim, estará aberta a porta para novas perguntas e confidencias. Vale lembrar também que o uso da camisinha nos dias de hoje é uma das práticas mais importantes para se prevenir da contaminação pelo HIV, o vírus da Aids. Mais do que nunca, é preciso falar sobre o seu uso para nossos filhos e filhas. Do mesmo modo, é preciso conscientizá-los de que a anticoncepção é uma responsabilidade tanto do homem quanto da mulher e que é fundamental que o casal converse sobre tudo isso antes de iniciar sua vida sexual. Pensem nisso! Um grande abraço. Silvani e Sylvia Métodos Anticoncepcionais são recursos que podem ser usados, tanto pelos homens quanto pelas mulheres, para evitar a gravidez. Eles podem ser divididos em várias categorias: Métodos de Barreira • Camisinha ou Preservativo • Diafragma • Espermicidas Métodos Comportamentais • Tabelinha • Muco • Temperatura • Coito Interrompido Métodos Hormonais • Pílulas • Injeções • Implantes Dispositivos colocados no útero • DIU (dispositivo intra uterino) Métodos Cirúrgicos • Laqueadura (esterilização feminina) • Vasectomia (esterilização masculina) É importante saber que... • antes de começar a usar qualquer método, é preciso buscar informação sobre todos eles, porque só assim poderemos escolher o melhor para o nosso caso; • o direito à contracepção está assegurado pela Constituição Federal; • a anticoncepção é responsabilidade tanto do homem quanto da mulher; • antes de optar por algum método anticoncepcional, é necessário passar por uma consulta médica para aprendermos mais sobre o nosso corpo e sabermos quais os métodos adequados para garantir nossa boa saúde; • a camisinha é o único método usado pelo homem e o seu uso permite ao homem participar da contracepção; • a camisinha é, por enquanto, o único anticoncepcional que previne das doenças sexualmente transmissíveis e da Aids; DESCRIÇÃO DOS MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS Como você pode observar, existem vários métodos que impedem a gravidez. Detalharemos aqueles mais conhecidos e usados no Brasil, a forma correta de usá-los, bem .como os que podem causar problemas à saúde da mulher. Métodos de Barreira São métodos que utilizam produtos ou instrumentos para impedir a passagem dos espermatozóídes através da vagina. A camisinha e o diafragma são dois métodos muito bons porque, além de eficazes quando usados corretamente, não prejudicam a saúde da mulher. Camisinha É uma capa de borracha bem fininha, flexível e resistente que, colocada no pênis, retém o sêmen quando o homem ejacula. Ela funciona como uma barreira que impede o espermatozóide de fecundar o óvulo. Além de método anticoncepcional, serve também para prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis e a Aids, já que o pênis não fica em contato direto com a vagina. Para se ter mais segurança, é importante observar o prazo de validade da camisinha, se a embalagem não está rasgada ou furada e se ela é lubrificada. As camisinhas lubrificadas são mais resistentes e, se colocadas corretamente, raramente rasgam. A camisinha não tem contra-indicação e não traz prejuízo para a saúde do homem nem da mulher. Como usar • Deve ser colocada antes da penetração vaginal e quando o pênis já estiver ereto. • Desenrolar a camisinha só um pouco e colocá-la na cabeça do pênis, deixando uma folga na ponta para servir de depósito para o sêmen. • Antes de desenrolar o restante, segurar essa pontinha de forma a fazer sair o ar, evitando assim que a camisinha estoure na hora da ejaculação. • Desenrolar cuidadosamente até a altura dos pêlos, evitando rompê-la com a unhas. • Depois da ejaculação, retirar o pênis ainda ereto da vagina, segurando na borda da camisinha para não escapar o líquido seminal. • Retirar a camisinha do pênis e jogá-la fora. A camisinha é descartável, isto é, não pode ser reaproveitada. • Caso a relação continue, colocar uma nova camisinha antes da penetração vaginal. Camisinha Feminina O Femidom, ou camisinha feminina, é um canudo de borracha fina, de mais ou menos 25 cm de comprimento, com um anel cm cada ponta. O anel menor fica na parte fechada do canudo e é introduzido na vagina, para se encaixar no colo do útero. O anel maior fica no lado aberto e se prende à parle externa da vagina. O Femidom não permite o contaio das secreções genitais masculinas e femininas, evitando a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis e Aids. Ele d lubrificado e descartável No Brasil, ainda está sendo testado e por isso não esiá à venda. — Diafragma