FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA PLANO DE ATIVIDADES Ano 2013 Preâmbulo As dificuldades porque passa o País e a Europa, entre outras que nos têm afetado no âmbito da nossa atividade, têm condicionado fortemente o desempenho da Federação Portuguesa de Aeronáutica; no entanto continuamos a desenvolver um conjunto bastante razoável de atividades, considerando os tempos difíceis que vivemos. Estas dificuldades condicionam a FPA, mas sobretudo os atletas que, num ambiente de grave crise económica, são fortemente condicionados nos seus orçamentos, o que restringe as suas disponibilidades para o treino, já que estes são caros, como aliás a generalidade dos desportos aeronáuticos. A Direção da FPA tem continuado a apoiar as Comissões setoriais por modalidade, nas suas tarefas de promoção e desenvolvimento da prática desportiva e na organização de competições aeronáuticas nacionais, bem como na organização das seleções nacionais que participam nos Campeonatos Internacionais. Um dos objetivos a referir neste Plano de Atividades será que as Comissões possam interagir com os nossos associados de modo a que os programas a promover no âmbito do apoio financeiro do IPDJ estejam melhor ajustados com a realidade e com as nossas possibilidades, assim apoiando tecnicamente os associados e os atletas neles inscritos. FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA A Direção da FPA continuará a promover o envolvimento direto dos associados para que estes colaborem na promoção e organização de competições, assim provocando o aumento da atividade desportiva, potenciando a adesão de novos atletas. Por esta via, espera-se incentivar os Aeroclubes e restantes associados para que apresentem propostas para o ano seguinte, de modo atempado, pois isso irá facilitar o nosso planeamento. A concretização das atividades propostas neste plano é o nosso principal propósito, de modo a continuar a desenvolver e consolidar as modalidades do desporto aeronáutico em Portugal 1 - Instalação da sede A partilha das instalações com0 a FPVL foi um propósito que teve as suas potencialidades, mas neste momento urge tomar uma decisão para uma busca urgente de novas instalações. Por um lado as instalações não satisfazem minimamente as necessidades básicas da FPA, e esta partilha já cria algumas dificuldades à FPVL, que precisa de todo o espaço. Temos a necessidade de resolver este problema que foi agravado por situações que não decorreram da nossa vontade e se já não foi tomada uma decisão, só se prende com as enormes dificuldades que já estamos a sentir, e os custos que isso pode acarretar. Continuamos a desenvolver as ações para conseguirmos o nosso espaço próprio adequado ao trabalho a desenvolver, tanto pela Direção e Órgãos Sociais, como fundamentalmente pelas diversas Comissões. Já existiram algumas hipóteses que o custo inviabilizou, bem como aguardamos uma ou duas hipóteses que podem ser interessantes para ultrapassar esta situação. 2 - Pessoal O apoio administrativo da FPA tem funcionado com resultados muito positivos como a colaboração do nosso funcionário nas tarefas correntes da FPA, e que também tem demonstrado capacidades de resolver muitas outras questões de âmbito mais complexo. -2- FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Tem sido essencial contar com o apoio técnico continuado no desenvolvimento das nossas diversas modalidades, nomeadamente ações e trabalhos de apoio à Direção, às Comissões, aos clubes e também aos nossos atletas. As diversas áreas que a FPA integra, são muito específicas e de elevada exigência por estarmos inseridos numa área muito complexa como é a aeronáutica. Estamos por isso focados na parte desportiva, mas inseridos num mundo no qual o INAC (Instituto Nacional de Aviação Civil) e da EASA (European Aviation Safety Agency), supervisionam toda a actividade e por isso necessitamos de estar atentos e preparados para ações em defesa dos nossos associados. 