ANÁLISE SOCIOECONÔMICA, AMBIENTAL E MORFOLÓGICA DA MICROBACIA DO CÓRREGO DOS PINTOS, AFLUENTE DO RIO UBERABA Jose Luiz Rodrigues Torres1, Dinamar Márcia da Silva Vieira2 1. Professor do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) campus Uberaba-MG, Pós-doutorando no curso de Pós-graduação em Agronomia em Ciência do solo (CPGA/CS) pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), e-mail: [email protected] 2. Graduanda em Tecnologia em Gestão Ambiental pelo IFTM campus Uberaba-MG, bolsista de Iniciação Científica do PIBIC/CNPq. Brasil. Recebido em: 06/05/2013 – Aprovado em: 17/06/2013 – Publicado em: 01/07/2013 RESUMO O objetivo deste estudo foi realizar o diagnóstico socioeconômico, ambiental e analisar morfometricamente a microbacia do córrego dos Pintos. Foram aplicados questionários adaptados do Centro Interamericano de desenvolvimento Integral de águas e terras (CIDIAT) junto aos produtores da área para cálculo da deterioração para os fatores social, econômico, socioeconômico, tecnológico e ambiental. Fez-se a caracterização física e morfométrica da área, que foi realizada sobre uma carta topográfica do IBGE (Folha Uberaba), com auxílio do software AutocadMap. Os índices de deterioração calculados para a microbacia estão todos acima do limite de 10% tolerável pela metodologia; o índice para FT de 74% é elevado e justificado pela agricultura de subsistência, superlotação de animais e pastagens degradadas nas áreas; a rede de drenagem tem padrão dendrítico e ramificação de quarta ordem; A microbacia tem formato alongado e risco mínimo de ocorrência de enchentes; o relevo da área é classificado como ondulado e tem aptidão agrícola para agricultura. PALAVRAS-CHAVE: análise morfométrica, APA do rio Uberaba, degradação SOCIOECONOMIC ANALYSIS, ENVIRONMENTAL AND MORPHOLOGICAL THE STREAM MICROBASIN OF CHICKS, RIVER TRIBUTARY UBERABA ABSTRACT The objective of this study was the diagnosis socioeconomic, environmental and analyzes morphometrically the microbasin stream Pintos. Questionnaires were adapted from the Inter-American Development Integral water and land (CIDIAT) with producers of the area for calculation of deterioration factors for the social, economic, socio-economic, technological and environmental. There was the physical characterization and morphometric analysis of the area, which was performed on a topographic map of the IBGE (Sheet Uberaba), with the aid of software AutocadMap. The decay rates calculated for the microbasin are all above the 10% limit tolerable by the methodology, the FT index to 74% is high and justified by subsistence agriculture, animal overpopulation and degraded pasture areas, the drainage network has dendritic ramification pattern and fourth order; the microbasin has elongated ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 243 2013 shape and minimal risk of occurrence of floods, relief of the area is classified as corrugated and has agricultural capability for agriculture. KEYWORDS: morphometric analysis, APA of Uberaba river, l degradation INTRODUÇÃO Algumas das abordagens de gestão e planejamento das atividades antrópicas e do uso de recursos naturais tem falhado sistematicamente por dissociarem as questões socioeconômicas dos aspectos ambientais inerentes, pois antes de tudo, devem-se conhecer as dinâmicas ambientais, socioeconômicas e de conflitos, que por ventura existam entre as metas de desenvolvimento e a capacidade de suporte dos ecossistemas. As abordagens que utilizam as bacias e microbacias hidrográficas como unidade básica de trabalho, são as mais adequadas para compatibilizar produção com preservação ambiental, por serem unidades geográficas com divisores de água estabelecidos naturalmente (GOBBI et al., 2008). ROCHA & KURTS (2003) reconhecem as bacias e microbacias hidrográficas como unidade natural de análise da superfície da terrestre, onde é possível reconhecer e