Junho de 2014 | Edição 430 Parceria entre SPR e RSNA fortalece ainda mais o evento Mais de 17 mil pessoas passaram pelo Transamerica Expo Center nos quatro dias da JPR, considerada um sucesso pela organização. Confira os destaques da programação e o balanço das entidades promotoras do evento. Páginas 6 a 9 EVENTOS SPR JPR’2015 ENTREVISTA Feres Secaf: atualização dinâmica SPR se reúne com organizadores O evento, realizado de 1º a 3 de agosto de 2014, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo, trará um programa científico com discussão de temas práticos, além de atualização e revisão dos principais tópicos. Confira! As diretorias da SPR e da Sociedade Espanhola de Radiologia Médica (Seram) se reuniram para alinhar mais detalhes da organização da JPR'2015. Saiba mais. O presidente do CBR Dr. Henrique Carrete Jr. fala sobre o novo processo de acreditação, em fase final de planejamento, que deve atender à necessidade dos serviços e clínicas de radiologia para a área de Diagnóstico por Imagem. Página 12 Página 24 Página 4 Informativo da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem twitter.com/spradiologia facebook.com/sociedadepaulistaderadiologia @spradiologia OPINIÃO JPR em franco crescimento Participo da Jornada Paulista de Radiologia desde 1977, quando o evento ainda era realizado no interior. Eram eventos menores, com características muito regionais e diferentes das que vemos hoje, nessa reunião de dimensões internacionais. Lembro-me da JPR em seus primórdios como um evento conjunto do Clube Roentgen, da capital, e do Clube Manoel de Abreu, do interior, e posso dizer que a fundação e o crescimento da maior sociedade de radiologia do País estão intimamente ligados à JPR. Com o passar do tempo, a JPR cresceu, como cresceu sua importância. E assim continua até hoje: esta JPR é a mais importante de todas, e a próxima será ainda mais. A sessão de abertura dessa edição teve a maior participação de todas as edições, estando completamente cheia, o que muito nos orgulhou. Foi moderna, com discursos objetivos, e conteúdo significativo para os presentes. A aula de abertura, dada pelo Dr. Nestor Mülller, foi substancial para a radiologia. Aliás, toda a programação teve destaques que posicionam o profissional frente às novidades, resultante de um processo meticuloso e que exigiu muito trabalho, mas imensamente compensador. Não só os americanos, mas os latino-americanos estiveram muito felizes por estarem na JPR. A internacionalização do evento é algo presente, e a satisfação desse público estrangeiro foi notável. Algumas aulas seguiram os modelos tradicionais, mas tivemos sessões diferenciadas, como as de hot topics, com assuntos polêmicos e inovadores. As sessões de discussão de casos foram um sucesso, atualizadas com o formato trazido pela RSNA. Tratamos hoje com uma geração inteiramente digital, que demanda mudanças de formatos e assimilação. A forma de transmissão e de absorção do conhecimento mudou, e percebemos quão grande foi a receptividade aos novos formatos. A parceria com a maior sociedade de radiologia do mundo teve grande aceitação do público. Considerando que esse foi o primeiro evento desta natureza fora dos Estados Unidos, fica muito clara a importância da JPR e seu relevante crescimento no cenário nacional e internacional. Outro aspecto de destaque é que a própria equipe da RSNA se Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Av. Paulista, 491 – 3º andar – CEP 01311-909 – São Paulo – SP Tel. (11) 5053-6363 – Fax (11) 5053-6364 – www.spr.org.br Dr. Renato Adam Mendonça, diretor científico da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR) A JPR é palco de muitas oportunidades, e estamos abrindo possibilidades de network para os médicos brasileiros, com oportunidades de intercâmbio de informações que são essenciais nos dias atuais mostrou muito satisfeita com as novidades da parceria, e a nossa organização está se superando a cada nova edição do evento. A JPR é palco de muitas oportunidades, e estamos abrindo possibilidades de network para os médicos brasileiros, com oportunidades de intercâmbio de informações que são essenciais nos dias atuais. Novas expectativas surgiram, com vista ao grande sucesso do evento de 2014. Certamente, elas são de solidificação desta parceria e de preparação para os nossos próximos eventos conjuntos, em 2016 e 2018. Em qualidade, que é o que realmente importa, temos certeza de que estaremos nos esforçando para superar sempre a edição anterior. Olhando para o meu primeiro evento, em 1977 na cidade de Águas de São Pedro, e vendo agora a magnitude que a JPR tomou, concluo que felizes são os que puderam participar deste evento proveitosamente porque, para um profissional do Diagnóstico por Imagem, cada pequeno sinal, cada mínima alteração conta. Se soubermos, através das décadas, crescer com qualidade, sairemos todos ganhando! Filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Departamento de Diagnóstico por Imagem da APM Diretoria para o biênio 2013/2015 Dr. Antônio José da Rocha Presidente Dr. Jaime Ribeiro Barbosa Diretor de Defesa Profissional Dr. Antônio Soares Souza Vice-Presidente Dr. Cyro Padilha Balsimelli Diretor de Patrimônio Dr. Mauro José Brandão da Costa Secretário-Geral Dr. Carlos Homsi Diretor de Assuntos Culturais Dr. César Higa Nomura 1º Secretário Dr. Arilton José dos Santos Carvalhal 2º Secretário Dr. Rubens Prado Schwartz Tesoureiro-Geral Dr. Décio Roveda Jr. 1º Tesoureiro Dra. Eloísa M. de Mello S. Gebrim 2ª Tesoureira Dr. Renato Adam Mendonça Diretor Científico 2 | Dr. Marcelo de Maria Félix Diretor de Tecnologia da Informação Dr. Pablo Rydz Pinheiro Santana Presidente do Clube Roentgen Dr. Marcus Vinicius Nascimento Valentin Presidente do Clube Manoel de Abreu Dr. Gustavo Kalaf Presidente SPR Jr. Dr. Ricardo Emile Baaklini Presidente do Conselho Consultivo CONSELHO CONSULTIVO Dr. Ricardo Emile Baaklini Dr. Tufik Bauab Jr. Dr. Marcelo D’Andrea Rossi Dr. André Scatigno Dr. Adelson André Martins Dr. Renato Adam Mendonça Dr. Celso Hiram de Araújo Freitas Dr. Aldemir Humberto Soares Dr. Nestor de Barros Dr. Jaime Ribeiro Barbosa Dr. Luiz Antônio Nunes de Oliveira Dr. Giovanni Guido Cerri Dr. José Michel Kalaf Edição Carolina Carone – [email protected] MTb. 47.646-SP Marketing Mayra Leal – [email protected] Projeto Gráfico e Editoração Marco Murta – Farol Editora Impressão Gráfica Regente – Maringá, PR Diretores do Jornal da Imagem Dr. Aldemir Humberto Soares Dr. Celso Hiram de A. Freitas Dr. Cássio Ruas de Moraes Editores da Revista da Imagem Dr. Jacob Szejnfeld Dr. Tufik Bauab Jr. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da SPR. PALAVRA DO PRESIDENTE Qual terá sido a melhor de todas as JPRs? Dr. Antônio José da Rocha, presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR) Jamais atingiremos a perfeição, tampouco desejamos tê-la. Apesar disso, perseguimos nossos limites de forma incansável, preservando sempre a coragem de aprender. Perseverar é pretender construir uma obra de vulto atentando para cada um de seus pormenores Durante o período no qual ocorreu a JPR’2014 tive a felicidade de encontrar alguns colegas com os quais me encontro apenas no ensejo da própria Jornada Paulista de Radiologia. Conflagra-se aí o papel social do evento médico, quando as pessoas têm a oportunidade de confraternizar e trocar algumas palavras, muitas vezes sinceras. Dentre as muitas conversas sinceras que pude ter, ouvi de muitos ter sido esta a melhor de todas as JPRs. Claro que se tratou de elogio extremo, mesmo que sincero, mas cuja interpretação deve descontar a amizade que nos une e o solidário conforto de quem estende a um amigo o reconhecimento de mérito pela tarefa árdua de executar algo em benefício da coletividade. Feitas as considerações de praxe e devidamente reconduzido à realidade pela dureza dos desafios que se sucedem, ocorreu-me uma interrogação: qual terá sido a melhor de todas as JPR? Desde então venho encarando esse enigma para expor suas origens e, conhecendo sua complexidade, pretendo admirar sua beleza e encarar suas imperfeições. Para tanto, nada melhor que esmiuçar as partes que compõem o todo. A melhor JPR tem que aprimorar sua qualidade em tudo. A cada ano a comissão científica faz com esmero o polimento incansável de cada minúcia do programa, mirando um resultado primoroso. O rigor de horários, a escolha criteriosa dos conferencistas, a exigência de qualidade para projeção, som, tradução simultânea e conforto das instalações aplicados a um conteúdo científico exigente têm conferido à JPR um padrão comparável aos melhores congressos do mundo. A melhor JPR é inovadora e busca a excelência científica. A SPR busca trazer a São Paulo as novidades dos melhores congressos da radiologia no mundo, além de tentar criar mecanismos novos, adaptados à realidade e à necessidade do evento. Estão aqui incluídos os palestrantes que se destacam pelo mundo (ocidental, pelo menos), temas e abordagens atuais, novos formatos de programas científicos, interatividade entre conferencista/conteúdo/plateia, além de parcerias inovadoras com sociedades médicas internacionais. Dentre os exemplos que poderia listar opto por mencionar o fórum de profissionalismo e gestão, o curso de introdução à pesquisa científica, além do aplicativo JPR’2014, todas apostas bem sucedidas da SPR que investiu para inovar mais uma vez. Pela aprovação maciça dos congressistas estas iniciativas também integram o conjunto da obra denominada JPR, renovado nos anos subsequentes e disponível para ser reproduzido por aqueles que almejam espelhar o sucesso da JPR. Na melhor JPR os associados estão em casa. O espaço exclusivo no restaurante e a área do associado no estande da SPR, com conforto, serviço de garçons, computadores conectados à internet e wifi representaram mais alguns passos nessa caminhada. Associados e professores são os atores que fazem o espetáculo e os donos da casa, respectivamente. A distinção pelo mérito é uma obrigação, inclusive da SPR. Na melhor JPR o congressista é um hóspede. A ampliação do espaço físico foi um investimento vultoso que, felizmente, foi aplaudido por todos. Apesar do público crescente e da ampliação da exposição técnica os congressistas e visitantes puderam circular com tranquilidade, encontrando ao longo dos espaços áreas de conforto, diferentes opções de alimentação, além das livrarias, dos estandes, todos muito bem planejados, estrategicamente localizados e bem sinalizados. O transporte para ir e vir, o restaurante, além do serviço de atendimento ao congressista, mais amplos e ágeis, são exemplos fáceis de melhorias instituídas e aprimoradas a cada ano. Na melhor JPR a exposição técnica é o salão da indústria de tecnologia e serviços em radiologia. A exposição técnica tem seus compromissos com inovação e lançamentos das novidades tecnológicas disponíveis no mundo. Os expositores renovam a cada ano o compromisso em aprimorar continuamente seus itens, incluindo a exibição de produtos e a demonstração de qualidade, além da eficiência comercial e financeira. A cada ano cresce o número de médicos e administradores do continente sul- -americano visitando nossa exposição técnica, conduzidos pelas áreas comerciais e de marketing das maiores companhias do setor que reconhecem na JPR uma oportunidade especial. Claro está, entretanto, que a despeito das melhorias e do trabalho contínuo nenhuma JPR se fez de qualidade plena ou perfeição absoluta. Alguns erros, muitos equívocos e insucessos já foram colhidos ao longo desses anos. Faz-se, todavia, uma obrigação renovada a de aprender, ressaltando as experiências construtivas e tendo a cada ano a oportunidade de aprimorar os detalhes, corrigindo as imperfeições. Tivemos na JPR’2014 mais uma oportunidade de aprendizado, corrigindo eventuais equívocos de anos anteriores e mais uma vez exercendo o sagrado direito de ousar com responsabilidade, trazendo inovações e propondo alternativas para executar algum detalhe dentro do congresso. Invariavelmente erramos ou não atingimos a plenitude em um ou em muitos intentos. De fato, jamais atingiremos a perfeição, tampouco desejamos tê-la. Apesar disso, perseguimos nossos limites de forma incansável, preservando sempre a coragem de aprender. Perseverar é pretender construir uma obra de vulto atentando para seus pormenores. O corolário disso conectou-me àquela sincera amizade: fizemos sim um bom trabalho em 2014, preservando uma proporção aceitável de erros e acertos. Minha observação crítica da JPR’2014 resultou numa equação equilibrada na qual os pontos positivos criam novas oportunidades de aperfeiçoamento. Todavia, persiste a questão: qual terá sido a melhor de todas as JPRs? Ouso afirmar que me deparei com a resposta