3 - Representação da FPA A FPA considera que é um objetivo promover a presenças dos responsáveis das Comissões a estarem presentes nas reuniões especializadas da FAI. Com esses encontros, pretende-se melhorar os nossos contactos a nível internacional, permitindo o nosso envolvimento na partilha de experiências e também na participação nas decisões internacionais de interesse nessas modalidades. O apoio à participação nas reuniões anuais dos Comités específicos da FAI para cada especialidade, é fundamental na nossa visão embora tenhamos de realçar quo IPDJ, não tem esse entendimento, já que esses apoios não têm apoio específico e só são financiados pela verba de apoio que é cada vez mais exígua para a sobrevivência básica da FPA. Alguns bons resultados já obtidos através da participação de algumas Comissões reforçam a nossa determinação em continuar este apoio. Continuamos com as questões com o AeCP sobre a representatividade na FAI. Em 1996 o AeCP pediu e obteve o Estatuto de Utilidade Pública Desportiva para a FPA e promoveu uma reunião para a sua criação, propondo nos seus estatutos as mesmas atribuições o AeCP detinha perante as entidades nacionais e a FAI. O AeCP foi fundador da FPA, e após essa fase não eliminou dos seus estatutos as atribuições que detinha anteriormente, deixando o mesmo texto em duas entidades. A FPA não pretendeu criar problemas ao AeCP, mas este veio ao longo do tempo a criar problemas à FPA e a outras Federações, pelo que é tempo de resolver esta situação, já que existe de facto, uma usurpação de poderes por parte do AeCP. -3- FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA A FPA e a generalidade das outras Federações acordaram num texto de um Protocolo sobre este assunto, onde a FPA por ter a representação de mais modalidades, deverá ser o Active Member e as outras Federações podem ser associadas na FAI como Associate Member. Este assunto já se alongou para além do tempo razoável e por isso deve ser encarado com a gravidade que apresenta, devendo ser tomadas as decisões necessárias para o ultrapassar. 4 - Componente desportiva interna e de divulgação Para o desenvolvimento das diversas áreas do desporto aeronáutico do âmbito da FPA, esta promove este desenvolvimento com o apoio e empenhamento das Comissões Nacionais, por serem estas, que congregam os recursos humanos com os melhores conhecimentos de cada modalidade. A FPA vai continuar a apoiar estas Comissões com as melhores condições possíveis para que possam concretizar as suas tarefas programadas, apoiando assim o esforço para promover a expansão dessa modalidade. As dificuldades que condicionam os nossos associados impedem a promoção eficaz da prática das diversas modalidades, tanto na formação, como no treino e mesmo na vertente da divulgação. Todos esses fatores são inibidores da atividade e contribuem para um menor número de praticantes das modalidades e em especial a nível desportivo. Vamos continuar a promover junto dos Aeroclubes a promoção de atividades de foro desportivo na tentativa de massificação das nossas áreas de intervenção. Convém realçar que a nível desportivo as atividades mais relevantes (Voo Acrobático Voo Sem Motor e Balonismo), mesmo com a sua grande espetacularidade, nunca virão a ter um número elevado de praticantes, são muito técnicas e de custo elevado e acabam por ter apenas um número restrito que emergem de grupos de praticantes, mas que não são normalmente praticantes desportivos. A FPA pretende promover eventos das suas modalidades, tendo para isso estabelecido parcerias com as Comissões Nacionais, e outros potenciais interessados, para que a realização de provas desportivas possam ser concretizadas. -4- FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA A formação de praticantes, nomeadamente das camadas mais jovens, é uma enorme dificuldade, especialmente pelo custo associado à prática destas atividades. O Voo sem Motor será a modalidade que poderia vir a ter um maior desenvolvimento se fosse possível congregar esforços e apoiar alguns locais onde se pudesse praticar a modalidade com custos mais reduzidos. Perante as dificuldades dos clubes, esperamos responder com organização, e com a promoção de alguns projetos que os possam envolver, como é o caso dos Jovens Asas, que dado