Organização Sete de Setembro de Cultura e Ensino – LTDA
Faculdade Sete de Setembro – FASETE
Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação
Wagner Johnatan da Silva
Estudo de Caso:
COMPARATIVO DO CUSTO BENEFÍCIO DA UTILIZAÇÃO DE
INFRAESTRUTURA EM NUVEM PARA O COLÉGIO MONTESSORI
Paulo Afonso - BA
Dez./2013
Wagner Johnatan da Silva
Estudo de Caso:
COMPARATIVO DO CUSTO BENEFÍCIO DA UTILIZAÇÃO DE
INFRAESTRUTURA EM NUVEM PARA O COLÉGIO MONTESSORI
Monografia Apresentada ao curso de
Bacharelado em Sistemas de Informação da
Faculdade Sete de Setembro – FASETE,
como requisito para avaliação conclusiva
Sob orientação do professor Esp.Igor de
Oliveira Costa.
Paulo Afonso/BA
Dez./2013
AGRADECIMENTOS
Este trabalho é dedicado a todos aqueles que de alguma forma
ajudaram em minha caminhada acadêmica, em especial ao meu
pai Sebastião e minha mãe Ivaneide, aos meus irmãos Aleff e
Islayne , e também aos meus tios e tias e demais parentes, os
quais me apoiaram e incentivaram até a conclusão deste curso.
Sem esquecer agradeço também aos colegas de curso e
professores que contribuíram para minha formação.
AGRADECIMENTOS
.Agradeço a Deus antes de tudo, por me dar força e coragem e manifestar o seu
cuidado, carinho e fidelidade, ajudando-me a passar em cada período, e por usar
pessoas maravilhosas para me ajudar em toda essa caminhada.
Aos meus pais que lutaram tanto, sofreram tanto, e estiveram junto comigo em todas
as etapas dessa jornada e por sonharem comigo, eu reconheço que sem Deus e eles
eu não estaria escrevendo essas linhas, te amo, vocês são o bem mais precioso da
minha vida.
Não posso deixar de agradecer aos professores maravilhosos e profissionais que eu
conheci e convivi, obrigado por me ajudarem tanto, em especial Ricardo Porto a quem
tenho tanto respeito e admiração, pelos seus sábios e taxativos conselhos, quero ser
parecido com você quando crescer, meu coordenador Igor Medeiros, profissional
competente e paciente, obrigado pela sua ajuda, Jamilson Dantas professor e meu
primeiro orientador que começou esse desafio comigo, ensinou-me muito, e sempre se
dispôs a me ajudar, e ao meu atual e segundo orientador, o qual tive sorte de tê-lo
como meu segundo mestre, obrigado pelo seu apoio, empenho e parceria em finalizar
este trabalho, a todos os meus professores eu agradeço por tudo o que fizeram por
mim, ensinando-me para que como resultado eu fosse hoje um profissional
competente.
Em especial meus agradecimentos aos colegas de jornada, éramos estranhos um ao
olhar do outro, mas com o tempo cada um foi revelando sua personalidade, e fomos
crescendo um com o outro, sendo amigos, rindo, brincando, ajudando, madrugadas na
casa de Josimar Santos programando, trocando e-mails para realização de trabalho
em dupla, são lembranças que guardarei pelo resto da minha vida, agradeço a Deus
pela vida de vocês e pela nossa amizade.
Quero agradecer também aos meus amigos, pessoas que eu amo muito, Kattyane
Campos que é como se fosse minha irmã, muito obrigado, Felipe Soares sempre
parceiro como sempre, aos meus amigos Thewplister Marinho e Leones Matias que
me ajudaram em todos os momentos e todos que diretamente ou indiretamente me
apoiaram.
EPÍGRAFE
“A melhor maneira de prever o futuro é inventá-lo.”
Alan Kay
SILVA, Wagner Johnatan. Estudo de Caso: Comparativo do Custo relacionado ao
Benefício de uma Infraestrutura em Nuvem para o Colégio Montessori. 2013. 39 p.
Trabalho de Conclusão de Curso – Bacharelado em Sistemas de Informação, Faculdade
Sete de Setembro – FASETE. Paulo Afonso, 2013.
RESUMO
A computação em nuvem é uma tecnologia que veio para melhorar a gestão de TI
corporativa de maneira significativa, aliada do custo benefício que é considerado tão
importante para a administração de empresas, o que torna seu uso sedutor, porém
como o modelo de implantação e utilização é completamente diferente do tradicional,
os gestores se mantêm receosos. Atualmente empresas, como Amazon, fornecem o
serviço de infraestrutura em nuvem chamada EC2, permitindo que a empresa
economize com hardware e apenas gerencie a infraestrutura por meio de uma
interface pela internet, através de uma aplicação disponibilizada pela Amazon o gestor
pode simular o custo do aluguel de uma infraestrutura em nuvem, preenchendo
apenas um questionário sobre os requisitos da infraestrutura desejada. Este estudo
pretende comparar o modelo de infraestrutura em nuvem com o modelo físico do
colégio Montessori, com o intuito de listar os benefícios da utilização da Infraestrutura
em nuvem pelo colégio Montessori, por meio de pesquisa fazer o levantamento do
custo atual da infraestrutura, e provar sua viabilidade, e custo competitivo tanto para
implantação quanto para manutenção, apresentando a computação em nuvem como
solução para as limitações da gestão corporativa de TI, em relação ao custo.
Palavras Chave: Cloud Computing, Infraestrutura em Nuvem, Amazon
EC2, Gestão de TI, Colégio Montessori
ABSTRACT
Cloud computing is a technology that has come to improve the management of
corporate Ti significantly , coupled with the money that is considered so important to
business administration , which makes her seductive use, but as the model of
deployment and use is completely different from traditional managers remain wary .
Currently companies like Amazon , provide the service called EC2 cloud infrastructure
, enabling the company to save on hardware and just manage the infrastructure
through an interface over the Internet , through an application available from Amazon
the manager can simulate the cost of renting an infrastructure cloud , you just have to
fill out a questionnaire about the requirements of the desired infrastructure . This
study aims to compare the model of cloud infrastructure with the physical model of the
Montessori school, in order to list the benefits of using Cloud Infrastructure at
Montessori school, through research to survey the current cost of infrastructure , and
prove viability , and competitive cost for both deployment and for maintenance , with
cloud computing as a solution to the limitations of corporate IT management , in
relation to cost .
Keywords: Cloud Computing, Infrastructure Cloud, Amazon
EC2, IT Management, Montessori school.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
TI
Tecnologia da Informação
DNS
Domain Name System (Sistema de Nomes de Domínios)
IaaS
Infrastructure as a Service ( Infraestrutura como Serviço)
SaaS
Software as a Service (Software como Serviço)
PaaS
Platform as a Service (Plataforma como Serviço)
EC2
Amazon Elastic Compute Cloud
AWS
Amazon Web Service
CPD
Centro de Processamento de Dados
S.O
Sistema Operacional
VM
Virtual Machine (Máquina Virtual)
NC
Node Controller
CC
Cluster Controller
SC
Storage Controller
KW
kilowatt (Medida de tensão elétrica)
PkWh
Preço do kiloWatt/hora
PPC
Potencia total do computador
THM
Total de Horas por Mês
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Computação em Nuvem .................................................................. 23
Figura 2 - Visão geral do Eucalyptus ............................................................... 29
Figura 3 - Modelo de Infraestrutura utilizando o Eucalyptus ............................ 31
Figura 4 - Visão geral de uma Infraestrutura Open Nebula .............................. 32
Figura 5 - Processos internos do Open Nebula ............................................... 32
Figura 6 - Visão geral do freamwork Nimbus ................................................... 33
Figura 7 - Calculador de Orçamento Cloud...................................................... 40
