Tantos lugares... Tantas pessoas Ana Luísa Lins Pós-graduanda lato sensu em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Pós-graduada lato sensu em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Formada em Língua e Literatura Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Formada em Língua e Literatura Francesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Assessoria editorial na produção de livros didáticos na área de Ciências Humanas. Coordenação editorial de coleções de obras didáticas para o Ensino Fundamental. Manual do Professor 2 GEOGRAFIA 1ª. edição – São Paulo – 2011 ães Magalh Sônia 2o. ano essoas P s a t an res... T s Luga s, 2011 o t n a T Lin afia Geogr t © Ana Luísa dos à P a h v r ig e r s y p ulo – S re Co eitos São Pa ir – d ) s ta o is Todos (Bela V D S.A. RA FT Barbosa, 156 – ) 3598-6000 390-970 EDITO i 1 u 1 R l: 01 Rua osta (0-XX Matriz: 26-010 – Tel. Caixa P EP da 3 C 1 0 – P 9 CE 514 .br> ostal 6 Caixa P <www.ftd.com ftd.com.br @ t: is e ia rn c o te .s In iencias c : il a E-m a capa ngular; Fotos d arcos Rosa/A no ami: M Photo; Escola s; Yanom e k g o c a ã to ç m S a rel theri Habit sai: Co lamy/O lher Ma ier Asselin/A ihaly itorial u d M e a o r v n li l: O Direto se Vespasia Konry M Senega Favela: Sapien ra e capa a m il S de arte Mariano a r r o o it it d d E E ntos Lima dos Sa – abiano Débora F rafia nte Iconog ores ira assiste d a Editor Campos Olive is Pesqu anuel Brou m ro o E d ã o n ç g a Le Die produ tto e d alaria P s e ent Letícia la Iazze u a Assist P uisa a e pesq es e An l tente d ota ia r is Lilia Pir s o s it A d M ente e Cristina doval Assist ica eb San s s a C eletrôn Claudia ração ção o s ia it v e d r ó E o g a ad s Se Diagram Santos Prepar bleviciu ilva cila Vru S u L a d e im Valmir Dib Jard rafia ras Geuid Cartog z Reviso s e a rg o B ia Son V Bárbara ibeiro s R imagen in, a e n l d Julia ento ch itoria s d m e ra ta a o ra M ã T roduç Pithan ti, p la e e d b a r ios Ana Is enado l Rache es andro R Coord Eziquie ch Caio Le ias San o eira D gráfic ma séias de Oliv O o t ia a je o M u a Pr n a id s c A re pa fica Augusto projeto Vânia A ão grá ldo Carlos produç nham o randão, Isva no a e e c p d s m a e o t eren s Dam úcia B que ac L G re , a s a o e ir õ S e ç s ldo Teix arco Ilustra Regina ães, M lisabeth ira odoy, E Sônia Magalh , Teresa Silve G e d o, ad Camila Cançad riangela Hadd a M , e rm ) Guilhe ção (CIP Publica ção na ataloga , SP, Brasil) C e d ivro cionais ira do L Interna Brasile Dados (Câmara ssoas, ntas pe , 2011. ares... ta ão Paulo : FTD a Luísa g n A lu , s s to in n L S ta – . a fi d e ra . –1 Geog a Lins. Ana Luís 2o. ano / ição Nova ed a (aluno) fi Bibliogra 5-322-7883-8 rofessor) -8 (p 8 ISBN 97 2-7884-5 ítulo. 8-85-32 tal) I. T ISBN 97 ndamen u F o in s rafia (En 1. Geog 2.891 CDD-37 9 o: temátic logo sis tá a c 7 ra 3 2.891 pa mental Índices o funda in s n E : fia . Geogra 11-0340 1 A autora Sônia Maga lhães Você já parou para pen sar nos lugares que conhece desde que nasceu ? A sua rua, o bairro onde ela está localizada, a sua escola são alguns desses lugares. E você já parou para pen sar por que os lugares são como são? É só você pensar na sua casa e na sua escola , por exemplo: são dois lugares divididos e organ izados de maneiras diferentes, não é verdade? Mas, além dessas diferenças, há outras entr e esses lugares e outros lugares que você conhece. Os lugares, assim como as pessoas, têm cada um o seu jeito de se r, a sua história... Cada casa, cada rua, cad a bairro conta muito sobre o jeito de ser, de tr abalhar, de viver, de ver o mundo das pessoas que moram nesses lugares. Para descobrir, é só você olhar ao seu redor com curiosidade, co m vontade de aprender. SumárioSumárioSumárioSumárioSumárioSumário 1 O que você vê que não se mostra? Descobrindo uma paisagem 9 Observando uma paisagem 8 10 2 Uma casa para viver11 Pessoas diferentes, as mesmas necessidades A casa onde eu moro 12 3 Cada coisa no seu lugar 15 A casa por dentro 16 Por dentro da casa 17 4 Outras casas... 