o êxito do que conseguimos executar nos anos anteriores, mantemos a intenção de continuar realizar esses eventos. Foi possível no Voo Acrobático preparar e concretizar alguns “Trainning Camps” que possibilitam o treino das equipas nacionais. No entanto alguns problemas vieram a ocorrer em face do pouco apoio que a FPA podia dispor em face do custo global da ação e assim acabou por não ser uma aposta ganha. Julgamos que se forem conjugadas com outros eventos locais podem permitir uma boa jornada de desenvolvimento das modalidades, com a possibilidade de se conseguirem treinos com custos mais baixos e com a promoção das modalidades e dos associados. Pretende-se reativar o Departamento de Relações Públicas e de Comunicação, para proceder à divulgação das atividades desenvolvidas e preparar a obtenção de retornos das nossas atividades. Para desenvolver este processo, teremos fazê-lo através do estabelecimento de acordos que permitam selecionar os parceiros em diversas áreas, incluindo neste caso com a celebração de contratos de parcerias a diversos níveis e nomeadamente com os “Media Partners”. Pretende-se prosseguir o nosso objetivo de melhorar a nossa visibilidade, assegurando a nossa presença em feiras e exposições, e outras intervenções, nomeadamente em revistas da especialidade, pois será uma forma de divulgarmos as nossas atividades a um número mais elevado de pessoas. 5 - Participação em provas internacionais Nas competições a nível internacional teremos de ter em conta que estas provas em aviação são exigentes e rigorosas, e têm custos elevados, obrigando a uma logística complexa e por isso implica um grande cuidado na preparação dos -5- FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA atletas e do material necessário a essa participação, para acautelar as nossas participações num nível aceitável. Em anos anteriores foi possível obter apoio específico à participação às Seleções Nacionais, no que se entende como sendo um esforço para se ajustar aos nossos objetivos. Com o maior desenvolvimento das Comissões e com a exigência dos nossos atletas, que são merecedores, pelo seu nível, destes contactos internacionais, estamos a ficar muito aquém do que seria razoável para apoiar as nossas atividades. Para além dos custos de participação, existem os custos de preparação que são na generalidade altos. Teremos de nos preparar para que seja possível, mesmo com recursos escassos, possamos manter uma preparação de qualidade dos nossos atletas e deste modo se possa continuar a melhorar as nossas participações. As modalidades de Balonismo, Voo à Vela e Voo Acrobático, têm custos muito elevados, para um número potencial de praticantes da ordem das poucas dezenas. Esta realidade é semelhante a outros países e nomeadamente na vizinha Espanha. O enquadramento destas atividades numa lógica de número de praticantes irá incorrer numa injustiça que prejudicará fortemente estas atividades. O desenvolvermos destas atividades deveriam contar com o apoio de empresas, mas também devemos contar com a colaboração do IPDJ, para permitir um significativo reforço nos apoios ao desenvolvimento da prática desportiva e na participação de Seleções Nacionais em competições internacionais. 6 – Organização de provas internacionais Através da experiência obtida em organização de provas Nacionais e Internacionais, nomeadamente em Balonismo, Voo Acrobático e Aviação Geral, que merecem o reconhecimento dos nossos colegas internacionais, temos vindo a receber convites informais com promessas de apoio para a realização em Portugal de Provas Internacionais. No Balonismo, regista-se a organização do Encontro Internacional de Balões pela 16ª vez com cerca de 50 participantes e de três realizações da Taça Ibérica em Portugal, pretende-se continuar em 2013 com as participações internacionais. E se possível organizar no País provas Internacionais. Em 2004 a FPA organizou o Campeonato Mundial de Ultraleves -6- FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA No Balonismo, foi preparada a organização de um Campeonato Europeu em 2013, mas não foi possível concluir essa candidatura