óbvia, cristalina. Agradeço aos amigos e, em particular, a todos aqueles que no ano de 2014 fizeram mais uma JPR, mas para mim, com uma convicção absoluta, a melhor JPR será sempre a próxima, aquela que ano vindouro nos trará novamente a oportunidade de reunir nossos melhores talentos para executar outra vez, mais e melhor, tudo aquilo que planejamos e que obtiver o consentimento de nossas limitações. O ciclo se perpetua e se renova: até a JPR’2015! Edição 430 – Junho de 2014 | 3 ENTREVISTA CBR prepara lançamento de seu programa de acreditação por exemplo, o Palc (patologia e análises clínicas) e pode, eventualmente, procurar o da Radiologia. Voltado para serviços e clínicas de radiologia, o projeto ainda não tem nome registrado. O que se sabe é que já se tornou o principal desafio da atual diretoria do Colégio Brasileiro de Radiologia e já tem data para ser lançado: outubro, durante o 43º Congresso Brasileiro de Radiologia. Em conversa ao Jornal da Imagem, Dr. Henrique Carrete Júnior, presidente da entidade, deu detalhes desta verdadeira epopeia. O que é e como está o projeto de acreditação que está sendo desenvolvido pelo CBR? Dr. Henrique Carrete Jr. – O Colégio já instituiu há bastante tempo seus selos e programas de qualidade. O primeiro deles foi o selo de mamografia e já temos o programa de tomografia, ressonância magnética e ultrassonografia. Mas, entendendo a necessidade dos serviços e clínicas de radiologia terem um programa de certificação, a diretoria do CBR decidiu desenvolver um programa de acreditação à semelhança do que a Sociedade de Patologia Clínica tem, que é o chamado Palc (Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos). Assim como este, o nosso modelo certificador não visa a um todo, como o da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e da Joint Commission, mas a uma parte específica. Qual a complexidade de se fazer do CBR um certificador? Dr. Henrique Carrete Jr. – Não é nada simples, porque não adianta dizer que se tem um programa de acreditação, mas este não ser reconhecido. Então, estamos formatando algo que seja reconhecido pela própria Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e por outras entidades internacionais, como a International Society for Quality in Health Care (ISQua). Para isso criamos um grupo de trabalho dentro do Colégio, que vem se dedicando a isso desde o ano passado. Depois de aprovada esta ideia, fomos 4 | para o mercado buscar pessoas e empresas preparadas para nos ajudar a montá-lo e hoje já temos uma série de parceiros nos ajudando. Qual será o nome do programa e quando será lançado? Dr. Henrique Carrete Jr. – Temos um nome, mas ainda não temos neste momento a marca registrada. Estamos nesta fase. O importante agora é saber já existe um grupo de trabalho grande do CBR desenvolvendo um programa de acreditação em diagnóstico por imagem. Antes era uma ideia, um projeto, conversas com diversos setores da radiologia nacional e com comissões de qualidade. A partir disso chegamos a um consenso de sua real necessidade. Agora ele está passando da fase de projeto para execução. A nossa intenção é lançar este programa pronto neste segundo semestre de 2014 e acredito que o ideal seria que fosse dentro próprio Congresso Brasileiro de Radiologia. Quais serão as demais etapas a cumprir até o lançamento? Dr. Henrique Carrete Jr. – Os próximos passos serão a criação da marca, a construção das normas e bases deste programa, além da consulta pública para que o radiologista dê sua opinião. No meio disso, tem uma série de questões, inclusive de cunho político. A ANS sabe o que estamos fazendo, mas ainda não de forma oficial, porque ainda não temos o produto para mostrar. Mas o faremos no tempo certo e da mesma forma com todas as en- tidades da área de saúde, que serão participadas oficialmente sobre a nossa iniciativa. Porque o CBR optou por este caminho? Dr. Henrique Carrete Jr. – É uma prerrogativa trabalhar com a qualidade. E quem melhor do que o radiologista para dizer como oferecer um serviço de qualidade? Entendemos que temos capacidade para dizer, especificamente, como um paciente deve ser bem atendido em nossa área. Não estamos falando do hospital como um todo, como fazem as demais certificadoras, mas de nossa área, que é a imagem. Como o programa do CBR vai se inserir neste mercado? Dr. Henrique Carrete Jr. – Boa parte hoje dos hospitais está procurando por uma acreditação. Eles podem ter acreditação de todo o complexo hospitalar, mas podem também optar pela certificação do serviço de imagem deles. Alguns hospitais já têm acreditação de certificadoras como da American College of Radiology (ACR), que não é reconhecida pela ANS aqui no Brasil. Com isso eles mostram que têm um serviço diferenciado naquele tipo de atendimento que prestam. No caso de clínica é mais fácil e mais lógico, porque não precisa de uma certificadora de hospital. Ela vai procurar, E quanto à equipe para se montar um programa deste tipo? Dr. Henrique Carrete Jr. – Será uma estrutura grande e com total independência para a execução da certificação, sem viés político, influência de diretoria ou do presidente. E isso é possível, porque temos o exemplo de outras sociedades que já fizeram com sucesso. E a primeira entidade que vai ser julgada será o próprio Colégio, que terá de ir frente a outras instituições internacionais, que dirão que o nosso programa poderá ser um certificador. Não estamos partindo do zero. Começamos dos nossos selos de qualidade, temos o modelo da patologia clínica (Palc) e estamos buscando outras referências internacionais, como o ACR e o Royal College of Radiologist. São estas as bases sob as quais está sendo construído o nosso programa. Esse é o principal projeto da gestão do senhor? Dr. Henrique Carrete Jr. – Sim. E é o principal porque é inovador. Todos os outros que implementamos são importantes, como, por exemplo, fazer crescer o nosso congresso, melhorar o nosso site, modernizar a comunicação com o associado, o projeto de indexar a revista Radiologia Brasileira, que está em curso. Mas estes são aspectos de aprimoramento ou de evolução de alguma coisa que já vinha sendo feita e que a gente vai remodelando. O nosso programa de acreditação é algo novo. Então, por este aspecto, é o maior projeto do Colégio Brasileiro de Radiologia, porque não existe nada igual hoje no CBR. Não é algo de minha diretoria ou de minha gestão, porque transcende a tudo isso. Tem de ser perene, porque quem vai assumir depois de mim também deve assumir o programa e dar continuidade a ele. (Por Oldair de Oliveira) DEFESA PROFISSIONAL Solução: Radiologista x Convênios fora do Judiciário A cada dia mais, acabamos nos encontrando na posição delicada de ter que renegociar com as operadoras preços aviltados por serviços que já foram prestados. Abusivo, o acordo termina invariavelmente em desconto e parcelamento do total devido. O radiologista amarga alguma perda e persiste o medo de sempre perder mais logo adiante. Esse achatamento revoltante da margem do Radiologista tem sido progressivo. Não há indicadores de melhora e nem por que manter esperanças. Frente às glosas que se avolumam, como recuperar o capital? Como educar o devedor? Mandamos cobrança pelo cartório? Mudamos a cobrança para boleto bancário? É impossível cobrar adiantado... Decisões difíceis que estremeceriam o elo entre operadora e prestador. Que atitude tomar? Isso é justo? Quem nos protege? Quem está errado? Quem está abusando? Vamos ao Judiciário processar o devedor (convênio/ operadora/paciente)? Se formos, sofreremos represálias? Compensa o gasto? Compensa o desgaste? Há, porém, um instrumento legal para resolução de conf litos que se chama arbitragem. Está presente na constituição desde a época da República, mas até 1997 era timidamente utilizada. Em 1998 a lei de arbitragem foi diligentemente modelada. Assim, a arbitragem vem crescendo em uso nestes últimos anos por numerosas e concretas razões. Uma vez conhecendo este instrumento, percebemos que teria sempre sido a melhor via de solução de conf litos. Vejamos Processo Judicial e Arbitragem comparativamente: Um processo é sempre ruim para a imagem. A disputa se torna pública, manchando a imagem do convênio frente ao público e parceiros, e ainda rotulando o radiologista de “encrenqueiro” frente aos outros convênios, compradores de serviços e fornecedores. A arbitragem não é um instrumento público. A natureza sigilosa da arbitragem preserva a imagem das partes e a discussão fica restrita à câmara arbitral, desde o início até a sentença. Não há publicidade. E muito menos má publicidade. Um processo sempre destrói a relação entre os envolvidos. Aos pólos do processo são atribuídas as posições de “autor” e “réu”. O autor suplica justiça a um poder mais alto e paternal, pois o réu o fere. O réu busca defesa e que não se lhe recaia culpa. O antagonismo entre as partes é máximo. Contratos se desmancham e não há como sustentar laços comerciais. A arbitragem viabiliza a manutenção dos laços entre os disputantes. Não há polos antagônicos pois nasce da intenção de ambos os lados em buscar um terceiro, que é o árbitro, para analisar e solucionar a controvérsia. Um processo é sempre longo demais. A disputa pode se arrastar por anos em fila até a sentença. Apelações e recursos são estratégias processuais óbvias frente a uma sentença desfavorável. O processo segue então para tribunais superiores que esticam ainda mais o desfecho da discussão, lembrando ainda que as instâncias mais altas podem ser muito mais morosas do que foi o primeiro julgamento. Uma arbitragem tem um prazo máximo de 180 dias corridos para a sentença. Pode também ser prorrogada - desde que assim expresso por ambas as partes. A prática nos tem mostrado soluções em poucas semanas. Prolatada a sentença, sem vícios nem irregularidades, não cabe recurso nem há apelação ao Judiciário. A sentença arbitral é um título executivo com a mesma força da sentença vinda do Poder Judiciário, da mesma forma também por ele legalmente reconhecida e acatada. Um processo é sempre caro demais. As taxas judiciais incidem percentualmente sobre os valores das causas e sobem de faixa se forem a instâncias mais altas. Os gastos com advogados, de ambos os lados, frequentemente prometem superar o valor discutido e ao final, a parte condenada arca também com os gastos do favorecido. Além disso, as condenações têm aspecto punitivo. Uma arbitragem é um procedimento de muito baixo custo em comparação a um processo judicial. De forma geral, as câmaras arbitrais e os árbitros estabelecem honorários que correspondem a uma fração do valor envolvido na discussão. Os advogados das partes receberão por, no máximo, 6 meses de honorários. Aliás, advogados não são imprescindíveis, mas são de presença aconselhável. O árbitro é o indivíduo eleito por ambas partes (ou indicado pela câmara), bem por isso convenientemente conhecedor do assunto em disputa. As partes determinam as legislações pelas quais o árbitro dever-se-á pautar, ou se pelo próprio bom senso. O procedimento arbitral se instaura a qualquer tempo, se manifestas as vontades das partes, a partir da assinatura do termo de arbitragem, ou por força de cláusula contratual prévia (cláusula arbitral ou cláusula compromissória). É absolutamente necessário esclarecer aqui que a arbitragem só se presta às discussões sobre “direitos patrimoniais disponíveis”, que para o resto de nós se traduz assim: “aquilo que pode ser financeiramente qualificado e quantificado”. Portanto não se aplica a discussões com componentes criminais nem de família. Mas a arbitragem é ideal no âmbito cível, onde residem as indenizações. Na área do direito comercial, a arbitragem é velha conhecida e método de escolha, notoriamente nas relações e contratos internacionais, amplamente utilizada, apoiada e solicitada. Exemplos muito concretos são as dissoluções societárias complexas/difíceis, cujos contratos sociais não tenham diretrizes específicas ou abrangentes de comportamento (para distrato, sucessão etc). Também cabe nas discussões da área do direito trabalhista, desde que cuidadosamente conduzidas. Vem crescendo o número de empresas que têm optado por rescisões trabalhistas sentenciadas na câmara arbitral, abreviando discussões e prevenindo ex-funcionários recalcitrantes, já que não cabe recurso à sentença. Estas empresas evoluíram seus contratos para introduzir neles a cláusula arbitral, tanto para o funcionalismo quanto para a prestação de serviços. No nosso melhor interesse, esse assunto depende de aculturação para ser difundido, pois se trata de um dispositivo precioso previsto e garantido por lei. Nós, radiologistas, precisamos despertar para esta forma ágil, discreta e econômica de solução de conflitos. Vem