18 Outros lugares, outras pessoas Comparando as casas 19 20 5 Chão, parede, teto – todas as casas têm 23 Algumas coisas sobre o texto Com que materiais construir as casas? Ilustrações de Sônia Magalhães 6 A escola – outro tipo de organização 25 A escola por dentro 26 Por dentro da escola 26 21 24 12 SumárioSumárioSumárioSumárioSumárioSumário 7 Onde você está? 29 30 Onde eu estou na classe... Depende da posição de quem observa Observando e anotando 8 A localização no papel 9 31 31 34 Observando e anotando 35 Como é que eu chego lá? 39 Esquerda, direita – depende da direção Um passeio pela escola 41 10 A rua e o bairro no mapa 45 Observando um mapa 46 O que é o mapa 47 A rua e o mapa 48 11 Um ponto de referência para todos O Sol como referência 52 A Terra se movimenta 53 Observando o Sol 40 51 54 Ilustrações de Sônia Magalhães o SumárioSumárioSumárioSumárioSumárioSumário 12 O mundo da rua 56 57 A organização da rua 58 Entrando no mundo da rua 60 13 O chão em que pisamos 61 Como é o solo? 62 A natureza nas paisagens Explorando o solo 62 64 14 O que se mostra, o que se esconde 66 Por dentro e por fora da rua 67 15 Água, ninguém vive sem ela 70 Água limpa ou água suja? 72 16 De tudo resta um pouco Para onde vai o lixo 73 Buscando soluções para o lixo 74 17 Tantas pessoas, tantas necessidades... A cidade tem governo Cada um faz a sua parte Ilustrações de Sônia Magalhães A cara da rua 81 79 80 78 SumárioSumárioSumárioSumárioSumárioSumário 82 18 Então, está combinado? 83 Cada lugar com suas regras 85 Por dentro dos símbolos 86 Por dentro das regras 19 O mundo do trabalho 87 Trabalhos e profissões 88 Por dentro do trabalho 89 92 20 O trabalho de transformação da natureza 93 As cidades e as matas Mudar para quê? 95 21 Tempo de mudança 96 99 Mudança em cima de mudança Dia de mudança 22 Cada um no seu lugar 100 104 Pessoas e paisagens diferentes Glossário Bibliografia 109 110 112 Ilustrações de Sônia Magalhães o 1 Lúcia Brandão Professor(a): leia o texto para os alunos e peça-lhes que acompanhem no livro. Pergunte aos alunos o que entendem da primeira frase do texto, “o meu olhar é nítido como um girassol”; uma explicação é que o poeta quer dizer que vê tão claramente como o girassol. Nas três questões propostas abaixo, pretende-se que o aluno perceba que o poeta, ao andar pelas estradas, olha para O que você vê que não se mostra? diferentes lados, como faz o girassol acompanhando o Sol no céu, daí ele ter comparado o seu olhar ao do girassol, e que a cada vez vê coisas diferentes. Veja, na parte III do caderno de Orientações para o Professor, no final deste Manual, sugestões para o trabalho que se inicia nesta página. O meu olhar é nítido* como um girassol. Tenho o costume de andar pelas estradas Olhando para a direita e para a esquerda, E de vez em quando olhando para trás... E o que vejo a cada momento É aquilo que nunca antes eu tinha visto, [...] Fernando Pessoa. Obra poética. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1972. Você conhece o girassol? É uma flor que acompanha o Sol no céu. Às vezes essa flor vira para a direita, outras vezes para a esquerda ou para trás. Responda oralmente: 1) O que o poeta diz que faz ao andar pelas estradas? 2) Qual é a semelhança entre o poeta e o girassol? 3) O poeta vê sempre as mesmas coisas? 8 as palavras ou expressões assinaladas com asterisco encontram-se no Glossário no final do livro do aluno. Oriente os alunos a consultá-lo para solucionar possíveis dúvidas de vocabulário. As tarjas laterais que começam a aparecer nesta página indicam atividades a serem realizadas pelos alunos. PhotoDisc/Getty Images Lúcia Brandão Você conhece o Fernando Pessoa? É um poeta português que escrevia coisas muito bonitas. Um dos poemas dele diz assim: Professor(a): Descobrindo uma paisagem Ao andar por uma estrada, como o poeta, ou por uma rua, e olharmos ao nosso redor, podemos ver muitas coisas. Todas as coisas que podemos ver em um lugar formam a paisagem desse lugar. Os sons e cheiros que podemos perceber também formam uma paisagem. Para conhecer uma paisagem, podemos começar assim: • Observar o que vemos nela. • Perceber os cheiros e os sons. igreja casas vacas plantação supermercado escola postes de iluminação hospital cheiro de poluição rio montanha ponte viaduto sons de buzinas automóveis cheiro de mato jardins cantos de pássaros 9 mata Mariangela Haddad Muitas coisas podem formar as paisagens: 1) Junto com a professora ou o professor e os colegas de classe, faça assim: Cada um diz o nome de alguma coisa que forma a paisagem do lugar onde vocês moram. A professora vai anotar os nomes na lousa. Por exemplo: casas, cheiro de mar, barco, cavalos... Cada um escolhe um nome que ela anotou e faz um desenho. Embaixo do desenho, deve escrever o nome do que desenhou. Depois, colem os desenhos em um papel grande para fazer um mural. Todos vão poder ver os desenhos dos colegas no mural. 