Ficha de Orientação
Pedagógica
Lançamento
Livro: O lago
Texto e Ilustrações: Rodrigo Abrahim
ISBN: 978-85-249-1840-7; N° páginas: 36.
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Caro professor,
A Cortez Editora, desde seu surgimento há
mais de trinta anos, afirma seu compromisso
com a Educação. Nesse sentido, o segmento
da literatura infantil e juvenil cresce dialogando
com os temas da atualidade, ampliando as
fronteiras da formação da criança e do jovem
por meio da literatura em suas mais diversas
expressões de forma e conteúdo. Um caminho
partilhado com os educadores de todos os
ambientes de formação, e, especialmente, com
as escolas de todo país.
A seguir, você terá a oportunidade de conhecer algumas
possibilidades de trabalho com o livro O lago, bem como
informações mais detalhadas sobre a narrativa.
Conhecendo a obra e suas aplicações...
Qual o sentido da História das civilizações? Como a cultura se
perpetua, passando de geração em geração, sem que os
conhecimentos acumulados e os avanços técnicos se percam? De
forma lúdica e poética, combinando o prazer da leitura e
surpreendentes descobertas, Rodrigo Abrahim nos oferece O lago,
que responde a essas e mais perguntas com uma linguagem direta e
clara. No texto, adultos e crianças se envolvem com uma narrativa
que se amplia gradualmente, até alcançar uma grande surpresa,
que, a um só tempo, significa um começo e um final – promovendo a
reflexão sobre os caminhos e formas de registro das trilhas evolutivas
da humanidade.
Veja as indicações básicas para o seu planejamento:
Interdisciplinaridade / Áreas indicadas: Língua Portuguesa e
Literatura / História e Geografia / Ciências Naturais / Artes.
Temas Transversais: Ética / Meio Ambiente / Saúde / Pluralidade
Cultural.
Calendário Pedagógico: Todo o ano.
Séries prioritariamente indicadas:
3º ao 5º Anos do Fundamental.
A seguir, apontamos algumas possibilidades de
trabalho pedagógico com a obra: um projeto
interdisciplinar de três etapas e atividades
disciplinares diversas. Esperamos que este livro
contribua para a aprendizagem significativa de
seus alunos e para atingir os objetivos de ensino!
1) Projeto Interdisciplinar: “Nossas marcas”
Objetivo: partindo da vivência do livro, criar
situações experiencias de aprendizagem,
tornando significativos e prazerosos conteúdos
de análise, reflexão e criação em múltiplas áreas disciplinares e/ou
em temas transversais.
Práticas Curriculares sugeridas: prática de leitura; produção de
texto; estudo de gêneros textuais; produção e análise de ferramentas
cartográficas; práticas de pesquisa e representação; práticas de
conhecimento e valorização do patrimônio ambiental; comparação
de diferentes ambientes naturais e construídos; busca e coleta de
informações sobre fauna; noções de mineralogia.
Resultados específicos: elaboração do Mapa de cavernas
Brasileiras; Criação e confecção da caverna “Nossas marcas”;
Construção do Laboratório do Pesquisador.
Avaliação: continuada, envolvendo critérios de participação,
aquisição e aplicação dos conteúdos nas propostas das diferentes
disciplinas e temas transversais.
Duração indicada: 3 a 8 meses.
Processo de trabalho: em três etapas coordenadas, envolvendo o
trabalho dos docentes das áreas integradas:
a) criação de Pinturas, leitura interativa da obra e estudo do tema;
b) criação conjunta da história da classe e elaboração de
projeto para caverna “Nossas Marcas”;
c) confecção da caverna e construção do Laboratório
do Pesquisador.
Primeira Etapa: Criação de Pinturas, leitura interativa da obra e
estudo do tema
A proposta é iniciar o projeto de forma surpreendente: dias antes de
iniciar o livro com os alunos, peça a eles que desenhem os momentos
preferidos na escola. Mas um desafio adicional pode ser requisitado:
a classe só poderá usar tintas feitas com pigmentos naturais. Solicite
uma pesquisa sobre a confecção de tais tintas e corantes, e, caso sua
escola possibilite essa prática, faça com o grupo pigmentos à base de
terra, ervas (como o colorau e o curry), ou ainda extratos de frutas.
Uma sugestão adicional é oferecer a eles pequenas placas de pedra
como base para sua obra de arte. Depois de confeccionado o painel,
procure debater com os alunos o que sentiram durante a atividade,
se houve dificuldades, e se imaginam situações em que seria
possível realizar pinturas apenas daquela forma. Em seguida,
proponha a leitura de O lago, e siga em diálogo com o grupo,
procurando sensibilizá-los para o sentido do registro da história –
muito anterior à nossa própria civilização.
Encerrando a etapa, é possível fazer com os estudantes uma
pesquisa sobre cavernas brasileiras. Que tal pedir a eles que
busquem informações sobre aquelas em que foram achados
registros de pinturas rupestres, como no caso do Parque Nacional da
Serra da Capivara, no Piauí? O professor pode dividir a classe em
grupos e então definir regiões para que cada um levante as
informações e, ao final, compartilhem.
