Uma perspectiva “tridimensional”- A experiência na CMB
Ana Cristina Amaro - Médica do Trabalho
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Regresso ao Trabalho após uma Doença ou
um Acidente;
Gestão das questões administrativas
relacionadas com os Acidentes de Trabalho;
Prevenção dos Riscos para a Saúde;
Melhoria das condições gerais de Trabalho no
sentido da promoção da Saúde.
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Trabalhador
Entidade Empregadora
Médico do Trabalho
O Trabalho afecta a Saúde e, de muitas maneiras, a Saúde pode afectar o
Trabalho.
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Entidade Empregadora
As chefias precisam de suporte para gerir a produtividade, atribuir tarefas
adequadas – trabalhos moderados – e favorecer a comunicação adequada
entre todos os intervenientes;
Os colegas devem ser informados das atitudes correctas a ter com aquele
que regressa ao trabalho;
Devem incentivar-se as pessoas que regressam ao trabalho a comunicar
abertamente as suas dúvidas e expectativas quanto a essa nova situação.
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Entidade Empregadora
A estrutura organizacional da empresa, incluindo a sua cultura e
filosofia de gestão, influenciam os resultados em termos de Regresso
ao Trabalho;
Se o Trabalhador crê que a Entidade Empregadora não valoriza
o seu Regresso ao Trabalho, sentir-se-á menos motivado para voltar;
Os Trabalhadores que necessitam de adaptações no local de trabalho
ou das suas tarefas, sentem-se frequentemente tratados de forma
negativa pela Entidade Empregadora.
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Entidade empregadora
A atribuição de tarefas aos Trabalhadores que apresentam restrições,
tem que ter em conta as necessidades dos individuos e a sua
integração nos procedimentos e políticas dos locais de Trabalho, bem
como as necessidades das chefias, dos colegas e a produtividade.
A opção ideal na gestão dos Trabalhos Melhorados, envolve
a implementação de alterações técnicas no local de Trabalho,
mudanças nas tarefas, nas rotinas e nos horários.
No entanto, ter alguém no local de Trabalho com restrições, afecta as
chefias, os colegas e os serviços de gestão de pessoal e está para além
das simples alterações formais.
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Trabalhador
Muitos factores têm influência no tempo de ausência do Trabalho
não estando só relacionados com o tipo de Trabalho ou a situação
social de cada um.
As ideias que o Trabalhador tem ácerca do seu Regresso ao Trabalho,
são o melhor indicador ácerca de quando e como será esse Regresso.
Foram identificados alguns factores de “risco” e que se prendem com
` “Crenças” ácerca do futuro;
` Estratégias individuais de lidar com os problemas;
` Tempo de ausência do Trabalho.
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Trabalhador
As expectativas afectam a recuperação e a capacidade de retomar o
Trabalho habitual.
Existem muitas falsas ideias ácerca das afecções musculo
esqueléticas, nomeadamente de que a actividade é nociva; no entanto,
na maioria dos casos, quanto mais rápido o Regresso ás actividades
normais, mais rápida é a recuperação.
Os Trabalhadores evitam a actividade se acreditarem que esta lhes vai
ser prejudicial.
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Trabalhador
Quando um Acidente de Trabalho ou uma Doença Natural implicam
uma ausência ao serviço, é preciso ter em conta que o tempo de
“baixa” vai influenciar a recuperação;
Para o doente, a sua familia ou o seu Médico Assistente pode parece
natural “esquecer o Trabalho e focar a atenção e a energia na
convalescença” mas assim como um atleta continua a treinar mesmo
quando recupera de uma lesão, também o foco deve ser no Regresso
mais precoce ao Trabalho.
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Médico do Trabalho
“... a ausência do trabalho de longa duração é um dos maiores riscos
da nossa sociedade. É mais perigosa que as mais perigosas actividades
na Indústria da Construção Civil ou das Plataformas do Mar do Norte e,
muitas vezes, não só falhamos ao não proteger os nossos doentes das
ausências prolongadas, como somos os próprios a empurrá-los,
involuntariamente, para essa situação!” Professor Gordon Waddell.
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Médico do Trabalho
No ano de 2008, num total de 440 Exames Médicos realizados pela
Medicina do Trabalho na C.M.B.:
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98 Ocasionais
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277 Periódicos
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50 de Selecção
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15 Admissões
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90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1º
Trimestre
Ocasionais
Periódicos
Admissões
3º
Trimestre
Movimento de Consultas de Medicina do Trabalho, por tipo, em 2008
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Médico do Trabalho
Gerir o Regresso ao Trabalho é dificil!
No entanto, a mensagem deve ser clara:
` A saúde do Trabalhador é prejudicada pela ausência prolongada;
` A actividade é parte integrante de uma reabilitação conseguida;
` As pessoas sentem-se melhor quando retornam a um ambiente de
Trabalho positivo e que lhes oferece apoio;
` A Entidade Empregadora deve proporcionar a formação das suas
chefias, na temática do Regresso ao Trabalho;
` Trabalhadores com limitações têm performances deficientes e
precisam de mais apoio, conselhos e ajuda.
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Médico do Trabalho
Os Médicos do Trabalho e os vários profissionais de saúde, podem
influenciar o sistema, fazendo passar mensagens claras:
` As questões devem ser abertamente discutidas entre o Trabalhador
e as chefias;
` As recomendações dos profissionais de saúde devem ajudar o
Trabalhador em conjunto com a Entidade Empregadora, a procurar
as soluções adequadas á solução do seu problema;
` As patologias ou suas sequelas devem ser explicadas ao
Trabalhador bem como o impacto das mesmas nas tarefas a
executar
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Entidade Empregadora, Trabalhador, Médico
do Trabalho
A solução nem sempre é evidente;
Médicos, Trabalhadores e Empregadores têm ideias diferentes acerca da
melhor solução para o problema;
O objectivo final é o de alcançar a melhor solução para cada caso especifico,
respondendo com rapidez e agindo com clareza de modo a reduzir o tempo
de ausência e melhorando o Regresso ao Trabalho.
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Referências Bibliográficas
Lesões Músculo-Esqueléticas e Trabalho – Alguns Métodos de Avaliação do Risco , Florentino Serranheira, Sousa Uva, M. Fátima
Lopes – Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho, Jan2008;
Occupational Medicine Practice Guidelines, 2nd Edition – American College of Occupational and Environmental Health
Return to Work Knowlwdge Base, www.rtwknowledge.org
European Agency for Safety and Health at Work, www.osha.europa.eu
Regresso ao Trabalho e Trabalhos Melhorados
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A Prática da medicina no Trabalho na CMB