2) Agora, junto com a professora e os colegas de classe, coloque em ordem alfabética os nomes escritos na lousa. A professora vai ajudar vocês a fazer a atividade. Escreva os nomes em ordem alfabética no caderno. 3) Leia novamente as palavras do quadro da página 9. a zona rural será trabalhada em anos posteriores. Neste ano, Copie no caderno: Professor(a): em alguns momentos, estamos trabalhando o assunto nas atividades. • Os nomes de três coisas que formam a paisagem da igreja, viaduto, ponte, postes de iluminação, supermercado, hospital, automóveis, escola, cidade. Casas, cheiro de poluição, rio, sons de buzinas, jardins, canto de pássaros. • Os nomes de três coisas que formam a paisagem do Casas, igreja, ponte, vacas, plantação, automóveis, escola, cheiro de mato, rio, cantos de campo. pássaros, mata. Professor(a): leia para as crianças os enunciados das atividades. Solucione possíveis dúvidas. Oriente a classe na realização de cada atividade. Na atividade 2, relembre a ordem alfabética com os alunos. Solicite a participação da classe para colocar as palavras em ordem alfabética. Vá perguntando qual é a primeira palavra da lista e anote na lousa, e assim por diante, até que todas as palavras estejam organizadas em ordem alfabética. Nos casos dos grupos de palavras, diga para os alunos que devem observar a primeira palavra e depois as que se seguem. 10 Lúcia Brandão Observando uma paisagem Uma casa para viver Lúcia Brandão 2 Desde que nasceu, você convive com outras pessoas, em casa, na escola, no bairro onde mora ou em outros lugares da cidade. 1) Diga para os colegas de classe os nomes de duas pessoas com as quais você convive no dia a dia. 2) Pense nessas pessoas e conte para a classe: • Essas pessoas têm alguma semelhança? Qual? (Pode ser que tenham a cor dos olhos ou do cabelo parecida, a altura, que usem óculos, que gostem de uma mesma brincadeira ou uma mesma comida...) • Essas pessoas têm alguma diferença? Qual? • Alguma dessas pessoas é igual em tudo a outra pessoa que você conhece? Lúcia Bran dão • Será que existem duas pessoas exatamente iguais no mundo? Professor(a): aproveite a oportunidade para incentivar o respeito pelas diferenças. Faça as crianças perceberem que todas as pessoas são diferentes das outras em muitas coisas e devem ser respeitadas. Converse com a classe também sobre pessoas que discriminam outras por causa da casa onde moram, que é assunto desta unidade. 11 Pessoas diferentes, as mesmas necessidades Nenhuma pessoa é exatamente igual a outra, não é mesmo? Cada pessoa é única, é diferente de todas as outras pessoas. Mas, mesmo sendo diferentes, todas as pessoas têm algumas necessidades em comum. Todas as pessoas precisam de alimento, de água, de roupa, de uma casa para morar, não é verdade? Nas paisagens, sobretudo nas cidades, podemos ver muitas casas. A casa onde eu moro 1) A sua casa faz parte da paisagem do lugar onde aproveite a atividade para trabalhar noções de frente, atrás, direita, esquerda. A você mora. Professor(a): atividade introduz noção de ponto de vista (posição do observador em relação ao que observa). E como é a sua casa vista de fora? Em uma folha à parte, faça um desenho para mostrar. Para fazer o desenho, imagine-se do outro lado da rua, observando a frente da sua casa. 2) A professora vai organizar os desenhos de todos da classe em um varal. Observem os desenhos e comparem as casas. Sônia Magalhães • Todos da classe moram no mesmo tipo de casa? Edifício de apartamentos Sobrado Casa térrea 12 • Todas as casas são do mesmo tamanho? • Todas as casas têm as paredes da mesma cor? 3) Três amigos moram na mesma rua. Cada um deles mora em uma casa de um tipo diferente da outra. Elisabeth Teixeira Os amigos são: Marco Cecília Alexandre Lúcia Brandão As casas em que eles moram são estas: Leia as frases e descubra em que tipo de casa cada um mora. • A casa da Cecília não é amarela. • O Marco não usa o elevador para chegar em casa. • A casa do Alexandre é a que fica mais no alto. No caderno, escreva o nome de cada criança e, ao lado, o nome do tipo de casa onde ela mora. Marco – casa térrea; Alexandre – edifício; Cecília – sobrado. 