por dificuldades entretanto surgidas. Também o Voo Acrobático, após as realizações de algumas provas da Copa Triangular de Espanha, com algumas delas realizadas em Portugal, tivemos o desafio de Organizar o Campeonato do Mundo da Classe Avançada em 2012, que após uma primeira votação à frente dos quatro concorrentes, acabamos por perder em confronto direto com a Hungria numa segunda votação. Com a nossa participação no Campeonato do Mundo de Rally Aéreo, foi possível estabelecer apoios que nos permitem estar confiantes para conseguir uma proposta de sucesso para a organização do Campeonato da Europa de 2015. Estes desafios têm aparecido como resultado do reconhecimento da nossa capacidade de organização anteriormente demonstrada, o que nos orgulha e que nos motiva para aceitar a continuar a apresentar propostas mesmo com as atuais dificuldades, como mais um desafio, mas também um importante meio para a promoção do país e das nossas atividades internamente e no estrangeiro, porque envolve a receção de muitos praticantes e apoiantes destas modalidades. 7 – Atividades a desenvolver pelas Comissões Descrevem-se a seguir os trabalhos e atividades previstas por cada uma das Comissões, relativamente às modalidades integradas na FPA. Comissão Portuguesa de Balões e Dirigíveis (Secção 1 - FAI ) Visando o desenvolvimento do balonismo em Portugal, dotando-o de meios e conhecimentos técnicos que permitam aos diversos intervenientes, atletas, tripulações, juízes e comissários desportivos, exponenciar os seus conhecimentos e as suas qualidades técnico-desportivas, e simultaneamente tentando atrair um maior numero de praticantes para o balonismo, propomos o seguinte plano de atividades: Estágio de Competição Desportiva (pilotos e tripulantes) - 03 a 05 de maio 2013 Curso de formação e atualização de Juízes - 03 a 05 de junho 2013 Organização da Taça Ibérica e Campeonato Nacional - 05 a 09 de junho de 2013 Realização do 17º Festival Internacional Balões Ar Quente – Portugal de 09 a 16 de novembro 2013 -7- FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Para consolidação dos conhecimentos adquiridos nos estágios, prevê-se a participação de pelo menos duas a três equipas na Taça do Rei (Espanha) a decorrer em Agosto de 2012 na Cidade de Haro. Comissão Portuguesa de Aviação Geral (Seção 2 - FAI ) Depois do arranque desta comissão em 2011, com o objetivo de reativar a modalidade de Rally Aéreo, foi possível realizar dois Campeonatos Nacionais, participar no Campeonato do Mundo em 2012, estar presente na reunião anual da FAI da GAC, e garantir o acordo para a realização do Campeonato da Europa em Santa Cruz, para 2015. Os desafios associados à comissão de aviação geral são elevados e carecem de enorme competência dos elementos da comissão bem como um grande conhecimento das modalidades desportivas inerentes à Aviação Geral, em especial no Rally Aéreo. Neste momento espera-se a constituição de uma nova equipa para desenvolver os trabalhos nesta comissão que tem como objetivo criar um plano integrado, com vista ao desenvolvimento da modalidade em Portugal. Com 2015 como horizonte, pretende-se que Portugal possa atingir um elevado nível competitivo no Campeonato da Europa para 2015, bem como garantir a realização deste campeonato. Um dos objetivos será aumentar a participação dos aeroclubes nas provas desportivas de Aviação Geral, nomeadamente, em Rally Aéreo e ANR (Air Navigation Race). Atividades a desenvolver pela Comissão de Aviação Geral Curso de Juízes 1º Módulo - 9 de março 2º Módulo - 10 a 12 maio-ANR 3º Módulo - 24 a 26 maio-Rally Aéreo Estágio Desportivo-15 a 18 de julho Prova Internacional - 4 a 9 de agosto-Eslovénia-Campeonato da Europa Rally Aéreo. Estágio Desportivo 9 e 10 de março -8- FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Curso de Introdução à Competição Desportiva Aeronáutica Com o objetivo de aumentar o número de praticantes de aviação desportiva, em particular na modalidade de Rally Aéreo e Air Navigation Race, esta formação pretende formar pilotos e navegadores, para aumentar o nível competitivo e divulgar as modalidades desportivas associadas à aviação geral. Data- 9 e 10 de março Campeonato Nacional de Rally Aéreo 2013: O campeonato nacional de 2013 será composto por duas provas qualificativas e uma superfinal, onde serão definidos os campeões nacionais nas categorias de Avião, Ultraleve e Aterragens. Com o objetivo de aumentar o nível competitivo todas as provas do campeonato serão internacionais, estando prevista a realização de uma Taça Ibérica, durante uma das provas qualificativas. Provas Qualificativas: 1ª Prova - 12 a 14 abril - Castellon. 