Segunda Etapa: Criação conjunta da história da classe e
elaboração de projeto para caverna “Nossas Marcas”
A segunda fase deve aprofundar ainda mais o conhecimento e a
pesquisa com os alunos, especialmente fazendo-os refletir sobre as
razões pelas quais a humanidade deixa registros culturais desde as
mais remotas épocas. Procure debater a importância desse fato, os
benefícios da prática e o que aconteceria caso não tivesse havido um
esforço nas diferentes épocas culturais para deixar suas marcas. E
hoje, como elaboramos nossos registros? Quais as novas formas de
comunicação que nos conectam às gerações futuras? A partir dessa
reflexão, proponha aos alunos a elaboração de um texto sobre a
importância de conhecer a história, e reconhecer suas diferentes
manifestações culturais e formas de registro: fontes orais, escritas,
patrimônio cultural material e imaterial, entre outros aspectos. É
possível ainda abordar os recursos tecnológicos, que auxiliam as
descobertas do passado, e também a comunicação com o futuro
(caso sua escola disponha de um laboratório de informática, será
muito interessante desenvolver tais pesquisas e debates nesse
contexto).
Encerrando a etapa, resgate com a turma os desenhos iniciais, e
procure transformá-los em pequenas histórias sobre o cotidiano: o
que aparece como território comum (assim como o lago no livro que
conheceram)? As vivências apontadas foram similares? Como
poderia ser organizada uma sequência que permitisse às próximas
gerações conhecer como funcionava nossa escola? A partir do roteiro
criado, proponha ao grupo a produção de registros e a construção de
uma caverna para abrigá-los. Isto pode ser feito com a ajuda de
tecidos, ou até mesmo de papel-pedra, caso não seja possível dispor
de uma área aberta com recursos naturais.
Terceira Etapa: Confecção da caverna e construção do
Laboratório do Pesquisador
A última etapa do projeto consiste na
execução da caverna projetada,
respeitando os resultados dos estudos
desenvolvidos coletivamente. O material
poderá ser exposto a todas as classes, ou
ainda como parte de eventos maiores,
como as exposições pedagógicas e
Feiras Culturais. No entanto, há algo
importante, também indicado pelas
descobertas trazidas pelo livro.
Como são descobertos os registros
antigos? Quem são os exploradores
que chegam até às mais remotas
civilizações através da busca pelos
seus sinais? Que equipamentos são necessários para isso? Inspirado
por tais perguntas, e ampliando vivências de conteúdos de ciências
naturais, o professor poderá compor com as crianças o laboratório do
pesquisador, que descreve os principais instrumentos para conhecer
e explorar antigas civilizações: um pequeno livro, como um “Manual
do Pesquisador” pode ser desenvolvido, oportunizando mais uma
produção de texto pelos alunos. Além disso, os equipamentos
poderão ser conhecidos em uma visita de estudos do meio, caso sua
cidade possua um museu ou universidade que possuam tal acervo. É
possível ainda explorar o site do Parque Nacional da Serra da
Capivara, em que os alunos poderão ver muitos materiais e
instrumentos (http://www.fumdham.org.br) ou ainda o do IPHAN
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional http://portal.iphan.gov.br ).
2) Sugestões de Atividades a partir da obra
Além de possibilitar um projeto amplo, de caráter interdisciplinar, o
livro pode também ser trabalhado pelo seu valor literário, com
intersecções pontuais em determinados conteúdos disciplinares. A
seguir, registramos algumas sugestões nesse formato para os
professores.
- Nosso patrimônio natural e cultural: As cavernas são fonte
inspiradora de muitas lendas e mistérios. Em várias manifestações
artísticas, como contos, músicas ou filmes elas são elementos
fundamental para que tesouros sejam guardados, pessoas
protegidas ou encontros de amor aconteçam. Faça com os alunos
uma pesquisa sobre narrativas em que as cavernas se façam
presentes, comentando o sentido atribuído a elas em cada
circunstância, ou ainda estimule-os a criar suas próprias aventuras
nesses locais tão especiais.
- O mundo das paredes escuras: Apesar de parecerem locais sem
vida alguma em função da escuridão e silêncio, as cavernas possuem
muitos habitantes. Faça com os alunos uma pesquisa para conhecer
mais sobre a fauna e a flora (e minerais, conforme indicação da série
em que atua) desses ambientes, descobrindo como conseguem
alimentos, como vivem sem luz e em temperaturas muito baixas.
Qual a importância da água? Quais os tipos de cavernas existentes?
Essas e muitas perguntas podem gerar material para uma rica
exposição sobre a vida nas paredes de cavernas.
Como pudemos observar nas diretrizes de trabalho aqui
apresentadas, a obra O lago possibilita o trabalho pedagógico com
conteúdos diferentes, inclusive de forma interdisciplinar. Para
complementar a elaboração de seus planos de aula e projetos
temáticos, solicite novas sugestões de atividades e temas, e envie
suas dúvidas e experiências para o e-mail
[email protected].
Um ótimo trabalho para
você!
A literatura de qualidade pode ser uma grande aliada do processo de
ensino e de aprendizagem, por isso a Cortez Editora lança
sistematicamente novos títulos que sejam parceiros para educação de
nossas crianças! Conheça nosso catálogo e as várias sugestões de
trabalho disponíveis em www.cortezeditora.com.br.
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