13 Professor(a): as atividades 3 e 4 introduzem algumas diferenças que podem existir entre as casas (tipos; materiais de construção). Na atividade 4, a ideia é levar o aluno a perceber que as diferentes condições de vida das pessoas aparecem 4) Observe estas casas mostradas nas fotos. expressas nas paisagens dos lugares. É um momento em que a leitura da paisagem vai além da identificação dos tipos de casas que se pode ver na paisagem de uma cidade. Você poderá perguntar à classe por que as pessoas que moram em casas diferentes vivem de maneiras diferentes, o que está diretamente relacionado às profissões, aos cargos que ocupam no Fábio Colombini 1 Guarulhos – São Paulo. (1998) e Paula – Rio São Francisco d (2000) Grande do Sul. Konry Mihaly trabalho, aos seus salários ou ganhos. Esta é uma oportunidade para, mais uma vez, incentivar o respeito pelas pessoas, independentemente de suas condições de vida, da casa em que moram, da maneira como se vestem, de suas preferências... 2 Bruno Alves/Reflexo São Paulo. (1998) São Paulo. (1998) Paulo Rossi/Angular Essas fotos foram organizadas em dois grupos. • Qual grupo mostra que as pessoas usam diferentes materiais para construir suas casas? Grupo 1. • Qual grupo mostra que as pessoas vivem de maneiras diferentes, algumas com bastante conforto e outras não? Grupo 2. 14 3 Cada coisa no seu lugar Observando as casas por fora, podemos descobrir muita coisa sobre as paisagens de uma cidade e sobre as pessoas que moram nela. Olhando uma casa por dentro, também dá para descobrir muita coisa. Lúcia Brandã o Observe o desenho. Ele mostra como pode ser uma casa por dentro. Responda oralmente: 1) Que tipo de casa aparece no desenho? Um sobrado. 2) Quantas divisões (quantas partes) essa casa tem? 3) Quais são dois móveis ou objetos que aparecem desenhados em cada divisão? 4) Para que são usados? 15 Quatro. A casa por dentro A casa é um espaço organizado para as pessoas morarem. Na casa, as pessoas realizam uma série de atividades: • Preparam as suas refeições. • Fazem a higiene do corpo. • Recebem os familiares, os vizinhos, os amigos... • Guardam os seus objetos de uso diário, as suas recordações... As casas em que as pessoas moram costumam ser divididas em partes chamadas cômodos. Em cada cômodo, elas costumam realizar algumas das suas atividades do dia a dia. Elisabeth Teixeira Camila de Godoy A cozinha, o quarto, a sala, o banheiro são alguns cômodos que uma casa pode ter. 16 Por dentro da casa 1) Responda no caderno: Professor(a): converse com os alunos sobre limites. Faça-os perceber que as paredes são limites evidentes que costumam separar os cômodos de uma casa ou as dependências de uma escola. Podem ser realizadas diferentes atividades para trabalhar a noção de limite, como o jogo da amarelinha ou outros. É uma maneira de introduzir um assunto referente à cartografia. O que costuma separar os cômodos das casas? 2) Em cada cômodo de uma casa, as pessoas costumam realizar diferentes atividades. Por isso, em cada cômodo, podemos encontrar diferentes objetos. Leia as palavras do quadro. Respostas da atividade 2: cozinha, preparar e fazer as refeições, fogão; sala, reunir-se com os familiares e os amigos, sofá; quarto, dormir, cama; banheiro, fazer a higiene do corpo, chuveiro. cozinha reunir-se com os familiares e os amigos fogão chuveiro preparar e fazer as refeições dormir sofá fazer a higiene do corpo sala cama quarto banheiro No caderno, escreva quatro grupos de palavras. Em cada grupo, deve aparecer: • O nome de um cômodo da casa. • Uma atividade que as pessoas costumam realizar nesse cômodo. • O nome de um objeto que pode ser encontrado nesse cômodo. 3) A sua casa tem um só cômodo ou mais de um cômodo? Faça um desenho para mostrar o cômodo da sua casa ou um dos cômodos que ela tem. Use uma folha à parte. Depois, sente-se com um colega e comparem os desenhos. 