estudar as inter-relações existentes entre os diversos elementos da paisagem e os processos que atuam na sua esculturação. TUCCI & SILVEIRA (2004) afirmam que a bacia hidrográfica é a principal unidade fisiográfica do terreno e constitui-se numa área ideal para o planejamento integrado do manejo dos recursos naturais e na ambiência por ela definida. TORRES et al., (2008) destacam que para a implantação de uma proposta de manejo integrado de uma microbacia passa primeiramente pela elaboração de um diagnóstico básico, os quais levantam todos os problemas da bacia, para análise dos conflitos e recomendação de soluções em todos os níveis. Alguns diagnósticos ambientais vêm sendo realizados com objetivo de levantar os problemas existentes nas bacias e microbacias, para posterior análise dos conflitos, que possibilitará a implementação de medidas mitigadoras para resolução dos problemas detectados (FRANCO et al., 2005; GOBBI et al., 2008; TORRES et al., 2008 e 2009; VALLE JUNIOR et al., 2011; FARIA et al., 2012). CRUZ et al., (2003) confeccionaram o diagnóstico ambiental da bacia hidrográfica do rio Uberaba e destacaram a necessidade de programar um plano de gerenciamento na região e observaram que a bacia encontrava-se bastante degradada. ABDALA et al., (2011) evidenciaram que o desordenamento no uso e ocupação do solo são os grandes responsáveis pela deterioração existente na APA do rio Uberaba e que a paisagem das microbacias na região de Uberaba vem sendo modificada ao longo dos anos devido à falta de um planejamento conservacionista. Várias metodologias têm sido utilizadas para realização dos diagnósticos ambientais, sendo que a maioria tem sido baseada em indicadores ambientais de qualidade, dentre elas, ROCHA & KURTS (2003) destacam aquelas que se baseiam na Matriz de Interação de Leopold, que avaliam vários fatores de deterioração (Social, econômico, tecnológico, socioeconômico e ambiental) e a morfometria. FRANCO et al., (2005), CUNHA et al., (2007), GOBBI et al., (2008), TORRES et al., (2008; 2009) utilizando a Matriz de Interação de Leopold realizaram o diagnóstico socioeconômico e ambiental das microbacias do Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão-PB, dos córregos Melo, Limo, Alegria, Lanhoso e Saudade, todos na APA do rio Uberaba e observaram que a deterioração ambiental é crescente em todas as microbacias e que o fator socioeconômico tem limitado as condições de vida da população rural, com isso a deterioração tem se agravado. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 244 2013 Alguns estudos morfométricos foram realizados nas microbacias que compõem a APA do rio Uberaba, estes evidenciaram que a deterioração ambiental na área é crescente, que há necessidade de implementação de medidas mitigadoras pelos produtores rurais e órgãos públicos, principalmente aquelas que envolvem problemas com erosão e desmatamento em áreas nas cabeceiras de nascentes (TORRES et al., 2010; 2011; ABDALA et al., 2009; 2011 VALLE JUNIOR et al., 2010; VIEIRA et al., 2012). Os aspectos relacionados à drenagem, relevo e geologia são analisados de forma conjunta, podem levar a elucidação e compreensão de diversas questões associadas à dinâmica ambiental local. Neste contexto, ZANATA et al., (2011) e COUTINHO et al., (2011) destacam que estudos sobre a aplicabilidade dos índices e características morfométricas, tanto na abordagem linear como adimensional, tem trazido informações relevantes na relação solo-superfície, pois estes estudos abordam pedologia, relevo e rede hidrográfica, com os consequentes processos ambientais e descrevem a dinâmica das drenagens superficiais e as formas topográficas, analisando diversas questões geomorfológicas. VIEIRA et al., (2012) destacam que a caracterização morfométrica de uma bacia hidrográfica pode revelar indicadores físicos específicos para um determinado local, de forma a qualificarem as