Diafragma é uma concha de borracha fina que a mulher coloca na vagina para cobrir o colo do útero. Deve ser utilizada sempre com um espermicida, que é um creme ou geléia feito com substâncias químicas que, quando colocado na vagina, mata ou imobiliza os espermatozóides. O diafragma é um método recomendado para adolescentes e mulheres adultas porque não interfere no ciclo menstrual, ajuda a conhecer melhor o corpo e raramente provoca efeitos colaterais. Como usar • Antes de optar pelo uso do diafragma, é preciso fazer um exame ginecológico completo para saber o tamanho, modelo e a forma correta de colocá-lo e tirá-lo. O diafragma é colocado com as mãos, na posição que a mulher preferir, deitada, de cócoras ou em pé. • Recomenda-se usar o diafragma em todas as relações sexuais e sempre associado ao uso do espermicida, que garante a eficácia do método. Como os espermicidas não têm ação duradoura, é importante colocar o diafragma na hora da relação sexual ou, no máximo, duas horas antes. A cada nova ejaculação, é preciso colocar mais espermi- cida na vagina, sem deslocar o diafragma. Somente oito horas depois da última ejaculação é que ele poderá ser retirado. O diafragma não deve permanecer na vagina por mais de 24 horas para evitar riscos de infecção. • Para conservar o diafragma é necessário lavá-lo, depois de retirado, com água fria e sabão neutro. • • Todas as vezes que for colo- cá-lo, examinar contra a luz para ver se não furou ou se está pegajoso ou enrugado. Nestes casos, precisa ser substituído por outro. Atenção • O diafragma nãoprevine do contado pelo HIV, isto é, o vírus da Aids. • Os cremes c geléias espermicidas não devem ser usados sozinhos porque têm alto índice de falhas. • Fonte; Araújo, M.J. et altii. Métodos Anticoncepcionais, O Direito à Informação. Fundação Carlos Chagas, 1986. Métodos CoinptórtiHnentais São prátícàg;:; que dependem basicamente dp/comportamento do homem ou da imflher e da observação do próprio corpo. A tabeUnha, a temperatura e o niuco não prejudicam a saúde, e são muito importantes para se conhecer o próprio corpo. Entretanto, não são eficazes como métodos anticoncepcionais porque muitas mulheres têm um ciclo menstrual irregular. O coito interrompido, por sua vez, também não deve ser escolhido como método porque nem sempre o homem consegue retirar o pênis no momento certo e ejacular longe da entrada da vagina. TabeUnha Para usar este método é necessário, antes de mais nada, conhecer o próprio ciclo menstrual e localizar os dias do "período fértil", isto é, os dias com possibilidades de engravidar, para evitar ter relações sexuais neste período. Não é indicado para adolescentes, nem para mulheres que têm ciclo irregular. Como identificar o período fértil • Marque com o número 1 no calendário o dia em que você menstruou. • Faça isso durante 8 a 12 meses seguidos. • Passado esse tempo, conte e anote quantos dias durou cada ciclo, montando um esqueminha conforme o exemplo*abaixo: 1° dia das menstruações: 4,3 - 31/3 - 28/4 - 29/5 - 27/6 - 26/7 - 25/8 - 27/9 27 28 31 29 29 30 33 Dias duração do ciclo »Agora você vai precisar verificar nas suas anotações qual foi o seu período mais curto e o mais longo, para poder obter o seu período fértil: o início provável do período fértil é obtido subtraindo 18 dias do ciclo mais curto. Ex.: 27-18 = 9° Dia o final provável do período fértil é obtido subtraindo 11 dias do ciclo mais longo. Ex.: 33 -11 = 22° Dia Você obtém então a seguinte informação: o seu período fértil corresponde do 9o ao 22° dia do ciclo (ambos os dias, inclusive) e nestes dias você não deve ter relação com penetração. • Quando a menstruação descer, marcar no calendário quais serão os dias férteis do ciclo. Não ter relações com penetração vaginal nesses dias. • • Há outras informações que valem a pena saber: - a ovulação sempre ocorre 14 dias antes da menstruação seguinte, independentemente do tamanho do ciclo menstrual. A tabelinha não permite identificar, com exatidão, o dia em que o óvulo é expulso do ovário e atraído para a trompa. - o tempo de vida dos espermatozóides no interior dos órgãos genitais femininos é, em média, de 5 dias. - o tempo de vida do óvulo, depois da ovulação é de um dia (24 horas). Muco Secreção vaginal que às vezes pode ser vista na calcinha ou no papel higiênico. Suas variações permitem identificar o período fértil. Não é recomendado para adolescentes, nem para mulheres com ciclos irregulares, pois fica difícil observar as mudanças dessa