muito bem servir a nós, cronicamente apáticos e acuados pela morosidade de um Judiciário congesto. John Robert Pires-Davidson (CRM-SP 66.800) é radiologista, perito judicial e árbitro. Edição 430 – Junho de 2014 | 5 EVENTOS SPR JPR’2014 marca primeira grande parceria entre SPR e RSNA Fotos: Diego Garcia O evento, que reuniu 34 professores convidados representantes da entidade norte-americana, foi o primeiro de uma série de três já programados. A parceria se repete em 2016 e 2018 Pela oitava vez, o Transamerica Expo Center foi a casa da Jornada Paulista de Radiologia (JPR), que este ano chegou à sua 44ª edição. Na sala R foi organizada a sessão solene de abertura do evento, cuja mesa foi composta pelos seguintes médicos: Antonio José da Rocha (presidente da SPR), James Borgstede (diretor de assuntos internacionais da RSNA, que representou o presidente N. Reed Dunnick), Henrique Carrete Júnior (presidente do CBR), Nestor Müller (presidente de honra da JPR’2014), Clóvis Simão Trad (patrono da JPR’2014), Richard Baron (chairman da RSNA e coordenador geral científico da JPR pela RSNA) e Renato Adam Mendonça (diretor científico da SPR e coordenador geral científico da JPR). No seu discurso de abertura, o Dr. Antônio Rocha destacou a figura do Dr. Antonio Rocha: "O sócio é o norte dos nossos trabalhos atuais" sócio nas fileiras da SPR e o papel da entidade na promoção do desenvolvimento da especialidade. “O elemento mais importante, norte dos nossos trabalhos atuais, é o sócio, residente ou radiologista membro da SPR, que atua ou vive no Estado de São Paulo e escolhe fazer parte da nossa sociedade. O sócio SPR não apenas usufrui os benefícios que oferecemos, mas principalmente fortalece a nossa estrutura, a nossa identidade”, afirmou. Já o Dr. Renato Mendonça preferiu enaltecer o trabalho realizado “a quatro mãos”, pela SPR e RSNA, na realização e organização da jornada. “Todas as decisões deste projeto foram tomadas em comum acordo pelos coordenadores das subespecialidades, brasileiros e norte-americanos. Aprendemos muito com a RSNA nesse período. Nossa grande surpresa, porém, foi perceber que a entidade americana também teve disposição para aprender conosco”, arrematou. E mal começara a JPR’2014, o pensamento, conforme completou o Dr. Richard Baron, já estava no futuro não muito distante. “Estamos muito confiantes e otimistas com relação às duas próximas edições, quando este trabalho conjunto voltará a se repetir”, disse. Que venha, então, 2016 e 2018! Argentina é campeã da primeira disputa da Copa do Mundo de Radiologia Estádio lotado, torcida entusiasmada, jogadores a postos, tudo pronto para o jogo. Corrigindo: auditório R completamente tomado por uma plateia curiosa e entusiasmada por saber qual será o desempenho de duas equipes formadas por respeitados radiologistas brasileiros e argentinos. Esse foi cenário que antecedeu a Copa do Mundo de Radiologia, game-show que testou o conhecimento dos participantes e que foi uma das grandes atrações da JPR’2014. A seleção dos hermanos contou com os Drs. Alberto Marangoni, Sergio Moguilansky, José Ernesto Lipsich e Rafael Barousse, tendo como técni6 | co o Dr. Alejandro Rolón. Já a brasileira era formada pelos Drs. Adilson Prando, Antonio José da Rocha, Antonio Soares Souza e Mauro José Brandão, sob o comando do técnico Dr. Tufik Bauab Júnior. Enquanto estes camisas 10 se confraternizavam ouviu-se até o grito de guerra dos argentinos, que foi respondido com uma sonora vaia de uma torcida inflamada. Mas, ainda que jogando no campo do adversário, os comandados de Alejandro Rolón não se intimidaram com a pressão, reverteram um placar desfavorável, que chegou a 1000 pontos contra 300, e fechou o jogo com uma sonora golea- da sobre os brasileiros de 1100 a -400 (quatrocentos negativo). “Já temos agendada uma revanche na Argentina e vamos treinar esse formato”, minimizou o Dr. Antonio Rocha. Quanto ao técnico, preferiu não culpar o juiz, Dr. George Bisset III, por tão mala suerte. “A gincana deve voltar a se repetir dentro da JPR’2015 com os ibéricos”, adiantou Dr. Tufik. Só que desta vez, quem sabe, com um placar favorável à radiologia brasileira. Exposição à radiação Coube ao Dr. Nestor Müller o protagonismo de encerrar a sessão solene de abertura com sua palestra “Radiação – Verdades e Mitos”. Ao longo de 26 minutos, o gaúcho que atualmente reside em Salvador (BA), atualizou os presentes no auditório R, com informações relevantes e inquietantes. Segundo ele, há um aumento do risco de neoplasia decorrente das doses de radiação utilizadas em tomografia computadorizada, cintilografia, mamografia e PET, e quanto mais jovem o paciente maior esse perigo. “Estima-se que entre 25% e 30% de todos os exames de tomografia computadorizada nos Estados Unidos não tenha indicação médica e que, provavelmente, cerca de 20 milhões de adultos e 1 milhão de crianças são irradiadas desnecessariamente naquele país”, afirmou o médico, respaldado por respeitados estudos científicos. Para minimizar os riscos da radiação, Dr. Müller elencou uma série de recomendações. Entre elas, só fazer exames de TC, cintilografia ou PET quando houver uma indicação médica; usar métodos de imagem alternativos, como ultrassonografia e ressonância magnética, quando possível; utilizar a menor dose possível otimizando o protocolo para o biótipo do paciente; realizar o exame apenas na área de interesse; evitar múltiplas aquisições de imagem e diminuir a dose nos exames de controle. A boa notícia é que, a ameaça, embora real, é baixa, se comparada com o próprio risco natural de desenvolver um câncer. Além disso, destacou o radiologista, o risco-benefício favorece o uso destes procedimentos quando clinicamente justificado. EVENTOS SPR Curso de Profissionalismo estreia na JPR’2014 Programa foi preparado por brasileiros e americanos e acompanhado de perto por profissionais jovens e experientes, que lotaram a Sala I do Transamerica Expo Center Entre as inovações introduzidas na 44ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR’2014) uma se refere ao curso de Profissionalismo, Liderança e Gestão, que foi realizado no segundo dia do evento e coordenado pelos Drs. Rubens Prado Schwartz (SPR) e Valerie P. Jackson (RSNA). A ideia é a consolidação do antigo módulo de Gestão e Ética, que teve início na edição de 2011, tendo o economista Maílson da Nóbrega como destaque patrocínio da Medical Systems. De lá para cá, a preocupação da SPR com o tema só cresceu e, no ano passado, a SPR organizou um fórum de gestão em Ribeirão Preto. Para a preparação do curso deste ano foi necessário mais de um ano de trabalho conjunto dos profissionais da SPR e RSNA. No final, segundo o Dr. Rubens, mais de 90% dos temas aprovados e apresentados foram sugestões dos brasileiros. “A RSNA já está acostumada a ter esse tipo de enfoque e com a parceria deste ano entre as duas entidades, montamos um programa com assuntos que eram caros a eles e a nós”, afirmou o Dr. Rubens, destacando a relevante colaboração do Dr. André Scatigno ao longo do processo. Já para a coordenadora da RSNA, Drs. Rubens Schwartz e Valerie P. Jackson, coordenadores do curso Dra. Valerie Jackson, o curso tem proporcionado uma melhora significativa nos Estados Unidos, não somente na interpretação e tecnologia, mas também na maneira como as pessoas veem a radiologia. “Tradicionalmente, as pessoas pensam que radiologistas não interagem com pacientes, mas nós interagimos sim! Houve uma mudança no modo como interagimos com nossos colegas de profissão e com nossos pacientes”, disse a Dra. Jackson. No programa do curso, temas variados, como Treinamento e certificação do radiologista no Brasil e nos Estados Unidos, Segunda opinião em Radiologia e Lidando com Pessoas difíceis. Na plateia, um público igualmente heterogêneo, formado por profissionais jovens e maduros, mas, que em termos de média, oscilava entre 35 e 40 anos. “Profissionalismo, gestão e liderança são questões latentes e que não podem ficar de fora dos grandes congressos da especialidade. Nós, radiologistas, só discutimos raios X, tomografia, ultrassonografia, ressonância magnética, mamografia, e nada sobre gestão. Mas, hoje, todo mundo faz alguma coisa neste campo, seja formando grupo ou participando de um”, esclareceu, revelando sua grata surpresa e animação por ver a sala I do Transamerica Expo Center sempre lotada ao longo do curso. Outras novidades da JPR’2014 Curso de Informática - Ferramentas interessantes para radiologistas No terceiro dia do evento a Sala F, Hall F, recebeu um público ansioso por novidades na área da tecnologia. O Dr. Michael Richardson, representante da RSNA de Seattle, EUA, mostrou em três apresentações com duração de uma hora e meia cada, diversos recursos da tecno- logia Macintosh úteis aos radiologistas – seja na área médica, da saúde ou aplicativos de viagens e utilitários. A atividade foi incluída na programação da JPR’2014 por indicação da RSNA, que a sugeriu com base no sucesso do evento no exterior. Painéis de Controvérsias A sessão, elaborada em parceria com a RSNA, foca em assuntos delicados, não cientificamente definidos. Na maioria dos casos, um professor apresentou os argumentos e a ciência para uma posição, seguido por outro, que apresentou os argumentos e a ciência para a outra posição. Na sala de Pediatria, o Dr. Carlos Homsi pontuou, durante a palestra Imagem de Displasia do Quadril – Triagem, em painel moderado pela Dra. Lisa Suzuki, que não há consenso sobre técnicas de US ou de rastreamento para DDQ: “Quando o rastreamento é de alta qualidade, o impacto de US adicional é marginal”, enfatizou. Na sexta-feira, dia 2, houve o debate MR em Pacientes com Diagnóstico de Câncer de Mama Inicial. “Sem dúvida, esse é um assunto dos mais abordados na comunidade científica. Nos últimos anos, caminhamos bastante nesse campo e passamos a fazer um exame mais avançado. No início, era algo mais artesanal e levava mais tempo, mas a evolução rápida trouxe benefícios” colocou o Dr. Marcos Fernando de Lima Docema, radiologista. Na sala de Oncologia, o Dr. Gilberto de Castro Junior, clínico, listou as razões que devem levar o radiologista a destacar determinados dados nos laudos na palestra Visão do Oncologista, dentro do painel Avaliação dos Nódulos Pulmonares: Qual é o uso racional da Tomografia Computadorizada, PET-CT, Biópsia Percutânea e Acompanhamento, moderado pelo Dr. Gustavo Meirelles. “Quando há o diagnóstico de nódulo, é preciso avaliar até que ponto deixamos passar um câncer maligno que é tratável enquanto pequeno e, por outro lado, se não estamos superdiagnosticando um nódulo submetendo o paciente a procedimentos mais invasivos – como uma biópsia – e mais caros – como uma PET”, afirmou. Edição 430 – Junho de 2014 | 7 EVENTOS SPR Congressistas sorteados receberam prêmios na JPR’2014 Os participantes desta edição tiveram muitas oportunidades de receber prêmios durante o evento, desde livros autografados até home theaters A Jornada Paulista de Radiologia foi palco de grandes aulas na área de Diagnóstico por Imagem, e muitas das pessoas que por lá passara puderam ter seu conhecimento aprimorado pelas atividades da programação. Os congressistas também tiveram diversas oportunidades de ganhar prêmios em sua participação durante o evento, que foram cedidos pela organização e também pelos parceiros nos lançamentos de livros. Os que participaram das atividades propostas, como a sala América Latina e os Casos do Dia, também receberam suas recompensas. Confira as principais premiações: Confira as fotos dos vencedores Área de Sócios na JPR Os sócios da SPR que registraram sua presença no estande concorreram a prêmios diários, cedidos pela organização. Os ganhadores Rafael Dias da Rocha e Marcos Mendes de Barros Negreiros receberam um Home Theater cada e uma inscrição para o Curso de Atualização em Imagem Prof. Dr. Feres Secaf. No sábado, o sortudo foi Ricardo Ernesto Machado que ganhou um Home Theater e uma inscrição para a JPR’2015. Além desses prêmios a SPR realizou um sorteio relâmpago para premiar mais um sócio SPR que passou pelo estande da Área de Sócios. O ganhador foi o Dr. Fernando Morandini, que recebeu o Atlas de Ressonância em Endometriose Profunda - Correlação com Laparoscopia, da editora Revinter. Sala América Latina Casos do dia Os participantes desta atividade inédita na JPR concorreram em sorteio a diversos prêmios. Confira abaixo a relação dos ganhadores: A já tradicional atividade da JPR, que promove a interação dos congressistas para interpretação de imagens lançadas durante o evento, premiou os melhores com seis inscrições para o Curso de Atualização em Imagem da SPR (Prof. Dr. Feres Secaf) e o livro “Musculoesquelético” da Editora Elsevier. Confira os ganhadores: 