ANAIS INFLUÊNCIA DA EXPERIÊNCIA DO USUÁRIO NA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SERVIÇOS AMBULATORIAIS DE FISIOTERAPIA DOMINGOS FERNANDES CAMPOS ( [email protected] , [email protected] ) UNIVERSIDADE POTIGUAR AURELAN GEOCARDE RIBEIRO DE ARAÚJO ( [email protected] , [email protected] ) UNIVERSIDADE POTIGUAR RESUMO O objetivo deste trabalho é investigar se usuários com experiências sucessivas em serviços ambulatoriais fisioterápicos têm expectativas e percepções do desempenho diferentes daqueles que recém iniciaram os processos de tratamento. A metodologia tomou como base a associação entre experiencia e cronicidade da enfermidade e fundamentou-se em conceitos da teoria do serviço de que experiencias anteriores influenciam diretamente as expectativas do pacientes. Foram entrevistados 446 pacientes em quatro diferentes clínicas. Testes estatísticos rejeitaram as hipóteses que pacientes crônicos tenham prioridades diferentes, expectativas mais elevadas e avaliem o serviço com mais rigor que os pacientes em fase aguda. Palavras-chave: gestão de serviço, qualidade do serviço, fisioterapia, experiência. INTRODUÇÃO A globalização e o grande avanço tecnológico têm feito com que os serviços se tornem cada vez mais diversificados e complexos. No segmento de saúde, essa realidade também está presente através da implantação de novas tecnologias, recursos, equipamentos e terapias. Pena (2010) coloca que a forma de mensurar e avaliar a qualidade dos serviços de saúde vem sendo construída cada vez mais na busca de instrumentos que captem a sua complexidade. A busca pela qualidade na percepção do usuário passa pelo atendimento às suas necessidades, maiores benefícios e menores riscos. Os processos são avaliados a partir das atitudes dos profissionais envolvidos com o serviço durante a interação com o paciente. Pesquisadores têm proposto investigar os serviços de saúde na ótica do paciente agudo e crônico (MILAN et al, 2004; HILL e KICHEN, 2007a; HILL e KICHEN, 2007b; HILL e KICHEN, 2007c). Admite-se que os pacientes agudos, em sua maioria, podem ser considerados não experientes, exceto quando ocorre uma agudização do quadro em pacientes crônicos. Nesse caso, deve-se considerá-los experientes por já terem passado por vários encontros de serviço devido às suas necessidades de atenção à saúde. Poucos são os trabalhos que fazem alusão a possíveis diferenças de expectativas e percepção entre usuários com quadros agudos e crônicos. Ao investigar a configuração da imagem no ambiente de serviço, mais especificamente em serviço de fisioterapia, Milan et al (2004) identificam três tipos de pacientes com características diferentes entre eles para a formação da imagem. Os pós-operatórios ou agudos 1/16 ANAIS envolveram prioritariamente elementos cognitivos e funcionais; os neurológicos utilizam-se principalmente de dados cognitivos e emocionais; já os crônicos elegeram, sobretudo, atributos cognitivos e igualmente os funcionais e emocionais. Hills e Kitchen (2007a) estabeleceram uma diferenciação entre pacientes agudos e crônicos a partir de diagnóstico clínico, sugerindo existir diferença significativa no nível de expectativa e satisfação entre um e outro tipo. Na visão das autoras, os pacientes agudos, por não terem as mesmas experiências vivenciadas pelos crônicos, demonstraram ter um nível menor de exigência, atribuindo um nível de expectativa e satisfação maior do que os crônicos. Os estudos de Zeithaml, Berry e Parasuraman (1993) sugerem que as experiências anteriores influenciam as expectativas e as percepções de desempenho dos clientes para os serviços. A questão central dessa pesquisa é investigar se usuários com experiências sucessivas em serviços ambulatoriais de fisioterapia para um mesmo diagnóstico têm expectativas e percepções do desempenho diferentes daqueles que recém iniciaram os seus processos de tratamento. De forma mais específica, levantam-se as seguintes questões de pesquisa: Pacientes experientes e não experientes têm prioridades diferentes em relação aos atributos dos serviços ambulatoriais de fisioterapia? As expectativas para cada atributo dos serviços ambulatoriais de fisioterapia são diferentes para pacientes experientes e não experientes? Pacientes experientes e não experientes percebem diferentemente o desempenho de um mesmo serviço de fisioterapia? O presente trabalho investigativo foi realizado nas quatro maiores clínicas privadas de fisioterapia da cidade de Natal/RN. A pesquisa foi realizada em serviços ambulatoriais nas especialidades de ortopedia e reumatologia, envolvendo pacientes com comprometimentos músculos-esqueléticos. A escolha foi balizada pela maior presença de serviços que atendem a estas especialidades. A pesquisa representa um estudo exploratorio conduzido por um dos pilares básicos da teoria da gestão dos serviços no qual qualidade de um serviço pode ser medida pela diferença entre as expectativas dos usuários (importância) e o serviço efetivamente recebido (desempenho percebido). REFERENCIAL TEÓRICO Estudos no campo da gestão de operações mostram que as estratégias de produção são desenvolvidas levando em conta os chamados critérios competitivos que possibilitam uma melhor análise acerca do posicionamento dos produtos e bens, frente às exigências do mercado. Ward et al (1998) apontam quatro prioridades competitivas usadas na formulação de uma estratégia de produção: custo, qualidade, tempo de entrega e flexibilidade. Cada dimensão envolve múltiplos atributos. A habilidade das empresas em articular de forma criativa diferentes atributos, relacionados a essas categorias de prioridades, proporcionam competências para lidar com as necessidades dos clientes. Crick e Spencer (2011) destacam que os clientes não respondem uniformemente às iniciativas de serviços específicos. Para os autores, os fundamentos da gestão de um serviço de qualidade emanam principalmente de dois modelos multidimensionais: (1) SERVQUAL, um produto da escola norte-americana de pensamento (PARASURAMAN et al, 1985), e (2) o modelo nórdico europeu, no qual destacam-se os estudos de Grönroos. Ambos têm proporcionado a gênese de grande parte do debate estruturado sobre como a qualidade do serviço deve ser conceptualizada e gerida. 