secreção. Como Usar Colocando o dedo na vagina, todos os dias, à mesma hora, vê-se que o muco muda de consistência conforme o período do ciclo: dias secos: - terminada a menstruação, a vagina fica seca por dois ou três dias; dias molhados: - começa com um muco grosso, opaco, que aos poucos vai ficando ralo; - no período da ovulação, o muco se torna transparente e elástico, como clara de ovo; - depois volta a ficar grosso e pastoso; dias secos: - a vagina torna a ficar seca alguns dias antes de descer novamente a menstruação. O período fértil corresponde aos dias molhados. Evitar ter relações com penetração vaginal nesses dias. Temperatura É um método que permite identificar o momento da ovulação através da tomada da temperatura do corpo da mulher. Como usar • Sabe-se que a temperatura normal do corpo humano está em torno de 36,50C. • Durante o período fértil, a temperatura sofre alterações: quando a ovulação está para ocorrer, a temperatura cai um pouco e, logo em seguida à ovulação, eleva-se de 0,3 a 0,5oC. Ela permanece elevada até a menstruação seguinte. • Esse aumento mantido durante 48 horas indica que o período fértil terminou. • Deve-se evitar o contato do esperma com a vagina durante toda a primeira fase do ciclo até três dias depois da elevação da temperatura. Coito Interrompido É uma prática que consiste em retirar o pênis da vagina antes de ejacular. Se a ejaculação ocorre fora, mas perto da vagina, o risco de engravidar é muito grande. Portanto, não é aconselhável porque não é eficaz. ..:! Métodos Uf«ü|HÍHais São Ç0Íí|j|Í:lpnidos ou injeções feitos coiHJjítoifjfhônios não naturais. Evitam a jjí&Hpez porque não deixam o óvulo sáíjijâb ovário e engrossam o muco quéjipTica na vagina, não deixando íjij: espermatozóide passar. São eles: f Pílula Anticoncepcional É um comprimido feito com hormônios não naturais. Atuam no equilíbrio hormonal do corpo, impedindo que a ovulação ocorra. Aconselha-se as adolescentes a esperarem no mínimo 2 anos de menstruações regulares para tomar, e necessita de acompanhamento médico no mínimo de 6 em 6 meses. Como usar • Antes de começar a tomar a pílula é imprescindível passar por uma consulta médica para receber as orientações necessárias, avaliar o estado geral de saúde da mulher e verificar se ela está em condições de usá-la, pois nem todas as mulheres podem fazer uso da pílula. • Há vários tipos de pílula. Todas são ingeridas por via oral, diariamente. • A orientação de como tomá-la deve ser feita de forma cuidadosa por profissionais da área da saúde, em consultórios, postos de saúde públicos ou serviços especializados. Atenção É grande o número de adolescentes e de mulheres que usam pílula sem passar por uma orientação médica. Em geral, compram na farmácia e muitas vezes tomam a pílula de maneira errada, como por exemplo, só no dia em que tSm relacionamento sexual. Correm o risco de engravidar ou de ler a saúde prejudicada. Injeções e Implantes De maneira geral, os métodos hormonais atuam segundo um princípio comum: interferem no equilíbrio hormonal do corpo, alterando o desenvolvimento do endométrio, o movimento das trompas, a produção do muco cervical e também impedindo que a ovulação ocorra. As injeções e os implantes são eficazes na prevenção da gravidez, mas podem afetar seriamente a saúde da mulher; portanto, não são indicados. Oispositivos co^aüàs no útero É um íib|éip.ifllíH'; colocado dentro do útero, ^J2:^r«biicepção. O único dispositivo (||ir|$pb no Brasil é o DIU (disposi^Sáiitra-uterino). Dispositivo Iift&ftJterino Pequeno o&jpo de plástico ou de cobre, com um %o de nylon na ponta, que é colocado no interior do útero. Há vários modelos, com formatos e tamanhos diferentes. Alguns têm um fio de cobre enrolado, porque esse metal modifica a acidez do útero e dificulta a sobrevivência dos espermatozóides. Não é recomendado para adolescentes ou mulheres que nunca engravidaram. Como usar • O uso do DIU exige cuidados especiais. Antes de colocar, a mulher deve fazer exame ginecológico completo, ver se há alguma infecção para ser tratada, verificar se está grávida ou não, avaliar o tamanho e a posição do útero e as condições gerais de sua saúde. Isto porque são muitas as contra-indicações para o seu uso. • A colocação é feita em consultório ginecológico por pessoa especialmente treinada para isso. Não há necessidade de anestesia nem de repouso. Muitos recomendam colocar durante a menstruação porque o colo do útero está mais aberto e tem-se a certeza de que a mulher não está