1º lugar: Anne Carine de Lima – ganhou uma inscrição para o Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf) + livro Musculoesquelético da série CBR • H ome theater Renato Duarte Carneiro • Inscrição Feres Secaf Gabriela Maia • Inscrição Feres Secaf Ana Carolina Freitas Monteiro • Livros da série CBR pela editora Elsevier: Musculoesquelético Bruna Bianca Alegro Urinário Paulo Marcio da Silveira Brunato Encéfalo Felipe Gonzalez Coluna vertebral Fernanda Marina M. Terra Coleção completa CBR Marília Cariello Couto Demais ganhadores – Inscrição para o Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf): André Rodrigues Façanha Barreto Guilherme Miranzi Leonardo Gutierrez Bruno Shigueo André Cica Robim Selfie na JPR’2014 Os seguidores do instagram da SPR @sprradiologia que postaram suas selfies durante o evento com a hashtag #JPR2014 concorreram a três livros Radiologia Médica. Os sorteados foram: Marcia Pinho @marciapinho83, Diego Nava @diegolnmartins e Mariana Palmejani @maripalmejani, que puderam retirar os prêmios no estande de Sócios da SPR. 8 | EVENTOS SPR Aplicativo da JPR’2014 teve mais de 1800 downloads! Lançado pouco antes do evento, o aplicativo oficial da JPR’2014 foi um sucesso entre os congressistas e professores, obtendo mais de 1800 downloads. Por meio dele, informações importantes como programação científica, programação social, resumos de Painéis e Temas Livres, horários de transfers, mapa da exposição técnica, dados de expositores, dentre outros, estiveram disponíveis aos interessados, que puderam realizar o download na App Store para iPhone, iPad e iPod Touch, e também na Google Play para dispositivos Android. Certificados da JPR’2014 já estão disponíveis! Público teve acesso às informações em tempo real pelas redes sociais da SPR A programação e os eventos que aconteceram durante a JPR’2014 estavam em destaque nas redes sociais da SPR. Nos halls do pavilhão do Transamerica Expo Center, TVs transmitiam os destaques e citações dos professores e também lembravam aos congressistas as aulas que estavam acontecendo, bem como as atividades e premiações, diretamente do twitter da SPR @spradiologia. O Instagram teve, inclusive, um concurso de selfies, que premiou os congressistas que postaram suas fotos no local. Para seguir as redes sociais da SPR, confira os links: Facebook: www.facebook.com/ sociedadepaulistaderadiologia Twitter: www.twitter.com.br/ spradiologia Instagram: @spradiologia Já estão disponíveis os certificados on-line da JPR’2014, realizada de 1º a 4 de maio, em São Paulo. Para baixar o certificado, o participante deve acessar o link – www.spr.org.br/pt/jpr/2014/ certificados/ – e optar entre as categorias de participação: Certificado de congressista, Certificado de professor/ moderador/coordenador ou Certificado de Painéis e Temas Livres. Edição 430 – Junho de 2014 | 9 EVENTOS SPR Veja como foram as reuniões do Clube Roentgen em maio Hospital Israelita Albert Einstein realizou a mini-CCRP, que estará a cargo do hospital Heliópolis na próxima edição O tradicional Clube Roentgen teve em maio sua reunião no dia 14, com o tema US do Quadril do Adulto, apresentado pelo Dr. Mauro José Brandão da Costa às 20 horas. Às 20h30, os residentes do Hospital Israelita Albert Einstein iniciaram0 a discussão de casos, sob a coordenação do Dr. Ronaldo Baroni. A próxima reunião será realizada no próximo dia 11 de junho, às 20h no Hotel Paulista Plaza, com a aula do Dr. Antônio José da Rocha sobre Sinais Neurorradiológicos: Revisitando na Prática. A mini-CCRP se inicia às 20h30 e está a cargo do Hospital Heliópolis, sob a coordenação do Dr. Aldemir Humberto Soares. Lembramos que o Clube Roentgen acontece na segunda quarta-feira de cada mês, às 20 horas, no Hotel Paulista Plaza (Al. Santos, nº 85), em São Paulo. O formato da reunião, presidida pelo Dr. Pablo Rydz Pinheiro Santana, consiste de uma aula expositiva, seguida de uma mini CCRP, na qual são discutidos quatro casos de áreas diferentes. A participação nessa atividade é livre e a entrada é gratuita. Quem não estiver na capital paulista pode acompanhar a transmissão feita em parceria com a Pixeon, via internet. Veja as configurações necessárias para acompanhar a transmissão no site da SPR – www.spr.org.br/cursos-via-web/. Clube Roentgen de maio contou com a aula do Dr. Mauro Brandão Edição 430 – Junho de 2014 | 11 EVENTOS SPR Inscrições abertas para o Curso de Atualização em Imagem Promovido anualmente pela SPR, o Curso de Atualização em Imagem da SPR (Prof. Dr. Feres Secaf) oferece um programa científico rico em assuntos do cotidiano do Diagnóstico por Imagem goo.gl/3oj5D0 A XVIII edição do Curso de Atualização em Imagem da SPR (Prof. Dr. Feres Secaf) será realizado de 1º a 3 de agosto de 2014, no Maksoud Plaza Hotel, em São Paulo. Os temas selecionados são abordados por profissionais de reconhecida experiência em suas respectivas áreas, buscando promover uma discussão dos temas comuns ao dia a dia do médico que atua nesse segmento, assim como a atualização e revisão dos principais tópicos da especialidade. PROGRAMAÇÃO A programação pode ser conferida no site da SPR, com banner em destaque na Home Page – www.spr.org.br. Posicione o leitor de código QR sobre a imagem ao lado e a página da web com a programação será exibida. A Levitatur é a agência de viagens oficial para o XVIII Curso de Atualização de Imagem da SPR, e oferece em condições e preços especiais a hospedagem em São Paulo, o transporte aéreo a partir das várias cidades brasileiras, o traslado-aeroporto e passeios por São Paulo e arredores. Tel: (11) 2090-0970 E-mail: [email protected] Site: www.levitatur.com.br As inscrições estão abertas pelo correio ou no site www.spr.org.br/curso-de-atualizacao-em-imagem/2014/inscricoes/. Problemas com a impressão de diagnósticos por imagem? Descubra as vantagens em terceirizar as impressões com a OKI. 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Naturalmente, com o passar do tempo, o curso foi se aperfeiçoando e a cada ano ganha uma quantidade mais expressiva de participantes, alguns que inclusive vêm de fora da capital para acompanhar as aulas. Nesse último mês de maio, o coordenador do Curso, Dr. Pablo Rydz, afirmou que se surpreendeu com o grande número de presentes, que estão agora na fase final das aulas do primei- Dr. Regis Otaviano França Bezerra falou sobre Hepatopatias Difusas e Hipertensão Portal, no dia 21 Aula de Lesões Hepáticas Focais com o Dr. Lucas Rios Torres no dia 7 Imagem da Vesícula e Vias Biliares foi o tema abordado pelo Dr. Denis Szejnfeld, no dia 28 ro semestre, este que teve como tema Abdome. Aos participantes, a SPR reafirma a importân- cia da apresentação da carteira de sócio na porta da sala de aula para obter presença no dia do curso. Para obter o certificado no fim do ano, é preciso ter o mínimo de 75% de presença. Edição 430 – Junho de 2014 | 13 EVENTOS SPR Grupos de Estudos retomam sua programação normal Para junho estão previstas as reuniões dos grupos de abdome, musculoesquelético, mama, tórax, neurorradiologia, cabeça e pescoço, ultrassonografia e pediatria, alguns com datas alteradas devido aos jogos da Copa do Mundo Após alguns grupos terem pausado suas atividades devido à JPR’2014, os Grupos de Estudos da SPR voltam a ter periodicidade normal. Porém, é necessário estar atento, pois algumas das reuniões mudarão de data por causa da Copa do Mundo de Futebol. É o caso do grupo de neurorradiologia (Gene), tradicionalmente agendado para a primeira quinta-feira do mês e que acontecerá excepcionalmente no dia 26 de junho. No dia 10 acontece a reunião do Grupo de Estudos de ultrassonografia (Geus), e no dia 24 as reuniões dos grupos de cabeça e pes- coço (Gecape) e pediatria (Geped); Já o grupo de tórax (Geto), que acontece na segunda quinta-feira de cada mês, em junho teve sua data antecipada para o dia 5, sendo realizado no mesmo dia das reuniões dos grupos de abdome (Gera), musculoesquelético (Germe) e mama (Gema). Lembrando que o Geped e o Geus acontecem na sede da SPR (Av. Paulista, 491, 4º andar) e os demais terão suas reuniões no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza (Al. Santos, 85). Confira as fotos das reuniões de maio no Facebook: facebook.com/ sociedadepaulistaderadiologia. Reunião do Gene na JPR’2014 Mais Grupos de Estudos selecionam casos para concorrer a melhor do ano Outros grupos de estudos, além do Gene, estão selecionando os dois melhores casos apresentados em cada mês para concorrer ao título de melhor caso apresentado no ano de 2014. Confira a tabela: GECAPE* Fevereiro Igor Murad Faria Tumor Fibroso Solitário Fábio Austo Ribeiro Dalprá Acromegalia paraneoplásica e hiperplasia hipofisária por tumor carcinóide produtor de GHRH Bruno Casola Oliveira Condroblastoma do Osso Temporal Abril Anderson Benine Belezia Síndrome de Ramsay Hunt David Alves de Araujo Junior Implante Orbitário Poroso Simulando Recidiva de Retinoblastoma GERA* Março Matheus Teodoro Grilo Siqueira Sd. de Kinsbourne ou Sd. de Opsoclonus-mioclonus-ataxia Cássia Tamura Sttefano Guimarães Coriocarcinoma Maio Ana Flávia Assis de Ávila Neoplasia intraductal papilífera produtora de mucina da via biliar Drs. Renato Hoffmann Nunes (ganhador) e o coordenador Dr. Lázaro Amaral Foi a primeira vez que um grupo regular de estudos se reuniu durante o maior evento de radiologia da América Latina. O Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene) conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica Terapêutica (SBNRDT) e é coordenado pelos Drs. Antônio José da Rocha (SPR) e Luiz Antônio Pezzi Portela (SBNRDT). A reunião, coordenada pelo Dr. Lázaro Amaral e pelo Dr. Antônio Rocha, abriu espaço para GENE Fevereiro Ricardo Francisco Tavares Romano Síndromes dos tumores renais papilífero hereditário Heitor Castelo Branco Rodrigues Alves Doença da urina do xarope de bordo Março Bruna Garbugio Dutra Distrofias musculares congênitas Anderson Benine Belezia Arteriopatia aneurismatica do HIV em adulto Abril Tatiana Larissa Medeiros Arcanjo Encefalopatia micobacteriana Ana Paula Sachetin Pessoa Leucoencefalopatia tóxica Maio Fábio Augusto Ribeiro Dalprá Hiperglicinemia não cetótica Ricardo Tavares Daher Endometriose intramedular * Relatórios parciais divulgados pelos coordenadores dos Grupos até o fechamento da edição de junho. os inscritos apresentarem seus casos, em um modelo bem semelhante ao já praticado nas tradicionais reuniões do grupo na manhã do dia 4. Durante a reunião foram realizadas as premiações dos dois melhores casos de 2013, apresentados pelos Drs. Renato Hoffmann Nunes (Adrenoleucodistrofia Unilateral) e Fabiana de Campos Cordeiro Hirata (Doença de Menkes) e também os dois melhores casos apresentados na reunião do Gene na JPR’2014. Edição 430 – Junho de 2014 | 15 EVENTOS SPR Medicina esportiva é debatida no CMA em Campos do Jordão O tradicional encontro do Clube Manoel de Abreu teve como sede no final de maio o Hotel Serra da Estrela, na Vila Capivari, Campos do Jordão. O evento, que reuniu mais de 90 pessoas, começou com uma animada degustação de vinhos na sexta-feira, às 19h00. A programação científica se iniciou no sábado, às 9h00, com término às 15h para que os participantes pudessem aproveitar os atrativos que a cidade de Campos do Jordão possui no restante do dia e, inclusive, aproveitar a estrutura oferecida pelo Hotel Serra da Estrela, sede do evento – pis cina coberta e aquecida, saunas, bar na piscina, academia, spa, brinquedoteca, playground, deck de fondue, pub, sala de jogos e muito mais. No domingo, o dia começou com a apresentação dos Casos Residentes, que tem como objetivo promover a discussão de casos de características raras com apresentação típica ou de casos comuns com apresentação atípica. Após esta sessão, também aconteceu a Discussão de Casos tradicional. Confira a cobertura completa do evento na próxima edição do Jornal da Imagem. Clube Manoel de Abreu foi realizado no Hotel Serra da Estrela Mudança na data da reunião do CMA em São José do Rio Preto Confira a data das próximas reuniões e programe-se! Data Cidade Coordenação Nº de salas Temas: 22 a 24 de agosto Bauru Coordenação geral: Drs. Antonio Carlos P. C. Castro, Rogerio Goes Wanderley e João Abdo Neto. Coordenação científica: Germe: Drs. Michel Daoud Crema, André Fukunishi Yamada e Xavier Stump 1 US Musculoesquelética 19 a 21 de setembro Uberaba Coordenação geral: Drs. Gesner Pereira Lopes e Luís Ronan Marquez F. de Souza Coordenação científica: Dr. Arthur Soares Souza Jr. Coordenação do Fórum: Dr. Rubens Schwartz 2 Fórum de Profissionalismo Tórax 7 a 9 de novembro São José do Rio Preto Coordenação Geral: Drs. Arthur Soares Souza Jr., Antônio Soares Souza e Tufik Bauab Jr. Coordenação científica: Drs. Jacob Szejnfeld e Tufik Bauab Jr. 2 Imagem da Mulher Abdome EMPRESAS PARCEIRAS Confira os contatos destas empresas na página 31 desta edição Edição 430 – Junho de 2014 | 17 EMPRESAS De olho nos lançamentos Acompanhe os principais destaques de empresas parceiras da SPR no setor de Diagnóstico por Imagem Fujifilm O Hospital Unimed Santa Helena (HUSH), há 13 anos sob a gestão da Unimed Paulistana, acaba de adquirir o Mamógrafo Digital Amulet, da Fujifilm. A partir de agora, a instituição conta com o sistema DR (Radiologia Digital), tecnologia de alta definição de imagem que facilita a identificação de alterações muito sutis, importantes para o diagnóstico de lesões suspeitas “Nosso objetivo é oferecer exames de alta qualidade que possibilitem um estudo mais apurado da mamografia, agilizando o diagnóstico e diminuindo o número de reconvocações de pacientes”, afirma o Dr. David Serson, diretor da Unimed Paulistana. Antes de optar pela aquisição do Mamógrafo Digital Amulet, a administração da Unimed Paulistana considerou a opinião dos médicos cooperados especialistas e da Cooperativa. “Nossa expectativa é atender plenamente aos médicos e pacientes que necessitem da mamografia digital, aumentando assim a oferta de exames no Hospital Unimed Santa Helena”. O HUSH também adquiriu a Unidade de Estereotaxia, equipamento que oferece Imagens de alta resolução e funções que auxiliam a detectar com melhor precisão os pontos de interesse para o médico. Além do mamógrafo digital Amulet, os pacientes do HUSH contam com todos os exames de rotina como Ultrassom transvaginal, Ultrassom das mamas, Colpocitologia oncótica, Colposcopia, Mamografia convencional, Densitometria Óssea, Raios X, Tomografia computadorizada, Endoscopia e Colonoscopia. Pixeon A solução encontrada pela rede de medicina diagnóstica Alliar, como opção de 18 | serviço ao paciente que sofre com o trânsito e deslocamento para buscar os exames, foi o portal ClickVita, desenvolvido pela Pixeon. O objetivo da rede era oferecer mais conforto aos clientes, melhorar a eficiência operacional com um serviço adicional para o médico poder dispensar o paciente de um retorno desnecessário, diminuindo o número de pessoas circulando em 30 unidades das 70 da rede pelo país. O portal ClickVita permite a distribuição de laudos e imagens de alta resolução de qualquer dispositivo com acesso à internet. Além disso, é possível fazer o compartilhamento com os médicos em um único lugar, garantindo maior agilidade na entrega de exames. Segundo a empresa, atualmente, cerca 50% das entregas de exames de ressonância, 30% de tomografia e 20% de raios X são feitas pelo ClickVita. “Percebemos mais tranquilidade no fluxo de pessoas na clínica e os pacientes notaram melhoria na qualidade de atendimento”, conta o diretor de operações da Alliar, Eduardo Margara. Até o fim do ano, o planejamento é ampliar os serviços online, e chegar a 40% dos exames entregues pela internet. Philips A Philips apresentou este ano diversos lançamentos que compõem o portfólio de produtos e equipamentos: desde máscaras faciais, BiPAP Auto SV, com tecnologia exclusiva que permite sincronizar o equipamento à respiração do paciente, até a criação de uma nova área de negócios. Lançou também a linha de monitores que integra o monitoramento à informática clínica e traz novas ferramentas do software de gestão hospitalar pioneiro no Brasil, oTasy. “Em 2014, a Philips com- pleta 90 anos de atuação no País. Tempo suficiente para conhecer o mercado hospitalar brasileiro e desenvolver, sempre em parceria com médicos, gestores e profissionais da saúde, as soluções mais inovadoras e necessárias”, afirma Daniel Mazon, vice-presidente sênior da Philips Healthcare para América Latina. Segundo a empresa, a Philips foi pioneira na produção nacional de equipamentos para diagnóstico por imagem de alta tecnologia e, por isso, foi a primeira empresa cadastrada pelo BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento para concessão de crédito por meio do FINAME – linha de crédito que concede taxa de juros subsidiados pelo governo. “A empresa acredita e investe fortemente no mercado brasileiro, sendo que cerca de 65% de todos os produtos comercializados nacionalmente são produzidos no Brasil”, completa Mazon. GE Segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2012 mais de 159 mil pessoas foram internadas por conta de acidentes de trânsito no Brasil, um aumento de quase 10% se comparado com números de 2010. Os cuidados com traumas causados por essas colisões ocorrem, normalmente, por meio de cirurgias, que necessitam de alta tecnologia para garantir agilidade e precisão durante os procedimentos. Pensando em atender esse mercado, desde maio de 2014, a GE Healthcare passou a incremar sua produção nacional de arcos cirúrgicos e a produzir em sua unidade de Contagem (MG) tecnologias das linhas OEC Brivo Essential* e Plus*. Esses equipamentos servem para orientar os cirurgiões durante os procedimentos, por meio da aquisição de imagens, para monitoramento em tempo real da área afetada. Siemens Com o objetivo de ampliar a atuação na área de saúde e suprir as crescentes necessidades do mercado brasileiro de tecnologia médica, a Siemens expande seu complexo industrial e de logística voltado à produção de equipamentos de imagens e passa a fabricar no Brasil tecnologias em ultrassonografia. Localizada em Joinville (SC), a unidade é a terceira da Siemens em todo o mundo a produzir os equipamentos de ultrassom X300 PE e X700, desenvolvidos pela companhia apenas nos Estados Unidos e Coreia do Sul. A iniciativa integra o pacote de investimento da companhia para a área de saúde no País. Com a fabricação local de ultrassom a partir do segundo semestre, a Siemens pretende dobrar sua produção nacional até 2017, com expectativa de crescimento aproximado de 30% ao ano. Inaugurada em 2012, a 13ª fábrica da companhia no País já produz equipamentos de ressonância magnética, tomografia computadorizada e raios X analógico e digital voltados para o mercado brasileiro. Junto à proposta de ampliação da fábrica, com a nova linha de produção de ultrassom, a multinacional direciona-se também para estudos em pesquisa e desenvolvimento de produtos que envolvem diretamente o Brasil no aprimoramento de tecnologias inovadoras na área de diagnóstico por imagem. “A empresa acredita no potencial de crescimento do Brasil para o setor de saúde, que continua entre os principais mercados de produtos para a área médica do mundo”, afirma Armando Lopes, diretor do setor de Healthcare da Siemens. O QUE VEM POR AÍ Empresas investem na redução de dose de radiação De produtos a campanhas, empresas se esforçaram para destacar itens do seu portfólio que favorecem a redução da dose de raios X na sala de exame. Esse tipo de marketing tem se revelado positivo e só faz bem a pacientes e staff médico Entre tantas questões apresentadas e debatidas na última JPR, aquela referente à dosagem de radiação nos exames radiológicos monopolizou boa parte das discussões. O pontapé inicial foi dado pelo Dr. Nestor Müller, que em sua aula durante a sessão de abertura discorreu sobre o tema Radiação: verdades e mitos. Esse assunto foi levado pelos presentes para a área reservada à exposição técnica e muitas empresas aproveitaram também para apresentar produtos e iniciativas que ajudam nesta batalha incessante para se conseguir as melhores imagens com a menor dose de raios X. Na Toshiba, o esforço era para dar o devido destaque à sua linha de tomógrafos, cuja maior estrela era o Aquilion One. Ele, assim como os demais produtos da empresa, vem equipado com uma ferramenta de baixa dose de reconstrução iterativa, que permite a realização de exames clínicos com baixa dose de contraste e exposição. “Essa é uma preocupação que começou fortemente em 1993 e que vem se intensificando. Atualmente, desde o nosso tomógrafo mais básico, de quatro canais, até o mais avançado, de 640 cortes, usa-se a mesma ferramenta”, explica André Fernandes Guahy, gerente de produtos CT, referindo-se ao diferencial batizado de Adaptive Iterative Dose Reduction 3D (AIDR 3D). Segundo ele, a tecnologia permite redução de até 75% na dose, se comparado com outros equipamentos que não dispõem dela. No estande da Philips a questão da otimização da dose fazia parte da pauta do dia. Nelson Vacari, responsável pela gestão de equipamentos da empresa, explicou que no processo de produção dos raios X, 97% da energia gerada pelos elétrons se converte em calor e apenas 3% em raios X. Ainda assim, desses 3%, é aproveitado apenas de 60% a 70% para fazer a imagem, sendo que o resto se perde. “A Philips tem se preocupado cada vez mais em como utilizar melhor essa dose de raios X e como transformá-la em imagens com a melhor qualidade possível. Isso é importante pois pode permitir que já no primeiro exame – ainda que com a menor dose de radiação – o profissional tenha condições de fazer um diagnóstico acurado, sem que seja necessário recorrer a um segundo”, explica. Entre os sistemas desenvolvidos pela Philips que permitem o melhor aproveitamento da dosagem de radiação estão o DoseWise (para hemodinâmica), o iDose (para tomografia e que possibilita o aproveitamento de até 72% dos raios X emitidos) e o DoseAware (para qualquer ambiente onde tenha radiação). Este último equipamento segue na linha educativa e possibilita visualizar em tempo real o quanto de radiação um médico ou sua equipe é exposto na sala de exame. “Como a radiação é uma nuvem, sua visualização e a tomada de medidas simples e necessárias, como alguns passos para trás ou para o lado, podem significar reduzir a exposição do staff em até 100%”, ressalta Vacari. No estande da Siemens, a grande estrela não estava presente fisicamente. Lançado no último RSNA, o Somatom Force já foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), mas ainda aguarda o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por enquanto, existem apenas cinco unidades em atividade em todo o mundo, sendo que a primeira foi instalada na University Medical Center Mannheim, na Alemanha, com quem a Siemens mantém uma parceria de longa data. “A diferença deste equipamento é que ele foca na redução da dose de radiação e na redução da dose de contraste iodado. Houve o desenvolvimento de uma nova tecnologia no tubo de raios X (o Vectron Tube), que permitiu fazer exame, que hoje chamamos de 70 kVA e que são voltados normalmente para criança, em pacientes convencionais (adulto) de até 80 quilos”, explica Cristiano Lentini, especialista de produto da empresa alemã. Segundo ele, toda a linha de tomógrafos da Siemens pode ser configurada com o sistema de reconstrução iterativa, que permite a redução de dose de radiação. Na Hologic, o destaque ficou por conta de sua linha de equipamentos que permitem fazer mamografia 2D adquirida com a tomossíntese (3D), respeitando os níveis de referência de dose de radiação. Com o equipamento são feitas 15 projeções da mama – ao custo de uma dosagem de 1,6 miligrays (mGy) –, que são reconstruídas com a ajuda de um computador. Além disso, na mesma exposição pode-se fazer também a mamografia convencional, que exigirá mais 1,2 mGy de radiação. Somando tudo isso, tem-se como resultado 2,8 mGy de dose para fazer o exame com as duas modalidades de imagem (2D e 3D). “Com este produto, é possível fazer as quatro vistas básicas de exame com as duas modalidades dentro do nível de referência adotado no Brasil, que é de 3 mGy”, salienta Keli Fabiana Rodrigues, especialista em produtos da Hologic. Mas, a empresa aguarda o registro da Anvisa para o seu C-View (já liberado pela FDA) e que vem sendo batizado de mamografia 2D Sintetizada. Este software permite a criação de uma imagem 2D sintetizada a partir de uma imagem de tomossíntese 3D e faz com que seja reduzida em cerca de 45% a radiação à qual a paciente é exposta (que será de 1,6 mGy). Já a Fujifilm, além do seu mix de produtos, levantou uma importante bandeira com a campanha “Raio X na Dose Certa”. De acordo com seu diretor de divisão, Mauro Kiyoji Gonde, com esta iniciativa, a empresa se propõe a enviar seus profissionais para universidades, associações, hospitais e clínicas, para levar informações de como otimizar os equipamentos para a obtenção de exames de qualidade com doses mais baixas. “Esse não deve ser um papel só da Fuji. Mas todos deveríamos abraçar essa ideia para promover a conscientização e a otimização com base naquilo que as clínicas e hospitais dispõem”, destaca o diretor. O convite está feito. Agora é esperar para ver quem vai de fato aceitá-lo. (Por Oldair de Oliveira) Edição 430 – Junho de 2014 | 19 CUIDANDO DO SEU BOLSO Múltiplo do EBITDA do Segmento da Saúde Compreender o movimento dos preços das empresas