O Apocalipse
O livro da Revelação
Estudo 05
“Tu és digno, Senhor,
de receber a glória”
Texto bíblico:
Apocalipse 4.1-11
Texto áureo: Ap 4.11
” Digno és, Senhor, de receber
glória, e honra, e poder; porque
tu criaste todas as coisas, e
por tua vontade são e foram
criadas.”
Introdução I – O espetáculo vai começar
E havia diante do trono como que um
mar de vidro, semelhante ao cristal.
Ap 4.6
É neste “mar de vidro”, neste super-telão, que João vai ver
toda a história do Apocalipse revelar-se para ele!
Introdução II – O Senhor abre as cortinas do palco
Interessante como a Bíblia se antecipa aos tempos do
marketing moderno:
O “outdoor”, descoberta
da segunda metade do
século XX foi descrito por
Habacuque (2.2) oito
séculos a.C., em forma de
“letras grandes para que
quem passasse correndo
pudesse ler”
O super-telão, descoberta
da primeira década do
século XXI foi
demonstrado a João no
primeiro século de nossa
era em forma de “mar de
cristal” (Ap. 4.4):
Introdução III
Sim, até agora o Espírito do
Senhor falou ao seu intérprete
para que levasse ao mundo a sua
palavra e às suas igrejas as suas
ordenanças.
Agora, ele vai começar a mostrar
as coisas que estão por vir.
A partir deste capítulo é que a visão propriamente dita
escatológica, começará a acontecer. A mensagem às igrejas da
Ásia, exemplos de todas as igrejas de Cristo que a partir daquela
época se espalhavam pelo mundo, e dois mil anos depois ainda
continuam se espalhando, tinha uma visão mais diretamente voltada
para os dias que teriam a enfrentar nestes dois milênios que
acabamos de atravessar. Por certo, era a mensagem necessária
para que a igreja como agência de Cristo no mundo, atravessasse
esses vinte séculos para chegar aos nossos dias sem "mácula, coluna
e firmeza da verdade", como chegou.
Introdução IV
A visão de um rei em sua
glória, é sempre
deslumbrante. Recentemente
a TV tem-nos trazido
imagens dos casamentos
reais que acontecem nos
países onde subsiste o
regime de realeza e os
telespectadores se
deslumbram com a beleza
dos ornamentos, a riqueza
da decoração, o brilho das
joias, o aparato dos
cortejos. E tudo isto,
embora nos impressione, são
coisas terrenas, perecíveis
em sua essência, por mais
riqueza ou poder que possam
transmitir.
João, no entanto, não viu
algo terreno apenas, mas, celestial.
Não viu algo que tenha os seus dias
contados, finitos, mas algo que
extrapola ao tempo, infinito. João
teve a visão da glória do Senhor,
para que pudesse então começar a
narrar a revelação que lhe estava
reservada para encerrar o livro de
Deus, a Bíblia Sagrada:
Apocalipse 4.1
Desse momento em
diante, é que o Senhor
vai se voltar para a
revelação daquilo que
ele chamou de "coisas
que depois destas irão
acontecer", isto é,
aquelas que após o que
ele anunciou às sete
igrejas da Ásia, modelos
que foram das igrejas
de hoje e de sempre,
iriam começar a
suceder. Esta mensagem
seria de uma duração
indefinida pois olhava
para o futuro por vir
dentro da infinitude
divina:
1 Depois destas coisas, olhei,
e eis que estava uma porta
aberta no céu; e a primeira
voz que, como de trombeta,
ouvira falar comigo, disse:
Sobe aqui, e mostrar-te-ei
as coisas que depois destas
devem acontecer.
2 E logo fui arrebatado no
Espírito, e eis que um trono
estava posto no céu, e um
assentado sobre o trono.
3 E aquele que estava
assentado era, na aparência,
semelhante a uma pedra de
jaspe e sárdio; e havia ao
redor do trono um arco-iris
semelhante na aparência, à
esmeralda.
Apocalipse 4.2,3
Assim como Moisés, que subiu ao
Horeb, debaixo de relâmpagos e
trovões, para ser chamado a
escrever os cinco primeiros livros da
Bíblia, João na ilha de Patmos, vai
ser chamado a uma visão de
extraordinária grandeza, para
escrever o capítulo final desta
revelação. O que João iria transmitir
para a humanidade, era de tal
significado, que sua chamada para
isto, teria que revestir-se de uma
beleza sem par. Essa mensagem que
ele vai descrever, vai perdurar por
2.000 anos mais, e terá que manter
a sua imagem de indagação e
solução, respostas e perguntas, com
uma influência tal, que sua força e
impacto nunca se perderiam.
Apocalipse 4.4,5
4 “Havia também ao
redor do trono vinte e
quatro tronos; e sobre os
tronos vi assentados
vinte e quatro anciãos,
vestidos de branco, que
tinham nas suas
cabeças coroas de ouro.“
A mensagem, sem dúvida, é figurada
e simbólica, mas quer dizer muito. O
trono de Deus, ao centro e, por
certo, o maior e mais rico de todos,
estaria rodeado por outros vinte e
quatro tronos, onde seus ocupantes,
anciãos todos, testemunhavam da
gravidade e seriedade da posição
Dos doze de um dos lados, temos
alcançada; os vestidos brancos, da lembradas as figuras do AT, que
pureza com que ali se apresentavam;
reportando às doze tribos de
as coroas de ouro, a vitória de que
Israel, nos falam de
eram portadores.
personagens, grandes homens de
Deus que precederam a revelação
do Messias. Dos doze do outro
lado, temos a reminiscência dos
doze apóstolos no NT, aqueles
que escolhidos por Cristo,
pregaram o Evangelho ao mundo
conhecido.