17 4 Professor(a): pergunte para a classe quem sabe alguma coisa sobre o deserto e as pessoas que moram nele e sobre os povos indígenas do Brasil antes da leitura do texto da página a seguir. Veja, na parte III do caderno de Orientações para o Professor, sugestões para o trabalho de leitura destas imagens e textos com informações sobre estes povos. Oriente os alunos a consultarem o Glossário no final do seu livro. Outras casas... Observando outras casas, que ficam em outros lugares e abrigam outras pessoas, também podemos descobrir muitas coisas. Bettmann/Corbis/Stock Photos Veja estas casas e as pessoas que vivem nelas. Marcos Rosa/Angular Habitantes* do deserto do Saara, na África. (1996) Interior de habitação* yanomami na Floresta Amazônica, no Brasil. (1996) 18 Outros lugares, outras pessoas... Os habitantes do deserto que aparecem na foto são os Tuaregues. As casas deles são todas iguais. Cada família mora em uma casa parecida com essa da foto, chamada de tenda. O teto e as paredes dessa casa são sustentados por paus enfiados no chão. Essas pessoas criam cabras, que se alimentam da vegetação* (das plantas) do deserto. O deserto é muito quente e lá quase não chove. E, quando chove, a chuva não cai sempre no mesmo lugar. Sem água, a vegetação não cresce. As famílias tuaregues, então, desmontam a sua casa e montam em outro lugar onde haja alimento para os Professor(a): faça uma leitura do mapa junto com a classe. Diga para os alunos que o mapa é um tipo de animais. representação que se faz para mostrar onde fica um lugar e como ele é visto de cima, do alto e de muito longe. Mais à frente, no livro, o assunto será abordado. Localize em um globo terrestre, com as crianças, o Brasil e a África. Informe a elas que o globo é uma representação da Terra em formato bem próximo ao que 120° O 90° O 60° O 30° O 0° 30° L 60° L 90° L 120° L 150° L 60° N E U R O PA A Trópico de Câncer É ÁSIA 30° N R I OCEANO PACÍFICO ÁFRICA C OCEANO PACÍFICO A Equador M Allmaps O Brasil e a África no Mundo 150° O Círculo Polar Ártico 0° BRASIL OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO Trópico de Capricórnio OCEANIA 30° S 0 2500 5000 1 cm = 2500 km Fonte: Atlas Geográfico Escolar. 4. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. ela possui (nosso planeta tem forma arredondada, como o globo). O globo também mostra onde ficam os países, algumas cidades, os oceanos e continentes. Mesmo que os alunos ainda não saibam como são construídos os mapas, veem mapas na televisão, na imprensa escrita. As noções de cartografia serão trabalhadas ao longo deste livro e de outros da coleção. Já os Yanomami têm lugar fixo de moradia. Em uma mesma casa, moram juntas várias famílias. A cobertura e as paredes da casa são feitas de um tipo de vegetação. Elas são sustentadas por troncos de árvores. 19 Comparando as casas 1) Junto com a professora ou o professor e os colegas de classe, comparem as casas dos Tuaregues, dos Yanomami e as de vocês. Na comparação, observem: • O material usado na construção das casas. • O interior das casas (se têm divisões ou não). • Se as casas abrigam uma só família ou mais de uma família. Faça um quadro como este no caderno para anotar as conclusões de vocês. Casa dos tuaregues Casa dos Yanomami Casas de vocês Material Interior Use o caderno Moradores 2) Compare as casas dos Tuaregues e dos Yanomami com as casas das fotos da página 14 que mostram que algumas pessoas vivem com muito conforto e outras não. Converse com a professora e os colegas de classe: Observando as casas, podemos dizer que entre os Tuaregues e os Yanomami também há pessoas que vivem com muito conforto e outras que vivem com pouco Professor(a): faça os alunos perceberem que as casas dessas pessoas são praticamente iguais, conforto? porque nessas sociedades o modo de viver das pessoas é bastante parecido, não há diferenças entre o modo de viver dos mais ricos e dos mais pobres, como acontece na nossa sociedade. O modo de viver de uma sociedade e as diferentes maneiras como as pessoas se relacionam aparecem expressos nas paisagens dos lugares onde moram, e é esta ideia que se trabalha nestas atividades, o que vai além de uma identificação do que forma as paisagens. 20 Professor(a): a troca de ideias permite que os alunos partilhem conhecimentos que já possuem, que se percebam participantes ativos do processo de aprendizagem, que se expressem oralmente, daí estar sendo frequentemente proposta no livro. Na biblioteca da escola ou na internet, se houver possibilidade, os alunos poderão ver imagens da Pré-história. O livro Os homens da Pré-história (de Marie-Pierre Perdrizet e Daniel Hénon, Editora Scipione, Coleção Respostas a pequenas curiosidades) traz, em texto simples e imagens, informações sobre esse período. Sobre a questão 3: incentive os alunos a perceber que, pela primeira frase do texto, é possível saber o assunto de que ele trata, as casas, que na continuidade o texto poderá falar de outros tipos de casas, já