Junho de 2014 | Edição 430
Parceria entre SPR e RSNA
fortalece ainda mais o evento
Mais de 17 mil pessoas passaram pelo Transamerica Expo Center nos quatro dias da JPR,
considerada um sucesso pela organização. Confira os destaques da programação
e o balanço das entidades promotoras do evento.
Páginas 6 a 9
EVENTOS SPR
JPR’2015
ENTREVISTA
Feres Secaf: atualização dinâmica
SPR se reúne com
organizadores
O evento, realizado de 1º a 3 de agosto de 2014, no Maksoud Plaza Hotel,
em São Paulo, trará um programa
científico com discussão de temas
práticos, além de atualização e revisão dos principais tópicos. Confira!
As diretorias da SPR e da
Sociedade Espanhola de Radiologia
Médica (Seram) se reuniram
para alinhar mais detalhes da
organização da JPR'2015.
Saiba mais.
O presidente do CBR Dr. Henrique
Carrete Jr. fala sobre o novo
processo de acreditação,
em fase final de
planejamento, que deve
atender à necessidade
dos serviços e clínicas
de radiologia para a
área de Diagnóstico
por Imagem.
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Informativo da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
twitter.com/spradiologia
facebook.com/sociedadepaulistaderadiologia
@spradiologia
OPINIÃO
JPR em franco crescimento
Participo da Jornada Paulista
de Radiologia desde 1977, quando o evento ainda era realizado no
interior. Eram eventos menores,
com características muito regionais e diferentes das que vemos
hoje, nessa reunião de dimensões internacionais. Lembro-me
da JPR em seus primórdios como
um evento conjunto do Clube
Roentgen, da capital, e do Clube
Manoel de Abreu, do interior, e
posso dizer que a fundação e o
crescimento da maior sociedade
de radiologia do País estão intimamente ligados à JPR.
Com o passar do tempo, a JPR
cresceu, como cresceu sua importância. E assim continua até hoje:
esta JPR é a mais importante de
todas, e a próxima será ainda mais.
A sessão de abertura dessa edição teve a maior participação de
todas as edições, estando completamente cheia, o que muito nos
orgulhou. Foi moderna, com discursos objetivos, e conteúdo significativo para os presentes. A aula
de abertura, dada pelo Dr. Nestor
Mülller, foi substancial para a radiologia. Aliás, toda a programação teve destaques que posicionam
o profissional frente às novidades,
resultante de um processo meticuloso e que exigiu muito trabalho,
mas imensamente compensador.
Não só os americanos, mas os
latino-americanos estiveram muito
felizes por estarem na JPR. A internacionalização do evento é algo
presente, e a satisfação desse público estrangeiro foi notável. Algumas aulas seguiram os modelos
tradicionais, mas tivemos sessões
diferenciadas, como as de hot topics,
com assuntos polêmicos e inovadores. As sessões de discussão de casos
foram um sucesso, atualizadas com
o formato trazido pela RSNA.
Tratamos hoje com uma geração
inteiramente digital, que demanda
mudanças de formatos e assimilação. A forma de transmissão e de
absorção do conhecimento mudou,
e percebemos quão grande foi a receptividade aos novos formatos. A
parceria com a maior sociedade de
radiologia do mundo teve grande
aceitação do público. Considerando
que esse foi o primeiro evento desta
natureza fora dos Estados Unidos,
fica muito clara a importância da
JPR e seu relevante crescimento no
cenário nacional e internacional.
Outro aspecto de destaque é
que a própria equipe da RSNA se
Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
Av. Paulista, 491 – 3º andar – CEP 01311-909 – São Paulo – SP
Tel. (11) 5053-6363 – Fax (11) 5053-6364 – www.spr.org.br
Dr. Renato Adam Mendonça,
diretor científico da Sociedade
Paulista de Radiologia e Diagnóstico
por Imagem (SPR)
A JPR é palco de muitas
oportunidades, e estamos
abrindo possibilidades
de network para os
médicos brasileiros,
com oportunidades de
intercâmbio de informações
que são essenciais nos
dias atuais
mostrou muito satisfeita com as
novidades da parceria, e a nossa
organização está se superando a
cada nova edição do evento. A JPR
é palco de muitas oportunidades,
e estamos abrindo possibilidades
de network para os médicos brasileiros, com oportunidades de intercâmbio de informações que são
essenciais nos dias atuais.
Novas expectativas surgiram,
com vista ao grande sucesso do
evento de 2014. Certamente, elas
são de solidificação desta parceria e
de preparação para os nossos próximos eventos conjuntos, em 2016 e
2018. Em qualidade, que é o que realmente importa, temos certeza de
que estaremos nos esforçando para
superar sempre a edição anterior.
Olhando para o meu primeiro evento, em 1977 na cidade
de Águas de São Pedro, e vendo
agora a magnitude que a JPR
tomou, concluo que felizes são
os que puderam participar deste
evento proveitosamente porque,
para um profissional do Diagnóstico por Imagem, cada pequeno sinal, cada mínima alteração
conta. Se soubermos, através das
décadas, crescer com qualidade,
sairemos todos ganhando!
Filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia
e Diagnóstico por Imagem
Departamento de Diagnóstico por Imagem da APM
Diretoria para o biênio 2013/2015
Dr. Antônio José da Rocha
Presidente
Dr. Jaime Ribeiro Barbosa
Diretor de Defesa Profissional
Dr. Antônio Soares Souza
Vice-Presidente
Dr. Cyro Padilha Balsimelli
Diretor de Patrimônio
Dr. Mauro José Brandão da Costa
Secretário-Geral
Dr. Carlos Homsi
Diretor de Assuntos Culturais
Dr. César Higa Nomura
1º Secretário
Dr. Arilton José dos Santos Carvalhal
2º Secretário
Dr. Rubens Prado Schwartz
Tesoureiro-Geral
Dr. Décio Roveda Jr.
1º Tesoureiro
Dra. Eloísa M. de Mello S. Gebrim
2ª Tesoureira
Dr. Renato Adam Mendonça
Diretor Científico
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Dr. Marcelo de Maria Félix
Diretor de Tecnologia da Informação
Dr. Pablo Rydz Pinheiro Santana
Presidente do Clube Roentgen
Dr. Marcus Vinicius Nascimento Valentin
Presidente do Clube Manoel de Abreu
Dr. Gustavo Kalaf
Presidente SPR Jr.
Dr. Ricardo Emile Baaklini
Presidente do Conselho Consultivo
CONSELHO CONSULTIVO
Dr. Ricardo Emile Baaklini
Dr. Tufik Bauab Jr.
Dr. Marcelo D’Andrea Rossi
Dr. André Scatigno
Dr. Adelson André Martins
Dr. Renato Adam Mendonça
Dr. Celso Hiram de Araújo Freitas
Dr. Aldemir Humberto Soares
Dr. Nestor de Barros
Dr. Jaime Ribeiro Barbosa
Dr. Luiz Antônio Nunes de Oliveira
Dr. Giovanni Guido Cerri
Dr. José Michel Kalaf
Edição
Carolina Carone – [email protected]
MTb. 47.646-SP
Marketing
Mayra Leal – [email protected]
Projeto Gráfico e Editoração
Marco Murta – Farol Editora
Impressão
Gráfica Regente – Maringá, PR
Diretores do Jornal da Imagem
Dr. Aldemir Humberto Soares
Dr. Celso Hiram de A. Freitas
Dr. Cássio Ruas de Moraes
Editores da Revista da Imagem
Dr. Jacob Szejnfeld
Dr. Tufik Bauab Jr.
Os artigos assinados são de responsabilidade
dos autores e não refletem necessariamente
a opinião da SPR.
PALAVRA DO PRESIDENTE
Qual terá sido a melhor de todas as JPRs?
Dr. Antônio José da Rocha,
presidente da Sociedade Paulista
de Radiologia e Diagnóstico
por Imagem (SPR)
Jamais atingiremos
a perfeição, tampouco
desejamos tê-la. Apesar
disso, perseguimos
nossos limites de forma
incansável, preservando
sempre a coragem de
aprender. Perseverar é
pretender construir uma
obra de vulto atentando
para cada um de seus
pormenores
Durante o período no qual ocorreu
a JPR’2014 tive a felicidade de encontrar alguns colegas com os quais
me encontro apenas no ensejo da
própria Jornada Paulista de Radiologia. Conflagra-se aí o papel social
do evento médico, quando as pessoas
têm a oportunidade de confraternizar e trocar algumas palavras, muitas vezes sinceras. Dentre as muitas
conversas sinceras que pude ter, ouvi
de muitos ter sido esta a melhor de
todas as JPRs. Claro que se tratou de
elogio extremo, mesmo que sincero,
mas cuja interpretação deve descontar a amizade que nos une e o solidário conforto de quem estende a um
amigo o reconhecimento de mérito
pela tarefa árdua de executar algo em
benefício da coletividade. Feitas as
considerações de praxe e devidamente
reconduzido à realidade pela dureza
dos desafios que se sucedem, ocorreu-me uma interrogação: qual terá sido
a melhor de todas as JPR?
Desde então venho encarando
esse enigma para expor suas origens
e, conhecendo sua complexidade,
pretendo admirar sua beleza e encarar suas imperfeições. Para tanto,
nada melhor que esmiuçar as partes
que compõem o todo.
A melhor JPR tem que aprimorar
sua qualidade em tudo. A cada ano a
comissão científica faz com esmero o
polimento incansável de cada minúcia
do programa, mirando um resultado
primoroso. O rigor de horários, a escolha criteriosa dos conferencistas, a
exigência de qualidade para projeção,
som, tradução simultânea e conforto
das instalações aplicados a um conteúdo científico exigente têm conferido
à JPR um padrão comparável aos melhores congressos do mundo.
A melhor JPR é inovadora e busca
a excelência científica. A SPR busca
trazer a São Paulo as novidades dos
melhores congressos da radiologia no
mundo, além de tentar criar mecanismos novos, adaptados à realidade
e à necessidade do evento. Estão aqui
incluídos os palestrantes que se destacam pelo mundo (ocidental, pelo
menos), temas e abordagens atuais,
novos formatos de programas científicos, interatividade entre conferencista/conteúdo/plateia, além de
parcerias inovadoras com sociedades
médicas internacionais. Dentre os
exemplos que poderia listar opto por
mencionar o fórum de profissionalismo e gestão, o curso de introdução
à pesquisa científica, além do aplicativo JPR’2014, todas apostas bem
sucedidas da SPR que investiu para
inovar mais uma vez. Pela aprovação
maciça dos congressistas estas iniciativas também integram o conjunto
da obra denominada JPR, renovado
nos anos subsequentes e disponível
para ser reproduzido por aqueles que
almejam espelhar o sucesso da JPR.
Na melhor JPR os associados
estão em casa. O espaço exclusivo
no restaurante e a área do associado
no estande da SPR, com conforto,
serviço de garçons, computadores
conectados à internet e wifi representaram mais alguns passos nessa
caminhada. Associados e professores são os atores que fazem o espetáculo e os donos da casa, respectivamente. A distinção pelo mérito é
uma obrigação, inclusive da SPR.
Na melhor JPR o congressista é
um hóspede. A ampliação do espaço
físico foi um investimento vultoso
que, felizmente, foi aplaudido por
todos. Apesar do público crescente
e da ampliação da exposição técnica os congressistas e visitantes puderam circular com tranquilidade,
encontrando ao longo dos espaços
áreas de conforto, diferentes opções
de alimentação, além das livrarias,
dos estandes, todos muito bem planejados, estrategicamente localizados e bem sinalizados. O transporte
para ir e vir, o restaurante, além do
serviço de atendimento ao congressista, mais amplos e ágeis, são exemplos fáceis de melhorias instituídas e
aprimoradas a cada ano.
Na melhor JPR a exposição técnica é o salão da indústria de tecnologia
e serviços em radiologia. A exposição técnica tem seus compromissos
com inovação e lançamentos das
novidades tecnológicas disponíveis
no mundo. Os expositores renovam
a cada ano o compromisso em aprimorar continuamente seus itens,
incluindo a exibição de produtos e a
demonstração de qualidade, além da
eficiência comercial e financeira. A
cada ano cresce o número de médicos
e administradores do continente sul-
-americano visitando nossa exposição
técnica, conduzidos pelas áreas comerciais e de marketing das maiores
companhias do setor que reconhecem
na JPR uma oportunidade especial.
Claro está, entretanto, que a despeito das melhorias e do trabalho
contínuo nenhuma JPR se fez de
qualidade plena ou perfeição absoluta. Alguns erros, muitos equívocos e
insucessos já foram colhidos ao longo
desses anos. Faz-se, todavia, uma
obrigação renovada a de aprender, ressaltando as experiências construtivas
e tendo a cada ano a oportunidade de
aprimorar os detalhes, corrigindo as
imperfeições. Tivemos na JPR’2014
mais uma oportunidade de aprendizado, corrigindo eventuais equívocos
de anos anteriores e mais uma vez
exercendo o sagrado direito de ousar
com responsabilidade, trazendo inovações e propondo alternativas para
executar algum detalhe dentro do
congresso. Invariavelmente erramos
ou não atingimos a plenitude em
um ou em muitos intentos. De fato,
jamais atingiremos a perfeição, tampouco desejamos tê-la. Apesar disso,
perseguimos nossos limites de forma
incansável, preservando sempre a coragem de aprender. Perseverar é pretender construir uma obra de vulto
atentando para seus pormenores.
O corolário disso conectou-me
àquela sincera amizade: fizemos sim
um bom trabalho em 2014, preservando uma proporção aceitável de
erros e acertos. Minha observação
crítica da JPR’2014 resultou numa
equação equilibrada na qual os pontos positivos criam novas oportunidades de aperfeiçoamento.
Todavia, persiste a questão: qual
terá sido a melhor de todas as JPRs?