2/16 ANAIS Para Grönroos (1995), a qualidade de um serviço percebido pelos clientes tem duas dimensões: uma dimensão técnica (resultado) e uma dimensão funcional, relacionada ao processo. A dimensão técnica de qualidade não é suficiente para explicar o serviço percebido pelo cliente. A forma influenciará o serviço percebido. Zeithaml e Bitner (2003) destacam o caráter heterogêneo de serviços e sua perecibilidade - os serviços não podem ser preservados, estocados, revendidos ou devolvidos - e eles citam intangibilidade como a principal diferença entre bens e serviços. Fitzsimmons e Fitzsimmons (2005) destacam o aspecto da simultaneidade do serviço. Os serviços são um bem perceptível e não sendo usados no período de tempo apropriado, estarão perdidos para sempre. O trabalho de Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985) representou um avanço significativo no desdobramento da qualidade do serviço, ao definir a qualidade como o resultado de uma comparação entre a expectativa e a percepção do serviço recebido. Operadores e usuários podem se relacionar e ter percepções diferentes sobre a qualidade do serviço prestado. As expectativas dos clientes compreendem um fator importante que influencia a percepção da qualidade do serviço. Os autores desenvolveram um modelo para promover a análise da qualidade dos serviços. O serviço esperado sofre influência direta das necessidades pessoais, das experiências anteriores do consumidor, da comunicação boca a boca e, por fim, da comunicação de marketing realizada pelos prestadores de serviço (LOVELOCK; WRIGHT, 2006). Já o serviço percebido resulta de uma série de decisões e atividades internas da empresa, inclusive da comunicação de marketing, que imprime a sua influência tanto no serviço esperado quanto no serviço percebido. Os autores apontam possibilidades de discrepância, lacunas, entre expectativas e percepção do serviço. Estas lacunas podem ocorrer tanto entre agentes internos à empresa como entre esta e seus clientes Os clientes reconhecem que os serviços são heterogêneos e dispõem-se a aceitar uma zona de tolerância. Essa zona é composta pela diferença entre o serviço desejado e o mínimo aceitável ou adequado. Pode haver diferentes zonas de tolerância para diferentes clientes, entre atributos diversos ou entre distintos tipos de serviços. Fatores conjunturais podem aumentar ou diminuir a zona de tolerância. Zeithaml e Bitner (2003) afirmam que os clientes tendem a ter uma tolerância mais estreita para atributos que lhes são mais importantes; eles são menos flexíveis para baixar as suas expectativas. Quão mais importante for o atributo, mais elevado são os níveis de serviço desejado e adequado. Parasuraman, Zeithaml e Berry (1988), através de estudos empíricos, desenvolveram o modelo SERVQUAL, no qual 22 atributos estão agrupados em cinco dimensões do serviço: a) a confiabilidade, que trata do compromisso em entregar o serviço conforme o prometido com confiança e precisão; b) a responsividade, que demonstra a vontade expressa e imediata do prestador em querer ajudar o cliente e atender às suas necessidades; c) a segurança, que considera o conhecimento do prestador, aliado à sua habilidade para inspirar credibilidade e confiança ao cliente; d) a empatia, que aborda o cuidado e a atenção dispensados pelo prestador; e, e) a tangibilidade, que está balizada na aparência das instalações físicas, dos equipamentos, do pessoal e do material utilizado para a realização dos serviços. Embora os conceitos de satisfação e qualidade sejam afins, a satisfação baliza-se na reação emocional de curto prazo a uma experiência específica de serviço, e a qualidade se fundamenta em uma avaliação cognitiva de longo prazo sobre a entrega do serviço. Quando um cliente avalia a qualidade de um serviço, ele julga-o por algum padrão previamente estabelecido, que é a base para a formação de sua expectativa. 3/16 ANAIS Atributos dos Serviços de Saúde Com o objetivo de identificar dimensões e atributos relacionados aos serviços de saúde foram levantados preliminarmente doze estudos empíricos envolvendo usuários de serviços de saúde não relacionados à área específica de fisioterapia. Todos tinham como foco principal a avaliação e análise de atributos que contribuem para a qualidade do serviço e o nível de satisfação do usuário. O Quadro 1 mostra os estudos empíricos abordados. Dos doze trabalhos referenciados, dez abordam atributos relacionados à comunicação com os pacientes (atenção às queixas, informações, explicações, orientações, ouvir o paciente, falar com clareza, fornecer folhetos explicativos, responder a perguntas, conhecimento e compreensão das necessidades, esclarecimento de dúvidas, clareza e objetividade). A dimensão segurança e confiança no tratamento e no profissional aparecem em oito estudos (confiança, confiabilidade, habilidade, competência, segurança, execução do tratamento de forma correta, qualidade técnica, qualidade profissional). Na mesma proporção aparecem infraestrutura e conforto (sala de espera, recepção, consultório, equipamentos modernos, instalações agradáveis, aparelhos modernos, conforto de quarto e banheiros, móveis e outros tangíveis). Quadro 1 – Estudos empíricos abordados. AUTORES Kloetzel (1998), Pelotas/RS Leão et al (2001), Recife/PE Urdan (2001), Belo Horizonte/MG Hercos e Berezovsky (2006) Belo Horizonte/MG Arroyo e Oliveira (2007) Ribeirão Preto/SP Cruz (2008), São Paulo/SP Dávila et al (2008), Lima/Peru Mialhe et al (2008), Campinas/SP Fadel e Regis Filho (2009), Florianópolis/SC Ribeiro (2010), Campina Grande/PB Pena (2010), São Paulo Panchapakesan et al (2010), Chennai/India Fonte: Elaboração própria. LOCUS AMOSTRA Unidade de saúde pública 270 Unidade de saúde pública 110 Consultório de serviços médicos 1050 Unidade de saúde - oftalmologia 100 