Crer ANO 3 # 14 GOIÂNIA | AGOSTO - OUTUBRO 2012 www.crer.org.br e m r e v i s ta Exemplos de superação que marcaram a primeira década do CRER Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo CRER EM REVISTA 1 2 CRER EM REVISTA CarTa ao LeITor Edição histórica Sérgio Daher Superintendente Executivo do CRER Caro leitor, esta é sem dúvida alguma uma edição histórica da Crer em Revista, ao comemorar os dez primeiros anos da nossa Instituição, trilhados com muito trabalho, profissionalismo, responsabilidade, transparência e, por que não dizer, muita esperança. Há doze anos iniciamos este projeto, que hoje pelos números e resultados apresentados ratifica a sua importância para toda a sociedade goiana. Difícil imaginar como era a vida de milhares de pessoas com deficiências antes do CRER. Bom perceber quantos acolheram nossa Instituição, estimulando-nos a crescer sempre mais e continuando a nos apoiar em projetos que visem melhorar e implementar os nossos serviços. As seções que seguem percorrem por histórias impressionantes, tal como a do CRER, inaugurado em 25 de setembro de 2002. Pela relevância da data, nossa capa e entrevista abrem AGIR Estrutura Administrativa Associados Fundadores Alcides Luís de Siqueira Dom Antônio Ribeiro de Oliveira Elias Bufaiçal (in memorian) Lúcio Fiúza Gouthier Maria Paula Curado Milca Severino Pereira Nabyh Salum Paulo Afonso Ferreira Associados Beneméritos Cyro Miranda Gifford Júnior Gláucia Maria Teodoro Reis Helca de Sousa Nascimento José Alves Filho Marley Antônio da Rocha Marcos Pereira Ávila Paulo César da Veiga Jardim Ruy Rocha de Macêdo Valéria Jaime Peixoto Perillo Valtercy de Melo Embaixadores do CRER Luiz Felipe Scolari Valéria Jaime Peixoto Perillo Diretoria Dom Antônio Ribeiro de Oliveira Diretor-Presidente José Alves Filho Vice-Diretor espaço para três pacientes – Edivania de Matos Gonçalves, Antônio Irapuan Bezerra e Rosemary Freitas Valle, compartilhando um pouco a trajetória de lutas de cada um. Além dessas, outras histórias de vida seguem nas próximas páginas, como a do balconista e palestrante Aguimar Silva, o Neguinho, apresentada em Superação. A Crer em Revista, que a partir desta edição passa a ter 32 páginas, traz também assuntos de grande relevância para toda a sociedade como o artigo Sexualidade e Reabilitação e a matéria sobre autismo na nova seção É bom saber. Outra novidade é a seção Painel dedicada aos colaboradores e voluntários da Instituição. Que as próximas páginas possam traduzir a alegria por termos chegado à marca dos dez anos! EXPEDIENTE Ruy Rocha de Macêdo Diretor-Tesoureiro Conselheiros Alberto Borges de Souza César Helou Edward Madureira Brasil José Evaristo dos Santos Joaquim Caetano de Almeida Netto Nabyh Salum Sizenando da S. Campos Júnior Conselho Fiscal - Titulares Cyro Miranda Gifford Júnior Marley Antônio da Rocha Paulo César Brandão Veiga Jardim Suplentes Marcos Pereira Ávila Valtercy de Melo Superintendentes Sérgio Daher Superintendente Executivo João Alírio Teixeira da Silva Júnior Sup. Técnico de Reabilitação Claudemiro Euzébio Dourado Sup. Administrativo e Financeiro Divaina Alves Batista Sup. Multiprofissional de Reabilitação Fause Musse Sup. de Relações Externas Diretor Técnico João Alírio Teixeira da Silva Júnior CRM/GO 6593 CRER EM REVISTA Supervisão geral, edição e textos Anna Luiza Rucas Gerente de Marketing - SRE Jornalistas SRE - (edição e textos) Mayra Paiva - JPGO - 01802 Thaís Franco Hugo Miranda - (designer gráfico) (diagramação e arte de anúncios) Colaboradores SRE Márcia Nunes (adm - voluntariado) Olívia Gomes (secretária júnior) Rodrigo Rocha (contato comercial) Colaborador CENE Eduardo Castro (fotografias) Impressão: Stylo Gráfica CRER EM REVISTA é uma publicação dirigida do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo. Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 - [email protected] Site: www.crer.org.br Endereço CRER: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás CRER EM REVISTA 3 ÍNDICe Canal Aberto [email protected] Entrevista Exemplos de superação que marcaram a primeira década de serviços do CRER 6 18 Espaço do paciente “Minha alegria contagia” Meio ambiente 22 Gentil Pio de Oliveira Desembargador do Trabalho Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região Goiânia, via e-mail. Do lixo ao lixo Por Dentro do CRER 24 Valeu a Pena CRER! TERCEIRO SETOR PARÁGRAFO ÚNICO RESUMO ARTIGO 5 9 17 EMPRESAS MANTENEDORAS 26 SUPERAÇÃO 28 9 29 15 É BOM SABER 4 CRER EM REVISTA 20 Agradeço a remessa da CRER em Revista (Ed.13), publicação de excelente qualidade técnico-editorial, trazendo, nesta edição, matérias de interesse geral da população goianiense, além das principais atividades empreendidas pelo Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo em prol da recuperação e da saúde dos pacientes acometidos de deficiência física e/ou auditiva. Registro que a leitura da Revista emocionou-me muito ao perceber o cuidado e o carinho que o CRER dedica aos seus pacientes, valorizando e respeitando, antes de tudo, o ser humano, e buscando sempre formas para melhorar a vida dos portadores de necessidades especiais, modelo que certamente deveria servir de referencial para outros Estados da Federação. AGENDA PERFIL DO COLABORADOR 30 PAINEL Agradeço pela oportunidade que toda a Estrutura Administrativa da AGIR e os pacientes, que é a razão maior desta Entidade, me agraciaram convidando para participar do Conselho da AGIR no período 2008 - 05/2012. Foi um privilégio fazer parte da história do CRER que é um aprendizado por toda nossa vida e dignifica qualquer ser humano, que entende o que é servir o próximo. Na oportunidade, parabenizo Sérgio Daher, Superintendente Executivo, pela excelente condução, com transparência e responsabilidade. Seu empreendedorismo, sua luta diária, a coragem, a paixão, a dedicação e amor pela causa, tem feito uma diferença enorme no mundo e na vida da nossa sociedade goianiense. Pedro Bittar Pres. do Movimento Goiás Competitivo – MGC, ex-Conselheiro AGIR, via carta. TerCeIro SeTor Movimento Terra Livre Educação é o caminho para a construção de uma sociedade mais consciente e igualitária Por: Roberta Soares, Assessoria de Comunicação Movimento Terra Livre o Terra Livre foi idealizado por um grupo de amigos, que insatisfeitos com as desigualdades sociais, começam em 1997, no Rio de Janeiro, a realizar informalmente atividades solidárias, mas é em Goiás, em 1999, onde consolidam definitivamente as atividades da Instituição. Em 2002 é oficializado o Movimento Terra Livre, uma organização privada, sem fins lucrativos, de assistência social que surge com a missão de proporcionar maior igualdade de oportunidades e de direitos a crianças e adolescentes em situação de exclusão social, buscando contribuir para a interrupção dos ciclos de pobreza e violência. Após 15 anos de atuação e mais de 30.000 crianças e adolescentes beneficiados pelas ações em várias partes do estado de Goiás, hoje o Terra Livre foca suas atividades no Centro Educacional Terra Livre – CETL, em Aparecida de Goiânia. Para a escolha dessa sede foi considerado o nível de aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente, estatísticas de violação de direitos fundamentais daquele público, além de uma série de indicadores que demonstravam a clara necessidade de intervenção, comprovados através de pesquisa da própria entidade. O Centro Educacional Terra Livre nasceu com a proposta de ir além de oferecer vagas de creche e pré-escola, mas também de intervir na condição cultural de toda família. Oferece educação infantil em período integral, educação complementar no contraturno da escola (oficinas voltadas à leitura, escrita, artes, teatro, jogos, além da capoeira e a musicalização) e edu- cação comunitária, destinada aos fa- que atua com responsabilidade social. Se a opção é trabalhar como vomiliares dos jovens, que ocorre por meio de palestras e oficinas educativas luntário no projeto, o interessado deve mensais. Hoje o CETL atende direta- participar do programa “Círculo do mente 92 crianças e adolescentes entre Bem”, um grupo de voluntários que 3 e 17 anos, beneficiando 56 famílias. auxilia na arrecadação de recursos fíMas nada disso seria possível sicos, materiais e humanos, auxiliar na sem parcerias. Além de conselheiros logística, como “voluntário oficineiro” voluntários comprometidos, e com ou compartilhando a sua habilidade. Informações - www.terralivre. formações diversas, e uma equipe de profissionais contratados dedicados org.br / (62) 3095-2097 e bem capacitados, o Terra Livre acredita na união de esforços. Dessa forma, conta com o apoio de pessoas físicas e de empresas que acreditam que a sociedade civil pode sim se organizar e auxiliar no desenvolvimento de cidadãos, mais conscientes de seus direitos e deveres, em especial em relação ao cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, fortalecendo assim o Sistema de Garantias da Infância e Adolescência. Todos podem participar dessa corrente do bem auxiliando no custeio de uma ou mais crianças no CETL, sendo pessoa física participando do Programa de Apadrinhamento, sendo pessoa jurídica podendo se tornar uma Empresa Chancelada do Alegria - Laila Lauane Alves da Silva, 6 anos, do Residencial Itaipu, Terra Livre, e assim deAparecida de Goiânia, é atendida pelo projeto desde 2010. monstrar para o público Seu sonho é ser enfermeira. CRER EM REVISTA 5 Fotos: Eduardo Castro eNTreVISTa T rês pessoas com histórias diferentes e o mesmo propósito: a superação. pacientes como edivaina Gonçalves, Antônio Irapuan e Meirinha do Valle refletem em suas respectivas trajetórias a força de vontade, determinação e superação de desafios que marcaram a primeira década de serviços do CRER. São 10 anos de lutas e conquistas diárias, em que o CRER caminhou e cresceu junto com cada paciente. Edivania de Matos Gonçalves, 24 anos, graduada em Administração. É casada há quatro anos com Fábio Antunes Gonçalves e mãe de duas filhas: Yasmmin Sophia , 3 anos, e Anna Luiza, 3 meses. É portadora de atrofia muscular espinhal e, em decorrência disso, tornou-se cadeirante aos 13 anos. Há 10 anos, Edivania chegou ao CRER. De lá pra cá, não parou de somar vitórias. 