Ouso afirmar que me deparei com a
resposta óbvia, cristalina. Agradeço
aos amigos e, em particular, a todos
aqueles que no ano de 2014 fizeram
mais uma JPR, mas para mim, com
uma convicção absoluta, a melhor
JPR será sempre a próxima, aquela
que ano vindouro nos trará novamente a oportunidade de reunir nossos
melhores talentos para executar outra
vez, mais e melhor, tudo aquilo que
planejamos e que obtiver o consentimento de nossas limitações. O ciclo se
perpetua e se renova: até a JPR’2015!
Edição 430 – Junho de 2014 | 3
ENTREVISTA
CBR prepara lançamento de seu
programa de acreditação
por exemplo, o Palc (patologia e análises clínicas) e pode, eventualmente,
procurar o da Radiologia.
Voltado para serviços e clínicas de radiologia, o projeto
ainda não tem nome registrado. O que se sabe é que
já se tornou o principal desafio da atual diretoria do
Colégio Brasileiro de Radiologia e já tem data para ser
lançado: outubro, durante o 43º Congresso Brasileiro
de Radiologia. Em conversa ao Jornal da Imagem, Dr.
Henrique Carrete Júnior, presidente da entidade,
deu detalhes desta verdadeira epopeia.
O que é e como está o projeto de
acreditação que está sendo desenvolvido pelo CBR?
Dr. Henrique Carrete Jr. – O
Colégio já instituiu há bastante
tempo seus selos e programas de
qualidade. O primeiro deles foi o
selo de mamografia e já temos o
programa de tomografia, ressonância magnética e ultrassonografia. Mas, entendendo a necessidade
dos serviços e clínicas de radiologia terem um programa de certificação, a diretoria do CBR decidiu
desenvolver um programa de acreditação à semelhança do que a Sociedade de Patologia Clínica tem,
que é o chamado Palc (Programa
de Acreditação de Laboratórios
Clínicos). Assim como este, o
nosso modelo certificador não visa
a um todo, como o da Organização
Nacional de Acreditação (ONA) e
da Joint Commission, mas a uma
parte específica.
Qual a complexidade de se fazer
do CBR um certificador?
Dr. Henrique Carrete Jr. – Não
é nada simples, porque não adianta
dizer que se tem um programa de
acreditação, mas este não ser reconhecido. Então, estamos formatando algo que seja reconhecido pela
própria Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) e por outras
entidades internacionais, como a
International Society for Quality
in Health Care (ISQua). Para isso
criamos um grupo de trabalho dentro do Colégio, que vem se dedicando a isso desde o ano passado. Depois de aprovada esta ideia, fomos
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para o mercado buscar pessoas e
empresas preparadas para nos ajudar a montá-lo e hoje já temos uma
série de parceiros nos ajudando.
Qual será o nome do programa e
quando será lançado?
Dr. Henrique Carrete Jr. –
Temos um nome, mas ainda não
temos neste momento a marca registrada. Estamos nesta fase. O importante agora é saber já existe um
grupo de trabalho grande do CBR
desenvolvendo um programa de
acreditação em diagnóstico por imagem. Antes era uma ideia, um projeto, conversas com diversos setores da
radiologia nacional e com comissões
de qualidade. A partir disso chegamos a um consenso de sua real necessidade. Agora ele está passando
da fase de projeto para execução. A
nossa intenção é lançar este programa pronto neste segundo semestre
de 2014 e acredito que o ideal seria
que fosse dentro próprio Congresso
Brasileiro de Radiologia.
Quais serão as demais etapas a
cumprir até o lançamento?
Dr. Henrique Carrete Jr. – Os
próximos passos serão a criação da
marca, a construção das normas e
bases deste programa, além da consulta pública para que o radiologista dê sua opinião. No meio disso,
tem uma série de questões, inclusive de cunho político. A ANS sabe
o que estamos fazendo, mas ainda
não de forma oficial, porque ainda
não temos o produto para mostrar.
Mas o faremos no tempo certo e
da mesma forma com todas as en-
tidades da área de saúde, que serão
participadas oficialmente sobre a
nossa iniciativa.
Porque o CBR optou por este caminho?
Dr. Henrique Carrete Jr. – É
uma prerrogativa trabalhar com
a qualidade. E quem melhor do
que o radiologista para dizer como
oferecer um serviço de qualidade?
Entendemos que temos capacidade
para dizer, especificamente, como
um paciente deve ser bem atendido
em nossa área. Não estamos falando
do hospital como um todo, como
fazem as demais certificadoras, mas
de nossa área, que é a imagem.
Como o programa do CBR vai se
inserir neste mercado?
Dr. Henrique Carrete Jr. – Boa
parte hoje dos hospitais está procurando por uma acreditação. Eles
podem ter acreditação de todo o
complexo hospitalar, mas podem
também optar pela certificação do
serviço de imagem deles. Alguns
hospitais já têm acreditação de certificadoras como da American College
of Radiology (ACR), que não é reconhecida pela ANS aqui no Brasil.
Com isso eles mostram que têm um
serviço diferenciado naquele tipo de
atendimento que prestam. No caso
de clínica é mais fácil e mais lógico,
porque não precisa de uma certificadora de hospital. Ela vai procurar,
E quanto à equipe para se montar
um programa deste tipo?
Dr. Henrique Carrete Jr. – Será
uma estrutura grande e com total
independência para a execução
da certificação, sem viés político,
influência de diretoria ou do presidente. E isso é possível, porque
temos o exemplo de outras sociedades que já fizeram com sucesso.
E a primeira entidade que vai ser
julgada será o próprio Colégio, que
terá de ir frente a outras instituições internacionais, que dirão que o
nosso programa poderá ser um certificador. Não estamos partindo do
zero. Começamos dos nossos selos
de qualidade, temos o modelo da
patologia clínica (Palc) e estamos
buscando outras referências internacionais, como o ACR e o Royal
College of Radiologist. São estas as
bases sob as quais está sendo construído o nosso programa.
Esse é o principal projeto da gestão do senhor?
Dr. Henrique Carrete Jr. –
Sim. E é o principal porque é inovador. Todos os outros que implementamos são importantes, como,
por exemplo, fazer crescer o nosso
congresso, melhorar o nosso site,
modernizar a comunicação com o
associado, o projeto de indexar a revista Radiologia Brasileira, que está
em curso. Mas estes são aspectos
de aprimoramento ou de evolução
de alguma coisa que já vinha sendo
feita e que a gente vai remodelando.
O nosso programa de acreditação é
algo novo. Então, por este aspecto,
é o maior projeto do Colégio Brasileiro de Radiologia, porque não
existe nada igual hoje no CBR.
Não é algo de minha diretoria ou
de minha gestão, porque transcende a tudo isso. Tem de ser perene,
porque quem vai assumir depois
de mim também deve assumir o
programa e dar continuidade a ele.
(Por Oldair de Oliveira)
DEFESA PROFISSIONAL
Solução: Radiologista x Convênios
fora do Judiciário
A cada dia mais, acabamos nos encontrando
na posição delicada de ter que renegociar com
as operadoras preços aviltados por serviços que
já foram prestados. Abusivo, o acordo termina
invariavelmente em desconto e parcelamento
do total devido. O radiologista amarga alguma perda e persiste o medo de sempre perder
mais logo adiante. Esse achatamento revoltante da margem do Radiologista tem sido
progressivo. Não há indicadores de melhora e
nem por que manter esperanças.
Frente às glosas que se avolumam, como recuperar o capital? Como educar o devedor? Mandamos cobrança pelo cartório? Mudamos a cobrança para boleto bancário? É impossível cobrar
adiantado... Decisões difíceis que estremeceriam
o elo entre operadora e prestador.
Que atitude tomar? Isso é justo? Quem nos protege? Quem está errado? Quem está abusando?
Vamos ao Judiciário processar o devedor (convênio/
operadora/paciente)? Se formos, sofreremos represálias? Compensa o gasto? Compensa o desgaste?
Há, porém, um instrumento legal para resolução de conf litos que se chama arbitragem.
Está presente na constituição desde a época
da República, mas até 1997 era timidamente
utilizada. Em 1998 a lei de arbitragem foi diligentemente modelada.
Assim, a arbitragem vem crescendo em uso
nestes últimos anos por numerosas e concretas
razões. Uma vez conhecendo este instrumento, percebemos que teria sempre sido a melhor
via de solução de conf litos.
Vejamos Processo Judicial e Arbitragem comparativamente:
Um processo é sempre ruim para a imagem. A disputa se torna pública, manchando a
imagem do convênio frente ao público e parceiros, e ainda rotulando o radiologista de
“encrenqueiro” frente aos outros convênios, compradores de serviços e fornecedores.
A arbitragem não é um instrumento público. A natureza sigilosa da arbitragem
preserva a imagem das partes e a discussão fica restrita à câmara arbitral, desde o
início até a sentença. Não há publicidade. E muito menos má publicidade.
Um processo sempre destrói a relação entre os envolvidos. Aos pólos do
processo são atribuídas as posições de “autor” e “réu”. O autor suplica justiça a um
poder mais alto e paternal, pois o réu o fere. O réu busca defesa e que não se lhe
recaia culpa. O antagonismo entre as partes é máximo. Contratos se desmancham
e não há como sustentar laços comerciais.
A arbitragem viabiliza a manutenção dos laços entre os disputantes. Não há
polos antagônicos pois nasce da intenção de ambos os lados em buscar um
terceiro, que é o árbitro, para analisar e solucionar a controvérsia.
Um processo é sempre longo demais. A disputa pode se arrastar por anos
em fila até a sentença. Apelações e recursos são estratégias processuais
óbvias frente a uma sentença desfavorável. O processo segue então para
tribunais superiores que esticam ainda mais o desfecho da discussão, lembrando
ainda que as instâncias mais altas podem ser muito mais morosas do que foi
o primeiro julgamento.
Uma arbitragem tem um prazo máximo de 180 dias corridos para a sentença. Pode
também ser prorrogada - desde que assim expresso por ambas as partes. A prática
nos tem mostrado soluções em poucas semanas. Prolatada a sentença, sem vícios
nem irregularidades, não cabe recurso nem há apelação ao Judiciário. A sentença
arbitral é um título executivo com a mesma força da sentença vinda do Poder
Judiciário, da mesma forma também por ele legalmente reconhecida e acatada.
Um processo é sempre caro demais. As taxas judiciais incidem percentualmente
sobre os valores das causas e sobem de faixa se forem a instâncias mais altas.
Os gastos com advogados, de ambos os lados, frequentemente prometem superar
o valor discutido e ao final, a parte condenada arca também com os gastos do
favorecido. Além disso, as condenações têm aspecto punitivo.
Uma arbitragem é um procedimento de muito baixo custo em comparação a um
processo judicial. De forma geral, as câmaras arbitrais e os árbitros estabelecem
honorários que correspondem a uma fração do valor envolvido na discussão.
Os advogados das partes receberão por, no máximo, 6 meses de honorários.
Aliás, advogados não são imprescindíveis, mas são de presença aconselhável.
O árbitro é o indivíduo eleito por ambas partes
(ou indicado pela câmara), bem por isso convenientemente conhecedor do assunto em disputa. As
partes determinam as legislações pelas quais o árbitro dever-se-á pautar, ou se pelo próprio bom senso.
O procedimento arbitral se instaura a qualquer tempo, se manifestas as vontades das partes,
a partir da assinatura do termo de arbitragem, ou
por força de cláusula contratual prévia (cláusula
arbitral ou cláusula compromissória).
É absolutamente necessário esclarecer aqui
que a arbitragem só se presta às discussões
sobre “direitos patrimoniais disponíveis”, que
para o resto de nós se traduz assim: “aquilo que
pode ser financeiramente qualificado e quantificado”. Portanto não se aplica a discussões
com componentes criminais nem de família.
Mas a arbitragem é ideal no âmbito cível, onde
residem as indenizações.
Na área do direito comercial, a arbitragem é
velha conhecida e método de escolha, notoriamente nas relações e contratos internacionais, amplamente utilizada, apoiada e solicitada. Exemplos muito concretos são as dissoluções societárias
complexas/difíceis, cujos contratos sociais não
tenham diretrizes específicas ou abrangentes de
comportamento (para distrato, sucessão etc).
Também cabe nas discussões da área do direito trabalhista, desde que cuidadosamente conduzidas. Vem crescendo o número de empresas
que têm optado por rescisões trabalhistas sentenciadas na câmara arbitral, abreviando discussões
e prevenindo ex-funcionários recalcitrantes, já
que não cabe recurso à sentença. Estas empresas
evoluíram seus contratos para introduzir neles
a cláusula arbitral, tanto para o funcionalismo
quanto para a prestação de serviços.
No nosso melhor interesse, esse assunto depende de aculturação para ser difundido, pois se
trata de um dispositivo precioso previsto e garantido por lei. Nós, radiologistas, precisamos despertar para esta forma ágil, discreta e econômica
de solução de conflitos. Vem muito bem servir a
nós, cronicamente apáticos e acuados pela morosidade de um Judiciário congesto.
John Robert Pires-Davidson (CRM-SP 66.800)
é radiologista, perito judicial e árbitro.
Edição 430 – Junho de 2014 | 5
EVENTOS SPR
JPR’2014 marca primeira grande
parceria entre SPR e RSNA
Fotos: Diego Garcia
O evento, que reuniu 34
professores convidados
representantes da
entidade norte-americana,
foi o primeiro de uma série
de três já programados.
A parceria se repete em
2016 e 2018
Pela oitava vez, o Transamerica
Expo Center foi a casa da Jornada
Paulista de Radiologia (JPR), que este
ano chegou à sua 44ª edição. Na sala R
foi organizada a sessão solene de abertura do evento, cuja mesa foi composta
pelos seguintes médicos: Antonio José
da Rocha (presidente da SPR), James
Borgstede (diretor de assuntos internacionais da RSNA, que representou o presidente N. Reed Dunnick),
Henrique Carrete Júnior (presidente
do CBR), Nestor Müller (presidente
de honra da JPR’2014), Clóvis Simão
Trad (patrono da JPR’2014), Richard
Baron (chairman da RSNA e coordenador geral científico da JPR pela
RSNA) e Renato Adam Mendonça
(diretor científico da SPR e coordenador geral científico da JPR).