do setor de saúde é fundamental para o profissional que atua na área da saúde, seja para tomar decisões de contratação, aquisição de equipamentos, redução de custos, reestruturação de serviços médicos, assim como para se adaptar ao setor, exposto a um processo de amadurecimento com formação de empresas maiores impondo um ambiente mais competitivo para todos os agentes do setor. O gráfico a seguir apresenta a evolução do múltiplo Enterprise Value sobre EBITDA, EV/EBITDA, das empresas do segmento de saúde que possuem ações negociadas na Bovespa e na NYSE (Bolsa de Nova York). A escolha da bolsa americana se dá em função de sua importância e principal referência na formação de preços. Como é possível perceber, há uma tendência de queda de preços relativos nos últimos cinco anos das empresas do segmento de saúde com ações negociadas na Bovespa e, por outro lado, uma tendência de valorização das ações listadas na bolsa americana. Profª Liliam Sanchez Carrete Área de Finanças – Departamento de Administração – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Universidade de São Paulo 2009 2010 2011 2012 2013 BOVESPA 31,21 15,11 14,92 31,21 31,21 NYSE 7,40 7,33 6,67 8,28 10,25 Fonte das Informações: Economática A amostra é composta por, em média, cinco empresas da área de saúde (classificação NAICS da Economática que consiste em Consultórios Médicos, Odontológicos, Laboratórios de Exames Médicos, Serviços Ambulatoriais e outros), da Bovespa e treze empresas da NYSE. Optou-se pela mediana como medida estatística que representa o conjunto de empresas em cada uma das Bolsas. Vamos analisar os fatores que podem ser responsáveis por esse movimento de preços, ou seja, os determinantes do múltiplo do EBITDA: risco e potencial de crescimento do setor, sendo que o potencial de crescimento de uma empresa depende do reinvestimento de capital e o retorno sobre capital. Ou seja, a capacidade de geração de riqueza de uma empresa depende da quantidade de capital investido e do retorno sobre esse capital: ao investir $100 em um negócio cujo retorno é 10%, a riqueza obtida pelo investimento é de $10. Entretanto, ao investir $120 nesse mesmo negócio, a riqueza obtida será de $12. O crescimento da riqueza do acionista do primeiro caso para o segundo é de 20%, resultado da manutenção da rentabilidade do negócio e aumento do investimento no valor de $20 (de $100 para $120, um aumento de 20%). A rentabilidade do negócio pode ser medida pelo retorno sobre o capital próprio, ROE (return on equity) ou retorno sobre ativo, ROA (returno on assets). O ROE do setor apresentou uma redução de 17,7% em 2009 para 5% em 2013 no Brasil, o que indica que a queda da rentabilidade da operação dos últimos anos impactou em uma redução de preços das empresas do setor de saúde no Brasil. O ROA do setor também apresentou uma queda nos últimos cinco anos de 4,9% em 2009 para 2,8% em 2013. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o ROE do setor de 19% (2009) para 14% (2013) e o desempenho histórico do ROA apresenta estabilidade ao longo dos últimos cinco anos. Com relação aos investimentos realizados pelas empresas do setor, pode-se observar a relação de investimento, CAPEX (capital expenditures) sobre depreciação e amortização. Uma relação maior que 1 indica incremento de investimento líquido no negócio. Uma relação igual a 1 indica que a empresa está simplesmente recompondo o capital investido. No Brasil, o setor apresentou em 2009 uma relação de, aproximadamente, 2 vezes, atingindo quase 3 vezes em 2011 e reduzindo para 1,3 vezes em 2013. Essa redução pode indicar menor crescimento no futuro e pode ter contribuído para o movimento de redução de preços das empresas do setor de saúde no Brasil. No mercado americano, identificamos evolução histórica similar à do Brasil, o setor realizou investimentos de 1,3 vezes a depreciação e amortização, atingindo 1,5 vezes em 2012 e reduzindo para 1 em 2013. Naquele mercado os investimentos não são fator explicativo do aumento de preços relativos naquele mercado. O risco impacta o múltiplo porque é o fator de desconto dos flu- xos futuros a valor presente. Dessa forma, quanto maior o risco, menor o valor da empresa e, portanto, menor o múltiplo. Utilizamos como medida de risco a volatilidade do preço das ações da amostra e identificou-se uma redução da volatilidade tanto para a amostra das empresas da Bovespa (de 40% em 2009 para 30% em 2013) quanto as da NYSE (de 40% em 2009 para 22% em 2013). Alternativamente, analisamos o β como a medida de risco relativa ao mercado e não foi possível confirmar a tendência de redução de risco: o β permaneceu estável ao longo do período para ambos os mercados. Esses dados demonstram que as empresas de capital aberto do setor de saúde, no Brasil, vêm apresentando uma redução de preços relativos, que pode ser explicado por uma redução da rentabilidade do setor e, possivelmente, menor nível de investimentos. Esse movimento de preços não acompanha a evolução dos preços das empresas de capital aberto do segmento nos Estados Unidos. Os preços atuais das empresas do setor de saúde da Bovespa podem representar uma oportunidade para potenciais investidores que acreditam no potencial aumento de rentabilidade do negócio e expansão do setor. Edição 430 – Junho de 2014 | 21 PERFIL A radiologia no topo do mundo O Dr. Pablo Soffia Sánchez é um dos cerca de 500 radiologistas que atuam no Chile. Com um trabalho sério e respeitado, o atual presidente da Sociedade Chilena de Radiologia (Sochradi), ao lado da sua pequena comunidade de profissionais, tem conseguido colocar o país andino no mapa da especialidade Considerado um dos radiologistas mais respeitados do Chile, o Dr. Pablo Soffia Sánchez é referência quando o assunto é ressonância magnética e tomografia de abdome. Esta expertise, aliás, o tem levado a participar como conferencista em diversos eventos internacionais, inclusive do Congresso Europeu de Radiologia (ECR), do qual em 2008, esteve na condição de professor convidado, proferindo a palestra “Useful signs in genitourinary imaging”, e de moderador do curso de atualização em pancreatite. Nesta última JPR foi, ao lado do Dr. Tufik Bauab Júnior, coordenador da Discussão de Casos na Sala América Latina, onde falou sobre pélvis feminina e masculina. Foi ainda conferencista no Curso de Medicina Interna, abordando os temas “Técnicas de Avaliação Vascular no Abdome” e “Estadiamento”, no Refresher course: câncer colorretal. Nascido há 50 anos em Viña del Mar, localidade litorânea no centro do Chile e hoje o principal destino de Verão no País andino, Dr. Sánchez é graduado pela Universidade do Chile, com residência na Universidade Católica, entre 1990 e 1993. Depois disso (1996-1997), seguiu para um período de formação no Hospital Universitário Vall d’Hebron, em Barcelona, a maior unidade pública da capital da Catalunha e que, em 2010, ganhou visibilidade mundial quando uma de suas equipes médicas realizou o primeiro transplante facial total. “Eu me especializei em tomografia computadorizada e ressonância magnética e acabei fazendo praticamente toda minha carreira profissional dentro da Clínica Alemana de Santiago, que é o maior hospital privado da capital do meu país e onde se encontra um grande e importante serviço de radiologia”, se apresenta o médico viñamarino, que é também diplomado em Gestão em Saúde, pela Uni- versidade dos Andes. Na clínica a que se refere se encontram cerca de 10% de todos os radiologistas que atuam no Chile, que hoje gira em torno de 500 profissionais. Apesar deste número pequeno (se comparado ao Brasil, por exemplo, onde são aproximadamente 10 mil especialistas), o país do Dr. Sánchez tem grande tradição quando o assunto é radiologia. A Sochradi, por exemplo, da qual é o atual presidente, foi fundada em 1942 (antes mesmo do nosso Colégio Brasileiro de Radiologia, que é de 1948) e no momento conta com 300 sócios. Também foi o Chile um dos primeiros lugares a ter experimentos com os raios X. Menos de um mês depois da publicação do revolucionário artigo Über Eine Neue Art von Strahlen (Sobre uma nova espécie de raios), por Wilhelm Conrad Röntgen, em 28 de dezembro de 1895, os Drs. Luis Ladislao Zegers e Arturo Salazar repetiam o experimento no laboratório de Física da Escola de Engenharia da Universidade do Chile. E, em 27 de março de 1896, ambos publicaram nas Actes de la Societé Scientifique du Chile, a monografia “Experimentos sobre a produção de raios X por meios de lâmpadas de cadência elétrica”. É desta escola de profissionais inovadores e transformadores que faz parte o Dr. Sánchez. Ele, que também ocupa o cargo de professor de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidad del Desarrollo – que tem cinco campi distribuídos entre Santiago e Concepción – participou pela primeira vez da JPR em 2010 e se surpreendeu com o que encontrou no Transamerica Expo Center. “Fiquei muito impressionado pelo tamanho e pela qualidade das palestras. Além disso, o carinho e a hospitalidade dos radiologistas brasileiros foram incríveis”, disse. No ano seguinte, estreitou ainda mais os laços com os colegas paulistas. Naquele 2011, a SPR estabele- Dr. Pablo Soffia: “Fiquei muito impressionado pelo tamanho e pela qualidade das palestras. Além disso, o carinho e a hospitalidade dos radiologistas brasileiros foram incríveis” ceu uma parceria com a Sociedade Chilena para a realização do seu principal evento, que culminou no primeiro Congresso Brasil-Chile de Radiologia e com a presença de um número significativo de radio- logistas andinos. “A única barreira que existe entre chilenos e brasileiros é o idioma. Mas já temos assegurado pelo Dr. Antônio Rocha (presidente da SPR) que, para os próximos anos, haverá mais salas com tradução simultânea para o espanhol e uma sala América Latina com dimensões maiores. São medidas que certamente aproximarão ainda mais a JPR dos radiologistas de nossa região”, destaca. Filho de um arquiteto e primeiro médico da família, Dr. Sánchez é casado com a oncologista pediátrica Júlia, com quem tem quatro filhos. Descobriu sua vocação graças a um dos seus professores, que o orientou a conhecer um serviço de Radiologia. Sentiu-se fascinado imediatamente por aquele universo de imagens e nuances que desafiavam sua capacidade de interpretação. “Hoje tenho o entendimento de que o que mais gosto na especialidade é que ela serve a todas as demais. Ajudamos ao cirurgião, ao pediatra, ao ginecologista. A radiologia é útil a todos e leva ao diagnóstico e ao tratamento. Me fascina muito estes múltiplos enfoques que tem nossa especialidade”, se justifica com o mesmo ardor juvenil de quando, há algumas décadas, fora arrebatado pela Radiologia. (Por Oldair de Oliveira) Edição 430 – Junho de 2014 | 23 SPR GLOBAL JPR’2015: diretorias se reúnem para acertar detalhes do evento A 45ª Jornada Paulista de Radiologia já tem data confirmada: será realizada de 30 de abril a 3 de maio, novamente no Transamerica Expo Center. Com a JPR’2015, será realizado também o 1º Encontro Brasil – Península Ibérica, e seu conteúdo estará voltado para o tema da redução de dose – diagnóstico por imagem na dose certa –, principal bandeira da campanha Image Gently, Image Wisely. Essa JPR será organizada pela SPR em parceria com as Sociedades Portuguesa de Radiologia e Medicina Nuclear (SPRMN), Espanhola de Radiologia Médica (SERAM) e Portuguesa de Neurorradiologia (SPNR). Ainda durante a JPR’2014, os representantes da Diretoria da SPR, Drs. Antonio José da Rocha, Re- Reunião entre SPR e SERAM durante congresso na Espanha nato Mendonça e Tufik Bauab, se reuniram com o Dr. Pedro de Melo Freitas, da SPRMN, para firmar a parceria para o desenvolvimento do evento. Mais recentemente, a mesma delegação de representantes da SPR Reunião entre a SPRMN e a SPR durante a JPR'2014, em São Paulo se reuniu com a diretoria da Sociedade Espanhola de Radiologia Médica (SERAM) durante o congresso da entidade (XXXII Congresso Nacional da SERAM), que aconteceu de 22 a 25 de maio em Oviedo, Espa- nha, para alinhar mais detalhes da organização da JPR’2015 e conhecer melhor os médicos espanhóis que estarão na próxima edição do evento. Todos eles se disseram muito animados e ansiosos para participar. LEITURA DINÂMICA Série CBR - Musculoesquelético Sexto título da Série CBR, livro de autores nacionais teve seu lançamento durante a JPR’2014 e aborda métodos de imagem para diagnóstico de doenças de todas as estruturas do sistema musculoesquelético Várias pesquisas em todo o mundo têm apontado o aumento da incidência de lesões musculoesqueléticas (de músculos, articulações, tendões, ligamentos, nervos e ossos) entre a população que pratica exercícios físicos de forma excessiva ou em decorrência de