alterações ambientais e subsidiam a determinação da aptidão natural de cada unidade). Contudo, ZANATA et al., (2011) destacam a importância da escala na análise morfométrica das microbacias, pois o aumento da escala e da referencia terrestre altera o número de compartimentos hidrológicos e aumenta o comprimento da rede de drenagem, refletindo em alterações sutis nos parâmetros físicos analisados. Diante deste contexto, neste estudo objetivou-se realizar o diagnóstico socioeconômico, ambiental e analisar morfometricamente a microbacia do córrego dos Pintos, afluente do rio Uberaba. MATERIAL E MÉTODOS Caracterização da área de estudo O estudo foi conduzido em Uberaba, entre as coordenadas 19º45’27 “Sul e 47º55’36” Oeste, tendo sede localizada a 764 m de altitude, sendo que os pontos máximos e mínimos atingem 1031 e 522 m, respectivamente, sendo que o município ocupa uma área física total de 4.414,40 km2, dos quais 256 km2 são ocupados pelo perímetro urbano (UBERABA EM DADOS, 2009). A bacia do rio Uberaba conta com uma área aproximada de 2.346 km2, abrangendo os municípios de Uberaba (24%), Veríssimo (50%), Conceição das Alagoas (70%) e Planura (1%) (CRUZ et al., 2003). A APA do rio Uberaba localizase na cabeceira da bacia hidrográfica do rio Uberaba, possuindo área total de 528 km2, sendo que esta foi subdividida em microbacias maiores que 4 km2 (Figura 1). A microbacia do córrego dos Pintos é a segunda maior e ocupa uma área de 8.515,57 ha, correspondendo a 16,13% do total. O ponto mais baixo, na foz está na altitude 775 m e o ponto mais alto a 999 m no topo da chapada (Figura 2). Contudo, dentro desta área existem outras microbacias menores, dentre elas as dos córregos Melo, Açude, Cocal, Gaxo e Gameleira, que contribuem significativamente com água para aumentar a vazão do córrego dos Pintos na sua foz, que tem Q7/10 de 306 l s-1 (SEMEA, 2004). ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 245 2013 FIGURA 1. APA do rio Uberaba onde estão destacadas as microbacias maiores que 4 km2 e os córregos com maior volume de água. Fonte: Modificado de SEMEA (2004). FIGURA 2. Microbacia do córrego dos Pintos, que é composta por vários córregos importantes que aumentam sua vazão na foz. Fonte: Modificado de SEMEA (2004) ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 246 2013 CRUZ et al., (2003) destacam que a topografia da bacia do rio Uberaba é caracterizada por superfícies planas ou ligeiramente ondulada, geologicamente formada por rochas sedimentares, basicamente o arenito. A EMBRAPA (1982) destaca que os predominantes na região do Triângulo Mineiro são os Latossolos e os Argissolos com diferentes graus de fertilidade. O clima da região é classificado como Aw, tropical quente, segundo Koppen e apresenta inverno frio e seco, com verão quente e chuvoso, além do regime pluviométrico ser caracterizada por um período chuvoso de seis a sete meses (outubro a março), sendo setembro e abril (ou maio) meses de transição e seco. Algumas áreas do Triângulo Mineiro apresentam temperatura (máxima e mínima) e precipitação média anual de 29°C, 16,9°C e 1639,6 m m ano-1, respectivamente (ABDALA et al., 2009). Diagnóstico socioeconômico e ambiental Numa amostra de 75% das propriedades existentes na microbacia do córrego dos Pintos foram aplicados os questionários adaptados do Centro Interamericano de desenvolvimento Integral de Águas y Tierras (CIDIAT) por ROCHA & KURTS (2003), que tem como base a Matriz de Interação de Leopold, os quais avaliam os fatores: social, econômico, socioeconômico, tecnológico e ambiental. Através dos valores obtidos foram calculadas as porcentagens de deterioração do fator. O estudo da Matriz de Leopold, utilizado por ROCHA (1997), consiste em cruzar ações propostas com fatores ambientais. Esses cruzamentos recebem notas de 1 a 10, conforme a magnitude e a importância do impacto, sendo que os maiores valores indicam as