No seu discurso de abertura, o Dr.
Antônio Rocha destacou a figura do
Dr. Antonio Rocha: "O sócio é o norte
dos nossos trabalhos atuais"
sócio nas fileiras da SPR e o papel da
entidade na promoção do desenvolvimento da especialidade. “O elemento
mais importante, norte dos nossos
trabalhos atuais, é o sócio, residente
ou radiologista membro da SPR, que
atua ou vive no Estado de São Paulo e
escolhe fazer parte da nossa sociedade. O sócio SPR não apenas usufrui
os benefícios que oferecemos, mas
principalmente fortalece a nossa estrutura, a nossa identidade”, afirmou.
Já o Dr. Renato Mendonça preferiu enaltecer o trabalho realizado “a
quatro mãos”, pela SPR e RSNA, na
realização e organização da jornada. “Todas as decisões deste projeto
foram tomadas em comum acordo
pelos coordenadores das subespecialidades, brasileiros e norte-americanos. Aprendemos muito com a
RSNA nesse período. Nossa grande
surpresa, porém, foi perceber que a
entidade americana também teve
disposição para aprender conosco”, arrematou. E mal começara a
JPR’2014, o pensamento, conforme
completou o Dr. Richard Baron, já
estava no futuro não muito distante.
“Estamos muito confiantes e otimistas com relação às duas próximas
edições, quando este trabalho conjunto voltará a se repetir”, disse. Que
venha, então, 2016 e 2018!
Argentina é campeã da primeira disputa
da Copa do Mundo de Radiologia
Estádio lotado, torcida entusiasmada, jogadores a postos, tudo pronto para o jogo. Corrigindo: auditório
R completamente tomado por uma
plateia curiosa e entusiasmada por
saber qual será o desempenho de
duas equipes formadas por respeitados radiologistas brasileiros e argentinos. Esse foi cenário que antecedeu
a Copa do Mundo de Radiologia,
game-show que testou o conhecimento dos participantes e que foi uma
das grandes atrações da JPR’2014.
A seleção dos hermanos contou com
os Drs. Alberto Marangoni, Sergio
Moguilansky, José Ernesto Lipsich e
Rafael Barousse, tendo como técni6 |
co o Dr. Alejandro Rolón. Já a brasileira era formada pelos Drs. Adilson Prando, Antonio José da Rocha,
Antonio Soares Souza e Mauro José
Brandão, sob o comando do técnico
Dr. Tufik Bauab Júnior.
Enquanto estes camisas 10 se confraternizavam ouviu-se até o grito de
guerra dos argentinos, que foi respondido com uma sonora vaia de uma
torcida inflamada. Mas, ainda que
jogando no campo do adversário, os
comandados de Alejandro Rolón não
se intimidaram com a pressão, reverteram um placar desfavorável, que
chegou a 1000 pontos contra 300, e
fechou o jogo com uma sonora golea-
da sobre os brasileiros de 1100 a -400
(quatrocentos negativo). “Já temos
agendada uma revanche na Argentina e vamos treinar esse formato”,
minimizou o Dr. Antonio Rocha.
Quanto ao técnico, preferiu não culpar o juiz, Dr. George Bisset III, por
tão mala suerte. “A gincana deve voltar
a se repetir dentro da JPR’2015 com
os ibéricos”, adiantou Dr. Tufik. Só
que desta vez, quem sabe, com um
placar favorável à radiologia brasileira.
Exposição à radiação
Coube ao Dr. Nestor Müller o
protagonismo de encerrar a sessão
solene de abertura com sua palestra
“Radiação – Verdades e Mitos”. Ao
longo de 26 minutos, o gaúcho que
atualmente reside em Salvador (BA),
atualizou os presentes no auditório R,
com informações relevantes e inquietantes. Segundo ele, há um aumento
do risco de neoplasia decorrente das
doses de radiação utilizadas em tomografia computadorizada, cintilografia,
mamografia e PET, e quanto mais
jovem o paciente maior esse perigo.
“Estima-se que entre 25% e 30% de
todos os exames de tomografia computadorizada nos Estados Unidos
não tenha indicação médica e que,
provavelmente, cerca de 20 milhões
de adultos e 1 milhão de crianças são
irradiadas desnecessariamente naquele país”, afirmou o médico, respaldado
por respeitados estudos científicos.
Para minimizar os riscos da radiação, Dr. Müller elencou uma série de
recomendações. Entre elas, só fazer
exames de TC, cintilografia ou PET
quando houver uma indicação médica;
usar métodos de imagem alternativos,
como ultrassonografia e ressonância
magnética, quando possível; utilizar
a menor dose possível otimizando o
protocolo para o biótipo do paciente;
realizar o exame apenas na área de
interesse; evitar múltiplas aquisições
de imagem e diminuir a dose nos exames de controle. A boa notícia é que, a
ameaça, embora real, é baixa, se comparada com o próprio risco natural de
desenvolver um câncer. Além disso,
destacou o radiologista, o risco-benefício favorece o uso destes procedimentos quando clinicamente justificado.
EVENTOS SPR
Curso de Profissionalismo
estreia na JPR’2014
Programa foi preparado por brasileiros e americanos e acompanhado de perto por profissionais jovens
e experientes, que lotaram a Sala I do Transamerica Expo Center
Entre as inovações introduzidas
na 44ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR’2014) uma se refere ao
curso de Profissionalismo, Liderança e Gestão, que foi realizado
no segundo dia do evento e coordenado pelos Drs. Rubens Prado
Schwartz (SPR) e Valerie P. Jackson (RSNA). A ideia é a consolidação do antigo módulo de Gestão e
Ética, que teve início na edição de
2011, tendo o economista Maílson
da Nóbrega como destaque patrocínio da Medical Systems. De lá para
cá, a preocupação da SPR com o
tema só cresceu e, no ano passado, a
SPR organizou um fórum de gestão
em Ribeirão Preto.
Para a preparação do curso deste
ano foi necessário mais de um ano
de trabalho conjunto dos profissionais da SPR e RSNA. No final, segundo o Dr. Rubens, mais de 90%
dos temas aprovados e apresentados
foram sugestões dos brasileiros. “A
RSNA já está acostumada a ter esse
tipo de enfoque e com a parceria
deste ano entre as duas entidades,
montamos um programa com assuntos que eram caros a eles e a nós”,
afirmou o Dr. Rubens, destacando a
relevante colaboração do Dr. André
Scatigno ao longo do processo.
Já para a coordenadora da RSNA,
Drs. Rubens Schwartz e Valerie
P. Jackson, coordenadores do curso
Dra. Valerie Jackson, o curso tem
proporcionado uma melhora significativa nos Estados Unidos, não
somente na interpretação e tecnologia, mas também na maneira como
as pessoas veem a radiologia. “Tradicionalmente, as pessoas pensam
que radiologistas não interagem
com pacientes, mas nós interagimos
sim! Houve uma mudança no modo
como interagimos com nossos colegas de profissão e com nossos pacientes”, disse a Dra. Jackson.
No programa do curso, temas
variados, como Treinamento e certificação do radiologista no Brasil e nos
Estados Unidos, Segunda opinião em
Radiologia e Lidando com Pessoas difíceis. Na plateia, um público igualmente heterogêneo, formado por
profissionais jovens e maduros, mas,
que em termos de média, oscilava
entre 35 e 40 anos. “Profissionalismo, gestão e liderança são questões latentes e que não podem ficar
de fora dos grandes congressos da
especialidade. Nós, radiologistas,
só discutimos raios X, tomografia,
ultrassonografia, ressonância magnética, mamografia, e nada sobre
gestão. Mas, hoje, todo mundo faz
alguma coisa neste campo, seja formando grupo ou participando de
um”, esclareceu, revelando sua grata
surpresa e animação por ver a sala I
do Transamerica Expo Center sempre lotada ao longo do curso.
Outras novidades da JPR’2014
Curso de Informática
- Ferramentas
interessantes para
radiologistas
No terceiro dia do evento a
Sala F, Hall F, recebeu um público ansioso por novidades na
área da tecnologia. O Dr. Michael Richardson, representante da RSNA de Seattle, EUA,
mostrou em três apresentações
com duração de uma hora e meia
cada, diversos recursos da tecno-
logia Macintosh úteis aos radiologistas – seja na área médica, da saúde ou
aplicativos de viagens e utilitários. A
atividade foi incluída na programação da JPR’2014 por indicação da
RSNA, que a sugeriu com base no
sucesso do evento no exterior.
Painéis de Controvérsias
A sessão, elaborada em parceria
com a RSNA, foca em assuntos delicados, não cientificamente definidos.
Na maioria dos casos, um professor
apresentou os argumentos e a ciência
para uma posição, seguido por outro,
que apresentou os argumentos e a ciência para a outra posição.
Na sala de Pediatria, o Dr.
Carlos Homsi pontuou, durante
a palestra Imagem de Displasia do
Quadril – Triagem, em painel moderado pela Dra. Lisa Suzuki, que
não há consenso sobre técnicas de
US ou de rastreamento para DDQ:
“Quando o rastreamento é de alta
qualidade, o impacto de US adicional é marginal”, enfatizou.
Na sexta-feira, dia 2, houve o
debate MR em Pacientes com Diagnóstico de Câncer de Mama Inicial.
“Sem dúvida, esse é um assunto dos
mais abordados na comunidade científica. Nos últimos anos,
caminhamos bastante nesse
campo e passamos a fazer um
exame mais avançado. No início, era algo mais artesanal e levava mais tempo, mas a evolução
rápida trouxe benefícios” colocou o Dr. Marcos Fernando de
Lima Docema, radiologista.
Na sala de Oncologia, o Dr.
Gilberto de Castro Junior, clínico,
listou as razões que devem levar o
radiologista a destacar determinados dados nos laudos na palestra
Visão do Oncologista, dentro do painel Avaliação dos Nódulos Pulmonares: Qual é o uso racional da Tomografia Computadorizada, PET-CT,
Biópsia Percutânea e Acompanhamento, moderado pelo Dr. Gustavo
Meirelles. “Quando há o diagnóstico de nódulo, é preciso avaliar
até que ponto deixamos passar um
câncer maligno que é tratável enquanto pequeno e, por outro lado,
se não estamos superdiagnosticando um nódulo submetendo o paciente a procedimentos mais invasivos – como uma biópsia – e mais
caros – como uma PET”, afirmou.
Edição 430 – Junho de 2014 | 7
EVENTOS SPR
Congressistas sorteados
receberam prêmios na JPR’2014
Os participantes desta edição tiveram muitas oportunidades de receber prêmios durante o evento,
desde livros autografados até home theaters
A Jornada Paulista de Radiologia foi palco de grandes aulas na
área de Diagnóstico por Imagem,
e muitas das pessoas que por lá
passara puderam ter seu conhecimento aprimorado pelas atividades
da programação. Os congressistas
também tiveram diversas oportunidades de ganhar prêmios em sua
participação durante o evento, que
foram cedidos pela organização e
também pelos parceiros nos lançamentos de livros. Os que participaram das atividades propostas,
como a sala América Latina e os
Casos do Dia, também receberam
suas recompensas. Confira as principais premiações:
Confira as fotos dos vencedores
Área de Sócios na JPR
Os sócios da SPR que registraram sua presença no estande concorreram a
prêmios diários, cedidos pela organização. Os ganhadores Rafael Dias da
Rocha e Marcos Mendes de Barros Negreiros receberam um Home Theater
cada e uma inscrição para o Curso de Atualização em Imagem Prof. Dr. Feres
Secaf. No sábado, o sortudo foi Ricardo Ernesto Machado que ganhou um
Home Theater e uma inscrição para a JPR’2015. Além desses prêmios a SPR
realizou um sorteio relâmpago para premiar mais um sócio SPR que passou
pelo estande da Área de Sócios. O ganhador foi o Dr. Fernando Morandini,
que recebeu o Atlas de Ressonância em Endometriose Profunda - Correlação
com Laparoscopia, da editora Revinter.
Sala América Latina
Casos do dia
Os participantes desta atividade
inédita na JPR concorreram em
sorteio a diversos prêmios. Confira
abaixo a relação dos ganhadores:
A já tradicional atividade da JPR,
que promove a interação dos
congressistas para interpretação
de imagens lançadas durante o
evento, premiou os melhores com
seis inscrições para o Curso de
Atualização em Imagem da SPR
(Prof. Dr. Feres Secaf) e o livro
“Musculoesquelético” da Editora
Elsevier. Confira os ganhadores:
1º lugar: Anne Carine de Lima
– ganhou uma inscrição para o
Curso de Atualização em Imagem
(Prof. Dr. Feres Secaf) + livro
Musculoesquelético da série CBR
• H
ome theater
Renato Duarte Carneiro
• Inscrição Feres Secaf
Gabriela Maia
• Inscrição Feres Secaf
Ana Carolina Freitas Monteiro
•
Livros da série CBR pela
editora Elsevier:
Musculoesquelético
Bruna Bianca Alegro
Urinário
Paulo Marcio da Silveira Brunato
Encéfalo
Felipe Gonzalez
Coluna vertebral
Fernanda Marina M. Terra
Coleção completa CBR
Marília Cariello Couto
Demais ganhadores – Inscrição para
o Curso de Atualização em Imagem
(Prof. Dr. Feres Secaf):
André Rodrigues Façanha Barreto
Guilherme Miranzi
Leonardo Gutierrez
Bruno Shigueo
André Cica Robim
Selfie na JPR’2014
Os seguidores do instagram da SPR @sprradiologia que postaram suas selfies durante o evento com a hashtag #JPR2014 concorreram
a três livros Radiologia Médica. Os sorteados foram: Marcia Pinho @marciapinho83, Diego Nava @diegolnmartins e Mariana Palmejani
@maripalmejani, que puderam retirar os prêmios no estande de Sócios da SPR.