2ª Prova - 24, 25, 26 de maio 2013 Final - 15 a 18 de julho de 2013. Taça Ibérica de Rally Aéreo 2013: 24, 25, 26 de maio 2013 Prova Internacional de Rally Aéreo: 15 a 18 de julho de 2013 Reunião Anual da FAI-GAC 2013: 1 a 3 de novembro- Córdoba Nesta reunião será apresentada e votada a candidatura oficial de Portugal para organização do Campeonato da Europa de Rally Aéreo em 2015 -9- FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Comissão Portuguesa de Voo à Vela (Secção 3 - FAI ) O tempo difícil que o país está a viver, reflete-se com enorme impacto na atividade de voo à vela, porque sendo esta uma modalidade que exige muitos recursos materiais e humanos, torna-se quase sobre-humano reunir pilotos com condições para a prática da modalidade, e muito menos, tomar parte nas diversas competições. Esta dificuldade foi sempre sentida ao longo dos anos, mas em especial com mais relevância a partir de 2011, em parte, consequência do encerramento para a atividade (por razões alheia aos pilotos) das bases de Sintra; Aveiro; Évora e Covilhã. Assim, para além da preocupação em manter os atuais praticantes (pilotos) no ativo, sobrepõe-se ainda a dificuldade em encontrar uma, ou mais bases, que reúnam as condições e a logística mínima para a prática do voo-à-vela. É convicção da CPVV que o voo-à-vela em Portugal só poderá vingar no futuro, e obter um estatuto de relevo, à semelhança doutros países, formando pilotos através do lançamento por guincho, que permitirá reduzir o tempo e os custos de formação em mais de 50%. Porém, como sempre, o grande obstáculo é o investimento de cerca 50.000€ para a compra do guincho e formação de operadores em Inglaterra ou na Alemanha. Portugal necessita formar 500 pilotos nos próximos 10 anos (com os meios atuais é de todo impossível) de forma a criar a massa critica, que hoje com apenas 60 (dos quais apenas menos de metade está ativa) naturalmente não possuiu. Apesar das vicissitudes a CPVV planeia organizar em Bragança, ou em Mogadouro, durante o mês de Julho o Campeonato Nacional de Voo-à-Vela. Existe ainda o propósito do Aeroclube de Torres Vedras, promover uma prova em Évora que possa contar para o Campeonato Nacional. Comissão Portuguesa de Voo Acrobático (Secção 6 - FAI ) Nos últimos anos a CPVA concentrou-se na estruturação e divulgação da atividade através da realização de cursos de formação de juízes, regulamentação desportiva em linha com a FAI, dinamização da atividade junto dos clubes federados, apoio ao treino de pilotos, realização de “trainning camps” para a - 10 - FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA seleção nacional e organização de campeonato nacional. A fertilização cruzada com Espanha tem vindo desde 2005 a ser um fator importante do nosso desenvolvimento. De uma forma consistente desde 2007 tem-se realizado o campeonato nacional e Portugal tem tido pilotos na classe avançada e ilimitada nos campeonatos do Mundo e da Europa. A representação no órgão máximo da atividade de voo acrobático, CIVA / FAI tem vindo a ser assegurada tendo a CPVA em colaboração com o Aeroclube de Torres Vedras apresentado candidatura ao Campeonato do Mundo de voo avançado, para 2012, candidatura que nos deu visibilidade e que foi muito bem recebida, tendo Portugal ficado em 2º lugar na escolha final (entre Hungria que ganhou, Roménia, Polónia). A situação atual no pais, dos clubes federados, e a ausência de articulação com o NAC / Aero Clube de Portugal, este não estimulando nem defendendo os interesses da comunidade aeronáutica desportiva, tem não só dificultado a progressão