6 CRER EM REVISTA Antônio Irapuan Bezer- Rosemary Freitas Valle , co- ra, 62 anos, funcionário público. nhecida como Meirinha, 63 anos, Sofreu um Acidente Vascu- servidora pública . Perdeu o mo- lar Cerebral (AVC) em de janei- vimento das pernas após um pro- ro de 2010. Após dias difíceis na cedimento cirúrgico no intestino. UTI, foi encaminhado ao CRER. Desde então, luta para dar continuidade à sua própria caminhada. Mas isso não impediu que ela continuasse lutando pelos seus sonhos. 1 - Como se tornou paciente do CRER? Qual sua relação com o Hospital? Irapuan Bezerra: Depois de enfrentar dias terríveis na UTI, cheguei ao CRER, ainda em uma situação completamente complicada. Após o AVC, perdi o movimento de toda a parte esquerda do meu corpo e também o equilíbrio da coluna e tronco. Passados 57 dias de internação e tratamento no CRER, recebi alta e já saí andando de muleta, coisa que eu faço até hoje, já com uma certa desenvoltura. Agora, acabo de receber alta da fisioterapia e vou iniciar no programa Agir + Saúde, para dar continuidade ao meu tratamento. Isso aqui é uma bênção de Deus. A criação deste Hospital, a forma como ele é administrado, e a forma respeitosa que nós, pacientes, somos tratados me emocionam muito. Tenho uma relação de carinho e amor, até pelo nome. Além de todo o tratamento e carinho que recebo aqui, ainda me sinto confortado em estar em uma unidade que leva o nome de uma pessoa que admiro muito e pude servi-lo quando foi governador de Goiás, o doutor Henrique Santillo. Edivania Gonçalves: Sou portadora de atrofia muscular espinhal progressiva tipo III. Cheguei ao CRER assim que o Hospital abriu as portas, no segundo dia de funcionamento. Já estou há dez anos no CRER, fazendo tratamento contínuo de reabilitação e consultas periódicas. A atrofia é uma doença genética e progressiva. Então, de acordo que ela vai evoluindo, meus músculos vão atrofiando. Por isso, não posso parar. Minha relação com o CRER é quase um casamento (risos). Acompanhei a minha evolução e a evolução do CRER. Vi a ampliação, criei vínculos, amigos, conheci outras pessoas com patologias e superações diferentes. Meirinha do Valle: Há cinco anos, fiz uma cirurgia de obstrução intestinal, na qual entrei andando e, no outro dia, notei que não sentia mais as pernas. A medula está sem comprometimento, tenho toda sensibilidade, mas falta força motora. 20 dias após a cirurgia, internei no CRER por dois meses, onde até hoje faço fisioterapias. A relação com a Instituição é de extrema confiança, agradecimento e fé, pois o tratamento recebido é ímpar e mesmo tendo passado por outras instituições em Brasília e São Paulo, afirmo com veemência que o carinho e o profissionalismo do CRER são inigualáveis. 2 - Quais os grandes obstáculos e as grandes conquistas da sua vida? Edivania: De 10 anos para cá eu tive muitas conquistas. Terminei o ensino fundamental, concluí o ensino médio, entrei para uma faculdade e acabo de me formar em Administração. Casei, tive duas filhas. Gosto de falar para outras pessoas sobre minha vitória de vida. A minha doença não é uma barreira. Temos de correr atrás dos nossos sonhos, crer que também somos capazes de fazer tudo aquilo que outras pessoas fazem, não se limitar e não ficar chorando no canto. O que eu tinha de conquistar, eu já conquistei. Não existem barreiras. Tem gente que acha difícil ser mãe. Existem muitos mitos em relação a isso. Você pode ser mãe cadeirante? CRER EM REVISTA 7 Pode. Eu sou! Você tem de ter consciência do seu quadro de saúde. É uma coisa normal e é muito gostoso. Irapuan: Minhas grandes conquistas foram reaprender a me locomover de cadeira de rodas sem ajuda de terceiro e reconquistar as pequenas independências do dia a dia. 3 - Pela sua vivência, quais são os principais desafios da pessoa com deficiência? Meirinha: Nosso maior desafio é se olhar e encarar a própria deficiência, é vencer as barreiras do nosso preconceito seguindo e enfrentando os olhares das diferenças. É tirarmos segurança das inseguranças e seguirmos diante da nova realidade. Enfrentando-a, estaremos dominando nossos medos. Irapuan: Considero esta uma pergunta muito boa. Imagina você atravessar uma rua aqui em Goiânia, por exemplo, num horário de pico? Esse é um grande desafio! Só quem passa a ter alguma deficiência consegue avaliar e explicar as nossas dificuldades. Ainda falta muita acessibilidade. Edivania: O que mais impede as pessoas com deficiência é o meio que a gente vive. Tanto a cidade, quanto as pessoas. Ninguém pensa na pessoa que tem limitação física. Precisamos de mais acessibilidade, conforto e segurança. 4 – Em sua opinião, como seria uma sociedade integralmente inclusiva? Edivania: A sociedade precisa entender que a pessoa com deficiência não é inválida, sem direito de e ir e vir. É preciso que a sociedade mude essa visão. É preciso adaptar os espaços públicos para que se tornem acessíveis aos cadeirantes e outros tipos de deficiência. Meirinha: Uma sociedade inclusiva inicia-se pela educação de 8 CRER EM REVISTA nossas crianças e jovens, ensinando-os o respeito e a convivência com as desigualdades. A solidariedade e participação com as causas nos aproximarão, tornando-nos mais humanos e justos. Uma sociedade inclusiva é onde todos são iguais, apesar das diferenças. 5 – Quais suas projeções e sonhos futuros? Irapuan: Dependo ainda de uma recuperação no meu braço esquerdo, mas já estou me preparando para viver com essa sequela. Isso ainda atrapalha um pouco o dia a dia. Mas, de um modo geral, sou muito grato a Deus e ao CRER. Meirinha: Passado o susto inicial, vi que não poderia deixar meus sonhos e minha luta morrerem. Foi-me permitido o dom da vida e por ela continuo a caminhar, acreditando na minha capacidade e persistência, olhando e encarando o futuro com extrema alegria e coragem. Luto com todas as forças para retornar, mas não cai nenhuma folha sem que o Pai permita. Edivania: Agora que concluí o ensino superior, preciso estabelecer novas metas. Tudo que eu planejei, já consegui. Meu futuro é conseguir um bom emprego, cuidar e educar as minhas filhas. Quero viver bem. Espero que minhas filhas vão em busca dos sonhos, assim como eu fui atrás dos meus. 6 – Qual a mensagem deixada ao CRER pelos seus 10 anos? Irapuan: Se o CRER pudesse se multiplicar, seria ótimo. Acho que se Goiás tivesse a oportunidade de ter dois ou três centros de reabilitação como o CRER seria muito bom, embora ele já receba pacientes do País todo, se consolidando como referência nacional. Edivania: Continue crescendo e tratando os pacientes com respeito, de forma igualitária, sem diferenças. E que os profissionais continuem oferecendo amor. Vi muitas pessoas chegarem aqui bastante debilitadas e, aos poucos, reconquistarem tudo que tinham antes. Mas saem diferentes, como grandes vitoriosos. Meirinha: O CRER, instituição criada pelo governador Marconi Perillo, traz orgulho a todos goianos, pelo atendimento, profissionalização e carinho de todos. Nos orgulhamos e amamos esse patrimônio que não é só nosso, mas dos brasileiros e até estrangeiros . Que Goiás tenha mais unidades do CRER, centros de excelência! X Sipat e V CCIH Parágrafo Único Não há palavras que possam exprimir a gratidão pelo apoio recebido nesses dez anos. Entretanto, a transformação de vida das pessoas que percorrem os espaços do CRER é a manifestação explícita do quão importante foi contar com parceiros dedicados ao longo desse tempo. “ “ resumo O CRER promoveu de 14 a 18 de maio a X Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) e a V Semana da Comissão de Controle da Infecção Hospitalar (CCIH), que aconteceram simultaneamente. Na abertura das atividades, Sérgio Daher, Superintendente Executivo, destacou o compromisso da instituição com a qualidade de vida e segurança do colaborador no ambiente de trabalho, reforçando a importância do envolvimento de cada um. Várias palestras foram apresentadas e atividades desenvolvidas em vários setores do CRER. O psicólogo Hercílio Barbosa da Silva Júnior (foto), colaborador da Instituição, tratou sobre “Qualidade de vida – gerenciamento profissional” em uma palestra envolvente e bem reflexiva. “Qualidade de vida começa em nós, é a postura de cada um em relação à própria vida”, frisou o palestrante, que também destacou a importância de uma comunicação eficiente na solução de conflitos e fortalecimento das relações tanto no meio laboral quanto fora dele. Teve destaque também a forma correta de higienização das mãos para o controle de infecções. As demonstrações foram apresentadas de forma lúdica e descontraída com a caracterização de toda equipe. Hospitalar O Superintendente