8 |
EVENTOS SPR
Aplicativo da JPR’2014 teve mais
de 1800 downloads!
Lançado pouco antes do evento,
o aplicativo oficial da JPR’2014 foi
um sucesso entre os congressistas e
professores, obtendo mais de 1800
downloads. Por meio dele, informações importantes como programação científica, programação social,
resumos de Painéis e Temas Livres,
horários de transfers, mapa da exposição técnica, dados de expositores,
dentre outros, estiveram disponíveis
aos interessados, que puderam realizar o download na App Store para
iPhone, iPad e iPod Touch, e também na Google Play para dispositivos Android.
Certificados da
JPR’2014 já estão
disponíveis!
Público teve acesso às informações em tempo
real pelas redes sociais da SPR
A programação e os eventos que
aconteceram durante a JPR’2014
estavam em destaque nas redes sociais da SPR. Nos halls do pavilhão
do Transamerica Expo Center, TVs
transmitiam os destaques e citações
dos professores e também lembravam
aos congressistas as aulas que estavam
acontecendo, bem como as atividades
e premiações, diretamente do twitter
da SPR @spradiologia. O Instagram
teve, inclusive, um concurso de selfies, que premiou os congressistas que
postaram suas fotos no local.
Para seguir as redes sociais da
SPR, confira os links:
Facebook: www.facebook.com/
sociedadepaulistaderadiologia
Twitter: www.twitter.com.br/
spradiologia
Instagram: @spradiologia
Já estão disponíveis os
certificados
on-line
da
JPR’2014, realizada de 1º a 4
de maio, em São Paulo. Para
baixar o certificado, o participante deve acessar o link –
www.spr.org.br/pt/jpr/2014/
certificados/ – e optar entre
as categorias de participação:
Certificado de congressista, Certificado de professor/
moderador/coordenador
ou Certificado de Painéis e
Temas Livres.
Edição 430 – Junho de 2014 | 9
EVENTOS SPR
Veja como foram as reuniões do
Clube Roentgen em maio
Hospital Israelita Albert Einstein realizou a mini-CCRP, que estará a cargo do hospital Heliópolis na próxima edição
O tradicional Clube Roentgen teve
em maio sua reunião no dia 14, com o
tema US do Quadril do Adulto, apresentado pelo Dr. Mauro José Brandão da
Costa às 20 horas. Às 20h30, os residentes do Hospital Israelita Albert Einstein
iniciaram0 a discussão de casos, sob a
coordenação do Dr. Ronaldo Baroni.
A próxima reunião será realizada
no próximo dia 11 de junho, às 20h
no Hotel Paulista Plaza, com a aula do
Dr. Antônio José da Rocha sobre Sinais
Neurorradiológicos: Revisitando na Prática. A mini-CCRP se inicia às 20h30 e
está a cargo do Hospital Heliópolis, sob
a coordenação do Dr. Aldemir Humberto Soares.
Lembramos que o Clube Roentgen
acontece na segunda quarta-feira de
cada mês, às 20 horas, no Hotel Paulista Plaza (Al. Santos, nº 85), em São
Paulo. O formato da reunião, presidida
pelo Dr. Pablo Rydz Pinheiro Santana,
consiste de uma aula expositiva, seguida
de uma mini CCRP, na qual são discutidos quatro casos de áreas diferentes.
A participação nessa atividade é livre e a
entrada é gratuita.
Quem não estiver na capital paulista
pode acompanhar a transmissão feita em
parceria com a Pixeon, via internet. Veja
as configurações necessárias para acompanhar a transmissão no site da SPR –
www.spr.org.br/cursos-via-web/.
Clube Roentgen de maio contou com a aula do Dr. Mauro Brandão
Edição 430 – Junho de 2014 | 11
EVENTOS SPR
Inscrições abertas para o Curso
de Atualização em Imagem
Promovido anualmente pela SPR, o Curso de Atualização em Imagem da SPR (Prof. Dr. Feres Secaf)
oferece um programa científico rico em assuntos do cotidiano do Diagnóstico por Imagem
goo.gl/3oj5D0
A XVIII edição do Curso
de Atualização em Imagem da
SPR (Prof. Dr. Feres Secaf)
será realizado de 1º a 3 de
agosto de 2014, no Maksoud
Plaza Hotel, em São Paulo.
Os temas selecionados são
abordados por profissionais de
reconhecida experiência em
suas respectivas áreas, buscando promover uma discussão dos temas comuns ao dia a
dia do médico que atua nesse
segmento, assim como a atualização e revisão dos principais tópicos da especialidade.
PROGRAMAÇÃO
A programação pode ser conferida no site da SPR, com
banner em destaque na Home Page – www.spr.org.br.
Posicione o leitor de código QR sobre a imagem ao lado
e a página da web com a programação será exibida.
A Levitatur é a agência de viagens oficial para o XVIII Curso de Atualização de Imagem
da SPR, e oferece em condições e preços especiais a hospedagem em São Paulo, o
transporte aéreo a partir das várias cidades brasileiras, o traslado-aeroporto e passeios
por São Paulo e arredores.
Tel: (11) 2090-0970
E-mail: [email protected]
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As inscrições estão abertas pelo correio ou no site www.spr.org.br/curso-de-atualizacao-em-imagem/2014/inscricoes/.
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EVENTOS SPR
Curso de Radiologia registrou
grande público em maio
Buscando apoiar os residentes e reforçar o aprendizado, o tradicional curso teve presença maciça
dos jovens radiologistas durante o mês passado
A SPR promove com maestria
as aulas do Curso de Radiologia
para residentes e especializandos
há mais de 20 anos. Naturalmente, com o passar do tempo,
o curso foi se aperfeiçoando e a
cada ano ganha uma quantidade
mais expressiva de participantes,
alguns que inclusive vêm de fora
da capital para acompanhar as
aulas. Nesse último mês de maio,
o coordenador do Curso, Dr.
Pablo Rydz, afirmou que se surpreendeu com o grande número
de presentes, que estão agora na
fase final das aulas do primei-
Dr. Regis Otaviano França Bezerra
falou sobre Hepatopatias Difusas e
Hipertensão Portal, no dia 21
Aula de Lesões Hepáticas Focais
com o Dr. Lucas Rios Torres no dia 7
Imagem da Vesícula e Vias Biliares
foi o tema abordado pelo Dr. Denis
Szejnfeld, no dia 28
ro semestre, este que teve como
tema Abdome. Aos participantes, a SPR reafirma a importân-
cia da apresentação da carteira
de sócio na porta da sala de aula
para obter presença no dia do
curso. Para obter o certificado no
fim do ano, é preciso ter o mínimo de 75% de presença.
Edição 430 – Junho de 2014 | 13
EVENTOS SPR
Grupos de Estudos retomam
sua programação normal
Para junho estão previstas as reuniões dos grupos de abdome, musculoesquelético, mama, tórax, neurorradiologia,
cabeça e pescoço, ultrassonografia e pediatria, alguns com datas alteradas devido aos jogos da Copa do Mundo
Após alguns grupos terem
pausado suas atividades devido à
JPR’2014, os Grupos de Estudos
da SPR voltam a ter periodicidade
normal. Porém, é necessário estar
atento, pois algumas das reuniões
mudarão de data por causa da Copa
do Mundo de Futebol. É o caso do
grupo de neurorradiologia (Gene),
tradicionalmente agendado para a
primeira quinta-feira do mês e que
acontecerá excepcionalmente no dia
26 de junho. No dia 10 acontece a
reunião do Grupo de Estudos de ultrassonografia (Geus), e no dia 24 as
reuniões dos grupos de cabeça e pes-
coço (Gecape) e pediatria (Geped);
Já o grupo de tórax (Geto), que acontece na segunda quinta-feira de cada
mês, em junho teve sua data antecipada para o dia 5, sendo realizado no
mesmo dia das reuni­ões dos grupos
de abdome (Gera), musculoesquelético (Germe) e mama (Gema).
Lembrando que o Geped e o Geus
acontecem na sede da SPR (Av.
Paulista, 491, 4º andar) e os demais
terão suas reuniões no Hotel Golden
Tulip Paulista Plaza (Al. Santos,
85). Confira as fotos das reuniões de
maio no Facebook: facebook.com/
socieda­depaulistaderadiologia.
Reunião do Gene na JPR’2014
Mais Grupos de Estudos selecionam
casos para concorrer a melhor do ano
Outros grupos de estudos, além do Gene, estão selecionando os dois
melhores casos apresentados em cada mês para concorrer ao título de
melhor caso apresentado no ano de 2014. Confira a tabela:
GECAPE*
Fevereiro
Igor Murad Faria
Tumor Fibroso Solitário
Fábio Austo Ribeiro Dalprá
Acromegalia paraneoplásica e
hiperplasia hipofisária por tumor
carcinóide produtor de GHRH
Bruno Casola Oliveira
Condroblastoma do Osso Temporal
Abril
Anderson Benine Belezia
Síndrome de Ramsay Hunt
David Alves de Araujo Junior
Implante Orbitário Poroso Simulando
Recidiva de Retinoblastoma
GERA*
Março
Matheus Teodoro Grilo Siqueira
Sd. de Kinsbourne ou Sd. de
Opsoclonus-mioclonus-ataxia
Cássia Tamura Sttefano Guimarães
Coriocarcinoma
Maio
Ana Flávia Assis de Ávila
Neoplasia intraductal papilífera
produtora de mucina da via biliar
Drs. Renato Hoffmann Nunes (ganhador) e o coordenador Dr. Lázaro Amaral
Foi a primeira vez que um
grupo regular de estudos se reuniu durante o maior evento de
radiologia da América Latina.
O Grupo de Estudos de Neurorradiologia (Gene) conta com
o apoio da Sociedade Brasileira
de Neurorradiologia Diagnóstica Terapêutica (SBNRDT) e é
coordenado pelos Drs. Antônio
José da Rocha (SPR) e Luiz Antônio Pezzi Portela (SBNRDT).
A reunião, coordenada pelo Dr.
Lázaro Amaral e pelo Dr. Antônio Rocha, abriu espaço para
GENE
Fevereiro
Ricardo Francisco Tavares Romano
Síndromes dos tumores renais
papilífero hereditário
Heitor Castelo Branco Rodrigues Alves
Doença da urina do xarope de bordo
Março
Bruna Garbugio Dutra
Distrofias musculares congênitas
Anderson Benine Belezia
Arteriopatia aneurismatica do HIV
em adulto
Abril
Tatiana Larissa Medeiros Arcanjo
Encefalopatia micobacteriana
Ana Paula Sachetin Pessoa
Leucoencefalopatia tóxica
Maio
Fábio Augusto Ribeiro Dalprá
Hiperglicinemia não cetótica
Ricardo Tavares Daher
Endometriose intramedular
* Relatórios parciais divulgados pelos coordenadores
dos Grupos até o fechamento da edição de junho.
os inscritos apresentarem seus
casos, em um modelo bem semelhante ao já praticado nas
tradicionais reuniões do grupo
na manhã do dia 4. Durante a
reunião foram realizadas as premiações dos dois melhores casos
de 2013, apresentados pelos
Drs. Renato Hoffmann Nunes
(Adrenoleucodistrofia Unilateral)
e Fabiana de Campos Cordeiro Hirata (Doença de Menkes) e
também os dois melhores casos
apresentados na reunião do
Gene na JPR’2014.
Edição 430 – Junho de 2014 | 15
EVENTOS SPR
Medicina esportiva é debatida no
CMA em Campos do Jordão
O tradicional encontro do Clube
Manoel de Abreu teve como sede no
final de maio o Hotel Serra da Estrela, na Vila Capivari, Campos do Jordão. O evento, que reuniu mais de 90
pessoas, começou com uma animada
degustação de vinhos na sexta-feira,
às 19h00. A programação científica se
iniciou no sábado, às 9h00, com término às 15h para que os participantes
pudessem aproveitar os atrativos que
a cidade de Campos do Jordão possui
no restante do dia e, inclusive, aproveitar a estrutura oferecida pelo Hotel
Serra da Estrela, sede do evento – pis­
cina coberta e aquecida, saunas, bar na
piscina, academia, spa, brinquedoteca,
playground, deck de fondue, pub, sala
de jogos e muito mais.
No domingo, o dia começou
com a apresenta­ção dos Casos Residentes, que tem como objetivo
promover a discussão de casos de
caracterís­ticas raras com apresentação típica ou de casos comuns com
apresentação atípica. Após esta sessão, também aconteceu a Discussão
de Casos tradicional. Confira a cobertura completa do evento na próxima edição do Jornal da Imagem.
Clube Manoel de Abreu foi realizado no Hotel Serra da Estrela
Mudança na data da reunião do CMA
em São José do Rio Preto
Confira a data das próximas reuniões e programe-se!
Data
Cidade
Coordenação
Nº de
salas
Temas:
22 a 24 de
agosto
Bauru
Coordenação geral: Drs. Antonio Carlos P. C. Castro,
Rogerio Goes Wanderley e João Abdo Neto.
Coordenação científica: Germe: Drs. Michel Daoud Crema,
André Fukunishi Yamada e Xavier Stump
1
US Musculoesquelética
19 a 21 de
setembro
Uberaba
Coordenação geral: Drs. Gesner Pereira Lopes e
Luís Ronan Marquez F. de Souza
Coordenação científica: Dr. Arthur Soares Souza Jr.
Coordenação do Fórum: Dr. Rubens Schwartz
2
Fórum de Profissionalismo
Tórax
7 a 9 de
novembro
São José do
Rio Preto
Coordenação Geral: Drs. Arthur Soares Souza Jr.,
Antônio Soares Souza e Tufik Bauab Jr.
Coordenação científica: Drs. Jacob Szejnfeld e Tufik Bauab Jr.