maiores deteriorações. Para cada variável atribuiu-se um valor de acordo com a subdivisão da variável conforme sua importância. A seguir faz-se a tabulação dos dados agrupando os códigos de maior frequência e repetindo-os, sendo que estes são denominados de moda (FRANCO et al., 2005). Com relação ao diagnóstico ambiental foram levantados os elementos que estão causando deterioração à ambiência. Nesta etapa foram utilizados 24 indicadores de qualidade ambiental, conforme proposto por ROCHA & KURTZ (2003), dentre eles, a poluição fitossanitária (inseticidas, herbicidas, fungicidas, raticidas), industrial, por resíduos residenciais e agropecuários, por minas, pedreiras, areais, estradas rurais, erosões, queimadas, manejo de resíduos fitossanitários, industriais, residenciais e agropecuários. Determinação da deterioração socioeconômica e ambiental. Para a tabulação dos dados atribuíram-se códigos para cada item do questionário, pois quanto maior for o número, maior a degradação do fator. Para se determinar os percentuais de deterioração (y) utilizou-se a equação 1: y = ax + b (1) Onde: y varia de 0 a 100 (zero a 100% da deterioração). Os valores mínimos x e os máximos x’ definem os valores do modelo a e b, respectivamente. As unidades críticas de deterioração foram determinadas a partir da equação da reta utilizando-se os valores dos códigos máximos e mínimos e o valor significativo encontrado na região, a moda (TORRES et al., 2009). y = unidade crítica de deterioração (%) x = valor modal encontrado; ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 247 2013 a e b = coeficiente da equação da reta Cálculo da reta de deterioração real Os resultados obtidos dos cruzamentos das ações propostas com os fatores ambientais geram valores para y que variam de 0 a 100 (zero a 100% de deterioração). Para a equação 2, quando: y = 0% de deterioração, quando x = valor mínimo (valor mínimo = 1 de cada ação proposta x número de ação, o que corresponde a 1 para a magnitude e a 1 para a importância do impacto). y = ax’ + b (2) Onde y = 100% de deterioração, quando x = valor máximo (valor máximo = 10 de cada ação proposta x número de ações, o que corresponde a 10 para a magnitude e a 10 para a importância do impacto). Onde: x = valor significativo encontrado; y = unidade crítica de deterioração real. Análise morfométrica No estudo da deterioração da bacia, vários fatores devem ser levados em consideração, em especial algumas características físicas: área e comprimento da bacia, comprimento de ravinas, densidade de drenagem, declividade média e coeficiente de rugosidade, dentre outros. Para ROCHA & KURTZ (2001) existem inúmeros parâmetros que definem os tipos de rede, padrões ou sistemas de drenagem, os quais caracterizam, por conseguinte, as bacias, microbacias e subbacias hidrográficas. Entre estes, os parâmetros que mais se relacionam com a deterioração ambiental são: comprimento das ravinas, densidade de drenagem, índice de circularidade, índice de forma, declividade média da bacia, coeficiente de rugosidade. As caracterizações morfométricas foram realizadas sobre uma carta topográfica do IBGE (Folha Uberaba) na escala 1:100.000 e a imagem Landsat 7 do Sensor ETM+, obtida em 11/10/2002, bandas Tm3, Tm4 e Tm7 (SEMEA, 2004), utilizando o programa computacional Autocad2010 para realização das medições. Foram determinados os índices apresentados em SANTOS & SOBREIRA (2008), RODRIGUES et al., (2008), FLORÊNCIO & ASSUNÇÃO (2010), VIEIRA et al., (2012) através das equações de 3 a 10. Dentre eles podem sem destacados: A área da bacia (A) é definida como aquela que é drenada pelo conjunto do sistema fluvial e o comprimento da bacia (L) é avaliado com base no córrego principal. Através da relação entre A e L o comprimento geométrico do curso d’água pode ser calculado através da equação 3. L = 1,5 x A0,6 (3) Onde: L = comprimento da bacia (km); A = área da bacia (km2) O coeficiente de compacidade (Kc) ou índice de Gravelius relaciona a forma da bacia com um círculo. Constitui a relação entre o perímetro da bacia e a circunferência de um círculo de área igual à da bacia. O Kc foi determinado através da equação 4: ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 248 2013 Kc = 0,28 (P/√A) (4) Onde: P = perímetro (m) e A = área de drenagem (m2). O fator forma (Kf) relaciona a forma da bacia com a de um retângulo, correspondendo à razão entre a largura média e o comprimento axial da bacia. O Kf foi determinado através da equação 5: Kf = A/L2 (5) Onde: A = área de drenagem (m2) e L = comprimento do eixo da bacia (m). O índice de circularidade (Ic) e o coeficiente de compacidade (Kc) tendem para a unidade à medida que a bacia se aproxima da forma circular e diminui à medida que a forma torna alongada. Pode ser calculado através da equação 6: Ic = 12,57*A/P2 (6) Onde: A = área de drenagem (m2) e P = perímetro (m). A densidade de drenagem (Dd) estima a maior ou menor velocidade com que a água deixa a bacia hidrográfica, sendo assim, o índice que indica o grau de desenvolvimento do sistema de drenagem (CARDOSO et al., 2006). A Dd foi determinada através da equação 7: Dd = Lt/A (7) Sendo: Lt = comprimento total de todos os canais (km) e A = área de drenagem (km2). A sinuosidade do curso principal (Sin), declividade média da microbacia (H) e o coeficiente de rugosidade (RN) foram calculados através das equações 8, 9 e 10. Sin = Lt/Dv2 H = ((Cn*h)/A)*100 RN = Dd * H (8) (9) (10) Onde: A = área de drenagem da bacia (km2); Lt = comprimento total de todos os canais (km); Dv = Distância vetorial do canal principal; Cn = soma, em km, dos comprimentos de todas as curvas de nível; h = eqüidistância, em km, entre as curvas de nível; H =declividade média (%). A ordem dos cursos d'água foi determinada segundo as leis de HORTON (1945), modificado por STRAHLER (1952), que considera todo curso sem tributário como sendo de primeira ordem. A junção de dois cursos d’água de mesma ordem forma outro de ordem imediatamente superior, sendo que este não se estende aos tributários menores, referindo-se apenas a segmentos do canal principal. RESULTADOS E DISCUSSÕES Após análise dos questionários aplicados foram calculadas as deteriorações ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 249 2013 para os fatores: social (FS), econômico (FE), tecnológico (FT), socioeconômico (FSE) e ambiental (FA) (Tabela 1). O FS calculado foi de 39 % (Tabela 1), valor este considerado médio na região, pois, de acordo com ROCHA (1997), o valor aceitável proposto na metodologia para deterioração é da ordem de 10%. Para a variável demográfica constatou-se que a maioria dos moradores são proveniente das cidades próximas, o grau de instrução do chefe da família é médio (5ª a 8ª série) e do núcleo familiar médio-baixo (1ª a 4ª série), somente os funcionários são residentes nas propriedades. TABELA 1. Calculo do percentual de deterioração para o fator social (FS), econômico (FE), tecnológico (FT), socioeconômico (FSE) e ambiental (FA) na microbacia do córrego dos Pintos, afluente do rio Uberaba. Valores significativos Deterioração Diagnóstico Equação da reta Mínimo Máximo Moda % FS 51 283 141 Y = 0,4310x – 21,9810 39 FE 20 66 54 Y = 2,1739x – 43,4780 74 FT 17 51 34 Y = 2,9412x - 50,0004 50 FSE 88 400 229 Y = 0,3205x – 28,2040 45 FA 24 48 29 Y = 4,1666x – 99,9984 21 O FE de 74% foi considerado elevado para a região. As variáveis levantadas foram produção, animais de trabalho, animais de produção, comercialização, crédito e rendimento. Com relação à produção observou-se que a produtividade é baixa (subsistência), as pastagens estão degradadas e com superlotação. Os cavalos são utilizados como animais de trabalho e para produção há criação de gado, aves e suínos. Estudos em outras microbacias próximas apresentam o mesmo tipo de exploração