Unidades de serviços médicos 422 Unidade hospitalar 71 Unidade materno-perinatal 115 Unidade de serviços odontológicos 182 Unidade de serviços odontológicos 82/45 Unidade hospitalar 333 Unidade hospitalar 288 Unidades hospitalares 204/204 Sete deles utilizaram atributos vinculados a atenção e prontidão (demonstrar interesse, atenção, prontidão e disponibilidade, disposição em ajudar, prontidão às solicitações, atenção personalizada, interesse em bem servir, atendimento imediato, empenho e disponibilidade) e a cortesia e cordialidade (cordialidade, cortesia, tratar com respeito, cortesia da recepção, educação e gentileza da equipe, empatia com o paciente). Limpeza das instalações e boa aparência dos profissionais e equipe de apoio aparecem em metade dos estudos. Na mesma intensidade aparecem acesso e acessibilidade e pontualidade e cumprimento de prazos. Dezenas de outros atributos aparecem com menor intensidade, tais como: agendamento, horários cômodos, rapidez na marcação, cumprimento de horários, tempo de espera, tempo de atendimento, respeito à privacidade, segurança no tratamento, qualificação profissional, rapidez na solução, resultado do tratamento, exames, organização geral do atendimento, procedimentos administrativos, imagem, e responsabilidade social. Estudos Empíricos em Serviços de Fisioterapia 4/16 ANAIS Cortez Neto et al (2001) desenvolveu a sua pesquisa em um hospital militar, aplicando a ferramenta do desdobramento da qualidade (QFD). Os resultados demonstram que a relação fisioterapeuta/paciente, o tratamento e o relacionamento com a equipe em geral se destacaram. Monnin e Perneger (2002) desenvolveram um instrumento para verificar a satisfação de pacientes com a fisioterapia. Os autores aplicaram 528 questionários em pacientes ambulatoriais de um hospital localizado em Genebra, Suíça. Os autores observaram que em geral, os pacientes mais jovens encontravam-se menos satisfeitos do que aqueles mais velhos, principalmente para a admissão e logística. Beattie et al (2005) avaliaram a satisfação de usuários de serviços de fisioterapia. Através de uma amostra com 449 pacientes de ambulatórios de fisioterapia, os autores concluíram que os fatores mais valorizados foram aqueles relacionados à relação terapeutapaciente. Na mesma direção, Griebeler (2006) investigou a qualidade na prestação de serviços comparando as expectativas e as percepções dos usuários de uma clínica de fisioterapia em Santa Maria/RS. O estudo apontou a dimensão empatia como a mais importante para o serviço. Mendonça e Guerra (2007) avaliaram a satisfação de 834 pacientes, de 45 serviços de fisioterapia privados localizados nas cidades de Natal e Mossoró/RN. Identificaram quatro dimensões como as mais importantes: interação paciente-terapeuta, ambiente físico, acesso/atendimento da recepcionista e pessoal de apoio. Hills e Kitchen (2007a), (2007b) investigaram a percepção de 277 pacientes com lesões musculoesqueléticas crônicas e agudas em um serviço ambulatorial de fisioterapia no Reino Unido. Os autores identificaram fatores que mais contribuíram para o entendimento da relação entre expectativas e satisfação: percepções sobre o terapeuta, sobre as informações passadas, o conteúdo dos tratamentos, a organização do tratamento e, por fim, o resultado. O estudo, complementado com entrevistas com 66 usuários apontaram diferenças significativas entre expectativas e percepções de pacientes com comprometimentos agudos e crônicos. As experiências anteriores influenciaram suas expectativas, principalmente no grupo de pacientes crônicos. Stiller et al (2009) avaliaram a satisfação de 122 usuários de um serviço de fisioterapia num centro hospitalar da Austrália. Os autores sugerem que os fisioterapeutas deveriam esclarecer as demandas de cada paciente sobre o tratamento e prover a atenção necessária para todos os aspectos de comunicação com o paciente. Suda et al (2009) avaliaram a percepção de 51 usuários de baixa condição social, no serviço de fisioterapia de uma clínica universitária de Santo André/SP. Os autores identificaram alto nível de satisfação geral, mas consideraram que parte dessa positividade pode ter ocorrido devido à condição socioeconômica dos entrevistados. Pessoas com baixa condição socioeconômica tendem a ter expectativas de serviço mais baixas. Harding e Taylor (2010), investigaram a satisfação dos pacientes com serviços ambulatoriais de fisioterapia e terapia ocupacional, classificando os pacientes em agudos, subagudos e crônicos. Os autores apontam que os atributos mais valorizados foram aqueles relacionados à interação pessoal, tais como comunicação e atitude pessoal do terapeuta. Guedes et al (2010), investigaram as necessidades e expectativas de 72 usuários de um servço de fisioterapia através da ferramenta desdobramento da função da qualidade (QFD). Os autores identificaram que os itens relacionados à acessibilidade foram considerados de maior relevância, seguido pela atenção e simpatia. Os atributos dos serviços de saúde podem ser enquadrados em categorias ou dimensões como qualquer outro serviço independente de sua natureza. A comparação dos atributos relacionados à fisioterapia com aqueles vinculados aos serviços de saúde, tomados 5/16 ANAIS genericamente, não mostra diferenças palpáveis em sua natureza. Com base no conjunto de atributos listados pela literatura específica consultada sobre serviços de fisioterapia, foi realizado um trabalho de seleção e consolidação, levando-se em consideração critérios de justaposição, aglutinação, similaridade e especificidade. O Quadro 2 mostra o conjunto consolidado de atributos pela ordem de citações nos trabalhos empíricos utilizados. Os atributos mais citados foram responsividade e cordialidade. O primeiro refere-se ao cumprimento da hora marcada e dos prazos para a realização de consulta e tratamento. O segundo faz alusão à gentileza no trato com o paciente, levando-se em conta a relação com o fisioterapeuta e com o pessoal de apoio. Os atributos relacionados à privacidade e à