8 Brasília, quinta-feira, 25 de julho de 2013 PELAS CIDADES Pais de Ana Laura acusam hospital de negligência e de adulterar prontuário da criança Depois das denúncias de negligência médica no caso da morte do bebê Ana Laura, de 4 meses, o Hospital Regional do Gama (HRG) agora é acusado pelos familiares de adulteração do prontuário da criança. A família acusa a equipe médica ainda de cometer erro na prescrição de medicamento. No documento, a unidade de atendimento não registrou o uso do remédio usado para tratamento de asma, o Berotec. Contudo, segundo os pais, a menina foi medicada com nove gotas no intervalo de uma hora. Em vez deste remédio, o HRG informou que o bebê foi medicado com Paracetamol. “Ela não tomou Paracetamol e sim uma super dosagem de Berotec”, diz o pai Bruno Jean Pereira da Silva, 23 anos. Ele obteve a cópia do documento ontem. O objetivo é levar as provas ao Ministério Público. No prontuário, a mãe, Ana Aline Gomes Fonteles, 17 anos, questiona as duas internações no relatório médico. Há, inclusive, a informação de que a bebê ficou internada em uma das vezes por mais de 10 dias. “Minha filha nunca foi internada desde que saiu da maternidade”, diz Ana Aline. O HRG não acrescenta os motivos das internações. No prontuário tem só a prescrição do xarope Prednisolona. “Os médicos disseram que era só um quadro de virose e que era para eu dar um xarope”, diz a mãe. Ainda no hospital, Ana Laura passou por nebulizações com Berotec. “O coração dela acelerou tanto que os batimentos chegaram a 215 por minuto”, diz Bruno. “Ana Laura era um bebê saudável com todas as vacinas e consultas em dia. Acredito que o laudo nos dirá a verdade”, confia o pai. Ana Laura deu entrada no HRG sexta-feira à noite com sintomas de gripe. Após o atendimento ela teve febre alta e dificuldade para respirar. O bebê sofreu paradas cardíacas e morreu no fim do sábado. A Secretaria de Saúde confirmou, em nota, que a paciente veio a óbito devido uma parada cardíaca. Porém, é relatado o quadro de virose, que segundo a pasta, trata-se de uma doença que evoluiu muito rapidamente e muitas vezes é um quadro que depende da resposta imunológica da criança. Segundo o HRG, ela estava na sala vermelha sendo bem assistido e com todo equipamento necessário. “Não houve indícios de negligência médica, pois o quadro inicial era de um resfriado”, diz a nota. Depois do atendimento de urgência, o diagnóstico posterior era de pneumonia, mas só a necropsia, que deve ficar pronta em 30 dias, vai apontar o motivo da morte da criança. Ana Laura foi sepultada no Cemitério de Cidade de Ocidental, na segunda-feira. H! DEFESA DO CONSUMIDOR ATÉ O FIM Bruno e Ana Aline vão lutar por Justiça no caso EDUCAÇÃO INFANTIL Guaraviton sob suspeita Procon-DF mandou proibir venda da bebida após uma pessoa passar mal Em ação realizada ontem pelo Procon-DF, em uma rede de supermercados do SIA, foram recolhidas para análise laboratorial embalagens do energético Guaraviton, da KLEBER LIMA Acusação muito grave 30 dias é o prazo para sair laudo da necropsia empresa Viton 44, e anunciada a suspensão da venda do produto em todo o DF. Um laudo médico, entregue ao Procon-DF por um consumidor que ingeriu par- te do energético sob suspeita, especifica os sintomas dores no estômago e na cabeça, náuseas e diarreia. A Guaravita informou que até o momento não recebeu nenhuma notificação e que a equipe de qualidade aguarda este contato para tomar as medidas necessárias. H! Obras de creches estão aceleradas Primeira unidade será inaugurada em outubro, na cidade de Sobradinho II O processo de construção de 112 creches no DF está em ritmo acelerado, com 24 obras em execução, 45 em fase de licitação, 43 em finalização de projeto. Uma delas, a primeira da região, será inaugurada em outubro, em Sobradinho II. As obras da primeira escola encontram-se em fase final e as outras 23 unidades em que os trabalhos estão em execução deverão ser inauguradas no início de 2014. Cada unidade de educação infantil custará R$ 2,6 milhões. H!