grávida. • As mulheres que colocam DIU devem observar rigorosamente seu corpo porque há uma tendência maior para desenvolver doenças inflamatórias do aparelho genital, gravidez extra-uterina e, em alguns casos, infertilidade causada por essas doenças. Quem usa DIU deve ir à consulta ginecológica no mínimo duas vezes por ano. • O DIU também deve ser retirado por profissionais treinados, em consultórios que tenham condições adequadas. • O DIU não atrapalha a relação sexual. Métodos Cirúrgicos A esterilização não é exatamente um "método" anticoncepcional, mas uma cirurgia que se realiza no homem ou na mulher com a finalidade de evitar definitivamente a concepção. Existem dois tipos de esterilização: Esterilização Feminina: laqueadura ou ligação de trompas A operação consiste em cortar e obstruir as trompas, impedindo o encontro do óvulo com o espermatozóide. Pode ser feita através da vagina ou por uma incisão na barriga, com anestesia geral ou local. É um método praticamente definitivo. Por isso, a mulher só deve fazê-lo se estiver bem informada e segura da sua escolha. Muitas mulheres pensam que, operando de novo, podem voltar a ter filhos, mas esta nova operação é complicada, cara e na maioria das vezes não dá resultados positivos. Esterilização Masculina: vasectomia É uma operação que corta ou bloqueia os canais que levam os espermatozóides dos testículos até o pênis. É uma cirurgia rápida, feita com anestesia local. Não provoca a impotência, não prejudica a potência e nem afeta o desejo sexual do homem. No caso do homem querer voltar a ser fértil, há algumas possibilidades de uma nova cirurgia apresentar resultados positivos. Daniel, A gente tem se falado muito pouco, mas tenho percebido um monte de coisas que vêm acontecendo na sua vida. Por exemplo, você está namorando com a Débora já há algum tempo e eu, que já passei por tudo isso, sei muito bem aonde este amor todo e essas carícias podem chegar. Antigamente, meu filho, ensinavam para a gente que não tínhamos que nos preocupar com nada, só em transar com o maior número possível de mulheres, que anticoncepção era um problema só das mulheres e que a camisinha só deveria ser usada com prostitutas para não pegar doença. Não é preciso ser mais nenhum gênio para perceber que os tempos são outros e que precisamos enterrar definitivamente uma série de crenças que havia nos. tempos dos meus pais. Então, meu filho, do mesmo modo que não é verdade que manga com leite faz mal (como a vovó Ita sempre fala), também não é verdade que só as mulheres têm que pensar em evitar filhos. A responsabilidade é meio a meio, 50% de cada um, certo? E outra, quando eu era jovem não existia a Aids, mas agora ela está aí. Não tem cura e a única forma de se garantir é usando a camisinha. Aquele papo do seu amigo Paulinho de que usar camisinha é como "chupar bala com papel" está mais por fora do que "umbigo de vedete" (como se dizia no meu tempo). Também não entre nessa de que Aids só acontece com gay, com drogado ou com hemofílico. Isso é uma tremenda de uma besteira! Qualquer pessoa pode contrair o vírus da Aids, basta não se cuidar. Por isso, meu filho, apesar de você não ter pedido a minha opinião, eu queria sugerir uma coisa: antes de você e a Débora transarem, que conversassem sobre os anticoncepcionais e que você fosse com ela consultar uma ginecologista. Para mim, essas decisões tomadas juntos é que são uma tremenda prova de amor. Bom, não querendo ser chato e repetitivo, não se esqueça que a camisinha é o único anticoncepcional que previne dos riscos das doenças sexualmente transmissíveis e da Aids, tá? Um abraço bem forte, Wilson ECOS é uma organização nSo governamental, apoiada pela Fundação MacArthur, que realiza estudos, desenvolve recursos humanos e produz material impresso e audiovisual nos assuntos relacionados à Sexualidade, Reprodução Humana e Relações de Gênero. Equipe Responsável Cecília Simonetti Margareth Arilha Osmar Leite Silvani Arruda Syivia Cavasin Vera Simonetti Boletim Transa Legal para Famílias Coordenação Silvani Arruda Syivia Cavasin Copidesque e Revisão Vera Simonetti Diagramação e Ilustração Racy Composição Nelson Francisco Brandão Logotipo Marcus Tadeu Ribeiro Três Laranjas Comunicação Impressão Officina Apoio LEVISTRAUSS & Co. Pedidos pelo Reembolso Postal CQ/ Rua dos Tupinambás, 239 04104-080-São Paulo-SP Tel: (011) 572 7359 Fax:(011)573 8340 As informações deste boletim podem ser reproduzidas total ou parcialmente. Pede-se, contudo, a citação da fonte.