Visão, Inovação, Empreendedorismo. Versão brasileira e um exemplo norte-americano. Irineu Evangelista de Souza – Barão e Visconde de Mauá - O visionário. Das 6 maiores empresas do Brasil no século 19, 4 eram suas. Assis Chateaubriand – imperador das comunicações. Lançou a revista O Cruzeiro, a TV Tupi e o Masp – maior museu do Hemisfério Sul que abriga um acervo avaliado em US$ 2 bi. Seu império reúne 40 jornais e revistas, 20 estações de rádio, 10 estações de TV, uma agência de notícias. Roberto Marinho – o poder da mídia. Costumava usar a palavra equilíbrio como palavrachave para o seu sucesso. Sem receber apoio e sem formar sociedades, teceu a Rede Globo, a maior empresa de comunicação da América Latina. Sebastião Camargo – o construtor. A empresa Camargo Corrêa colocou seu nome em mais de 1.000 obras e fez de Sebastião um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em 1,2 bilhão de dólares. Walther Moreira Salles – banqueiro. Construiu o Unibanco – foi o terceiro maior banco privado do país. Sua fusão com o Banco Itaú elevou sua condição para o maior banco privado do país. Olavo Setubal – banqueiro. Foi o mentor do desenvolvimento do grupo Itaú – um dos maiores conglomerados brasileiros: Banco Itaú, Duratex e Itautec. Amador Aguiar – banqueiro. Construiu o Bradesco – o terceiro maior banco privado do país. Attilio Fontana – o obstinado. Criou a Sadia, em Concórdia no Estado de Santa Catarina. Também operou uma companhia de aviação, embrião da Transbrasil. Victor Civita – o fazedor. Fundou a Editora Abril. Abilio Diniz – o homem do varejo. Construiu e reconstruiu o Pão de Açúcar – maior rede de varejo brasileira. Antônio Ermírio de Moraes. Ele é a face mais visível do Grupo Votorantin com liderança nas indústrias de cimento, papel e alumínio, infra-estrutura energética e Banco Votorantin. Considerado um dos homens mais ricos do mundo com patrimônio avaliado em US$ 1,5 bi. Jorge Gerdau Johannpeter – o barão do aço. Consolidou o Grupo Gerdau como uma das maiores potências siderúrgicas do país, com empresas no Uruguai, Canadá, Chile e EUA. Eike Batista – empresas EBX-encomendas expressas, TVX – mineração, MPX energia, AMX –recursos hídricos, MMX – mineração e siderurgia. Recomendações de empresários e executivos brasileiros bem-sucedidos na atualidade David Feffer, Presidente da Suzano Holding: indústria de papel, celulose e petroquímica: “nunca se desespere por causa de um dia ruim e nunca tome decisões embalado por um dia bom. Em momentos de euforia você pode tomar uma decisão apressadamente. Em vez disso, pense cuidadosamente. Com exceção de casos excepcionais, jamais tome uma decisão sob ansiedade”. Jorge Paulo Lemann, acionista da INBEV e das Lojas Americanas; “Tenha sempre em vista o seu sucessor. Buscar a perenização de um negócio é a coisa mais importante que qualquer empresário pode e deve fazer. Identifique pessoas que gostem da empresa, sintam prazer de trabalhar nela e queiram faze-la crescer. Um processo bem realizado de seleção de talentos garante continuidade à empresa e a manutenção dos seus princípios e da sua cultura”. Luiz Seabra, sócio-fundador da Natura: “Acredite em sua intuição – mesmo contra argumentos racionais. Demoramos muito para ter resultados. Mas eu nutria uma convicção de que ia dar certo totalmente baseado em intuição e na percepção que tinha ao atender diretamente as clientes no balcão. Eu era obstinado e percebia a oportunidade que havia ali. Quando existe um sonho que não sai da sua cabeça, não deixe nada lhe abater pelo caminho”. Marcos Magalhães, Presidente da Philips: “Não ‘ache nada’. Um dos maiores equívocos que um executivo pode cometer é tomar decisões de dentro para fora – sem pesquisar mais sobre o caso em si e baseado apenas em ‘achismos’. Os argumentos que começam com ‘eu acho’ são fatais. Qualquer que seja a sua estratégia, não se esqueça de que ela tem de ser feita de fora da empresa para dentro”. Flávio Rocha, Presidente da Riachuelo: “Cuidado com as boas idéias. Ter disciplina e manter a direção do negócios significa saber dizer não a boas idéias. Idéias tentadoras surgem o tempo todo , mas elas podem tirá-lo do rumo. Já experimentamos, por exemplo, vender eletrônicos. No nosso caso, isso só desviou a atenção dos funcionários e confundiu a percepção dos clientes em relação à marca”. Luiza Helena Trajano, Superintendente do Magazine Luiza: “Pensar pobre não é virtude. Pensar pequeno parece