que ele inicia com as primeiras casas, as cavernas. Sobre a questão 4: o texto diz, no último parágrafo, que todas as casas têm paredes, chão e teto, daí o título. Você poderá 5 Chão, parede, teto – todas as casas têm O texto que você vai ler a seguir começa assim: Ivan Coutinho Alguns dos principais tipos de casas foram as cavernas*. aproveitar a oportunidade para uma brincadeira de roda com as crianças ou outra brincadeira qualquer, em que seja cantada a música A casa, letra de Vinicius de Moraes. Veja a letra da música na parte III das Orientações para o Professor. Como curiosidade, conte para as crianças que em lugares muito altos da Colômbia e da Bolívia não chove nunca, e há casas que são cobertas somente com panos coloridos; assim, as pessoas podem aproveitar melhor a luz do Sol (informação retirada da revista Ciência Hoje das Crianças, n. 17, SBPC). Conte para a professora e os colegas de classe: 1) Você sabia que as pessoas já moraram em cavernas? 2) Você sabe alguma coisa sobre a vida das pessoas na época em que moravam em cavernas? 3) Pela primeira frase, dá para descobrir o assunto do texto que você vai ler? Qual pode ser o assunto? 4) Será que existe alguma casa sem chão, sem parede ou sem teto? O que diz o título que está no alto da página? 21 Professor(a): peça aos alunos que comparem a organização deste texto com a da poesia da página 8. Comente com eles que este é um texto informativo, que tem o objetivo principal de fornecer informações ao leitor e que esta é uma característica das enciclopédias. Chame a atenção da classe para as referências, em que se diz a fonte de onde o texto foi retirado. Peça para os alunos consultarem o Glossário no final do seu livro. Lúcia Brandão Uma pequena história das casas Alguns dos principais tipos de casas foram as cavernas. Tinham paredes e protegiam contra os ventos fortes e animais predatórios. Tinham tetos que não deixavam passar a chuva fria. E tinham chão para sentar-se ou enrolar-se e dormir. Com o tempo, as pessoas aprenderam a construir casas que lhes servissem melhor. Usavam quaisquer materiais que estivessem à mão. Em lugares secos, as casas eram feitas de barro ou argila*. Onde havia muita madeira, construíram-se casas de troncos*. Em planícies herbáceas, construíram-se casas de capim seco. Nos outros lugares, as pessoas aprenderam a usar lama e barro para consolidar as pedras e fazer paredes. Hoje em dia, muitas pessoas ainda vivem em casas feitas de barro, capim seco ou troncos. Outras moram em tendas, ou em casas de tijolos, cimento armado* e aço. Mas não importa* onde vivamos, ou o tipo de casa em que moremos, nossas casas são ainda como aquelas primeiras cavernas. Têm paredes, teto e chão para proteger-nos da chuva e da neve, ou do sol quente ou do vento. E são nossos abrigos quando dormimos. Encyclopaedia Britannica do Brasil. O mundo da criança. Gente de todo o mundo. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil, 1995. v.11. 22 Algumas coisas sobre o texto No texto aparecem estes conjuntos de palavras, que têm este significado: Animais predatórios são aqueles que caçam outros animais para se alimentar. Na época em que as pessoas viviam em cavernas, os ursos, os leões e os lobos matavam as pessoas para se alimentar. Casas que lhes servissem melhor quer dizer casas mais confortáveis, melhores para morar. Planícies herbáceas são terrenos mais planos em que crescem plantas como o capim. Usar lama e barro para consolidar as pedras quer dizer usar lama e barro para grudar as pedras umas nas outras. Hoje em dia, emprega-se o cimento. O texto que você leu é formado de três parágrafos. O parágrafo é cada parte de um texto. A primeira palavra do parágrafo inicia com letra maiúscula. A primeira linha do parágrafo começa mais para dentro. 23 Com que materiais construir as casas? 1) No caderno, copie do segundo parágrafo os nomes de dois materiais usados na construção das casas. Os materiais citados são: barro, argila, troncos, capim seco, lama, pedras. 2) Qual destas frases está de acordo com o que diz o Professor(a): leia cada frase e pergunte à segundo parágrafo? Copie no caderno. classe se ela está de acordo com o texto. Esta é uma forma de verificar se os alunos compreenderam o texto lido. Eles deverão copiar somente a última frase. • As pessoas sempre souberam construir casas. • Nos lugares onde havia muitas árvores, as pessoas construíam casas de capim seco. • Em outros lugares, as pessoas usavam lama para fazer as paredes. • O barro, os troncos de árvores, o capim seco, as pedras são alguns materiais que as pessoas usavam para construir suas casas. 