discussão foram os menos citados. O primeiro refere-se à preservação da privacidade do paciente durante o tratamento. O segundo, a discussão do caso do paciente e do tratamento a ser realizado, considerando a opinião do paciente. Quadro 2 – Atributos levantados nos estudos empíricos. Fonte: Elaboração própria. • Cumprimento da hora marcada para o tratamento e aos prazos como tempo de tratamento e prognóstico. • Gentileza no trato com o paciente por parte da recepcionista, do pessoal de apoio e do fisioterapeuta. • Confiança do usuário na competência profissional para realizar a avaliação e propor o tratamento. • Explicações/orientações do fisioterapeuta sobre problema/tratamento/cuidados para evitar agravamentos. • Comunicação com clareza entre recepção, fisioterapeuta e usuário. • Aparência dos equipamentos, ambientes, fisioterapeuta e pessoal de apoio. • Disponibilidade adequada de equipamentos para o tratamento. • Atenção/importância dispensadas ao usuário pela recepção, pessoal de apoio e fisioterapeuta. • Horários convenientes para consultas (primeiro atendimento) e tratamento. • Limpeza dos ambientes e equipamentos da clínica. • Conforto dos ambientes, móveis e equipamentos da clínica. • Avaliação realizada no início e no término do tratamento. • Acesso ao estacionamento, à clínica e seus espaços internos. • Disponibilidade e presteza para discutir as queixas do usuário, o tratamento e esclarecer dúvidas. • Organização do atendimento e da recepção. • Conhecimento do fisioterapeuta no atendimento às necessidades do usuário. • Fácil e rápido processo de agendamento da consulta (primeiro atendimento) e demais atendimentos. • Tempo de atendimento apropriado. • Privacidade do usuário durante o tratamento. • Espaço para o usuário discutir e opinar sobre a condução de seu tratamento. METODOLOGIA A partir do referencial teórico, foram coletados os atributos relacionados à área da saúde, bem como aqueles relacionados à fisioterapia. Um grupo focal, consttuído por especialistas em fisioterapia, analisou e validou os atributos selecionados. A elaboração do questionário considerou as hipóteses da investigação de comparar percepções de pacientes experientes e não experientes. Os questionários foram aplicados em quatro clínicas de serviços fisioterápicos em ortopedia e reumatologia. Os resultados foram analisados para grupos de pacientes experientes e não experientes em cada clínica. Ao final, os resultados dos grupos foram cotejados e verificadas as hipóteses estabelecidas. A Figura 1 apresenta o esquema metodológico. 6/16 ANAIS Figura 1 – Esquema metodológico. Fonte: Elaborado própria. Referencial Estudos Empíricos Saúde/Fisioterapia Conjunto de atributos nos serviços fisioterápicos Grupo Focal Gestão de Serviços Hipóteses Elaboração Questionário Expectativas - Desempenho Usuários Experientes Clínicas A, B, C e D Resultados Usuários não Experientes Clínicas A, B, C e D Estudo Comparativo Conclusões Resultados Pacientes Experientes e Não Experientes Milan et al (2004) constataram que as imagens do serviço formada por pacientes de diferentes áreas, bem como por pacientes agudos e crônicos, eram distintas. Os usuários podem ter diferentes percepções do serviço fisioterápico, dependendo da área de atendimento e do curso da doença, se em estado agudo ou crônico. Os estudos de O’Sullivan e Schmitz (1993), Andrews et al (2000), Lima et al (2008) e Lopes e Lopes (2008) apontam sinais, sintomas e duração que se associam as fases aguda e crônica da enfermidade. Considerando-se a realidade vivenciada de pacientes agudos e crônicos, mais especificamente daqueles que apresentaram lesões ortopédicas e reumáticas envolvendo o sistema musculoesquelético e baseando-se em situações semelhantes de estudos (MILAN et al, 2004; HILLS e KITCHEN, 2007a; HILLS e KITCHEN, 2007b), estabeleceu-se um paralelo para a presente pesquisa. O paciente não experiente seria aquele que estivesse sendo atendido em até 10 semanas - o que corresponderia a duas séries de 10 atendimentos- e que não houvesse realizado anteriormente um tratamento fisioterapêutico para a mesma lesão. O experiente seriam aquele que tivesse tratamentos fisioterapêuticos anteriores para a mesma lesão, e/ou mais que duas séries de 10 atendimentos de tratamento para resolver o mesmo problema. As Hipóteses Considerando-se o paralelo entre pacientes agudos e crônicos com os pacientes experientes e não experientes e ponderando-se sobre as questões de pesquisa levantadas, foram estabelecidas as seguintes hipóteses: H1 – Há prioridades diferentes entre pacientes experientes e não experientes em relação aos atributos dos serviços ambulatoriais de fisioterapia. H2 – Há diferenças nas expectativas médias de pacientes experientes e não experientes para cada atributo dos serviços ambulatoriais de fisioterapia. 7/16 ANAIS H3 – Há diferenças na percepção do desempenho médio entre pacientes experientes e não experientes de um mesmo serviço de fisioterapia. Universo e Amostra O universo da pesquisa foi composto por pacientes maiores de 18 anos que estavam em tratamento nos serviços de fisioterapia na área de ortopedia e reumatologia nas quatro maiores clínicas da cidade de Natal. Os dados específicos foram obtidos junto ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e às clínicas no período março-abril/2011. A Tabela 2 mostra universo e amostra do estudo. O universo foi constituído por 1.246 pacientes, maiores de 18 anos, distribuídos pelas quatro clínicas no período citado. Tabela 2 – Universo e Amostra Fonte: Elaborado própria. Clínica A Clínica B Clínica C Clínica D Pacientes Universo Amostra Universo Amostra Universo Amostra Universo Amostra Experientes 144 46 167 53 227 71 211 67 Não Experientes 96 30 110 35 151 48 140 44 Total 240 76 277 88 378 119 351 111 Para o cálculo amostral utilizou-se o programa Statdisk versão 11.1.0, considerando-se um nível de confiança em 95%, erro de 4% e o valor de p = 40%, onde p representa o número de pacientes inexperientes. O cáculo foi realizado de forma independente