Figura 8 - Simulação Infraestrutura do colégio Montessori em nuvem ............ 41
Figura 9 - Resultado do orçamento .................................................................. 41
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Passos para Utilização do EC2 ....................................................... 26
Tabela 2 - Distribuição de Terminais por área. ................................................. 34
Tabela 3 - Quantidade de Terminais no Administrativo .................................... 35
Tabela 4 - Quantidade de Terminais no Educacional ....................................... 35
Tabela 5 - Custo de Aquisição dos servidores ................................................. 36
Tabela 6 - Como calcular depreciação Anual ................................................... 36
Tabela 7 - Como calcular depreciação Mensal ................................................ 37
Tabela 8 - Resultado Anual e Mensal da Depreciação..................................... 37
Tabela 9 - Resultado de depreciação de software ........................................... 37
Tabela 10 - Cálculo de despesa com licenciamento de Software .................... 38
Tabela 11 - Como calcular consumo energético .............................................. 38
Tabela 12 - Custo Anual e Mensal energético ................................................. 39
Tabela 13 - Custo mensal de aquisição e consumo enrgético da Infraestrutura
física do colégio Montessori ............................................................................. 39
Tabela 14 - Custo geral da infraestrutura do colégio montessori ..................... 39
Tabela 15 - Resultado Final da Pesquisa ......................................................... 43
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Resultado do Comparativo de Custo ............................................. 42
13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................15
1.1 JUSTIFICATIVA...............................................................................................17
1.2 PROBLEMÁTICA.............................................................................................18
1.3 HIPÓTESES ....................................................................................................18
1.4 OBJETIVOS.....................................................................................................18
1.4.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................18
1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .....................................................................18
1.5 METODOLOGIA ..............................................................................................19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................21
2.1 GRID COMPUTING..........................................................................................21
2.2 COMPUTAÇÃO EM NUVEM............................................................................22
2.2.1 Nuvem Pública...........................................................................................23
2.2.2 Nuvem Privada...........................................................................................24
2.2.3 Nuvem Comunitária....................................................................................24
2.3 SOFTWARE COMO SERVIÇO.........................................................................25
2.3.1 Software como Serviço (SaaS)...................................................................25
2.3.2 Plataforma como Serviço (PaaS)................................................................25
2.3.3 Infraestrutura como Serviço (IaaS).............................................................25
3 FERRAMENTAS PARA CRIAÇÃO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM...................26
3.1 AMAZON EC2...................................................................................................26
3.1.1 Funcionalidades do EC2.............................................................................26
3.1.2 Modelo de Instância....................................................................................28
3.2 EUCALYPTUS...................................................................................................29
3.2.1 Node Controler............................................................................................30
3.2.2 Cluster Controler.........................................................................................30
3.2.3 Cloud Controler...........................................................................................31
3.2.4 Storage Controler........................................................................................32
3.3 OPEN NEBULA.................................................................................................32
3.4 NIMBUS.............................................................................................................34
4 ESTUDO DE CASO: LEVANTAMENTO DE REQUISITOS E
COMPARATIVO.........................................................................................................36
4.1 RESULTADOS.....................................................................................................43
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................44
6 TRABALHOS FUTUROS........................................................................................46
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................48
14
1 INTRODUÇÃO
A TI (Tecnologia da Informação) não é mais basicamente mero suporte a
organização. Agora passou a fazer parte de todo o processo organizacional, chegando
até mesmo a eliminar as barreiras de comunicação. Para que a TI proporcione
resultados efetivos é necessário que ela se “encaixe” aos desafios organizacionais
atuais.
Estes desafios administrativos começaram a ser também uma preocupação
para o gestor de TI que começou a alinhar os recursos tecnológicos aos objetivos da
organização procurando minimizar os custos, com o intuito de melhorar os processos
administrativos que resultam no fornecimento do serviço ou produto. Melhorando o
desempenho e aumentando a competitividade da empresa, através de investimentos
na Infraestrutura de TI estes resultados são possíveis. (LAGUNA, 2000)
De acordo com Santos (2011), a infraestrutura de TI também são os
computadores, servidores, cabos, switch, roteador, hub, programas e etc. Utilizados
pela empresa para desenvolvimento de suas atividades Numa Infraestrutura existem
componentes que podem ser importantes pelo papel que desempenham, como por
exemplo, os servidores.
Segundo Morimoto (2010), os servidores são máquinas que podem fornecer
diferentes tipos de serviços, como armazenar arquivos, gerenciar domínios de acesso,
DNS etc. Eles também podem disponibilizar serviços específicos, como programas
financeiros ou de produção, porém o crescimento das organizações gera mudanças na
Infraestrutura de TI. O objetivo de toda empresa é crescer, com o decorrer dos tempos
é necessário realizar um upgrade na infraestrutura de TI, o que não é nada além de
fazer melhorias no hardware ou software.
Essa melhoria em alguns casos representa troca de software1 e adição de novo
hardware2, o que naturalmente aumenta o número de máquinas e consequentemente
pode tornar o gerenciamento complexo e caro, Sales (2012).
1
2
Parte lógica da informação, tem como função fornecer instruções ao hardware
Formado pelos componentes eletrônicos (circuito, fios)
15
Porém a tecnologia cloud computing através do serviço IaaS (Infraestructure as