2
Imagem da Mulher
Abdome
EMPRESAS PARCEIRAS
Confira os contatos destas empresas na página 31 desta edição
Edição 430 – Junho de 2014 | 17
EMPRESAS
De olho nos lançamentos
Acompanhe os principais destaques de empresas parceiras da SPR no setor de Diagnóstico por Imagem
Fujifilm
O Hospital Unimed Santa Helena
(HUSH), há 13 anos sob a gestão da Unimed Paulistana, acaba de adquirir o Mamógrafo Digital Amulet, da Fujifilm. A partir de
agora, a instituição conta com o sistema
DR (Radiologia Digital), tecnologia de alta
definição de imagem que facilita a identificação de alterações muito sutis, importantes para o diagnóstico de lesões suspeitas
“Nosso objetivo é oferecer exames de alta
qualidade que possibilitem um estudo
mais apurado da mamografia, agilizando
o diagnóstico e diminuindo o número de
reconvocações de pacientes”, afirma o Dr.
David Serson, diretor da Unimed Paulistana. Antes de optar pela aquisição do Mamógrafo Digital Amulet, a administração
da Unimed Paulistana considerou a opinião
dos médicos cooperados especialistas e da
Cooperativa. “Nossa expectativa é atender
plenamente aos médicos e pacientes que
necessitem da mamografia digital, aumentando assim a oferta de exames no Hospital Unimed Santa Helena”.
O HUSH também adquiriu a Unidade de
Estereotaxia, equipamento que oferece
Imagens de alta resolução e funções que
auxiliam a detectar com melhor precisão os
pontos de interesse para o médico. Além do
mamógrafo digital Amulet, os pacientes do
HUSH contam com todos os exames de rotina como Ultrassom transvaginal, Ultrassom
das mamas, Colpocitologia oncótica, Colposcopia, Mamografia convencional, Densitometria Óssea, Raios X, Tomografia computadorizada, Endoscopia e Colonoscopia.
Pixeon
A solução encontrada pela rede de medicina diagnóstica Alliar, como opção de
18 |
serviço ao paciente que sofre com o trânsito e deslocamento para buscar os exames, foi o portal ClickVita, desenvolvido
pela Pixeon. O objetivo da rede era oferecer mais conforto aos clientes, melhorar
a eficiência operacional com um serviço
adicional para o médico poder dispensar
o paciente de um retorno desnecessário,
diminuindo o número de pessoas circulando em 30 unidades das 70 da rede pelo
país. O portal ClickVita permite a distribuição de laudos e imagens de alta resolução de qualquer dispositivo com acesso
à internet. Além disso, é possível fazer o
compartilhamento com os médicos em um
único lugar, garantindo maior agilidade na
entrega de exames.
Segundo a empresa, atualmente, cerca
50% das entregas de exames de ressonância, 30% de tomografia e 20% de raios
X são feitas pelo ClickVita. “Percebemos
mais tranquilidade no fluxo de pessoas na
clínica e os pacientes notaram melhoria na
qualidade de atendimento”, conta o diretor
de operações da Alliar, Eduardo Margara.
Até o fim do ano, o planejamento é ampliar
os serviços online, e chegar a 40% dos exames entregues pela internet.
Philips
A Philips apresentou este ano diversos
lançamentos que compõem o portfólio de
produtos e equipamentos: desde máscaras faciais, BiPAP Auto SV, com tecnologia exclusiva que permite sincronizar o
equipamento à respiração do paciente,
até a criação de uma nova área de negócios. Lançou também a linha de monitores
que integra o monitoramento à informática clínica e traz novas ferramentas do
software de gestão hospitalar pioneiro
no Brasil, oTasy. “Em 2014, a Philips com-
pleta 90 anos de atuação no País. Tempo
suficiente para conhecer o mercado hospitalar brasileiro e desenvolver, sempre
em parceria com médicos, gestores e
profissionais da saúde, as soluções mais
inovadoras e necessárias”, afirma Daniel
Mazon, vice-presidente sênior da Philips
Healthcare para América Latina.
Segundo a empresa, a Philips foi pioneira na produção nacional de equipamentos
para diagnóstico por imagem de alta tecnologia e, por isso, foi a primeira empresa
cadastrada pelo BNDES – Banco Nacional
do Desenvolvimento para concessão de
crédito por meio do FINAME – linha de crédito que concede taxa de juros subsidiados
pelo governo. “A empresa acredita e investe fortemente no mercado brasileiro, sendo
que cerca de 65% de todos os produtos comercializados nacionalmente são produzidos no Brasil”, completa Mazon.
GE
Segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único
de Saúde (SUS), em 2012 mais de 159
mil pessoas foram internadas por conta
de acidentes de trânsito no Brasil, um
aumento de quase 10% se comparado
com números de 2010. Os cuidados com
traumas causados por essas colisões
ocorrem, normalmente, por meio de cirurgias, que necessitam de alta tecnologia
para garantir agilidade e precisão durante
os procedimentos. Pensando em atender
esse mercado, desde maio de 2014, a GE
Healthcare passou a incremar sua produção nacional de arcos cirúrgicos e a produzir em sua unidade de Contagem (MG)
tecnologias das linhas OEC Brivo Essential* e Plus*. Esses equipamentos servem
para orientar os cirurgiões durante os
procedimentos, por meio da aquisição de
imagens, para monitoramento em tempo
real da área afetada.
Siemens
Com o objetivo de ampliar a atuação na
área de saúde e suprir as crescentes necessidades do mercado brasileiro de tecnologia
médica, a Siemens expande seu complexo industrial e de logística voltado à produção de
equipamentos de imagens e passa a fabricar
no Brasil tecnologias em ultrassonografia.
Localizada em Joinville (SC), a unidade é a terceira da Siemens em todo o mundo a produzir
os equipamentos de ultrassom X300 PE e
X700, desenvolvidos pela companhia apenas nos Estados Unidos e Coreia do Sul. A
iniciativa integra o pacote de investimento
da companhia para a área de saúde no País.
Com a fabricação local de ultrassom
a partir do segundo semestre, a Siemens
pretende dobrar sua produção nacional
até 2017, com expectativa de crescimento
aproximado de 30% ao ano. Inaugurada em
2012, a 13ª fábrica da companhia no País já
produz equipamentos de ressonância magnética, tomografia computadorizada e raios
X analógico e digital voltados para o mercado brasileiro. Junto à proposta de ampliação
da fábrica, com a nova linha de produção
de ultrassom, a multinacional direciona-se
também para estudos em pesquisa e desenvolvimento de produtos que envolvem
diretamente o Brasil no aprimoramento de
tecnologias inovadoras na área de diagnóstico por imagem.
“A empresa acredita no potencial de
crescimento do Brasil para o setor de saúde,
que continua entre os principais mercados
de produtos para a área médica do mundo”,
afirma Armando Lopes, diretor do setor de
Healthcare da Siemens.
O QUE VEM POR AÍ
Empresas investem na redução
de dose de radiação
De produtos a campanhas, empresas se esforçaram para destacar itens do seu portfólio que favorecem
a redução da dose de raios X na sala de exame. Esse tipo de marketing tem se revelado positivo
e só faz bem a pacientes e staff médico
Entre tantas questões apresentadas e debatidas na última JPR,
aquela referente à dosagem de radiação nos exames radiológicos monopolizou boa parte das discussões.
O pontapé inicial foi dado pelo Dr.
Nestor Müller, que em sua aula durante a sessão de abertura discorreu
sobre o tema Radiação: verdades e
mitos. Esse assunto foi levado pelos
presentes para a área reservada à exposição técnica e muitas empresas
aproveitaram também para apresentar produtos e iniciativas que ajudam nesta batalha incessante para se
conseguir as melhores imagens com
a menor dose de raios X.
Na Toshiba, o esforço era para
dar o devido destaque à sua linha de
tomógrafos, cuja maior estrela era o
Aquilion One. Ele, assim como os
demais produtos da empresa, vem
equipado com uma ferramenta de
baixa dose de reconstrução iterativa,
que permite a realização de exames
clínicos com baixa dose de contraste
e exposição. “Essa é uma preocupação que começou fortemente em
1993 e que vem se intensificando.
Atualmente, desde o nosso tomógrafo mais básico, de quatro canais,
até o mais avançado, de 640 cortes,
usa-se a mesma ferramenta”, explica
André Fernandes Guahy, gerente
de produtos CT, referindo-se ao diferencial batizado de Adaptive Iterative Dose Reduction 3D (AIDR
3D). Segundo ele, a tecnologia permite redução de até 75% na dose, se
comparado com outros equipamentos que não dispõem dela.
No estande da Philips a questão
da otimização da dose fazia parte da
pauta do dia. Nelson Vacari, responsável pela gestão de equipamentos da
empresa, explicou que no processo de
produção dos raios X, 97% da energia gerada pelos elétrons se converte
em calor e apenas 3% em raios X.
Ainda assim, desses 3%, é aproveitado apenas de 60% a 70% para fazer a
imagem, sendo que o resto se perde.
“A Philips tem se preocupado cada
vez mais em como utilizar melhor
essa dose de raios X e como transformá-la em imagens com a melhor
qualidade possível. Isso é importante
pois pode permitir que já no primeiro
exame – ainda que com a menor dose
de radiação – o profissional tenha
condições de fazer um diagnóstico
acurado, sem que seja necessário recorrer a um segundo”, explica.
Entre os sistemas desenvolvidos
pela Philips que permitem o melhor
aproveitamento da dosagem de radiação estão o DoseWise (para hemodinâmica), o iDose (para tomografia e que possibilita o aproveitamento de até 72% dos raios X emitidos) e o DoseAware (para qualquer
ambiente onde tenha radiação). Este
último equipamento segue na linha
educativa e possibilita visualizar em
tempo real o quanto de radiação um
médico ou sua equipe é exposto na
sala de exame. “Como a radiação
é uma nuvem, sua visualização e a
tomada de medidas simples e necessárias, como alguns passos para
trás ou para o lado, podem significar
reduzir a exposição do staff em até
100%”, ressalta Vacari.
No estande da Siemens, a grande estrela não estava presente fisicamente. Lançado no último RSNA,
o Somatom Force já foi aprovado
pela Food and Drug Administration
(FDA), mas ainda aguarda o registro
da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa). Por enquanto,
existem apenas cinco unidades em
atividade em todo o mundo, sendo
que a primeira foi instalada na University Medical Center Mannheim,
na Alemanha, com quem a Siemens
mantém uma parceria de longa data.
“A diferença deste equipamento
é que ele foca na redução da dose
de radiação e na redução da dose de
contraste iodado. Houve o desenvolvimento de uma nova tecnologia no
tubo de raios X (o Vectron Tube),
que permitiu fazer exame, que hoje
chamamos de 70 kVA e que são
voltados normalmente para criança,
em pacientes convencionais (adulto)
de até 80 quilos”, explica Cristiano
Lentini, especialista de produto da
empresa alemã. Segundo ele, toda
a linha de tomógrafos da Siemens
pode ser configurada com o sistema
de reconstrução iterativa, que permite a redução de dose de radiação.
Na Hologic, o destaque ficou por
conta de sua linha de equipamentos
que permitem fazer mamografia 2D
adquirida com a tomossíntese (3D),
respeitando os níveis de referência
de dose de radiação. Com o equipamento são feitas 15 projeções da
mama – ao custo de uma dosagem
de 1,6 miligrays (mGy) –, que são
reconstruídas com a ajuda de um
computador. Além disso, na mesma
exposição pode-se fazer também a
mamografia convencional, que exigirá mais 1,2 mGy de radiação. Somando tudo isso, tem-se como resultado 2,8 mGy de dose para fazer o
exame com as duas modalidades de
imagem (2D e 3D). “Com este produto, é possível fazer as quatro vistas
básicas de exame com as duas modalidades dentro do nível de referência
adotado no Brasil, que é de 3 mGy”,
salienta Keli Fabiana Rodrigues, especialista em produtos da Hologic.
Mas, a empresa aguarda o registro da
Anvisa para o seu C-View (já liberado pela FDA) e que vem sendo batizado de mamografia 2D Sintetizada.
Este software permite a criação de
uma imagem 2D sintetizada a partir
de uma imagem de tomossíntese 3D
e faz com que seja reduzida em cerca
de 45% a radiação à qual a paciente é
exposta (que será de 1,6 mGy).
Já a Fujifilm, além do seu mix de
produtos, levantou uma importante
bandeira com a campanha “Raio X na
Dose Certa”. De acordo com seu diretor de divisão, Mauro Kiyoji Gonde,
com esta iniciativa, a empresa se propõe a enviar seus profissionais para
universidades, associações, hospitais
e clínicas, para levar informações de
como otimizar os equipamentos para
a obtenção de exames de qualidade
com doses mais baixas. “Esse não
deve ser um papel só da Fuji. Mas
todos deveríamos abraçar essa ideia
para promover a conscientização e a
otimização com base naquilo que as
clínicas e hospitais dispõem”, destaca
o diretor. O convite está feito. Agora
é esperar para ver quem vai de fato
aceitá-lo. (Por Oldair de Oliveira)
Edição 430 – Junho de 2014 | 19
CUIDANDO DO SEU BOLSO
Múltiplo do EBITDA do Segmento da Saúde
Compreender o movimento dos
preços das empresas do setor de
saúde é fundamental para o profissional que atua na área da saúde,
seja para tomar decisões de contratação, aquisição de equipamentos,
redução de custos, reestruturação de
serviços médicos, assim como para
se adaptar ao setor, exposto a um
processo de amadurecimento com
formação de empresas maiores impondo um ambiente mais competitivo para todos os agentes do setor.