econômica (CUNHA et al., 2007; GOBBI et al., 2008; TORRES et al., 2008; 2009), provavelmente devido ao pequeno tamanho das propriedades e declividade das áreas, porém em todas elas a deterioração econômica é inferior. Na análise da variável comercialização, crédito e rendimento, destaca-se que a produção pecuária é comercializada para as cooperativas e os produtores não possuem nenhuma fonte de crédito, sendo que a renda total da propriedade é menor que cinco salários mínimos. O FT de 50% foi elevado para a região. As variáveis levantadas foram tecnologia, maquinaria e industrialização. O produtor é o proprietário da terra cujas áreas são maiores que 20 ha, com aproveitamento de 50%. Para a exploração da terra são utilizados equipamentos manuais, com uso ocasional de insumos e as culturas não são irrigadas. Os produtores possuem boa parte dos implementos ou equipamentos essenciais, porém não industrializam seus produtos, nem produzem qualquer tipo de artesanato. GOBBI et al., (2008) observaram mesmo tipo de exploração agropecuária na microbacia do córrego Melo, também na APA do rio Uberaba, com uma FT igual, de 50%. A FSE de 45% significa que estão ocorrendo limitações nas condições de vida do produtor rural elemento da população. A FA de 21% é considerada baixa quando comparada aos outros valores obtidos, embora ainda seja preocupante, devido ao limite tolerável proposto na metodologia (ROCHA, 1997). Estes valores observados talvez estejam diretamente relacionados à ausência de indústrias e ao tipo de exploração praticada na região. Mesmo assim, este valor observado não reflete a real situação evidenciada nas ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 250 2013 visitas de campo, pois embora os produtores conheçam as práticas de conservação do solo, vários conflitos foram observados, dentre eles, a exploração pecuária em área de mata ciliar e área de preservação ambiental (APP) são as mais comuns, o que tem causado a diminuição das áreas de vegetação natural na região, aumentando as erosões e assoreamento do leito do córrego em alguns pontos, devido principalmente à formação de trilheiros para dessedentação do gado. FRANCO et al., (2005) em estudo na microbacia do Açude Epitácio Pessoa, no município de Boqueirão-PB, observaram valores elevados de deterioração social (62,7%), econômica (78,0%), tecnológica (62,9%) e socioeconômica (67,8%), entretanto, constatar o valor observado para deterioração ambiental (9,1%) não reflete o observado. CRUZ et al., (2003) destacam que a diminuição destas áreas de vegetação natural aumentou na década de 80, pois a bacia do rio Uberaba possuía aproximadamente 41% de vegetação natural (Cerrado), 46,8 % de pastagens, 11,3% de culturas de ciclo curto e menos de 1% de terras urbanizadas. ABDALA et al., (2011) comprovaram a diminuição da cobertura vegetal na APA do rio Uberaba e destacaram que as áreas de pastagens correspondem a 25% do total da APA e vem aumentando as áreas sem cobertura vegetal nativa e diminuindo as áreas de preservação permanente (APP). Os valores de mata nativa destacado pelo SEMEA (2004) de 31,6% (Figura 2), não condizem com o que foi observado no campo, pois vem ocorrendo uma deterioração acelerada da vegetação na região, que vem sendo substituída por pastagens. Além disso, provavelmente as águas do córrego dos Pintos podem estar contaminadas por coliformes totais e termotolerantes, impróprias para consumo humano e animal, pois num estudo com um dos seus afluentes, o córrego Cocal, detectou-se a contaminação na nascente e na foz por índices elevados de coliformes (SEGOBIA & DAHDAH, 2007). A análise dos índices morfométricos da microbacia está descrita na tabela 2. Estes evidenciam que o córrego dos Pintos possui área total de 27,7 km2, perímetro de 21,7 km, com comprimento do canal principal de 8,2 km, valores estes conflitantes com os dados registrados pela SEMEA (2004), que