a Service) oferece soluções em infraestrutura de TI.
“Computação
em
nuvem,
cloud
computing
se
refere,
essencialmente, à ideia de utilizarmos, em qualquer lugar e
independente de plataforma, as mais variadas aplicações por meio
da internet.” (ALECRIM, 2013, p.01).
O Cloud Computing, Computação em Nuvem em português, permite a utilização
de serviços através da internet e oferece o serviço de infraestrutura em nuvem por
meio do IaaS, virtualizando os componentes. Segundo Mendes (2011), como o
software é mais flexível que o hardware, o upgrade pode se tornar um processo
simples, e o gerenciamento dinâmico através de uma interface unificada. Através do
modelo em nuvem tanto as empresas de grande porte obtêm vantagem quanto às
empresas de médio porte.
Hardware com grande poder de processamento são relativamente caros, com
isso fazer melhorias pode demandar custo, tempo e mão de obra, o que não acontece
com modelo de infraestrutura em nuvem, por se tratar de componentes virtualizados,
Conti (2010).
O colégio Montessori, situado em Paulo Afonso – BA possui uma infraestrutura
de TI física, porém fatores como consumo energético, espaço e limitação de hardware
levanta o seguinte questionamento. É possível ter a mesma capacidade de
processamento da atual infraestrutura num custo menor utilizando computação em
nuvem?
Este estudo visa realizar levantamentos dos custos da atual infraestrutura de TI
do Colégio Montessori e compará-la com o modelo em nuvem, tendo como objetivo
identificar e listar os benefícios associados ao modelo cloud.
16
1.1 JUSTIFICATIVA
Crescer e minimizar os custos são os objetivos de todas as organização.
Visando minimizar custos no setor de tecnologia de informação, o Colégio Montessori
pretende substituir sua antiga infraestrutura pela infraestrutura de nuvem.
“Infraestrutura de nuvem é geralmente mais ágil, flexível e
eficiente. Cada passo necessário para construir e operar uma
solução de TI tradicional pode mais tarde tornar-se sobrecarga e
um fardo para o objetivo subjacente do sistema.” (WINKLER,
2011).
Segundo Winkler (2011), a infraestrutura em nuvem tende a se tornar bastante
eficiente e popular, uma vez que é uma tecnologia que oferece benefícios como
segurança e gerenciamento centralizado, visto que são propriedades fundamentais
para uma gestão de TI eficientes, e que naturalmente favorecerá os objetivos da
organização.
Por não fazer uso de uma grande quantidade de máquinas, a tecnologia cloud
computing se revela atraente para empresas que querem reduzir custos com
investimentos, e com o passar dos anos à medida que a organização crescer, não será
necessário trocar ou adicionar uma pilha de hardware.
Isto é possível porque o software é relativamente mais maleável que o
Hardware, e com componentes virtualizados, esta transição se torna mais simples e
mais econômica.
Através do modelo em nuvem, é possível reduzir gastos com implantação, pois
o número de máquinas é reduzido, gerenciamento é simplificado por meio de uma
interface única e despesa com mão de obra. Já que os componentes são virtualizados,
a implantação e configuração em maior parte do processo se dão em nível de software
17
Este estudo torna se importante, pois pretende se realizar um comparativo entre
a utilização de cloud computing e a infraestrutura atual do colégio Montessori, com o
intuito de verificar a viabilidade econômica dessa implantação.
1.2 PROBLEMÁTICA
Qual o custo e os benefícios de uma infraestrutura em nuvem comparada ao
modelo de infraestrutura atual do colégio Montessori?
1.3 HIPÓTESE
O modelo de infraestrutura em nuvem pode revelar-se mais econômico,
dinâmico e centralizado, eliminando o custo adicional com um futuro crescimento
organizacional ou expansão de filiais.
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 OBJETIVO GERAL
Comparar o atual modelo de infraestrutura do colégio Montessori, com o mesmo
modelo, porém na nuvem.
1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar as principais diferenças entre uma infraestrutura em nuvem e uma
física;
Enumerar os principais benefícios de um modelo cloud computing no colégio
Montessori;
Descrever os principais custos na atual infraestrutura do Colegio Montessori
1.5 METODOLOGIA
Método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que se deve
empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa
(SILVA, 2004).
18
Segundo Gil (1999) a pesquisa como um processo formal e sistemático de
desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir
respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos. No
decorrer do trabalho foram utilizados dois tipos de pesquisa.
Pesquisa bibliográfica: trata-se do levantamento de toda a bibliografia já
publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas em imprensa escrita
(documentos eletrônicos). Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto
com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto. (MARCONI, 2001).
Através de uma pesquisa em alguns artigos publicados, foram estudados e
analisados os conceitos de Cloud Computing com o intuito de comparar a
infraestrutura em nuvem e a física, listando os benefícios da utilização da primeira.
A pesquisa segue obtendo informações sobre a atual infraestrutura de TI do
colégio Montessori junto ao DTI (Departamento de Tecnologia da Informação) da
própria instituição, como por exemplo: custo e ano de aquisição dos equipamentos,
consumo em watts dos servidores, capacidade de armazenamento e processamento
dos servidores e as horas de funcionamento.
O próximo passo será estudar o serviço EC2 da Amazon, analisando os
parâmetros de funcionamento, escolhendo o modelo que se encaixe com o modelo
físico utilizado pelo colégio atualmente, em seguida utilizar o simulador de custo da
Amazon para descobrir qual o custo de uma infraestrutura em nuvem, com as mesmas
configurações do modelo físico atual.
Segundo GIL (2007), pesquisa explanatoria tem como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir
hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: (a) levantamento bibliográfico;
(b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema
pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão. Essas
pesquisas podem ser classificadas como: pesquisa bibliográfica e estudo de caso.
19
Será feito um estudo de caso, comparando os resultados obtidos, que revelará
qual proporciona economia, associado a isso os benefícios de sua utilização e se é
realmente viável a implantação de uma infraestrutura em nuvem para o colégio
Montessori.
20
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 GRID COMPUTING
O Grid Computing (Grid Computacional) surgiu nos anos 90 com a finalidade de
permitir a execução de aplicações geograficamente dispersas. .(CIRNE,2010)
Então Grid computacional é justamente a utilização de recursos computacionais
através da internet, isso foi possível através da fusão de Web Services (Serviços Web)
e grid. Ele pode ser classificado como uma rede em malha, que quando conectado a
ela é possível fazer uso de vários recursos sob demanda, sem necessariamente
conhecer sua origem, um exemplo claro é a rede elétrica.(CIRNE,2010)
O meio de acesso a um grid é a internet, que notoriamente é uma espécie de
grid., neste tipo de tecnologia os recursos como softwares e serviços são armazenados
em um supercomputador, estes recursos e aplicações são acessados através da
internet, desta maneira é possível compartilhar dados, informações e infraestrutura com
organizações geograficamente distantes. .(CIRNE,2010)
Algumas
características
que
evidenciam
a
complexidade
de
um
grid
computacional de acordo com Cirne (2010) são:

Heterogeneidade: ao desenvolver uma solução em grid computacional é preciso
entender que algumas aplicações são de versões diferentes.

Múltiplos domínios: recursos compartilhados também significam domínios
particulares para todas as organizações e políticas de acesso.

Controle distribuído: cada organização possui controle sob os seus dados,
podendo programar suas políticas de segurança.
Uma tecnologia que segue a ideia da grade, nome utilizado ao se tratar de um
Grid Computacional, é a Computação em Nuvem, que permite a virtualização de
infraestrutura, serviços e aplicações, seu acesso é realizado através da internet.
21
2.2 COMPUTAÇÃO EM NUVEM
Computação em nuvem para Marques (2011) é o uso das capacidades
computacionais como memória, programas e servidores através da internet, por isso
chamada de nuvem, esta tecnologia utiliza a virtualização destes serviços.
De acordo com Marcelino (2011), a primeira empresa a desenvolver
computação em nuvem foi a Salesforce no ano de 2000, quando começou a
disponibilizar para seus clientes os softwares armazenados em seu CPD (Centro de
Processamento de Dados). Definitivamente esta iniciativa levou a seus concorrentes e
outras organizações a começarem a explorar essa tecnologia, até então desconhecida,
criando novos produtos e tornando seus serviços físicos em virtuais.
A Amazon teve participação importante na difusão dessa tecnologia,
comercializando serviços computacionais em nuvem. Marcelino (2011) destaca o
lançamento do AWS (Amazon Web Service) em 2006, que é uma plataforma de
computação em nuvem, que oferece infraestrutura computacional que o cliente
necessitar, pagando somente pelo que usar. O Google e a Microsoft vieram logo atrás
oferecendo seus serviços de e-mail em nuvem, o Gmail e o Hotmail. Posteriormente
veio a se tornar o mais atual serviço de e-mail, o Outlook, que por sua vez não precisa
mais ser instalado por causa da nuvem, bem depois disponibilizaram o serviço de
armazenamento, Skydrive da Microsoft e Google Drive do Google.
Existem vários tipos de nuvens, cada uma se destina a atender um tipo de
necessidade, Nuvem Pública, Privada e Comunitária.
Cada tipo de ambiente em nuvem possui sua área de atuação, o que as
diferenciam é sua aplicação, que vai de acordo com as necessidades da empresa, no
ambiente externo estão as nuvens Comunitária e Pública, onde estas são partilhadas,
e no ambiente interno estão as nuvens Privada e Comunitária, por serem de uso
particular,
22
Como descrito anteriormente, a nuvem comunitária pode atuar tanto no
ambiente interno quanto externo.
Figura 1 Computação em Nuvem, (Adaptado) Fonte: Dantas (2013).
A Figura 1 revela o funcionamento da Computação em Nuvem e as áreas de
atuação, que podem ser Externa e Interna, classificando os diversos tipos e
aplicações.
2.2.1 NUVEM PÚBLICA
Quanto a Nuvem Pública (Public Cloud) Fernandéz (2011) afirma que nesta
modalidade de nuvem existe um fornecedor que disponibiliza pela internet aplicações
e serviços, outra característica é que o local físico das aplicações é desconhecido,
por isso os dados ou aplicações de concorrentes podem estar armazenados no
mesmo servidor.
Uma rede pública na realidade é um conjunto de milhares de CPDs
espalhados
pelo
mundo,
armazenando
milhares
de
servidores
virtuais,
comercializando diferentes serviços. O pagamento é feito pela lógica “pay per use”,
pague pelo que usar.
23
2.2.2 NUVEM PRIVADA
Marcelino (2011) diz que na Private Cloud 3(Nuvem Privada) são uma espécie
CPDs (Centro de Processamento de Dados) exclusivos para uma organização, onde
são hospedados servidores, e aplicações. Eles são seguros pela localização ser
conhecida e gerenciada pela própria organização, esta é uma maneira de as empresas
se protegerem em nuvem.
2.2.3 NUVEM COMUNITÁRIA
A Comunity Cloud 4(Nuvem Comunitária) é usada quando várias empresas
possuem as mesmas necessidades, porém não possuem capital suficiente para
adquirir uma nuvem própria, então se unem para criar uma nuvem partilhada, e os
custos são repartidos. ( Fernández ,2011).
2.3 TIPOS DE SERVIÇO EM NUVEM
Segundo Kepes (2011) existem diversos serviços que podem ser usados
dentro de uma nuvem, são eles: Software as a Service (Software como Serviço),
Platform as a Service (Plataforma como Serviço) e Infrastructure as a Service (
Infraestrutura Como Serviço).
Cada ambiente (Nuvem) Cloud Computing pode oferecer serviços variados
como: Software, Plataformas de desenvolvimento e Infraestrutura. Podendo ser
usadas remotamente através da internet, eles não são dependentes um do outro, a
implantação de cada um se dará de acordo com a necessidade da organização, esta
característica torna mais atraente a implantação dos serviços em nuvem, as
particularidades de cada um estão descritas a seguir.
3
4
Nuvem privada
Nuvem comunitária
24
2.3.1 SOFTWARE COMO SERVIÇO (SaaS)
É a comercialização de software através da computação em nuvem, uma
empresa adquire um software licenciado e comercializa o uso dele, outra empresa
pode adquirir o software sem precisar comprar a licença ou até mesmo instalar nas
máquinas, o uso do programa é dado através da internet. Pagando somente pelo que
usar, (Dantas, 2011).
2.3.2 PLATAFORMA COMO SERVIÇO (PaaS)
Segundo Dantas (2011), PaaS é uma plataforma de desenvolvimento de
programas, permite a organização não se preocupar com os requisitos de Hardware
ou S.O (Sistema Operacional). O PaaS permite até o desenvolvimento de Aplicações
de maneira compartilhada, como o acesso é pela internet, permite manipular o código
de qualquer lugar.
2.3.3 INFRAESTRUTURA COMO SERVIÇO (IAAS)
É possível obter servidores, programas e serviços virtualizados, toda
infraestrutura que habitualmente é física pode ser totalmente virtualizada, permitindo
economia na aquisição de hardware robusto. Sistemas operacionais diferentes podem
funcionar na mesma máquina. Nessa modalidade a organização tanto pode terceirizar
adquirindo uma infraestrutura de TI que não está fisicamente localizada em seu prédio,
mas será gerenciada através de uma interface na nuvem. Como também ela pode
implantar sua própria infraestrutura em nuvem, em espaço físico próprio( Dantas
2011).
25
3 FERRAMENTAS PARA CRIAÇÃO DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM
3.1
SERVIÇO AMAZON: EC2
O Amazon Elastic Computer Cloud (Amazon EC2) é um serviço web que
pertence a empresa privada Amazon que provê poder computacional na nuvem
totalmente ajustável, através de um valor por consumo o cliente pode criar uma
máquina virtual, ou utilizar um serviço totalmente em nuvem, sem ter que se preocupar
com a gestão física deste serviço, através de um contrato de locação o serviço estará
disponível e poderá ser acessado de qualquer parte do globo terrestre necessitando
apenas de conexão com a rede.
Outra vantagem segundo Amazon (2013) é pelo EC2 se tratar basicamente de
software, a configuração das máquinas virtuais são ajustáveis ao consumo necessário
para execução de uma aplicação ou determinado serviço, que esteja em
funcionamento e o tempo de inicialização de uma máquina virtual é mais rápido devido
aos componentes serem virtualizados.
3.1.1 FUNCIONALIDADES DO EC2
O EC2 é um ambiente de computação virtual, nele existe uma variedade de
sistemas operacionais que podem ser iniciados através de instâncias, o usuário inicia
seu ambiente e ele mesmo determina a quantidade de instâncias que serão iniciadas,
podendo ser executadas ao mesmo tempo, e conta também com programas
personalizados, Amazon (2013).
Para usar o Amazon EC2 é necessário:
26
PASSOS PARA UTILIZAR O AMAZON EC2
1º
Escolha um modelo já existente AMI (Amazon Machine Image) que já
vem pré-configurada. Ou você pode criar sua própria AMI onde você
pode configurar seus programas, permissões, bibliotecas e quaisquer
outras definições.
2º
Segurança e acesso à instância.
3º
Escolha o(s) tipo(s) de instância(s) desejado(s), em seguida, inicie, finalize e
monitore quantas instâncias de seu AMI forem necessárias, usando as APIs
de serviço web ou a grande variedade de ferramentas de gerenciamento
fornecidas.
4º
Determine se você deseja executar em vários locais, utilizar os pontos de
extremidade de IP estáticos ou o armazenamento persistente em bloco de
conexão para suas instâncias.
5º
Pague somente pelos recursos que você realmente utilizar, como
transferência de dados ou instância-horas.
Tabela 1 Passos para Utilização do EC2 ,Fonte: (http://aws.amazon.com/pt/ec2/).
Benefícios garantidos segundo Amazon (2013):