por clínica. Como fatores de inclusão, os respondentes deveriam ter a idade mínima de 18 anos, estarem no mínimo no quinto atendimento e possuírem integridade cognitiva que possibilitasse realizar o preenchimento do questionário. Os Atributos Para viabilizar a elaboração das questões do questionário, listaram-se os atributos citados na literatura aplicados para serviços de saúde. Ao mesmo tempo, buscou-se também investigar aqueles que estavam presentes em estudos empíricos envolvendo serviços de fisioterapia. Do conjunto total de variáveis coletadas, levando-se em conta as especifidades da área de fisioterapia, foram selecionados 23 atributos. O conjunto de atributos foi selecionado levandose em consideração a existência de justaposição, aglutinação, similaridade e especificidade. Um grupo focal composto por cinco profissionais e cinco professores da área de fisioterapia analisou e validou um conjunto de questões redigidas com a finalidade de apreender a importância e o desempenho a serem atribuídos pelos respondentes em cada atributo do serviço fisioterápico. O grupo focal ofereceu sugestões que contribuíram para a adequação da redação das questões à população em estudo. O Quadro 3 mostra os atributos utilisados na pesquisa. Quadro 3 – Lista dos atributos utilizados na pesquisa. Fonte: Elaboração própria. Disponibilidade de horários segundo a Aparência, conservação e manutenção dos equipamentos e conveniência do paciente para o tratamento. acessórios. Facilidade e rapidez do agendamento para marcar Aparência dos profissionais do serviço (recepcionista / os horários de atendimento. pessoal de apoio / fisioterapeuta). Organização da recepção quanto à identificação Instruções dadas pelo fisioterapeuta de procedimentos para do usuário, documentação, controle de sessões, o paciente realizar como conduta em casa, para prevenir a recibos e outras demandas do paciente. piora do problema ou início de nova crise. 8/16 ANAIS Atenção, respeito, cordialidade e presteza Atenção, respeito, cordialidade e presteza dispensadas pelo dispensadas pelo pessoal de apoio. fisioterapeuta. Localização da clínica Clareza na comunicação entre o fisioterapeuta e o paciente. Segurança e nível de conhecimento demonstrado Disponibilidade do fisioterapeuta em ouvir, esclarecer pelo fisioterapeuta no atendimento do paciente. dúvidas e discutir o problema/tratamento com o paciente. Cumprimento da hora marcada e dos prazos Explicações dadas pelo fisioterapeuta ao paciente sobre o estabelecidos para o tratamento. tratamento e cada procedimento a ser realizado. Conforto e agradabilidade dos ambientes Disponibilidade de estacionamento Higiene e limpeza de ambientes e equipamentos Avaliação antes de começar o tratamento. Disponibilidade de áreas de vestiários e banheiros Adequada disponibilidade de equipamentos para o limpos e adequados. tratamento Disponibilidade de áreas adequadas (boxes/salas) Avaliação final no término do tratamento, demonstrando o que resguardem a privacidade do paciente. progresso de quanto melhorou. Facilidade de acesso aos diversos ambientes. O Questionário O instrumento de coleta foi produzido com três módulos. O primeiro módulo apreendeu o perfil sociodemográfico dos respondentes e dados que possibilitaram a categorização destes como experientes ou não experientes. O segundo teve como finalidade apreender as expectativas dos pacientes em relação ao serviço, através da importância conferida pelos mesmos a cada atributo. O terceiro módulo mediu o desempenho das clínicas segundo a percepção dos pacientes que se utilizaram do serviço. As questões dos módulos de expectativas e do módulo de desempenho tiveram a mesma redação no núcleo básico, variando tão somente o alvo da questão. Ao avaliar importância, os respondentes atribuiram, sobre uma escala Likert de 11 pontos, valores de zero (não importante) a dez (muito importante). Na avaliação do desempenho, a escala variou de zero (péssimo) a dez (excelente). Especificamente, para fechar a avaliação de desempenho dos serviços, acrescentou-se uma última questão em que se solicita do respondente a impressão geral sobre o desempenho do serviço de fisioterapia. Foi realizado um teste piloto com 40 usuários, 10 em cada uma das clínicas envolvidas. Foram procedidas pequenas adaptações para a readequação de linguagem e facilidade de compreensão pelos usuários. A Coleta de Dados e o Tratamento dos Dados A coleta de dados foi realizada durante os meses de junho e julho/2011 por uma equipe de colaboradores composta por alunos do curso de Fisioterapia. A aplicação foi realizada, por conveniencia, na sala de recepção das clínicas envolvidas. Os dados foram tabulados em programa Excel para organizar os dados e tratá-los através de uma análise estatística descritiva. Para os testes estatísticos, foi utilizado o programa SPSS, versão 17.0. O Teste de Spearman foi utilizado para avaliar a correlação do ranking de expectativas no geral e clínica a clínica, envolvendo os pacientes não experientes (agudos) e experientes (crônicos). O teste T de Student foi empregado para identificar a existência de diferenças significativas entre as médias das respostas admitidas pelos respondentes não experientes e experientes.. ANÁLISE DOS RESULTADOS Os resultados têm origem na apuração de 446 questionários válidos, distribuídos em 199 pacientes não experientes e 247 experientes, na proporção 45/55 por cento. O plano amostral 9/16 ANAIS previa 394 respondentes na proporção 40/60. A maioria dos respondentes é do sexo masculino. A faixa etária é regularmente distribuída com leve predominancia da idade supeiror aos 49 anos. A renda familiar predominante é de 2 a 10 salários mínimos. Fraturas, lombalgias, síndrome do impacto do ombro e tendinites foram as principais lesões apresentadas, perfazendo um percentual de 53%. O grau de escolaridade é alto, acumulando uma participação de 67% com curso superior completo ou incompleto. As Tabelas 3 e 4 mostram com mais detalhes o perfil dos respondentes por clínica. Tabela 3 – Sexo, faixa etária e renda familiar dos respondentes. Sexo Faixa Etária Unidade Fem Masc > 50 42-49 34-41 26-33 Clínica A 39% 61% 24% 21% 17% 14% Clínica B 46% 54% 20% 16% 21% 24% Clínica C 45% 55% 27% 20% 20% 18% Clínica D 53% 47% 40% 18% 19% 10% Todos 46% 54% 28% 19% 20% 17% 18-25 23% 20% 15% 13% 18% Fonte: Pesquisa Renda Familar em Salários <2 2 a 5 6 a 10 > 10 12% 22% 19% 47% 7% 55% 35% 3% 2% 42% 37% 20% 7% 53% 30% 10% 7% 43% 31% 19% Tabela 4 – Tipo de lesão, número de sessões anteriores e experiencia. Tipo de Lesão Sessões Anteriores Unidade Fratura Lombalg Ombro Tendinit Outras < 2 2 a 3 4 a 5 > 5 Clínica A 18% 13% 17% 8% 45% 38% 42% 13% 8% Clínica B 23% 21% 4% 7% 45% 46% 26% 10% 18% Clínica C 15% 15% 11% 10% 49% 45% 35% 10% 10% Clínica D 9% 4% 16% 21% 50% 50% 36% 10% 5% Todos 16% 13% 12% 11% 47% 45% 35% 11% 10% Fonte: Pesquisa Experiencia Não Sim Total 38% 62% 103 46% 54% 116 45% 55% 122 50% 50% 105 45% 55% 446 Importancia dos Atributos Os respondentes assinalaram a sua percepção relativa à importância dos atributos apresentados no Quadro 3, atribuindo uma nota de zero (não importante) a dez (muito importante). As médias foram apuradas para todos os grupos de pacientes experientes e não experientes, por atributo, em cada clínica. Em cada grupo, foi extraído o ranking (ordem) das médias calculadas. O atributo com ordem 1(um) significa que o grupo lhe atribuiu a maior média; é o atributo com maior importância. O valor 23 (vinte e três) indica o atributo para o qual o grupo atribuiu a menor importância. A hierarquização foi realizada a partir dos valores médios obtidos para as respostas dentro de cada grupo. Por exemplo, higiene e limpeza do ambiente e equipamentos foi atributo mais importante para o grupo de pacientes não experientes na clínica A; na clínica D, o atributo disponibilidade de horários foi o atributo menos importante para o grupo dos pacientes experientes. A Tabela 5 apresenta os rankings obtidos para os dois grupos (experientes e não experientes) no geral e em todas as clínicas. Tabela 5 – Ordem de importância para pacientes experientes (E) e não experientes (N). Fonte: Pesquisa. Atributos Geral Clínica A Clínica B Clínica C Clínica D N E N E N E N E N E Segurança/conhecimento fisioterapeuta 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 Atenção/cordial/presteza fisioterapeuta 2 2 4 4 4 3 4 3 3 3 Clareza na comunicação fisioterapeuta 3 3 5 5 6 7 6 5 6 4 Higiene e limpeza ambiente/equipamentos 5 4 1 2 7 4 8 7 10 5 Instruções pelo fisioterapeuta para casa 4 6 12 12 2 5 2 2 2 2 10/16 ANAIS Explicações pelo fisioterapeuta tratamento Disponib do fisioterapeuta em ouvir Vestiários e banheiros adequados limpos Atenção/cordial/presteza pessoal de apoio Avaliação final do tratamento Avaliação antes do tratamento Conforto e agradab dos ambientes Aparência/conserva equipamentos Adequada disponib de equipamentos Cumprimento da hora marcada Organização da recepção Disponib de boxes/salas adequadas Facilidade/rapidez do agendamento Facilidade de acesso Disponibilidade de horários Disponibilidade de estacionamento Aparencia dos profissionais do serviço Localização da clínica 6 7 8 9 10 11 15 12 13 14 16 17 18 20 19 22 21 23 5 8 7 9 10 11 12 13 14 15 16 17 19 18 20 21 22 23 7 8 3 6 10 14 13 9 11 15 16 18 19 17 20 21 23 22 6 11 3 8 9 14 7 10 13 18 16 15 19 17 21 20 23 22 3 5 8 9 15 17 16 10 14 13 18 11 19 23 21 20 12 22 2 6 8 9 12 13 10 18 17 11 20 15 16 21 19 22 14 23 7 9 16 11 3 5 12 18 10 13 15 21 14 20 17 19 23 22 6 4 8 10 9 11 13 14 12 16 15 19 17 18 20 21 22 23 8 4 11 5 9 7 16 12 14 15 20 18 19 22 17 23 13 21 9 7 8 11 10 6 13 14 18 12 16 19 20 15 23 21 17 22 A Comparação dos Ordenamentos Uma vez extraídos todos os ordenamentos, é possível saber em que medida os diferentes grupos escalonam suas prioridades em relação aos atributos pesquisados. Estatisticamente, é possível constatar o grau de correlação entre as medidas utilizadas comparando-se os ordenamentos gerados pelos dois grupos de pacientes e verificando-se o alinhamento entre eles. O alinhamento pode, então, ser medido pelo grau de correlação existente entre as ordenações, comparadas duas a duas. Um coeficiente de correlação 1,0 indicaria um grau de alinhamento 100%, um coeficiente -1,0 indicaria um (des)alinhamento completo. O teste de correlação de Spearman analisa os resíduos através das diferenças entre as posições hierarquizadas de cada variável. A Tabela 6 mostra a comparação dos ordenamentos. Tabela 6 – Teste de Spearman para correlação de ordens. Gt At Bt Ct Dt Gn An Bn Gt 1,00 0,93 0,88 0,96 0,91 0,99 0,93 0,86 At 1,00 0,79 0,85 0,77 0,91 0,98 0,76 Bt 1,00 0,81 0,87 0,89 0,79 0,98 Ct 1,00 0,92 0,96 0,84 0,79 Dt 1,00 0,93 0,78 0,86 Gn 1,00 0,92 0,88 An 1,00 0,77 Bn 1,00 Cn Dn Ge Legenda Ae G > Geral A, B, C, D > Clínicas Be t > Todos e > Experientes n > Não Experientes Ce Nível de significância α = 0,01 De Cn 0,86 0,71 0,65 0,95 0,83 0,86 0,69 0,62 1,00 Dn 0,88 0,73 0,85 0,89 0,96 0,91 0,75 0,86 0,81 1,00 Ge 1,00 0,95 0,88 0,95 0,91 0,99 0,94 0,85 0,84 0,86 1,00 Fonte: Pesquisa. Ae Be Ce 0,92 0,91 0,98 0,99 0,82 0,88 0,77 0,94 0,86 0,82 0,85 0,98 0,74 0,88 0,92 0,88 0,90 0,98 0,96 0,80 0,88 0,74 0,90 0,84 0,68 0,76 0,89 0,70 0,86 0,89 0,93 0,90 0,97 1,00 0,80 0,85 1,00 0,88 1,00 De 0,93 0,81 0,83 0,91 0,96 0,93 0,82 0,80 0,82 0,88 0,93 0,80 0,87 0,92 1,00 O teste de Spearman revelou altos coeficientes de correlação entre os ordenamentos dos grupos experientes e não experientes gerados pelo grau de importância conferido aos 11/16 ANAIS atributos. Na comparação de todas as respostas (Ge x Gn), o coeficiente de correlação assumiu um valor de 0,99. Quando comparados dentro de cada clínica, os coeficientes de correlação também foram elevados. Os coeficientes são significativos para α = 0,01. O alto valor de correlação obtido (0,99) sugere que entre as prioridades conferidas pelos grupos de pacientes experientes e não experientes são similares, não confirmando, portanto, a hipótese H1, a qual estabelece que há prioridades diferentes entre pacientes