3) Estes são alguns materiais que as pessoas podem usar na construção das suas casas: Professor(a): a intenção da atividade é fazer os alunos perceberem que, em tudo o que as pessoas fazem, usam materiais da natureza, transformados ou não. O tijolo pode ser feito de barro, que é transformado na indústria para virar tijolo; o cimento é retirado de minas e transformado na indústria. barro – cimento – tijolo – capim seco Dois desses materiais são usados como as pessoas encontram na natureza. Dois desses materiais sofrem transformação antes de serem usados. Copie os nomes dos materiais no caderno, separando-os nesses dois grupos. 4) Conte para os colegas de classe: Você gostou do texto Uma pequena história das casas? Por quê? O texto conta alguma coisa que você ainda não Professor(a): esta é uma oportunidade de os alunos se expressarem oralmente, de darem sua opinião e justificarem. É também uma oportunidade para incentivar o respeito pelas sabia? O quê? adiferentes opiniões das pessoas, saber ouvir e esperar a vez de falar. 24 A escola também é uma casa. Mas não é uma moradia, como é a casa em que as pessoas moram. É uma casa em que as pessoas estudam e trabalham. Lúcia Brandão 6 A escola – outro tipo de organização E como será a casa em que fica a sua escola? Faça um desenho em uma folha à parte para mostrar a sua escola vista de fora e de frente. Depois, converse com os colegas de classe sobre estas questões: 1) Qual é uma atividade que as pessoas fazem em sua moradia e que também pode ser feita na escola? Cozinhar, por exemplo. 2) Quais são duas atividades que as pessoas realizam na escola, mas não realizam em sua moradia? Dar aula, fazer a matrícula dos alunos, contratar professores são alguns exemplos. 3) Qual é uma divisão da escola que também existe em uma moradia? O banheiro e a cozinha, por exemplo. Teresa Silveira 4) Qual é uma divisão da escola que não existe em uma moradia? A sala de aula, a diretoria, a sala dos professores, a secretaria são alguns exemplos. 25 A escola por dentro A escola é um espaço organizado para as pessoas estudarem e trabalharem. A casa da escola costuma ser dividida em partes chamadas dependências. A sala de aula, a secretaria, a diretoria, a cozinha, o banheiro são algumas dependências que uma escola pode ter. Por dentro da escola Faça as atividades no caderno: 1) Desenhe um móvel e um objeto que há na sua sala de aula. 2) Estas são algumas dependências que podem existir em uma escola: sala de aula pátio banheiro cozinha sala dos professores diretoria secretaria quadra de esportes biblioteca sala de leitura Copie no caderno os nomes das dependências que existem na sua escola. 3) Anote o nome da sua professora e de outro profissional que trabalhe na sua escola. 4) Escreva quais são duas atividades que a sua professora realiza na escola. 26 Olivier Asselin/Alamy/Otherimages 5) Observe as fotos com atenção. 1 Escola na Aldeia Kabiline, no Senegal. (2007) 3 2 a Scott B rbour/G etty Im ages Margo Silver/Getty Images Escola a. glaterr (2003) em L , na In ondres Professor(a): faça os alunos compararem os materiais usados na construção das escolas que aparecem nas fotos, as carteiras e como estão organizadas, o modo de se vestir das pessoas, que revela diferentes culturas. Escola em Agra, na Índia. (2005) 27 Junto com o professor ou a professora e os colegas de classe, compare as classes das fotos e responda oralmente a estas questões. a) Qual dessas salas de aula é mais parecida com aquela em que vocês estudam? Por que é mais parecida? A foto 2 mostra uma sala de aula que mais se aproxima das salas de aula em que estuda boa parte dos alunos. b) Alguma dessas salas de aula não fica na cidade? Qual delas? A escola da foto 1. Trata-se de escola da zona rural do Senegal. c) Vocês já viram neste livro alguma casa parecida com a escola da foto 1? Procurem no livro e encontrem uma semelhança entre A casa dos Yanomami, que aparece na página 18, também é feita de a cobertura é sustentada por paus enfiados no chão; o chão a casa e essa escola. vegetação; é de terra. d) Quais alunos e professores usam roupas mais parecidas com as de vocês? Para responder, digam o