determinada atividade profissional. A demanda por radiologistas especializados na área, além de ortopedistas e reumatologistas conhecedores dos mais modernos métodos para diagnóstico e tratamento dessas patologias é, portanto, crescente. Ciente dessa realidade, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem lança Musculoesquelético (Editora Elsevier), que aborda os métodos de imagem para diagnóstico das doenças de todas as estruturas do sistema musculoesquelético. Este é o sexto livro da Série CBR, que já 24 | vendeu mais de 8.000 exemplares no país e tem dois títulos (Coluna Vertebral e Encéfalo) vencedores do Prêmio Jabuti na área de Ciências da Saúde. Musculoesquelético conta com colaboradores com vasta experiência na área e oriundos de respeitadas instituições brasileiras, e tem como editores Dr. Luiz Guilherme de Carvalho Hartmann, médico radiologista do Departamento de Diagnóstico por Imagem do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia; e Dr. Marcelo Bordalo Rodrigues, chefe do setor de Musculoesquelético do Instituto de Radiologia (InRad) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP). De forma didática, com capítulos divididos em tópicos, e repleto de imagens de alta qualidade que possibilitam a melhor apreensão do conteúdo, a publicação tem por objetivo orientar o profissional a solicitar os exames de imagem mais adequados aos casos clínicos do dia a dia. Aborda os métodos radiológicos desde o exame de raios X, passando pela ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e métodos funcionais. É dado destaque em aspectos de imagem pela ressonância magnética das afecções musculoesqueléticas, correlacionando-a com os demais métodos diagnósticos. Entre as técnicas mais modernas apresentadas no livro estão o diagnóstico com difusão em nervos, que aumenta a capacidade de exames de imagem identificarem alterações dos nervos periféricos; e a tomografia de dupla energia do sistema musculoesquelético, que permite reduzir a radiação a que o paciente fica exposto e tem várias aplicações em patologias reumatológicas e ortopédicas. Pela relevância clínica, abrangência e atualização, a obra já nasce como referência, uma fonte de consulta permanente para radiologistas gerais, especialistas em Radiologia Musculoesquelética, ortopedistas, reumatologistas e fisiatras, assim como bibliografia para provas de título na área. ENTRETENIMENTO Área de Sócios na JPR’2014 registrou grande procura de associados Os sócios da SPR que passaram pelos dois estandes da SPR puderam se sentir acolhidos, em um espaço exclusivo dedicado a eles. A ideia, nas palavras do Dr. Antonio Rocha, era de proporcionar mais conforto aos associados, fazendo com que se sentissem “em casa”. Lá, o sócio pôde desfrutar de um local de descanso com serviço de garçons, computadores conectados à internet e sinal de internet sem fio. Ao registrar sua presença no estande, eles também concorreram a prêmios, parte de uma campanha desenvolvida pela SPR para valorização dos associados. Dentre as premiações disponíveis a cada dia, foram sorteados Home Espaços para sócios durante a JPR’2014 Theaters, inscrições para o Curso de Atualização em Imagem Prof. Dr. Feres Secaf e, no sorteio final, um Home Theater e uma inscrição para a JPR’2015. Edição 430 – Junho de 2014 | 25 ENTRETENIMENTO Onze museus de São Paulo passam a ter entrada gratuita aos sábados Na capital paulista, fazem parte da programação: o Catavento, o Museu Afro Brasil, o Museu de Arte Sacra, o Museu da Casa Brasileira, o Museu do Futebol, o Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca, a Estação Pinacoteca, o Museu da Imagem e do Som (MIS) e o Museu da Imigração (que foi reaberto no último dia 31 de maio). Cada um dos museus também receberá eventos especiais para a semana. A programação completa pode ser vista no site www.cultura.sp.gov.br. Capital Catavento – Espaço Cultural da Criança Palácio das Indústrias – Praça Cívica Ulisses Guimarães, s/nº (Av. Mercúrio), Parque Dom Pedro II, Centro, São Paulo. A 600 metros da estação Dom Pedro II do Metrô (linha vermelha) (11) 3315-0051 De terça a domingo, das 9h às 17h (bilheteria fecha às 16h) R$ 6 – grátis aos sábados R$ 10 até 4 horas (para visitantes do museu). Adicional por hora: R$ 2 (capacidade para 200 carros). Ônibus e vans: R$ 20 www.cataventocultural.org.br Museu da Língua Portuguesa Praça da Luz, s/nº, Luz, São Paulo. Saída da estação Luz do Metrô (linha azul/amarela) e da CPTM (11) 3322-0080 De terça a domingo, das 10h às 18h. Aberto até as 22h toda última terça-feira do mês (bilheteria fecha às 21h) R$ 6 – grátis aos sábados. Até o final de 2014, grátis também às terças. Entrada gratuita para professores da rede pública com holerite e carteira de identidade, crianças até 10 anos e adultos a partir de 60 anos. www.museulinguaportuguesa.org.br 26 | Museu Afro Brasilia R. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Pavilhão Manoel da Nóbrega, Parque do Ibirapuera, portão 10, São Paulo. Estacionamento pelo portão 3 (cartão Zona Azul) (11) 3320-8900 De terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h) R$ 6 – grátis às quintas-feiras e aos sábados www.museuafrobrasil.org.br Museu da Casa Brasileira Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.705, Jardim Paulistano, São Paulo. A 850 metros da estação Cidade Jardim da CPTM (linha Osasco-Grajaú) (11) 3032-3727 / 3032-2564 De terça a domingo, das 10h às 18h R$ 4 – grátis aos sábados, domingos e feriados. Entrada gratuita para crianças até 10 anos e idosos acima de 60 anos www.mcb.org.br Museu da Imagem e do Som (MIS) Av. Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo (11) 2117-4777 De terça a sexta, das 12h às 22h. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 21h Grátis às terças-feiras. Aos sábados, acesso grátis às exposições do térreo e do acervo. www.mis-sp.org.br Museu de Arte Sacra Av. Tiradentes, 676, Luz, São Paulo. A 60 metros da estação Tiradentes do Metrô (linha azul) (11) 3326-3336 De terça a sexta, das 9h às 17h. Sábados e domingos, das 10h às 18h R$ 6 – grátis aos sábados. Entrada gra tuita para maiores de 60 anos, crianças até 7 anos, professores da rede pública (identificação obrigatória) e até 4 acompanhantes www.museuartesacra.org.br Museu do Futebol Praça Charles Miller, s/nº, Estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu), São Paulo. A 1,5 km da estação Cínicas do Metrô (linha verde) (11) 3664-3848 De terça a domingo, das 9h às 17h. De 13 de maio a 13 de julho, o museu abrirá das 9h às 22h (bilheteria até as 21h) R$ 6 – grátis às quintas-feiras e aos sábados. Meia-entrada para estudantes com carteirinha, idosos, aposentados e professores da rede pública (estadual e municipal) www.museudofutebol.org.br Estação Pinacoteca Largo General Osório, 66, Luz, São Paulo. A 500 metros da estação Luz do Metrô (linha azul/amarela) e a 240 metros da estação Júlio Prestes da CPTM (linha Itapevi-Júlio Prestes) (11) 3335-4990 De terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h) R$ 6 – grátis aos sábados O ingresso dá direito a uma visita à Pinacoteca. Crianças com até 10 anos e idosos maiores de 60 anos não pagam. www.pinacoteca.org.br Pinacoteca Praça da Luz, 2, Luz, São Paulo. Próximo à estação Luz do Metrô (linha azul/amarela) e da CPTM (11) 3324-1000 De terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h). Às quintas-feiras, fica aberto até às 22h R$ 6 – grátis aos sábados (o dia todo) e às quintas (após as 17h). O ingresso dá direito a uma visita à Estação Pinacoteca www.pinacoteca.org.br Museu da Imigração O espaço acabou de ser restaurado e reaberto no dia 31 de maio. O Museu da Imigração do Estado de São Paulo herda do Memorial do Imigrante toda a história de preservação da memória das pessoas que chegaram ao Brasil por meio da Hospedaria de Imigrantes, e o relacionamento construído, ao longo dos anos, com as diversas comunidades representativas da cidade e do Estado. Rua Visconde de Parnaíba, 1316, Mooca, São Paulo (11) 3311-7700 / (11) 2692-1866 / (11) 2692-9218 www.museudaimigracao.org.br TÚNEL DO TEMPO HÁ 30 ANOS O editorial do Jornal da Imagem de junho de 1984, edição nº 70, escrito pelo então presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR), Dr. Luiz Karpovas, alertava para a importância de organizar o calendário de eventos médicos de forma conciliadora, buscando uma atuação harmoniosa das entidades promotoras de eventos médicos e também dar garantias de que o público pudesse participar das oportunidades oferecidas para aprimoramento, sem que houvesse conflito de agendas. Os destaques da capa traziam também o sucesso do I Curso de Atualização em Ultrassonografia, que reuniu 400 médicos no Centro de Convenções Rebouças para reforçar e trocar conhecimentos na área da ultrassonografia. O anúncio do esta- belecimento do Clube de Residentes de Radiologia, idealizado pelos Drs. Feres Secaf e Alvaro de Almeida Magalhães, foi concretizado com a iniciativa dos serviços de imagem dos hospitais HC-FMUSP, Santa Casa de São Paulo, Hospital São Paulo e Hospital do Servidor Público Estadual, que visava unir e fortalecer as residências de radiologia, com o agendamento de sua primeira reunião, em 8 de julho daquele ano no Hospital das Clínicas. A edição ainda contou com o anuncio do programa da I Jornada Norte-Nordeste de Radiologia e Ultrassonografia, realizada de 2 a 6 de setembro de 1984 em Fortaleza. Para isso, foi realizada uma entrevista com o secretário geral Dr. Francisco Vandeci Soares a respeito da programação e das expectativas para a realização do evento. Edição 430 – Junho de 2014 | 27 PÉ NA ESTRADA Festa Junina na capital paulista e no interior de São Paulo Em junho é tradição aproveitar as delícias gastronômicas das festas temáticas. Em São Paulo, as festas juninas são destaque na programação cultural, sendo que em muitos lugares a programação do evento traz, além das comidas típicas, apresentações de grandes nomes da música. E não é só na capital que os paulistanos podem curtir um bom arraial. Algumas cidades próximas também organizam festas durante o mês, com atrações regionais que reforçam o clima interiorano. Confira abaixo as principais festas juninas que acontecem na cidade – e em alguns dos municípios do interior: São Paulo Centro expandido Festa Junina da Igreja do Divino Espírito Santo A paróquia localizada na rua Frei Caneca promove sua tradicional festa junina nos dias 15, 16, 22, 23, 29 e 30 de junho. O público encontra por lá barracas com comidas típicas como churrasco, cachorro quente, milho, vinho quente quentão, e ainda pode curtir a quadrilha com as crianças da catequese da igreja. Festa de Santo Antônio do Pari Considerada a festa mais tradicional de Santo Antônio na cidade, chega esse ano a sua 99ª edição. Durante todo o mês de junho, o público encontra barraquinhas com pastel, pizza, caldo verde e doces variados, com destaque para o bolo do santo padroeiro no dia 13 de junho. Festa Junina da Portuguesa Receitas de Portugal, como bolinhos de bacalhau e pastéis de Santa Clara, dividem espaço nas barracas com as tradicionais delícias juninas. Sobem ao palco no sábado (31/05) Hugo e Thiago, Buchecha, Maria Cecília e Rodolfo e Grupo Folclórico da Portuguesa de Desportos. 