afirmam que o comprimento total do córrego da nascente a foz é de 21,3 km, entretanto, este está próximo dos 21,7 km obtidos para redes de 1ª ordem neste estudo. A ordem dos canais é uma classificação que reflete o grau de ramificação ou bifurcação dentro de uma bacia. Diante disso, observou-se que microbacia em estudo possui ramificação de quarta ordem, apontando que o sistema de drenagem da bacia é bem ramificada, corroborando com classificação realizada por ABDALA et al., (2009) (Figura 3). TONELLO et al., (2006) destacam que ordem inferior ou igual a quatro é comum em pequenas bacias hidrográficas e reflete os efeitos diretos do uso da terra, pois quanto mais ramificada a rede, mais eficiente será o sistema de drenagem. A rede de drenagem da bacia caracteriza-se por ter um padrão dendrítico. A microbacia em estudo apresenta um coeficiente de compacidade (Kc) de 1,2 que caracteriza uma bacia de forma mais alongada e menos propensa a enchentes. Entretanto, este fator deve ser analisado conjuntamente com os outros fatores, entre eles o fator forma (Kf) de 0,6 e o índice de circularidade (Ic) de 0,7, que são menores que a unidade, confirmando esta forma alongada da bacia (Tabela 2). CARDOSO et al., (2006), obtiveram resultados semelhantes a partir de alguns parâmetros físicos. Observaram Kc elevado (1,58), pequeno Kf (0,33) e Ic (0,39), e densidade de drenagem (Dd) elevada (2,36 km km-2). Destacaram que a forma mais ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 251 2013 alongada da bacia indica que a precipitação pluviométrica sobre ela concentra-se em diferentes pontos, concorrendo para amenizar a influência da intensidade de chuvas, as quais poderiam causar maiores variações da vazão do curso d'água e conseqüentemente as enchentes. ALCÂNTARA & AMORIM (2005) observaram Dd de 1,47 (km km-2) e Ic de 0,44, com o canal principal medindo 12,1 km. Destacaram a forma ainda circular da bacia, que em condições naturais, não são áreas susceptíveis a enchentes. TABELA 2. Análise morfométrica da microbacia do córrego dos Pintos, na APA do rio Uberaba. Índices morfométricos Unidade Valores Área (A) km² 27,7 Perímetro (P) km 21,7 Comprimento rede de drenagem principal km 8,2 Canais de 1ª ordem km 21,0 Canais de 2ª ordem km 7,7 Canais de 3ª ordem km 4,4 Canais de 4ª ordem km 7,8 Comprimento total km 36,9 Maior largura km 6,4 Maior comprimento km 7,8 Largura média km 3,6 Amplitude altimétrica m 202,0 Coeficiente de Compacidade (Kc) -1,2 Fator forma (Kf) -0,6 1,6 Densidade de drenagem (Dd) km km-2 Sinuosidade do curso principal (Sin) -1,4 Declividade média da bacia % 12,5 Declividade da bacia % 2,8 Declividade do curso principal % 0,6 Índice de circularidade (Ic) -0,7 Coeficiente de rugosidade (RN) -16,6 ∑ dos comprimentos das curvas de nível km 68,2 Equidistância entre curvas m 50,0 ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 252 2013 FIGURA 3. Recorte do mapa da rede de drenagem e ordem dos canais da APA do rio Uberaba, onde está inserida a microbacia do córrego dos Pintos (em destaque). Fonte: Modificado de ABDALA et al., (2009). O fator forma (Kf) indica o formato alongado da microbacia, o qual facilita o escoamento de água, que associado a uma Dd de 1,6 km km-2 que é considerada elevada, indicará a eficiência da drenagem na bacia. Observando estes valores pode-se afirmar que o risco de ocorrer enchentes na área é mínimo, apesar de ser um córrego pequeno. CUNHA et al., (2007), na área da APA, também em um córrego pequeno, observaram que são áreas propensas a enchentes, devido ao formato circular da microbacia. A sinuosidade do curso de água principal é um fator controlador da velocidade de escoamento e representa a relação entre o comprimento do curso principal e o comprimento de seu talvegue. A sinuosidade do curso é baixa (1,4) possibilitando maior velocidade na dispersão de poluentes, que associados à baixa declividade do