desta atividade como a prevalecer, podem fazer hipotecar tudo que se fez até agora. Neste ano terão lugar as seguintes atividades: - Campeonato Nacional, Open de Portugal, Troféu Plácido de Abreu, em Santarém, onde se pretende organizar em conjunto com a Real Federação Espanhola a Taça Ibérica, e se possível uma prova a contar para o Campeonato de Espanha - Prova de acrobacia, que está a ser organizada pelo ACTV, em Santa Cruz Comissão Portuguesa de Ultraleves (Secção 10 - FAI ) Embora não tenha sido possível ainda relançar a organização do Campeonato Nacional da modalidade de Ultraleves, foi no entanto possível relançar a atividade competitiva com este tipo de aeronaves, através da integração de alguns entusiastas, pilotos de Ultraleves e não só, operando aeronaves ultraleves, na competição de Rally Aéreo, o que augura uma ressurreição das provas competitivas nesta modalidade Confirma-se assim aquilo que escrevêramos no Plano de Atividades para o ano passado, ou seja, que desponta novamente, no seio da comunidade portuguesa dos pilotos de Ultraleve, algum interesse pela competição e pelo desporto aeronáutico com aeronaves Ultraleves. Como temos vindo a afirmar de longa data, a competição com ultraleves constitui um modo eficaz de treino e melhoria - 11 - FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA da proficiência de pilotagem, como aliás é reconhecido a nível europeu e mundial. Foi assim confirmado, por parte de um dos Associados da FPA, concretamente o Aeroclube de Torres Vedras, o interesse em organizar provas desportivas com Ultraleves, através do Campeonato Nacional de Rally Aéreo, no qual se incluíram aeronaves Ultraleves. Dado que essa experiência surtiu efeito, e o Aeroclube de Torres Vedras programou novamente para 2013 uma competição semelhante deverá a CPUL aprofundar o apoio técnico a esta organização, sendo este um dos principais objetivos a incluir no Plano de Atividades para 2013. Para além disso, a CPUL irá manter e tentar desenvolver os contactos entretanto havidos com a APAU – Associação Portuguesa de Aviação Ultraleve, e com a sua Direção, no sentido de se reinstalar a tradição, entretanto perdida, de ser aquele nosso associado a organizar o Campeonato Nacional. No intuito de continuar a tentar despertar o interesse junto dos jovens, de modo a mudar a mentalidade de futuros pilotos de Ultraleves, irá a CPUL continuar a participar ativamente na divulgação da modalidade em programas como o dos “Jovens Asas”, levados a cabo com êxito pela FPA desde 2006. É também intenção da CPUL prosseguir, no âmbito da colaboração com a APAU, o lançamento de uma campanha de sensibilização dos pilotos portugueses de Ultraleves para a obtenção das insígnias FAI designadas por COLIBRI, bem como o estabelecimento de records nacionais, para os quais será necessário adaptar o respetivo regulamento às alterações entretanto aprovadas na “section 10” do código desportivo da FAI. Esta atividade exigirá ainda a criação do registo nacional de records, que embora compita ao NAC da FAI, que continua indevidamente em Portugal a ser o Aeroclube de Portugal, deverá ser levado a cabo pela Federação Portuguesa de Aeronáutica, que é a única instituição desportiva oficial e legalmente habilitada para o efeito em Portugal. Para esta atividade de verificação de records, será importante e crucial a intervenção dos juízes e observadores oficiais FAI, para o que se prevê realizar um curso de especialização de juízes nesta matéria, diferente da realização de campeonatos. Em termos de participações de dirigentes portugueses em organismos internacionais, constatou-se novamente que o atual NAC da FAI (Aero Clube de Portugal) continua a não nomear o delegado indicado pela FPA como delegado à CIMA-FAI (Comissão mundial da FAI para os Ultraleves e Paramotor), e que vinha participando regularmente, nos últimos 9 anos, nas reuniões daquela Comissão Internacional, tendo nomeado 2 pessoas que não compareceram, nem um nem outro, às reuniões anuais da CIMA desde 2009, o que deixou Portugal - 12 - FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA sem representação