Administrativo do CRER, Claudemiro Euzébio Dourado, a gerente de Suprimentos, Silmonia Saturnino Fernandes, e os colaboradores Bettina Marta Magni e Darlan Dias Santana, participaram nos dias 22 a 25 de maio da Feira Hospitalar em São Paulo. As empresas Otto Bock do Brasil, Macom Instrumental Cirúrgico, Meta Hospitalar Ltda, MV Informática Nordeste Ltda Sérgio Daher, Superintendente Executivo, sobre os dez anos do CRER. e LN Turismo Evento Ltda foram os apoiadores na participação do CRER na Feira Hospitalar, em 23 de maio. CRER EM REVISTA 9 resumo Visita agita o CRER No dia 23 de maio, o CRER recebeu a visita do ex-BBB12, João Maurício, que percorreu o hospital conhecendo as instalações e os serviços prestados. Na equoterapia, o ex-participante do reality show interagiu com a equipe de profissionais, comprometendo-se a doar um animal para as atividades, já que no dia anterior a égua Bainha havia falecido, deixando uma lacuna no atendimento aos pacientes. Carismático e atencioso, João Maurício posou com colaboradores e pacientes do CRER. CRER nas redes O Conselho administrativo e Diretoria da AGIR se reuniram no dia 29 de maio para discutir, dentre os vários assuntos da pauta, a aprovação do projeto “CRER nas Redes Sociais”, que foi aprovado e Dicas de organização e limpeza Foi realizado no dia 31 de maio um workshop com Zezé de Souza sobre dicas de organização, limpeza, aproveitamento sustentável e reciclagem de bens e utensílios. O workshop aconteceu no auditório Valéria Perillo, das 14 às 18 horas. Ao final, foi feita demonstração e venda de produtos de limpeza para casa, confeccionadas pela própria Zezé, de forma sustentável e ecológica. de imediato ficou disponível nas redes. Interaç@o Exemplo de solidariedade Com a presença nas redes sociais, o O CRER recebeu no dia 4 de junho doações de 2 mil unidades de fraldas CRER pretende estreitar o diálogo e geriátricas e mais de 50 quilos de leite em pó, por meio de uma gincana aumentar a transparência com a socie- solidária, promovida pela Esco- dade em geral. Para nos acompanhar, basta curtir nossa página no Facebook (facebook.com/crerhospital) e seguir nosso perfil no Twitter (@CRER_GO). la Internacional de Goiânia. O Hospital atende o grande incapacitado, pessoas com deficiências físicas e auditivas, dentre as quais muitas necessitam de leite em pó e fraldas geriátricas. 10 CRER EM REVISTA resumo Semana da Qualidade Videotransmissão de cirurgias ortopédicas No dia 13 de junho, o CRER recebeu o médico Francês Pierre Chambat, que veio ao Hospital a convite da equipe técnica para realizar duas cirurgias ortopédicas por A 3ª Semana da Qualidade do CRER foi via artroscópica com o também cirur- realizada de 25 a 28 de junho. O objeti- gião ortopedista Dr. Halley Paranhos. vo das ações e palestras propostas aos As cirurgias foram transmitidas do centro cirúrgico do CRER simultaneamente para o auditório da Instituição, onde 35 médicos or- colaboradores é reforçar os conceitos e práticas que devem ser assumidas no dia a dia para o seu bom funciona- topedistas de Santa Catarina, Rio mento e melhor prestação de serviço à Grande do Sul e outros Estados sociedade. Dentre a programação, des- acompanhavam os procedimentos. taque para palestra “Dedicação é Qualidade”, ministrada por Aguimar Silva, Reabilitar “Neguinho” (foto). Atendente na lan- O CRER sediou nos dias 14 e 15 de chonete Biscoitos Pereira, há 22 anos, junho o 20º Encontro Científico Iti- falou sobre “qualidade e motivação”, nerante Ottobock. “Reabilitar”, realizado pela que segundo ele fazem toda diferen- Evento discutiu o seg- ça. “A qualidade profissional nos co- mento, as tecnologias e atualizações loca ao patamar do sucesso. Você tem do setor de medicina e reabilitação. que ter orgulho do que faz!”, enfatizou Parceria social No dia 19 de junho, alunos da Escola da Rede Su Beauty atendereram cerca de 40 pessoas entre colaboradores, pacientes e acompanhantes com cortes de cabelo. A Rede Su Beauty é parceira do CRER e mensalmente promove esta ação. Doença de Pompe Neguinho, ao contar sua trajetória de vida, marcada pela superação e pelas conquistas que alcançou com o seu trabalho (leia mais nas páginas 26 e 27). O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) certificado segundo a NBR ISO 9001:2008 é uma ferramenta indispensável para a boa gestão do Hospital. Um evento para profissionais de saúde sobre a Doença de Pompe foi realizado no CRER, no dia 22 de junho. A atividade fez parte da programação da campanha de conscientização sobre a doença, promovida pela Academia Brasileira de Neurologia. De origem genética, a Doença de Pompe acomete o tecido muscular, levando a um quadro de miopatia debilitante e progressiva, que acarreta fraqueza muscular, deterioração da função respiratória, podendo levar à morte prematura. 1ª Semana da Enfermagem No mês de maio, a gerência de Enfermagem do CRER, com o apoio de toda a Instituição, realizou no auditório Valéria Perillo um ciclo de palestras voltado aos profissionais da área. CRER EM REVISTA 11 resumo Padre Luiz Augusto celebra missa no CRER O CRER recebeu, no dia 29 de junho, a visita do Padre Luiz Augusto para a celebração da missa do mês. A um grande público, dentre pacientes e familiares, colaboradores e voluntários, Padre Luiz falou da necessidade de cada um refletir sobre o que já fez durante o ano, fazendo uma avaliação para melhor direcionar sua vida na segunda metade de 2012. “No final de cada ano fazemos projetos e planos para o seguinte e muitas vezes não cumprimos, esquecemos e quando percebemos estamos novamente fazendo mais planos para um novo ano”, enfatizou o celebrante. Ao final da missa, em um clima de muita emoção, os pacientes do CRER receberam uma bênção pela saúde. Implante coclear O CRER realizou no dia 29 de junho as duas primeiras cirurgias de implante coclear, procedimento de alta complexidade, habilitado junto ao Ministério da Saúde no dia 01 de junho de 2012. Os primeiros pacientes a receberem o implante foram: Ivanna Márcia T. da Silva (48) e Anésio Anjos (62). Cada cirurgia durou cerca de três horas e envolveu uma equipe médica de mais 10 pessoas, liderada pelo médico otorrino Dr. Sérgio de Castro Martins. “É uma cirurgia delicada e de difícil execução, mas é tranquila para o paciente. As duas primeiras cirurgias que realizamos foram um sucesso”, avaliou o cirurgião. O procedimento, conforme explica o Dr. Sérgio, consiste em “implantar um aparelho que transforma o som que chega ao ouvido em eletricidade, que ativa o nervo do ouvido e leva ao cérebro”. O CRER é o único hospital do Estado que realiza Implante Coclear pelo Sistema Único de Saúde – SUS. As duas cirurgias foram transmitidas em tempo real para profissionais da área que acompanhavam do auditório do Hospital. Foram utilizados equipamentos de última geração com tecnologias inovadoras como, por exemplo, a monitorização intraoperatória, visando o conforto e segurança ao paciente. CEBAS Conforme Portaria nº 611, de 28 de junho de 2012, e segundo a Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, o CRER passou a ser reconhecido pelo Ministério da Saúde, como Entidade Beneficente de Assistência Social, recebendo o selo CEBAS Saúde, que confere ao Hospital a condição de entidade filantrópica prestadora de serviços à sociedade. Programa de Assistência Ventilatória A portaria nº 577, de 20 de junho de 2012, habilita o CRER no Programa de Assistência Ventilatória não invasiva aos portadores de Doenças Neuromusculares. 12 CRER EM REVISTA resumo Cara nova O CRER ganhou nova fachada, repaginada e com iluminação, no início de julho. A mudança é umas das ações promovidas em função da comemoração dos 10 anos do CRER. Segura, peão! O CRER promoveu, na tarde do dia 27 de julho, uma atividade lúdica com praticantes da Equoterapia utilizando touro mecânico. O exercício programado, sob coordenação da psicóloga Cledma Ludovico, desenvolve a estimulação sensorial e melhoria do equilíbrio, além de integração entre pacientes e familiares. Maurício Oliveira (foto), 10, tem paralisia cerebral e é paciente do CRER há oito anos. “Adorei a brincadeira. Mas é muito difícil aguentar esse boi”, contou. Além dele, dezenas de pacientes e familiares participaram da atividade. Arraiá de 10 anos do CRER O arraiá em comemoração aos 10 anos do CRER reuniu 1,5 mil pessoas, dentre colaboradores, voluntários, pacientes e familiares. O evento aconteceu no dia 7 de julho, na quadra de esportes da Instituição. O arraiá foi animado pelas tradicionais quadrilhas apresentadas pelos pacientes. Este ano, a novidade ficou por conta da quadrilha dos colaboradores (foto), que se apresentou pela primeira vez. 24 casais de colaboradores participaram da quadrilha, que teve duração de 30 minutos e tirou o fôlego do público presente. Os quadrilheiros surpreenderam a todos e foram bastante aplaudidos no final. Gilnorma e Emerson ganharam o prêmio de casal mais animado. Já a premiação do casal melhor caracterizado ficou com a dupla Marta e Alessando. Ian Beni (ver pag. 29), colaborador da Oficina Ortopédica e coreógrafo da quadrilha, também recebeu prêmio da Instituição em reconhecimento e homenagem pelo desempenho nos ensaios da apresentação dos colaboradores. Além das quadrilhas de pacientes e colaboradores, os grupos de dança convidados “Tradição” e “ Capim e Canela” também animaram o Arraiá de 10 anos do CRER. CRER EM REVISTA 13 14 CRER EM REVISTA