O gráfico a seguir apresenta a
evolução do múltiplo Enterprise
Value sobre EBITDA, EV/EBITDA, das empresas do segmento de
saúde que possuem ações negociadas na Bovespa e na NYSE (Bolsa
de Nova York). A escolha da bolsa
americana se dá em função de sua
importância e principal referência
na formação de preços. Como é
possível perceber, há uma tendência de queda de preços relativos nos
últimos cinco anos das empresas do
segmento de saúde com ações negociadas na Bovespa e, por outro lado,
uma tendência de valorização das
ações listadas na bolsa americana.
Profª Liliam Sanchez Carrete
Área de Finanças – Departamento de
Administração – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
Universidade de São Paulo
2009
2010
2011
2012
2013
BOVESPA
31,21
15,11
14,92
31,21
31,21
NYSE
7,40
7,33
6,67
8,28
10,25
Fonte das Informações: Economática
A amostra é composta por, em
média, cinco empresas da área de
saúde (classificação NAICS da Economática que consiste em Consultórios Médicos, Odontológicos,
Laboratórios de Exames Médicos,
Serviços Ambulatoriais e outros), da
Bovespa e treze empresas da NYSE.
Optou-se pela mediana como medida
estatística que representa o conjunto
de empresas em cada uma das Bolsas.
Vamos analisar os fatores que
podem ser responsáveis por esse movimento de preços, ou seja, os determinantes do múltiplo do EBITDA:
risco e potencial de crescimento do
setor, sendo que o potencial de crescimento de uma empresa depende do
reinvestimento de capital e o retorno sobre capital. Ou seja, a capacidade de geração de riqueza de uma
empresa depende da quantidade de
capital investido e do retorno sobre
esse capital: ao investir $100 em um
negócio cujo retorno é 10%, a riqueza obtida pelo investimento é de $10.
Entretanto, ao investir $120 nesse
mesmo negócio, a riqueza obtida
será de $12. O crescimento da riqueza do acionista do primeiro caso
para o segundo é de 20%, resultado
da manutenção da rentabilidade do
negócio e aumento do investimento
no valor de $20 (de $100 para $120,
um aumento de 20%).
A rentabilidade do negócio pode
ser medida pelo retorno sobre o capital próprio, ROE (return on equity)
ou retorno sobre ativo, ROA (returno
on assets). O ROE do setor apresentou uma redução de 17,7% em 2009
para 5% em 2013 no Brasil, o que indica que a queda da rentabilidade da
operação dos últimos anos impactou
em uma redução de preços das empresas do setor de saúde no Brasil. O
ROA do setor também apresentou
uma queda nos últimos cinco anos de
4,9% em 2009 para 2,8% em 2013.
Enquanto isso, nos Estados Unidos,
o ROE do setor de 19% (2009) para
14% (2013) e o desempenho histórico do ROA apresenta estabilidade ao
longo dos últimos cinco anos.
Com relação aos investimentos
realizados pelas empresas do setor,
pode-se observar a relação de investimento, CAPEX (capital expenditures) sobre depreciação e amortização. Uma relação maior que 1 indica
incremento de investimento líquido
no negócio. Uma relação igual a 1
indica que a empresa está simplesmente recompondo o capital investido. No Brasil, o setor apresentou
em 2009 uma relação de, aproximadamente, 2 vezes, atingindo quase 3
vezes em 2011 e reduzindo para 1,3
vezes em 2013. Essa redução pode
indicar menor crescimento no futuro e pode ter contribuído para o
movimento de redução de preços das
empresas do setor de saúde no Brasil. No mercado americano, identificamos evolução histórica similar à
do Brasil, o setor realizou investimentos de 1,3 vezes a depreciação e
amortização, atingindo 1,5 vezes em
2012 e reduzindo para 1 em 2013.
Naquele mercado os investimentos
não são fator explicativo do aumento
de preços relativos naquele mercado.
O risco impacta o múltiplo porque é o fator de desconto dos flu-
xos futuros a valor presente. Dessa
forma, quanto maior o risco, menor
o valor da empresa e, portanto, menor o múltiplo. Utilizamos
como medida de risco a volatilidade do preço das ações da amostra e
identificou-se uma redução da volatilidade tanto para a amostra das
empresas da Bovespa (de 40% em
2009 para 30% em 2013) quanto as
da NYSE (de 40% em 2009 para
22% em 2013). Alternativamente,
analisamos o β como a medida de
risco relativa ao mercado e não foi
possível confirmar a tendência de
redução de risco: o β permaneceu
estável ao longo do período para
ambos os mercados.
Esses dados demonstram que
as empresas de capital aberto do
setor de saúde, no Brasil, vêm apresentando uma redução de preços
relativos, que pode ser explicado
por uma redução da rentabilidade
do setor e, possivelmente, menor
nível de investimentos. Esse movimento de preços não acompanha
a evolução dos preços das empresas
de capital aberto do segmento nos
Estados Unidos. Os preços atuais
das empresas do setor de saúde da
Bovespa podem representar uma
oportunidade para potenciais investidores que acreditam no potencial aumento de rentabilidade do
negócio e expansão do setor.
Edição 430 – Junho de 2014 | 21
PERFIL
A radiologia no topo do mundo
O Dr. Pablo Soffia Sánchez é um dos cerca de 500 radiologistas que atuam no Chile. Com um trabalho sério
e respeitado, o atual presidente da Sociedade Chilena de Radiologia (Sochradi), ao lado da sua pequena
comunidade de profissionais, tem conseguido colocar o país andino no mapa da especialidade
Considerado um dos radiologistas mais respeitados do Chile, o
Dr. Pablo Soffia Sánchez é referência quando o assunto é ressonância
magnética e tomografia de abdome.
Esta expertise, aliás, o tem levado a participar como conferencista
em diversos eventos internacionais,
inclusive do Congresso Europeu
de Radiologia (ECR), do qual em
2008, esteve na condição de professor convidado, proferindo a palestra
“Useful signs in genitourinary imaging”, e de moderador do curso de
atualização em pancreatite. Nesta
última JPR foi, ao lado do Dr. Tufik
Bauab Júnior, coordenador da Discussão de Casos na Sala América Latina, onde falou sobre pélvis
feminina e masculina. Foi ainda
conferencista no Curso de Medicina Interna, abordando os temas
“Técnicas de Avaliação Vascular no
Abdome” e “Estadiamento”, no Refresher course: câncer colorretal.
Nascido há 50 anos em Viña del
Mar, localidade litorânea no centro
do Chile e hoje o principal destino de Verão no País andino, Dr.
Sánchez é graduado pela Universidade do Chile, com residência na
Universidade Católica, entre 1990
e 1993. Depois disso (1996-1997),
seguiu para um período de formação no Hospital Universitário Vall
d’Hebron, em Barcelona, a maior
unidade pública da capital da Catalunha e que, em 2010, ganhou
visibilidade mundial quando uma
de suas equipes médicas realizou o
primeiro transplante facial total.
“Eu me especializei em tomografia computadorizada e ressonância magnética e acabei fazendo
praticamente toda minha carreira
profissional dentro da Clínica Alemana de Santiago, que é o maior
hospital privado da capital do meu
país e onde se encontra um grande
e importante serviço de radiologia”, se apresenta o médico viñamarino, que é também diplomado
em Gestão em Saúde, pela Uni-
versidade dos Andes. Na clínica a
que se refere se encontram cerca de
10% de todos os radiologistas que
atuam no Chile, que hoje gira em
torno de 500 profissionais.
Apesar deste número pequeno (se
comparado ao Brasil, por exemplo,
onde são aproximadamente 10 mil
especialistas), o país do Dr. Sánchez tem grande tradição quando
o assunto é radiologia. A Sochradi,
por exemplo, da qual é o atual presidente, foi fundada em 1942 (antes
mesmo do nosso Colégio Brasileiro de Radiologia, que é de 1948) e
no momento conta com 300 sócios.
Também foi o Chile um dos primeiros lugares a ter experimentos com os
raios X. Menos de um mês depois da
publicação do revolucionário artigo
Über Eine Neue Art von Strahlen
(Sobre uma nova espécie de raios),
por Wilhelm Conrad Röntgen, em
28 de dezembro de 1895, os Drs.
Luis Ladislao Zegers e Arturo Salazar repetiam o experimento no laboratório de Física da Escola de Engenharia da Universidade do Chile.
E, em 27 de março de 1896, ambos
publicaram nas Actes de la Societé
Scientifique du Chile, a monografia
“Experimentos sobre a produção de
raios X por meios de lâmpadas de
cadência elétrica”.
É desta escola de profissionais
inovadores e transformadores que
faz parte o Dr. Sánchez. Ele, que
também ocupa o cargo de professor
de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidad del Desarrollo
– que tem cinco campi distribuídos
entre Santiago e Concepción – participou pela primeira vez da JPR em
2010 e se surpreendeu com o que
encontrou no Transamerica Expo
Center. “Fiquei muito impressionado pelo tamanho e pela qualidade
das palestras. Além disso, o carinho
e a hospitalidade dos radiologistas
brasileiros foram incríveis”, disse.
No ano seguinte, estreitou ainda
mais os laços com os colegas paulistas. Naquele 2011, a SPR estabele-
Dr. Pablo Soffia: “Fiquei
muito impressionado
pelo tamanho e pela
qualidade das palestras.
Além disso, o carinho
e a hospitalidade dos
radiologistas brasileiros
foram incríveis”
ceu uma parceria com a Sociedade
Chilena para a realização do seu
principal evento, que culminou no
primeiro Congresso Brasil-Chile
de Radiologia e com a presença de
um número significativo de radio-
logistas andinos. “A única barreira
que existe entre chilenos e brasileiros é o idioma. Mas já temos assegurado pelo Dr. Antônio Rocha
(presidente da SPR) que, para os
próximos anos, haverá mais salas
com tradução simultânea para o espanhol e uma sala América Latina
com dimensões maiores. São medidas que certamente aproximarão
ainda mais a JPR dos radiologistas
de nossa região”, destaca.
Filho de um arquiteto e primeiro
médico da família, Dr. Sánchez é
casado com a oncologista pediátrica
Júlia, com quem tem quatro filhos.
Descobriu sua vocação graças a um
dos seus professores, que o orientou
a conhecer um serviço de Radiologia. Sentiu-se fascinado imediatamente por aquele universo de imagens e nuances que desafiavam sua
capacidade de interpretação. “Hoje
tenho o entendimento de que o que
mais gosto na especialidade é que ela
serve a todas as demais. Ajudamos
ao cirurgião, ao pediatra, ao ginecologista. A radiologia é útil a todos e
leva ao diagnóstico e ao tratamento.
Me fascina muito estes múltiplos enfoques que tem nossa especialidade”,
se justifica com o mesmo ardor juvenil de quando, há algumas décadas, fora arrebatado pela Radiologia.
(Por Oldair de Oliveira)
Edição 430 – Junho de 2014 | 23
SPR GLOBAL
JPR’2015: diretorias se reúnem
para acertar detalhes do evento
A 45ª Jornada Paulista de Radiologia já tem data confirmada:
será realizada de 30 de abril a 3 de
maio, novamente no Transamerica
Expo Center. Com a JPR’2015,
será realizado também o 1º Encontro Brasil – Península Ibérica, e seu
conteúdo estará voltado para o tema
da redução de dose – diagnóstico
por imagem na dose certa –, principal bandeira da campanha Image
Gently, Image Wisely. Essa JPR será
organizada pela SPR em parceria
com as Sociedades Portuguesa de
Radiologia e Medicina Nuclear
(SPRMN), Espanhola de Radiologia Médica (SERAM) e Portuguesa de Neurorradiologia (SPNR).
Ainda durante a JPR’2014, os representantes da Diretoria da SPR,
Drs. Antonio José da Rocha, Re-
Reunião entre SPR e SERAM durante
congresso na Espanha
nato Mendonça e Tufik Bauab, se
reuniram com o Dr. Pedro de Melo
Freitas, da SPRMN, para firmar a
parceria para o desenvolvimento do
evento. Mais recentemente, a mesma
delegação de representantes da SPR
Reunião entre a SPRMN e a SPR durante
a JPR'2014, em São Paulo
se reuniu com a diretoria da Sociedade Espanhola de Radiologia Médica
(SERAM) durante o congresso da
entidade (XXXII Congresso Nacional da SERAM), que aconteceu de
22 a 25 de maio em Oviedo, Espa-
nha, para alinhar mais detalhes da
organização da JPR’2015 e conhecer
melhor os médicos espanhóis que estarão na próxima edição do evento.
Todos eles se disseram muito animados e ansiosos para participar.
LEITURA DINÂMICA
Série CBR - Musculoesquelético
Sexto título da Série CBR, livro de autores nacionais teve seu lançamento durante a JPR’2014 e aborda métodos
de imagem para diagnóstico de doenças de todas as estruturas do sistema musculoesquelético
Várias pesquisas em todo o mundo
têm apontado o aumento da incidência de lesões musculoesqueléticas (de
músculos, articulações, tendões, ligamentos, nervos e ossos) entre a população que pratica exercícios físicos
de forma excessiva ou em decorrência
de determinada atividade profissional. A demanda por radiologistas
especializados na área, além de ortopedistas e reumatologistas conhecedores dos mais modernos métodos
para diagnóstico e tratamento dessas
patologias é, portanto, crescente.
Ciente dessa realidade, o Colégio
Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem lança Musculoesquelético (Editora Elsevier), que aborda os
métodos de imagem para diagnóstico das doenças de todas as estruturas
do sistema musculoesquelético. Este
é o sexto livro da Série CBR, que já
24 |
vendeu mais de 8.000 exemplares no
país e tem dois títulos (Coluna Vertebral e Encéfalo) vencedores do Prêmio
Jabuti na área de Ciências da Saúde.
Musculoesquelético conta com colaboradores com vasta experiência na
área e oriundos de respeitadas instituições brasileiras, e tem como editores Dr. Luiz Guilherme de Carvalho
Hartmann, médico radiologista do
Departamento de Diagnóstico por
Imagem do Hospital Albert Einstein,
em São Paulo, e Membro Titular do
Colégio Brasileiro de Radiologia; e
Dr. Marcelo Bordalo Rodrigues,
chefe do setor de Musculoesquelético
do Instituto de Radiologia (InRad)
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (HC/FMUSP).