no comité de Ultraleves da FAI. Espera-se que a resolução do problema do NAC de Portugal possa resultar na participação de um delegado credível e com “know-how” de competições desportivas com Ultraleves na próxima reunião anual da CIMA em 2013. Comissão Portuguesa de Paramotor (Secção 10 - FAI ) A atividade de Paramotor continua e ressentir-se da posição assumida pela FPVL em pretender ter a responsabilidade sobre o Paramotor. O assunto foi debatido na última Assembleia Geral, e após o esclarecimento do assunto, a atuação da Direção foi aprovada pela mesma. Como já tínhamos referido anteriormente o Paramotor está incluído na Secção 10 de FAI (Ultraleves e Paramotor), pelo que a FPVL nunca deveria ter invadido o espaço da FPA. No final de 2012 tomamos conhecimento da existência do Protocolo de Acordo, celebrado no dia 30 de Janeiro de 1996, entre as Federações Portuguesas de Aeronáutica, Parquedismo e Voo Livre, com a presença do Presidente do Conselho Superior do Desporto e o Director Geral da Confederação do Desporto de Portugal. Deste protocolo, transcrevem-se dois pontos: “A reunião teve como objectivo a ratificação de um protocoloacordo entre as três Federações acima mencionadas tendo em vista a possibilidade de atribuição de UPD – Utilidade Pública Desportiva – a todas elas desde que se comprometam formalmente a não estabelecerem nenhum conflito de jurisdição nas áreas e secções das modalidades desportivas que controlam e promovem, independentemente do objectivo que os Estatutos de cada um refira.” ”Por fim, o Senhor António César Mestre Quinta Queimada, deu o seu acordo para que a Federação que representa se limite aos idênticos objetivos mas somente nas disciplinas de Asa Delta e Parapente.” Nos termos deste Protocolo, a FPVL, não deveria ter tomado a posição que tomou, e disso já lhe demos conta, pelo que pretendemos que a FPVL assuma os compromissos assumidos em 1996, e recue na posição tomada em Dezembro de 2011. Mesmo com as dificuldades atuais, existe a vontade de promover provas em Santa Cruz de 19 a 21 de julho para concretizar o Campeonato Nacional de Paramotor. - 13 - FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA 8 – Comissão de Presidentes Os problemas que afetam os Aeroclubes, fora do contexto desportivo, são cada vez mais complexos e importantes e a Direção da FPA reconhecendo que apenas os próprios podem reconhecer essas dificuldades e ainda ter a noção das implicações das mesmas, promoveu a criação da Comissão de Presidentes, à semelhança das restantes Comissões que acompanham as nossas modalidades. Para isso no dia da Assembleia Geral, reuniram-se os Clubes presentes para criar a Comissão de Presidentes que deverá preparar as suas atividades. A Comissão terá a função de acompanhar e alertar para os problemas próprios dos Clubes, que não são da área desportiva e assim promover em parceria com a Direção da FPA as ações para evitar maiores dificuldades e por outro lado dinamizar iniciativas que sejam do seu interesse. Temos muitas expetativas para as possibilidades que esta comissão possa vir a desenvolver no futuro, pois a necessidade de apoio dos Clubes nesta área é muito grande. 9 – Departamento de Formação Após os trabalhos desenvolvidos em 2012, para organizar e sistematizar este departamento, pretende-se continuar o trabalho e consolidar os progressos já concretizados. Esse trabalho será desenvolvido pelo respetivo técnico de Formação, possuidor do adequado Certificado de competências - CCP (antigamente denominado CAP), que deve ser orientado no sentido de melhorar a coordenação das diversas ações de formação a organizar, conseguindo-se assim uma otimização dos recursos, acompanhada pela redução dos custos de contexto. Isto obviamente sem descurar a componente da qualidade da Formação, de modo a serem cumpridos os objetivos gerais e específicos do programa de formação, bem como a obtenção de resultados que possam satisfazer integralmente as necessidades, mormente na capacitação dos diversos formandos, e na obtenção das devidas competências que permitam aos vários intervenientes, juízes, instrutores, dirigentes, desempenhar