arTIGo Sexualidade e reabilitação batalhas vividas diariamente. A sexualidade tende a ser deixada de lado. Muitos necessitam de um tempo para compreender as modificações do corpo, que antes dominavam. Tudo parece estranho e fora de controle, conviver com limitações, adaptações, intromissão, invasão, esquema corporal modificado. Há a necessidade de amparo social, familiar, multiprofissional, religioso, amigo. Todos somando forças na reconstrução de projetos e sonhos. Entretanto, cabe à pessoa um reencontro com seus desejos, que seguirão ao encontro da realidade em busca de maneiras adaptadas para não perder a sua capacidade de expressão. Os padrões comportamentais das relações humanas afetivas, e principalmente as de cunho sexual, tendem a seguir o mesmo caminho, seja bom ou ruim, aprendido antes da deficiência. Diante dessa, haverá crises, novos limites e possibilidades a serem delimitados e encarados, e por certo, uma maior ocorrência de conflitos. Alguns desistem. Casais se divorciam. Filhos abandonam pais. Sociedade exclui mentes criativas. Outros insistem, choram, caem e se levantam reinventando novas formas de expressar afetos e desafetos. A lágrima, o olhar, a pele, o sorriso passam a comunicar como nunca fizeram antes. Amantes se tocam de formas diferentes, antes nunca imaginadas. A acessibilidade da pessoa com deficiência é um grande diferencial para a promoção da saúde emocional. Tendo a sua capacidade criadora e produtiva restabelecida, pode retomar também projetos vinculados às atividades sexuais e as de cunho reprodutivo. O sonho de ter filhos precisará de suporte. Atividades de psicoeducação, assistência multiprofissional e programas de fertilidade assistida fazem, em muito, a diferença para quem não poderá realizar seus sonhos sem esse respaldo. Cabe a equipe de reabilitação oferecer suporte para a promoção da saúde/satisfação na relação sexual de deficientes e seus (suas) parceiros (as), não permitindo que esta chama se apague. “ Quanto mais emocionalmente saudável é a pessoa mais vínculos afetivos ela constrói, desenvolve e expressa seus afetos de maneira harmônica e respeitosa, tanto para si quanto para aqueles com quem se relaciona (...). “ S exualidade é um termo amplamente abrangente que engloba inúmeros fatores e dificilmente se encaixa em uma definição única e absoluta. Pode-se dizer que é traço mais íntimo do ser humano e como tal, se manifesta diferentemente em cada indivíduo, de acordo com a realidade e as experiências vivenciadas pelo mesmo. A sexualidade tem sido comumente utilizada como aspecto estritamente vinculado às atividades sexuais. No entanto, a sua expressão não se prende apenas a essas relações. Esta força, esta energia que promove movimento e vida, é expressa na capacidade criadora de cada indivíduo, em todas as atividades socialmente produtivas, e deve em grande parte ser direcionada para o estabelecimento das relações interpessoais e afetivas de diversas ordens. Nessas relações, a sexualidade não se direciona apenas para fins reprodutivos, mas para a realização do prazer. Quanto mais emocionalmente saudável é a pessoa mais vínculos afetivos ela constrói, desenvolve e expressa seus afetos de maneira harmônica e respeitosa, tanto para si quanto para aqueles com quem se relaciona, ou mesmo para os objetivos aos quais direciona sua energia vital. No contexto da reabilitação, as dores físicas e emocionais estão presentes com grande força. A princípio, questões como sobrevivência, capacidade para o autocuidado e a retomada dos papéis familiares e sociais assumem prioridade para as pessoas envolvidas com o contexto promovido pela doença. São muitas perdas, desafios e escolhas a serem enfrentadas nas Janine Oliveira de Paula, enfermeira, Suely Toshie Inoue, terapeuta ocupacional, Grasiela de Oliveira Mota e Sônia Helena Adorno de Paiva, psicólogas. CRER EM REVISTA 15 16 CRER EM REVISTA eMpreSaS MaNTeNeDoraS Pioneirismo e dedicação a trajetória do Grupo Unicom começou em 1981 quando o empresário Luis César Sales fundou em Brasília uma pequena loja de materiais médico-hospitalares. Dedicação, qualidade e preços diferenciados ajudaram o negócio a ganhar proporção. Dois anos depois, a primeira drogaria do Grupo foi inaugurada na mesma avenida, a famosa Rua das Farmácias. A ideia era atender os clientes na totalidade. O pioneirismo de trabalhar com medicamentos e produtos exclusivos consolidaram a Unicom como uma das empresas mais respeitadas da capital federal. O empresário sempre acreditou no respeito aos clientes como um dos principais alicerces das empresas de sucesso. Constantemente, identificava as necessidades e demandas na área da Saúde para atender melhor a todos que procuravam as lojas da Unicom. Por isso, em 2000, apostou na nova política de medicamentos brasileira e inaugurou a Drogaria Genérica, mais uma marca do Grupo. A loja se destacou pela variedade, condições de pagamento e excelência de estoque. Desde o começo, o Grupo Unicom oferece aos clientes conceitos diferenciados e uma extensa cartela de medicamentos, desde os mais simples, até os mais complexos, como antibióticos de última geração, antivirais e oncológicos. Essa preocupação em oferecer diversidade e qualidade foi perpetuada e hoje, mais de 30 anos depois, o Grupo é conhecido como o verdadeiro “Shopping da Saúde”, onde o cliente encontra tudo para seu bem-estar. São mais de 10 mil produtos que abrangem áreas distintas. Clientes do Shopping da Saúde encontram desde artigos para uso doméstico e hospitalar a alimentos diet e light. São produtos de ortopedia, fisioterapia, odontologia, laboratório, prevenção, diagnóstico, primeiros socorros, linhas farmacêuticas, equipamentos e móveis hospitalares, instrumentos ci- rúrgicos, descartáveis e injetáveis. As drogarias da Unicom ainda dispõem de artigos de higiene e prateleiras completas de perfumaria, maquiagem e o que há de melhor no mercado da beleza. Outra marca do Grupo são os serviços disponibilizados em prol do bem-estar e melhora da saúde de quem precisa de atenção especial. Diabéticos e hipertensos contam com atendimento diferenciado e gratuito, por meio de um cadastro exclusivo das lojas Unicom. Esse cadastro é feito pelos farmacêuticos das unidades e permite a construção de uma relação terapêutica efetiva, identificando junto aos que estão em tratamento os principais problemas e o estado de saúde em geral. Os farmacêuticos atuam de forma responsável, dentro de seu escopo de trabalho, e dão orientações quanto ao uso dos medicamentos, possíveis interações e, quando necessário, podem encaminhar a outros profissionais da saúde. O intuito é reafirmar o compromisso de funcionar como um shopping da saúde e um centro de atenção à comunidade, contribuindo para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Valores atrelados à busca pela inovação resultaram em uma instituição sólida e reconhecida na área da Saúde, respeitada por parceiros e fornecedores, da qual o Grupo orgulha-se de ter construído. A pequena loja que nasceu na Rua das Farmácias, em Brasília, transformou-se em uma empresa com mais de 400 colaboradores capacitados e 15 unidades que atendem três cidades brasileiras: Brasília, Goiânia e Palmas. Grupo Unicom em Goiânia Goiânia conta com três unidades do Grupo Unicom. A proposta é a mesma: primazia na qualidade do atendimento e diversidade de produtos e serviços, uma marca já registrada da instituição. A preocupação com o bemestar dos clientes é explicitada nas ações oferecidas pela empresa, em especial a atenção aos diabéticos. Assim como em outras cidades, as lojas da capital goiana possuem equipes capacitadas, que estão a postos nas drogarias com intuito de auxiliar sobre aspectos relacionados à Diabetes. Dicas e informações como a maneira de aplicação da insulina, dentre outros pontos essenciais, são repassadas aos clientes da Unicom. Responsabilidade Social Unicom Bem-estar e saúde são dois conceitos primordiais para o Grupo Unicom. Para os idealizadores e colaboradores da empresa, o sucesso e o crescimento da instituição estão diretamente atrelados à preocupação com a qualidade de vida das pessoas. Por isso, a Unicom realiza diversas iniciativas em prol das comunidades em que atua. Ações socioeducativas nas áreas da saúde, educação, lazer e alimentação saudável fazem parte do escopo de trabalho do Grupo e são promovidas em eventos e feiras esportivas, órgãos públicos, além de datas comemorativas. São as chamadas “Campanhas de Conscientização”. A empresa leva até esses locais um estande com profissionais especializados. A idéia é conscientizar a população sobre a importância de ir ao médico constantemente e incentivar a prática de atividade física, assim como de outras atividades que contribuam para a qualidade de vida. No estande é possível a aferição de frequência cardíaca, pressão arterial, colesterol, triglicérides e glicemia. Farmacêuticos e médicos tiram dúvidas e montam um perfil, chamado de “Avaliação Vida Ativa”, para cada pessoa atendida. Quem participa das Campanhas de Conscientização da Unicom recebe um mapeamento do corpo, apontando índice de gordura, massa magra, peso recomendável, dentre outros índices. Assessoria Unicom CRER EM REVISTA 17 eSpaço Do paCIeNTe “Minha alegria contagia” C om um jeito genuinamente ‘mineirim’, Paulo confirma, por telefone, a entrevista à reportagem da Crer em Revista. “Quando você ver um homem bonito e dos olhos claros, sou eu