Apocalipse 4.5,6
5 E do trono saíam relâmpagos, e
trovões, e vozes; e diante do trono
ardiam sete lâmpadas de fogo, as
quais são os sete espíritos de Deus.
6 6 E havia diante do trono como
que um mar de vidro, semelhante ao
cristal. E no meio do trono, e ao
redor do trono, quatro animais
cheios de olhos, por diante e por
detrás.
Nos dias que vivemos já se tornou
comum a fixação de telas gigantes
de TV, para que possamos
acompanhar os grandes eventos à
grande distância. Se em nossas
casas os aparelhos de 42 e 50
polegadas estão se tornando comuns,
nos grandes estádios, a colocação de
super-telas para a apresentação de
shows artísticos ou espetáculos
esportivos, são coisas corriqueiras João, no entanto, nunca tinha visto nada
disto. Daí, ter ele chamado de "um mar
hoje.
de vidro semelhante ao cristal", ao que
via à sua frente, ainda transparente,
pois estava sem imagem. Na verdade, na
linguagem tecnológica de hoje, o que
estava diante dele era uma grande tela,
que estava sendo colocada para que a
partir daquele momento, ele pudesse
vislumbrar de forma ampla e completa
os diversos eventos que o Senhor Deus
começaria a revelar-lhe: .
Apocalipse 4.7,8
Até hoje, vemos ruínas de castelos do Médio-Oriente, onde a figura real
é associada sempre à presença de leões e leopardos com a indicação,
inclusive, de serem algumas delas criaturas aladas também. Ezequiel e
Isaías os mencionam em suas visões, ainda que com algumas diferenças,
perfeitamente cabíveis. A interpretação mais coerente dos estudiosos do
assunto, parece-nos aquela que indica com a presença dos quatro seres
viventes, vários aspectos significativos: os quatro pontos cardeais (ou
seja, o mundo todo); sua onisciência na guarda (olhos em todas as
direções); seu poder de vigilância (seis asas); e, finalmente, toda a
criação representada no louvor a Deus: O leão (o animal selvagem), o
touro (o animal doméstico), o homem (a criatura suprema) e a águia (o
pássaro). Diante disto, fica mais fácil entender o texto que
resumidamente escolhemos:
7 E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal
semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e
o quarto animal era semelhante a uma águia voando.
8 E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por
dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite,
dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e
que é, e que há de vir.
Apocalipse 4.9,10
O sentido de reverência diante dos
símbolos nacionais, familiares,
educacionais e religiosos tem mudado
muito. A bandeira nacional era algo
quase sagrado... As figuras do pai e
da mãe revestiam-se do maior
respeito no passado... Os professores
eram reverenciados como mestres e
preceptores...
Tal debacle, atingiu também a vida
espiritual. O nome de Deus é
profanado nos mais diversos
momentos... A Bíblia é
ridicularizada... Os homens de Deus,
são humilhados...
O Apocalipse nos transmite a ideia
máxima da reverência que deve
existir diante do Pai.
A igreja de Cristo deve propugnar por
isto sempre!
9 E, quando os animais davam
glória, e honra, e ações de
graças ao que estava assentado
sobre o trono, ao que vive para
todo o sempre,
10 Os vinte e quatro anciãos
prostravam-se diante do que
estava assentado sobre o trono,
e adoravam o que vive para todo
o sempre; e lançavam as suas
coroas diante do trono, dizendo:
Apocalipse 4.11
A saudação a um personagem
importante é algo que sempre
impressiona. Nos encontros
cívicos e sociais, as pessoas de
maior destaque são sempre
saudadas com palavras de
reconhecimento e elogio ao que
são e fazem. Imaginem, então,
a saudação de que deverá ser
merecedor o Senhor criador de
todas as coisas... Terá que
ser sem dúvida, a mais
eloquente e expressiva. Vejam
abaixo, no panorama que
estamos vislumbrando descrito
neste capítulo, a que fizeram
os quatro seres viventes:
11 Digno és, Senhor, de
receber glória, e honra, e
poder; porque tu criaste
todas as coisas, e por tua
vontade são e foram
criadas.
Conclusão: Diante de um mundo que:
Se incendeia
em guerras...
Se inunda
com um furacão
como o Sandy...
Se destrói
com um tsunami...
Que vê
New York
submergir...
Que vê
previsões
sobre o
fim do
mundo...
Chegando
para nós
também...
Conclusão
Como crentes como deveremos viver?
Confiantes e seguros?
Como reagir ao pecado que cada vez mais aponta o fim?
Escondendo-nos e omitindo-nos?
Agindo e testemunhando?
Desejando que o Senhor logo volte?
Recitando sempre:
“Maranata, ora vem Senhor Jesus”
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