Elasticidade: você pode aumentar a capacidade de não somente em horas ou
dias, mas em minutos também, pode comissionar até milhares de instâncias ao
mesmo tempo, como tudo é a base de API e web ele pode se expandir ou retrair
de acordo a necessidade.

Flexibilidade: você pode determinar os tipos de cada instância, a quantidade
de CPU, processamento, aplicações e distribuições que podem ser LINIX,
WINDOWS SERVER.

Integração: o Amazon EC2 foi projetado para trabalhar também em conjuntos
com outros Amazon web services, como: Amazon Relational Database Service
(Amazon RDS); Amazon SimpleDB; Simple Storage Service (Amazon S3);
Simple Queue Service (Amazon SQS).
27

Confiabilidade: o EC2 é executado realmente dentro de uma infraestrutura
física da Amazon datacenters exclusivos para a disponibilidade de 99,95% do
que foi contratado.

Seguro: o usuário quem decide quais instancias ficam visíveis na internet ou
não, porque estão localizadas numa Virtual Private Cloud (VPC). O acesso de
entrada e saída da rede é controlado, é possível vincular a VPC á uma
infraestrutura física, é possível solicitar instâncias exclusivas, ou seja, que
operam com hardware dedicado a ela.

Econômico: o cliente monta a infraestrutura que precisa e paga apenas pelo
que usar.
3.1.2 MODELOS DE INSTÂNCIAS
A Amazon oferece quatro modelos de instância que podem ser escolhidos de
acordo com a necessidade do cliente, de acordo com Amazon (2013), estas são:

On – Demand – tecnicamente significa instâncias por demanda, o que
deve ser pago é contabilizado por hora, outro benefício é que não é
necessário “aquisição” de software para segurança porque não há a
necessidade de aquisição de hardware.

Reservadas – nessa modalidade é feito um pagamento único e prévio
pelas instâncias, e em contrapartida o cliente recebe um desconto sobre
o valor da hora, são três níveis de instâncias reservadas, leve, média e
pesada.

Spot – No Amazon EC2 caso o cliente não use durante o período pago a
capacidade contratada, se tem a chamada instância spot, que é
justamente o espaço não utilizado e tido como “crédito” para um período
em que exceder o contratado, neste momento o cliente pode fazer uso da
instância spot num valor bem mais baixo.
28
3.2 EUCALYPTUS
A criação da IaaS - Infraestrutura como Serviço é uma opção para aquelas
empresas que pretendem criar e gerenciar sua própria nuvem.
O Eucalyptus é um framework utilizado na criação de Nuvens Computacionais,
usado na criação de IaaS, ele possui interfaces definidas e claras. De acordo com
Laureano (2011), uma nuvem criada com o Eucalyptus permite: agendamento e
instanciação
de
Virtual
Machine
–
VM
(Máquinas
Virtuais),
interface
de
administração/consumidor para a nuvem, construção de redes virtuais, definição e
execução de SLAs.
O Eucalyptus oferece uma interface completa e é independente do Hypervisor,
ele é um programa que fica entre o hardware e a nuvem em si que são as máquinas
virtuais, ele quem controla e permite o acesso às instâncias.
Ele pode ser Xen ou KVM, a diferença entre eles consiste que o Xen pode ser
usado em máquinas físicas que possuem processadores antigos, já o KVM não
suporta máquinas cujos processadores não possuam extensões de virtualização, e a
base dele é Linux.
Figura 2 Visão geral do Eucalyptus, Fonte: Laureano (2011).
A Figura 2 revela o funcionamento do freamwork Eucayptus, e a comunicação
entre seus componentes.
29
O freamwork Eucalyptus segundo Santin (2011) revela que ele segue os
padrões da indústria e também é modular, a interface externa é uma API desenvolvida
pela Amazon.
Na nuvem existe uma rede virtual sobreposta (overlay), assim o tráfego é
isolado, permitindo dois ou mais clusters, dando a impressão que eles pertencem à
mesma rede.
O gerenciamento das VMs é feito através de uma interface web, obtêm-se
quatro componentes no Eucalyptus [Nurmi et al. 2009]: 1) Node Controller – NC;2)
Cluster Controller – CC; 3) Storage Controller – Walrus e 4) Cloud Controller – CLC.
O Controlador de Nó ( Node Controler – NC), como o próprio nome sugere, fica
localizado no nó da aplicação, responsável por gerenciar e controlar o Hypervisor e o
sistema hospedeiro e também responde às requisições do Cluster Controller (CC).
3.2.1 NODE CONTROLLER
O NC fornece ao Cluster Controller (Controlador de Cluster– CC) informações
sobre o nó quando solicitado por ele, tais como: espaço disponível em disco, número
de núcleos, tamanho da memória etc.
Quando uma instância de VM o NC inicia fazendo uma cópia dos arquivos para
o nó, assim é criado um repositório ou imagem de sistema virtual, essa ação cria um
cache virtual, após essa ação o hypervisor é avisado para iniciar esta instância. Para
finalizar, o NC solicita ao hypervisor para limpar os arquivos associados àquela
instância e assim finaliza aquela VMs.
3.2.2 CLUSTER CONTROLLER
O Cluster de Controle (CC) geralmente fica localizado na entrada para o Cluster,
ou em um computador que esteja conectado à rede que contenha Controller Cloud
(Controlador de Nuvem– CLC) e Node Controller (Controlador de Nó – NC).
30
Maziero (2011) diz que alguma de suas funções básicas é organizar as
solicitações para startar as instâncias, controlar a rede virtual sobreposta e gerenciar
as informações sobre os NCs.
Quando é solicitado ao Controlador de Cluster para iniciar várias instâncias, ao
mesmo tempo ele verifica cada NC, Marcon Jr (2011), quando o primeiro NC estiver
com recursos livres, ele autoriza a execução, se solicitado para ele descrever o evento,
ele recebe um lista prévia sobre o evento desejado contendo suas características,
como: disco, memória e núcleos. Assim o mesmo pode controlar quantos eventos
estão sendo executados nos NCs, e reportar essa informação para o Controller Cloud
(Controlador de Nuvem – CLC).
3.2.3 CLOUD CONTROLLER
O Cloud Controller (controlador de nuvem– CLC), segundo Santin (2011) faz o
controle e exibe todos os recursos da nuvem e esses recursos são organizados em
duas categorias: Resources Service: monitora a manipulação dos recursos virtuais das
VMs e a rede; Data Services gerencia a alocação de recursos, personaliza o ambiente
de gerenciamento do consumidor e os dados tanto do usuário quanto do Eucalyptus
Figura 3 Modelo de Infraestrutura utilizando o Eucalyptus, Fonte: Laureano (2011).
É evidenciado na Figura 3
utilizando o freamwork Eucalyptus.
um modelo de infraestrutura
cloud computing
31
3.2.4 STORAGE CONTROLLER
Chamado também de Walrus é um serviço de armazenamento que permite a
migração das tecnologias padrões para web, o que de acordo com Laureano (2011)
torna-o compatível com o Amazon S3 (Simple Storage Service). O storage Controller
implementa uma interface chamada REST(Representational State Transfer). Na Figura
3 o armazenamento neste ponto possui duas funções, criar streams para acelerar as
operações realizadas em nível de usuário e, ser um serviço de imagem de VMs.
3.3 OPEN NEBULA
É um software open source para criação de computação em nuvem, tanto
privada quanto pública. Nesta arquitetura, conforme apresentada por Soto (2011), ela
é baseada na idéia de cluster onde se têm o nó principal front-end Figura 6, que é
encarregado pelos serviços e administração de toda a infraestrutura e os nós
subsequentes executarão as máquinas virtuais.
Figura 4 Visão geral de uma Infraestrutura Open Nebula, Fonte: Soto (2011)
Até aqui é necessário no mínimo uma ligação física entre cada nó, todos os nós
têm em comum o hypervisor. O Open Nébula Deamon é quem administra o tempo de
vida das VMs (Máquinas Virtuais), as interfaces também são executadas no nó
principal, o hypervisor principal pode carregar a imagem das demais VMs.
32
O restante dos hypervisors localizados nos nós restantes é responsável pela
execução de cada máquina virtual, a comunicação entre os nós e o nó principal é
através de canais SSH.
Secure Shel (SSH) é um protocolo de comunicação usado quando dois hosts
estão distantes de maneira segura, depois de estabelecida a comunicação todo o
conteúdo é criptografado com chave simétrica, a versão atualmente usada é a SSH2, a
SSH1 já é considerada ultrapassada como afirma Perboni (2013). Porém segundo
constatações de Albuquerque (2001), o SSH deixa a comunicação entre o nó principal
e os demais lentos ao carregar as imagens das VMs.
Numa nuvem utilizando o Open Nebula, temos três tipos de processos como
descrito na Figura 5
Figura 5 Processos internos do Open Nebula, Fonte: Soto (2011).