mesmo”, explica, seguido de uma boa gargalhada e antes de encerrar a ligação. É com esse bom humor inabalável que Paulo Luiz Parreira de Freitas leva a vida e, facilmente, cativa a todos. Com um sorriso permanente na face e, de fato, reluzentes olhos azuis (que segundo ele podem oscilar para verdes, “depende da preguiça”, brinca), Paulo nos conta como superou as surpresas da vida e as expectativas que lhe foram impostas. Vésperas da virada do ano de 1990, Paulo estava com a família em Ituiutaba – MG, sua cidade natal. Durante um salto de uma cachoeira, Paulo teve uma lesão medular e sequer conseguiu finalizar o salto. Antes mesmo de cair na água, já notou que perdera o movimento das pernas e braços. En18 CRER EM REVISTA caminhado ao hospital de Uberlândia, Paulo teve tetraplegia diagnosticada, resultado de grave lesão na medula. “Os médicos me disseram que eu jamais voltaria a movimentar meu corpo do pescoço para baixo. Falaram que eu viveria em cima de uma cama”, lembra Paulo, que à época tinha 33 anos. “Tudo na vida é construído com um alicerce. O meu foi Deus, minha família e os profissionais que participaram da minha recuperação”. Ele recorda que, evidentemente chateado com o diagnóstico, chamara a esposa, com então 25 anos, e dissera para seguir a vida dela. “Enquanto você respirar, estarei ao seu lado”, respondeu a companheira. Auricelma Isabel Parreira de Sousa, 46, nunca deixou o marido e o acompanha sempre em todos os lugares. “Essa mulher é uma guerreira”, define Paulo, que tem sentada ao seu lado a inseparável esposa. Pela impossibilidade de ser transferido para Goiânia, onde Paulo vivia com a família, o paciente permaneceu por dois anos em Minas Gerais, onde iniciou a reabilitação com sessões de fisioterapia no Hospital da Universidade Federal de Uberlândia. A persistência e força de vontade de Paulo foram seus principais aliados na surpreendente recuperação que alcançara. “Sou muito teimoso. Nada me atrapalha”, diz Paulo, numa autodefinição. O paciente permanecera cerca de dois anos e meio sem nenhum movimento do corpo. “Só ficava na cama. Não mexia nada”, conta. “Até que certo dia consegui mexer meu dedão do pé direito. Dias depois, a perna. E logo, movimentei meus braços”, rememora o paciente. Não levou muito tempo para que a persistência de Paulo o colocasse de pé novamente. Três anos após o acidente que lhe deixara tetraplégico, ele conseguiu ficar em pé na cama, com a ajuda da esposa. Esse foi o primeiro passo dos muitos outros que ele deu. “Quando consegui ficar em pé, me senti alto demais. Era como se eu estivesse no paraíso”, recorda o paciente, que não esconde a emoção pela conquista. “Na hora, não conseguimos segurar o choro. Foi muito emocionante”, completa Auricelma. As alegrias na vida de Paulo e Auricelma não pararam por aí. Pais de Lorena Isabel, Osvaldo Rosa de Freitas Neto, o casal aumentou ainda mais a família com a chegada de Luiz Paulo. O filho caçula nascera três anos após o acidente e deixou as vidas de Paulo e Auricelma ainda mais feliz e completa. “Quando engravidei foi um susto porque meu outro filho do meio já tinha 10 anos. Pensei que tinha esquecido como cuidava de um bebê”, diz a mãe. “Pra mim foi uma alegria enorme. Ela chorava e eu ria, festejava, beijava a barriga dela”, celebra Paulo. casa ” “O CRER é a minha segunda Paulo Luiz iniciou tratamento no CRER em novembro de 2003 e, mesmo com a dificuldade motora, caminhava sozinho. Antes de chegar ao Centro de Reabilitação, Paulo fez tratamento em casa e também na Colônia Santa Marta, em Goiânia Dra. Ana Cristina Ferreira Garcia, médica fisiatra que acompanha Paulo no CRER, explica que com o tratamento de reabilitação, o paciente evoluiu do quadro de tetraplegia para tetraparesia, com a recuperação parcial dos movimentos. “Mesmo sem apresentar toda sensibilidade e força, ele consegue se movimentar”. Segundo a fisiatra, melhoras em lesões medulares podem ocorrer. Paulo já frequentou o CRER diariamente. Teve uma agenda intensa com sessões de hidroterapia, natação, fisioterapia, terapia ocupacional e equoterapia. Atualmente, mantém o tratamento com sessões semanais das três últimas terapias. “Venho tanto no CRER que eu deveria ter um puxadinho aqui”, declara Paulo, que agora também vai receber atendimento no programa Agir + Saúde. O paciente, que está no Hospital há quase 10 anos, acompanhou toda a ampliação da Instituição e se diz emo- cionado com a evolução. “O crescimento do CRER é deslumbrante. Isso aqui representa a minha segunda casa”, completa. “A dedicação de todos os profissionais também é impressionante. Aqui, todo mundo é bem tratado, bem recebido da chegada até a saída. É gostoso demais. Só tenho a agradecer”. A entrevista é interrompida várias vezes. Colaboradores, de todas as áreas do CRER, e outros pacientes abordam Paulo o tempo todo para cumprimentá-lo e trocar um “dedim de proza”. “Sou muito popular. Aqui tenho muitos amigos e aprendi muito com essas amizades”, justifica as interrupções. Nas sessões de Equoterapia, Paulo Luiz vai além: canta, faz poesias e ainda promove festas. “Em termos de motivação e força de vontade, ele é fantástico”, explica a psicóloga Sônia Helena, que acompanha o paciente na Equoterapia. Ela destaca também que outro diferencial no tratamento de Paulo é o amparo afetivo que recebe. “A esposa tem um papel fundamental. É participativa e aderente ao tratamento. Um caso raro”, diz Sônia. Há três anos, o paciente foi submetido a uma cirurgia de artrodese na cervical, para descomprimir a medula óssea, onde recebeu 10 parafusos para dar sustentação à coluna. Atualmente, Paulo Luiz consegue caminhar em casa, mas ainda apresenta dificuldade e conta com o auxílio de muletas do tipo canadense. Em eventos e até mesmo no CRER, Paulo prefere a cadeira de rodas. “Esse hospital ficou muito grande. Com a cadeira, me desloco mais rapidamente”, explica. Agora aposentado, o ex-caminhoneiro desenvolveu várias habilidades. A que chama atenção e faz sucesso é a confecção de tapetes de retalhos, atividade desenvolvida nas sessões de terapia ocupacional e aproveitada comercialmente. O objetivo é estimular aspectos cognitivos, percepção, autoestima, socialização e capacidade de criação, onde Paulo se superou. O paciente faz belíssimos tapetes, que são disputados pelos interessados. Sem perder o amigo, e a piada, Paulo Luiz diz que vive feliz. “Não tenho que reclamar de tristeza. Acho que minha alegria contagia. Minha luta inspira outras pessoas”. Estudioso Espírita, Paulo acredita que a doutrina o ajudou muito a superar os impasses da vida. “Temos de buscar Deus em todos os lugares”, conclui. Acompanhado da Sup. Multiprofissional do CRER, Divaina Alves, Paulo pratica equoterapia CRER EM REVISTA 19 É BoM SaBer Diagnóstico de autismo depende muito da observação familiar Como não há exames específicos para a detecção do transtorno, e suas causas são desconhecidas, o relatório familiar é a maior base do diagnóstico autista. T ranstorno Invasivo do Desenvolvimento (TID). Essa é a classificação dada pela Associação Americana de Psiquiatria para o autismo, patologia categorizada pelo desenvolvimento anormal do indivíduo, e que se manifesta geralmente até os três primeiros anos de idade, quando a criança começa a mostrar perturbação nas interações sociais, comunicação e comportamento. Estima-se que existam no Brasil cerca de 100 mil pessoas com autismo. Alguns autores apontam que a cada 10 mil nascidos, 21 bebês sejam autistas (sendo 4 a 5 vezes maior em meninos, em relação às meninas), mas a indicação da incidência do TID tem variado em função do aprimoramento dos meios de investigação e de rigor em classificar alguém como autista, já que seu comportamento pode ser meramente reflexo da influência de seu ambiente. Sendo assim, diagnosticar o autismo é tarefa delicada, e ge20 CRER EM REVISTA ralmente muito embasada pelo depoimento familiar da pessoa. Atualmente, exames bioquímicos, cromossômicos e eletroencefálicos ajudam a esclarecer o quadro, já que algumas crianças autistas apresentam aumento dos ventrículos cerebrais que podem ser vistos na tomografia cerebral computadorizada (em adultos, as imagens de ressonância magnética podem mostrar anormalidades cerebrais adicionais), mas tais resultados servem apenas de amparo. De causa desconhecida, estudos indicam que o autismo pode ser em parte, genético. Isso porque nos casos de gêmeos idênticos, ambos tendem a apresentar a desordem comportamental. Os principais sintomas a serem observados é a dificuldade de reconhecer a estímulos auditivos e visuais e a expressar comunicação corpórea. A criança autista também não interage em jogos em grupo, evita o contato no olhar e tem uma anormalidade específica em expressar e reconhecer emoções. Entretanto, o nível de inteligência não é, necessariamente, atingido, já que nos casos de autismo, a inteligência fica entre a subnormal e acima do normal, com maior sucesso em tarefas que requerem memória simples. Além desses sintomas, o autista tende a sofrer de fobias, perturbações do sono e da alimentação e crises de choro ou de agressão (tanto ao próximo, como de autolesão). É importante salientar que nem todos os autistas apresentam todos esses sintomas associados, e que a patologia não compromete a expectativa de vida. Crianças autistas com inteligência subnormal, avaliadas em testes padrão e com resultados de QI abaixo dos 50 pontos, provavelmente irão