curso de água principal (0,6) e da bacia (2,8), indicam que a água escoa com baixa velocidade, que diminuem a possibilidade de ocorrência de processos erosivos ao longo e no leito do córrego. O Coeficiente de Rugosidade (RN) é um parâmetro que direciona o uso potencial da terra com relação às suas características para uso e ocupação do solo. Indica de forma adimensional a possibilidade de ocorrência de erosão na bacia e classifica a forma de uso apropriado da área. O valor encontrado para RN na microbacia do córrego dos Pintos foi de 16,6%. VIEIRA et al., (2012) calcularam o RN de outras microbacias na mesma APA do rio Uberaba utilizando a metodologia proposta por ROCHA & KURTZ (2001) e observaram que a maioria tem aptidão de uso para pecuária, pois apresentam RN variando entre 47,57 a 77,90 (classe B), contudo, a microbacia do córrego dos Pintos pode ser inserida na classe A, sendo recomendada para uso com agricultura (Tabela 3). ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 253 2013 TABELA 3. Classificação determinada pelo coeficiente de rugosidade (RN), intervalo, valores encontrados e usos dos solos Classe Uso Valores encontrados Intervalo de domínio (Valores de RN) A 16,60 - 47,56 Agricultura 16,60 (Pintos), 17,23 (Ribeirão da Vida), 20,46 (Alegria) 48,15 (Limo), 49,14 (Borá), 51,00 B 47,57 - 77,90 Pecuária (Mata), 51,10 (Jacaré), 60,71 (Saudade), 64,36 (Mutum), 62,46 (Borazinho), 70,60 (Congoinhas) ----C 77,90 - 108,24 Pecuária/Floresta D 108,24 - 138,57 Floresta 111,42 (Galinha), 138,56 (Inhame) Fonte: Modificado de VIEIRA et al., (2012) Analisando o valor obtido para declividade média da bacia (12,5%) e de acordo com a classificação proposta pela EMBRAPA (1979) (Tabela 4), pode-se definir que a área apresenta relevo ondulado, o qual tem influencia na relação entre a precipitação e o deflúvio na área, sobretudo na velocidade de escoamento superficial. TABELA 4. Classificação do relevo utilizando o critério da declividade média da bacia, segundo a EMBRAPA (1979). Declividade Discriminação 0–3 Relevo plano 3–8 Relevo suavemente ondulado 8 – 20 Relevo ondulado 20 – 45 Relevo fortemente ondulado 45 – 75 Relevo montanhoso > 75 Relevo fortemente montanhoso CONCLUSÕES Os índices de deterioração calculados para a microbacia estão todos acima do limite de 10% tolerável pela metodologia; o índice para FT de 74% é elevado e justificado pela agricultura de subsistência, superlotação de animais e pastagens degradadas nas áreas; a rede de drenagem tem padrão dendrítico e ramificação de quarta ordem; A microbacia tem formato alongado e risco mínimo de ocorrência de enchentes; o relevo da área é classificado como ondulado e tem aptidão agrícola para agricultura. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao Instituto Federal do Triângulo Mineiro campus Uberaba pela infraestrutura disponibilizada e ao CNPq pela concessão de bolsa de Iniciação Científica a estudante. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 254 2013 REFERÊNCIAS ABDALA, V.L.; TORRES, J.L.R.; BARRETO, A.C. Análise hidrológica das nascentes da bacia do alto curso do rio Uberaba. Revista Caminhos de Geografia, Uberlândia, MG, v.10, n.31, p.171-183, 2009. ABDALA, V.L.; NISHIYAMA, L.; TORRES, J.L.R. Uso do solo e cobertura vegetal na bacia do alto curso do rio Uberaba, Triângulo Mineiro, sudeste do Brasil. Revista Caminhos da Geografia, Uberlândia, MG, v.12, n.37, p.258-267, 2011. ALCANTARA, E. H.; AMORIM, A. J. Análise morfométrica de uma bacia hidrográfica Costeira: um estudo de caso. Revista Caminhos da Geografia, Uberlândia, MG, v.7, n.14, p.70-77, 2005. CARDOSO, C. A.; DIAS, H. C. T.; SOARES, C. P. B.; MARTINS, S. V. Caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do rio Debossan, Nova Friburgo, RJ. Árvore, Viçosa, v.30, n.2, p.241-248, 2006. CRUZ, L.B.S.; PATERNIANI, J.E.S.; CARVALHO, R.M.B. 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