Onde (Open Nebula Daemon): responsável por gerenciar o tempo de vida das
máquinas virtuais (Virtual Machine).

Drivers: permite acessar os sistemas do Cluster (Armazenamento e Hypervisor) de
maneira independente da tecnologia de virtualização implantada.

Scheduler: organiza as máquinas virtuais (Virtual Machine) de maneira que obedeçam
as restrições predefinidas.
33
3.4 NIMBUS
O Freamwork Nimbus, segundo Sempolinsky (2012), é diferente do Open
Nebula no que diz respeito à personalização, no Nimbus a personalização fica
disponível para o administrador e não ao usuário.
O armazenamento sofreu mudanças com o passar do tempo, antes era
GridFTP que é uma maneira de transferir grandes arquivos em um grid Computing
(Grid computacional), que se trata neste caso de uma grande teia de VMs
interconectadas e atualmente é columus.
Figura 6 Visão geral do freamwork Nimbus, Fonte: (Adaptado) Sempolinsky (2012).
O Nimbus suporta uma grande quantidade de VMs, para criação de uma nuvem
é utilizado o Cloud-client, que faz uso do Walrus que permite o gerenciamento dentro
da nuvem.
Assim como na Figura 8, o Client Cloud solicita a VM, esta é enviada para o nó
principal onde será determinado o seu tamanho, o servidor DHCP, do inglês Dynamic
Host Configuration Protocol (Protocolo de configuração dinâmica ) cria a rede para
conexão com outras VMs e um endereço MAC (Media Access Control) virtual.
34
A encriptação de segurança SSH, de acordo com Thain (2012), é feita no
próprio nó dentro da VM, por usar certificados Globus, torna o Nimbus neste aspecto
mais seguro que o Open Nebula.
O Nimbus, segundo Thain (2012), fica entre o Eucalyptus e o Open Nebula,
quando comparado seu funcionamento, encontram-se semelhanças com outros
freamworks, isto o torna atrativo, porém por ser tão flexível é mais recomendado para
uma nuvem pública ou comunitária.
35
4 ESTUDO DE CASO: INFRAESTRUTURA DO COLÉGIO MONTESSORI
O colégio Montessori é uma instituição de ensino de médio porte, já existe há 28
anos e está situado na cidade de Paulo Afonso – BA. Os setores do colégio são
separados
em
dois
grupos,
Administrativo
e
Educacional.
Os
Terminais
(computadores) estão divididos da seguinte forma:
Setor
ADMINISTRATIVO
EDUCACIONAL
50
18
Qtd. De Terminais
Tabela 2 Distribuição de Terminais por área, -Fonte DTI Montessori (Departamento de Tecnologia da
Informação).
Os setores contidos na área administrativa e educacional estão descritos na
seguinte tabela:
Administrativo
Secretaria
Financeiro
Orientação E.Fund. II
Direção
Coord. E.Fund. II
Digitação
Coord.Eventos
Biblioteca
Coord.E.Fund I
Orientação E.Fund. I
Coord. Edu. Física
Recep. Maternal
Orientação Infantil
Coord. Infantil
DTI
Multimídia
Vice - Direção
Orientação Médio
Coord. Médio
TOTAL
Qtd. De Terminais
03
02
01
01
01
03
02
04
01
01
01
01
01
01
02
01
01
01
02
30
Tabela 3 Quantidade de Terminais no Administrativo, Fonte: DTI Montessori (Departamento de Tecnologia
da Informação).
36
Educacional
Qtd. De Terminais
Laboratório de Informática
TOTAL
18
18
Tabela 4 Quantidade de Terminais no setor Educacional, Fonte: DTI Montessori (Departamento de
Tecnologia da Informação).
A infraestrutura de TI fica localizada no DTI (Departamento de Tecnologia da
Informação) do colégio. Foi realizada uma pesquisa junto ao departamento para o
levantamento de custo da atual infraestrutura de TI do colégio, os resultados estão
descritos a seguir:
Nome
Ano de Aquisição
Custo de aquisição
Custo Atual
Servidor HP
2012
2.500,00
2.000,00
Servidor HP
2012
2.500,00
2.000,00
Servidor DELL
2012
2.800,00
2.240,00
Servidor IBM
2010
2.800,00
2.240,00
Servidor HP
2012
2.000,00
1.600,00
TOTAL
____
12.600,00
10.080,00
Tabela 5 Custo de Aquisição dos servidores, Fonte: DTI Montessori (Departamento de Tecnologia da
Informação).
O valor atual da infraestrutura é baseado no custo que foi calculado com base
na depreciação do bem.
A depreciação de bens do ativo imobilizado corresponde à
diminuição do valor dos elementos ali classificáveis, resultante do
desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência normal.
(FAZENDA, Ministério da,2013).
Quando um bem é adquirido por uma empresa segundo Federal (2013), com o
passar do tempo ele vai perdendo o valor de aquisição, o que se chama de
Depreciação, o Governo Federal através da Receita Federal determina o prazo de vida
útil daquele bem, enquanto o prazo não acabar a empresa deve declará-lo.
37
O cálculo é feito da seguinte forma:
Taxa de Depreciação
Prazo de vida util
20%
3 anos
Computador
Valor do Bem / Vida útil (em anos) = custo anual da Depreciação
Tabela 6 Como calcular depreciação Anual Fonte:(
http://www.administracaoegestao.com.br/administracao-rural/como-calcular-a-depreciacao/).
Dividindo o valor do bem pelo prazo de vida útil, resultará no custo anual do
bem, no entanto para obter o custo mensal para aquisição deste bem
É necessário seguir a fórmula na tabela a seguir:
Custo anual de Depreciação/ 12 = Depreciação mensal
Tabela 7 Como calcular depreciação Mensal,
Fonte:(http://www.administracaoegestao.com.br/administracao-rural/como-calcular-a-depreciacao/).
Nome
Custo anual da Depreciação
Custo mensal da Depreciação
Servidor HP
666,66
55,55
Servidor HP
666,66
55,55
Servidor DELL
746,66
62,22
Servidor IBM
746,66
62,22
Servidor HP
133,33
11,11
2.959,97
246,66
TOTAL
Tabela 8 Resultado Anual e Mensal da Depreciação, Fonte:Silva (2013).