precisar de cuidado institucional em tempo integral. Já as crianças com QI considerado normal se beneficiam de educação regular, porém, inclusiva, e psicoterapia. A Fonoterapia é indicada e indicada precocemente bem como a terapia ocupacional e a fisioterapia. Elis Mendes Louza Júnior, 33 anos, autista, durante prática de equoterapia no CRER COMO SABER SE A CRIANÇA TEM AUTISMO? • Geralmente, a criança apresenta, pelo menos 50% dos sintomas abaixo relacionados, e que podem variar de acordo com a intensidade e a idade; • Dificuldade em interagir com outras pessoas; • Repetição de gestos idênticos; • Resistência a mudar de rotina; • Risos ou choro inapropriados; • Tem algumas fobias, e por outro lado, não teme os perigos; • Pouco contato visual; • Pequena resposta aos métodos normais de ensino; • Aparente insensibilidade à dor; • Ecolalia (repetição de palavras ou frases); • Conduta reservada; • Dificuldade em aceitar carinho; • Hiper ou hipo atividade física; • Angústia sem razão aparente; • Age como se não ouvisse; • Apego inapropriado e objetos; • Habilidades motoras e atividades motoras desiguais, e dificuldade em expressar suas necessidades (usa sinais para os objetos em vez de palavras). Texto: Patrícia Bulbovas Matéria retirada da edição nº 29 da Revista Mundo da Inclusão | Editora Minuano. CRER EM REVISTA 21 MeIo aMBIeNTe Do lixo ao luxo Reciclagem de ideias transforma contêineres em lojas espalhadas em todo o País e colabora com a preservação do meio ambiente C ontainer, segundo o dicionário da Língua Portuguesa, é um recipiente de metal ou madeira, geralmente de grandes dimensões, destinado ao acondicionamento e transporte de carga em navios, trens, entre outros. Já no conceito da sustentabilidade, container pode ser uma boutique de moda, uma agência de propaganda ou até mesmo uma temakeria. Foi assim, reciclando ideias, que a Container Ecology Store começou o negócio e expandiu a marca para todo o País. A ideia surgiu em 2008, quando o empresário gaúcho André Krai viu a oportunidade de transformar contêineres velhos em boutiques de moda. Além do visual moderno que proporcionam, ainda atendem a uma demanda cada vez maior de obras sustentáveis, ecologicamente corretas. As primeiras lojas foram em Xangri-Lá, no litoral do Rio Grande do Sul e em Florianópolis, na Praia dos Ingleses. O projeto, como era de se esperar, despertou a curiosidade de quem conhecia. Com uma proposta que une sustentabilidade e praticidade em diversos tipos de negócios, a Container Ecology Store, que considera ser a única franquia totalmente sus22 CRER EM REVISTA tentável do mundo, tem chamado atenção e ganhado mercado com mais de 40 lojas espalhadas no Brasil. O trabalho vem atraindo cada dia mais empresas para desenvolver seus produtos e projetos. Para a edificação das lojas são utilizados materiais reciclados como contêineres com mais de 20 anos de uso. A franquia pode ter um ou mais contêineres, cada um com 30 metros quadrados. Eles são pintados de laranja, para chamar a atenção. Tirando a cor, a frente é de um contêiner original, com sua autêntica e pesada porta. Na lateral, o aço foi cortado em um retângulo para colocar a vitrine. A arara é um corrimão velho de ônibus, parte do piso também é de ônibus. O tambor de óleo cortado pode virar puff e os decks são feitos com casca de arroz. Todo esse reaproveitamento de material derrubou os custos pela metade comparando com uma loja tradicional e com um pouquinho de decoração aqui e ali transformou sucata em uma boutique de luxo. Para não esquentar, as cha- pas de aço das paredes são revestidas de isopor e madeira. O espaço ganha provadores, espelhos, prateleiras, TV e iluminação. E em uma semana a loja-contêiner está pronta. Além de luxuosa, as lojas não perdem nada em conforto e modernidade. A composição forma um ambiente arrojado, inovador e sustentável, que se destaca de forma positiva na cidade. Segundo a empresa, a utilização de materiais reciclados para a construção das lojas evita que 500 árvores sejam cortadas, uma grande contribuição a favor da preservação da natureza. Em Goiânia, a moda sustentável dos contêineres tamLoja em Goiânia também aposta no modelo sustentável bém já chegou e faz sucesso. A loja, que segue o padrão de três contêineres e a cor laranja, é uma aposta do casal de empreendedores Pollyana Moraes e João Augusto, que viram no projeto uma maneira moderna, sustentável e chique de oferecer roupas femininas e masculinas, de variadas marcas, ao exigente e de muito bom gosto público de Goiás. Quem visitou Gramado, RS, durante o mês de julho conferiu uma vila feita com contêineres usados. Em parceria com o Grupo RBS, a Container Ecology Store montou a Estação Gramado com mais de 20 contêineres. Grandes marcas patrocinaram o projeto sendo elas Banco Itaú, Ponto Frio, Natura, Hyundai, Melitta, Magnum e apoio da Prefeitura de Gramado. Entre as várias atrações como pub, pista de patinação, arena kids e cafeterias, se destaca a primeira câmera fotográfica em container. O aparelho tem cerca de 6 metros de comprimento e possui um sistema simples e divertido: basta subir na máquina, apertar o botão, e a foto sai na mesma hora em uma tela gigante. Fonte: Site Container Ecology Store http://www.lojacontainer.com.br/ Câmera fotográfica em container chama atenção dos turistas em Gramado/RS CRER EM REVISTA 23 por DeNTro Do Crer Valeu a pena Crer! Centro de Reabilitação chega aos 10 anos como referência em gestão e atendimento de excelência o CRER está completando 10 anos de atendimento prestado à sociedade, notadamente à pessoa com deficiência física e auditiva. Foi no dia 25 de setembro de 2002 que o CRER abriu suas portas para fazer a diferença na vida de milhares de pessoas. Nesta década de serviços prestados, superamos a marca de 6,6 milhões de procedimentos realizados. A missão do CRER sempre foi oferecer excelência no tratamento aos pacientes que buscavam no Hospital uma oportunidade de superação. Para isso, priorizou o atendimento humanizado e a modernidade técnica para alcançar o patamar de referência em instituição de reabilitação e readaptação. Administrado pela Associação Goiana de Integralização e Reabilitação – AGIR, o CRER teve todos os seus recursos reinvestidos na manutenção, inovação e ampliação dos serviços prestados. Nossa caminhada foi marcada pelo dinamismo e crescimento acelerado da Instituição, tanto em área física, quanto em atendimento de excelência. Conseguimos, ao longo desses 10 anos, ampliar nossa área construída de 8.823 metros² para 27.089,97 metros². Construímos novos ginásios, consultórios, piscinas, laboratórios, entre outros espaços que passaram a fazer parte da nossa estrutura física. Também inauguramos 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva e um novo e moderno centro cirúrgico para procedimentos de alta complexidade. Além da área física, ampliamos também nossos serviços prestados, que são distribuídos em quatro grupos principais: Reabilitação, Internação, Centro Diagnóstico e Oficina Ortopédica. Tudo isso soma, diariamente, mais de 4, 1 mil procedimentos realizados no Hospital. Com a expansão, o número de pacientes atendidos e, logo, de profissionais que atuam no CRER, também cresceu. Com isso, estrutura moderna e completa somada a profissionais capacitados, o CRER se configura apto a receber e atender necessidade de 24 CRER EM REVISTA saúde de qualquer perfil de paciente. Ao contrário do que acontecia há 10 anos, quando o CRER apenas recebia o paciente em fase de reabilitação, agora o Hospital já pode recebê-lo desde o início do tratamento, oferecendo recursos antes não possibilitados. O CRER avançou também no ensino e pesquisa. Além de realizar eventos científicos anuais, desde o primeiro ano de atividades, o CRER também oferece residências médicas em medicina física e reabilitação, desde fevereiro de 2007, e em radiologia e diagnóstico por imagem, iniciada em março de 2012. Ambos os programas de residências médicas são certificados pelo MEC. Além disso, o CRER também promove cursos de aperfeiçoamento profissional e especialização médica. Passo a passo, conquista por conquista. É assim que o CRER chega aos 10 anos e segue sua jornada, inspirado por grandes números, grandes histórias, grandes parceiros, resultados e muita superação que nos remetem à certeza de que valeu a pena crer. Qualidade Desde sua concepção, o CRER objetivou traduzir no planejamento das ações sua filosofia de trabalho. Abriu as portas em setembro de 2002 com grande parte das rotinas formatadas, o que possibilitou, quatro anos mais tarde, a obtenção da certificação segundo a Norma ISO 9001:2000. Em 2009, obtemos a recertificação, já na versão ISO 9001:2008. O CRER cumpre rigorosas metas de produtividade e alcança indicadores de desempenho. A exemplo do índice de satisfação do paciente, que alcança 98% da satisfação global. CRER EM REVISTA 25 Superação Neguinho, durante o programa do Jô Soares, demonstra a sua grande habilidade de migrar o leite de um copo para outro sem derramar. A preparação e o atendimento sempre personalizado cativam clientes fiéis, admiradores do seu trabalho Exemplo inspirador Com criatividade e muito trabalho, balconista de lanchonete transforma a sua história de vida e é agente de motivação para profissionais de várias áreas N ascido em uma família humilde de Damolândia, município do interior de Goiás, Neguinho veio para Goiânia quando tinha apenas quatro