experientes e não experientes em relação aos atributos dos serviços ambulatoriais de fisioterapia. Comparação das Médias de Importância Conferidas aos Atributos Se por uma lado é possível verificar as prioridades conferidas a cada atributo, por outro é possível saber em que medida os valores médios obtidos das amostras provêm de uma mesma população. Trata-se de duas amostras independentes, uma do grupo dos pacientes experientes outra do grupo dos pacientes não experientes. O teste T independente é utilizado quando são comparados dois grupos que tenham participantes diferentes. Um paciente é experiente ou não experiente. O objetivo é verificar a existência de diferença entre as médias dos dois grupos para os diferentes aspectos avaliados. Na aplicação do teste T, de Student, será possível obter o p-valor do teste e, assim, comparar com o nível de significancia escolhido. Nesta pesquisa, admitiu-se um valor para α = 5%. Dessa forma, quando o p-valor é menor que α, a hipótese é rejeitada; caso contrário, a hipótese nula não é rejeitada. O teste foi realizado para cada um dos atributos, considerando-se as médias conferidas pelos experientes e não experientes. A Tabela 7 apresenta as médias dos grupos experientes e não experientes e o p-valor resultante para α = 5%. Na comparação geral entre os grupos experiente e não experiente, o p-valor foi inferior a α apenas no atributo conforto/agradabilidade dos ambientes. Os resultados sugerem que a hipótese de haver diferenças nas expectativas médias de pacientes experientes e não experientes para cada atributo dos serviços ambulatoriais de fisioterapia é falsa. Assim, a hipótese H2 não se confirma. Quando a análise é extendida clínica a clínica, as divergências são mínimas. Na Clínica A, houve divergência no atributo conforto/agradabilidade dos ambientes. Na clínica B, nos itens instruções dadas pelo fisioterapeuta para conduta em casa e aparência/conservação dos equipamentos. Na clínica C, uma divergência no atributo vestiário/banheiros limpos e adequados. Na clínica D, nenhuma divergência. Tabela 7 – Teste T para diferença entre médias de importância de pacientes experientes e não experientes. Geral Clínica A Clínica B Clínica C Clínica D Atributos N E p N E p N E p N E p N E p Segurança/conheciment fisioterap 9,46 9,60 0,06 9,64 9,75 0,43 9,51 9,49 0,90 9,24 9,54 0,06 9,52 9,60 0,45 Atenç/cordial/presteza fisioterap 9,22 9,24 0,73 9,10 9,42 0,10 9,34 9,17 0,26 9,02 9,13 0,45 9,38 9,25 0,31 Clareza comunicação fisioterap 9,22 9,23 0,88 9,21 9,39 0,32 9,36 9,08 0,20 9,11 9,22 0,43 9,21 9,25 0,83 Higiene e limpeza ambiente/equip 9,17 9,23 0,47 9,72 9,55 0,22 9,25 9,14 0,50 8,91 9,07 0,39 8,94 9,15 0,28 Instruções do fisioterap para casa 9,12 9,17 0,51 8,59 8,88 0,13 9,47 9,14 0,03 9,20 9,28 0,63 9,40 9,32 0,57 Explicações fisioterap tratamento 9,12 9,17 0,64 8,97 9,30 0,10 9,40 9,24 0,29 8,98 9,09 0,57 9,10 9,02 0,74 Disponib fisioterapeuta em ouvir 9,11 9,07 0,74 8,97 8,89 0,75 9,38 9,10 0,06 8,76 9,21 0,06 9,31 9,09 0,34 Vestiários e banheiros limpos 8,94 9,13 0,08 9,51 9,47 0,82 9,17 9,00 0,31 8,36 8,97 0,02 8,90 9,09 0,34 Atenção/cordial/presteza apoio 8,92 8,98 0,55 9,10 9,16 0,84 8,83 8,98 0,35 8,58 8,90 0,07 9,25 8,87 0,31 Avaliação final do tratamento 8,84 8,86 0,86 8,82 9,14 0,11 8,32 8,38 0,72 9,13 8,94 0,31 9,10 9,00 0,72 Avaliação antes do tratamento 8,75 8,74 0,87 8,51 8,80 0,12 8,21 8,30 0,65 9,11 8,76 0,08 9,12 9,15 0,87 Conforto e agradab dos ambientes 8,47 8,74 0,01 8,59 9,22 0,00 8,30 8,51 0,23 8,58 8,67 0,64 8,44 8,55 0,63 12/16 ANAIS Aparencia/conserva equipamentos 8,66 8,57 0,40 8,85 8,94 0,75 8,77 8,21 0,00 8,35 8,63 0,18 8,75 8,51 0,17 Adequada disp de equipamentos 8,58 8,54 0,65 8,62 8,84 0,24 8,49 8,24 0,12 8,67 8,70 0,88 8,56 8,34 0,16 Cumprimento da hora marcada 8,53 8,42 0,33 8,49 8,20 0,12 8,51 8,49 0,92 8,55 8,40 0,51 8,56 8,62 0,81 Organização da recepção 8,30 8,37 0,47 8,26 8,39 0,52 8,21 8,10 0,57 8,40 8,57 0,40 8,31 8,42 0,60 Disponib boxes/salas adequadas 8,30 8,32 0,86 8,10 8,47 0,11 8,58 8,29 0,11 8,09 8,28 0,44 8,37 8,21 0,41 Facilidade/rapidez agendamento 8,25 8,25 0,99 8,08 8,19 0,41 8,06 8,27 0,19 8,44 8,31 0,53 8,37 8,21 0,43 Facilidade de acesso 8,10 8,30 0,08 8,15 8,39 0,36 7,85 8,10 0,17 8,13 8,31 0,48 8,29 8,43 0,51 Disponibilidade de horários 8,15 8,16 0,91 7,87 8,13 0,24 7,89 8,21 0,07 8,36 8,15 0,21 8,40 8,17 0,29 Disponibilidade estacionamento 8,01 8,10 0,53 8,15 8,39 0,12 7,83 7,97 0,70 8,20 8,07 0,57 8,15 8,21 0,87 Aparencia profissionais serviço 8,02 7,99 0,87 6,79 7,25 0,31 8,55 8,30 0,29 7,78 8,07 0,41 8,65 8,42 0,25 Localização da clínica 7,94 7,71 0,12 7,38 7,67 0,31 7,89 7,37 0,08 8,04 7,70 0,20 8,31 8,19 0,70 Legenda: N > Não Experiente E > Experiente p > p-valor α = 0,05 Fonte: Pesquisa Comparação das Médias de Desempenho Percebido A Tabela 8 apresenta as médias dos valores percebidos de desempenho para cada clínica, apuradas segundo a experiencia dos grupos. Não são apresentados valores para uma avaliação geral, dado que o desempenho de um serviço é avaliado tão somente por aqueles efetivamente usaram o serviço. Na clínica A não houve divergências; os p-valores para todos os atributos foram superiores ao α = 0,05. A clínica B foi o locus onde houve o maior número de divergências. Dos 23 atributos pesquisados, oito (8) apresentaram divergências, p-valores inferiores a 0,05. Os atributos higiene e limpeza ambiente/equipamentos, vestiários/banheiros limpos, conforto/agradabidade dos ambientes, adequada disponibilidade de equipamentos, cumprimento da hora marcada, facilidade de acesso, disponibilidade de estacionamento e localização da clínica. Faz-se notar que, em todos eles, nominalmente, a avaliação do grupo de pacientes experientes foi mais rigorosa que a do grupo de não experientes. Ademais, nenhum deles está vinculado às dimensões de segurança e de empatia, nem especificamente à relação fisioterapeuta-paciente. A clínica C apresentou uma única divergência com o atributo localização da clínica. Duas divergências nas médias