Despesa mensal de aquisição da Infraestrutura: 246,66
Dividindo o custo anual da depreciação pela quantidade de meses por ano
resulta na depreciação mensal.
A cerca do licenciamento de software o cálculo é feito de maneira diferente, é
deduzido apenas 20% do valor de aquisição de acordo com FAZENDA (2013), para
encontrar a despesa mensal precisa somente dividir por 12, o licenciamento
tradicionalmente é feito individualmente por máquina, confira na tabela a seguir:
38
Depreciação de Software
Valor de aquisição do software – 20% = DDMS
12
Tabela 9 Resultado de depreciação de software, Fonte: Fazenda(2013)
DDMS = Despesa com Depreciação Mensal de Software
Dos 5 sistemas operacionais usados pelo colégio Montessori 3 são pagos, confira na
Tabela 10 as despesas da instituição com software.
Despesa com licenciamento de Software
Com Depreciação
Por Mês
Servidor HP
Windows Server 2008 R2
1.752,00
1.401,60
116,80
Servidor DELL
Windows Server 2008 R2
1.752,00
1.401,60
116,80
Servidor IBM
Windows Server 2008 R2
1.752,00
1.401,60
116,80
TOTAL
350,40
Tabela
10
Calculo
de
despesa
com
licenciamento
(http://www.microsoft.com/windowsserver2008/pt/br/pricing.aspx).
de
Software,
Fonte:
Microsoft
O total de despesa mensal com licenciamento de software é de: 350,40
Até aqui obtemos a despesa com licenciamento de software e o custo de
depreciação mensal, o que significa a despesa com aquisição daquele bem. O
levantamento do custo total da infraestrutura também envolve o consumo energético
das máquinas contidas nessa infraestrutura, de acordo com Paré (2011), o cálculo do
custo anual é feito pela seguinte fórmula.
Consumo kWh= (PPC x THM) / 1000
Gasto em R$= Consumo kWh x PkWh
Tabela 11 Como calcular consumo energético, Fonte:(http://www.administracaoegestao.com.br/administracaorural/como-calcular-a-depreciacao/).
PkWh = Preço do kiloWatt/hora
PPC = Potencia total do computador
THM = Total de Horas por Mês
39
O preço do KiloWatt/hora foi obtido através da conta de energia, que pode variar
de estado para estado, o preço em Paulo Afonso do Kilowat é de (0.41539660) de
acordo com a Coelba (2013), a potência total foi obtida através do software local,
Cooling, e o total de horas pelo DTI Colégio Montessori. Os resultados estão
demonstrados Na tabela a seguir:
Nome
Consumo Kilowatt/hora
Custo Mensal(Reais)
Custo Anual(Reais)
Servidor HP
74,88
31,10
373,20
Servidor HP
74,88
31,10
373,20
Servidor DELL
92,16
38,28
459,36
Servidor IBM
80,64
33,49
401,88
Servidor HP
76,32
31,70
380,40
165,67
1988,04
TOTAL
Tabela 12 Custo Anual e Mensal energético Fonte: Silva (2013).
Somando as despesas mensais de aquisição da infraestrutura com as
despesas de funcionamento (consumo energético), obtemos os seguintes resultados:
Custo mensal de aquisição da Infraestrutura
246.66
Custo energético mensal
165,67
Despesa total da Infraestrutura (mensal)
412,33
Tabela 13 Custo mensal de aquisição e consumo enrgético da Infraestrutura física do colégio Montessori,
Fonte: Silva (2013).
A Tabela 14 revela a despesa geral da infraestrutura do colégio Montessori:
Custo mensal de aquisição
246,66
Custo energético mensal
165,67
Custo com licenciamento de Software
350,40
Despesa geral da infraestrutura (mensal)
762,73
Tabela 14 Custo geral da infraestrutura do colégio montessori, Fonte: Silva(2013).
40
Depois de fazer o levantamento da atual infraestrutura de Ti do colégio
Montessori, para realizar este comparativo, foi feito o levantamento sobre os custos de
uma Infraestrutura em nuvem semelhante a do colégio, para isso foi utilizado um
simulador disponibilizado pela Amazon, Simulator AWS, onde você personaliza sua
infraestrutura e ele informa o custo total da infraestrutura em tempo real. Ele foi
escolhido por apresentar o melhor modelo de gerenciamento eximindo o gestor de TI
de realizar Backup, Segurança e Manutenção.
Figura 7 Calculador de Orçamento Cloud, Fonte :
(https://calculator.$3.amazonaws.com/calc5.html?lng=pt_BR#).
Na Figura 7 foi simulada uma infraestrutura com a mesma quantidade de
servidores e sistema operacional, atualmente utilizado pelo colégio Montessori,
selecionando a aba Amazon EC2, o cliente adiciona os servidores, o número de
instâncias, horas de utilização por dia, o software e a opção de cobrança, que pode ser
pago antecipadamente ou pagar pelo que usar, um preço é afixado, se exceder, o
cliente paga adicionalmente.
41
Figura
8
Simulação
Infraestrutura
do
colégio
(https://calculator.$3.amazonaws.com/calc5.html?lng=pt_BR#).
Montessori
em
nuvem,
Fonte:
Os servidores na Figura 8 são descritos pelos serviços que alocam a opção de
cobrança sob demanda porque esse modelo de infraestrutura se auto ajusta, o que o
torna mais indicado em caso de primeira experiência com essa tecnologia, este
mantém os serviços disponíveis mesmo que exceda o contratado, este modelo utiliza o
IaaS (Infraestrutura como Serviço), apesar de ter que informar o sistema operacional
que funcionará no cluster, o contrato não inclui licença e o S.O (Sistema Operacional)
é apenas a Infraestrutura.
Figura 9 Resultado do orçamento, Fonte: (https://calculator.$3.amazonaws.com/calc5.html?lng=pt_BR#).
42