anos de idade para morar em uma casa de tábua, no lote da tia. Seu pai foi trabalhar como servente de pedreiro e a mãe lavar roupa “pra fora”. “Com oito anos de idade já tinha aquela sede, aquela vontade de ajudar. A primeira vez que mexi com panela em casa, quase apanhei. O que tinha eu fiz - arroz, feijão e torresmo. Quando a minha mãe chegou eu falei – a comida já está pronta para a senhora ganhar tempo”, lembra da época em que já sentia o desejo de traçar uma trajetória diferente para a sua vida. “Aos doze anos eu queria muito mais do que ajudar a minha mãe, eu queria fazer a minha história e sair da dificuldade. Nunca vi a dificuldade maior do que eu”, completa. Balconista há 22 anos de uma lanchonete da capital, a Bis- 26 CRER EM REVISTA coitos Pereira, hoje é conhecido por seus malabarismos no preparo do “café do Neguinho”, sua incrível habilidade em fazer contas sem calculadora, conhecer os clientes pelo nome e por dominar como poucos a arte da comunicação. “Eu descobri que se eu fizesse a diferença, a retribuição viria”. Pela maneira como lida com o público, seu profissionalismo e a alegria com que realiza seu trabalho diário, em 2004, Neguinho recebeu o convite do gerente de um grande banco para ministrar uma palestra aos funcionários da sua empresa. Em nota, um jornal da cidade publicou - Fenômeno do povo: balconista de lanchonete é convidado para falar de atendimento para bancário. A partir de então, ampliou-se o leque de suas grandes habilidades. Falando de forma simples e descomplicada para profissionais dos mais variados setores de Goiás, bem como de outros estados, o grande comunica- dor apresenta sua história de vida e as conquistas que já obteve por meio de seu trabalho, em um depoimento contagiante. “Eu amo o que eu faço. Trabalho é estrutura, é fundamento e a realização do sonho de todo ser humano. O ser humano nasce e cresce achando que trabalho é problema, trabalho é solução”, declara Neguinho, com o conhecimento de quem alcançou grandes vitórias pelo esforço do labor diário. Em um rápido levantamento, calcula já ter feito mais de duzentas palestras pelo Brasil inteiro, sendo que só neste ano já esteve em Mato Grosso do Sul, Tocantins, Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, cidades do interior de Goiás e 4 cidades de São Paulo, apresentado-se para públicos de médias e grandes empresas, nacionais e multinacionais. “Quando eu faço uma palestra a minha maior preocupação é o dever que eu tenho com Deus de distribuir, para as Foto: Arquivo pessoal pessoas que quiserem ouvir, aquilo que serviu de exemplo para mim”. Ponto de partida – Neguinho começou a trabalhar aos doze anos de idade em uma oficina de bicicleta. “Desde aquela época, eu já usava a criatividade a meu favor”, gaba-se, informando que foi ele o inventor da luz de freio de bicicleta. O que pode parecer não ter muita utilidade, segundo ele resultou em muito serviço. “Menino gosta de ver a luzinha piscando e isso me rendeu dinheiro”. “Eu sempre fui um sonhador, e o meu primeiro objetivo era juntar dinheiro para montar uma casa para minha mãe, dar móveis a ela”, declara Aguinaldo, que bem humorado garante que só é conhecido assim nas contas a pagar. Neguinho conta que depois de nove meses juntando suas economias para comprar uma geladeira, que daria como presente de Natal à sua mãe, Maria Aparecida da Silva, teve seu sonho quase frustrado quando todo o dinheiro economizado e guardado em casa desapareceu. “Quase desisti do sonho, mas um mês antes do Natal, aconteceu de trocar de empresa e com o dinheiro do acerto, ao invés de comprar uma mobilete ou outra coisa qualquer que os meus amigos estavam comprando, eu fui lá e comprei a geladeira”, conta orgulhoso da sua primeira conquista, a que abriria caminho para tantas outras que, como mesmo declara, garantiram a ele e à sua família uma vida confortável. Participação no quadro “O Curioso” do Fantástico, 2010, apresentado pelo ator Lázaro Ramos (de costas) Falar com Neguinho dá a qualquer pessoa uma grande injeção de ânimo. “- Tudo bem Neguinho? - Tudo ótimo! Já tentei ficar ruim, mas não consegui!” . Assim muitas vezes é o início de uma conversa com ele. Viver não lhe causa cansaço ou esmorecimento, é difícil imaginar que ele se abata com as dificuldades, ao que parece o seu olhar está sempre direcionado para o lado positivo das coisas, situações, pessoas e de si mesmo. Neguinho é o tipo de pessoa que o calor das adversidades moldoulhe um coração alegre e uma força de vontade ativa e transformadora, manifestada em seu trabalho. Tesouro – Casado há 19 anos com Luzinete Magalhães da Conceição Silva, Neguinho em suas conversas e palestras declara sempre o amor pela esposa, e o quanto ela e seus filhos lhe servem como sustentação e o incentivam a seguir adiante. Ao exibir fotos da prole, Nathália Jéssica, Wanderson, Nayara Jéssica, a Jessiquinha, Festa em família - “Jessiquinha” (ao centro) comemora aniversário rodeada pela e Aguimar Júfamília. Neguinho, Aguimar Júnior, Luzinete e Nathália nior, a figura do grande vendedor se afasta e abre espaço para o pai, cheio de orgulho e alegrias, que diz passar aos filhos valores para que tenham sucesso em suas vidas. CRER - Jessiquinha, que tem paralisia cerebral, fez tratamento durante oito anos no CRER. “Minha filha melhorou muito, eu nem imagino como ela estaria hoje, dez anos depois, se não tivesse passado pelo CRER”. Ao lembrar a gravidez de risco, as idas da esposa com a filha ao Hospital Sarah, em Brasília, em condução da OVG, o tratamento realizado no CRER, com a esposa tendo que carregar sua filha utilizando o transporte coletivo, Neguinho garante que todo o empenho valeu a pena por hoje ver sua filha inteligente e feliz, frequentando a escola tradicional, mexendo com habilidade no computador, ver sua esposa com a autonomia de quem possui carro próprio e tem a liberdade de ir aonde deseja, e os filhos estudando e se preparando para um futuro promissor – a mais velha, Nathália, cursa psicologia. “O dia que o CRER precisar de mim, estou à disposição!”, finaliza Neguinho de forma taxativa, afirmando que a palestra realizada por ele durante a 3ª Semana da Qualidade (ver pág. 11), em junho passado, é muito pouco diante de tudo o que ele e sua família receberam do CRER. “Minha gratidão é eterna!” CRER EM REVISTA 27 agenda Setembro >>> Curso do CRER de Patologias da Mão Data: 14 e 15 de setembro de 2012 Local: Auditório do CRER - Goiânia – GO Informações: www.crer.org.br / (62) 3232-3115 Transmissão por Videoconferência do 66º Encontro da AACPDM Academia Americana de Paralisia Cerebral. Data: 14 e 15 de setembro de 2012 Local: Auditório do CRER - Goiânia – GO Informações: www.crer.org.br / (62) 3232-3115 Outubro >>> X Jornada Científica do CRER Parcerias Mai / Jul Academia Ouro Fitness Ad’oro Restaurante Além da Lenda Restaurante e Adega Asmego Baiano Folhagens Baiano Folhagens e Verduras Buriti Shopping Caldo 24 Horas Carretas Mutirão Cateretê Restaurante Bar Catral Celson & Cia Bar e Costelaria Cevel Churrascaria e Pizzaria Candeeiro Churrascaria Gramado Churrascaria Lancaster Grill Churrascaria Montana Grill Ciplac Luminosos Clínica Premium Crispim+Veiga Dali Bar e Taberna Equilíbrio e Saúde Centro Clínico Escola Internacional de Goiânia Flamboyant Shopping Center Fraldas Kisses Fran’s Café Gessolar - Irmãos Chiarello Ltda Goiás dá Sorte - Associação Universidade Ativa Grupo JBS – Friboi Leites Piracanjuba Leroy Merlin Lig Tec Serv. Técnicos em Telecom Livraria Saraiva Macom Instrumental Cirúrgico Mandarin Spa Urbano Meta Hospitalar Mix Med Distribuidora de Medicamentos MV Sistemas. Novartis Biociências S/A O Boticário Otto Bock do Brasil Outback Steakhouse Pitigliano Pizzaria Renauto Nissan República da Saúde Empório e Restaurante Restaurante Bendita Tapioca Restaurante Piquiras Super Frango Tend Tudo Typ Academia Unicom Viação Paraúna Linguagem e Motricidade Data: 04 e 05 de outubro de 2012 Local: Auditório do CRER – Goiânia – GO Informações: www.crer.org.br / (62) 3232-3115 Convênios atendidos no CRER II Congresso Internacional de Saúde Mental e Reabilitação Psicossocial Data: 03 de outubro de 2012 Local: Centro de Eventos Plaza São Rafael - Porto Alegre – RS Informações: saudemental2012@officemarketing. com.br Novembro >>> 44º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia Data: 15 a 17 de novembro de 2012 Local: Centro de Convenções da Bahia – Salvador – BA Informações: [email protected] 28 CRER EM REVISTA Affego Amil Casbeg Cassi Celgmed Correios CREA Fassincra Fusex Geap IMAS Ipasgo Plan-Assiste Saúde Caixa SENAPREV SUS Unimed perFIL Do CoLaBoraDor Quem dança, a timidez espanta “ D ance de acordo com cada música, ritmo e interpretação, pois os passos, o brilho e o show da vida quem dá é você”. Mais que uma frase, essa é uma teoria de vida de Ian Beni. Dançarino e coreógrafo, Ian, 35, conquistou com a dança a satisfação emocional, pessoal e profissional. Sempre presente nos palcos, Ian conta que era “hiper tímido” e que isso atrapalhava muito a vida dele, em todos os aspectos. “Eu parecia um bichinho do mato”. Com a dança, aprendeu a se expressar, trabalhar em grupo e desenvolveu espírito de liderança. “Foi o primeiro avanço para mudar o ser Claudiney para Ian”, diz. Claudiney Batista da Purificação é nome de registro de Ian, que foi alterado após participar de um batismo em um grupo espiritual da comunidade evangélica que frequentava, há 7 