de respostas dos pacintes da clínica D: cumprimento da hora marcada e facilidade/rapidez do agendamento. Também, nessas duas últimas clínicas, nenhum dos atributos está vinculado às dimensões de segurança e de empatia, nem especificamente à relação fisioterapeuta-paciente. Os resultados não confirmam na sua totalidade a hipótese, H3, que há diferenças na percepção do desempenho médio entre pacientes experientes e não experientes de um mesmo serviço de fisioterapia. Embora na maioria dos atributos as diferenças de percepção não sejam estatisticamente relevantes, há de se notar que, nominalmente, os grupos experientes foram mais rigorosos na avaliação de desempenho; os valores médios atribuídos pelos grupos experientes foram inferiores aos dos não experientes em 84% das comparações (Tabela 8). Tabela 8 – Teste T para diferença entre médias de desempenho de pacientes experientes e não experientes. Clínica A Clínica B Clínica C Clínica D Atributos N E p N E p N E p N E p Segurança/conhecimento fisioterap 8,18 8,48 0,29 9,19 9,03 0,50 8,53 8,48 0,88 8,60 8,60 0,97 Atenção/cordial/presteza fisioterap 7,82 8,13 0,23 9,13 9,03 0,58 8,69 8,46 0,44 8,63 8,30 0,15 Clareza na comunicação fisioterap 8,00 7,86 0,57 9,11 9,16 0,79 8,51 8,48 0,92 8,79 8,40 0,09 Higiene e limpeza ambiente/equip 6,74 6,72 0,95 7,83 6,84 0,01 7,98 7,79 0,56 7,81 7,40 0,21 Instruções pelo fisioterap para casa 7,26 6,78 0,19 9,21 8,81 0,06 8,11 8,28 0,65 8,67 8,47 0,35 Explicações fisioterap tratamento 7,49 7,61 0,71 9,23 9,24 0,95 8,31 8,34 0,92 8,65 8,28 0,13 13/16 ANAIS Disponib do fisioterapeuta em ouvir 7,31 7,47 Vestiários e banheiros limpos 6,64 6,66 Atenção/cordial/presteza apoio 7,49 7,95 Avaliação antes do tratamento 6,44 6,77 Conforto e agradab dos ambientes 6,44 6,28 Aparencia/conserva equipamentos 6,74 6,36 Adequada disp de equipamentos 6,15 5,83 Cumprimento da hora marcada 7,13 6,66 Organização da recepção 7,15 6,88 Disponib de boxes/salas adequadas 6,18 5,88 Facilidade/rapidez do agendamento 7,18 6,77 Facilidade de acesso 6,62 6,31 Disponibilidade de horários 6,97 6,55 Disponibilidade de estacionamento 2,85 2,63 Aparencia profissionais do serviço 7,46 7,56 Localização da clínica 6,74 5,95 Impressão geral do serviço 7,33 7,28 Legenda: N > Não Experiente E > Experiente 0,63 9,15 0,97 8,04 0,10 8,60 0,37 8,21 0,70 7,32 0,29 8,25 0,39 8,15 0,14 8,66 0,37 8,40 0,41 7,79 0,15 8,04 0,35 7,51 0,16 7,87 0,62 6,83 0,74 8,42 0,05 7,68 0,83 8,30 p > p-valor 8,98 0,42 6,86 0,00 8,41 0,26 8,38 0,26 6,33 0,00 7,92 0,10 7,29 0,00 8,05 0,01 8,11 0,06 7,44 0,07 7,98 0,69 6,78 0,00 8,03 0,29 5,83 0,00 8,25 0,40 7,06 0,02 8,08 0,09 α = 0,05 8,42 7,73 8,42 8,16 7,87 7,56 7,73 7,78 7,76 7,51 7,64 7,62 7,55 5,40 8,16 7,87 8,18 8,06 7,58 8,15 8,12 7,46 7,34 7,34 7,33 7,45 6,84 7,16 7,07 7,24 4,54 7,87 7,06 7,78 0,33 0,67 0,26 0,89 0,23 0,54 0,28 0,20 0,33 0,07 0,19 0,10 0,35 0,07 0,29 0,04 0,11 8,67 8,26 0,10 7,79 7,38 0,15 8,23 7,87 0,14 8,37 8,19 0,38 7,46 6,87 0,11 7,62 7,17 0,24 7,29 6,79 0,15 7,44 6,62 0,03 7,27 6,85 0,30 6,92 6,77 0,58 7,33 6,55 0,02 6,94 6,60 0,33 7,29 6,64 0,06 3,98 3,19 0,06 8,04 7,66 0,17 7,15 6,47 0,09 8,17 7,85 0,09 Fonte: Pesquisa CONCLUSÕES Estudos empíricos envolvendo instrumentos e metodologias de gestão ajudam a fortalecer sua base de aplicação. Embora tomadas com rigor, as avaliações não confirmam as hipóteses estabelecidas nesta investigação com base nos trabalhos de Hill e Kichen (2007a), (2007b). Através dos testes estatísticos de Spearman e T-Student, as hipóteses que pacientes crônicos tenham prioridades diferentes em relação aos atributos, tenham expectativas mais elevadas e avaliem o serviço de fisioterapia com mais rigor não se confirmaram. A gestão da qualidade em serviços lida com processos de avaliação com uma elevada carga de subjetividade. A apreciação de variáveis presentes nos encontros de serviço requer instrumentos de mensuração que tenham a capacidade de medir percepções e expectativas, ambas derivadas de processos mentais complexos que variam de indivíduo a indivíduo. Há um importante diferencial na definição do que é agudo/crônico nos estudos de Hill e Kichen e nesta investigação. Nos estudos de Hill e Kichen as condições de agudo/crônico foram definidas por avaliação clínica, aqui, por séries de repetições das sessões de fisioterapia. No entanto, o critério temporal, respaldado por estudos sobre cronicidade na área de saúde, é admissível. Duas séries de 10 sessões anteriores – considerando a mesma enfermidade – lança um intervalo de pelo menos 10 semanas, tempo mínimo na transformação de uma enfermidade para a condição crônica. Na concepção de Zeithaml, Berry e Parasuraman (1993), existe uma relação positiva entre os níveis de experiências anteriores com um serviço e os níveis desejados e previstos presente nas expectativas desses usuários. É possível que duas séries anteriores de sessões de fisioterapia não sejam suficientes para modificar sensivelmente as expectativas dos pacientes. Embora não tenham valor estatístico, as médias nominais dos 4 grupos experientes, nas 23 avaliações por atributo (4 clínicas x 23 atributos), foram mais rigorosas (menores) em 84% dos casos que aquelas atribuídas pelos não experientes. A definição do grau de experiência medido pelo número de séries anteriores no tratamento fisioterápico pode se constituir um limitador nas comparações com outros estudos que tomem os estados agudo-crônico por avaliações médicas. Novos estudos empíricos e novas avaliações podem revelar outras importantes conexões associadas aos estados de experiencia anteriores do serviço. 14/16 ANAIS REFERÊNCIAS ANDREWS, James R.; HARRELSON, Gary L.; WILK, Kevin E. Reabilitação física das lesões desportivas. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. ARROYO, Cristiane Sonia; OLIVEIRA, Sonia Valter Valle Borges de. Qualidade de serviços de assistência à saúde: o tempo de atendimento da consulta médica. In: EnANPAD, 31., 2007, Rio de Janeiro. Anais... 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