ser uma virtude no Brasil. As pessoas foram criadas para ter uma mentalidade do tipo ‘eu não posso, eu não tenho tempo, eu não quero ouvir, não é o momento’. Sobre negócios, nunca falo que não posso, não quero, não vou fazer”. Carlos Miele, dono da M.Officer: “Tenha seus próprios oráculos. Sempre procuro ouvir o que pessoas geniais têm a dizer sobre a M.Officer. A idéia de abrir lojas fora do país surgiu de uma conversa com meu oráculo e amigo João Alves de Queiroz Filho, dono da Assolan. Ele abriu meus olhos para uma possibilidade nova evitando que eu ficasse satisfeito com o resultado da marca no Brasil. A expansão internacional deu fôlego e me revigorou como empresário”. Clovis Tramontina, Presidente da Tramontina: “As empresas de um homem só não sobrevivem. Se quer ter sucesso profissional, cerque-se dos melhores. Não tenha medo de dividir o poder com profissionais tão bons ou melhores do que você. E, principalmente, cuide para que essas pessoas tenham perfis diferentes entre si. Essa é a única forma de evoluir”. Alberto Saraiva, Presidente e fundador do Habib’s: “Qualquer negócio pode ser reinventado, mesmo o mais simples. Aprendi isso quando assumi a padaria criada por meu pai, morto num assalto. Aprendi a fazer pão. Identifiquei a melhor farinha para fazer o melhor pão da região. Aprendi a vender barato. Na época, o preço do pão era tabelado, mas eu o vendia com desconto de 30%. Continuação - Alberto Saraiva, Presidente e fundador do Habib’s: Fiz uma promoção em que o cliente, se comprasse 10 pães levava 12. Substituí os funcionários ruins. A padaria, que era a pior da área, virou a melhor. Os clientes faziam fila na porta. Percebi que mesmo em mercados aparentemente simples é possível se destacar dos concorrentes”. Marco Antonio Bologna, Presidente da TAM: “Não seja apenas um técnico. Num dos meus primeiros dias de trabalho com o comandante Rolim, fundador da TAM, ele me disse que um administrador tem de ser líder e não apenas um técnico. A grande diferença entre um e outro é que o primeiro lida com pessoas, enquanto o segundo lida com coisas. Ao lidar com pessoas, você deve transmitir valores, metas e entusiasmo.” Exemplo norteamericano A 3M foi fundada como uma mineradora, no início do século 20 no norte do Estado de Minnesota nos EUA. Logo após passar por uma "quase-falência", começou a produzir lixas para o mercado automobilístico americano desenvolvendo a primeira lixa à prova d'água em meados dos anos 20. Números da Inovação • 25% da população mundial tem contato com algum produto 3M todos os dias • 6.500 pesquisadores da 3M no mundo • 200 são os países em que a 3M opera • Cerca de 40 plataformas tecnológicas • 500 novos produtos ao ano • 6% das vendas anuais são investidos em Pesquisa & Desenvolvimento Números da Inovação •50.000 itens de produto no mundo •Mais de 70 produtos utilizados em hospitais •A 3M oferece aproximadamente 1.300 itens para o mercado automobilístico •Mais de 1.000 produtos utilizados no processo produtivo do mercado eletroeletrônico •Soluções completas com mais de 260 produtos para redes interna e externa de telecomunicações •Cerca de 400 itens de produtos utilizados em uma construção Art Fry. O Post-it® surgiu de uma necessidade pessoal do seu inventor. Art Fry integrava o coral da igreja e usava marcadores de páginas em seu livro de cantos. Mas toda vez que abria o livro, sempre caía algum marcador. Ele trabalhava no departamento de criação de novos produtos da 3M e começou a inventar pequenas tiras de papel cobertas com adesivos de baixa intensidade, para tentar resolver o seu problema com o livro de cantos. Nessa busca, ele acabou lembrando de uma experiência "fracassada" de outro cientista, que estava procurando um adesivo muito forte e acabou criando um adesivo muito fraco. Adaptando o trabalho anterior ao seu, Art Fry acabou inventando muito mais que um marcador de livros - ele inventou um novo conceito de bloco de recados, o Post-ItMR, uma solução simples, ágil e eficiente em todo o mundo. Francis G. Okie. Ele teve uma idéia maluca nos anos 20: para aumentar as vendas das lixas de papel, queria usar lixas no lugar de lâminas de barbear. Assim a pessoa corria menos risco de se cortar na hora de fazer a barba. As vantagens eram evidentes, mas a idéia não pegou. Só que a partir disso ele acabou criando o primeiro campeão de vendas da 3M: a lixa d'água, um produto de grande uso no mercado automobilístico.