anos. Segundo ele, a escolha do nome é feita pela liderança do grupo. “Ian significa a ‘divindade de Deus no ser’. Beni quer dizer ‘filho’”, explica. Ian então assumiu o nome, pelo qual hoje é reconhecido, principalmente no âmbito artístico. “Claudiney é uma pessoa. Ian é essa pessoa renovada”, esclarece. Pai de Talita Lorrayne, de 7 anos, Ian Beni trabalha há dois anos na Oficina Ortopédica do CRER como auxiliar de órteses e próteses. Atende, principalmente, pacientes da internação e UTI. “Fico muito satisfeito quando ajudo e contribuo com o paciente”, diz. Fora da Oficina, ele também dá show nos palcos do CRER com apresentações artísticas. “Acredito que seja um dom”, afirma Ian sobre seu talento com a dança. Ele conta que sempre teve um estilo de dançar que chamava a atenção das pessoas. Há cerca de nove anos, conheceu a dança de salão. “Comecei a dançar no grupo quando faltavam cavalheiros para acompanhar as damas. Aprendi forró, bolero, samba e rock anos 60”, lembra. Após oito meses, o professor da turma saiu e Ian foi convidado a dar aula e assumir o grupo. “Foi o meu primeiro desafio”. Ian teve evolução rápida na dança. Não demorou muito e já foi convidado a montar coreografias e ensaiar grupos. O coreógrafo apostou no forró brega, ritmo também em ascensão. As primeiras apresentações foram um sucesso. “Foi assim que comecei a erguer carreira como dançarino”, destaca. Em 2008, Ian fez o teste para fazer parte da turma de dança de salão da Escola de Artes Veiga Valle, em Goiânia. Ian arriscou e tentou logo a turma de nível 3. Com abundante talento, foi admitido no grupo e no mesmo ano também foi convidado para integrar o corpo de baile do Veiga Valle, onde também teve oportunidades de montar coreografias de forró e lambada. “Nunca fiz cursos para aprender a montar coreografia. Sempre fui muito musical. Ouço a música e marco tempo, ritmo e fico imaginando os passos. Também me inspiro em filmes de dança”, conta. Ian já montou mais de 10 coreografias. Para ele, a mais marcante foi em 2009, quando apresentou o então ‘hit’ do momento “Você Não Vale Nada (mas eu gosto de você)”. A coreografia foi eleita a melhor do espetáculo anual promovido pela escola Veiga Valle. Ian também já foi o campeão do primeiro concurso que participou de forró brega, que foi promovido por uma ONG de Goiânia. “A dança hoje é a paz que reina na minha vida, não sinto estresse. Compartilho minha vivência, meus objetivos e minhas vitórias. A dança me ajudou a progredir espiritualmente na vida”, vibra o coreógrafo. Ian deixou o Veiga Valle em maio deste ano e agora se dedica às aulas particulares em Nerópolis e como bolsista em uma academia de dança. “A dança transformou minha vida, por isso sempre digo aos meus alunos: errem à vontade e divirtam-se, porque dançar é muito gostoso”, aconselha o coreógrafo. Ian dá show durante apresentação no Veiga Valle Dança dos colaboradores Em junho deste ano Ian assumiu um novo desafio: montar uma apresentação de quadrilha e ensaiar os colaboradores do CRER em menos de um mês. Segundo Ian, ele nunca havia montado coreografia de quadrilha, mas era um grande desejo. Foram 21 casais e 30 minutos de belíssima apresentação. “Muitos do grupo nunca tinham dançado. Disse a eles para não se preocuparem com os passos, mas com o prazer pela dança. Juntos, conseguimos vencer mais esse desafio”, narra o coreógrafo. (leia mais na página 13). Agora, Ian já prepara para iniciar ensaio da coreografia da apresentação de fim de ano junto com os colaboradores do CRER. CRER EM REVISTA 29 paINeL A partir desta edição, a Crer em Revista dedica uma seção especial para prestigiar aqueles que contribuem com o CRER na prestação de serviços de qualidade a toda a sociedade. Neste espaço registramos o nome dos colaboradores e voluntários que aniversariam no trimestre anterior à publicação da revista. Esta é uma homenagem singela prestada àqueles que, diariamente, se dedicam no desempenho de suas atividades e colaboram para o sucesso de toda a Instituição. ANIVERSARIANTES Mês de Maio Alzira dos Santos Ana Carolina Teles Ana Francisca da Silva Anderson Lopes Ângela Maria Souza Antônio Ferreira Áureo de Oliveira Bráulio Barbosa Carla Borges Carmem de Oliveira Celma Santos Cleiton Pinheiro Cleiton dos Santos Cristiano Paraguassu Débora Braga Denilson de Souza Divaina Batista Domingos Souza Elaine Silva Elaine Mendes Eunice da Silva Fabio da Rocha Fabio Junior Andrade Fabíola Maria Vicente Fernando Aparecido Patriota Fernando Falcão Flávio Junior Genecy da Silva Gislane da Silva Graça Divina Souza Guilherme de Souza Gustavo de Oliveira Hélio de Almeida Hélio de Queiroz Humberto de Macedo Ivanildes da silva João Batista Borges João de Oliveira Joice Almeida Jonair do Prado Jordana da Rocha Josy Dávila Arebalo Josy Dayane dos Santos Juliana Cristina de Menezes Juliana Borges Karla Lemos Keila de Oliveira Keruak de Almeida Lílian Chagas Lucas da Cruz Luciene Castro Maeverton Almeida Marco Antônio Dias Maria Célia Silva Maria Cristina Bartras Maria das Graças Martins Maria do Amparo dos Santos Maria Emília Daher Maurício Carneiro Neusa Alves Onésimo Lima Pabline Perim Patrícia Ferreira Patrícia Fátima de Souza Paulo Sérgio Dutra Quena das Graças Correia Rafael Carlos de Oliveira Rafael Silva Raimundo de Souza Regis de Sousa Renata Cardoso Renata Miashiro Rênia Jucélia Severino Rodrigo Medeiros Rogério Moreira 30 CRER EM REVISTA Rondney de Carvalho Rosângela Nunes Rosangela Lázara de Oliveira Roseli Sousa Sérgio Henrique de Oliveira Sílvia Letice de Jesus Sônia Helena de Paiva Thiago Ribeiro Pires Vilma Aparecida Vidal Vinicius Vieira Wagner César da Silva Mês de Junho Adão de Carvalho Alarrúbia de Souza Alberico Jayme Silva Alessandra Martins Alex Barbosa Aline Graciele Melo Álvaro da Silva Júnior Ana Paula Pimentel Ana Paula Lopes Andreia Barros Angelle Jácomo Antonio Walker Marinho Belgna Ramos Caiqui Barros Camila Nunes Carina Araújo Célio C osta Cesar Augusto dos Santos Cintya Maria Gondim Clarice Maria da silva Claudemiro Euzébio Dourado Cleber Alexandre da Silva Diany Dúcia Batista Dielle Ribeiro Divina Lúcia dos Santos Dolores Brites Eduardo José de Castro Emanoel Crimério dos Santos érica Grabalos Erika Gabriella de Andrade Eva Maria da Silva Fabíolla Sousa Fernanda Ariano Fernanda Afonso Francisco dos Santos Gean Carlos da Silva Gessyca Melo Giovanna Maria Duarte Grasiela Maria Mota Hayline Bonifácio de Moura Hélio Van Der Linden Júnior Hugo Eduardo Alves Isabella Regina de Paiva Jacqueline Soares Janiete Coelho Jeandro Pires Jessica Jina Silva Joao César dos Santos Joao luiz da Costa Jorcerley da Silva Jossilvan Vieira Juliana Ribeiro Karla Medeiros Khodr Charafeddine Kleisson Santos Larissa Gornattes Leandro Bubiniak Leidiane dos Santos Leonardo Araújo Lilia Caldeira Lívia Lena Souza Lorena Carneiro Lourival Andrade Júnior Luana Letícia Rocha Lucicleide Marcelino Lucilene Maeda Lyramar Leite Marcella Silva Marcella Belle Márcio santos Maria Aparecida Soares Maria de Fátima Custodio Maria de Fátima Mendonça Maria Divina Santos Mariana Robles Mario da Silva Marlon Brando Almeida Marly Alves dos Santos Natiele Alves Neurilânia Santos Patrícia Ferreira Renata Ferreira Renata Segger Ricardo Moura Rogério Castro Sandra Jayme Sergio Vasconcelos Sueli Gandora Tariana Martins Thaís Borges Vaneide Martins Vanessa Maria de Queiroz Viviane Emídia Soares Wanessa Violatti Welca Barcelar Willian Silvestre Zilma de Almeda Mês de Julho Adriana Oliveira Aguilar Moreira Neto Alexandre Neves Aline Clara Silva Ana Carolina Rodrigues Ana Carolina Monteiro Ana Cristina de Bastos Ana Paula Paranhos Ana Paula Trentin Anderson da Mata Andrea Busnardo Andrea Rocha Andreia Marinho Andressa Nogueira Anselmo de Oliveira Aparecida Maria de Araújo Brenda Bachhaubel Bruno de Paula Cássio de Mesquita Célia Batista Cíntia Rosa Silva Claudete Pereira Danyelle Costa Deuzimar do Amaral Douglas Afonso Ribeiro Douglas Quintino Douglas Magalhaes Edilia José Araújo Edineia dos Anjos Elane de Oliveira Eleni Álvares Elisangela Oliveira Erica amanda Bezerra Fernanda Gonzaga Fernanda Lemos Filomena da Silva Gabriela Carvalho Graciely Cristine da Silva Hamilton Martins Ivana dos Santos Jadilson Charles da Mata Jairo Rubin José Eudes Costa Joselma de Jesus Joseni dos Santos Josinere da Costa Kely Tiemi Matsunaga Keyla Magda de Araújo Leomar Mario Santos Letícia Rodrigues Lígia Santos Lívia Gabriela Saliba Luana Silva Luana Tavares Lúcia Venâncio Luciana Dias Luciano Silva Lucileni Camilo Magda Emanuelly de Souza Magda Maria Alves Marcia de Freitas Marcia da Silva Marco Cristiano da Cunha Marco Túlio Manzi Marcus Vinícius da Silva Maria Conceição Balbino Marineide Silva Marla Rosa de Araújo Meire Magalhães Mirian Cândido Monalisa Cristiana Pereira Mônica Izabella Moreira Noemi Daniela Tavares Radmilla de Magalhães Raimundo da Silva Ranielly Cristinne Carvalho Regina dos Reis Ricardo Lúcio Campos Rita Maria Rocha Roberto Miler Silva Ronaldo Roberto da Silva Rosilda Graciene Ferreira Soraya de Moraes Sueleny Moreira Suely Oliveira Vivian Dourado Wagner Ferreira Wanessa Correia Wesley de Araújo Weverton Leite Zildete da Silva Zilene Santana Voluntários aniversariantes Mês de Maio Amália Rodrigues Imaculada de Oliveira Jadson Caetano Zelma Correa Mês de Junho Bárbara Caroline Beatriz Emídio Maria do Socorro Solimar Nascimento Valdirene dos Santos Mês de Julho Rubens Cabaça CRER EM REVISTA 31 32 CRER EM REVISTA