A Figura 9 revela o custo mensal da infraestrutura desejada, já incluindo todos
os custos e taxas, em reais (Moeda brasileira), provenientes do contrato.
4.1 RESULTADOS
A seguir na Tabela 15 está o demonstrativo dos resultados desta pesquisa, uma
comparação entre a infraestrutura física do colégio Montessori e a mesma
infraestrutura em nuvem, para mostrar qual revela o melhor custo benefício.
Resultado da Pesquisa
INFRAESTRUTURA
CUSTO ANUAL
CUSTO MENSAL
Fisica (Atual do Colégio)
9.152,76
762,73
Em Nuvem (Proposta)
17.605,20
1.467,10
Tabela 15 Resultado Final da Pesquisa, Fonte: Silva (2013).
O período de tempo de tempo planejado para este projeto foi de um ano,
comparando mês a mês.
Comparativo de Custo
1600
1400
1200
1000
800
Comparativo de Custo
600
400
200
0
AtuaL Infraestrutura
Infraestrutura em Nuvem
Gráfico 1 Resultado do Comparativo de Custo, Fonte: Silva (2013).
43
O gráfico 1 mostra que a despesa com a infraestrutura atual representa 51,9%
do valor estipulado para implantação do modelo em nuvem, o custo da nuvem é quase
o dobro do valor atualmente gasto com a infraestrutura física. Para construção deste
gráfico foram utilizadas amostras de despesas mensais, projetando para o período de
um ano.
44
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo tornou se relevante devido ter sido constatado que o colegio
Montessori apresentou problemas como: limitação para investir em seu poder
computacional, lentidão por congestionamento na rede, perda de dados, perda de
espaço físico (devido ao número de hardware) e gerenciamento complexo (pelos
servidores terem interfaces distintas).
Atualmente o colégio possui a necessidade de melhorar sua infraestrutura de TI
devido ao seu crescimento, porém, o orçamento para investimento em TI é limitado.
Para resolver esses problemas, a Computação em Nuvem se mostrou capaz nas
médias e grandes empresas, com o serviço de IaaS (Infraestrutura como Serviço) que
se trata do aluguel de uma infraestrutura de TI que pode ser gerenciada de qualquer
parte do mundo, necessitando apenas de conexão com a internet.
Para verificar se esta tecnologia é aplicável, se estudou a depreciação dos
equipamentos e as despesas com consumo energetico. O tempo de projeção do
estudo foi de um ano e usou a comparaçao entre os meses.
Através do Serviço EC2(fornecido pela Amazon) notou se que o tipo de
contrato ideal para o Colégio Montessori é o sob-demanda (On-demand). Nesse
contrato, o cliente paga por hora, sem se preocupar com planejamento, pagando
taxas variaveis e menores. Nessa modalidade, o serviço adapta se ao volume de
trafego com preço bem menor que o habitual.
Por meio de um simulador fornecido pela Amazon, foi possível simular o custo
mensal, baseado num contrato anual de uma Infraestrutura em nuvem com o mesmo
poder computacional da atual infraestrutura do colégio.
Comparando as duas infraestruturas do Colegio Montessori e analisando os
objetivos propostos por esse estudo baseado no custo beneficio, revelou que não é
viável a implantação de uma infraestrutura em nuvem nessa organizaçao com base
na economia em curto prazo, pela diferença no custo de mais de 48%. No entanto
apostando no crescimento, a implantação da Infraestrutura em Nuvem traria
economia de médio a longo prazo.
45
Embora não sendo economicamente viável, a implantação da nuvem permitiria
o gerenciamento simples, através de uma interface única; redução significativa na
perda de pacotes (devido ao grande número de equipamentos em uso); facilitaria o
upgrade da infraestrutura (pois, tudo é feito em nível de software); o banco de dados
estaria seguro contra invasões( já que a segurança e o backup são feitos pela
operadora em nuvem); e eliminaria o stress da rede, uma vez que a infraestrutura em
nuvem se adapta a demanda naquele momento, ou seja, não haverá limitação de
processamento. Este estudo revelou também que o colégio Montessori tem custo
maior com aquisição de hardware do que com consumo energetico.
Identificou-se também que outro fator que tornou economicamente inviável a
implantação da infraestrutura em nuvem, é o porte da empresa, pois os servidores
não são robustos e o custo de aquisição e consumo energético é baixo, e também a
quantidade é reduzida. Porém, é aconselhável a implantação como provisão para o
futuro, entendendo-se que a empresa irá crescer, e que implantando agora ajudaria
na maturidade do uso desta tecnologia no colégio Montessori.
A empresa deve reconhecer o papel estrategico da TI em seu negocio e
posiciona-la adequadamente. Somente as organizaçoes que reconhecerem a TI no
nivel estrategico, conseguirão se manter competitivas no mercado atual, pois a TI está
inserida dentro da empresa.
46
6 TRABALHOS FUTUROS
Este trabalho monográfico identificou que o colégio Montessori pode ser
beneficiado por outro serviço em nuvem, o Software como serviço. Para trabalhos
futuros pretende-se desenvolver uma pesquisa para descobrir a viabilidade da
implantação do serviço de SaaS (Software como serviço) para o colégio Montessori, e
os benefícios provenientes deste serviço para a instituição.
47
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