28 | Zona Norte Clube Esperia A tradicional Festa Junina do Clube Esperia é uma das mais frequentadas da Zona Norte de São Paulo. O evento conta com shows, música ao vivo, brincadeiras e comidas típicas em cerca de trinta barracas. Esse ano, o destaque da programação no dia 7 de junho é a dupla Matheus Minas & Leandro. No dia 8, Michel Teló encerra o evento. Zona Sul Quermesse da Paróquia do Santíssimo Sacramento Além de barraca de argola, boca do palhaço, canaleta, pula-pula e piscina de bolinha e bingo, o arraial ainda reúne muita comida caipira. Para inovar, a quermesse oferece também quitutes americanos (hot-dog e hambúrguer), italianos (macarrão, nhoque e lasanha), portugueses (linguiça, bolinho de bacalhau e caldo verde). Zona Leste Festa de São Vito A 96ª edição da tradicional festa italiana já está acontecendo desde o final de maio e vai até o início de julho. As “mammas” voluntárias preparam iguarias típicas, como a guimirella (churrasco de fígado e os frequentadores há um parque de diversões para todas as idades. São José dos Campos A Festa Junina é realizada pela Sociedade de São Vicente de Paulo há 45 anos. Nesta edição traz bandas e grupos de todos os gêneros musicais além de quadrilha, casamento caipira, barracas de diversões doces e salgados típicos, bolinho caipira, bingo dentre outras atrações. São José do Rio Preto folhas de louro) e a fcazzella (pastel frito com tomate, mussarela e orégano). Quem preferir poderá pedir menu completo aos sábados ou uma versão reduzida aos domingos. O evento beneficente é a principal fonte de recursos da Creche de São Vito. Recomenda-se reservar um lugar entre os 480 disponíveis na cantina. Zona Oeste Paróquia São Paulo da Cruz – Igreja do Calvário A tradicional quermesse reúne cerca de vinte barracas e traz cardápio eclético, que inclui itens como quentão, fogaça, bolinho de bacalhau, acarajé e yakissoba. Atrações de música sertaneja garantem a animação a partir das 17h30. Interior de São Paulo Mauá A 30º Festa Junina de Mauá contará com shows de Anitta, Paula Fernandes, Valesca Popozuda, João Bosco & Vinícius e Thiaguinho, entre outros. Realizada de 6 a 29 de junho no Paço Municipal, neste ano a praça de alimentação estará recheada de delícias como barracas de doces, pastel, lanches, milho, cachorro quente, churrasco, pizza e tapioca. Para entreter Além das festas em vários clubes na cidade, a festa junina da Paróquia Menino Jesus de Praga acontece no dia 15 de junho, a partir das 18 horas. Serão montadas 15 barracas de comidas e bebidas típicas e jogos para comemorar os dias de Santo Antonio (dia 13), São João (24), São Pedro e São Paulo (29). Sorocaba A 35ª edição da Festa Junina Beneficente de Sorocaba (SP) é realizada em uma arena montada no Parque das Águas, no Jardim Abaeté. Quadrilhas profissionais, espetáculos de dança, e atrações como Fernando e Sorocaba e Lucas Lucco são destaques da festa. Com barracas montadas por 33 entidades assistenciais e capacidade para receber 11 mil pessoas por dia, o espaço conta com parque de diversões, dois palcos, praça de alimentação e toda a estrutura de suporte para os visitantes. Votorantim A 99º edição da festa junina em Votorantim será realizada do dia 13 a 29 de junho, trazendo como atrações principais Luan Santana, Titãs, Anitta e Thiaguinho. Barracas de entidades assistenciais da região oferecem sopa de mandioca, pastéis, espetinhos e doces típicos. No último dia a queima de fogos à meia-noite é considerada a maior do estado. CRÔNICA Homenagem ao Professor Quiroga Dr. Cássio Ruas de Moraes é diretor do Jornal da Imagem O professor Quiroga era de fácil convívio, angariava a simpatia de todos e era dono de sólida cultura, o que o fez crescer na constelação dos mestres da Medicina da época. Não demorou muito, porém, após passar a fase que se pode chamar de lua de mel, para começar alguns murmúrios e dizque-diz-ques entre os docentes da Faculdade Grata surpresa o encontro com o Prof. Carlos Quiroga Mayor durante a JPR’2014. Feliz por encontrá-lo bem física e mentalmente no alto dos seus noventa e um anos. Nós que passamos pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto fomos todos seus discípulos entre os anos de 1975 e 1982. Sua saída foi um tanto melancólica após enfrentar os costumeiros obstáculos burocráticos comuns na vida universitária, cascas de banana que lhe foram atirando ao longo do caminho, rememorados ainda com tristeza. O Prof. Quiroga foi um verdadeiro achado para a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto naquela ocasião. A Radiologia era uma disciplina da Cadeira de Clínica Médica contando com radiologistas ainda em formação. Na busca de um chefe à altura de suas necessidades, o Prof. Covian, argentino, professor de Fisiologia, indicou Quiroga, radiologista maduro e experiente, com excelente currículo e com interesse em estudos especiais, após período de treinamento na Suécia. Sentia-se ameaçado pela ditadura argentina, responsável pelo desaparecimento de muitos professores universitários, alguns muito próximos a ele. Para motivá-lo ainda mais, a Congregação da Faculdade ofereceu-lhe, além do salário de professor, uma casa mobiliada no terreno da Faculdade de Medicina, sem custos de aluguel. Não havia como recusar tal oferta. Encontrava-me naqueles dias em clínica particular, poucos anos depois de retornar do “fellowship” nos Estados Unidos. Muito me honrou o convite partido do próprio professor para fazer parte da equipe que estava formando. Foi o início de nossa convivência, a qual relembramos rapidamente nos poucos dias da JPR. Ao chegar, ele já se viu enfrentando enorme tarefa. Naquela época encontrava-se em final de mudança o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, recém-construído, estando toda a Radiologia em fase de adaptação e de escolha de equipamentos. A situação era ainda mais complicada pelo fato do hospital, inaugurado nos anos setenta, ter uma planta dos anos cinqüenta. Foi essencial a experiência do professor Quiroga para adaptar a Radiologia dos anos setenta naquela planta obsoleta. Não obstante, organizou-se o treinamento dos residentes, trabalhos foram publicados, houve grande colaboração nos trabalhos de outras cadeiras clínicas. Enfim, um serviço universitário em funcionamento. O professor Quiroga era de fácil convívio, angariava a simpatia de todos e era dono de sólida cultura, o que o fez crescer na constelação dos mestres da Medicina da época. Não demorou muito, porém, após passar a fase que se pode chamar de lua de mel, para começar alguns murmúrios e diz-que-diz-ques entre os docentes da Faculdade. Coisas do tipo: se ele tem casa com geladeira, também quero uma geladeira para minha casa... Ganhou casa na Faculdade? E os outros que estavam na fila tendo que pagar aluguel fora, por não existir casas suficientes? E assim por diante... A tudo o professor aquiescia, mas sentia que tudo que lhe havia sido destinado poderia ser-lhe tirado por questões mesquinhas. Acabou mudando-se para uma casa na cidade, devolveu geladeira, fogão e tudo o mais. Mesmo assim, via-se no centro de um embate na Congregação, embate antigo, entre os mais liberais que apoiavam o tempo parcial e os rígidos dogmáticos amarrados ao pé da letra de um regime já arcaico do ponto de vista das cadeiras clínicas. Quiroga era um alvo fácil e muito visível. Nada havia que o desabonasse em sua conduta: apenas o fato de estar ali, com sua experiência de estrangeiro a mostrar como desenvolver um serviço hospitalar de primeira linha. Foi assim que acabaram por lhe impor a gota d’água que fez transbordar o copo de sua exaurida paciência e tolerância. Naqueles tempos de hiperinflação, havia aumentos constantes de salários, inclusive o do professor Quiroga. A Congregação, por sua maioria, acabou por determinar que, por não possuir títulos da USP, ele não fazia jus aos aumentos que havia recebido ao longo dos anos. Sendo assim, teria que devolvê-los. Até hoje ele nomeia aqueles que o defenderam e aqueles que injustamente o atacavam. Realmente, prometeram-lhe tudo e depois, paulatinamente, foram-lhe tirando. O que estava ele a fazer ali então? A própria dignidade exigia uma única atitude: fazer as malas. As coisas na Argentina tinham melhorado. Um grande hospital o acolheria. Com nosso pesar, partiu. Ele insiste em dizer até hoje que pagou à USP até o último centavo. Do Brasil institucional ficou-lhe profunda mágoa. Em compensação, ficaram-lhe aqui amigos que, emocionados, eu inclusive, abraçaram-no na última Jornada. Edição 430 – Junho de 2014 | 29 NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES Ultrassom Vende-se aparelho de ultrassom da marca GE, modelo LOGIQ3, com três transdutores, impressora HP Laserjet e estabilizador em perfeito estado de conservação. Contato: (11) 99988-6509. (3) Vende-se aparelho de ultrassom GE, modelo Logic Book XP, Doppler colorido, três sondas (linear, convexa e endocavitária), seminovo e com mala para transporte. Valor: R$ 35 mil. Tratar com Dra. Sylvia: (19) 97403-0226. (1) Vende-se aparelho GE Logic 3 em bom estado de conservação, três sondas (linear, convexa e endocavitária). Acompanha no break de 2KVa e ThermoPrinter Sony. Valor: R$ 23 mil. Tratar com Elisângela ou Dr. Ariel: (62) 3533-3500/3502. (1) Outros equipamentos Vende-se aparelho de densitometria óssea GE-Lunar DPX-IQ em ótimo estado. Tratar com Rose: (11) 98597-5000. (1) Alugam-se ou vendem-se equipamentos de tomografia computadorizada axial. Contatos: Alexandre – (11) 97993-9003 ou Dra. Taciana – (11) 96877-2711. (2) Vendo aparelho de densitometria óssea Hologic QDR-1000 plus. Valor a combinar. Contato com Esther: (48) 9924-8663 ou (48) 8433-1470. Oportunidades Clínica de Diagnóstico por Imagem em Londrina (PR) necessita de médicos Ultrassonografistas. Tratar com Fernando ou Cristina: (43) 3324-7069 / 9930-8583 ou [email protected]. (1) Vaga para médico ultrassonografista para trabalhar em Clínica de Campinas. Interessado entrar em contato através do e-mail: [email protected]. (2) A Jundimagem, clínica de Diagnóstico por Imagem de Jundiaí, contrata médico radiologista com disponibilidade de horário para atuar nos setores de tomografia computadorizada e ressonância magnética. Enviar currículo para: [email protected] – título Radiologista Jundimagem. (2) A Diagmed, clínica de Diagnóstico por Imagem de Campinas e região, contrata médico radiologista com disponibilidade de horário para atuar nas unidades de Campinas (Jd. Guanabara) e Sumaré (Centro) nos setores de TC e RM, preferencialmente com experiência nas áreas de medicina interna e vascular. Enviar currículo para [email protected] – título Radiologista Diagmed. (2) Oportunidade para médico radiologista com título de especialista pelo CBR. Para atuação nas áreas de RM, TC, RX, mamografia e densitometria. Grupo sediado no norte do Paraná, região em franca expansão. Rendimentos por produtividade. Enviar currículo para o e-mail: [email protected]. (3) A clínica de diagnóstico por imagem em Patos de Minas, MG, necessita de médico radiologista e/ou ultrassonografista com título de especialista em radiologia e diagnóstico por imagem ou em ultrassom. Área de atuação: tomografia multislice, radiologia geral (CR), mamografia (CR), ultrassom. Remuneração por produtividade acima da média. Informações com Célia: (34) 3826-8400/9914043 ou [email protected]. (3) Clínica de diagnóstico situada em Campinas contrata médicos para realizarem ultrassom (geral, obstétrico, doppler e punções). Remuneração por produtividade. Tratar com Juliana: (19) 3705-8805 / [email protected]. (1) Como ANUNCIAR Os sócios da SPR que estiverem em dia com a anuidade poderão publicar seus anúncios nesta seção gratuitamente. Os radiologistas que não forem sócios devem pagar uma taxa. Para sócios em dia do CBR, o ônus por publicação é de R$ 200. Já para os radiologistas que não forem sócios nem da SPR nem A Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem não se responsabiliza, nem cível, nem criminalmente, pelas informações inseridas nesta seção, sendo estas única e exclusivamente responsabilidade do anunciante. A SPR também não possui qualquer participação ou interesse econômico nos negócios efetuados em decorrência dos anúncios. SERVIÇO Alko do Brasil www.alkodobrasil.com.br (21) 24359335 / Fax. 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O anúncio deve ser enviado até o dia 10 de cada mês, para publicação no mês subsequente. Outras informações: [email protected]. AGENDA EVENTOS DA SPR – JUNHO DE 2014 Grupos de Estudos Às 20h, nos dias: 5Gera, Gema, Germe e Geto* – Hotel Paulista Plaza 10Geus* – Sede SPR 24Geped* – Sede SPR Gecape – Hotel Paulista Plaza 26Neuro* – Hotel Paulista Plaza Agosto 1a3 Curso de Atualização em Imagem (Prof. Dr. Feres Secaf) Maksoud Plaza Hotel, São Paulo, SP Inscrições e programa científico no site da SPR: www.spr.org.br/curso-de-atualizacao-emimagem/2014/ Curso de Radiologia Às 20h30, no Hotel Paulista Plaza, nos dias: 4Radiologia Contrastada do Trato Urinário, Dr. Fernando Ide Yamauchi 18Véspera feriado – Corpus Christi dia 19 de junho 25Urgências não Traumáticas do Trato urinário, Dr. Leandro Accardo de Mattos 15 a 17 CIR – Congresso Interamericano de Radiologia e 39º Congresso Colombiano de Radiologia Centro de Convenciones Julio Cesar Turbay Ayala, Cartagena – Colômbia www..cir2014.org Clube Roentgen* Às 20h, no Hotel Paulista Plaza, no dia: 11Sinais Neurorradiológicos: Revisitando na Prática, por Dr. Antônio José da Rocha Às 20h30 – Mini CCRP sob os cuidados dos residentes do Hospital Heliópolis e supervisão do Dr. Aldemir Humberto Soares Setembro 12 a 14 Informações sobre eventos da SPR: www.spr.org.br ou (11) 5053-6363. Hotel Paulista Plaza: Al. Santos, 85, São Paulo. Sede da SPR: Av. Paulista, 491, cj. 41, São Paulo (estacionamento: R. Manoel da Nóbrega, 88). *Evento com transmissão via web em parceria com a Pixeon. Mais informações no endereço: www.spr.org.br/cursos-via-web VII Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca Hotel Pestana Rio Atlântica, Rio de Janeiro Organização: Associação de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Rio de Janeiro (SRad-RJ) e Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR). www.trasso.com.br/evento_home.php?id=113