número da foto. Na foto 2, as pessoas vestem-se de maneira mais parecida com a de parte dos alunos. e) Em qual foto o fotógrafo se colocou na frente da sala de aula para fazer a fotografia? Como você sabe? Foto 1. Dá para saber porque os alunos aparecem de frente na foto. f) E em qual foto o fotógrafo se colocou atrás da sala de aula? Como você sabe? Foto 3. Os alunos aparecem de costas na foto. g) Onde você acha que podia estar o fotógrafo que tirou a foto 2? A foto sugere que se colocou na lateral da sala de aula. h) Em qual foto dá para ver melhor o rosto das pessoas? Foto 1. i) Você acha que o fotógrafo estava mais perto ou mais longe das pessoas ao tirar a foto? Estava mais perto. Professor(a): comente com os alunos que as fotos mostram pessoas que vivem de maneiras diferentes, o que podemos perceber pelo modo de se vestir, pelo corte e penteado do cabelo, pelo tipo de construção da escola. Nas questões e a i, aproveitamos para trabalhar novamente a noção de ponto de vista, diretamente relacionada à cartografia, que será retomada mais adiante no livro. Também a ideia de que diferentes sociedades vivem de diferentes maneiras e se relacionam de diferentes maneiras com a natureza será retomada mais adiante. Desta maneira, o aluno poderá, aos poucos, ir percebendo que as diferentes paisagens expressam, entre outras coisas, os diferentes modos de viver das pessoas. 28 7 Onde você está? Lúcia Brandão No dia a dia, é muito comum uma pessoa perguntar para outra: Onde você está? A resposta pode ser: • Estou em casa. • Estou na rua. • Estou na escola. Mas e se uma pessoa perguntar a você em que lugar da sala de aula você está, se ela quiser saber onde fica a sua carteira, que informações você poderá dar a essa pessoa? Converse sobre o assunto com a professora e os colegas de classe. E se a pessoa perguntar a uma destas crianças em que lugar da sala de aula fica a carteira delas, o que as crianças poderão responder? Professor(a): algumas respostas possíveis que os alunos poderão dar à questão: fica mais na frente ou mais no fundo; fica à direita ou à esquerda de quem se posiciona de frente para a sala; é a primeira ou segunda carteira da frente para trás etc. Olivier Asselin/Alamy/Otherimages Depois, pensem juntos e respondam: Escola na Aldeia Kabiline, no Senegal. (2007) 29 Marcos Guilherme Onde eu estou na classe... Para a pessoa ter ideia do lugar da classe onde está a sua carteira, você poderá dizer se ela fica mais na frente ou mais no fundo da sala de aula, por exemplo. Mas só essa informação não é suficiente para a pessoa saber exatamente a localização da sua carteira. Você também poderá dizer para ela: • em que fileira você se senta; • que lugar você ocupa na sua fileira (se é o primeiro, o segundo, o terceiro...); • quem se senta à sua direita, à sua esquerda, na sua frente ou atrás de você. Lúcia Brandão Você ainda poderá dizer para a pessoa se a sua carteira fica mais perto da porta ou mais longe da lousa, por exemplo. 30 Depende da posição de quem observa Mesmo assim, a pessoa pode querer saber mais coisas. Por exemplo: se você disser para ela que se senta na terceira fileira, ela poderá querer saber se é a terceira fileira contando a partir da primeira fileira à esquerda ou à direita de quem olha as carteiras de frente, não é mesmo? Você pode estar pensando: “Ah! Mas faz diferença?”. Vamos descobrir? Observando e anotando Anote as respostas no caderno. 1) Quando você e os seus colegas estão sentados na carteira, de frente para a lousa, qual é o nome de quem senta: • à sua direita? • na sua frente? • à sua esquerda? • atrás de você? 2) Se somente você ficar de pé, de costas para a lousa, e os seus colegas permanecerem sentados, cada um em seu lugar, quem estará sentado: • à sua direita? • na sua frente? • à sua esquerda? • atrás de você? 3) Compare as respostas e responda: • Quando você fica de frente ou de costas para a lousa, a pessoa que está à sua direita ou à sua esquerda é faça os alunos perceberem que esquerda/direita depende da posição sempre a mesma? Professor(a): de quem observa. A ideia será retomada adiante no livro. • A posição da pessoa faz diferença para dizer o que a alguns alunos que leiam as respostas que está à direita ou à esquerda dela? Peça escreveram nas questões 1 e 2. Faça-os perceber que 31 uma pessoa pode estar à esquerda de outra pessoa e, ao mesmo tempo, à direita de outra.