De forma didática, com capítulos divididos em tópicos, e repleto
de imagens de alta qualidade que
possibilitam a melhor apreensão
do conteúdo, a publicação tem por
objetivo orientar o profissional a solicitar os exames de imagem mais
adequados aos casos clínicos do dia
a dia. Aborda os métodos radiológicos desde o exame de raios X, passando pela ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e métodos funcionais.
É dado destaque em aspectos de
imagem pela ressonância magnética
das afecções musculoesqueléticas,
correlacionando-a com os demais
métodos diagnósticos.
Entre as técnicas mais modernas
apresentadas no livro estão o diagnóstico com difusão em nervos, que
aumenta a capacidade de exames de
imagem identificarem alterações dos
nervos periféricos; e a tomografia de
dupla energia do sistema musculoesquelético, que permite reduzir a radiação a que o paciente fica exposto
e tem várias aplicações em patologias
reumatológicas e ortopédicas.
Pela relevância clínica, abrangência e atualização, a obra já nasce como
referência, uma fonte de consulta
permanente para radiologistas gerais,
especialistas em Radiologia Musculoesquelética, ortopedistas, reumatologistas e fisiatras, assim como bibliografia para provas de título na área.
ENTRETENIMENTO
Área de Sócios na JPR’2014 registrou
grande procura de associados
Os sócios da SPR que passaram pelos dois estandes da SPR
puderam se sentir acolhidos, em
um espaço exclusivo dedicado a
eles. A ideia, nas palavras do Dr.
Antonio Rocha, era de proporcionar mais conforto aos associados, fazendo com que se sentissem “em casa”. Lá, o sócio pôde
desfrutar de um local de descanso
com serviço de garçons, computadores conectados à internet e
sinal de internet sem fio.
Ao registrar sua presença no estande, eles também concorreram
a prêmios, parte de uma campanha desenvolvida pela SPR para
valorização dos associados. Dentre as premiações disponíveis a
cada dia, foram sorteados Home
Espaços para sócios durante
a JPR’2014
Theaters, inscrições para o Curso
de Atualização em Imagem Prof.
Dr. Feres Secaf e, no sorteio final,
um Home Theater e uma inscrição
para a JPR’2015.
Edição 430 – Junho de 2014 | 25
ENTRETENIMENTO
Onze museus de São Paulo passam
a ter entrada gratuita aos sábados
Na capital paulista, fazem parte da programação: o Catavento, o Museu
Afro Brasil, o Museu de Arte Sacra, o Museu da Casa Brasileira, o
Museu do Futebol, o Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca, a
Estação Pinacoteca, o Museu da Imagem e do Som (MIS) e o Museu
da Imigração (que foi reaberto no último dia 31 de maio). Cada um dos
museus também receberá eventos especiais para a semana. A programação
completa pode ser vista no site www.cultura.sp.gov.br.
Capital
Catavento – Espaço Cultural
da Criança
Palácio das Indústrias – Praça Cívica Ulisses Guimarães, s/nº (Av. Mercúrio), Parque
Dom Pedro II, Centro, São Paulo. A 600
metros da estação Dom Pedro II do Metrô
(linha vermelha)
(11) 3315-0051
De terça a domingo, das 9h às 17h (bilheteria fecha às 16h)
R$ 6 – grátis aos sábados
R$ 10 até 4 horas (para visitantes do
museu). Adicional por hora: R$ 2 (capacidade para 200 carros). Ônibus e vans: R$ 20
www.cataventocultural.org.br
Museu da Língua Portuguesa
Praça da Luz, s/nº, Luz, São Paulo. Saída da
estação Luz do Metrô (linha azul/amarela)
e da CPTM
(11) 3322-0080
De terça a domingo, das 10h às 18h.
Aberto até as 22h toda última terça-feira
do mês (bilheteria fecha às 21h)
R$ 6 – grátis aos sábados. Até o final de
2014, grátis também às terças. Entrada gratuita para professores da rede pública com
holerite e carteira de identidade, crianças até
10 anos e adultos a partir de 60 anos.
www.museulinguaportuguesa.org.br
26 |
Museu Afro Brasilia
R. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Pavilhão
Manoel da Nóbrega, Parque do Ibirapuera, portão 10, São Paulo. Estacionamento
pelo portão 3 (cartão Zona Azul)
(11) 3320-8900
De terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h)
R$ 6 – grátis às quintas-feiras e aos sábados
www.museuafrobrasil.org.br
Museu da Casa Brasileira
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.705, Jardim
Paulistano, São Paulo. A 850 metros da
estação Cidade Jardim da CPTM (linha
Osasco-Grajaú)
(11) 3032-3727 / 3032-2564
De terça a domingo, das 10h às 18h
R$ 4 – grátis aos sábados, domingos e feriados. Entrada gratuita para crianças até
10 anos e idosos acima de 60 anos
www.mcb.org.br
Museu da Imagem e do
Som (MIS)
Av. Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo
(11) 2117-4777
De terça a sexta, das 12h às 22h. Sábados,
domingos e feriados, das 11h às 21h
Grátis às terças-feiras. Aos sábados,
acesso grátis às exposições do térreo e
do acervo.
www.mis-sp.org.br
Museu de Arte Sacra
Av. Tiradentes, 676, Luz, São Paulo. A 60
metros da estação Tiradentes do Metrô
(linha azul)
(11) 3326-3336
De terça a sexta, das 9h às 17h. Sábados
e domingos, das 10h às 18h
R$ 6 – grátis aos sábados. Entrada gra tuita para maiores de 60 anos, crianças
até 7 anos, professores da rede pública
(identificação obrigatória) e até 4 acompanhantes
www.museuartesacra.org.br
Museu do Futebol
Praça Charles Miller, s/nº, Estádio Paulo
Machado de Carvalho (Pacaembu), São
Paulo. A 1,5 km da estação Cínicas do
Metrô (linha verde)
(11) 3664-3848
De terça a domingo, das 9h às 17h. De 13
de maio a 13 de julho, o museu abrirá das
9h às 22h (bilheteria até as 21h)
R$ 6 – grátis às quintas-feiras e aos
sábados. Meia-entrada para estudantes
com carteirinha, idosos, aposentados e
professores da rede pública (estadual e
municipal)
www.museudofutebol.org.br
Estação Pinacoteca
Largo General Osório, 66, Luz, São Paulo.
A 500 metros da estação Luz do Metrô
(linha azul/amarela) e a 240 metros da
estação Júlio Prestes da CPTM (linha
Itapevi-Júlio Prestes)
(11) 3335-4990
De terça a domingo, das 10h às 17h30
(com permanência até as 18h)
R$ 6 – grátis aos sábados O ingresso dá
direito a uma visita à Pinacoteca. Crianças
com até 10 anos e idosos maiores de 60
anos não pagam.
www.pinacoteca.org.br
Pinacoteca
Praça da Luz, 2, Luz, São Paulo. Próximo à
estação Luz do Metrô (linha azul/amarela)
e da CPTM
(11) 3324-1000
De terça a domingo, das 10h às 17h30
(com permanência até as 18h). Às quintas-feiras, fica aberto até às 22h
R$ 6 – grátis aos sábados (o dia todo) e às
quintas (após as 17h). O ingresso dá direito
a uma visita à Estação Pinacoteca
www.pinacoteca.org.br
Museu da Imigração
O espaço acabou de ser restaurado
e
reaberto no dia 31 de maio. O Museu da
Imigração do Estado de São Paulo herda
do Memorial do Imigrante toda a história
de preservação da memória das pessoas que chegaram ao Brasil por meio da
Hospedaria de Imigrantes, e o relacionamento construído, ao longo dos anos,
com as diversas comunidades representativas da cidade e do Estado.
Rua Visconde de Parnaíba, 1316, Mooca,
São Paulo
(11) 3311-7700 / (11) 2692-1866 /
(11) 2692-9218
www.museudaimigracao.org.br
TÚNEL DO TEMPO
HÁ 30 ANOS
O editorial do Jornal da Imagem de
junho de 1984, edição nº 70, escrito
pelo então presidente da Sociedade
Paulista de Radiologia e Diagnóstico
por Imagem (SPR), Dr. Luiz Karpovas, alertava para a importância
de organizar o calendário de eventos médicos de forma conciliadora,
buscando uma atuação harmoniosa
das entidades promotoras de eventos
médicos e também dar garantias de
que o público pudesse participar das
oportunidades oferecidas para aprimoramento, sem que houvesse conflito de agendas.
Os destaques da capa traziam também o sucesso do I Curso de Atualização em Ultrassonografia, que
reuniu 400 médicos no Centro de
Convenções Rebouças para reforçar
e trocar conhecimentos na área da
ultrassonografia. O anúncio do esta-
belecimento do Clube de Residentes
de Radiologia, idealizado pelos Drs.
Feres Secaf e Alvaro de Almeida
Magalhães, foi concretizado com a
iniciativa dos serviços de imagem dos
hospitais HC-FMUSP, Santa Casa
de São Paulo, Hospital São Paulo
e Hospital do Servidor Público Estadual, que visava unir e fortalecer
as residências de radiologia, com o
agendamento de sua primeira reunião, em 8 de julho daquele ano no
Hospital das Clínicas.
A edição ainda contou com o anuncio do programa da I Jornada Norte-Nordeste de Radiologia e Ultrassonografia, realizada de 2 a 6 de setembro
de 1984 em Fortaleza. Para isso, foi realizada uma entrevista com o secretário geral Dr. Francisco Vandeci Soares
a respeito da programação e das expectativas para a realização do evento.
Edição 430 – Junho de 2014 | 27
PÉ NA ESTRADA
Festa Junina na capital paulista
e no interior de São Paulo
Em junho é tradição aproveitar as delícias gastronômicas das festas
temáticas. Em São Paulo, as festas juninas são destaque na programação
cultural, sendo que em muitos lugares a programação do evento traz,
além das comidas típicas, apresentações de grandes nomes da música.
E não é só na capital que os paulistanos podem curtir um bom arraial.
Algumas cidades próximas também organizam festas durante o mês,
com atrações regionais que reforçam o clima interiorano.
Confira abaixo as principais festas juninas que acontecem na cidade
– e em alguns dos municípios do interior:
São Paulo
Centro expandido
Festa Junina da Igreja do
Divino Espírito Santo
A paróquia localizada na rua Frei Caneca promove sua tradicional festa junina
nos dias 15, 16, 22, 23, 29 e 30 de junho.
O público encontra por lá barracas com
comidas típicas como churrasco, cachorro
quente, milho, vinho quente quentão, e
ainda pode curtir a quadrilha com as crianças da catequese da igreja.
Festa de Santo Antônio do Pari
Considerada a festa mais tradicional de
Santo Antônio na cidade, chega esse ano
a sua 99ª edição. Durante todo o mês de
junho, o público encontra barraquinhas
com pastel, pizza, caldo verde e doces variados, com destaque para o bolo do santo
padroeiro no dia 13 de junho.
Festa Junina da Portuguesa
Receitas de Portugal, como bolinhos de
bacalhau e pastéis de Santa Clara, dividem
espaço nas barracas com as tradicionais
delícias juninas. Sobem ao palco no sábado
(31/05) Hugo e Thiago, Buchecha, Maria
Cecília e Rodolfo e Grupo Folclórico da Portuguesa de Desportos.
28 |
Zona Norte
Clube Esperia
A tradicional Festa Junina do Clube Esperia é uma das mais frequentadas da Zona
Norte de São Paulo. O evento conta com
shows, música ao vivo, brincadeiras e comidas típicas em cerca de trinta barracas. Esse
ano, o destaque da programação no dia 7
de junho é a dupla Matheus Minas & Leandro. No dia 8, Michel Teló encerra o evento.
Zona Sul
Quermesse da Paróquia do
Santíssimo Sacramento
Além de barraca de argola, boca do palhaço, canaleta, pula-pula e piscina de bolinha
e bingo, o arraial ainda reúne muita comida
caipira. Para inovar, a quermesse oferece
também quitutes americanos (hot-dog e
hambúrguer), italianos (macarrão, nhoque
e lasanha), portugueses (linguiça, bolinho
de bacalhau e caldo verde).
Zona Leste
Festa de São Vito
A 96ª edição da tradicional festa italiana
já está acontecendo desde o final de maio
e vai até o início de julho. As “mammas”
voluntárias preparam iguarias típicas,
como a guimirella (churrasco de fígado e
os frequentadores há um parque de diversões para todas as idades.
São José dos Campos
A Festa Junina é realizada pela Sociedade
de São Vicente de Paulo há 45 anos. Nesta
edição traz bandas e grupos de todos os
gêneros musicais além de quadrilha, casamento caipira, barracas de diversões doces
e salgados típicos, bolinho caipira, bingo
dentre outras atrações.
São José do Rio Preto
folhas de louro) e a fcazzella (pastel frito
com tomate, mussarela e orégano). Quem
preferir poderá pedir menu completo aos
sábados ou uma versão reduzida aos domingos. O evento beneficente é a principal
fonte de recursos da Creche de São Vito.
Recomenda-se reservar um lugar entre os
480 disponíveis na cantina.
Zona Oeste
Paróquia São Paulo da Cruz
– Igreja do Calvário
A tradicional quermesse reúne cerca de
vinte barracas e traz cardápio eclético, que
inclui itens como quentão, fogaça, bolinho
de bacalhau, acarajé e yakissoba. Atrações
de música sertaneja garantem a animação
a partir das 17h30.