cabalmente as suas missões, na prossecução do desenvolvimento harmonioso e sustentável dos Desportos Aeronáuticos. - 14 - FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA 10 – Atuação institucional Pretendemos continuar a colaborar com o INAC Instituto Nacional de Aviação Civil para resolver os problemas relativos ao licenciamento de pilotos, instrutores e escolas de Paramotor. Também as outras modalidades têm tido um apoio da FPA na marcação de reuniões com a Direção do INAC para analisar diversos assuntos do interesse dos nossos associados, e das diversas modalidades. Continuamos a desenvolver a afirmação da FPA junto de diversas entidades para que a nossa atividade seja mais reconhecida, pelo contributo que tem tido para elevar o nível do desporto aeronáutico em Portugal. Continuar a trabalhar para reforçar a nossa colaboração com a Real Federação Espanhola de Aeronáutica, para potenciar o que já foi conseguido formalmente e informalmente nalgumas modalidades e concretamente na organização da das diversas edições da Taça Ibérica de Balonismo. 11 - Outras intervenções No sentido de decisões anteriores a Federação tem vindo a representar os Aeroclubes perante as entidades oficiais. A FPA tem vindo a desenvolver os esforços para manter a participação dos Aeroclubes nas missões de deteção aérea florestal, e mais recentemente no sistema de monitorização aérea, mas os tempos de crise atuais não são propícios à retoma desses voos. Foi decisivo para esta interrupção as alterações políticas ocorridas que aconteceram muito em cima da data de decisão, em 2011 e agravado pelas difíceis condições económicas que o país atravessa. Tem sido um problema, pois as boas experiências anteriores, são normalmente esquecidas e depois com outras entidades que assumiram a gestão de algumas partes destas missões, os resultados anteriores não passam, e perde-se a grande valia desta nossa colaboração. Pretendemos continuar a colaborar com a autoridade aeronáutica, o INAC – Instituto Nacional de Aviação Civil, para que se possam refletir os interesses aviação desportiva na elaboração de legislação e na simplificação de alguns procedimentos que são fundamentais na atividade aeronáutica. - 15 - FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA 12 – Conclusões Nos últimos anos algumas modalidades da FPA têm vindo a atingir um elevado nível, para as quais teremos de continuar a trabalhar para se conseguir condições de treino razoáveis e por essa via, obterem os melhores resultados. Dentro de todas as nossas modalidades, apenas temos conseguido participações com três ou quatro, a nível Europeu e Mundial, mas continuamos a desenvolver ações para se possa conseguir um conjunto de meios, que possam apoiar estas participações, pois a generalidade delas são muito caras e no final o apoio resume-se à inscrição no Campeonato, o que se traduz numa pequena percentagem dos custos de participação, para não falar dos custos de preparação. Como será razoável entender, os custos com os treinos dos atletas, são cada vez mais necessários e custosos para se tentar obter resultados adequados. Para conseguirmos financiamentos teremos de apoiar esses projetos através de “sponsors” e ainda a nossa disponibilidade para apoiar os mesmos, com a promoção das candidaturas que serão apresentadas às entidades oficiais que apoiam o desporto aeronáutico. Embora a FPA tenha seis Comissões, com especialidades aeronáuticas muito exigentes, não tem o reconhecimento do IPDJ por esse facto. Entendemos que, teoricamente, se todas as atividades estivessem individualizadas, teriam um apoio maior do que acontece neste momento no âmbito da FPA. Esta posição contraria a tendência atual do IPDJ, que pretende reunir o máximo as modalidades. Pela nossa parte vamos continuar trabalhar para que seja possível obter os apoios adequados, bem como umas instalações condignas onde seja possível apoiar ativamente os nossos associados, membros das Comissões e deste modo os Desportos Aeronáuticos, da nossa responsabilidade. Lisboa, 15 de Novembro de 2012 O Presidente da FPA José Antunes Martinho - 16 -