Interior de São Paulo
Mauá
A 30º Festa Junina de Mauá contará com
shows de Anitta, Paula Fernandes, Valesca Popozuda, João Bosco & Vinícius e
Thiaguinho, entre outros. Realizada de 6
a 29 de junho no Paço Municipal, neste
ano a praça de alimentação estará recheada de delícias como barracas de doces,
pastel, lanches, milho, cachorro quente,
churrasco, pizza e tapioca. Para entreter
Além das festas em vários clubes na cidade, a festa junina da Paróquia Menino
Jesus de Praga acontece no dia 15 de
junho, a partir das 18 horas. Serão montadas 15 barracas de comidas e bebidas
típicas e jogos para comemorar os dias de
Santo Antonio (dia 13), São João (24), São
Pedro e São Paulo (29).
Sorocaba
A 35ª edição da Festa Junina Beneficente
de Sorocaba (SP) é realizada em uma arena
montada no Parque das Águas, no Jardim
Abaeté. Quadrilhas profissionais, espetáculos de dança, e atrações como Fernando
e Sorocaba e Lucas Lucco são destaques
da festa. Com barracas montadas por 33
entidades assistenciais e capacidade para
receber 11 mil pessoas por dia, o espaço
conta com parque de diversões, dois palcos,
praça de alimentação e toda a estrutura de
suporte para os visitantes.
Votorantim
A 99º edição da festa junina em Votorantim será realizada do dia 13 a 29 de junho,
trazendo como atrações principais Luan
Santana, Titãs, Anitta e Thiaguinho. Barracas de entidades assistenciais da região
oferecem sopa de mandioca, pastéis, espetinhos e doces típicos. No último dia a
queima de fogos à meia-noite é considerada a maior do estado.
CRÔNICA
Homenagem ao Professor Quiroga
Dr. Cássio Ruas de Moraes é
diretor do Jornal da Imagem
O professor Quiroga era
de fácil convívio, angariava
a simpatia de todos e era
dono de sólida cultura,
o que o fez crescer na
constelação dos mestres
da Medicina da época.
Não demorou muito,
porém, após passar a fase
que se pode chamar de
lua de mel, para começar
alguns murmúrios e dizque-diz-ques entre os
docentes da Faculdade
Grata surpresa o encontro com o
Prof. Carlos Quiroga Mayor durante a JPR’2014. Feliz por encontrá-lo
bem física e mentalmente no alto
dos seus noventa e um anos.
Nós que passamos pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto
fomos todos seus discípulos entre os
anos de 1975 e 1982. Sua saída foi
um tanto melancólica após enfrentar os costumeiros obstáculos burocráticos comuns na vida universitária, cascas de banana que lhe foram
atirando ao longo do caminho, rememorados ainda com tristeza.
O Prof. Quiroga foi um verdadeiro achado para a Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto naquela ocasião. A Radiologia era uma
disciplina da Cadeira de Clínica
Médica contando com radiologistas ainda em formação. Na busca
de um chefe à altura de suas necessidades, o Prof. Covian, argentino,
professor de Fisiologia, indicou
Quiroga, radiologista maduro e
experiente, com excelente currículo e com interesse em estudos especiais, após período de treinamento
na Suécia. Sentia-se ameaçado pela
ditadura argentina, responsável
pelo desaparecimento de muitos
professores universitários, alguns
muito próximos a ele. Para motivá-lo ainda mais, a Congregação da
Faculdade ofereceu-lhe, além do
salário de professor, uma casa mobiliada no terreno da Faculdade de
Medicina, sem custos de aluguel.
Não havia como recusar tal oferta.
Encontrava-me naqueles dias em
clínica particular, poucos anos depois de retornar do “fellowship” nos
Estados Unidos. Muito me honrou o
convite partido do próprio professor
para fazer parte da equipe que estava formando. Foi o início de nossa
convivência, a qual relembramos rapidamente nos poucos dias da JPR.
Ao chegar, ele já se viu enfrentando enorme tarefa. Naquela época
encontrava-se em final de mudança
o Hospital das Clínicas de Ribeirão
Preto, recém-construído, estando
toda a Radiologia em fase de adaptação e de escolha de equipamentos.
A situação era ainda mais complicada pelo fato do hospital, inaugurado nos anos setenta, ter uma planta
dos anos cinqüenta. Foi essencial a
experiência do professor Quiroga
para adaptar a Radiologia dos anos
setenta naquela planta obsoleta.
Não obstante, organizou-se o treinamento dos residentes, trabalhos
foram publicados, houve grande
colaboração nos trabalhos de outras
cadeiras clínicas. Enfim, um serviço
universitário em funcionamento.
O professor Quiroga era de fácil
convívio, angariava a simpatia de
todos e era dono de sólida cultura, o
que o fez crescer na constelação dos
mestres da Medicina da época. Não
demorou muito, porém, após passar
a fase que se pode chamar de lua
de mel, para começar alguns murmúrios e diz-que-diz-ques entre os
docentes da Faculdade. Coisas do
tipo: se ele tem casa com geladeira,
também quero uma geladeira para
minha casa... Ganhou casa na Faculdade? E os outros que estavam
na fila tendo que pagar aluguel fora,
por não existir casas suficientes?
E assim por diante...
A tudo o professor aquiescia,
mas sentia que tudo que lhe havia
sido destinado poderia ser-lhe tirado por questões mesquinhas.
Acabou mudando-se para uma
casa na cidade, devolveu geladeira, fogão e tudo o mais. Mesmo
assim, via-se no centro de um
embate na Congregação, embate
antigo, entre os mais liberais que
apoiavam o tempo parcial e os rígidos dogmáticos amarrados ao pé
da letra de um regime já arcaico
do ponto de vista das cadeiras clínicas. Quiroga era um alvo fácil
e muito visível. Nada havia que
o desabonasse em sua conduta:
apenas o fato de estar ali, com sua
experiência de estrangeiro a mostrar como desenvolver um serviço
hospitalar de primeira linha.
Foi assim que acabaram por lhe
impor a gota d’água que fez transbordar o copo de sua exaurida paciência e tolerância. Naqueles tempos
de hiperinflação, havia aumentos
constantes de salários, inclusive o
do professor Quiroga. A Congregação, por sua maioria, acabou por determinar que, por não possuir títulos da USP, ele não fazia jus aos aumentos que havia recebido ao longo
dos anos. Sendo assim, teria que devolvê-los. Até hoje ele nomeia aqueles que o defenderam e aqueles que
injustamente o atacavam. Realmente, prometeram-lhe tudo e depois,
paulatinamente, foram-lhe tirando.
O que estava ele a fazer ali então? A
própria dignidade exigia uma única
atitude: fazer as malas. As coisas na
Argentina tinham melhorado. Um
grande hospital o acolheria. Com
nosso pesar, partiu.
Ele insiste em dizer até hoje que
pagou à USP até o último centavo.
Do Brasil institucional ficou-lhe
profunda mágoa. Em compensação,
ficaram-lhe aqui amigos que, emocionados, eu inclusive, abraçaram-no na última Jornada.
Edição 430 – Junho de 2014 | 29
NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES
Ultrassom
Vende-se aparelho de ultrassom da marca GE,
modelo LOGIQ3, com três transdutores, impressora
HP Laserjet e estabilizador em perfeito estado de
conservação. Contato: (11) 99988-6509. (3)
Vende-se aparelho de ultrassom GE, modelo Logic
Book XP, Doppler colorido, três sondas (linear,
convexa e endocavitária), seminovo e com mala
para transporte. Valor: R$ 35 mil. Tratar com Dra.
Sylvia: (19) 97403-0226. (1)
Vende-se aparelho GE Logic 3 em bom estado
de conservação, três sondas (linear, convexa
e endocavitária). Acompanha no break de
2KVa e ThermoPrinter Sony. Valor: R$ 23 mil.
Tratar com Elisângela ou Dr. Ariel: (62)
3533-3500/3502. (1)
Outros equipamentos
Vende-se aparelho de densitometria óssea
GE-Lunar DPX-IQ em ótimo estado. Tratar com Rose:
(11) 98597-5000. (1)
Alugam-se ou vendem-se equipamentos de
tomografia computadorizada axial. Contatos:
Alexandre – (11) 97993-9003 ou Dra. Taciana –
(11) 96877-2711. (2)
Vendo aparelho de densitometria óssea Hologic
QDR-1000 plus. Valor a combinar. Contato com
Esther: (48) 9924-8663 ou (48) 8433-1470.
Oportunidades
Clínica de Diagnóstico por Imagem em Londrina
(PR) necessita de médicos Ultrassonografistas.
Tratar com Fernando ou Cristina: (43) 3324-7069 /
9930-8583 ou [email protected]. (1)
Vaga para médico ultrassonografista para trabalhar
em Clínica de Campinas. Interessado entrar em
contato através do e-mail: [email protected]. (2)
A Jundimagem, clínica de Diagnóstico por Imagem
de Jundiaí, contrata médico radiologista com
disponibilidade de horário para atuar nos setores
de tomografia computadorizada e ressonância
magnética. Enviar currículo para: [email protected] –
título Radiologista Jundimagem. (2)
A Diagmed, clínica de Diagnóstico por Imagem
de Campinas e região, contrata médico
radiologista com disponibilidade de horário para
atuar nas unidades de Campinas (Jd. Guanabara)
e Sumaré (Centro) nos setores de TC e RM,
preferencialmente com experiência nas áreas
de medicina interna e vascular. Enviar currículo
para [email protected] – título Radiologista
Diagmed. (2)
Oportunidade para médico radiologista com
título de especialista pelo CBR. Para atuação
nas áreas de RM, TC, RX, mamografia e
densitometria. Grupo sediado no norte do
Paraná, região em franca expansão. Rendimentos
por produtividade. Enviar currículo para o e-mail:
[email protected]. (3)
A clínica de diagnóstico por imagem em Patos
de Minas, MG, necessita de médico radiologista
e/ou ultrassonografista com título de
especialista em radiologia e diagnóstico por
imagem ou em ultrassom. Área de atuação:
tomografia multislice, radiologia geral (CR),
mamografia (CR), ultrassom. Remuneração por
produtividade acima da média. Informações
com Célia: (34) 3826-8400/9914043 ou
[email protected]. (3)
Clínica de diagnóstico situada em Campinas
contrata médicos para realizarem ultrassom (geral,
obstétrico, doppler e punções). Remuneração por
produtividade. Tratar com Juliana: (19) 3705-8805
/ [email protected]. (1)
Como ANUNCIAR
Os sócios da SPR que estiverem em dia com a
anuidade poderão publicar seus anúncios nesta
seção gratuitamente. Os radiologistas que não forem
sócios devem pagar uma taxa. Para sócios em dia do
CBR, o ônus por publicação é de R$ 200. Já para os
radiologistas que não forem sócios nem da SPR nem
A Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem não se responsabiliza, nem cível, nem criminalmente, pelas informações inseridas nesta seção, sendo estas única e exclusivamente responsabilidade
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5091-4999 • IBF (21) 2103-1000 / www.ibf.com.br •
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3433-8822 / 0800 770 0955 • Konimagem (11)
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484 / www.siemens.com.br/healthcare • Shimadzu
(11) 2134-1688 / www.shimadzu.com.br • Sul
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br • Toshiba (11) 4134-0000 / www.toshibamedical.
com.br • WTT Tecnologia e Consultoria (11) 43047303 / [email protected] • 2M Solutions (11)
4438-6891 / www.2msolutions.com.br.
30 |
A SPR continua
investindo em você
Agora, o profissional
recém-egresso da residência
médica pode permanecer no
programa Sócio SPR Jr.,
recebendo descontos em eventos
e benefícios na semestralidade.
do CBR, o ônus por anúncio é de R$ 250. O anúncio
deve ser enviado até o dia 10 de cada mês, para
publicação no mês subsequente. Outras informações:
[email protected].
AGENDA
EVENTOS DA SPR – JUNHO DE 2014
Grupos de Estudos
Às 20h, nos dias:
5Gera, Gema, Germe e Geto* – Hotel
Paulista Plaza
10Geus* – Sede SPR
24Geped* – Sede SPR
Gecape – Hotel Paulista Plaza
26Neuro* – Hotel Paulista Plaza
Agosto
1a3
Curso de Atualização em Imagem
(Prof. Dr. Feres Secaf)
Maksoud Plaza Hotel, São Paulo, SP
Inscrições e programa científico no site da SPR:
www.spr.org.br/curso-de-atualizacao-emimagem/2014/
Curso de Radiologia
Às 20h30, no Hotel Paulista Plaza, nos dias:
4Radiologia Contrastada do Trato
Urinário, Dr. Fernando Ide Yamauchi
18Véspera feriado – Corpus Christi dia 19
de junho
25Urgências não Traumáticas do Trato
urinário, Dr. Leandro Accardo de Mattos
15 a 17
CIR – Congresso Interamericano de Radiologia
e 39º Congresso Colombiano de Radiologia
Centro de Convenciones Julio Cesar Turbay
Ayala, Cartagena – Colômbia
www..cir2014.org
Clube Roentgen*
Às 20h, no Hotel Paulista Plaza, no dia:
11Sinais Neurorradiológicos: Revisitando na Prática, por Dr. Antônio José da Rocha
Às 20h30 – Mini CCRP sob os cuidados dos residentes do Hospital Heliópolis e
supervisão do Dr. Aldemir Humberto Soares
Setembro
12 a 14
Informações sobre eventos da SPR: www.spr.org.br ou (11) 5053-6363.
Hotel Paulista Plaza: Al. Santos, 85, São Paulo.
Sede da SPR: Av. Paulista, 491, cj. 41, São Paulo (estacionamento: R. Manoel da Nóbrega, 88).
*Evento com transmissão via web em parceria com a Pixeon.
Mais informações no endereço: www.spr.org.br/cursos-via-web
VII Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca
Hotel Pestana Rio Atlântica, Rio de Janeiro
Organização: Associação de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
do Rio de Janeiro (SRad-RJ) e Sociedade Paulista de Radiologia e
Diagnóstico por Imagem (SPR).
www.trasso.com.br/evento_home.php?id=113
Download

Parceria entre SPR e RSNA fortalece ainda mais o evento